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UNIVERSIDADE DO CONTESTADO – UnC/Concórdia
Curso de Direito
Direito Constitucional II
Prof. Mauro J. Matté
Aula n. 03-C
(25/02/14)
DIREITO À LIBERDADE
1 - Conceito
Liberdade, em termos jurídicos é a faculdade que uma pessoa possui de fazer ou não fazer alguma coisa. Essa faculdade tem limites na autoridade da lei (art. 5º, II, da CF). Portanto, é o Estado que, necessariamente, restringe e disciplina a liberdade.
Trata-se de um típico direito de primeira dimensão, oriundo da primeira fase do Constitucionalismo Moderno (fase liberal), constituindo-se de direitos de oposição ao Estado a fim de propiciar a maior liberdade de ação possível ao indivíduo.
Segundo José Afonso, “liberdade consiste na possibilidade de coordenação consciente dos meios necessários à realização da felicidade pessoal”.� É um poder de atuação consciente de respeito à autoridade legal e ao mesmo tempo de resistência à opressão. É o direito à liberdade de escolha ao livre arbítrio e à consciência de necessidade de subordinação à ordem, equacionados com a busca da realização pessoal.
Segundo Hobbes, o homem é lobo do homem e ele precisa de limites a sua liberdade, pois, do contrário haverá um absoluto estado de combate, em que um tentará dominar o outro. Mesmo o mais fraco irá se utilizar da astúcia e das alianças para tentar derrotar o mais forte. Dessa forma, o homem viverá em um eterno estado de medo, insegurança e infelicidade. O homem a partir do seu estado de natureza, isolado e sem limites de liberdade é levado a um permanente estado de guerra.� A apreciação desse estado de natureza, de liberdade absoluta, nada mais é do que a essência do direito subjetivo e o contrato que ele vem a efetuar com o Estado, para se submeter às normas deste. Mesmo após a adesão às normas do Estado, o seu objetivo principal é de que ele garanta ao indivíduo os direitos subjetivos, ou seja, assegure-lhe grande parte de sua liberdade (faculdade) de poder agir, para produzir, negociar, buscar sua felicidade, etc...
[...] autoridade e liberdade são situações que se complementam. É que a autoridade é tão indispensável à ordem social – condição mesma da liberdade – como esta é necessária à expansão individual. Um mínimo de coação há sempre de existir. O problema está em estabelecer, entre liberdade e a autoridade, um equilíbrio tal que o cidadão médio possa sentir que dispõe de campo necessário à perfeita expressão de sua personalidade. Portanto, não é correta a definição de liberdade como ausência de coação. O que é válido afirmar é que a liberdade consiste na ausência de toda coação anormal, ilegítima e imoral. Dai se conclui que toda lei que limita a liberdade precisa ser lei normal, moral e legítima, no sentido de que seja consentida por aqueles cuja liberdade restringe.�
Quanto mais as pessoas se desenvolvem, adquirem conhecimento e consciência, maior liberdade conquistam. É um processo dinâmico de liberação de obstáculos que possam impedir suas realizações e o alcance de sua felicidade. O Estado tem a função de ir eliminando esses obstáculos.
2 – Abrangência
A Liberdade de Ação é o direito de fazer ou não fazer tudo aquilo que a lei não proíbe. Decorre do art. 5º, II, da CF. É a liberdade-matriz, a liberdade-base, a liberdade de ação em geral, segundo a qual “ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei”. Essa lei é a que é emanada pelo Poder Legislativo, de acordo com o que determina a CF. A liberdade é a regra, suas restrições, são as excepcionalidades.
O direito à liberdade compreende:
a) Liberdade de Pensamento (art. 5º, IV, V, VI, VII, VIII, IX);
b) Liberdade de Locomoção (art. 5º, LXVIII);
c) Liberdade de Expressão Coletiva (Reunião: art. 5º, XVI e Associação: art. 5º, XVII a XXI);
d) Liberdade de Ação Profissional (art. 5º, XIII).
2.1 – Liberdade de Pensamento e Exteriorização:
O pensamento é livre, mas sua exteriorização não pode ser feita de forma descontrolada, pois o abuso desse direito é passível de punição.
2.1.1 – Liberdade de consciência: é a liberdade de foro íntimo, interessando apenas ao próprio indivíduo, que impede alguém de submeter outrem a seus próprios pensamentos.� 
Essa liberdade abrange a liberdade de consciência em sentido estrito e a liberdade de crença. 
2.1.1.1 – Liberdade de consciência em sentido estrito: é a convicção de ordem ideológica ou filosófica. A liberdade de consciência é mais ampla do que a liberdade de crença, pois abrange esta última.
2.1.1.2 – Liberdade de crença: é a liberdade de pensamento de foro íntimo em questões religiosas (art. 5º, VI, da CF). É a liberdade de acreditar ou não em algo, pelo qual, a pessoa tem o direito de escolher sua religião e, por outro lado, ninguém pode compelir outro a seguir determinada religião, seita, credo, teoria, etc. (STJ, HC 1.498/RJ).
2.1.2 – Liberdade de manifestação ou exteriorização do pensamento: é assegurado nas diversas áreas do conhecimento humano, abrangendo a liberdade de culto ou religião (art. 5º, VI), de cátedra (art. 206, II), de informação jornalística (art. 220), a liberdade científica, liberdade artística, proibição de censura e da licença e liberdade de opinião.
A princípio, pela teoria relativa, toda a manifestação do pensamento está protegida pela liberdade de manifestação. No entanto, esse direito deve ser ponderado (apreciado) com os demais direitos constitucionais.
Assim como a pessoa tem o direito de se manifestar, também, tem o direito de permanecer calada. É o direito ao silêncio. Ela não é obrigada a produzir prova contra si mesma (art. 5º, LXIII da CF e STF, HC 86.724-3 MC/DF).
2.1.2.1 – Liberdade de culto ou religião: a pessoa tem a liberdade de optar por qualquer crença religiosa, mas a liberdade de culto deve ser exteriorizada na forma da lei, para que tenha a proteção aos locais de sua realização (art. 5º, VI, CF). A liberdade de culto é uma extensão da liberdade de crença, é a forma de exteriorização.
Além disso, abrange o direito de assistência religiosa (art. 5º, VII), a objeção de consciência, ensino religioso facultativo nas escolas públicas de ensino fundamental (art. 210, § 1º) e o reconhecimento da validade do casamento religioso para efeitos civis (art. 226, § 2º).
A liberdade de culto é garantida, entre outras, pela imunidade de impostos (art. 150, VI, “b”, da CF). 
Além disso, desde a Constituição de 1.891 (da República) o Brasil é um Estado Laico, o qual se estende até hoje (art. 19, I, da CF). Laico significa uma neutralidade do Estado. É uma espécie de anti-religião. O ateísmo é a negação da existência de Deus. O argumento religioso não pode ser utilizado na esfera pública. Segundo Habermas, para que eles ingressem na esfera pública devem ser transformados em argumentos racionalmente justificáveis. Os judaicos pediram ao STF (STA 389)� que o exame do ENEM fosse realizado em outro dia aos mesmos, que não fosse aos sábados. A decisão foi que a designação de data alternativa para determinado grupo viola o princípio da isonomia e pode gerar efeito multiplicativo inviabilizando alguns certames. Viola o direito de neutralidade e imparcialidade do Estado.
O CNJ (Conselho Nacional de Justiça) decidiu que os crucifixos expostos em repartições públicas são símbolos da cultura brasileira e, portanto, não violam o dever de neutralidade do Estado a colocação dos mesmos em repartições públicas. O Tribunal Constitucional Alemão entendeu que isso é incompatível com a liberdade religiosa prevista na Constituição Alemã. Ronald Dworkin diz que no Estado Secular tolerante aos símbolos religiosos, os mesmos não são inconstitucionais, mas, também, não devem ser colocados em repartições públicas.
O art. 5º, VIII, da CF, diz que a pessoa pode se recusar a prestar serviço obrigatório que contrarie sua convicção religiosa, política ou filosófica (escusa de consciência, imperativo de consciência ou objeção de consciência), mas deve prestar serviço alternativo. Portanto, se for convocado, por exemplo,para o serviço militar, para votar, participar do Tribunal do Júri (que são obrigações a todos impostas) e alegar que por motivo ou crença religiosa não pode prestar o serviço, o mesmo pode ser substituído por prestação alternativa e em não cumprindo esta poderá ter suspenso seus direitos políticos (art. 15, IV, da CF).
2.1.2.2 – Liberdade de cátedra: é a liberdade de apreender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber (art. 206, II). É ensinar e apreender sem interferências ou censuras indevidas para que o aluno possa escolher uma profissão e seguir uma vocação, desenvolvendo sua própria personalidade.
2.1.2.3 – Liberdade de informação jornalística: abrange o direito de informar e de ser informado. O art. 220, § 1º, compreende o direito de informar (defesa da imprensa contra o Estado), bem como o do cidadão ser informado (defesa do cidadão contra os veículos de comunicação). Também compreende o direito do sigilo da fonte ao jornalista, de tal forma que ao mesmo tempo em que assegura o direito à informação, resguarda o sigilo da fonte quando necessário ao exercício profissional da atividade jornalística (art. 5, XIV – STF, Inq. 870-02QRJ).�
A crítica jornalística, inspirada no interesse público, não comporta restrições (STF, Pet. 3.486-4/DF).�
Além disso, o art. 5º, XXXIII, da CF, estabelece que todos têm direito de receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular ou de interesse coletivo ou geral.� Nesse sentido o STF (RE 342.074) declarou que o exame psicotécnico em concursos públicos não pode ter caráter sigiloso.
2.1.2.4 – Liberdade científica: a liberdade intelectual abrange a produção científica e a filosófica. Todos podem produzir obras científicas e filosóficas e publicá-las sem prévia censura ou licença.
2.1.2.5 – Liberdade artística: as expressões artísticas efetuadas através dos veículos de comunicação social (imprensa, rádio e televisão) ou de forma pública (teatros, cinemas, etc.) que atingem pessoas indeterminadas, podem sofrer uma classificação de restrição por faixa etária recomendada, assim como, locais e horários para a sua exibição (art. 220, § 3º, I e II).
2.1.2.6 – Proibição de censura e de licença prévia: para garantir a ampla liberdade de manifestação do pensamento, o art. 5º, IX, veda expressamente qualquer atividade de censura ou licença. O art. 220, § § 2º e 6º, prevê que jornais, revistas e periódicos não precisam de autorização de qualquer agente ou órgão público para que possam ser postos em circulação. Seus textos e manifestações de natureza política, ideológica ou artística não estão sujeitos ao controle do Estado. Eventuais abusos devem ser punidos na forma da lei (art. 5º, X), mas não podem obstar a liberdade de manifestação de pensamento.
2.1.2.7 – Liberdade de opinião: decorre da liberdade de pensamento, é direito de emitir juízos de valor sobre fatos da vida social. Um dos aspectos relacionados à liberdade de opinião encontra-se a manifestação do ódio, desprezo ou intolerância contra determinados grupos, motivados por preconceitos ligados, entre outros, à etnia, religião, gênero, deficiência física ou mental e orientação sexual. É o chamado “hate speech” ou discurso do ódio.� Nos Estados Unidos isso é tolerado. No Brasil, o STF, julgou que a Constituição veda o discurso do ódio (HC 82.424/RS).
2.1.3 – Vedação do anonimato: as pessoas são obrigadas a assumir a responsabilidade pelo que exteriorizam. Ninguém pode fugir da responsabilidade do pensamento exteriorizado, escondendo-se no anonimato (art. 5º, IV). Em outras palavras, a vedação ao anonimato visa possibilitar eventual responsabilização que ocorra com a manifestação abusiva (STF, MS 24.369/DF).�
O bilhete apócrifo ou carta anônima, em princípio, não servem como prova. No entanto, a autoridade policial deve investigar o fato. O STF (Inq 1.957) tem admitido quando forem produzidos pelo próprio acusado ou quando constituírem o corpo delito do crime (bilhete pedindo resgate em um seqüestro).�
O “disque denúncia” anônimo não pode servir de prova, serve de notícia para a autoridade policial investigar. As provas obtidas por esta investigação não ficam contaminadas, pois a investigação é autônoma (STJ, RHC 7.329/GO).
2.1.4 – Direito de resposta: a pessoa tem o direito de resposta proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem (art. 5º, V, da CF). Trata-se de um direito de defesa da pessoa que foi ofendida pela imprensa em razão de publicação de uma notícia inverídica ou errônea (STF, RE 64.333/PR e STJ, RHC 3.296/SC).�
A pessoa atingida tem direito de apresentar resposta ou retificação, oferecendo sua versão dos fatos, em dimensões iguais à do escrito ou transmissão que deu causa a esse direito, o qual pode ser executado sem prejuízo de eventual ação de indenização por danos materiais, morais ou a imagem.
2.2 – Liberdade de Locomoção:
Consiste no direito de ir, vir e ficar. Segundo o art. 5, XV, é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens. A pessoa só pode ter sua liberdade restringida nos casos de prisão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciária competente, ou nos casos de transgressão militar, crime militar, ou ainda, na vigência do estado de defesa (art. 136, § 3º, I), de sítio (art. 137, I) e de guerra declarada (art. 137, II). 
A constituição prevê como garantia da liberdade de locomoção a ação de habeas corpus (art. 5, LXVIII).
2.3 – Liberdade de Expressão Coletiva:
Consideram-se direitos individuais, pois pertencem ao indivíduo, e de expressão coletiva, porque pressupõem uma pluralidade de pessoas para que possam ser exercidos.
Abrange o direito de liberdade de reunião e o direito de liberdade de associação (art. 5, XVI e XVII a XXI).
2.3.1 – Liberdade de reunião: é um agrupamento de pessoas, organizado, de caráter transitório, com uma determinada finalidade. Em lugares abertos ao público, é assegurada expressamente no art. 5, XVI, da CF, desde que observados os seguintes requisitos:
a) Reunião pacífica, sem armas;
b) Fins lícitos;
c) Aviso prévio à autoridade competente;
d) Realização em locais abertos ao público.
Esse direito de liberdade de reunião pode ser restringido na vigência do estado de defesa (art. 136, § 1º, I, “a”) e em estado de sítio (art. 139, IV).
2.3.2 – Liberdade de Associação: associação é um agrupamento de pessoas, organizado e permanente, para fins lícitos. Tem a característica de que as associações podem ser criadas independentemente de autorização, proibida qualquer interferência do Estado em seu funcionamento interno (art. 5º, XVIII). Somente podem ser dissolvidas por decisão judicial transitada em julgado, na hipótese de finalidade ilícita.
A liberdade de associação tem proteção nos incisos XVII, XVIII, XIX, XX e XXI do art. 5º da CF e abrange associações civis, cooperativas e outras.
A Defesa judicial e extrajudicial dos associados pode ser efetuada através da associação, a qual irá atuar como representante na defesa dos interesses de seus associados em juízo quando expressamente autorizada para tanto (art. 5º, XXI). É representação e não substituição processual, pois existe a autorização.� Essa autorização expressa pode ser através de manifestação em assembleia e registro em ata e a atuação na defesa dos sócios deve ser em assuntos relacionados aos fins da entidade.
Ninguém pode ser compelido a se associar ou manter-se associado (art. 5º, XX).
Essa liberdade é garantida, entre outras, pelo aspecto de que a contribuição para a Confederação (art. 8º, IV, da CF) só é devida pelo associado. Por outro lado, a contribuição prevista em lei é um tributo e é devida por todos.
2.4 – Liberdade de Ação Profissional:
A Liberdade de Profissão é o direito de liberdade de cada indivíduo, dentro de suas aptidões, exercer qualquer atividade profissional, de acordo com suas preferências e possibilidades e segundo oslimites da lei (art. 5º, XIII). Para o exercício de determinados trabalhos, ofícios ou profissões, a Constituição estabelece que a lei pode efetuar certas exigências. Trata-se de norma constitucional de eficácia contida (art. 5º, XIII), em que a lei infraconstitucional pode reduzir o alcance da liberdade constitucional. A aprovação no Exame da Ordem é um exemplo (art. 8º, VI, da Lei n. 8.906/94), que é um dos requisitos para o bacharel em direito poder se inscrever na OAB e atuar como advogado (STF RE 603.583/RS). Outras profissões regulamentadas exigem a formação curricular estabelecida.
Por outro lado, o STF (AC 1.406-MC QO) julgou que, diante liberdade de profissão e liberdade de informação, não é necessário o curso de jornalismo para o exercício da profissão de jornalista.
BIBLIOGRAFIA
BERNARDI, Sílvia Waltrick. JANCZESKI, Célio Armando (coord.). Constituição Federal Comentada. Curitiba:Juruá, 2010.
BONAVIDES, Paulo. Curso de Direito Constitucional. 21. ed., São Paulo:Malheiros, 2007.
BULOS, Uadi Lammêgo. Direito Constitucional. 4. ed., São Paulo:Saraiva, 2009.
CANOTILHO, José Joaquim Gomes. Direito Constitucional e Teoria da Constituição. 7. ed., Coimbra, Portugal:Almedina, 2003.
SARMENTO, Daniel. Livres e Iguais: Estudos de Direito Constitucional. Rio de Janeiro:Lúmen Júris, 2010.
SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional Positivo. 19. ed., São Paulo:Malheiros, 2001.
� SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional Positivo. 19. ed., São Paulo:Malheiros, 2001, p. 236.
� HOBBES, Thomas. Leviatã. Org. Richard Tuck. Trad. por João Paulo Monteiro, Maria Beatriz Nizza da Silva, Cladia Berliner. São Paulo:Martins Fontes, 2003. Título original: Leviathan. p. 107.
� SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional Positivo. 19. ed., São Paulo:Malheiros, 2001, p. 235.
� BULOS, Uadi Lammêgo. Direito Constitucional. 4. ed., São Paulo:Saraiva, 2009, p. 4567.
� Suspensão de Tutela Antecipada – 389 – “a designação de data alternativa para a realização dos exames não se revela em sintonia com o principio da isonomia, convolando-se em privilégio para um determinado grupo religioso”.
� BULOS, Uadi Lammêgo. Direito Constitucional. 4. ed., São Paulo:Saraiva, 2009, p. 515.
� BULOS, Uadi Lammêgo. Direito Constitucional. 4. ed., São Paulo:Saraiva, 2009, p. 458.
� BULOS, Uadi Lammêgo. Direito Constitucional. 4. ed., São Paulo:Saraiva, 2009, p. 515.
� SARMENTO, Daniel. Livres e Iguais: Estudos de Direito Constitucional. Rio de Janeiro:Lúmen Júris, 2010, p. 208.
� BULOS, Uadi Lammêgo. Direito Constitucional. 4. ed., São Paulo:Saraiva, 2009, p. 459.
� LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. 13. ed., São Paulo:Saraiva, 2009, p. 685.
� BULOS, Uadi Lammêgo. Direito Constitucional. 4. ed., São Paulo:Saraiva, 2009, p. 461.
� No caso do mandado de segurança coletivo (art. 5º, LXX, “b”) e do art. 8º, III, são substituição processual ou legitimação extraordinária, pois não precisa de autorização expressa do titular do direito.

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