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Artigo 3 ORTODOXIA ELEMENTAR. Déficit Público Taxa de Juros e Inflaçãodoc

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ORTODOXIA ELEMENTAR
Déficit Público, Taxa de Juros e Índices de Inflação 
	Primeiramente gostaria de esclarecer o termo ortodoxia, que significa: medidas para conter a demanda, moeda e déficit público.
	Sabemos que a taxa de juros do Brasil é uma das mais altas do mundo, é a nossa taxa Selic - Sistema de Liquidez de Custódia é usado nas transações feitas entre os bancos e entre bancos e o Banco Central, e serve de referência para as demais operações. Quem determina a essa taxa é o Copom – Comitê de Política Monetária que existe no Brasil desde junho de 1996 e tem por objetivo definir as taxas de juros e as demais diretrizes de política monetária. Ele é formado pelo presidente e mais sete diretores do Banco Central.
	Para rolar da dívida pública o governo utiliza-se atualmente do instrumento de venda de Títulos Públicos, que serve para administrar a quantidade de dinheiro na economia e conter a demanda, o que significa inflação baixa. 
Grande parte da dívida do governo federal é composta por títulos públicos que são negociados no mercado. Para negociá-los, o governo tem que torna-los atrativos aumentando os juros. Juros altos significam aumento do déficit público, pois, o governo paga seus títulos que estão no mercado com base na taxa Selic.
	Títulos públicos são papéis emitidos pelo governo para captar recursos e financiar suas dívidas; os principais são: LTN – Letras do Tesouro Nacional, pagam juros prefixados; NTN-B – Notas do Tesouro Nacional da série B, são pós-fixados. Garantem ao investidor o IPCA – Índice de Preços ao Consumidor Ampliado (inflação) mais 6% ao ano. A vantagem desses títulos é o risco de crédito considerado praticamente zero. 
	Quando há o risco da meta da inflação ultrapassar seus objetivos o aumento da taxa de juros é quase certo; esse aumento volta a ameaçar o déficit público, reduz o comércio, mas também trás capital externo, que aumenta as reservas e diminui a taxa de câmbio. A redução da taxa de câmbio aumenta os produtos importados que por sua vez volta a diminuir a inflação, devido à concorrência que se cria internamente, que por sua vez prejudica as empresas e aumenta o desemprego.
LIÇÕES ORTODOXAS - ESCOLHAM A INFLAÇÃO
	
	Gostaria primeiramente de esclarecer os termos: ortodoxa e inflação, a primeira significa: medidas para conter a demanda, moeda e o déficit público; a segunda significa: perda do poder de compra de nossa moeda em razão do aumento dos custos internos.
A estrutura estatística do governo funcionou muito bem durante o período da hiperinflação inercial. Mas com a volta da inflação civilizada, a partir de 1999, obrigou-nos a buscar formas diferentes de mensurar a variação de preços. Com índices mensais abaixo de 1%, torna-se importante separar os efeitos aleatórios sobre os preços o que se pode chamar de inflação estrutural.
Além disso, é preciso dar um tratamento correto aos preços. Temos como em outros países, os índices mensais de preços no atacado e varejo; portanto devemos conhecer o significado dos principais índices.
O IGP – Índice Geral de Preços, é calçudo pela Fundação Getúlio Vargas. É uma média ponderada do índice de preços no atacado (IPA), com peso 6; índice de preços ao consumidor (IPC) no Rio e SP, com peso 3; e do índice do custo da construção civil (INCC) com peso 1. Usado em contratos de prazo mais longo, como aluguel.
O IGP-M – Índice Geral de Preços do Mercado, é calculado pelo Ibre (Instituto Brasileiro de Economia) da Fundação Getúlio Vargas, utiliza metodologia igual à do IGP-DI, mas com pesquisa entre os dias 21 de um mês e 20 do mês seguinte. O IGP tradicional abrange o mês fechado. O IGP-M é elaborado para contratos do mercado financeiro, como a Andina (Associação Nacional das Instituições do Mercado Aberto).
O IGP-DI – Índice de Preços Disponibilidade Interna, calculado pela FGV – Fundação Getúlio Vargas, corrige as tarifas de telefonia das concessionárias.
O IGP-10 – Índice Geral de Preços 10, também da Fundação Getúlio Vargas e elaborado com a mesma metodologia do IGP e do IGP-M. A única diferença é o período de coleta de preços, onde sua pesquisa é feita entre o dia 11 de um mês e o dia 10 do mês seguinte. Usado como indicador de tendência da inflação.
O IPC-Fipe – Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, este é pesquisado pela USP – Universidade de São Paulo, no município de São Paulo. Reflete o custo de vida de famílias com renda de 1 a 20 salários mínimos. Divulga também taxas quadrissemanais.
O ICV-Dieese – Índice do Custo de Vida do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos, é medido também na cidade de São Paulo. Este reflete o custo de vida de famílias com renda média de R$2.800,00 (há também índices para a baixa renda e a intermediária).
O INPC – Índice Nacional de Preços ao Consumidor, é uma medida do custo de vida nas 11 principais regiões metropolitanas do país para famílias com renda de 1 até 8 salários mínimos, medido pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas).
O IPCA – Índice de Preços ao Consumidor Amplo, também do IBGE, semelhante ao INPC, porém refletindo o custo de vida para famílias com renda mensal de 1 a 40 salários mínimos. Está pesquisa é feita nas mesmas 11 regiões metropolitanas.
O INCC – Índice Nacional do Custo da Construção, este é um dos componentes das três versões do IGP, o de menor peso. Reflete o ritmo dos preços de materiais de construção e da mão-de-obra no setor. Utilizado em financiamento direto de construtoras/incorporadas.
O CUB – Custo Unitário Básico, índice que reflete o ritmo dos preços de materiais de construção e da mão-de-obra no setor. Calculado por sindicatos estaduais da indústria da construção, chamados de Sinduscon, e usado em financiamentos de imóveis.
 A TR – Taxa Referencial, este é utilizado como indexador da poupança e de financiamentos habitacionais do SFH – Sistema Financeiro Habitacional. Reflete a média das taxas de juros dos CDBs (depósitos a prazo nos bancos) prefixados, aplicado sobre ela um redutor. 
O IPC – 15 – Índice de Preços ao Consumidor 15, Este índice tem a mesma metodologia do IPCA, é o índice oficial de inflação do país, usado para definir as metas inflacionárias do governo. A diferença está nos períodos de coleta de dados: o IPCA é coletado dentro do mês civil (1 a 30), e o IPC - 15, da metade de um mês à metade do mês de referência.
Prof. Ms. João Maria de Mattos
Mestre em Economia
Especialista em Economia, Comércio Exterior, Administração de Empresas, Marketing e Propaganda. Professor da Universidade Paranaense – UNIPAR. Agente de Inspeção do Ministério da Agricultura. Relator da Junta Comercial de Francisco Beltrão – PR

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