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Resumo - Resenha - Fichamento.doc

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UNISA – Universidade de Santo Amaro
Disciplina: Redação e Linguagem Jurídica I – Profa. Ms. Márcia Rama 
Resumo
Resumir é reduzir um texto, conservando-se as ideias fundamentais. Não é fazer uma “colagem” de trechos e, sim, com as próprias palavras, reconstruí-lo em formato menor.
Como fazer um resumo?
1 . Ler e compreender bem o texto a ser resumido. Durante a leitura, pergunte-se: Do que ele trata?
2 . Observar os elementos da situação de produção do texto: quem é o autor; quem são os supostos leitores; qual é o gênero textual; com que finalidade e em que momento histórico ou contexto o texto foi produzido; em que suporte ele foi veiculado.
3. Ler o texto mais uma vez, procurando superar dificuldades com palavras desconhecidas (se necessário, recorra ao dicionário). 
4. Se o texto for argumentativo, observar se há um posicionamento do autor em relação ao assunto desenvolvido. Se o texto for narrativo, identificar os fatos mais importantes que ocorrem na história e as personagens envolvidas neles.
5. Por meio de sumarização, identificar no texto os núcleos centrais de ideias. Se quiser, poderá grifar apenas as informações indispensáveis, a fim de visualizar os pontos centrais do texto. 
6. Com base nas anotações, redigir o resumo em linguagem pessoal, procurando reduzir ao mínimo as informações centrais do texto. Além de apresentar coerência e coesão, o texto do resumo deve ser compreensível para um leitor que não conheça o texto original.
(CEREJA, William Roberto e MAGALHÃES, Thereza Cochar. Todos os textos. Vol. 4. 3ª. Ed. São Paulo: Atual, 2007)
Texto a ser resumido
O texto que segue foi publicado como resposta do governo brasileiro aos rumores de que a Inglaterra apresentaria ao mundo uma proposta de privatização da Amazônia. O texto foi assinado por três ministros: Celso Amorim, então ministro das Relações Exteriores; Sérgio Machado Rezende, então ministro da Ciência e da Tecnologia; e Marina Silva, então ministra do Meio Ambiente. Leia-o.
A Amazônia não está à venda
	Com frequência vemos circularem notícias sobre interesses de pessoas, entidades ou mesmo governos estrangeiros com relação à região amazônica. Recentemente, surgiram no exterior iniciativas com o objetivo de adquirir terras na Amazônia para fins de conservação ambiental ligadas à preocupação com o fenômeno da mudança do clima e ao possível papel do desmatamento nesse processo.
São propostas que desconhecem a realidade da floresta amazônica. Ignoram também importantes dados científicos.
	A mudança do clima é um problema real ao qual o Brasil atribui grande importância. Há consenso mundial de que o fenômeno está sendo acelerado pela ação humana. É um processo cumulativo, resultado da concentração progressiva de gases de efeito estufa na atmosfera nos últimos 150 anos. Assim, focar a tenção especialmente nas atuais emissões é errado e injusto. Alguns do atuais emissores – sobretudo os países emergentes – têm pouca ou nenhuma responsabilidade pelo aquecimento global, cujos efeitos começamos a sentir.
	A causa principal da mudança do clima é conhecida: pelo menos 80% do problema tem origem na queima de combustíveis fósseis – especialmente carvão e petróleo – a partir de meados do século 19. Apenas pequena parcela resulta das mudanças do uso da terra, incluindo o desmatamento. 
O desmatamento atual em escala global é preocupante por várias razões, mas o foco do combate à mudança do clima deve ser a alteração da matriz energética e o uso mais intensivo de energias limpas. A Convenção do Clima e seu Protocolo de Kyoto são claros: àqueles que causaram o problema (os países industrializados) cabem metas mandatórias de reduções e a obrigação de agir primeiro.
	Embora não tenha metas mandatórias de redução por pouco ter contribuído para o problema, o Brasil está fazendo sua parte. Possuímos uma das matrizes energéticas mais limpas do mundo. Nossos programas de biocombustível são exemplo para outros países. Contribuímos, dessa forma, para o desenvolvimento sustentável da sociedade brasileira e para a redução global das emissões de gases de efeito estufa. [...]					
(Folha de S. Paulo, 17/10/2006. In: CEREJA, William Roberto e MAGALHÃES, Thereza Cochar. Todos os textos. Vol. 4. 3ª. Ed. São Paulo: Atual, 2007)
Texto resumido
No texto “A Amazônia não está à venda”, os ministros Celso Amorim, Sérgio Rezende e Marina Silva revelam discordar das iniciativas que têm surgido no exterior com a finalidade de adquirir terras na Amazônia como meio de impedir o desmatamento e, desse modo, evitar mudanças climáticas.
	Segundo eles, nosso país reconhece a importância das variações climáticas, mas entende que esse fenômeno resulta principalmente da concentração progressiva de gases de efeito estufa na atmosfera, particularmente da queima de combustíveis fósseis praticada nos últimos 150 anos. Desse modo, como o desmatamento responde por uma pequena parcela dos efeitos da mudança climática, entendem que os países emergentes, como o Brasil, têm pouca ou nenhuma responsabilidade sobre o aquecimento global.
	Apesar disso, lembram que nosso país está fazendo sua parte, buscando a melhor saída: matrizes energéticas limpas.
(CEREJA, William Roberto e MAGALHÃES, Thereza Cochar. Todos os textos. Vol. 4. 3ª. Ed. São Paulo: Atual, 2007)
Resenha
Resenhar é comentar os aspectos relevantes de um texto, sabendo-se com clareza onde se quer chegar com esse comentário. 
• Elogia ou deprecia o texto original; 
• Possui formatação específica. Bibliografia: nome do autor, título da obra, nome da editora, lugar e data da publicação, número de páginas. A seguir, faz uma indicação breve do assunto global da obra, ponto de vista adotado pelo autor, que, como já vimos, pode ser positivo ou negativo, e resumo dos seus pontos essenciais. 
Exemplos
O terno tanto faz como tanto fez
Sylvia Plath
Tradução: Lia Wyler
Editora Rocco
42 páginas
	Em O terno tanto faz como tanto fez, uma deliciosa incursão pela literatura infantil, a poeta americana Sylvia Plath toma como ponto de partida o grande drama dos caçulas: herdar as roupas usadas à exaustão pelos irmãos mais velhos. A trama é engenhosa, bem-humorada e não se preocupa em veicular conselhos aborrecidos. O jogo lúdico com as palavras, como só uma poeta é capaz de fazer, é outro elemento de atração da leitura. 	
Apesar de sofisticado, este, que é o único livro infantil de Sylvia Plath, pode ser entendido até por crianças bem pequenas. Se é possível extrair uma moral dessa historinha cativante, ela é a mais otimista possível, para os filhos e para os pais: a de que nem sempre abrir o berreiro ou ficar emburrado no quarto é a melhor maneira de uma criança realizar os próprios desejos.														(Neuza Sanches. Veja, 12/97)
Inicialmente, temos a bibliografia da obra. A seguir, a autora faz a indicação do assunto, bem como o resumo dos seus pontos essenciais e faz também o seu comentário, a sua crítica, neste caso positiva. 
As frutas de Jorge Amado
Paloma Jorge Amado
Companhia das Letras
207 páginas – 48 reais
		Depois de reunir numa edição as receitas citadas nos livros de seu pai, o romancista Jorge Amado, Paloma volta a buscar inspiração no quintal da própria casa. Desta vez, pinçou as frutas citadas na obra de Amado. Quem espera um livro de receitas encontra uma volumosa confusão que mistura trechos curtos ou copiosos dos livros, reminiscências de infância, passagens da vida de Amado, reflexões transcendentais sobre as cores e sabores das frutas e descrições de frutas sem nenhuma receita acoplada. Tudo em um tom de assumida autocelebração familiar e descarada ambição monetária. Lançamento exclusivo para leitores fanáticos pelo escritor. Afinal, a quem mais interessa que ele começa o dia tomando um suco de lima-da-pérsia? 
											(Okky de Souza. Veja, 12/97)
Primeiramente tem-se a bibliografia da obra. A seguir, o autor faz a indicação do assunto, bemcomo o resumo dos seus pontos essenciais e faz também o seu comentário, a sua crítica, neste caso negativa, como podemos perceber nos trechos: “Quem espera um livro de receitas encontra uma volumosa confusão que mistura trechos curtos ou copiosos dos livros”, “reflexões transcendentais sobre as cores e sabores das frutas e descrições de frutas sem nenhuma receita acoplada” e “Tudo em um tom de assumida autocelebração familiar e descarada ambição monetária.” 
Fichamento
Estrutura: 
a) cabeçalho, com a identificação do assunto (título geral, título específico, número do título etc.);
b) indicação da fonte da qual se extrai o fichamento, de acordo com as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT);
c) corpo da ficha, compreendendo anotações ou comentários. 	
	Deve-se utilizar uma ficha (ou uma página de computador) para cada tópico ou assunto, cuidadosamente anotado. Deve-se, também, evitar escrever no verso das fichas, por uma questão de praticidade. 
De acordo com os propósitos, o fichamento pode ser:
1. bibliográfico: que contém, além da bibliografia, um pequeno comentário da obra ou de parte da obra;
2. de citação: que contém a transcrição fiel de trechos ou frases da obra consultada, normalmente, aquelas grifadas como as mais importantes na instância da leitura. Na citação, deve-se observar:
a) o uso de aspas;
b) a referência da página da qual foi retirada a citação;
c) o uso de [...] para marcar que o trecho foi recortado.
3. de resumo: que contém uma paráfrase do trecho lido. O resumo pode ser apresentado como esboço ou como sumário:
a) como esboço: apresenta a mesma estrutura do texto citado, com as palavras-chave, títulos e subtítulos, procedendo-se a um resumo dele;
b) como sumário: topicalizam-se os itens julgados mais relevantes. 
Resumo – exercício
Leia este texto:
Tudo favorece a pirataria
	
Os brasileiros sabem que a pirataria é crime e que a compra de produtos pirateados, falsificados e contrabandeados causa desemprego, lesa direitos, diminui a receita de impostos e alimenta o crime organizado. Mas, apesar disso, o mercado desses produtos prospera e os compradores são cerca de 79 milhões de pessoas, segundo pesquisa da Federação do Comércio do Estado do Rio de Janeiro (Fecomércio – RJ) em parceria com o Instituto Ipsos. Os técnicos poderão discutir se a estimativa, baseada em respostas colhidas em mil domicílios situados em 70 cidades de 9 regiões metropolitanas é confiável. Mas isso não desqualifica as principais conclusões, alarmantes, apesar de nada surpreendentes, e reforça a convicção de que há muito que fazer, ainda, para atenuar o problema.
O primeiro dado é uma obviedade: 93% dos consumidores de produtos do comércio ilegal apontam a diferença de preço como principal motivação da compra. Parte da diferença de preço é explicável pela pesada tributação dos bens de consumo. Os produtos mais comprados – CDs, apontados por 86% dos entrevistados, e DVDs, indicados por 35% - são muito caros para grande parte dos brasileiros.
Os pobres e remediados podem comprar toca-discos e até aparelhos de DVD a prazo, nas lojas populares, pagando grande número de prestações. Os juros são altos, mas, apesar disso, as parcelas podem caber em seu apertado orçamento. O mais difícil é comprar os discos.
Outros produtos de consumo também atraentes, como relógios, óculos, tênis e brinquedos, são igualmente muito acessíveis nas bancas de produtos falsificados e contrabandeados. Como convencer as pessoas de que devem renunciar ao consumo desses bens, quando todas são bombardeadas continuamente por estímulos publicitários? Mas os consumidores não são apenas os pobres e remediados. Quando se perguntou que produtos piratas não seriam comprados, 40% indicaram equipamentos eletrônicos, 37%, programas de computador, e 30%, acessórios para veículos. A resposta “cívica” seria “nenhum”.
As manifestações dos entrevistados, nessa parte da pesquisa, são tão racionais, do ponto de vista do consumidor, quanto a preferência pelo preço mais baixo. Baixa qualidade foi o motivo apontado por 42% dos consumidores para a rejeição daqueles produtos. Para 14%, o problema era a falta de garantia. A intenção de evitar prejuízos para o comércio formal foi mencionada por apenas 5% dos entrevistados.
No entanto, as entrevistas mostraram que os consumidores têm consciência dos males causados pelo comércio ilegal. Prejuízos para o artista foram mencionados por 83%. Sonegação de impostos foi citada por um número igual. Vantagens para o crime organizado foram apontadas por 70%. Tudo isso compõe um exemplo notável de como a vantagem pessoal pode pesar mais, nas decisões de cada um, do que a percepção dos males sociais acarretados pelo crime.
Se os dados da pesquisa estiverem corretos, não se deve esperar muito das campanhas de conscientização. Será preciso dar muito mais peso ao trabalho de prevenção e de repressão da pirataria, da falsificação e do contrabando. [...]
								 (O Estado de S. Paulo, 16/10/2006. p. A3)
1) O texto lido é um editorial do jornal O Estado de S. Paulo.
a) Esse texto relata um episódio marcante da vida do autor, comenta e analisa um fato sob ponto de vista do jornal ou expõe um determinado conhecimento ao leitor?
																												
b) Quem é o locutor do texto? Quem é o destinatário?
																												
2) O texto apresenta os resultados de uma pesquisa sobre pirataria feita no Rio de Janeiro. De acordo com a pesquisa, qual é a principal razão que leva o consumidor a comprar produtos pirateados?
																												
3) Entre os consumidores de produtos falsificados, há pessoas de nível social mais alto. Logo, há outras razões que levam a esse tipo de consumo. Quais são elas?
																																										
4) Geralmente atribui-se o consumo de produtos pirata à falta de consciência dos consumidores em relação aos malefícios que essa prática provoca.
a) Na pesquisa, essa falta de consciência é confirmada?
																																										
b) Portanto, para os consumidores, o que pesa mais: os benefícios individuais ou os benefícios sociais?
																																										
5) No final do texto, o jornal manifesta explicitamente sua opinião acerca da pirataria:
“[...] não se deve esperar muito das campanhas de conscientização. Será preciso dar muito mais peso ao trabalho de prevenção e de repressão da pirataria, da falsificação e do contrabando.”
Explique por que o jornal chega a essa conclusão.
																																										
6) Agora, leia o texto original novamente e identifique todas as informações relevantes. A seguir, faça um resumo do mesmo, seguindo as orientações discutidas em sala de aula.
 
Bibliografia:
CEREJA, William Roberto e MAGALHÂES, Thereza Cochar. Português: Linguagens:1. 6. ed. reform. – São Paulo: Atual, 2008.