Buscar

Teoria do Delito - Classificação das Infrações Penais e Fato Típico (conduta)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Teoria do Delito 
Capítulo 1 – Conceito de Crime 
O CONCEITO DE CRIME É UMA EVOLUÇÃO 
1 Conceito Formal – com base no princípio da legalidade: 
Crime é tudo aquilo previsto em lei. 
2 Conceito Material – com base no princípio da insignificância: 
Para haver crime, não basta que se pratique a conduta prevista em lei. 
Deve haver uma lesão ao patrimônio no caso concreto. 
3 Conceito Analítico – com base na teoria tripartida de crime 
Crime é um fato típico + ilícito + culpável 
 
 Previsto em lei 
Capítulo 2 – Objetos do Crime 
TODO CRIME POSSUI UM OBJETO 
1 Objeto Jurídico – bem jurídico tutelado, tudo aquilo que o tipo penal 
visa proteger de maneira abstrata. 
2 Objeto Material – é aquilo sob o qual recai a conduta criminosa no 
caso concreto, que sofre a ação criminosa especificamente. 
Capítulo 3 – Sujeitos do Crime 
EM REGRA, SOMENTE PESSOA FÍSICA COMETE CRIMES 
1 Sujeito Ativo – quem faz o comportamento previsto em lei como 
crime. 
EXCEÇÃO – PESSOA JURÍDICA: ART. 225, §3º DA CF/88 – Serão 
responsabilizados civil, administrativa e penalmente as 
empresas que cometam crimes ambientais. 
2 Sujeito Passivo – o detentor do bem jurídico protegido pelo tipo penal, 
nem sempre será a vítima. 
Exemplo: 
Art. 316 – Crime de concussão: exigir vantagem indevida em razão da 
função. 
ESTADO (Detentor do bem jurídico – Administração Pública)  Sujeito 
Passivo 
FUNCIONÁRIO PÚBLICO  Sujeito Ativo 
a) Morto nunca é sujeito passivo. 
b) Pessoa Jurídica pode ser sujeito passivo. 
c) Animais são patrimônio do dono. Logo, o sujeito passivo é o dono. 
d) Prejudicados são todos aqueles que sofrem com as consequências 
extras do crime, tudo aquilo que deriva do crime. Este sujeito serve 
apenas para o cálculo da pena. 
Capítulo 4 – Infração Penal 
O GÊNERO INFRAÇÃO PENAL COMPORTA DUAS ESPÉCIES 
1 Crime – tudo aquilo que a pena privativa de liberdade é reclusão ou 
detenção. 
2 Contravenção Penal – tudo aquilo cuja pena privativa de liberdade é 
prisão simples e encontram-se no Decreto Lei 3.688/1941. 
 Regime Fechado Semiaberto 
Reclusão Regime Semiaberto Detenção 
 (art. 32) Regime Aberto Aberto 
 
Prisão Simples Regime Semiaberto 
 (art. 6º) Regime Aberto 
Capítulo 5 – Classificação das Infrações Penais 
 
a) Crime comum – tipo penal pode ser feito por qualquer pessoa. 
Exemplo: art. 121 – Homicídio: Matar alguém. 
b) Crime próprio – tipo penal exige uma qualidade especial do sujeito 
ativo e admite coautoria e participação de quem não possui a qualidade. 
Exemplo: art. 312 – Peculato: se apropriar de bem que tem posse em 
razão do cargo de funcionário público. 
c) Crime de mão própria – tipo penal exige uma qualidade especial ao 
sujeito ativo, mas não admite coautoria de quem não tem a qualidade 
especial, somente participação. 
Exemplo: art. 342 – Falso testemunho; art. 124 – Abandono de função. 
Conceitos 
Coautoria: quando há mais de um autor. 
Partícipe: quando terceiro contribui de forma moral ou instrumental para 
a realização do crime. 
Concurso de pessoas – art. 29: coautoria ou partícipe. 
1 Com relação ao sujeito ativo – aquele que faz o comportamento 
previsto em lei como crime. Regra geral, somente pessoa física. 
2 Com relação a forma de ação – pode ser crime instantâneo, 
permanente ou habitual; unissubjetivo ou plurissubjetivo; de ação única 
ou de ação múltipla; unissubsistente ou plurissubsistente; simples, 
qualificado ou privilegiado. 
a) Crime instantâneo: aquele que uma vez feito o tipo penal, ele se 
encerra. 
Exemplo: Art. 121 – Homicídio e art. 155 – Furto. 
b) Crime permanente: aquele que uma vez feito o tipo penal, ele se inicia 
e segue perdurando no tempo até que algo ou alguém lhe interrompa. 
Exemplo: Art. 159 – Extorsão mediante sequestro. 
c) Crime habitual: aquele que, para configurar um único crime, é preciso 
demonstrar a reiteração do comportamento do tipo penal. 
Exemplo: Art. 282 – Exercício ilegal de profissão e art. 17 da Lei 
10.826/2003 (Estatuto do Desarmamento). 
d) Crime unissubjetivo: uma pessoa sozinha é capaz de fazer. 
Exemplo: Art. 121 – Homicídio e art. 155 – Furto. 
e) Crime plurissubjetivo: tipo penal exige mais de uma pessoa para 
configurar o crime. 
Exemplo: Art. 2º da Lei 12.850/2013 – Organização criminosa. 
f) Crime de ação única: tipo penal traz apenas 1 verbo (uma forma) de 
fazer o crime. 
Exemplo: Art. 121 – Homicídio e art. 155 – Furto. 
g) Crime de ação múltipla: tipo penal misto alternativo, tipo penal traz 
diversas formas (verbos) de como fazer o crime. 
Exemplo: Art. 273 – Adulteração de medicamento e art. 33 da Lei de 
Drogas. 
h) Crime unissubsistente: que somente pode ser realizado através de um 
único ato executório (não admite tentativa). 
Exemplo: Art. 147 – Ameaça. 
i) Crime plurissubsistente: pode ser feito através de vários atos 
executórios (admite tentativa). 
Exemplo: Art. 121 – Homicídio e art. 155 – Furto. 
j) Crime simples: aquele que o legislador descreveu a forma mais básica de 
realizar um comportamento. 
Exemplo: Art. 121 ‘caput’ – Homicídio. 
k) Crime qualificado: aquele que o legislador agrega circunstâncias 
(motivos, meios e modos) ao tipo penal simples e, com isso, aumenta o 
mínimo e o máximo da pena prevista. 
Exemplo: Art. 155, §4º - Furto Qualificado. 
l) Crime privilegiado: aquele que o legislador agrega circunstâncias ao tipo 
penal simples e, com isso, traz qualquer benefício ao réu. 
Exemplo: Art. 121, §1º - Homicídio privilegiado. 
3 Com relação ao resultado – resultado naturalístico. 
Conceito 
Resultado naturalístico: é a modificação que ocorre no mundo exterior 
por causa da conduta do sujeito ativo – lesão ao bem jurídico 
a) Crime material: é aquele que somente se consuma com a produção do 
resultado naturalístico. 
b) Crime formal: tem previsão de resultado naturalístico mas não precisa 
que o resultado aconteça para se consumar. É chamado crime de 
consumação antecipada ou de consumação cortada. 
Exemplo: Art. 159 – Extorsão mediante sequestro e art. 317 – Corrupção 
passiva. 
c) Crime de mera conduta: aquele que se consuma com a realização do 
tipo penal e não tem a menor possibilidade de que ocorra um resultado 
naturalístico. 
Exemplo: Art. 306 do CTB – Embriaguez ao volante e art. 66 ao 72 do 
Código de Defesa do Consumidor. 
 Considerações sobre Crime de mera conduta: 
“Se ocorrer um resultado finalístico derivado de um crime de mera 
conduta, não é mais este crime.” 
d) Crime principal: aquele que não depende da prática de crime anterior. 
Exemplo: Art. 121 – Homicídio e art. 155 – Furto. 
e) Crime acessório: aquele que o tipo penal exige a prática de crime 
anterior para que ele se configure. 
Exemplo: Art. 180 – Receptação e Lei 9.613/98 – Lavagem de dinheiro. 
4 Com relação ao Bem Jurídico 
a) Crime simples: aquele que o tipo penal protege um único bem jurídico. 
Exemplo: Art. 121 – Homicídio e art. 155 – Furto. 
b) Crime complexo: aquele que protege um bem jurídico principal e, 
subsidiariamente, protege outro bem jurídico. 
Exemplo: Art. 159 – Extorsão mediante sequestro e art. 157, §3º – 
Latrocínio. 
De acordo com Súmula nº 603 do STF – o crime de Latrocínio protege 
como bem jurídico principal o patrimônio, razão pela qual não é 
competência do tribunal do júri. 
5 Com relação ao modo de execução 
a) Crime de forma livre – ou de ação livre – é aquele que o tipo penal não 
descreve a maneira de executar o tipo penal. 
Exemplo: Art. 121 – Homicídio e art. 155 – furto. 
b) Crime de forma vinculada – ou de ação vinculada – é aquele que o tipo 
penal descreve exatamentecomo deve ser executado o verbo do tipo 
penal. 
Exemplo: Art. 136 – Maus tratos. 
 
 
 
 
 
6 Com relação à Consumação 
a) Cogitação: é pensar na prática de 
um crime. É impunível. 
 b) Atos Preparatórios: quando o 
sujeito ativo começa a 
instrumentalizar a prática do crime. 
Regra geral é impunível, exceto 
quando constituir crime – Porte 
ilegal de arma de fogo. 
 c) Atos Executórios: é quando o 
sujeito ativo inicia a prática do 
comportamento previsto em lei. Há 
punição. 
 d) Consumação: quando o sujeito 
ativo faz o comportamento típico. 
 e) Exaurimento: ocorre nos crimes 
formais – que é quando ocorre o 
resultado naturalístico. Serve tão 
somente para cálculo da pena. 
 
a) Crime consumado: aquele que passa por todas as fases do iter criminis 
até a consumação. 
b) Crime tentado: aquele que o sujeito ativo inicia a execução, mas o 
crime não se consuma por circunstâncias alheias a vontade do agente. 
Está previsto no art. 14, II do Código Penal. O Direito Penal Brasileiro 
adotou a teoria objetiva temperada. 
 Intenção do agente; 
 
 Possibilidade de o crime ocorrer no caso concreto 
 
⃝ ITER CRIMINIS – 
FASES DO CRIME 
 
TEORIA 
OBJETIVA 
TEMPERADA 
Não havendo um dos dois elementos da teoria objetiva temperada, não 
constitui tentativa. 
As consequências do crime tentado são: responder pelo crime que queria 
ter feito com direito a redução da pena em virtude da não consumação. O 
critério para a redução é o quão perto chegou da consumação. 
TENTATIVA PERFEITA E TENTATIVA IMPERFEITA 
Tentativa perfeita: quando o sujeito esgota todos os atos executórios 
possíveis. 
Tentativa imperfeita: quando o sujeito ativo mal iniciou os atos 
executórios e já é interrompido 
INFRAÇÕES QUE NÃO ADMITEM TENTATIVA 
a) Crimes culposos; 
b) Crimes preterdolosos – metade doloso e metade culposo; 
c) Contravenções penais – art. 4º da Lei 3.688/41; 
d) Crimes omissivos próprios; 
e) Crimes de atentado – aqueles que a tentativa faz parte do tipo penal, 
art. 3º da Lei 4.898/65. 
Capítulo 6 – Fato Típico 
ELEMENTOS: CONDUTA, RESULTADO, NEXO DE CAUSALIDADE E 
TIPICIDADE 
1.1) Conduta penal: penalmente relevante – características cumulativas 
a) Livre e voluntária: sujeito ativo deve querer fazer a conduta livremente. 
Coação física irresistível exclui conduta penal. 
Coação moral não exclui conduta penal. 
b) Consciente: Estados de inconsciência excluem conduta penal. 
c) Dirigida a uma finalidade: com base na teoria finalista da ação, o 
Direito Penal Brasileiro já analisa a intenção com relação com resultado na 
conduta penal. Se o sujeito ativo agiu com dolo ou, ao menos, com culpa. 
FORMAS DE CONDUTA 
a) Crime Comissivo: aquele que o sujeito ativo deve agir, ou seja, fazer 
alguma coisa. 
Exemplo: Art. 121 – Homicídio: Matar alguém. 
b) Crimes Omissivos: aqueles em que o sujeito ativo deve se omitir, ou 
seja, deixar de fazer alguma coisa. 
1.b) Crimes Omissivos Próprios: aquele que a omissão faz parte do tipo 
penal. 
Exemplo: Art. 269 – Denuncia de doença pelo médico quando esta for 
exigível e art. 135 – Omissão de socorro. 
2.b) Crimes Omissivos Impróprios: também chamados Crimes Comissivos 
por Omissão são aquele em que o sujeito ativo tem o dever jurídico de 
evitar resultados – garantidores. Quando se omitem e em razão desta 
omissão derivam resultados naturalísticos, não respondem pela omissão e 
sim pelo resultado. 
GARANTIDORES  PODER + DEVER 
MODALIDADES DE CONDUTA 
a) Crimes Dolosos: aquele que o sujeito ativo quer o resultado previsto 
em lei como crime. Art. 18, inciso I do Código Penal. 
⃝ ELEMENTOS DO DOLO 
 CONSCIÊNCIA TÍPICA + CONSCIÊNCIA DO NEXO CAUSAL + VONTADE 
 
 DEVEM APARECER CUMULATIVAMENTE 
 
Conceitos 
Consciência típica: demonstrar que o sujeito ativo sabe que faz 
comportamento previsto em lei como crime. 
Nexo causal: saber que aquela conduta produz aquele resultado. 
Vontade: mostrar que a pessoa quer o resultado. 
O ônus da sucumbência é do Ministério Público. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 TIPOS DE DOLO 
1) Dolo direto/puro/simples/dolo – teoria da vontade: o sujeito ativo 
inicia a ação ou omissão (conduta) querendo fazer o resultado previsto em 
lei como crime. 
2) Dolo Eventual – teoria do assentimento: o sujeito ativo inicia a ação ou 
omissão, sem querer fazer o comportamento previsto em lei como crime 
mas, durante a conduta, ele percebe a possibilidade do crime acontecer e 
tolera/aceita/consente que o resultado ocorra. 
 
FATO TÍPICO 
 
 ILÍCITO 
 
 CULPÁVEL 
A O D C PD 
P I D E 
b) Crimes Culposos: art. 18, II do CPB – aquele que o sujeito ativo não 
quer ou acredita que não irá acontecer o resultado. 
 
⃝ ELEMENTOS DA CULPA 
CONDUTA + RESULTADO LESIVO NÃO DESEJADO + INOBSERVÂNCIA AO 
DEVER DE CUIDADO + PREVISIBILIDADE + TIPICIDADE 
 
 
 
 
 
 
 
 FORMAS DE INOBSERVÂNCIA DO DEVER DE CUIDADO 
1) Imprudência: precipitação – descuido; 
2) Negligência: falta de cuidado necessário onde deveria se ter; 
3) Imperícia: falta de conhecimento técnico necessário. 
 
Inobservância do dever de cuidado – IDC: É preciso demonstrar qual 
regra de convivência foi descumprida pelo sujeito ativo. 
Previsibilidade: culpa é a imprevisão do previsível. O sujeito ativo não 
percebeu aquilo que o “homem médio” no lugar dele teria percebido. 
Tipicidade: Para responder é preciso demonstrar a modalidade culposa 
expressamente no tipo penal. 
AÇÃO OU 
OMISSÃO 
NÃO 
ADMITE 
TENTATIVA 
ART. 18, §Ú 
DO CPB

Outros materiais