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Apostila Custos e Gerencial 2017 2 Estacio

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CAMPUS MACAÉ 
 
CURSO DE ADMINISTRAÇÃO E 
CIÊNCIAS CONTÁBEIS 
 
 
CONTABILIDADE DE CUSTOS E 
GERENCIAL 
 
 
 
 
Profª Ana Cristina Zenha Lousada, MSc 
 
 
 
 
 
 
 
 
MACAÉ (RJ), 2º SEMESTRE 2017. 
 
 
 2 
 
 
 
ORIENTAÇÕES GERAIS: 
1. De acordo com a Resolução Nº 043/CONSEPE/2009, da Universidade Estácio de Sá, a partir 
do segundo semestre de 2006 será adotado o seguinte critério de avaliação: 
 O aluno será avaliado em três etapas: AV1, AV2 e AV3, sendo a cada uma delas 
atribuído grau de zero a dez, admitindo-se uma casa decimal. 
 
 Para aprovação o aluno deverá atender, simultaneamente, às duas condições a seguir: 
- Ter freqüência mínima de 75% (em nossa disciplina significa que podem faltar até 
- máximo - cinco aulas). 
 - Alcançar média aritmética igual ou superior a seis, dentre as duas maiores notas 
(considerando que a menor será desprezada), sendo que a menor delas deve ser igual 
ou superior a quatro. 
 
 O resultado da média obtida no item anterior será o grau (nota) final do aluno. 
 
2. A chamada será feita em todas as aulas, sendo que não existe “abono” de faltas. Atentem para o 
limite de faltas estipulado pela Instituição (cinco faltas no máximo nesta disciplina), controlando 
ao longo do semestre suas ausências evitando, assim, problemas futuros. 
 
 
3. A disciplina recomenda o uso de calculadora. Pode ser calculadora simples, entretanto, alerto 
que no mercado de trabalho é usual a utilização da HP12C. 
 
4. Será vedada a utilização de telefone celular no interior da sala de aula. O seguinte procedimento 
deverá ser observado: 
 - Manter o aparelho na modalidade silencioso e realizar o atendimento, se necessário, fora 
da sala de aula. 
 - Será permitida a sua utilização como calculadora somente nos dias de aula comum. 
Nas avaliações será compulsório o uso de calculadora. 
 
 
5. Não existe mais a prova de segunda chamada. Nem para as avaliações formais (AV1, AV2 e 
AV3), nem para as avaliações complementares. No caso de falta, o sistema acadêmico excluirá 
esta avaliação na composição da média final. 
 
6. O material utilizado na disciplina estará disponível no SIA. 
 
7. Estou à disposição de vocês para retirada de dúvidas ao longo de todo semestre, mas não 
deixem que acumule, pois a disciplina segue em seqüência de conteúdos. 
 
Ana Cristina Zenha Lousada¹ 
e-mail de contato: criszlousada@hotmail.com 
Telefone: (22) 98112-6097 – Vivo. 
 
1
 Graduada em Ciências Contábeis pela Universidade do Vale do Itajaí – SC. 
Especialista em Contabilidade Gerencial e Finanças pela Universidade do Vale do Itajaí – SC. 
Mestre em Contabilidade e Controladoria pela Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de 
São Paulo – FEA/USP. 
Professora da Universidade Estácio de Sá – campus Macaé, curso de Administração. 
Vice-diretora e professora da Faculdade Salesiana Maria Auxiliadora – Macaé, cursos de Administração e Engenharia de 
Produção. 
Ex-Professora da Universidade do Vale do Itajaí – Itajaí - SC; Faculdade Sinergia – Navegantes – SC e Faculdade Avantis – 
Bal. Camboriú - SC 
 
 3 
 
 
 
ORIGEM E EVOLUÇÃO DA CONTABILIDADE DE CUSTOS 
 
1. Da contabilidade Financeira à de custos 
 Até a revolução Industrial (século XVIII), quase só existia a Contabilidade 
Financeira, que estava bem estruturada para servir as empresas comerciais. 
 Para a apuração do resultado de cada período, bem como para o levantamento do 
balanço no seu final, bastava o levantamento dos estoques em termos físicos, já que sua 
medida em valores monetários era extremamente simples: o contador verificava o montante 
pago por item estocado, e dessa maneira valorava as mercadorias. Fazendo o cálculo 
basicamente por diferença, computando o quanto possuía de estoques iniciais, adicionando as 
compras do período e comparando com o que ainda restava, apurava o valor de aquisição das 
mercadorias vendidas: 
 
CMV= EI + C - EF 
 
CMV - custo das mercadorias vendidas 
EI - estoque inicial 
C - compras 
EF - estoque final 
 
 Confrontando esse montante com as receitas obtidas na venda desses bens, chegava-
se ao lucro bruto, do qual bastava deduzir as despesas necessárias à manutenção da entidade 
durante o período. Daí o aparecimento da também clássica Demonstração de Resultados da 
empresa comercial: 
 
Vendas 
(-) Custo das Mercadorias Vendidas 
(-) Despesas (comerciais, administrativas e financeiras) 
= Resultado Líquido 
 
Os bens eram quase todos produzidos por pessoas ou grupo de pessoas que poucas 
vezes constituíam entidades jurídicas. As empresas propriamente ditas viviam basicamente 
do comércio, e não da fabricação. Dessa forma, era bastante fácil o conhecimento e a 
verificação do valor de compra dos bens existentes. 
 
Com o surgimento das indústrias, o contador não dispunha agora tão facilmente dos 
dados para poder atribuir valor aos estoques; o seu valor de compras na empresa comercial 
estava agora substituído por uma série de valores pagos pelos fatores de produção utilizados. 
 
 
2. Princípios básicos da Contabilidade de Custos Industrial 
O valor do estoque dos produtos na empresa, fabricados por ela, deveria então 
corresponder ao montante que seria o equivalente ao valor de compras na empresa 
comercial. Portanto, passaram a compor o custo do produto os valores dos fatores de 
produção utilizados para a sua obtenção, deixando-se de atribuir aqueles outros que na 
empresa comercial já eram considerados como despesas do período de sua incorrência: 
despesas administrativas, de vendas e financeiras. 
 
 
 
 4 
3. Da contabilidade de Custos à Contabilidade Gerencial 
 A preocupação primeira dos contadores, auditores e fiscais foi a de fazer da 
contabilidade de custos uma forma de resolver seus problemas de mensuração monetária dos 
estoques e do resultado, não a de fazer dela um instrumento de administração. Por essa não 
utilização de todo o seu potencial no campo gerencial, deixou a contabilidade de custos de ter 
uma evolução mais acentuada por um longo tempo. 
 Devido ao crescimento das empresas, com o conseqüente aumento da distância entre 
administrador e ativos e pessoas administradas, passou a contabilidade de custos a ser 
encarada como uma eficiente forma de auxílio no desempenho dessa nova missão, a 
gerencial. 
 Nesse seu novo campo, a contabilidade de custos tem duas funções relevantes: no 
auxílio ao controle e na ajuda às tomadas de decisões. No que diz respeito ao controle, sua 
mais importante missão é fornecer dados para o estabelecimento de padrões, orçamentos e 
outras formas de previsão e, num estágio imediatamente seguinte, acompanhar o efetivamente 
acontecido para comparação com os valores anteriormente definidos. 
 No que tange à decisão, seu papel reveste-se de suma importância, pois consiste na 
alimentação de informações sobre valores relevantes que dizem respeito às conseqüências de 
curto e longo prazo sobre medidas de corte de produtos, fixação de preços de vendas, opção 
de compra ou fabricação, etc... 
 Resumindo, a contabilidade de custos acabou por passar, nessas últimas décadas, de 
mera auxiliar na avaliação de estoques e lucros globais para importante arma de controle e 
decisão gerenciais. 
 
4. A moderna contabilidade de custos em empresas não industriais 
 Com o advento da nova forma de se usar contabilidade de custos, ocorreu seu maior 
aproveitamento em outros campos que não o industrial. No caso de instituições não 
tipicamente daquela natureza, tais como instituições financeiras, empresas comerciais, firmas 
de prestação de serviços etc...É hoje relativamente comum encontrarmos bancos, financeiras, lojas comerciais, 
escritórios de planejamento, auditoria, consultoria, etc... utilizando-se de contabilidade de 
custos, explorando seu potencial para o controle e tomada de decisões. 
 
 
 
MARTINS, Eliseu. Contabilidade de Custos. São Paulo: Atlas, 2003. 
 5 
SLIDES: CONCEITOS FUNDAMENTAIS EM CUSTOS 
 
 
CONCEITOS 
Gasto – sacrifício financeiro com que uma entidade arca para 
obtenção de um produto ou serviço qualquer, sacrifício este 
representado por entrega ou promessa de entrega de ativos 
(normalmente dinheiro). 
 
 
CONCEITOS 
Desembolso – pagamento resultante da aquisição de um bem ou 
serviço. Pode ocorrer concomitantemente ao gasto ou depois deste. 
Investimento – gasto ativado em função de sua vida útil ou de 
benefícios atribuíveis a futuro(s) período(s). 
 
 
CONCEITOS 
Custo – gasto relativo a bem ou serviço utilizado na produção de 
outros bens ou serviços. 
Despesa – bem ou serviço consumido direta ou indiretamente para a 
obtenção de receitas (áreas administrativa, comercial e financeira). 
 
 
CONCEITOS 
Despesas administrativas – gastos realizados com a administração 
(ex: honorários da diretoria, material de expediente, telefone). 
Despesas comerciais – gastos realizados com a venda do produto (ex: 
propaganda, comissão de vendedores, frete para entrega de 
mercadorias). 
 
CONCEITOS 
Despesas financeiras – gastos realizados com a obtenção de recursos 
financeiros (ex: juros, despesas bancárias). 
 
Perda – bem ou serviço consumido de forma anormal e involuntária. 
 
 
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA 
 MARTINS, Eliseu. Contabilidade de Custos. São Paulo: Atlas, 2003. 
 
 6 
EXERCÍCIOS 
 
1. Classifique os gastos a seguir em custos, despesas ou investimentos. Classifique 
também as despesas em administrativas, comerciais ou financeiras. Considere que os 
gastos ocorreram em uma indústria de alimentos: 
 
Gastos Classificação 
Pagamento de taxas de talão de cheques 
Pagamento de refeições do pessoal da fábrica 
Pagamento de juros sobre duplicatas 
Compra de uma tela de Pablo Picasso, à vista, para a sala do 
Presidente da Empresa 
 
Pagamento de fretes de produtos vendidos 
Depreciação das máquinas da fábrica 
Depreciação dos computadores do setor administrativo 
Compra, à vista, de embalagens plásticas 
Pagamento de nota fiscal ao Posto Brasil referente a 
combustível do automóvel da administração 
 
Pagamento de salários e encargos do pessoal da fábrica 
Pagamento de conta de água referente ao administrativo 
Pagamento do aluguel da fábrica 
Pagamento de conta de luz do setor de vendas 
Compra, a prazo, de 50k de trigo 
Transferência de 20 k de trigo do depósito para a fábrica 
Compra, a vista, de 15 dúzias de ovos para uso imediato na 
fábrica 
 
Salários e encargos do pessoal da segurança da fábrica 
Transferência de 500 embalagens para uso na fábrica 
Compra, à prazo, de 15 computadores 
 
2. Separe os gastos da indústria Ki-delícia, em custos e despesas, apontando o total 
geral de cada categoria respectivamente: 
Gastos no mês R$ 
Salários e encargos do pessoal da produção 32.000,00 
Energia elétrica consumida no processo produtivo 54.000,00 
Aluguel da área administrativa 4.000,00 
Embalagem utilizada no processo produtivo 3.800,00 
Salário do diretor comercial 2.400,00 
Aluguel do galpão industrial 2.000,00 
Vigilância da loja comercial 1.200,00 
Matéria prima consumida na produção 15.000,00 
Depreciação dos equipamentos industriais 5.640,00 
Salário do diretor industrial 2.240,00 
Vigilância do prédio administrativo 1.110,00 
Refeições do pessoal de vendas 1.680,00 
 
Total de custos:_______________ Total de despesas:____________________ 
 
 7 
CLASSIFICAÇÃO DOS CUSTOS 
 
1. QUANTO A NATUREZA OU AO PRODUTO 
 
Com relação aos produtos, os custos podem ser diretos ou indiretos. 
 
Custos diretos - são os que podem ser diretamente (sem rateio) apropriados aos 
produtos, bastando existir uma medida de consumo (quilos, horas de mão de obra ou 
máquina, etc...). Em geral, identificam-se com os produtos e variam 
proporcionalmente à quantidade produzida. 
São aqueles que podem ser apropriados diretamente aos produtos fabricados, porque 
há uma medida objetiva de seu consumo nesta fabricação. 
Exemplos: 
Matéria-prima - normalmente, a empresa sabe qual a quantidade exata de matéria-
prima que está sendo utilizada para a produção de uma unidade do produto. Sabendo-
se o preço da matéria-prima, o custo daí resultante está associado diretamente ao 
produto. 
Mão-de-obra direta - trata-se dos custos com trabalhadores utilizados diretamente na 
produção. Sabendo-se quanto tempo cada um trabalhou no produto e o preço da mão-
de-obra, é possível apropriá-la diretamente ao produto. 
Material de embalagem 
Depreciação de equipamento - quando é utilizado para produzir apenas um tipo de 
produto . 
Energia elétrica das máquinas - quando é possível saber quanto foi consumido na 
produção de cada produto. 
 
Custos indiretos - são os que, para serem incorporados aos produtos, necessitam da 
utilização de algum critério de rateio. Ex: aluguel, iluminação, depreciação, salários 
de supervisores, etc... 
Na prática, a separação de custos em diretos e indiretos, além de sua natureza, leva em 
conta a relevância e o grau de dificuldade de medição. Por exemplo, o gasto de 
energia elétrica (força) é, por sua natureza, um custo direto, porém devido as 
dificuldades de medição do consumo por produto e ao fato de que o valor obtido por 
rateio, em geral pouco difere daquele que seria obtido com uma medição rigorosa, 
quase sempre é considerado como custo indireto de fabricação. 
São os custos que dependem de cálculos, rateios ou estimativas para serem 
apropriados em diferentes produtos, portanto, que só são apropriados indiretamente 
aos produtos. O parâmetro utilizado para as estimativas á chamado de base de critério 
ou rateio. 
Exemplos: 
1. Depreciação de equipamentos utilizados na fabricação de mais de um produto. 
2. Salários dos chefes de supervisão de equipes de produção. 
3. Aluguel da fábrica. 
4. Gastos com limpeza da fábrica. 
5. Energia elétrica que não pode ser associada ao produto. 
 
ATENÇÃO: (1) Se a empresa produz apenas um produto, todos os seus custos são 
diretos. (2) Às vezes, o custo é direto por natureza, mas é de tão pequeno valor que 
 8 
não compensaria o trabalho de associá-lo a cada produto, sendo tratado como indireto. 
Exemplo: gastos com verniz e cola na fabricação de móveis. 
 
Conforme podemos observar, a classificação dos custos em diretos e indiretos tem 
relação direta com o produto. Seria impossível apresentar uma relação dos custos 
diretos e indiretos que você pudesse memorizar e aplicar a todo e qualquer tipo de 
produto, pois um mesmo gasto poderá ter parte considerada como custo direto e parte 
considerada como custo indireto, dependendo da sua identificação ou não com o 
produto. Assim, a classificação dos gastos como custos diretos ou indiretos de 
fabricação depende do produto que está sendo fabricado, do tempo de fabricação ou 
até mesmo do interesse da empresa em querer ser mais ou menos minuciosa na 
determinação dos custos de fabricação. 
 
Dessa forma, podemos afirmar que na determinação dos gastos como custo direto ou 
indireto de fabricação cada caso precisa ser estudado isoladamente. Geralmente, a 
matéria-prima, o material de embalagem e a mão-de-obra do pessoal da fábrica são 
facilmente identificáveis em relação ao produto, motivo peloqual são comumente 
classificados como custos diretos; por outro lado, geralmente os materiais 
secundários, parte da mão-de-obra (chefia e supervisão) e os gastos gerais de 
fabricação são de difícil identificação em relação ao produto, motivo pelo qual são 
classificados como custos indiretos de fabricação. 
 
Se a empresa fabricar apenas um produto, é evidente que todos os gastos atribuídos à 
produção de um determinado período serão apropriados a esse produto, sem maiores 
complicações. Nesse caso, a soma dos custos totais da produção de um mês refere-se 
exclusivamente ao único produto fabricado no referido mês. 
 
2. QUANTO AO VOLUME DE PRODUÇÃO 
 
Com relação ao volume de produção do período, os custos podem ser fixos ou 
variáveis. 
 
Custos fixos - são aqueles que independem do volume de produção do período, isto é, 
qualquer que seja a quantidade produzida, esses custos não se alteram. 
Assim, tanto faz a empresa produzir uma ou dez unidades de um ou mais produtos em 
um mês, por exemplo, pois os custos fixos serão os mesmos nesse mês. Exemplo: 
aluguel da fábrica, depreciação das máquinas, salários e encargos da supervisão da 
fábrica etc... 
 
Os custos fixos estão relacionados com os custos indiretos de fabricação por não 
guardarem proporção com as quantidades de produtos fabricados. 
 
Custos variáveis - são aqueles que variam em função das quantidades produzidas, 
como ocorre, por exemplo, com a matéria-prima. 
Se na fabricação de uma mesa de madeira são gastos 5 metros de madeira, para se 
fabricarem 10 mesas serão precisos 50 metros de madeira. Quanto maior for a 
quantidade fabricada, maior será o consumo de matéria-prima. 
Os custos variáveis tem relação direta com os custos diretos de fabricação 
 
 9 
Custos semi-variáveis - são custos que variam com o nível de produção, mas que, 
entretanto, têm uma parcela fixa que existe mesmo que não haja produção. É o caso, 
por exemplo, da conta de energia elétrica da fábrica, na qual a concessionária cobra 
uma taxa mínima mesmo que nada seja gasto no período, embora o valor total da 
conta dependa do número de quilowatts consumidos e, portanto do volume de 
produção da empresa. Outros exemplos: aluguel de uma copiadora no qual se cobra 
uma parcela fixa mesmo que nenhuma cópia seja tirada; gasto com combustível para 
aquecimento de uma caldeira, que varia de acordo com o nível de atividade, mas que 
existirá, mesmo que seja num valor mínimo, quando nada produza, já que a caldeira 
não pode esfriar. 
 
 
 
MARTINS, Eliseu. Contabilidade de Custos. São Paulo: Atlas, 2003. 
 
 
 
EXERCÍCIOS: 
 
 
1. Suponhamos que uma indústria de móveis de madeira tenha fabricado 100 produtos 
durante o mês, dentre eles 20 mesas. Suponhamos, ainda, que foram os seguintes os 
custos da produção do período: 
 
Diante dessas informações pede-se a separação em custos diretos e indiretos. 
 
 Matéria-prima - facilmente identificáveis as quantidades e os valores aplicados em 
cada produto. ___________. 
 Materiais secundários - 90% desses materiais contêm relação que facilita a perfeita 
identificação em cada produto, _____________ porém 10% são de impossível 
identificação, pois foram usados em vários produtos. ________________. 
 Material de embalagem - facilmente identificável em relação a cada produto. 
_____________. 
 Mão-de-obra do pessoal da fábrica - 70% facilmente identificados em relação a 
cada produto, contendo inclusive apontamentos próprios _____________, porém 
30% referem-se à mão-de-obra da chefia, que onera a fabricação de vários 
produtos. _________________. 
 Mão-de-obra dos supervisores da fábrica - impossível a identificação por 
produto._____________. 
 Depreciação das máquinas - é feita mensalmente, e quase todos os produtos 
utilizaram as máquinas. _______________. 
 Energia elétrica - embora existam medidores em algumas máquinas, não foi 
possível a identificação por produto. _________________. 
 Outros gastos de fabricação - pelo pequeno valor em relação ao custo total da 
produção do mês, não houve separação por produto. ____________________. 
 
 
 
 
 10 
2. Classifique os custos a seguir em: 
 
Coluna A - Diretos ou indiretos 
Coluna B - Fixos ou variáveis 
 
Obs: suponha que esta indústria fabrica vários produtos 
 
CUSTOS A B 
Material de embalagem 
Matéria prima 
Materiais secundários de fácil identificação em relação a 
cada produto 
 
Salários e encargos da supervisão da fábrica 
Aluguel da fábrica 
Salários e encargos da chefia da fábrica 
Depreciação das máquinas 
Salários e encargos da segurança da fábrica 
 
 
3. Calcule o que se pede: 
 
Vera Lúcia (confeiteira que trabalha em sua própria residência) fez um bolo de 
aniversário para uma amiga. No supermercado ela gastou: 
 R$ 3,50 por 5 kg de farinha de trigo (usou 2 kg); 
 R$ 3,00 por 5 kg de açúcar (usou 1 kg); 
 R$ 4,80 por 3 dúzias de ovos (usou 1 dúzia); 
 R$ 0,80 por 100 gramas de fermento; 
 R$ 1,20 por 500 gramas de manteiga (usou 250 gramas); 
 R$ 5,40 por 3 latas de leite condensado; 
 R$ 4,50 por 3 caixas de chantilly; 
 R$ 1,12 por 1 litro de leite; 
 R$ 2,80 por uma caixa de morangos. 
 
Vera trabalhou durante 5 horas para fazer o bolo (considere R$ 7,50 pelas 5 horas de 
trabalho). 
 
Os demais gastos necessários para a fabricação foram (já rateados de acordo com 
critérios escolhidos pela doceira): 
 Energia elétrica – R$ 0,60 (correspondentes às 5 horas de trabalho); 
 Gás – R$ 0,50 (correspondentes ao consumo para assar o bolo); 
 Aluguel – R$ 5,00 (correspondendo ao valor proporcional já calculado). 
 
Para a confecção do bolo, calcule: 
Custos diretos:________________________ 
Custos indiretos: __________________________ 
Custo total de fabricação:________________________ 
 
 
 11 
4. Classifique os itens a seguir em custo/ despesa/ investimento. Classifique também 
as despesas em administrativas, comerciais ou financeiras. 
 
Depreciação das máquinas da fábrica_______________________ 
Matéria prima comprada e estocada___________________________________ 
Salário das costureiras de uma indústria de confecção____________________ 
Comissão de vendedores________________________________________ 
Honorários do diretor administrativo______________________________ 
Honorários do diretor industrial__________________________________ 
Manutenção dos veículos da administração__________________________ 
Consumo de energia elétrica da fábrica_________________________________ 
Linhas utilizadas pelas costureiras na indústria de confecção___________________ 
Aluguel de área ocupada pela fábrica_____________________________________ 
Embalagem utilizada no processo produtivo_______________________________ 
Salário dos supervisores da fábrica________________________________________ 
 
5. Classifique os custos abaixo como fixos ou variáveis: 
 
Aluguel da fábrica_______________________________________ 
Tecido utilizado para fabricação de vestuário___________________________ 
Salário do vigilante da fábrica_____________________________________ 
Energia elétrica da fábrica___________________________________________ 
Madeira para fabricação de móveis ________________________________ 
Açúcar, nescau, farinha para fabricação de doces_________________________ 
Seguro da fábrica_______________________________________________ 
Depreciação das instalações da fábrica_______________________________ 
Pneus na fabricação de automóveis________________________________ 
 
 
6. O sr. Max Gunther, diretor financeiro da Abbot, recebeu um relatório de 
desempenho comparandoos custos de produção orçados e reais de sua fábrica: 
 
Custos de produção Orçado versus Real 
Custos Orçado Real 
Matéria prima 50.000,00 67.500,00 
Mão de obra direta 35.000,00 47.250,00 
Salário dos supervisores 20.000,00 20.000,00 
Depreciação das máquinas 10.000,00 10.000,00 
Embalagens 5.000,00 6.750,00 
 
Seu primeiro pensamento foi o de que alguns custos estavam fora de controle, pois 
haviam excedido o orçamento. Contudo ele lembrou que o orçamento havia sido 
preparado com base em um volume de produção de 30.000 unidades, mas a fábrica na 
realidade produziu 40.500 unidades. Pergunta-se: 
a) Dado que a produção foi maior do que o planejado, porque alguns custos 
permaneceram inalterados? 
b) Qual é o valor do custo unitário no orçado, e o valor do custo unitário no Real? 
 12 
7. A Cia Progresso S/A, durante o período de planejamento orçamentário para o 
exercício de 2006, recolheu as seguintes informações do exercício de 2005, para poder 
projetar o custo total de mão de obra: 
 Total de horas máquinas utilizadas: 60.000 horas máquinas 
 Custo total de mão de obra para 60.000 horas máquinas: R$ 
250.000,00 
 Parte fixa do custo de mão de obra: R$ 40.000,00 
 
Considerando-se que uma das premissas do orçamento é o aumento de vendas e, 
consequentemente, de produção, a empresa passará a consumir 80.000 horas de 
máquina. Com base nos dados acima, pode-se afirmar que o custo total, em reais, de 
mão de obra para 80.000 horas de máquina será de: 
a) 260.000,00 
b) 290.000,00 
c) 350.000,00 
d) 280.000,00 
e) 320.000,00 
 
 
8. Uma empresa, para fabricar 1.000 unidades mensais de determinado produto, 
realiza os seguintes gastos: 
 
Gastos do Período R$ 
Matéria Prima 400.000,00 
Mão de obra direta 300.000,00 
Mão de obra indireta 100.000,00 
Custos diversos 200.000,00 
 
Se a empresa produzir 1.200 unidades desse produto, por mês, com as mesmas 
instalações e com a mesma mão-de-obra, ou seja, com exceção da matéria-prima, 
todos os demais custos permaneceriam inalterados em seu total, o custo por unidade 
produzida corresponderá a: ___________________. 
 
 
 
 
SLIDES: CRITÉRIOS DE RATEIO 
 
Critérios de Rateio 
 Todos os custos indiretos só podem ser apropriados de forma 
indireta aos produtos, isto é, mediante estimativas, critérios de 
rateio, previsão de comportamento dos custos, etc... 
 13 
 
Critérios de Rateio 
 Todas essas formas de distribuição contêm, em menor ou maior 
grau, certo subjetivismo; portanto, a arbitrariedade sempre vai 
existir nessas alocações. 
 
Critérios de Rateio 
 A alteração de um critério poderá provocar mudanças no valor 
apontado como custo de um produto, sem que de fato nenhuma 
outra modificação tenha ocorrido no processo de produção. 
 
Critérios de Rateio 
 Os custos indiretos devem ser rateados segundo os critérios 
julgados mais adequados para relacioná-los aos produtos em 
função dos fatores mais relevantes que se conseguir. 
 
Critérios de Rateio 
 Critérios bons numa empresa podem não sê-los em outra, em 
virtude das características especiais do próprio processo de 
produção. É absolutamente necessário que as pessoas responsáveis 
pela escolha dos critérios conheçam bem o processo produtivo. 
Critérios de Rateio 
 A consistência na aplicação dos critérios é de extrema importância, 
de forma a não se artificializar resultados. 
 
Critérios de Rateio 
 
GASTOS POSSÍVEL CRITÉRIO 
Depreciação das máquinas Quant. produzida ou tempo de 
utilização das máquinas 
Refeitório Quant. de refeições servidas 
Depreciação prédio Área ocupada 
 
 
 
 
 
 14 
EXERCÍCIOS: 
 
1. Em uma empresa industrial, o departamento de manutenção trabalhou 600h e teve 
gastos registrados de R$ 510.000,00 
Manutenção – horas trabalhadas para os seguintes departamentos: 
Prensa: 210 h 
Usinagem: 390 h 
Total: 600 h 
Qual o valor que deverá ser rateado aos departamentos produtivos (prensa e usinagem 
respectivamente) utilizando-se o critério horas trabalhadas? 
a) 300.000,00 e 210.000,00 
b) 160.000,00 e 350.000,00 
c) 178.500,00 e 331.500,00 
d) 255.000,00 e 255.000,00 
 
 
2. Em uma empresa industrial, os custos de manutenção são rateados para os centros 
de Custos de Produção, Almoxarifado e Planejamento e Controle de Produção 
proporcionalmente às horas trabalhadas para esses centros: 
Produção 70 horas 
Almoxarifado 20 horas 
Planejamento e Controle de Produção (PCP) 30 horas 
O total de gastos de manutenção é de R$ 6.500.000,00 no período. Qual é o valor 
rateado para o PCP? 
 
a) 1.625.000,00 
b) 3.770.000,00 
c) 1.040.000,00 
d) 2.500.000,00 
 
3. Uma empresa industrial, que apura seus custos por meio dos departamentos A, B e 
C, apropria o valor dos gastos com o consumo de energia elétrica levando em conta 
que: 
 • O departamento A opera com cinco máquinas. 
 • O departamento B opera com o dobro de máquinas, em relação ao 
departamento A. 
 • O departamento C não opera máquinas. 
 • As máquinas são iguais entre si e registraram o mesmo consumo no período. 
 
Sabendo-se que os gastos com energia elétrica, no período, foram de $ 
150.000,00, a contabilidade apropriou: 
 a) $ 50.000,00 em A, $ 75.000,00 em B e $ 25.000,00 em C; 
 b) $ 150.000,00 em A e $ 150.000,00 em B; 
 c) $ 50.000,00 em A e $ 150.000,00 em B; 
 d) $ 75.000,00 em A e $ 75.000,00 em B; 
 e) $ 50.000,00 em A e $ 100.000,00 em B. 
 15 
 
6. Na contabilidade de custos de uma empresa X, os custos de manutenção são 
rateados para os centros de Custos de Produção, Almoxarifado e Controle de 
Qualidade proporcionalmente às horas trabalhadas para esses centros: 80 horas para 
Produção, 48 horas para o Almoxarifado e 32 horas para o Controle de Qualidade. O 
total dos gastos da manutenção a ratear foi de R$ 4.800.000,00 no período de 
apuração. Pode-se indicar que a parcela da manutenção rateada para o Centro de 
Controle de Qualidade foi de: 
a) R$ 916.667,00 
b) R$ 960.000,00 
c) R$ 942.000,00 
d) R$ 885.000,00 
 
 
 
 
SLIDES CUSTEIO BASEADO EM ATIVIDADES – ACTIVITY 
BASED COSTING - ABC 
 
ABC 
• Metodologia de alocação de custos indiretos aos produtos que tem 
por base: 
* Foco no conceito de atividade. 
* Utilização de direcionadores de custos. 
 
ABC 
• ATIVIDADE 
• É uma ação que utiliza recursos humanos, materiais, tecnológicos 
etc. e gera um bem ou serviço. 
• DIRECIONADORES DE CUSTOS 
• É o fator que determina o custo de uma atividade. Influencia a 
maneira como os produtos consomem (utilizam) as atividades. 
 
 
ABC 
•BASE LÓGICA: As atividades consomem os recursos (CIF) e os 
produtos consomem as atividades. 
•1º passo: Identificar as atividades, e para isso é preciso: 
Discernimento, bom senso, capacidade de observação e profundo 
conhecimento do processo produtivo. 
 16 
 
 
DIRECIONADORES 
DEPARTAMENTO ATIVIDADES DIRECIONADORES 
Compras Comprar materiais 
Contactar 
fornecedores 
Nº de pedidos 
Nº de ligações 
Almoxarifado Receber materiais 
Movimentar materiais 
Nº de recebimentos 
Nº de requisições 
Adm. Produção Controlar produção Nº de lotes 
 
ABC/ABM 
• ABC 
• Metodologia de análise do overhead focada nos conceitos de 
processos, atividades e direcionadores de custos. 
• ABM 
• Processo de gestão de custos apoiado em informações fornecidas 
pelo ABC. 
 
USOS ABC/ABM 
• Análise de lucratividade de produtos, clientes, etc.. 
• Administração de preços de venda. 
• Balanceamento entre os recursos disponibilizados e a demanda por 
recursos. 
•Avaliação de desempenho. 
• Melhoria de processos. 
• Eliminação de atividades que não agregam valor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 17 
EXERCÍCIOS ABC: 
 
1. Indústria Metalúrgica Bemol Ltda. 
Com base nas informações, calcule o custo de produção do mês de cada unidade 
produzida, utilizando a metodologia do custeio baseado em atividades. 
A Indústria Metalúrgica Bemol Ltda. fabrica dois produtos. Seguem as 
informações sobre o volume de produção e seus custos durante o mês de outubro: 
Quadro 1 - Informações. 
 
 Produto A Produto B 
Volume de produção 
12.000 
unidades 
10.000 
unidades 
Custos diretos/variáveis para cada unidade 
Matérias-primas (R$) 30,00 40,00 
Mão-de-obra (R$) 20,00 30,00 
 
Os custos indiretos de fabricação (CIF) totalizaram R$ 642.400,00 no mês. 
Por meio de análise de informações contábeis e entrevistas com o pessoal da 
produção, constatou-se que os custos indiretos referiam-se às seguintes atividades: 
 
 
 
Quadro 2 - Atividades. 
 Custo da atividade (R$) 
Melhoria dos processos de produção 100.000,00 
Recuperação de produtos com defeitos 20.400,00 
Processamento das máquinas 280.000,00 
Controle de qualidade das unidades produzidas 242.000,00 
 Total dos custos indiretos 642.400,00 
A apuração dos dados físicos relativos às atividades demonstrou os seguintes 
direcionadores de custos: 
Quadro 3 - Informações quantitativas - direcionadores 
 Produto A Produto B Total 
Horas de engenheiros dedicadas à melhoria 
dos processos de produção 
200 h 300 h 500 h 
Unidades produzidas com defeitos 1.000 un 1.400 un 2.400 un 
Quantidade de horas-máquinas utilizadas 3.000 h 7.000 h 10.000 h 
Quantidade produzida 12.000 un 10.000 un 22.000 un 
 
 
 18 
SOLUÇÃO: 
 Demonstração do custo unitário de cada direcionador (R$) 
Atividades Custo total da 
Atividade no mês 
Total de 
Direcionadores 
Custo unitário do 
direcionador 
Melhoria dos processos de 
produção 
 
Recuperação de produtos com 
defeitos 
 
Processamento das máquinas 
Controle de qualidade das 
unidades produzidas 
 
 
Apropriação dos custos indiretos aos produtos (R$) 
Atividades Custo unitário do 
direcionador 
Produto A Produto B 
Melhoria dos processos de 
produção 
 
Recuperação de produtos com 
defeitos 
 
Processamento das máquinas 
Controle de qualidade das 
unidades produzidas 
 
Total dos custos indiretos 
Quantidade produzida 
Custo indireto unitário 
 
Custo unitário de produção (R$) 
Custos diretos/variáveis para cada 
unidade 
Produto A Produto B 
Matérias-primas 
Mão-de-obra 
Custo indireto 
Total do custo unitário 
 
 
2. Consultoria e Engenharia de Sistemas (CES) 
 
Com base nas informações disponíveis com a utilização da metodologia do 
custeio baseado em atividades, apropriar, para cada segmento de negócios, os gastos 
indiretos dos setores de apoio, treinamento, divulgação dos serviços etc. durante o mês 
de maio. 
A CES é um dos maiores e mais conceituados escritórios de consultoria e 
engenharia de sistemas. Constituído por 20 jovens administradores, economistas e 
engenheiros, emprega mais de 300 pessoas, entre técnicos e pessoal administrativo. 
Presta os seguintes serviços: 
 • consultoria e auditoria de sistemas administrativos, financeiros e de 
produção; 
 • desenvolvimento de sistemas específicos; 
 19 
 • projetos de rede (física e lógica); 
 • projetos para a Internet/Intranet; 
 • projetos de engenharia; 
 • assessoria nos projetos de logística. 
 
Durante o mês, atendeu a quase 40 clientes. Sua contabilidade gerencial está 
dividida em três grandes segmentos de negócios, que são: 
 a) assessoria de projetos de gestão (Proges); 
 b) projetos para instituições financeiras (Profin); 
 c) assessoria de projetos para agroindústrias (Proagro). 
Durante o mês de maio, o total dos gastos indiretos foi de R$ 398.000,00 e foram 
identificadas as seguintes atividades, com seus correspondentes custos: 
 
Quadro 1 - Atividades relevantes e seus custos. 
Atividades relevantes 
Custo total da atividade 
no mês (R$) 
Supervisão dos projetos pela Diretoria 25.000,00 
Digitação, elaboração, revisão e arquivo de 
projetos 
 50.000,00 
Faturamento e cobrança 15.000,00 
Desenvolvimento de aplicativos comuns 177.000,00 
Treinamentos dos consultores 70.000,00 
Divulgação e promoção 40.000,00 
Elaboração e apresentação de propostas 21.000,00 
Total dos gastos indiretos 398.000,00 
Foram apurados os seguintes direcionadores para cada área de negócios: 
 
Quadro 2 - Informações quantitativas - direcionadores 
 Proges Profin Proagro Total 
Dedicação do tempo dos 
diretores 
40% 40% 20% 100% 
Quantidade de projetos 
desenvolvidos no mês 
18 12 10 40 
Número de faturas no mês 14 6 10 30 
Horas utilizadas nos 
aplicativos comuns 
3.200 4.000 1.650 8.850 
Número de consultores 
beneficiados 
25 25 20 70 
Consultas recebidas no mês 25 40 15 80 
Propostas apresentadas no 
mês 
20 30 10 60 
 
 
 
 
 
 
 
 20 
SOLUÇÃO 
 
Apuração do custo unitário dos direcionadores (R$) 
Atividades 
Custo total da 
atividade no mês 
Total de 
direcionadores 
Custo 
unitário do 
direcionador 
Supervisão dos projetos pela Diretoria 
Digitação, elaboração, revisão e arquivo 
de projetos 
 
Faturamento e cobrança 
Desenvolvimento de aplicativos comuns 
Treinamentos dos consultores 
Divulgação e promoção 
Elaboração e apresentação de propostas 
 
 
 
Apropriação dos custos indiretos para cada área de negócios. 
Atividades 
Custo unitário 
do direcionador 
Proges Profin Proagro 
Supervisão dos projetos pela Diretoria 
Digitação, elaboração, revisão e arquivo de 
projetos 
 
Faturamento e cobrança 
Desenvolvimento de aplicativos comuns 
Treinamentos dos consultores 
Divulgação e promoção 
Elaboração e apresentação de propostas 
Total dos gastos indiretos 
 
3. Departamento de Engenharia de Processos 
Com base nas informações disponíveis, aproprie os custos indiretos do mês de 
agosto do Departamento de Engenharia de Processos para os produtos produzidos no 
mês, utilizando a metodologia do custeio baseado em atividades. 
A empresa produz os produtos A, B e C. Em agosto, foram produzidas 5.000 
unidades do produto A, 3.000 unidades do produto B e 7.000 unidades do produto C. 
Quadro 1 - Informações sobre os custos indiretos do mês de agosto e atividades 
relevantes do Departamento de Engenharia de Processos. 
 
Atividades relevantes Custos indiretos (R$) 
Programar os lotes de produção 40.000,00 
Programar as máquinas 50.000,00 
Verificar a qualidade da produção 20.000,00 
Supervisionar a produção 100.000,00 
Treinamento da mão-de-obra direta 30.000,00 
Total dos custos indiretos do mês do Departamento 240.000,00 
 
 21 
Quadro 2 - Informações quantitativas – direcionadores 
 
Produto 
A 
Produto 
B 
Produto 
C 
Total 
Lotes de produção 50 90 60 200 
Total de horas-máquinas 2.000 1.000 3.250 6.250 
Número de unidades 
inspecionadas 
220 100 305 625 
Dedicação do tempo dos 
supervisores da produção 
50% 20% 30% 100% 
Número de operários treinados 
no mês 
14 6 10 30 
SOLUÇÃO 
Cálculo do custo unitário de cada direcionador (R$): 
Atividades relevantes 
Custo total da 
Atividade no 
mês 
Total de 
Direcionadores 
Custo unitário 
do direcionador 
Programaros lotes de produção 
Programar as máquinas 
Verificar a qualidade da produção 
Supervisionar a produção 
Treinamento da mão-de-obra direta 
 
 
Apropriação dos custos indiretos do Departamento de Engenharia de Processos para 
cada produto fabricado no mês. 
Atividades relevantes 
Custo unitário 
do direcionador 
Produto 
A 
Produto 
B 
Produto 
C 
Programar os lotes de produção 
Programar as máquinas 
Verificar a qualidade da produção 
Supervisionar a produção 
Treinamento da mão-de-obra direta 
Total dos custos indiretos 
Quantidade produzida 
Custo indireto para cada unidade 
SLIDES: CONTABILIDADE FINANCEIRA X CONTABILIDADE GERENCIAL 
 22 
 
CONTABILIDADE GERENCIAL 
 Em qualquer posição gerencial você terá que planejar 
operações, avaliar subordinados e tomar uma série de 
decisões utilizando informação contábil. 
 
 
CONTABILIDADE GERENCIAL 
 Em alguns casos, você perceberá que as informações do 
balanço patrimonial, da demonstração de resultados e da 
demonstração de lucros acumulados da sua empresa serão 
úteis. 
 
 
CONTABILIDADE GERENCIAL 
 No entanto, a maioria das informações contidas nessas 
demonstrações é mais relevante para os usuários externos 
da informação contábil, como acionistas e credores. Além 
disso, você precisará de informações preparadas 
especificamente para os gerentes da empresa, os usuários 
internos da informação contábil. 
 
 
CONTABILIDADE GERENCIAL 
 Esse tipo de informação é denominado informação 
contábil gerencial. 
 
 
CONTABILIDADE FINANCEIRA 
 A contabilidade Financeira enfatiza os conceitos e 
procedimentos contábeis que se relacionam à preparação 
de relatórios para os usuários externos da informação 
contábil. 
 23 
 
 
CONTABILIDADE GERENCIAL 
 A Contabilidade Gerencial enfatiza os conceitos e 
procedimentos contábeis que são relevantes à preparação 
de relatórios para os usuários internos da informação 
gerencial. 
 
 
CONTABILIDADE GERENCIAL 
 A meta da Contabilidade Gerencial é fornecer as 
informações que os gerentes precisam para o 
planejamento, controle e tomada de decisão. 
 
PLANEJAMENTO 
 O planejamento é uma atividade fundamental para todas 
as empresas. Um plano comunica as metas da empresa aos 
empregados e especifica os recursos necessários para 
atingi-las. 
 
 
PLANEJAMENTO 
 Os planos financeiros preparados pelos contadores 
gerenciais são denominados ORÇAMENTOS. Uma ampla 
variedade de orçamentos pode ser preparada. 
 
 
CONTROLE 
 O controle das organizações é alcançado pela avaliação do 
desempenho dos gerentes e das operações pelas quais eles 
são responsáveis. Os planos da empresa desempenham um 
importante papel no processo de controle. 
 24 
 
CONTROLE 
 Os gerentes podem comparar os resultados obtidos com os 
resultados planejados e decidir se uma ação corretiva é 
necessária. 
 
CONTROLE 
 Os relatórios usados para avaliar o desempenho dos 
gerentes e das operações que eles controlam são 
denominados relatórios de desempenho. 
 
CONTROLE 
 Apesar de não haver um método amplamente aceito para 
preparar um relatório de desempenho, tais relatórios 
normalmente envolvem a comparação do desempenho do 
período atual com o desempenho de um período passado 
ou com o desempenho planejado (orçado). 
 
TOMADA DE DECISÃO 
 A tomada de decisão é parte integrante do processo de 
planejamento e controle – as decisões são tomadas para 
recompensar ou punir os gerentes, para alterar as 
operações ou revisar os planos. 
 
TOMADA DE DECISÃO 
 A empresa deve adicionar um novo produto? Deve 
abandonar um produto existente? Deve fabricar um 
componente usado na montagem do seu principal produto 
ou contratar uma outra empresa para produzi-lo? Que 
preço a empresa deve cobrar por um novo produto? 
 
TOMADA DE DECISÃO 
 Essas perguntas indicam apenas algumas das decisões-
chave que as empresas enfrentam. E a forma como tomam 
essas decisões irá determinar sua rentabilidade futura e, 
possivelmente, a sua sobrevivência. 
 25 
 
CARACTERÍSTICAS DA CONTABILIDADE 
GERENCIAL 
 É direcionada a usuários internos da informação contábil. 
 Pode se desviar dos princípios fundamentais de 
contabilidade. 
 Apresenta informações mais detalhadas. 
 Pode apresentar mais informações não-monetárias. 
 Coloca maior ênfase no futuro. 
 
REFERÊNCIAS 
 JIAMBALVO, James. Contabilidade gerencial. Rio de Janeiro: LTC, 
2003. 
 
 
 
Tabela comparativa entre a Contabilidade Gerencial e Financeira. 
 
FATOR CONTABILIDADE 
FINANCEIRA 
CONTABILIDADE 
GERENCIAL 
Usuário dos relatórios Externos e internos Internos 
Objetivo dos relatórios Facilitar a análise financeira 
para as necessidades dos 
usuários externos 
Objetivo especial de facilitar o 
planejamento, controle, 
avaliação de desempenho e 
tomada de decisão 
internamente. 
Formas de relatórios Balanço Patrimonial (BP), 
Demonstração dos Resultados 
(DRE), Demonstração de 
Origens e Aplicações de 
Recursos (DOAR) e 
Demonstração das Mutações 
do Patrimônio Líquido 
(DMPL). 
Orçamento, contabilidade por 
responsabilidade, relatórios de 
desempenho, relatórios de 
custo, relatórios especiais não 
rotineiros para facilitar a 
tomada de decisão. 
Freqüência dos relatórios Anual, trimestral e 
ocasionalmente mensal. 
Quando necessário pela 
administração 
Custos ou valores 
utilizados 
Primeiramente históricos 
(passados) 
Históricos e esperados 
(previstos) 
Bases de mensuração 
usadas para quantificar os 
dados. 
Moeda corrente Várias bases (moeda corrente, 
moeda estrangeira-moeda forte, 
medidas físicas, índices etc.) 
Restrições nas informações 
fornecidas 
Princípios Contábeis 
Geralmente Aceitos 
Nenhuma restrição, exceto as 
determinadas pela 
administração. 
 26 
Arcabouço teórico e 
técnico 
Ciência Contábil Utilização pesada de outras 
disciplinas, como economia, 
finanças, estatística, pesquisa 
operacional e comportamento 
organizacional. 
Características da 
informação fornecida 
Deve ser objetiva (sem viés), 
verificável, relevante e a 
tempo 
Deve ser relevante e a tempo, 
podendo ser subjetiva, 
possuindo menos 
verificabilidade e menos 
precisão. 
Perspectiva dos relatórios Orientação histórica. Orientada para o futuro para 
facilitar o planejamento, 
controle e avaliação de 
desempenho antes do fato (para 
impor metas), acoplada com 
uma orientação histórica para 
avaliar os resultados reais (para 
o controle posterior dos fatos) 
 
 
 
 
QUESTÕES PARA REFLEXÃO 
 
1. A principal meta da contabilidade gerencial é: 
a) fornecer informações para investidores atuais e potenciais da empresa. 
b) fornecer informações tanto para credores quanto para investidores atuais e 
potenciais 
c) fornecer informações para credores , autoridades fiscais e investidores atuais e 
potenciais 
d) fornecer informações para planejamento, controle e tomada de decisão. 
 
2. Relacione os termos a seguir com as atividades gerenciais descritas adiante: 
a) Planejamento 
b) Controle 
c) Tomada de Decisão 
 
(1) Essa atividade gerencial envolve mudar as operações, revisar planos ou 
recompensar/punir os gerentes. 
 
 
(2) Essa atividade gerencial compara os resultados reais com os resultados planejados 
como base para uma ação corretiva. 
 
 
(3) Essa atividade gerencial formula metas, comunica-as aos empregados e especifica 
osrecursos necessários para alcançá-las. 
 
 
 27 
3. Qual das afirmações a seguir sobre orçamento é falsa? 
 
a) Os orçamentos podem ser expressos em reais, em quantidades ou em ambos. 
b) Os orçamentos podem refletir receitas projetadas, despesas projetadas, fluxos 
de caixa projetados ou quantidades projetadas de entradas e saídas. 
c) Os orçamentos devem ser preparados de acordo com os Princípios 
Fundamentais de Contabilidade. 
d) Os orçamentos são úteis tanto para o planejamento quanto para controle. 
 
 
4. Qual das afirmações a seguir é falsa? 
a) Os princípios da contabilidade gerencial não estão necessariamente de acordo 
com os Princípios Fundamentais de Contabilidade 
b) Os princípios de contabilidade financeira normalmente refletem um maior 
detalhamento do que aquele encontrado nos relatórios de contabilidade 
gerencial. 
c) Os relatórios de contabilidade gerencial enfatizam atividades e custos futuros 
d) Os dados de contabilidade financeira são direcionados principalmente para os 
usuários externos, e não para os usuários internos. 
 
 
 
5. A seguir, você encontra uma série de termos relativos às organizações, às funções 
do gerente e ao papel da contabilidade gerencial. Escolha aquele que mais 
adequadamente completa as frases adiante: 
 
Contabilidade financeira, Contabilidade Gerencial, Controller, Descentralização, 
Apoio, Orçamento, Relatório de desempenho, Feedback. 
 
a) Os planos da administração são expressos formalmente no __________________. 
b) A delegação de autoridades para tomada de decisão em uma organização, que 
permite aos gerentes dos diversos níveis operacionais tomarem decisões referentes a 
sua área, é chamada de ____________________________. 
c) _________________________________ preocupa-se com o fornecimento de 
informações para uso daqueles que estão dentro da organização, enquanto 
___________________________ preocupa-se com o fornecimento de informações 
para uso daqueles que estão fora dela. 
d) O gerente encarregado do departamento de contabilidade é geralmente conhecido 
como _______________________. 
e) Um relatório detalhado à administração, comparado os dados orçados e os dados 
reais de um período específico é denominado ____________________________. 
 
6. Julgue os itens a seguir (certo ou errado): 
 
A contabilidade gerencial tem por objetivo fornecer informações, extraídas dos dados 
contábeis, que ajudem os administradores das empresas no processo de tomada de 
decisões. ___________. 
 
 28 
A contabilidade gerencial, como qualquer outro ramo da contabilidade, está obrigada 
à observação estrita dos princípios contábeis geralmente aceitos; entretanto, as 
demonstrações e os relatórios a ela ligados podem ser elaborados de forma a atender o 
interesse dos usuários. __________. 
 
A única diferença entre a contabilidade gerencial e a financeira consiste no fato de que 
seus usuários são diferentes. Nos demais aspectos, ambas são convergentes e 
similares: utilizam os mesmos dados, aplicam as mesmas técnicas e possuem o 
mesmo foco._____________. 
 
7. Com relação à contabilidade gerencial e contabilidade financeira, assinale 
verdadeiro ou falso: 
 A contabilidade gerencial é direcionada aos usuários externos da informação contábil, 
como por exemplo bancos e fisco. 
 A contabilidade financeira é direcionada aos usuários internos da informação como 
por exemplo, presidente da empresa e gerentes. 
 A contabilidade gerencial pode se desviar dos Princípios Fundamentais de 
Contabilidade. 
 A contabilidade gerencial coloca maior ênfase no futuro. 
 A contabilidade gerencial coloca maior ênfase no passado, ou seja, fatos que já 
ocorreram. 
 A informação fornecida pela contabilidade gerencial deve ser relevante e a tempo, 
podendo ser subjetiva, possuindo menos verificabilidade e precisão. 
 A contabilidade gerencial pode utilizar outras bases de mensuração para quantificar 
dados, como por exemplo, moeda estrangeira, medidas físicas, índices, etc... 
 A contabilidade financeira utiliza custos históricos (passados). 
 A freqüência dos relatórios na contabilidade gerencial é determinada pelos gestores 
da empresa. 
 A contabilidade gerencial é obrigatória por lei para todas as empresas. 
 
 
FUNDAMENTOS DE CUSTEIO 
 
Existem dois métodos básicos de custeio: Custeio por Absorção e Custeio Variável ou 
Direto. A diferença básica entre os dois métodos está no tratamento dos custos fixos. 
 
Método de Custeio por Absorção ou Global 
 
“Custeio por Absorção é o método derivado da aplicação dos princípios de 
contabilidade geralmente aceitos, nascido da situação histórica mencionada. 
Consiste na apropriação de todos os custos de produção aos bens elaborados, e só os 
de produção; todos os gastos relativos ao esforço de fabricação são distribuídos para 
todos os produtos feitos” (Martins, 2000, p. 42). 
 
Considerando que é o único Método de Custeio aceito pela Receita Federal, pelos 
Auditores Externos por estar de acordo com os Princípios de Contabilidade 
Geralmente Aceitos, é bastante utilizado, apesar das deficiências para fins gerenciais 
em razão da alocação arbitrária dos custos indiretos de fabricação. 
 29 
 
Todos os custos de produção, tanto fixos como variáveis são atribuídos ao produto 
final e, portanto absorvidos pela produção e pelos estoques. 
 
Demonstração do Resultado do Exercício pelo método de custeio por Absorção: 
 
 
Receita Bruta de Vendas (preço de venda x quantidade vendida) 
(-) Impostos sobre as vendas 
= Receita Líquida 
(-) Custos Variáveis (valor por unidade x quantidade vendida) 
(-) Custos Fixos (valor por unidade x quantidade vendida) 
= Lucro Bruto 
(-) Despesas variáveis (valor por unidade x quantidade vendida) 
(-) Despesas fixas (total do período) 
= Resultado 
 
Método de Custeio Variável ou Direto 
 
O Custeio Variável é um tipo de custeamento que consiste em considerar como Custo 
de Produção do período apenas os Custos Variáveis incorridos. Os custos fixos, pelo 
fato de existirem mesmo que não haja produção, não são considerados como Custo de 
Produção, e sim como despesas. 
 
Os custos variáveis são considerados como atribuídos aos Produtos. Os fixos são 
tratados como despesas do período e não são incluídos nos estoques. Não é 
considerado como de acordo com os Princípios de Contabilidade Geralmente Aceitos 
e, portanto deve ser utilizado apenas em Relatórios Internos de Informações 
Gerenciais. 
 
 
Demonstração do Resultado do Exercício pelo método de custeio Variável ou Direto: 
 
 
Receita Bruta de Vendas (preço de venda x quantidade vendida) 
(-) Impostos sobre as vendas 
= Receita Líquida 
(-) Custos Variáveis (valor por unidade x quantidade vendida) 
(-) Despesas Variáveis (valor por unidade x quantidade vendida) 
= Margem de Contribuição 
(-) Custos Fixos (total do período) 
(-) Despesas fixas (total do período) 
= Resultado 
 
 
 
 
 
 
 30 
EXERCÍCIOS 
 
1. No segundo trimeste de 2007, determinada indústria concluiu a produção de 600 
unidades do item X2, tendo vendido 400 dessas unidades, ao preço unitário de R$ 
120,00. 
No mesmo período foram coletadas as seguintes informações: 
 Custo variável unitário: R$ 20,00 
 Total de custos fixos: R$ 18.000,00 
 Despesas variáveis de vendas: R$ 2,00 por unidade. 
 Inexistência de Estoque inicial de Produtos no período. 
Pede-se apurar o resultado pelos métodos de custeio por absorção e variável, bem 
como o valor do estoque final pelos dois métodos. 
RESPOSTA: Absorção: R$ 27.200,00 e Estoque final: R$ 10.000,00 
 Variável: R$21.200,00 e Estoque final: R$ 4.000,00 
 
 
2. Determinada empresa industrial apresenta a seguinte estrutura: 
 Custos de Produção: Fixos R$ 300.000,00 e Variáveis R$ 9,00 por 
unidade 
 Despesas variáveis de vendas R$ 2,50 
 Despesas fixas de vendas, administrativas e financeiras R$ 
120.000,00. 
 Preço de venda R$ 20,00. 
Supondo-se ainda que o nível de produção em determinado período tenha atingido 
80.000 unidades e as vendas 60.000 unidades. Inexistindo estoques no início do 
período, pede-se: Apurar o Lucro e os Estoques Finais pelos métodos de Custeio por 
Absorção e Variável. 
RESPOSTA: Absorção: R$ 165.000,00 e Estoque final: R$ 255.000,00 
 Variável: R$ 90.000,00 e Estoque final: R$ 180.000,00 
 
3. A indústria ALFA teve os seguintes gastos de produção em outubro: 
 
Total dos Gastos R$ 
Matérias-primas e mão-de-obra direta 150,00 p/ unidade 
Custos de produção fixos 150.000,00 
No mês de outubro produziu 3.000 unidades, das quais 2.000 foram vendidas durante 
o mês, ao preço de venda de R$ 400,00 cada. Os impostos sobre as vendas 
representam 18%, e no mês as despesas operacionais fixas totalizaram R$150.000,00. 
Com base nas informações disponíveis, supondo que não havia estoques em 30 de 
setembro, apure o resultado do mês de outubro, utilizando os métodos de custeio por 
Absorção e Variável. Calcule também o valor dos estoques finais. 
 
RESPOSTA: Absorção: R$ 106.000,00 e Estoque Final: R$ 200.000,00 
 Variável: R$ 56.000,00 e Estoque Final: R$ 150.000,00 
 
 
 
 31 
4. Apurar o Resultado e o estoque final pelos métodos de custeio por Absorção e 
Variável, utilizando a seguinte estrutura de custo, porém assumindo que, no mês de 
dezembro, a empresa Delta produza 50 e venda 30 unidades. 
 O preço de venda é de R$ 700,00 e não havia estoques iniciais. 
 Custos e Despesas Variáveis 
R$ 
Matérias-primas por unidade produzida 80,00 
Mão-de-obra direta por unidade produzida 20,00 
Despesas Variáveis de Vendas por unidade 20,00 
Custos e Despesas Fixas R$ 
Custos Fixos de Produção 
 Depreciação 
 Mão-de-obra indireta 
 Outros custos 
Despesas Gerais Fixas 
 
500,00 
5.500,00 
4.000,00 
 4.000,00 
 
RESPOSTA: Absorção: R$ 7.400,00 e Estoque Final: R$ 6.000,00 
 Variável: R$ 3.400,00 e Estoque Final: R$ 2.000,00 
 
 
 
ANÁLISE DO CUSTO/LUCRO/VOLUME 
 
MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO 
 
A análise da Margem de Contribuição é um instrumento que os gerentes usam para 
tomar decisões. Do ponto de vista da margem de contribuição, as despesas são 
classificadas como fixas ou variáveis. Os custos variáveis são deduzidos das vendas 
para obter a margem de contribuição. Os custos fixos são então subtraídos da margem 
de contribuição para obter a renda líquida. Essa informação ajuda o gerente a: 
 
1. Decidir sobre o que deve diminuir ou expandir uma linha de produção. 
2. Avaliar alternativas provenientes da produção, de propagandas especiais etc... 
3. Decidir sobre estratégias de preço, serviços ou produtos. 
4. Avaliar o desempenho. 
 
Por exemplo, a análise da margem de contribuição indica como melhorar a utilização 
da capacidade da empresa, como formular o preço para uma concorrência e se deve 
aceitar um pedido mesmo que o preço de venda seja menor do que o preço normal. 
Daí a necessidade de operar-se ao máximo a capacidade produtiva da empresa, porque 
quanto maior a produção, menor será o custo fixo por unidade, possibilitando um 
lucro maior. 
 
EXEMPLO: 
Suponhamos um produto X cujo preço de venda unitário seja R$15,00 e os custos 
variáveis sejam R$3,00 de matéria-prima e R$4,00 de mão de obra direta. Além 
desses custos variáveis, a empresa, por ocasião da venda, incorre no pagamento de 
 32 
comissões aos vendedores, à base de 5% do preço de venda, e de impostos, a base de 
15% do mesmo. 
A margem de contribuição unitária é dada pela fórmula: 
MCUnitária= PV - CV - DV 
onde: 
MCU= margem de contribuição unitária 
PV= preço de venda 
CV= soma dos custos variáveis (por unidade) 
DV= soma das despesas variáveis (por unidade) 
 
No exemplo acima, aplicando-se a fórmula, teríamos: 
MCU= 15,00 - (3,00 + 4,00) - (2,25 + 0,75) 
MCU= 5,00 
 
Podemos entender margem de contribuição como a parcela do preço de venda que 
ultrapassa os custos e despesas variáveis e que contribuirá (daí o seu nome) para a 
absorção dos custos fixos e, ainda, para formar o lucro. 
 
Continuando com o exemplo, vimos que a MC unitária é de R$ 5,00 para absorver os 
custos fixos e gerar lucros. Se a empresa estiver produzindo e vendendo 300 unidades 
por período, a margem de contribuição total desse produto será igual a R$ 1.500,00 ( 
300 x 5,00). Ou seja, o produto contribui com 1.500,00 para a absorção dos custos 
fixos e para a formação do lucro. 
 
PONTO DE NIVELAMENTO OU EQUILÍBRIO 
 
Antes que seu negócio possa gerar lucro, deve-se entender o conceito de equilíbrio. 
Para alcançar o equilíbrio nas linhas de produção e/ou serviço do departamento, deve-
se calcular o volume de vendas necessário para cobrir os custos e como usar essa 
informação. Deve-se também entender como os custos reagem com as mudanças de 
volume. 
 
A expressão ponto de equilíbrio, tradução de Break Ever Point (ponto de ruptura), 
refere-se ao nível de venda em que não há lucro nem prejuízo, ou seja, onde os custos 
totais são iguais as receitas totais. Os recursos gerados servem tão somente para 
remunerar os fatores de produção e operacionalização 
 
Fórmula para o cálculo do ponto de equilíbrio: 
 
 
PEcontábil = custos fixos (totais) + despesas fixas (totais) 
 
 MCUnitária 
 
 
Onde MCUnitária = Pv – cv – dv 
 
Ou: 
 
 33 
PEcontábil = custos fixos (totais) + despesas fixas (totais) 
 
 Pv – cv – dv 
 
 
 
EXEMPLO: 
 
Supondo-se uma empresa com os seguintes dados: 
Preço unitário de vendas R$ 500,00 
Custos + despesas variáveis R$ 350,00 p/ unid. 
Custos + despesas fixas R$ 600.000,00 p/ mês 
 
1) Quantas unidades são necessárias para se atingir o Ponto de Equilíbrio? 
2) Qual a receita neste ponto? 
 
1) 
 600.000,00 = 4000 unidades 
PE = 
 500,00 - 350,00 
 
 
2) Receita = 4000 x 500,00 = 2.000.000,00 
 
 
Com este volume de vendas teremos: 
 Margem de contribuição total (4000 x 150,00) 600.000,00 
(-) custos + despesas fixos 600.000,00 
Lucro zero 
 
 
A partir da unidade 4001, cada margem de contribuição unitária que até então 
contribuía para a cobertura dos custos e despesas fixos, passa a contribuir para a 
formação do lucro. 
 
 
 
EXERCÍCIOS 
 
1. Com os dados a seguir calcule o ponto de equilíbrio contábil: 
- Preço de vendas unitário R$ 1.000,00 
- Margem de contribuição unitária: R$ 400,00 
- Custo fixo total: R$ 300.000,00 
Resp: 750 unidades 
 
 
2. Uma companhia industrial apresentou R$ 66.000,00 de custos fixos e R$ 
192.000,00 de custos variáveis, tendo produzido 2400 unidades. Considerando que a 
 34 
margem de contribuição unitária é de R$ 40,00, qual será o preço de venda unitário e 
o ponto de equilíbrio contábil? 
Resp: PEC= 1.650 unidades e PV= 120,00 
 
 
 
3. Uma empresa industrial apresenta os seguintes custos de produção para 1300 
unidades: 
- Custos fixos totais R$ 9.000,00 
- Custos variáveis unitários R$ 80,00 
- Preço unitário de venda R$ 100,00Qual é a margem de contribuição unitária e o ponto de equilíbrio contábil? 
Resp: MCU= 20,00 e PEC= 450 unidades 
 
 
4. Uma empresa industrial apresentou as seguintes informações em um período (para 
um total de 1000 unidades de produto). 
- Receita de vendas R$ 900.000,00 
- Custos fixos R$ 240.000,00 
- Custos variáveis R$ 330.000,00 
Qual é a margem de contribuição unitária? 
Resp: MCU= 570,00 
 
 
 
 
5. A Empresa Paulista de Trompetes através de um levantamento na sua contabilidade 
de custos, chegou a seguinte conclusão com respeito aos seus custos e despesas: 
Custos e despesas fixos: 
Depreciação de equipamentos R$ 100.000,00/ano 
Mão de obra indireta R$ 400.000,00/ano 
Impostos e seguros da fábrica R$ 38.000,00/ano 
Despesa vendas R$ 150.000,00/ano 
 
Custos e despesas variáveis: 
Materiais diretos R$ 200,00/unid 
Mão obra direta R$ 100,00/unid 
Embalagem R$ 70,00/unid 
Comissões vendedores R$ 20,00/unid 
Outros R$ 10,00/unid 
 
Sabendo-se que o preço de venda é de R$ 2.000,00/unid: 
a) Quantos trompetes devem ser produzidos e vendidos por ano para a empresa 
atingir o ponto de equilíbrio contábil? Resp: 430 trompetes 
 
b) Qual o valor da receita neste ponto? Resp: R$ 860.000,00 
 
 
 
 35 
6. Os custos e despesas da Poraquê Industrial foram os seguintes: 
 
Custos/despesas Fixos (total) Variáveis (p/ unidade) 
Mão de obra direta - 5,00 
Materiais - 21,00 
Luz 3.000,00 0,20 
Manutenção 1.000,00 0,10 
Mão de obra indireta 2.500,00 0,40 
Seguro 10.000,00 0,10 
Outras despesas 30.000,00 0,80 
 
A capacidade normal de operação da fábrica é de 10.000 unidades, e o preço de venda 
é de R$ 40,00 p/ unidade. 
 
Pede-se: 
a) Determinar a margem de contribuição unitária. Resp: R$ 12,40 
b) Determinar o lucro com base na venda de toda a produção. Resp: R$ 
77.500,00 
 
Por força de mercado a empresa reduziu o preço de seu produto em 10%, ao mesmo 
tempo em que seus custos e despesas variáveis aumentaram 20%, assim sendo: 
c) Determinar a nova margem de contribuição unitária e o novo lucro, sabendo-se 
que os volumes de produção e venda continuam os mesmos. Resp: R$ 2,88 
d) É viável manter o produto no mercado? Porquê? 
 
 
 
 
7. Suponha que a Guaíba Posters, um pequeno varejista de posters, tenha custos 
operacionais fixos de R$ 3.000,00, que seu preço de venda por unidade (pôster) seja 
de R$ 15,00 e seus custos operacionais variáveis sejam de R$ 5,00 por unidade. Qual 
é o ponto de equilíbrio contábil em unidades? Resp: 300 unidades 
 
 
8. Maria Lorenzi é proprietária de uma loja de sorvetes em West Yellowstone, 
Montana, que funciona durante os meses de verão. A loja atende basicamente aos 
turistas que passam pela cidade a caminho do Parque Nacional de Yellowstone. 
Maria não sabe como fixar o preço dos sorvetes de casquinha, e experimentou dois 
preços em duas semanas sucessivas de agosto, durante a alta temporada. O número de 
pessoas que entraram na loja foi aproximadamente o mesmo nas duas semanas. Na 
primeira semana, Maria vendeu 1500 sorvetes a $1,89; na segunda, vendeu 2340 
sorvetes a $1,49. O custo variável de um sorvete é de $0,43 e consiste unicamente nos 
custos do sorvete e da própria casquinha. As despesas fixas da loja são de $ 675 por 
semana. 
PEDE-SE: a) Maria ganha mais vendendo a $1,89 ou a $1,49? Demonstre 
numericamente; b) Calcule o ponto de equilíbrio contábil nas duas semanas. 
Resp: Lucro 1ª semana= R$ 1.515,00 / 2ª semana= R$ 1.805,40 
PEC 1ª semana= 462 unidades / PEC 2ª semana= 637 unidades 
 
 36 
 
PONTO DE EQUILÍBRIO FINANCEIRO 
 
É representado pelo volume de vendas necessárias para que a empresa possa cumprir 
com seus compromissos financeiros. Como a depreciação não representa um 
desembolso imediato, a mesma é excluída para o cálculo do ponto de equilíbrio 
financeiro. 
 
PE financeiro = [custos fixos (totais) + despesas fixas (totais)] - DEPRECIAÇÃO 
 Pv – cv – dv 
 
 
 
 
PONTO DE EQUILÍBRIO ECONÔMICO 
 
Leva em consideração também o lucro desejado pelos sócios, ou seja, é a quantidade 
necessária para cobrir os custos e despesas, e ainda “sobrar” dinheiro. 
 
 
 
 
PE econômico = custos fixos (totais) + despesas fixas (totais) + LUCRO 
DESEJADO 
 Pv – cv – dv 
 
 
 
 
 
CONTINUAÇÃO EXERCÍCIOS 
 
 
9. A empresa Paulista de Trompetes produz um único produto que é vendido, em 
média, por $200,00 cada unidade; sobre esse preço incidem impostos de 15%. 
Sua estrutura de custos e despesas é a seguinte: 
 
Matéria Prima R$ 20,00 por unidade 
Material de Embalagem R$ 10,00 por unidade 
Peças, partes e componentes R$ 7,00 por unidade 
Salários da produção R$ 40.000,00 por período 
Salários da administração R$ 15.000,00 por período 
Depreciação dos equipamentos de fábrica R$ 10.000,00 por período 
Seguro dos bens da administração R$ 1.500,00 por período 
 
a) O ponto de equilíbrio contábil em unidades físicas e em valor monetário. 
Resp: PEC= 500 unidades e R$ 100.000,00 
 
b) O ponto de equilíbrio financeiro em unidades físicas e em valor monetário. 
 37 
Resp: PEF= 425 unidades e R$ 85.000,00 
 
 
 
10. O Hotel Porta das Maravilhas possui 100 apartamentos, todos da categoria 
Standard Simples. Sua estrutura de custos, despesas e receita é a seguinte: 
 
Preço da diária por apartamento líquido de tributos R$ 150,00 
Despesas variáveis por apartamento 10% (preço de locação) 
Custo variável por apartamento por dia R$ 90,00 
Custos fixos anuais R$ 480.000,00 
Despesas fixas anuais R$ 60.000,00 
 
Pede-se calcular: 
a) O ponto de equilíbrio contábil em número de diárias. 
Resp:PEC= 12.000 diárias 
 
b) O ponto de equilíbrio contábil em valor. 
Resp: R$ 1.800.000,00 
 
c) A capacidade teórica do hotel, em termos de número máximo de diárias por 
ano. 
Resp: 36.500 diárias 
 
d) O lucro operacional do hotel, considerando-se uma taxa de ocupação de 80%. 
Resp: R$ 774.000,00 
 
 
 
 
 
11. A empresa Toshimp, produtora de televisores, tem patrimônio líquido (PL) de 
R$12.000.000 e produz um único modelo, de um único tamanho.Esse produto é 
vendido, em média, por R$ 555,00 cada unidade, e sobre esse preço incidem impostos 
de 10%. 
O custo de matéria-prima, material de embalagem, peças, partes e componentes é 
de R$ 299,50 por unidade; os custos fixos atingem R$ 1.600.000,00 por período; 
20% desse valor correspondem à depreciação de máquinas e equipamentos da 
fábrica; e as despesas fixas de administração e vendas, R$400.000,00, também 
por período. 
 
Pede-se calcular: 
a) O ponto de equilíbrio contábil em unidades físicas e em valor monetário. 
Resp: PEC= 10.000 unidades e R$ 5.550.000,00 
 
b) O ponto de equilíbrio financeiro em unidades físicas e em valor monetário. 
Resp: PEF= 8.400 unidades e R$ 4.662.000,00 
 
 38 
c) O ponto de equilíbrio econômico, em unidades físicas e em valor monetário, 
considerando que o lucro mínimo desejado pelos acionistas é de 10% do PL. 
Resp: PEE= 16.000 unidades e R$ 8.880.000,00 
 
 
 
12. A Empresa Comp-ID presta serviços de consultoria e possui a seguinte estrutura 
de preço, custos e despesas: 
 
Preço por hora de consultoria, líquido de tributos R$ 250,00 
Despesas variáveis 25% (dos honorários cobrados) 
Custo variável por hora de consultoria R$ 100,00 
Custos fixos mensais R$ 300.000,00 
Despesas fixas mensais R$ 50.000,00 
 
Pede-se calcular:a) O ponto de equilíbrio contábil em quantidade de horas. 
Resp: PEC= 4.000 horas 
 
b) O ponto de equilíbrio contábil em valor. 
Resp: R$ 1.000.000,00 
 
c) O ponto de equilíbrio contábil, em quantidade de horas, caso a empresa reduza 
seu preço de consultoria em 20%. 
Resp: PEC= 7.000 horas 
 
 
 
13. A empresa XYZ produz um só produto e, ao elaborar o seu orçamento 
corporativo, projetou a seguinte estrutura de preço e custo. 
Preço de venda por unidade $200,00 
Custos variáveis por unidade $140,00 
Custos fixos totais $120.000,00 
Os acionistas definiram que o lucro antes dos juros e do imposto de renda deverá ser 
de $ 240.000. Para atender tal premissa, qual deverá ser o volume de vendas em 
unidades? 
 
 
14. A Cia. Monte Sião possui uma capacidade instalada para 200.000 unidades de 
produção do produto X. O preço de venda do produto é de R$ 5,00 a unidade, sendo o 
custo e as despesas variáveis unitárias de R$ 2,00. Sabendo-se que o custo e as 
despesas fixos montam a R$300.000,00 o ponto de equilíbrio contábil da empresa 
será, em reais, de: 
a) 750.000,00 
b) 600.000,00 
c) 550.000,00 
d) 500.000,00 
e) 450.000,00 
 39 
 
15. Os custos fixos de uma empresa equivalem a R$ 400.000,00 para uma produção 
mensal de 1.000 unidades, sendo que essa empresa tem capacidade de produção de 
1.200 unidades. O custo variável é de R$ 300.000,00, e a Receita de Venda por 
produto, R$ 500,00. A quantidade de peças e o valor da receita para alcançar o ponto 
de equilíbrio, respectivamente, são: 
 
a) 1.600 peças e R$ 800.000,00 
b) 1.600 peças e R$ 1.000.000,00 
c) 1.800 peças e R$ 900.000,00 
d) 2.000 peças e R$ 800.000,00 
e) 2.000 peças e R$ 1.000.000,00 
 
 
SLIDES PREÇO DE VENDA 
 
PREÇO DE VENDA 
 O custo de fabricação dos produtos é uma variável que 
desempenha um papel importante na fixação do preço de 
venda. 
 
 
PREÇO DE VENDA 
 Algumas áreas de negócios não tem problemas de fixação 
do preço, porque fabricam um produto que concorre com 
outros semelhantes, para os quais já existe um preço de 
mercado. 
 
 
PREÇO DE VENDA 
 Se uma empresa aumenta o preço de um produto, o 
número de unidades vendidas geralmente diminui. Por 
causa disso, a fixação do preço é um delicado ato de 
equilíbrio. 
 
 
PREÇO DE VENDA 
 Os objetivos pretendidos pela empresa constituem, 
provavelmente, o primeiro e mais importante fator na 
estruturação do preço de venda de um produto ou serviço. 
 40 
 
PREÇO DE VENDA 
 Quatro objetivos básicos se encontram presentes com 
relação à gestão de preços: 
 Um adequado retorno sobre o investimento; 
 Uma determinada participação de mercado; 
 Uma capacidade de enfrentar a concorrência; 
 A obtenção de uma lucratividade global compatível. 
 
 
PREÇO DE VENDA 
 Vários fatores devem ser levados em consideração na 
fixação do preço de venda: 
 As necessidades do comprador 
 Sua disposição para pagar 
 As reações da concorrência e a possibilidade do 
aparecimento de novos competidores 
 As expectativas de preços dos insumos e as restrições de 
fornecimento 
 
 
PREÇO DE VENDA 
 O grau de utilização da capacidade instalada 
 A situação financeira da empresa 
 As restrições governamentais 
 Metas mercadológicas 
 Características do produto 
 Situação macroeconômica 
 Estrutura de custos da empresa 
 
PREÇO DE VENDA 
 A estrutura de custos da empresa tende a funcionar como 
parâmetro que estabelece o limite inferior do preço de 
venda. 
 41 
 
 
 
PREÇO DE VENDA 
 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA 
 GARRISON, Ray & NOREEN, Eric W. Contabilidade 
Gerencial. Rio de Janeiro: LTC, 2001. 
 
 
O CÁLCULO DO PREÇO 
 
 
DO PONTO DE VISTA TEÓRICO 
 
Para determinação do preço de venda, precisa-se determinar as bases de distribuição 
dos 
 
 CUSTOS - DESPESAS - LUCRO 
 
Pré determinar o volume de produção de cada produto. 
 
 NA PRÁTICA A SITUAÇÃO MUDA 
 
Considerando-se uma economia de mercado, onde os preços são fixados pela lei da 
oferta e procura, observa-se que: 
 
- O mercado é o grande responsável pela fixação do preço e não os custos. 
 
- A análise dos custos e despesas servirá para verificar a viabilidade em se trabalhar 
um determinado produto. 
 
DESTA FORMA CONCLUI-SE QUE: 
 
A decisão na fixação do preço de venda deve ser tomada com base na análise das 
informações do departamento de custos, aliadas aos objetivos pré – determinados pela 
empresa. 
 
 
FÓRMULA PARA FIXAÇÃO DO PREÇO DE VENDA 
 
 VALORES R$ p/ UNIDADE (valores monetários) 
 PV = 
 MARK-UP (índices percentuais) 
 
 MARK-UP = Remuneração do risco 
 Taxa de marcação 
 
 42 
O MARK-UP é um índice aplicado sobre o custo de um bem ou serviço para a 
formação do preço de venda. 
 
EXEMPLO 
 Janeiro/200x 
 
Produção e vendas 1.000 unidades ICMS 17,0 % 
Custos Totais R$ 6.000,00 Pis/Cofins 3,65 % 
Despesas Totais R$ 3.000,00 Desp. Distrib. 3,0 % 
 Lucro 10,0 % 
 
 
RESOLUÇÃO: 
 
1º PASSO: cálculo dos valores unitários 
 
 Custos 6.000,00 : 1.000 = R$ 6,00 p/ un. 
 Despesas 3.000,00 : 1.000 = R$ 3,00 p/ un. 
 
 Total Unitário R$ 9,00 
 
 
 
2º PASSO: cálculo do MARK-UP 
 
MARK-UP 17,0% ICMS 
 3,65% Pis/Cofins 
 3,0% Despesas Distribuição 
 10,0% Margem de Lucro 
 33,65% 
 
MARK-UP DECIMAL 100% - 33,65% = 66,35% : 100 = 0,6635 
 
MARK UP = 0,6635 
 
 
 
3º PASSO: fixação do preço de venda 
 
 valor R$ 9,00 
 PV = = = R$ 13,5644 
 Índice % 0,6635 
 
 
 
 
 
 
 
 43 
4º PASSO: fazer a consistência 
 
Preço de Venda 13,5644 
 
RBV 1000 13.564,40 
(-) DAI 20,65% 2.801,05 
 
RL 10.763,35 
(-) CPV 6,00 6.000,00 
 
LB 4.763,35 
(-) DO - fixa 3,00 3.000,00 
 - variável 3% 406,93 
 
LO 1.356,42 
 
 
 
E O PREÇO DO CONCORRENTE?: 
 
CONCORRENTE vendendo o mesmo produto a R$ 11,50 – fazer consistência 
para ver a viabilidade de praticar o preço do concorrente. 
 
 
NOVA CONSISTÊNCIA: 
Preço de Venda 11,50 
 
RBV 1000 11.500,00 
(-) DAI 20,65% 2.374,75 
 
RL 9.125,25 
(-) CPV 6,00 6.000,00 
 
LB 3.125,25 
(-) DO - fixa 3,00 3.000,00 
 - variável 3% 345,00 
LO (219,75) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 44 
EXERCÍCIOS 
 
1. Determinada empresa montou a seguinte estrutura

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