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Universidade Federal de Pernambuco Bioquímica Aplicada Fabiana Maria Goes Oliveira Santos Doenças transmitidas por substâncias de metais pesados utilizados na indústria elétrico - eletrônica (fonte : ANVISA) De acordo com relatório da Organização das Nações Unidas (ONU), de 2010, a geração de lixo eletrônico cresce a uma taxa de aproximadamente 40 milhões de toneladas por ano em todo o mundo. E a maior parte desses resíduos tem condições de ser utilizada novamente ou de ser reciclada, mas o destino acaba sendo o pior possível: os aterros sanitários e lixões. “Os materiais eletrônicos, como placas de computador e monitores CRT, não soltam os contaminantes quando estão em um ambiente fechado. Mas em aterros a temperatura é mais alta e o contato com a chuva, que costuma ser bem ácida nas metrópoles, faz com que os metais pesados sejam liberados diretamente no solo”, explica a especialista do Cedir (Centro de Descarte e Reúso de Resíduos de Informática). Esse processo também pode contaminar as águas de lençóis freáticos, dependendo da região do aterro ou lixão. Alguns exemplos desses metais que causam risco enorme à saúde são: O Mercúrio, metal que deteriora o sistema nervoso e o fígado, causa perturbações motoras e sensitivas, tremores e demência, está presente em televisores de tubo, monitores, pilhas e baterias, lâmpadas e no computador. O Chumbo, que compõe celulares, monitores, televisores e computadores, causa alterações genéticas, ataca o sistema nervoso e sanguíneo, a medula óssea e os rins, além de causar câncer. O Cádmio, presente nos mesmos aparelhos que o chumbo, causa envenenamento, danos aos ossos (osteoporose), câncer de pulmão e de próstata, anemia. O Arsênio, parte dos celulares, causa doenças de pele, prejudica o sistema nervoso e pode causar câncer no pulmão. O Berílio é material componente de celulares e computadores e causa câncer de pulmão. “Tudo que tem bateria, placa eletrônica e fio possui algum material contaminante”, afirma a especialista em gestão ambiental do Cedir, pertencente ao CCE (Centro de Computação Eletrônica) da Universidade de São Paulo (USP), Neuci Bicov, lembrando que esse tipo de material é acumulativo – quanto mais contato se tem com ele, pior para a saúde. Portanto, esses materiais que contém metais pesados em sua composição devem ser descartados em locais devidamente apropriados para reciclagem ou descarto que não prejudique as águas e os solos para que consequentemente afete nossa alimentação e por fim nossa saúde. Isso segundo a lei de resíduos sólidos brasileira, prevê que o lixo eletrônico não poderá ser descartado em aterros e lixões. E os fabricantes serão os responsáveis por dar o destino correto aos materiais que eles mesmos produzirem.
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