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Sintese Evolução Histórica do Direito Penal

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Evolução Histórica do Direito Penal
O estudo da evolução histórico-penal é de suma importância para uma avaliação correta da mentalidade e dos princípios que nortearam o sistema punitivo contemporâneo.
A história humana não pode ser desvinculada do direito penal, pois desde o princípio o crime vem acontecendo. Era necessário um ordenamento coercitivo que garantisse a paz e a tranqüilidade para a convivência harmoniosa nas sociedades. 
"A história do Direito Penal é a história da humanidade. Ela surge com o homem e o acompanha através dos tempos, isso porque o crime, qual sombra sinistra, nunca dele se afastou".
História do Direito Penal em fases
A VINGANÇA PRIVADA
Quando ocorria um crime a reação a ele era imediata por parte da própria vitima, por seus familiares ou por sua tribo. Comumente esta reação era superior à agressão, não havia qualquer ideia de proporcionalidade.
Esta ligação foi definida por Eric Fromm como sendo um vínculo de sangue, ou seja, era "um dever sagrado que recai num membro de determinada família, de um clã ou de uma tribo, que tem de matar um membro de uma unidade correspondente, se um de seus companheiros tiver sido morto".
Foi um período marcado por lutas acirradas entre famílias e tribos, acarretando um enfraquecimento e até a extinção das mesmas. Deu-se então o surgimento de regras para evitar o aniquilamento total e assim foi obtida a primeira conquista no âmbito repressivo: a Lei de Talião (jus talionis).
O termo talião de origem latina tálio + onis, significa castigo na mesma medida da culpa. Foi a primeira delimitação do castigo: o crime deveria atingir o seu infrator da mesma forma e intensidade do mal causado por ele.
O famoso ditado "olho por olho, dente por dente" foi acolhido como princípio de diversos códigos como o de Hamurabi e pela Lei das XII Tábuas.
Com o passar do tempo á própria Lei de Talião evoluiu, surgindo a possibilidade do agressor satisfazer a ofensa mediante indenização em moeda ou espécie (gado, vestes e etc). Era a chamada Composição (compositio).
"A composição é, assim, uma forma alternativa de repressão aplicável aos casos em que a morte do delinqüente fosse desaconselhável, seja porque o interesse do ofendido ou dos membros de seu grupo fosse favorável à reparação do dano causado pela ação delituosa".J. Leal
Vingança Divina
É o direito penal imposto pelos sacerdotes, fundamentalmente teocrático; o Direito se confundindo com a religião.
O crime era visto como um pecado e cada pecado atingia a um certo deus. A pena era um castigo divino para a purificação e salvação da alma do infrator. 
Era comum neste período o uso de penas cruéis e bastante severas.
Seus princípios podem ser verificados no Código de Manu (Índia) e no Código de Hamurábi, assim como nas regiões do Egito, Assíria, Fenícia, Israel e Grécia.
"Se alguém furta bens do Deus ou da Corte deverá ser morto; e mais quem recebeu dele a coisa furtada também deverá ser morto".
(Código de Hamurábi art.6º.)
Vingança Pública
Período marcado pelas penas cruéis (morte na fogueira, roda, esquartejamento, sepultamento em vida) para se alcançar o objetivo maior que era a segurança do monarca. Com o poder do Estado cada vez mais fortalecido, o caráter religioso foi sendo dissipado e as penas passaram a ter o intuito de intimidar para que os crimes fossem prevenidos e reprimidos.
Os processos eram sigilosos, o réu não sabia qual era a imputação feita contra ele, o entendimento era de que, sendo inocente, o acusado não precisava de defesa; se fosse culpado, a ela não teria direito. Isso favorecia o arbítrio dos governantes.
Também chamado de Época dos Suplícios, a tortura era utilizada para descobrir a "verdade" sobre o crime.
Direito Penal Romano
De início, em Roma, a religião e o direito estavam intimamente ligados, o Pater Familias consistia no poder de exercitar o direito de vida e de morte (jus vitae et necis) sobre todos os seus dependentes, inclusive mulheres e escravos.
Com a chegada da Republica Romana ocorreu uma ruptura e desmembramento destes dois alicerces, a vingança privada foi abolida passando ao Estado o magistério penal.
"Roma foi o marco inicial do direito moderno principalmente no âmbito civil. No penal, embora tímido, conseguiram destacar o dolo e a culpa e o fim da correção da pena (...)" César Dário
Principais Contribuições do Direito Romano com o Direito Penal
Os romanos contribuíram para a evolução do direito penal fazendo a distinção do crime, do propósito, do ímpeto, do acaso, do erro, da culpa leve, do simples dolo e dolo mau (dolus malus), além do fim de correção da pena.
Direito Penal Germânico
O Direito era visto como uma ordem da paz; desta forma o crime seria a quebra, a ruptura com este estado. 
Inicialmente eram utilizadas a vingança e da composição, porém, com a invasão de Roma, o poder Estatal foi consideravelmente aumentado, desaparecendo a vingança.
As leis bárbaras caracterizavam-se pela composição, onde as tarifas eram estabelecidas conforme a qualidade da pessoa, o sexo, idade, local e espécie da ofensa. Para aqueles que não pudessem pagar eram atribuídas as penas corporais.
Também adotaram a Lei de Talião e, conforme o delito cometido, utilizavam a força para resolver questões criminais. 
Eram admitidas também as ordálias ou juízos de Deus (provas de água fervendo, ferro em brasa...), assim como os duelos judiciários, onde o vencedor era proclamado inocente.
Direito Canônico
É o ordenamento jurídico da Igreja Católica Apostólica Romana.
O vocábulo canônico é derivado da palavra kánon, que significava regra e norma, com a qual originariamente se indicava qualquer prescrição relativa à fé ou à ação cristã.
Inicialmente o Direito Canônico tinha o caráter meramente disciplinar, porém com o fortalecimento do poder papal, este direito passou atingir a todos da sociedade (religiosos e leigos). 
Tinha o objetivo de recuperação dos criminosos através do arrependimento, mesmo que fosse necessária a utilização de penas e métodos severos.
Classificação dos Delitos no Direito Canônico
1. DELICTA ECLESIÁSTICA
Ofendido o direito divino, o julgamento era de competência dos tribunais eclesiásticos. A punição do infrator era em forma de penitências.
2. DELICTA MERE SECULARIA
Quando a ordem jurídica laica fosse lesionada a competência era dos tribunais do Estado. O infrator era punido com penas comuns.
3. DELICTA MIXTA
Delitos que violavam a ordem laica e a religiosa; a competência do julgamento era do primeiro tribunal que tomasse conhecimento da ocorrência do delito.
Principais Características e Contribuições do Direito Canônico ao Direito Penal
Esse direito deu uma atenção ao aspecto subjetivo do crime, combateu a vingança privada com o direito de asilo e as tréguas de Deus, humanizou as penas, reprimiu o uso das ordálias e introduziu as penas privativas de liberdade (ocorriam nos monastérios em celas) em substituição às patrimoniais.
A penitenciária foi criada por este Direito: seria um local onde o condenado não cometeria crimes, se arrependeria dos seus erros e por fim se redimiria podendo voltar ao convívio social.
Sobre as Ordálias
Prova judiciária feita com a concorrência de elementos da natureza e cujo resultado era interpretado como um julgamento divino; juízo de Deus.
A versão mais antiga da ordália é citada na Bíblia, na lei chamada de águas da amargura, no livro de Números, onde a mulher, suspeita de adultério, deverá beber uma água possivelmente contaminada, e, se ela for adúltera, morrerá, porém, se for fiel, sobreviverá e terá filhos:
 Adam Clarke conclui sua exposição da ordália citando Dr. Henry. Este menciona os vários casos medievais onde pessoas foram expostas a ordália, colocando os braços em água fervente, segurando bolas incandescentes de ferro, caminhando sobre carvão em brasa, sem sofrer nenhuma injúria, porém ele não atribui estes milagres à providência divina, mas a um conluio entre o acusado e o padre encarregado de organizar a cerimônia, para enganar a populaçãocrédula. 
Direito Canônico e Santa Inquisição
Os tribunais eclesiásticos não costumavam aplicar as penas capitais até o período conhecido como a Inquisição. Neste período passou-se a empregar a tortura, o processo inquisitório dispensava prévia acusação e as autoridades eclesiásticas agiam conforme os seus valores e entendimentos. Foi um período marcado por muitas atrocidades e penas cruéis, absurdas, onde o sofrimento do condenado era incalculável.
Tribunal de Inquisição
Por ironia da história, enquanto na Inglaterra, no ano de 1215, surgia a Magna Carta Libertatum, resultante de um pacto entre o Rei João Sem Terra e os barões ingleses, que, revoltados, pleiteavam respeito aos seus direitos pela coroa, criando, por exemplo o Habeas Corpus, por outro lado a Igreja, na Europa Continental , com a confusão entre pecado e delito, foi responsável por uma das mais negras páginas da história da humanidade: A da Santa Inquisição com os Tribunais do Santo Ofício (perseguindo pessoas consideradas hereges, sobretudo mulheres, sendo muitas parteiras acusadas de magia por conhecerem os poderes de ervas medicinais).
Por mais de Duzentos anos, em busca da confissão, então tida como rainha das provas, entendendo que com ela se alcançaria o arrependimento e purificação da alma, tranquilizando a consciência do julgador, institucionalizou-se a prática da tortura.
Direito laico
Com a evolução dos fundamentos da pena (como vingança privada, vingança divina e vingança pública), os direitos romano, germânico e canônico influenciaram estatutos legais dos diversos reinos que se estabeleceram na Europa, os quais continuaram por séculos, a adotar a pena de morte, executadas com crueldade em público, além de inimagináveis torturas em busca de confissões.
Além disso o uso das “ordálias” era comum no direito germânico.
Tais práticas persistiram por muito tempo, muitas equivalendo as atuais e lamentáveis práticas de tortura, que permanecem vivas na história para vergonha da humanidade.
Contudo, o Direito Canônico, que era contrário à vingança privada, foi cada vez mais influenciando a legislação dos Reis, tendo, com a conversão ao cristianismo de Clodoveu em 496 depois de Cristo, penetrado na monarquia franca além de outras com o passar dos séculos, mesmo porque eram o Papas quem coroavam os reis, conferindo-lhes legitimidade.
De outra sorte, durante muitos e muitos anos em toda europa as penas cruéis faziam parte das leis naquele momento histórico, na França dos séculos XV a XVII, por exemplo, as atrocidades eram corriqueiras, como o despedaçamento ou esquartejamento em vida do condenado por cavalos, em praça pública, em um degradante espetáculo coletivo de horror.
Na Itália, até no Século XIX, chegava-se a defender a tortura como método oficial indispensável para a descoberta da “verdade”.
Iluminismo e o Estado Fundado na razão
Diante de tantas atrocidades, penas sanguinárias, o movimento pela humanização do Direito Penal foi tomando força, ao mesmo tempo em que se passou a questionar o sistema monárquico de governo, culminando com a Revolução Francesa de 1789 e a Declaração Universal dos Direitos do Homem e do Cidadão.
Nesta época vários pensadores surgiram com suas ideias novas sobre o Estado e sobre como deveria ser a sua relação com o cidadão.
Dentre vários pensadores destacamos Mostesquieu, juiz criminal francês que publicou seu famoso livro “O Espírito das Leis”, no qual luta contra o despotismo, defendendo o controle dos poderes.
Igualmente, foi crítico ferrenho e contrário ao autoritarismo do legislativo ao afirmar que:
“As Leis é que devem se conformar com a vida dos povos e não o contrário”.
Em seu Livro “O Espírito das Leis” Montesquieu traz grandes avanços na humanização do Direito, afirmando ser inútil a excessiva severidade das leis penais e que é melhor ensinar do que punir.
Quanto à liberdade do cidadão em face do Estado e do cidadão em face de outro cidadão, defendeu que: 
“A Liberdade é o direito de fazer tudo o que as leis permitem; se um cidadão pudesse fazer tudo o que elas proíbem, não teria mais liberdade, porque os outros teriam tal poder”
Fundamental, ao falarmos de Iluminismo, lembrarmos de um outro grande filósofo, Jean-Jaques Rousseau, que lutou contra e a discriminação social, enfatizando que todo homem tem uma bondade originária, inspiração da liberdade e da justiça.
Em seu livro mais célebre Contrato Social (1762), Rousseau defendeu o Estado como meio para restabelecer a igualdade entre todos, a fim de que exista justiça.
Não menos importante foi o Filósofo Voltaire, que após exílio na Inglaterra, lutou pelo triunfo da razão contra os preconceitos, contra toda forma de superstição e fanatismo religioso, contra privilégios políticos, defendendo maior tolerância e justiça.
Período Humanitário – A Humanização do Direito Penal
O primeiro destaque deste novo período na evolução da ideia penal vem de Cesare Bonecasa, o Marquês de Beccaria, quando publica, inicialmente de forma anônima, a sua obra prima Dos delitos e das penas, no ano de 1764, se transformando em um marco na mudança da doutrina penal, lutando contra as sanguinárias práticas da época – como as torturas e as cruéis e lentas penas de morte executadas em público.
Lutou contra o arbítrio judicial que interpretava de extensivo as leis penais, contra a ideia de pena como revanche, vingança ou retribuição, defendendo-a como uma necessidade social, devendo ser útil.
Outro marco histórico foi a avançada reforma legislativa feita na Toscana por Pietro Leopoldo, em 1786, abolindo a tortura, a pena de morte, bem como refutando a legislação passada, que, dentre outros fatos, considerava a fuga do réu como confissão.
Também na Itália, Romagnosi, publica em 1791, o livro Genesi del Diritto Penale, no qual sustenta ser a pena excepcional, a sua utilização como meio exclusivamente preventivo, e não como um mal destinado a satisfazer o espírito de vingança, tampouco como expiação, servindo como contraestímulo ao impulso criminoso, impondo freios, com sua ameaça, à injusta intemperança. (imoderado)
Na Inglaterra, destaca-se o humanista John Howard, que chegou a ser sheriff, no condado de Bedford (1773) e visitou as prisões de quase toda Europa, denunciando as vergonhosas instalações penitenciárias, inclusive inglesas, estando as pessoas presas em calabouços infectos, sem ar, sem iluminação, sem assistência moral ou material.
Revolução Francesa
Foi no clima destas ideias mais humanistas no estudo da ciência penal, que eclodiu a Revolução Francesa, buscando no reconhecimento da liberdade, igualdade e fraternidade de todos os cidadãos, os fundamentos do Estado Francês, e assim inaugurando, com a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão de 1789, uma nova fase da história da humanidade, com a humanização do Direito Penal.
Os ideais da Revolução Francesa, a partir de então, passaram a inspirar novas legislações penais por toda Europa, e, em um segundo momento, por todo o mundo. 
Escolas Penais – A Escola Clássica
Na Escola Clássica é adotada a teoria causal-naturalística da ação, para a qual basta um procedimento corpóreo voluntário, ou a causação voluntária de uma modificação no mundo exterior.
Principais expoentes:
Beccaria
Rousseau
BREVE HISTÓRICO DAS MODALIDADES DE PENAS IMPOSTAS
A evolução da pena acompanha o desenvolvimento humano do próprio homem.
Na antiguidade, até dias recentes, várias espécies de penas cruéis eram aplicadas aos condenados por cometimento de crimes.
Destacamos as seguintes:
CREMAÇÃO
Este é um dos métodos de execução mais conhecidos e utilizados durante a inquisição. Os condenados por bruxaria ou afronta à igreja católica eram amarrados em um tronco e queimados vivos. Para garantir que morresse queimada e não asfixiada pela fumaça, a vítima era vestida com uma camisola embebida em enxofre.
GUILHOTINA
Inventada por Ignace Guillotine, a guilhotina é um dos mecanismos mais conhecidos e usados para execuções. A lâmina, presa por uma corda e apoiada entre dois troncosverticais, descia violentamente decapitando o condenado.
SERROTE
Usada principalmente para punir homossexuais, o serrote era uma das formas mais cruéis de execução. Dois executores, cada um e uma extremidade do serrote, literalmente, partiam ao meio o condenado, que preso pelos pés com as pernas entreabertas e de cabeça para baixo, não tinha a menor possibilidade de reação. Devido à posição invertida que garantia a oxigenação do cérebro e continha o sangramento, era comum que a vítima perdesse a consciência apenas quando a lâmina atingia a altura do umbigo.
ESPADA, MACHADO E CEPO
As decapitações eram a forma mais comum de execução medieval. A decapitação pela espada, por exigir uma técnica apurada do executor e ser mais suave que outros métodos, era, geralmente, reservada aos nobres. O executor, que apurava sua técnica em animais e espantalhos, ceifava a cabeça da vítima num único golpe horizontal atingindo o pescoço do condenado.
O machado era usado apenas em conjunto com o cepo. A vítima era posta ajoelhada com a coluna curvada para frente e a cabeça apoiada no cepo. O executor, num único golpe de machado, atingia o pescoço da vítima decepando-a.
GARROTE
Um tronco de madeira com uma tira de couro e um acento. A vítima era posicionada sentada na tábua horizontal de modo que sua coluna fique ereta em contato com o tronco. A tira de couro ficava na altura do pescoço e, à medida que era torcida pelo carrasco, asfixiava a vítima. Há ainda uma variação na qual, preso ao tronco na altura da nuca da vítima, encontrava-se uma punção de ferro. Esta punção perfurava as vértebras da vítima à medida que a faixa de couro era apertada. O condenado podia falecer tanto pela perfuração produzida pela punção quanto pela asfixia.
GAIOLAS SUSPENSAS
Eram gaiolas pouco maiores que a própria vítima. Nela, o condenado, nu ou seminu, era confinado e a gaiola suspensa em postes de vias públicas. O condenado passava dias naquela condição e morria de inanição, ou frio em tempos de inverno. O cadáver ficava exposto até que se desintegrasse.
EMPALAÇÃO
Este método foi amplamente utilizado pelo célebre Vlad Tepes. A empalação consistia em inserir uma estaca no ânus, umbigo ou vagina da vítima, a golpes de marreta. Neste método, a vítima podia ser posta "sentada" sobre a estaca ou com a cabeça para baixo, de modo que a estaca penetrasse nas entranhas da vítima e, com o peso do próprio corpo, fosse lentamente perfurando os órgãos internos. Neste caso, dependendo da resistência física do condenado e do comprimento da estaca, a agonia se estendia por horas.
ESTIRAMENTO
A vítima era posicionada na mesa horizontal e seus membros presos às correntes que se fixavam num eixo. À medida que o eixo era girado, a corrente esticava os membros e os ossos e músculos do condenado desprendiam-se. Muitas vezes, a vítima agonizava por várias horas antes de morrer.
FORCA
É composta por um poste de madeira com uma corda amarrada em forma de laço. O executado era colocado de pé sobre uma mesa ou cadeira, alçapão ou veículo (ex. carroça), e o laço era posto em volta de seu pescoço; era então removido aquilo que estivesse sob os pés.

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