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4 UNIDADE RECEITA PÚBLICA

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DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS
CURSO DE DIREITO
DIREITO FINANCEIRO
PROFª. SANDRA PADILHA
DESENVOLVIMENTO DO PLANO DE ENSINO
UNIDADE 4 – RECEITA PÚBLICA
1 CONCEITO
Para Ricardo Torres “é a soma de dinheiro percebida pelo Estado para fazer face à realização dos gastos públicos”.
Aliomar Baleeiro conceitua como “a entrada que, integrando-se no patrimônio público sem quaisquer reserva, condições ou correspondência no passivo, vem acrescer o seu vulto, como elemento novo e positivo”.
Período Clássico – finalidade de possibilitar ao Estado proceder “a cobertura das atividades básicas, essenciais (justiça, diplomacia, política etc.)
Período moderno – visa proporcionar os meios para a satisfação das necessidades públicas, como também para intervir na economia em geral. Os recursos tornaram-se insuficientes.
2 CLASSIFICAÇÕES DOUTRINÁRIAS
QUANTO AO SENTIDO
Sentido amplo (lato) – corresponde a toda entrada ou ingresso de recursos, considera-se o risco de devolução. Ex. receitas tributárias, operações de crédito, inclusive ARO, fianças, cauções, empréstimos compulsórios etc. Essa conceituação ampla é denominada pela doutrina de ingressos públicos.
Sentido restrito (strictu) – é toda entrada de dinheiro ou direitos, sem um compromisso de devolução. Ex. receita tributária, patrimonial, alienação de bens etc.
QUANTO À COMPETÊNCIA DO ENTE
Federal – receitas pertencentes ao Governo Federal
Estadual – pertencentes aos Governos Estaduais
Distrital – pertencentes ao Distrito Federal
Municipal – pertencentes aos Municípios
QUANTO À REGULARIDADE OU PERIODICIDADE
Ordinária – arrecadada regularmente em cada exercício financeiro. Ex. impostos
Extraordinária – arrecadada excepcionalmente. Ex. doações, impostos extraordinários (art. 154, II da CF), empréstimos compulsórios (art. 148 da CF)
QUANTO À NATUREZA
Orçamentária (Art. 57 da Lei 4.320/64) – excetuando-se as receitas extraorçamentárias, serão classificadas como orçamentárias todas as receitas arrecadadas, inclusive as operações de crédito, ainda que não previstas no orçamento.
 Extraorçamentária (Art. 3º, parágrafo único da Lei 4.320/64) – compreende os ingressos financeiros ou créditos de terceiros que não fazem parte do orçamento público e que constituirão compromissos exigíveis do ente, como simples depositário (Ex. Operações de Crédito por Antecipação de Receita - ARO, cauções, depósitos para garantia, consignações em folha de pagamento, retenções na fonte etc.)
QUANTO À ORIGEM ou QUANTO À COERCITIVIDADE
Receita Originária ou de Direito Privado – decorrem da exploração do patrimônio público e da atividade econômica:
	Receitas patrimoniais – geradas pela exploração do patrimônio mobiliário e imobiliário
	Receitas industriais, comerciais e de serviços – geradas pelo Estado no exercício da atividade empresarial
Receita Derivada ou de Direito Público – cobradas por força da lei (ex. tributos e multas) – principal fonte de receita pública
TEORIA DOS PREÇOS PÚBLICOS. 
Tarifa ou Preço
Receita originária, facultativa (caráter voluntário)
Taxa (art. 145, II da CF)
Receita derivada, obrigatória (caráter compulsório) 
	TARIFA OU PREÇO
	TAXA
	Receita Originária
	Receita Derivada
	Não é receita tributária
	É espécie de tributo
	Ato de vontade bilateral
	Instituída e majorada por LEI
	Dotada de voluntariedade
	É coercitiva
	Não se submete à anterioridade
	Obediência à anterioridade
	Natureza contratual
	Natureza legal-tributária
	A cobrança só decorre com o uso do serviço
	O serviço à disposição autoriza a cobrança
3 CLASSIFICAÇÃO LEGAL
Receita Pública - todo ingresso de recursos financeiros ao tesouro público
SEGUNDO A CATEGORIA ECONÔMICA ( art. 11 da Lei 4.320/64)
Receitas Correntes – destinadas a cobrir despesas que visam à manutenção das atividades governamentais
Receitas de Capital – provenientes de operações de crédito, alienação de bens, amortizações de empréstimos concedidos, transferências de capital e, ainda, o superávit do orçamento corrrente (art. 11, § 3º da Lei 4.320/64)
RECEITAS CORRENTES (desdobramento por fontes)
Receita Tributária – proveniente da arrecadação de tributos
	Impostos
	Taxas
	Contribuições de melhoria
Receita de Contribuição. Ex. de Contribuições Sociais: Contribuição dos Empregados e dos empregadores para a Seguridade Social (INSS); Programa de Integração Social (PIS); Programa de Formação do Servidor Público (PASEP); Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS); etc. Ex. de Contribuições econômicas: Programa de Integração Nacional (PIN), Programa de Redistribuição de Terras e de Estímulo à Agroindústria do Norte e do Nordeste (PROTERRA)
Receita Patrimonial - rendas obtidas pelo Estado da exploração do patrimônio público (ex. aluguéis, arrendamentos, juros de aplicações financeiras etc.)
Receita Agropecuária – resulta das atividades ou explorações agropecuárias
Receita Industrial – ação direta do Estado em atividades industriais (ex. da indústria de extração mineral e construção, de produtos farmacêuticos, da indústria editorial e gráfica)
Receitas de Serviços – decorre das atividades de prestação se serviços de comércio, transporte, comunicação, hospitalares, portuárias, juros de empréstimos concedidos etc.
Transferências Correntes – recursos recebidos de outras pessoas de Direito Público ou Privado, destinados a atender Despesas Correntes (ex. FPE, FPDF, FPM etc.)
Outras Receitas Correntes – receitas não especificadas na lei. Ex. multas e juros de mora, recebimento de dívida ativa, multas, restituições, alienação de bens apreendidos, indenizações etc.
RECEITAS DE CAPITAL
Operações de Crédito – recursos oriundos da colocação de títulos públicos ou de empréstimos públicos ou privados, internos ou externos (inclusive empréstimos compulsórios)
Alienação de Bens – venda de bens móveis ou imóveis e de alienação de direitos (ex. privatizações, venda de ações e outros títulos etc.)
Amortização de Empréstimos Concedidos – retorno de valores emprestados (principal)
Transferências de Capital – recursos recebidos destinadas a atender Despesas de Capital
Outras Receitas de Capital – receitas não especificadas na lei (ex. integralização do capital social de empresas estatais)
SEGUNDO A NATUREZA DA RECEITA – classificação minuciosa tendo em vista as Portarias da Secretaria do Tesouro Nacional do Ministério da Fazenda (Portaria STN/SOF nº 163/01).
Obs.: Portarias disponíveis no site www.stn.fazenda.gov.br
FORMAÇÃO DO CÓDIGO REFERENTE À CLASSIFICAÇÃO DA RECEITA
	C
	g
	m
	e
	dd
	ff
	Categoria Econômica
	Fonte
	Subfonte
	Rubrica
	Alínea
	Subalínea
(opcional)
“c.g.m.e.dd. ff”, onde:
c – indica a Categoria Econômica;
g – indica a Fonte;
m – indica a Subfonte;
e – indica a Rubrica;
dd – indica a Alínea;
ff – indica a Subalínea (opcional).
Exemplo:1.1.1.1.01.00 - Imposto sobre importação
					 1 1 1 1 01
							 
Receita Corrente
Receita Tributária
Impostos
Impostos Sobre o comercio exterior
Imposto sobre Importação 				
REPARTIÇÃO DE RECEITAS: Transferências Constitucionais
Transferências constitucionais – são parcelas de recursos arrecadados pelos governos Federal e Estadual, mas que, obrigatoriamente, devem ser transferidos para Estados, Distrito Federal e Municípios.
Pertencem aos Estados e ao Distrito Federal (art. 157 da CF)
IRRF – Imposto da União sobre renda e proventos de qualquer natureza, incidente na fonte sobre rendimentos pagos a qualquer título, por eles, suas autarquias e pelas fundações que instituírem e mantiverem
20 % do produto da arrecadação do imposto instituído pela União mediante lei complementar (imposto a ser criado)
Pertencem aos Municípios (art. 158 da CF)
IRRF –Imposto da União sobre renda e proventos de qualquer natureza, incidente na fonte sobre rendimentos pagos a qualquer título, por eles, suas autarquias e pelas fundações que instituírem e mantiverem.
50 % ITR, relativamente aos imóveis nele situados e 100% ITR quando fiscalizado e cobrado pelo município (EC n º42/03)
50 % do IPVA, dos veículos licenciados em seus territórios.
25% do ICMS 
A União entregará 48 % do IR e do IPI (art. 159, I da CF)
21,5 % ao FPE e ao FPDF
22,5 % ao FPM
3 % para aplicação em programas de financiamento para as regiões Norte (FNO – 0,6 %) Nordeste (FNE - 1,8 %) e Centro-Oeste (FCO – 0,6 %)
1% ao FPM – no primeiro decênio de dezembro (EC nº 55/07)
A União entregará 10 % do IPI - exportação (art. 159, II da CF)
Aos Estados e ao Distrito Federal, proporcionalmente ao valor das respectivas exportações de produtos industrializados.
Nenhuma entidade política poderá ser beneficiada com parcela superior a 20% do produto da arrecadação do IPI-exportação (art. 159, § 2º da CF)
Os Estados entregarão aos respectivos municípios (art. 159, § 3º da CF)
25% do IPI-exportação recebido da União 
A União entregará 29% do produto da arrecadação da CIDE para os Estados e o Distrito Federal (art. 159, III da CF)
Para o financiamento de programas de infra-estrutura de transportes
25% do montante da CIDE que cabe ao Estado serão destinados aos seus respectivos municípios (art. 159, § 4º da CF) (EC nº 42/2003)
De acordo com Valdecir Pascoal, entre outros doutrinadores, existem duas formas de participação:
DIRETA – quando parte do produto da arrecadação de determinado imposto deverá ser repassada para outro ente (Ex. ITR, IPVA, ICMS etc.)
INDIRETA – quando parcelas de um ou mais impostos são destinados à formação de fundos (Ex. FPM, FPDF, FPM, etc.)
BLOQUEIO DE TRNAFERÊNCIAS CONSTITUCIONAIS
A CF veda a retenção ou qualquer restrição à entrega e ao emprego destes recursos aos Estados, ao Distrito Federal, e aos Municípios (art. 160 da CF).
A vedação não impede a União e os Estados de condicionarem a entrega de recursos (Parágrafo único do art. 160 da CF) (Acrescentado pela EC nº 29/00):
Ao pagamento de seus créditos, inclusive de suas autarquias
Ao cumprimento da aplicação mínima anual em ações e serviços públicos de saúde 
FUNDO DE MANUTENÇÃO E DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICA E DE VALORIZAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO – FUNDEB (art. 60 do ADCT)
Criação - A EC nº 53/06 criou o FUNDEB em substituição ao FUNDEF
Objetivo – proporcionar a elevação e uma nova distribuição dos investimentos em educação
A educação básica - compreende a educação infantil, o ensino fundamental, o ensino médio e a educação de jovens e adultos
FUNDEB - Fundo de natureza contábil, formado com recursos das três esferas de governo
Regulamentação 
do FUNDEB - através da Lei nº 11.494/2007
do piso salarial profissional nacional para os profissionais do magistério da educação básica – através da Lei nº 11.738/2008
Origem das receitas do FUNDEB - 20% das receitas de impostos e transferências constitucionais e legais (FPE, FPM, ITCMD, ICMS, IPVA, ITR, IPI-exportação, ICMS desoneração de exportações (LC 87/96), receita da dívida ativa tributária, aplicações financeiras dos saldos da conta do FUNDEB)
Obs.: Nenhum imposto arrecadado diretamente pelo município comporá o Fundeb
Complementação da União - 10% do montante resultante da contribuição dos Estados e Municípios
Distribuição dos Recursos – Realizada com base nos coeficientes de participação previstos na Lei nº 11.494/2007 (consideram-se exclusivamente as matrículas presenciais efetivas)
	ENTE DA FEDERAÇÃO
	ÂMBITO DE ATUAÇÃO PRIORITÁRIA
	Estados e Distrito Federal
	Ensino Fundamental e Médio
	Municípios
	Ensino Fundamental e Educação Infantil
Aplicação dos recursos – na manutenção e desenvolvimento do ensino na forma dos arts. 70 e 71 da Lei nº 9.394/1996 – LDB
Parcela destinada valorização do profissional do magistério (salário e outras vantagens)
Contabilização – suas receitas e despesas deverão estar previstas no orçamento e a execução contabilizada de forma específica
O ordenador de despesas do FUNDEB – é o mesmo do órgão aplicador dos recursos
Acompanhamento e Prestação de Contas 
Controle interno – no âmbito da União, dos Estados, do DF e dos Municípios
Controle externo - pelos Tribunais de Contas da União, dos Estados, do DF e dos Municípios
Controle Social – pelos Conselhos (estaduais, distrital e municipais)
5 ESTÁGIOS DA RECEITA
 
MODALIDADES DE LANÇAMENTO – leva-se em conta o grau de colaboração entre o fisco e o contribuinte
Lançamento direto ou de ofício (art. 149 do CTN) – o lançamento é efetuado unilateralmente pela própria administração, o fisco age por iniciativa própria.
Ex. IPTU e IPVA.
Lançamento misto ou por declaração (art. 147 do CTN) – o contribuinte presta as informações sobre os dados necessários para que o fisco opere o lançamento. Ex.ITR.
Lançamento por homologação ou autolançamento (art. 150 do CTN) – o lançamento é efetuado pelo próprio contribuinte e apenas posteriormente é homologado pela Administração.
Ex. ISS, ICMS, IPI, II e IE
OBS.: No imposto de renda encontra-se o lançamento misto para o rendimento de pessoas físicas e/ou jurídicas, o lançamento por homologação para os recolhimentos antecipados e o lançamento direto para os inadimplementos a um ou outro dos lançamentos.
PRINCÍPIO DA UNIDADE DE CAIXA OU DA UNIDADE DE TESOURARIA (art. 56 da Lei 4320/64)
Todo ingresso de dinheiro deve ser centralizado no tesouro público
REGIME CONTÁBIL DA RECEITA (art. 35 da Lei 4.320/64)
REGIME DE CAIXA – pertencem ao exercício financeiro as receitas nele legalmente arrecadadas.
EXCEÇÃO – (art. 38 da Lei 4.320/64) – a baixa ou o cancelamento de restos a pagar deverá ser contabilizado como receita do exercício (receita meramente escritural ou formal).
DÍVIDA ATIVA (art. 39 da Lei 4.320/64) – Créditos da Fazenda Pública exigíveis em virtude do transcurso de prazo para pagamento.
TRIBUTÁRIA – relativa a tributos e respectivos adicionais, atualizações monetárias, encargos e multas tributárias.
NÃO TRIBUTÁRIA – constituída pelos demais créditos da Fazenda Pública. (ex. contratos inadimplidos, as provenientes de foros, aluguéis, multas administrativas, custas processuais etc.).
OBS.: Compete às procuradorias apurar e inscrever suas respectivas dívidas ativas.
A dívida regularmente inscrita goza de presunção de certeza e liquidez, em caráter relativo, constituindo um título extrajudicial.
A negligência do gestor na cobrança da dívida ativa caracteriza ato de improbidade administrativa 
6 A RECEITA PÚBLICA NA LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL
A LRF busca o equilíbrio orçamentário.
Exige um planejamento rigoroso em relação à previsão das receitas.
Restringe as possibilidades de renúncia de receitas.
Define como limite para as despesas públicas a Receita Corrente Líquida.
RECEITA CORRENTE LÍQUIDA (art. 2º, IV da LRF)
Base de cálculo dos limites do comprometimento das despesas com pessoal e dos limites de endividamento do ente
SOMATÓRIO DAS RECEITAS CORRENTES DEDUZIDOS:
NA UNIÃO – os valores transferidos aos Estados e Municípios por determinação constitucional ou legal (Ex. FPE, FPM e SUS) e as contribuições para a seguridade social, PIS e Pasep
NOS ESTADOS – as parcelas entregues aos Municípios por determinação constitucional (Ex. 25% do ICMS, 50% do IPVA e 25% do IPI exportação)
NA UNIÃO, NOS ESTADOS, DF E MUNICÍPIOS – a contribuição dos servidores para o seu sistema de previdência e assistência social e as receitas provenientes da compensação financeira entre os diversos regimes de previdência (Lei n. 9.796/99 – Lei Hauly)
AINDA, serão computados no cálculo da RCL os valores pagos e recebidos em decorrência da LCnº 87/96 (Lei Kandir) e do FUNDEB.
SISTEMÁTICA DE APURAÇÃO DA RCL (EXERCÍCIO FISCAL MÓVEL)
Somam-se as receitas arrecadadas no mês em referência e nos onze anteriores, excluídas as duplicidades (art. 2º, § 3º da LRF).
INSTITUIÇÃO, PREVISÃO E ARRECADAÇÃO DE TODOS OS TRIBUTOS (art. 11 da LRF)
Constituem requisitos essenciais da responsabilidade na gestão fiscal a instituição, previsão e efetiva arrecadação de todos os tributos da competência constitucional.
Ficará impedido de receber transferências voluntárias (exceto as destinadas à saúde, à educação e à assistência social) o ente que não observar o disposto acima, no que se refere aos impostos (art. 11, parágrafo único).
RENÚNCIA DE RECEITAS (art. 14 da LRF)
Para o equilíbrio orçamentário torna-se necessário não só diminuir a despesa pública, como evitar as renúncias de receitas.
A LRF trata a renúncia de receitas como se fosse uma despesa (gasto tributário – tax expenditure)
ATOS QUE CARACTERIZAM RENÚNCIA DE RECEITAS (art. 14, § 1º da LRF):
Anistia
Remissão
Subsídio
Crédito presumido
Concessão de isenção de caráter não geral
Redução de alíquota ou de base de cálculo de tributos ou contribuições
Outros benefícios que correspondam a tratamento diferenciado
PROCEDIMENTOS PARA A CONCESSÃO DE RENÚNCIA DE RECEITAS
A renúncia de receita deverá estar acompanhada de estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício em que deva iniciar sua vigência e nos dois seguintes, e, atender ao disposto na LDO (anexo de metas fiscais)
E AINDA, PREENCHER UM DOS SEGUINTES REQUISITOS:
demonstrar que a renúncia de receita foi considerada na LOA, e de que não afetará as metas de resultados fiscais previstas na LDO;
OU
estar acompanhada de medidas de compensação, por meio do aumento de receita, proveniente da elevação de alíquotas, ampliação da base de cálculo, majoração ou criação de tributo ou contribuição.
EXCEÇÕES (art. 14, § 3º da LRF)
As regras de compensação para a renúncia de receitas não se aplicam aos seguintes casos:
Alteração das alíquotas dos impostos incidentes sobre impostos de importação (II), e exportação (IE), impostos sobre produtos industrializados (IPI) e imposto sobre operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários (IOF) (art. 153, § 1º da CF).
Cancelamento de débito cujo montante seja inferior ao dos respectivos custos de cobrança.
PARA FACILITAR A CONSOLIDAÇÃO DAS CONTAS PÚBLICAS NACIONAIS, TODOS OS ENTES ESTÃO OBRIGADOS A ADOTAR UMA MESMA CLASSIFICAÇÃO ORÇAMENTÁRIA DA RECEITA.
PELO MENOS 60% DOS RECURSOS DO FUNDEB SERÃO DESTINADOS AO PAGAMENTO DA REMUNERAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DO MAGISTÉRIO DA EDUCAÇÃO BÁSICA EM EFETIVO EXERCÍCIO (art. 60, XII do ADCT)
PREVISÃO – estimativa da receita a ser arrecadada (art. 12 da LRF e art. 2º da Lei 4.320/64).
LANÇAMENTO – ato pelo qual se verifica a procedência do crédito fiscal, a pessoa que lhe é devedora e o valor devido (arts. 52 e 53 da Lei 4.320/64 e art. 142 do CTN).
ARRECADAÇÃO – fase do recebimento, através das repartições fiscais, de agentes ou da rede bancária (art. 55 da Lei 4.320/64).
RECOLHIMENTO – entrega dos recursos arrecadados à Conta Única do Tesouro (art. 56 da Lei 4320/64)

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