Buscar

ORIGEM DA AUDITORIA

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

ORIGEM DA AUDITORIA
	A palavra audir vem do latim que significa ouvir. 
	Conforme Sérgio Jund (2002), a história da auditoria se perdeu no decorrer do tempo e o nome do primeiro auditor permaneça para sempre ignorado.
	Segundo Hernandez Perez Junior (2004), provavelmente, a auditoria surgiu no século XV ou XVI, na Itália, pois eram os precursores da contabilidade e os responsáveis pelos principais empreendimentos estruturados da Europa. Oficialmente, prática da auditoria ocorreu por volta de 1581 em Veneza, com a implantação do primeiro colégio de contadores, onde o candidato tinha que completar seis anos de aprendizado, submeter-se a exame para receber o título de contador.
É bastante claro que ela esteve presente desde o início da atividade econômica do homem, não obstante, o estágio de maturação ser completamente diferente do que é vivenciado hodiernamente. Conforme defende Attie (1998, p. 12):
 O surgimento da auditoria está ancorado na necessidade de confirmação por parte dos investidores e proprietários quanto à realidade econômico-financeira espelhada no patrimônio das empresas investidas e, principalmente, em virtude do aparecimento de grandes empresas multigeograficamente distribuídas e simultâneas ao desenvolvimento econômico que propiciou participação acionária na formação do capital de muitas empresas. (ATTIE, 1998, p. 12)
Compreende-se que o processo de formação da auditoria possui um vínculo estreito com o surgimento das empresas e a evolução do Estado. Essa é a característica básica que conduz ao entendimento da formação da auditoria: está fundamentalmente ligada ao surgimento do modelo capitalista. 
Attie (1998, p.27) afirma que, a origem do termo auditor em português, muito embora perfeitamente representado pela origem latina (aquele que ouve, ou ouvinte), na realidade provém da palavra inglesa to audit (examinar, ajustar corrigir, certificar). Segundo se têm notícias, a atividade de auditoria é originária da Inglaterra que, como dominadora dos mares e do comércio em épocas passadas, teria iniciado a disseminação de investimento em diversos locais e países e, por conseqüência, o exame dos investimentos mantidos naqueles locais. O termo auditor não é exclusivo do ramo contábil, existindo a mesma nomenclatura em outras diferentes atividades, porém exercidas com objetivos similares.
Segundo Jund (2002, p.5) diz que “não existem divulgações de pesquisas sobre os primórdios da auditoria no Brasil, sendo somente certo que teve origem inglesa”, e ainda diz que a “extinta firma de auditoria Arthur Andersen S/C e, a atualmente denominada PrinceWaterHouse Coopers, já mantinham estabelecimentos no Rio de Janeiro com outras denominações, desde 1909 e 1915, respectivamente”.
Almeida (2003) comenta que em 1965 a lei 4.728 disciplinou o mercado de capitais e estabeleceu medidas para o seu desenvolvimento. Foi mencionada pela primeira vez a expressão Auditores Independentes.
Auditoria Externa
Na visão de Crepaldi (2000, p. 07), a auditoria externa é representada da seguinte forma: 
 Constitui o conjunto de procedimentos técnicos que tem como objetivo a emissão do parecer sobre a adequação com que estes representam à posição patrimônial e financeira, o resultado das operações, as mutações do Patrimônio Líquido e as origens e aplicações de recursos da entidade auditada consoante as normas brasileiras de contabilidade. (CREPALDI, 2000 p.7) 
 Compõe em uma formação de uma serie de procedimentos técnicos que tem como propósito a emissão do parecer sobre adequação com que estes representam à posição patrimonial e financeira da empresa auditada.
A auditoria externa é executada por profissionais independentes, sem nenhuma ligação com a empresa. 
Ela não elimina a necessidade da auditoria interna, uma vez que um setor deste dentro da empresa possibilita maior segurança ao auditor independente, evitando duplicidade dos trabalhos e reduzindo os custos para ambas as partes, permitindo também que os problemas tenham solução antecipada. 
Para Almeida (2008) as demonstrações contábeis passaram a ter importância muito grande para os futuros aplicadores de recursos. Como medida de segurança contra a possibilidade de manipulação de informações, os futuros investidores passaram a exigir que essas demonstrações fossem examinadas por um profissional independente da empresa e de reconhecida capacidade técnica. 
O trabalho verificar a situação patrimonial e financeira das empresas é realizado por um profissional independente, especializado em técnicas de auditoria, com profundos conhecimentos de contabilidade e, sobretudo, das atividades das empresas. A execução de uma auditoria não se isola somente ao controle da contabilidade, mas se estende aos diversos segmentos de uma empresa onde surgem cuidados especiais ou análises de resultados ou ainda fatores que venham trazer confiabilidade ou benefícios à empresa (PADOVEZE, 2010).
Auditoria Interna 
Os primeiros auditores internos apareceram a mais de cinquenta anos nos Estados Unidos, sendo reconhecida sua existência a cerca de vinte. Nos países europeus depois do Reino Unido, é a Alemanha quem pratica auditoria interna a mais tempo. Em Portugal, a auditoria interna é muito recente, as empresas nos últimos anos tem acompanhado as inovações, adaptando-as e ajustando-as à sua realidade. (ATTIÊ, 1998)
De acordo com Jund (2004, p.26) Auditoria interna, é uma atividade de avaliação independente e de assessoramento da administração, voltada para o exame e avaliação da adequação, eficiência e eficácia dos sistemas de controle, bem como da qualidade do desempenho das áreas, em relação às atribuições e aos planos, às metas, aos objetivos e às políticas definidas para as mesmas.
Ela é executada por profissionais da empresa, ou seja, o auditor interno é um colaborador da empresa, onde ficará responsável por compilar as informações a serem examinadas, em determinados períodos de tempo, observando a execução das políticas, a legislação, a eficiência e os aspectos tradicionais da empresa.
Para Padoveze (2010), como concepção básica, a auditoria interna deve ter a menor estrutura possível, pois em essência, é uma atividade que refaz tarefas e procedimentos dentro da empresa, na busca da máxima eficiência e eficácia, portanto, a auditoria deve ser minimizada ao máximo, sob pena de serviços e tarefas sendo executada repetitivamente. Sua finalidade é desenvolver um plano de ação que auxilie as empresas no cumprimento de seus objetivos de uma forma disciplinar, melhorando a eficácia e eficiência dos processos de gerenciamento, com um excelente custo de qualidade. 
O departamento de auditoria interna ficaria situado na estrutura da seguinte forma:
Figura 1: Estrutura Organizacional
Fonte : ALMEIDA, (2008, p.30)
Na Figura 1, Auditoria Interna é um departamento independente, não é subordinado aos departamentos que ele próprio analisa. Estando apenas subordinado à presidência da organização, assim, tem mais autonomia e independência para melhor executar seu trabalho.
Segundo site Portal de auditoria, a auditoria interna deve assessorar a administração da entidade no trabalho de prevenção de fraudes e erros, obrigando a informá-la sempre por escrito, de maneira reservada , sobre quaisquer indícios ou confirmações de irregularidades detectados no decorrer do trabalho.
O termo fraude se aplica ao ato proposital de omissão e/ou manipulação de transações e operações, adulteração de documentos, registros relatórios, informações e demonstrações contábeis, tanto em termos físicos como monetários.
Entretanto, o termo erro é o ato não intencional de omissão, desatenção, desconhecido ou má interpretação de fatos na elaboração de registros contábeis, bem como de transações e operações da entidade, tanto em termos físicos ou monetários.
Aplicação das normas
Inicialmenteas normas determinam que o auditor deverá efetuar um planejamento eficaz aplicando os procedimentos técnicos para obtenção de relatório ao final da auditoria para os usuários de demonstrações contábeis.
As normas de auditoria são estabelecidas pelos órgãos reguladores da profissão contábil, que estabelecem conceitos básicos sobre exigência em relação à pessoa do auditor, à execução de seu trabalho e a opinião que deverá ser emitida pelo auditor.
As normas usuais de auditoria, aprovadas pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC) são:
Normas relativas à pessoa do auditor
Normas relativas à execução do trabalho;
Normas relativas ao relatório.
A orientação contida nas normas é instrutiva, nelas porém, não se determina com precisão o que uma unidade de auditoria deve fazer para atender à exigência de planejamento adequado do trabalho, nem há regras quanto à quantidade de evidência exigida para se corroborar um fato descoberto. Todas essas questões envolvem julgamento e sua solução pode variar segundo as políticas e práticas das unidades de auditoria e as características do trabalho executivo.
Segundo Moisés de Mora Melo e Ivan Ramos dos Santos (2017, p.29), as normas de auditoria, juntamente com os procedimentos para sua implementação, estabelecem a ordem e a disciplina na realização do trabalho. A observância dessas normas leva a realização de auditorias completas e objetivas, com resultados e recomendações palpáveis bem fundamentadas.
Procedimentos da Auditoria Interna
Os procedimentos da Auditoria Interna constituem exames e investigações, incluindo testes de observância e testes substantivos, que permitem ao auditor interno obter subsídios suficientes para fundamentar suas conclusões e recomendações à administração da entidade.
Os testes de observância visam à obtenção de razoável segurança de que os controles internos estabelecidos pela administração estão em efetivo funcionamento, inclusive quanto ao seu cumprimento pelos funcionários e administradores da entidade. Na sua aplicação, devem ser considerados os seguintes procedimentos:
a) inspeção – verificação de registros, documentos e ativos tangíveis;
b) observação – acompanhamento de processo ou procedimento quando de sua execução;
c) investigação e confirmação – obtenção de informações perante pessoas físicas ou jurídicas conhecedoras das transações e das operações, dentro ou fora da entidade.
Os testes substantivos visam à obtenção de evidência quanto à     suficiência, exatidão e validade dos dados produzidos pelos sistemas de informação da entidade.
As informações que fundamentam os resultados da Auditoria Interna são denominadas de “evidências”, que devem ser suficientes, fidedignas, relevantes e úteis, de modo a fornecer base sólida para as conclusões e recomendações à administração da entidade.
O processo de obtenção e avaliação das informações compreende:
I – A obtenção de informações sobre os assuntos relacionados aos objetivos e ao alcance da Auditoria Interna, devendo ser observado que:
a) a informação suficiente é aquela que é factual e convincente, de tal forma que uma pessoa prudente e informada possa entendê-la da mesma forma que o auditor interno;
b) a informação adequada é aquela que, sendo confiável, propicia a melhor evidência alcançável, por meio do uso apropriado das técnicas de Auditoria Interna;
c) a informação relevante é a que dá suporte às conclusões e às recomendações da Auditoria Interna;
d) a informação útil é a que auxilia a entidade a atingir suas metas.
II –  A avaliação da efetividade das informações obtidas, mediante a aplicação de procedimentos da Auditoria Interna, incluindo testes substantivos, se as circunstâncias assim o exigirem.
O processo deve ser supervisionado para alcançar razoável segurança de que o objetivo do trabalho da Auditoria Interna está sendo atingido.
Devem ser adotados procedimentos adequados para assegurar que as contingências ativas e passivas relevantes – decorrentes de processos judiciais e extrajudiciais, reivindicações e reclamações, bem como de lançamentos de tributos e de contribuições em disputa, – foram identificadas e são do conhecimento da administração da entidade.
No trabalho da Auditoria Interna, quando aplicável, deve ser examinada a observância dos Princípios Fundamentais de Contabilidade, das Normas Brasileiras de Contabilidade e da legislação tributária, trabalhista e societária, bem como o cumprimento das normas reguladoras a que estiver sujeita a entidade.
Amostragem
Ao determinar a extensão de um teste de auditoria ou um método de seleção de itens a serem testados, podem ser empregadas técnicas de amostragem.
Ao usar método de amostragem, estatística ou não, deve ser projetada e selecionada uma amostra que possa proporcionar evidência de auditoria suficiente e apropriada.
Processamento Eletrônico de Dados – PED
A utilização de processamento eletrônico de dados pela entidade requer que exista, na equipe da Auditoria Interna, profissional com conhecimento suficiente sobre a tecnologia da informação e os sistemas de informação utilizados.
O uso de técnicas de Auditoria Interna, que demandem o emprego de recursos tecnológicos de processamento de informações, requer que exista na equipe da Auditoria Interna profissional com conhecimento suficiente de forma a implementar os próprios procedimentos ou, se for o caso, orientar, supervisionar e revisar os trabalhos de especialistas.
Normas Relativas ao relatório da auditoria Interna 
O relatório é o documento pelo qual a Auditoria Interna apresenta o resultado dos seus trabalhos, devendo ser redigido com objetividade e imparcialidade, de forma a expressar, claramente, suas conclusões, recomendações e providências a serem tomadas pela administração da entidade.
O relatório da Auditoria Interna deve abordar, no mínimo, os seguintes aspectos:
a) o objetivo e a extensão dos trabalhos;
b)a metodologia adotada;
c)os principais procedimentos de auditoria aplicados e sua extensão;
d) eventuais limitações ao alcance dos procedimentos de auditoria;
e) a descrição dos fatos constatados e as evidências encontradas;
f)  os riscos associados aos fatos constatados;
g) as conclusões e as recomendações resultantes dos fatos constatados. 
O relatório da Auditoria Interna deve ser apresentado a quem tenha solicitado o trabalho ou a quem este autorizar, devendo ser preservada a confidencialidade do seu conteúdo.
A Auditoria Interna deve avaliar a necessidade de emissão de relatório parcial, na hipótese de constatar impropriedades/irregularidades/ ilegalidades que necessitem providências imediatas da administração da entidade, e que não possam aguardar o final dos exames.
Referencias 
ALMEIDA, Marcelo Cavalcanti. Auditoria: Um curso Moderno e Completo, 6 ed., São Paulo, Atlas, 2008
JUND, Sérgio. Auditoria: Conceitos, normas, técnicas e procedimentos. 2.ed. Rio de Janeiro: Impetus, 2002
JUND, Sergio. Auditoria: conceitos, normas, técnicas e procedimentos. 6 ed. Rio de Janeiro: Impetus, 2004.
CREPALDI, Silvio Aparecido. Auditoria contábil: teoria e prática. São Paulo: Atlas, 2000
ATTIE, Willian. Auditoria: conceitos e aplicações. 3.ed.São Paulo: Atlas, 1998.
BASE: RESOLUÇÃO CFC Nº  986/03 Portal da Auditoria, acessado em 28/03/2017 https://portaldeauditoria.com.br/procedimentos-de-auditoria-auditoria-interna/
PADOVEZE, Clóvis Luís. Sistemas Contábeis, 1 ed., Curitiba, IESDE Brasil S/A, 2010.
ALMEIDA, Marcelo Cavalcanti. Auditoria: um curso moderno e completo. 6 ed. São Paulo: Atlas, 2003.
HERNANDEZ PEREZ JUNIOR, José. Auditoria de demonstrações contábeis: normas e procedimentos. 3.ed.São Paulo: Atlas, 2004
Auditoria contábil Moisés de Moura Filho & Ivan Ramos dos Santos (2017, p.29)

Outros materiais