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PSIC DESENV E TEO DE APRENDIZ 2.2017

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Módulo 1
Modelos Pedagógicos, Epistemológicos e Psicológicos em Educação. 
Leitura Obrigatória:
BECKER, Fernando. Modelos pedagógicos e modelos epistemológicos. Disponível em: http://www.marcelo.sabbatini.com/wp-content/uploads/downloads/2011/09/becker-epistemologias.pdf Acesso em: 12/12/2011. 
Leitura para Aprofundamento:
Reflexão sobre a origem do conhecimento a partir do texto “Amala e Kamala: as meninas-lobo”.
Disponível em: http://vestibularsociologia.blogspot.com/2007/03/amala-e-kamala-as-meninas-lobo.html Acesso em: 12/12/2011.
Ao longo da história, tanto a filosofia como a psicologia exerceram grande influência nos procedimentos pedagógicos adotados pelas escolas. 
O que é epistemologia?
É a parte da filosofia que estuda o conhecimento. Os epistemólogos buscaram responder, desde a Grécia Antiga até os tempos atuais, a seguinte questão: como o homem chega ao conhecimento?
 
Diferentes correntes epistemológicas respondem a essa pergunta de maneira distinta:
1) Inatismo ⇒ a origem do conhecimento é endógena (interna); a ênfase está no desenvolvimento, no sujeito (S→O).
2) Empirismo ⇒ a origem do conhecimento é exógena (externa); a ênfase está na aprendizagem, no objeto (S←O).
3) Interacionismo ⇒ a origem do conhecimento é endógeno e exógeno; a ênfase está no desenvolvimento e na aprendizagem — sujeito e objeto (S↔O).
 
Como você explica a origem do conhecimento? Depende apenas de fatores internos ao sujeito ou depende apenas dos fatores externos? “Pau que nasce torto morre torto?” ou “Diga-me com quem andas e direi quem tu és?” 
Essas correntes epistemológicas influenciaram procedimentos pedagógicos a partir de suas concepções filosóficas. 
1) Pedagogia não diretiva: o aluno é o centro de todo o
processo pedagógico (A→P).
2) Pedagogia diretiva: o professor é o centro de todo o
processo pedagógico (A←P).
3) Pedagogia relacional: não existe uma relação
polarizada; tanto o aluno quanto o professor têm
importância durante o processo pedagógico, estabelecem
uma relação de troca (A ↔ P). 
As teorias psicológicas, da mesma maneira, exerceram influência nas práticas pedagógicas e, nos séculos passados como atualmente, os procedimentos pedagógicos estão pautados em estudos realizados por psicólogos sobre a Psicologia do Desenvolvimento e Aprendizagem do aluno. 
Teorias de psicológicas:
• Abordagem tradicional
• Abordagem comportamental
• Abordagem humanista
• Abordagem psicanalítica
• Abordagem de inteligência emocional
• Abordagem das inteligências múltiplas 
Atividades recomendadas: 
1) Faça uma leitura criteriosa dos textos indicados, observando os argumentos utilizados pelo autor ao definir a origem do conhecimento na perspectiva epistemológica inatista, empirista e interacionista. Relacione com os modelos pedagógicos e as abordagens psicológicas. 
2) Levante informações por meios tradicionais ou eletrônicos sobre os casos de crianças que se perderam muito jovens de suas famílias e viveram na floresta sem o contato com os humanos na companhia de animais. Analise a origem do conhecimento dessas crianças a partir das concepções epistemológicas estudadas. 
3) Acompanhe o seguinte exemplo de exercício: 
Observe a seguir o relato dos professores e verifique qual concepção epistemológica está orientando cada um dos discursos:
I – “Acho que os alunos aprendem e conhecem através da estimulação que se dá para eles diariamente. É assim que eles conseguem dominar os conceitos. Se não há estimulação, incentivo e organização das atividades de aprendizagem os alunos não conseguem saber nada. Então, o mais importante é o professor e os recursos materiais que se utiliza”.
II – “Anastácia sempre teve dificuldade em aprender os conteúdos em sala de aula. Acredito que aqueles que não sabem não vão saber mesmo, então pouco posso fazer por Anastácia e por outros em situação semelhante”.
a) I – Empirismo e II – Construtivismo
b) I – Interacionismo e II – Inatismo
c) I – Empirismo e II – Inatismo
d) I – Construtivismo e II – Ambientalismo
e) I – Ambientalismo e II – Interacionismo
 
Resposta: A alternativa correta é a (C). O discurso do primeiro professor está orientado para uma concepção empirista do conhecimento, a inteligência é resultado das experiências, por isso valorizam-se o professor, os materiais, os programas ou instruções que irão levar o sujeito ao desenvolvimento da inteligência, a criar hábitos, rotinas e procedimentos favoráveis à aprendizagem. O discurso do segundo professor está orientado em uma visão inatista do conhecimento, em que a inteligência está pré-determinada pela herança genética e a interferência do mundo físico social é reduzida ou nula como possibilidade de levar o sujeito ao conhecimento - tudo depende somente dele ou do que possui enquanto potencial herdado. 
4) Realize os exercícios deste módulo, anotando as dúvidas que surgirem durante a resolução. Estas dúvidas devem ser motivo de novas pesquisas bibliográficas, na tentativa de saná-las. Caso elas persistam, apresente-as ao professor, nas aulas presenciais.
1-Sobre os modelos epistemológicos estudados, considere as afirmativas abaixo:
I os principais modelos epistemológicos estudados foram: empirismo, apriorismo e o construtivismo.
II o modelo epistemológico empirista considera que o aluno conhece o mundo a partir da ação sujeito-objeto.
III o modelo relacional considera que o professor ensina e o aluno aprende.
Está correto o afirmado em
A-I, II e III. B-II e III. C-I e III. D-I e II. E-I.
2-Considere as afirmativas abaixo:
I o modelo epistemológico empirista acredita que a aprendizagem do sujeito vem dos meios físico e/ou social.
II o professor não-diretivo acredita que o aluno aprende por si mesmo. Ele pode, no máximo, auxiliar na aprendizagem.
III o professor que pauta sua prática pedagógica na pedagogia relacional considera que o aluno é um sujeito que construirá seu conhecimento, se ele agir e problematizar a sua ação.
IV no modelo pedagógico diretivo, o professor afirma que o aluno só aprende se, e somente se, ele ensinar.
V a epistemologia apriorista postula que o ser humano nasce com o conhecimento já programado na sua herança genética.
Está correto o afirmado em
A -II e III. B-I, II, IV e V. C-I, II e III. D-I, II e IV. E-I, II, III, IV e V.
3-Considere a situação abaixo:
“Meus alunos dependem totalmente de mim para aprender. O que aumenta minha responsabilidade sobre o conteúdo que seleciono para que aprendam. Talvez por isso eu fique tão orgulhosa em exercer o magistério.“
O discurso acima é de uma professora de Português da 6a série e reflete uma prática pedagógica baseada em uma determinada epistemologia.
A que modelo pedagógico corresponde essa prática?
A-Pedagogia Relacional. B-Pedagogia Diretiva. C-Pedagogia Não-Diretiva.
D-Inatismo. E-Interacionismo.
4-Segundo Becker, as abordagens psicológicas podem ser classificadas a partir das epistemologias e pedagogias. 
A esse respeito, classifique as afirmativas a seguir como verdadeiras (V) ou falsas (F):
I na pedagogia relacional há uma influência da epistemologia interacionista.
II na pedagogia não-diretiva aluno e professor determinam-se mutuamente.
III na pedagogia diretiva o professor transmite o conhecimento e o aluno é considerado uma tábula rasa.
IV na epistemologia inatista o conhecimento está dentro do sujeito, portanto fatores exógenos determinam o conhecimento.
V na epistemologia empirista o conhecimento está fora do indivíduo, portanto fatores endógenos determinam o conhecimento.
VI na epistemologia interacionista o conhecimento depende tanto de fatores endógenos como exógenos. 
Assinale a alternativa com a sequência correta de afirmativas verdadeiras (V) e falsas (F).
A-V, V, V, F, F e V B-F, F, F, V, V e F C- V, V, F, F, F e V D-F, V, F, V, F e V
E-V, F, V, F, V e F
5-O ditado popular “uma laranja podre apodrece o cesto todo” caracteriza qual abordagem epistemológica?
A-Empirismo. B-Racionalismo. C-Inatismo. D-Construtivismo. E-Interacionismo.
6-Leiaa seguinte situação:
Fábio tem 6 anos, está no 1º ano do Ensino Fundamental e tem apresentado dificuldade na aprendizagem de leitura e escrita. Você como orientador educacional foi chamado para compreender o que ocorre com Fábio. Ao chamar os pais para conversar, a mãe diz que o problema todo de Fábio é a professora: “ele não gosta dela, ela grita em sala de aula, acreditando que assim pode fazer com que os alunos aprendam”. Em sua vez, o pai: “Eu acho que ele é igual a mim, precisa amadurecer um pouco, eu também fui mal na escola, é de família e acho que meu filho mais novo vai pelo mesmo caminho”. Já a professora afirma que: “Estou preocupada com Fábio, por isso estou procurando respeitar as características de seu desenvolvimento e oferecendo boas situações de aprendizagem, e acredito que logo irá superar as dificuldades e construir conhecimento”. 
A visão da professora de Fábio pode ser considerada a partir de uma abordagem pedagógica 
A-diretiva de ensino. B-não diretiva de ensino. C-inatista. D-relacional. E-construtivista.
7-Sobre às três diferentes formas de compreender a inteligência humana e sua evolução: inatismo/apriorismo, empirismo e interacionismo/construtivismo, assinale a afirmativa correta:
A-em uma visão construtivista da inteligência, o professor busca criar um ambiente favorável, que estimule o que é positivo, e afasta ou pune o que é negativo à aprendizagem. 
B-no interacionismo a inteligência é concebida como uma capacidade, domínio ou vocação, independente dos esforços ou ensinamentos recebidos, e que se manifesta através da atividade do sujeito sobre os objetos. 
C-no inatismo, a inteligência independe da história do sujeito, que é tomado na condição passiva e subordinado aos ditames da pré-formação ou herança genética. 
D-para uma concepção empirista, a inteligência trabalha em favor do progresso do sujeito, do aperfeiçoamento, e da busca pelo melhor possível a cada situação. A inteligência necessita manter, conservar, a organização do todo, porém possibilitando suas transformações.
E-uma avaliação baseada em princípios construtivistas é cumulativa e certificadora, buscando verificar o nível de aprendizado assimilado pelos sujeitos (no caso, os alunos).
8-Ao analisar o construtivismo interacionista uma das questões mais debatidas diz respeito à relação entre hereditariedade e inteligência.
Assinale a afirmativa que expressa com mais exatidão essa relação para os construtivistas:
A-o indivíduo herda uma série de estruturas biológicas que o predispõem ao surgimento de certas estruturas mentais. Então, o que herdamos não é a inteligência, mas um organismo que amadurece com o contato com o meio ambiente.
B-a maturação do organismo contribui para o aparecimento de novas estruturas mentais. Portanto, a inteligência é inata e não fruto do meio.
C -a influência dos ambientes físico e social na estruturação da inteligência deixa clara a ideia de que o meio externo é o determinante em sua formação.
D-o fator hereditário é determinante no desenvolvimento cognitivo, sendo inclusive capaz de superar eventuais falhas decorrentes de uma pobre estimulação. 
E-o ambiente social é determinante no desenvolvimento da inteligência, o que relega a segundo plano o valor da hereditariedade.
Você já respondeu e acertou esse exercício. 
A resposta correta é: A.
Módulo 2 
ABORDAGEM TRADICIONAL 
Leitura Obrigatória: 
MIZUKAMI, Maria da Graça. Ensino: as abordagens do processo. São Paulo: EPU, 1986. (Temas básicos de educação e ensino). Capítulo 1 pág. 07 a 18. 
Leitura para Aprofundamento: Acesso em: 12/12/2011.
BECKER, Fernando. Modelos pedagógicos e modelos epistemológicos. Disponível em: http://www.marcelo.sabbatini.com/wp-content/uploads/downloads/2011/09/becker-epistemologias.pdf 
Não podemos falar em uma teoria claramente explicitada que tenha originado a abordagem tradicional, mas em diversas tendências, concepções e práticas educativas aplicadas em um contexto escolar, que foram transmitidas durante o tempo e persistiram, fornecendo um referencial para o que se denomina ensino tradicional. 
Segundo Georges Snyders, o ensino tradicional é o ensino verdadeiro, pois conduz o aluno ao contato com a literatura, as artes, os raciocínios e as demonstrações, por meio de métodos mais seguros. Há uma grande valorização dos modelos e do professor como elemento imprescindível na transmissão dos conteúdos. 
O ensino está centrado no professor, considerado um adulto pronto e acabado, sendo o aluno um “adulto em miniatura”, sujeito inacabado que precisa ser preparado em todos os níveis, não levando em consideração seu interesse ou vontade. Portanto, o ensino volta-se para o que é externo ao aluno: os programas, as disciplinas, o professor; e o aluno é aquele que escuta as informações transmitidas pela autoridade exterior.
Nessa concepção, o homem é considerado uma ”tabula rasa”, um receptor passivo, inserido em um mundo com informações que irá conhecer através de um ensino formal e verbalista, caracterizado pela transmissão e repetição de conteúdos, visando ao acúmulo e armazenamento dessas informações. 
As autoridades detentoras do conhecimento são a família, a escola e a igreja, e a função destas é a perpetuação de seus espaços de domínio. Para isso, há uma decomposição do conhecimento a fim de simplificá-lo ao ser transmitido ao aluno, visando mais à dedução do que a um raciocínio crítico. 
O caráter cumulativo do conhecimento humano é adquirido por meio da transmissão, atribuindo-se ao aluno um papel insignificante na elaboração e aquisição do saber. Cabe-lhe apenas memorizar definições, enunciados, resumos que são oferecidos em um ensino verbalista e formal (verbalismo do professor e memorização do aluno). 
Em outras palavras, a educação é caracterizada pela instrução e transmissão do conhecimento, restrita à escola e ao professor, em tarefas de aprendizagem quase sempre padronizadas. A educação é vista como produto, uma vez que tudo está estabelecido a priori, não havendo ênfase no processo de aprendizagem e desenvolvimento do aluno. Os programas mantêm a estrutura de uma educação formal, e a reprovação do aluno é considerada necessária quando o mínino cultural esperado não foi atingido, e o instrumento que irá validar isso serão as provas e exames que ocorrem no final de cada etapa do processo. Ocorrendo a aprovação, o aluno é promovido nas séries escolares e, no final do processo, recebe o diploma e título, sendo estes os instrumentos de hierarquização dos indivíduos no contexto social. 
A educação, nessa perspectiva, entende o processo educacional como individualista, não possibilitando situações de pesquisas e trabalhos coletivos. A cooperação entre pares é reduzida, pois a ênfase está na participação individual. Ignoram-se as diferenças individuais. Nesse sentido, a preocupação está na quantidade de informação armazenada e não na formação do pensamento reflexivo e do potencial criativo. 
O tipo de relação social estabelecida na escola é vertical — o professor é a autoridade intelectual e moral (dono do saber), e o aluno, o “copo vazio” que será preenchido com os conhecimentos escolhidos e determinados pela escola, transmitidos verbalmente e cobrados por meio de provas em que o critério é a repetição automática das informações transmitidas. 
Assim sendo, o professor detém o poder decisório quanto à metodologia, ao conteúdo, à avaliação, à forma de interação na sala de aula etc. Ele utiliza o método expositivo e já traz o conteúdo pronto para a aula, cabendo ao aluno escutá-lo, memorizá-lo de modo passivo e realizar posteriormente, sozinho, os exercícios de fixação. Por isso o enfoque está na aprendizagem. 
No entanto, cabe lembrar que o professor também estabelece uma relação de igual hierarquia com a instituição escolar e social: obedece às regras e cumpre um papel preestabelecido. Existe um ciclo vicioso de manutenção do sistema. Uma das conseqüências do ensino tradicional, que visa apenas à aquisição de informações por meio de transmissões oraise cópia de modelos, é a formação de alunos com reações estereotipadas e automatizadas, que somente conseguem aplicar o que aprenderam em modelos idênticos aos aprendidos, levando a uma compreensão parcial dos fenômenos. 
Atividades recomendadas: 
1) Faça uma leitura criteriosa dos textos indicados, observando os argumentos utilizados pelos autores para definir a Abordagem Tradicional. Aproveite essas leituras para fazer um glossário com os principais conceitos que definem as concepções do desenvolvimento e da aprendizagem nesta perspectiva. 
2) Levante informações por meios tradicionais ou eletrônicos sobre as escolas que utilizam a Abordagem Tradicional ao fundamentar seu Projeto Pedagógico. Faça uma crítica sobre as vantagens e desvantagens de tal método. 
3) Acompanhe o seguinte exemplo de exercício: 
Segundo a abordagem tradicional a relação professor-aluno é defina como sendo: 
a) Vertical, sendo que um dos pólos (o professor) detém o poder decisório quanto à metodologia, o conteúdo, a avaliação e até mesmo os meios coletivos de expressão.
b) Dialógica, onde o aluno e professor se interagem no processo de ensino-aprendizagem.
c) Relacional, onde o aluno é o centro de todo o processo e o professor é um mero expectador.
d) Mediatizada no processo de ensino-aprendizagem numa perspectiva humanizadora, de troca com o aluno.
e) Horizontal, onde aluno e professor estabelecem uma construção mútua de conhecimentos. 
Resposta: A alternativa correta é a (A). Segundo a abordagem tradicional a relação professor-aluno é defina como sendo vertical, sendo que um dos pólos (o professor) detém o poder decisório quanto à metodologia, o conteúdo, a avaliação e até mesmo os meios coletivos de expressão. 
4) Realize os exercícios deste módulo, anotando as dúvidas que surgirem durante a resolução. Estas dúvidas devem ser motivo de novas pesquisas bibliográficas, na tentativa de saná-las. Caso elas persistam, apresente-as ao professor, nas aulas presenciais.
1-Considere a situação a seguir:
Você está em um aniversário em família e se aproxima uma amiga de sua mãe que sabe que você está estudando "Psicologia do Desenvolvimento e Teorias da Aprendizagem" e lhe conta que é professora e que está tendo muitos problemas com seus alunos. São muito lentos, desatentos e que não aguenta mais, pois não vão aprender mesmo, são muito fracos e estão sem base alguma.
Analisando a fala da professora, você pode afirmar que segundo a abordagem tradicional 
A-é necessário investir no caráter cumulativo do conhecimento humano, adquirido pelo aluno por meio da transmissão, atribuindo-se a este um papel insignificante na elaboração e aquisição do saber. 
B-o professor pode organizar contingências de reforço que possibilitem a aprendizagem do aluno. 
C-o professor tem por sua experiência prática que alguns alunos não conseguem acompanhar as aulas; portanto, não há muito o que fazer. 
D-o professor deve analisar se a relação professor-aluno não está sendo permeada por expectativas do professor em relação aos seus alunos, ao investir seu trabalho naqueles que correspondem ao modelo ideal de aluno.
E-somente medidas punitivas irão resolver os problemas dos alunos em relação à aprendizagem e diferença entre os colegas.
2-Um professor, ao utilizar a abordagem tradicional em suas aulas, está buscando
A-transmitir conhecimento, utilizando para isso a fixação de conteúdos em ambiente austero.
B-promover a dialogicidade para reflexão de conflitos.
C-romover mudanças no indivíduo, desejáveis e permanentes, que impliquem na aquisição e modificação de comportamentos.
D-trabalhar o aluno para que desenvolva um self adequado.
E-encontrar equilíbrio entre proibição e permissão.
Você já respondeu e acertou esse exercício. 
A resposta correta é: A.
3-Na abordagem tradicional a avaliação consiste em se constatar se o aluno aprendeu e atingiu os objetivos propostos quando o programa foi conduzido até o final de forma adequada. 
O representante desta abordagem é
A-Piaget. B-Synders. C-Skinner. D-Rogers. E-Freud.
4-Na abordagem tradicional a avaliação consiste em se constatar se o aluno aprendeu e atingiu os objetivos propostos quando o programa foi conduzido até o final de forma adequada. 
O representante desta abordagem é
A-Piaget. B-Synders. C-Skinner. D-Rogers. E -Freud.
5-Leia atentamente o excerto abaixo.
O caráter cumulativo do conhecimento humano é adquirido por meio da transmissão, atribuindo-se ao aluno um papel insignificante na elaboração e aquisição do saber. Cabe-lhe apenas memorizar definições, enunciados, resumos que são oferecidos através de um ensino verbalista e formal (caracterizado pelo verbalismo do professor e pela memorização do aluno).
Esta descrição refere-se a qual abordagem de ensino? 
A-Comportamental. B-Tradicional. C-Humanista. D-Construtivista. E-Interacionista.
6-Na abordagem tradicional a prática educativa dá ênfase aos modelos, ao professor e ao especialista; portanto, o ensino é centrado no professor, sendo o aluno o executor daquilo que lhe é ordenado, segundo Mizukami (1986). 
Sabe-se também que essa abordagem tem como característica uma prática educativa
A-pautada em estudos empíricos.
B-centrada no professor.
C -fundamentada em inúmeros estudos e pesquisas.
D -transmitida, através dos anos, do aluno ao professor.
E -que privilegia sentimentos e emoções.
7-Fernando Becker (2001) apresenta três modelos pedagógicos que derivam de concepções epistemológicas diferentes. 
Nesse contexto, a pedagogia diretiva está relacionada a qual abordagem psicológica?
A-Tradicional. B-Humanista. C -Construtivista. D-Interacionista. E-Existencialista.
8-A teoria de _________ pressupõe uma relação vertical: centrada no professor, com o ensino voltado para o que é externo ao aluno. Para que o processo educacional seja real, é necessário que o educador seja considerado o dono do conhecimento e use a transmissão do saber, ou seja, a verbalização formal para que o aluno possa memorizar e aprender. O professor engajado nesta prática valoriza a obediência e o acúmulo das informações como forma de aprendizagem do aluno.
Assinale a alternativa que preenche corretamente a lacuna do texto.
A-Émile Chartier Alain. B-Paulo Freire. C -Burrhus Skinner. D-Jean Piaget. E-Sigmund Freud.
Módulo 3 
ABORDAGEM COMPORTAMENTAL 
Leitura Obrigatória:
MIZUKAMI, Maria da Graça. Ensino: as abordagens do processo. São Paulo: EPU, 1986. (Temas básicos de educação e ensino). Capítulo 2 pág. 19 a 36. 
Leitura para Aprofundamento:
BECKER, Fernando. Modelos pedagógicos e modelos epistemológicos. Disponível em: http://www.marcelo.sabbatini.com/wp-content/uploads/downloads/2011/09/becker-epistemologias.pdf Acesso em: 12/12/2011. 
Nessa abordagem, o conhecimento é uma cópia da realidade exterior, e a apropriação do mesmo se dá a partir da experiência ou experimentação planejada e das contingências reforçadoras do meio. 
Burrhus Frederic Skinner (1904-1990), psicólogo americano, pode ser considerado o representante, dos mais difundidos no Brasil, da psicologia comportamental ou behaviorista. De acordo com esse autor, o comportamento humano é modelado e reforçado a partir da recompensa, controle e planejamento cuidadoso das contingências de aprendizagem. A modelagem do comportamento humano ocorre a partir da manipulação de reforços, desprezando-se qualquer fator não observável.
Unidade I
Dessa maneira, o homem é uma conseqüência das influências ou forças existentes no meio ambiente, e o propósito dessa abordagem é transferir o controle ambiental para o próprio sujeito, tornando a pessoa autocontrolável ou auto-suficiente. Caso contrário, o sujeito será controlado pelo meio. 
Sua proposta é a organização de um planejamento social e cultural levando à sua modificação de acordo com objetivos prévios e, com isso, chegar a uma sociedade ideal. Nesse sentido, o meio e o comportamento podem ser manipulados e modificados de acordo com um objetivo prévio. 
A isso Skinner denominou contingências de reforço: análiseda ocasião em que a resposta ocorreu, a própria resposta e as conseqüências reforçadoras. O indivíduo tem um papel passivo e respondente ao que é esperado dele, é uma peça numa máquina planejada e controlada, desempenhando uma função que, espera-se, seja realizada de maneira eficiente. 
A preocupação, portanto, é em relação ao controle do comportamento observável, e o conhecimento é resultado da experiência. A educação tem a função de possibilitar o controle do comportamento, a experimentação e a transmissão cultural. 
Dessa forma, o sistema educacional (ou agência escolar) tem como objetivo principal favorecer situações de mudanças desejáveis e permanentes nos indivíduos, implicando modificações de comportamentos indesejáveis como aquisição de novos comportamentos. É, portanto, a escola que seleciona, instala e controla os comportamentos e que atende aos objetivos daqueles que lhe conferem o poder (governo, política, economia, família, religião etc.). O conteúdo pessoal é o conteúdo socialmente aceito e cabe à escola tal formação.
O livro do Skinner intitulado Walden II (1948) apresenta os princípios e realizações da “engenharia comportamental e cultural” propostos pelo autor. Essa obra retrata uma sociedade ideal, regida pelas leis da engenharia comportamental. Vale a pena ser lido
para maior compreensão da teoria. 
Assim, ensinar em uma perspectiva comportamental consisteem um arranjo e planejamento de contingências de reforçosob os quais o aluno aprende, cabendo ao professor garantira aquisição do comportamento desejado, de acordo com umcentro decisório. 
Esses comportamentos desejados são instalados e mantidos (controlados) por condicionantes e reforçadores (teoria do reforço): elogios, prêmios, graus, notas, reconhecimento dos mestres e colegas, o diploma, as vantagens futuras na profissão, aprovação no final do curso, possibilidade de ascensão social, monetária, status, prestígio na profissão etc. Skinner critica a escola que utiliza o controle aversivo, porque, embora possibilite maior controle, não leva à aprendizagem efetiva. 
Cabe ao professor planejar e desenvolver um sistema de ensino-aprendizagem que possibilite maximização do desempenho do aluno com economia de tempo, esforços e custos. O professor é considerado um planejador e um analista de contingências, sendo chamado de engenheiro comportamental. 
De acordo com Mizukami (1986), o professor utiliza uma tecnologia educacional baseada em uma individualização do ensino ou instrução individualizada. 
Instrução programada
1. Especificação de objetivos;
2. Envolvimento do aluno;
3. Controle de contingências, feedback constante que forneça elementos que especifiquem o domínio de uma determinada habilidade;
4. Apresentação do material em pequenos passos;
5. Respeito ao ritmo individual de cada aluno. 
Assim como a abordagem tradicional, a abordagem comportamental tem uma orientação empirista, a ênfase está no produto final, na influência do meio, no que será aprendido e no que será transmitido às novas gerações. 
Atividades recomendadas: 
1) Faça uma leitura criteriosa dos textos indicados, observando os argumentos utilizados pelos autores para definir a Abordagem Comportamental. Aproveite essas leituras para fazer um glossário com os principais conceitos que definem as concepções do desenvolvimento e da aprendizagem nesta perspectiva. 
2) Levante informações por meios tradicionais ou eletrônicos sobre as escolas que utilizam a Abordagem Comportamental ao fundamentar seu Projeto Pedagógico. Faça uma crítica sobre as vantagens e desvantagens de tal método.
3) Assista ao Laranja Mecânica (AClockwork Orange), 138 min, Direção Stanley Kubrick, Inglaterra, 1971. Faça uma reflexão sobre a aprendizagem comportamental e as conseqüências no desenvolvimento psicológico do sujeito. 
4) Realize os exercícios deste módulo, anotando as dúvidas que surgirem durante a resolução. Estas dúvidas devem ser motivo de novas pesquisas bibliográficas, na tentativa de saná-las. Caso elas persistam, apresente-as ao professor, nas aulas presenciais.
1-Na abordagem comportamental os comportamentos desejados são instalados e mantidos (controlados) por condicionantes e reforçadores (teoria do reforço): elogios, prêmios, graus, notas, etc. Cabe ao professor planejar e desenvolver um sistema de ensino-aprendizagem que possibilite maximização do desempenho do aluno com economia de tempo, esforços e custos. O professor é considerado um planejador e um analista de contingências, sendo chamado de engenheiro comportamental.
 O representante desta abordagem é: (assinale a correta) 
A-Skinner B-Rogers C-Snyders D-Freud E-Piaget
2-A abordagem fundamentada na concepção empirista, na qual a experiência é a base do conhecimento, a partir do qual é possível exercer controle sobre os eventos é chamada de comportamentalista. Esta abordagem tem como seu principal representante:
Assinale a alternativa correta:
A-C. Rogers B-L. S. Vygotsky C-B. F. Skinner D-A. Neill E-S. Freud
3-Um aspecto muito importante na abordagem comportamentalista é considerar as contingências de reforço na realização de um planejamento que visa uma aprendizagem eficaz.
Nesta abordagem, contingências de reforço são entendidas como:
Assinale a correta:
A-Ocasião na qual a resposta ocorreu; a própria resposta; consequências reforçadoras.
B -Relação professor-aluno; aluno-conhecimento; conhecimento-professor.
C -Planejamento; objetivo da aprendizagem; aluno.
D -Programação; organização; planejamento.
E -Sociedade-cultura; conhecimento; educação.
4-Nas diferentes abordagens de ensino os conceitos sobre aluno, professor, mundo, sociedade, escola, etc., sofrem modificações de acordo com os princípios que as sustentam.
Na abordagem comportamentalista, por exemplo, o professor é aquele que:
Assinale a correta.
A -Atua como um facilitador das aprendizagens.
B-Aprende a analisar padrões de comportamento para ganhar controle sobre eles e modificá-los, quando necessário.
C-Promove discussões e reflexões sobre os conceitos a serem aprendidos.
D-Interfere o mínimo possível no processo de aprendizagem, pois entende que o aluno já nasce com uma bagagem genética que determina suas possibilidades de aprender.
E-Realiza intervenções que auxiliam o aluno a desenvolver-se de forma integrada, como pessoa, ou seja, considera seus aspectos cognitivos, afetivos, sociais, etc.
5-Skinner define contingências como uma relação de dependência entre eventos ambientes ou entre eventos comportamentais ambientais. Esse termo é empregado, na análise do comportamento, como termo técnico para enfatizar como a probabilidade de um evento pode ser afetada ou causada por outros eventos. Assim podemos considerar como contingência:
Assinale a alternativa correta:
A-"Choveu quando abri a porta”
B-"O taxi parou no ponto assim que minha mãe chegou"
C-"Sempre que digito no computador do meu irmão, os trabalhos dão certo”
D-“Juliana usa o mesmo guarda-chuva para ir trabalhar, porque diz fazer a chuva diminuir”. 
E-"A companhia de Luz e Força está chamando candidatos às vagas disponíveis, inscritos no último concurso."
6-Leia a afirmativa abaixo e responda a questão:
Skinner critica a escola que utiliza o controle aversivo, porque, embora possibilite maior controle, não leva à aprendizagem efetiva.
Esta afirmativa está certa ou errada? Por que? Assinale a alternativa correta:
A-Errada. Para Skinner a punição pode ser um meio de aprendizagem ao aluno, desde que não paralise as ações do sujeito.
B-Errada. Segundo Skinner é por meio de estimulos aversivos que o aluno pode apropriar-se de informações que irão controlar seu comportamento em direção de uma aprendizagem significativa.
C-Certa. Skinner critica a escola que utiliza o controle aversivo, porque embora possibilite maior controle, não leva a aprendizagem efetiva.
D-Certa. Para Skinner será a partir de relações de respeito mútulo que irá ocorrer a aprendizagem efetiva.
E-Errada. Segundo Skinner a preocupação é em relação ao controle do comportamentoobservável e o conhecimento é resultado da experiência. A educação tem a função de possibilitar o controle do comportamento, a experimentação e a transmissão cultural.
 7-Leia a situação abaixo e responda à questão:
Você está em um aniversário em família e se aproxima uma amiga e te conta que é professora e que está tendo muitos problemas com seus alunos. São muito lentos, desatentos e que não agüenta mais, pois não vão aprender mesmo, são muito fracos e estão sem base alguma. 
De acordo com a situação acima podemos afirmar que: (assinala a correta).
 
A-Segundo a teoria Behaviorista é necessário verificar se os procedimentos de avaliação do professor possibilitam a análise emocional do aluno e o quanto sua relação empática com ele pode estar interferindo. 
B-Segundo a teoria Behaviorista o professor pode organizar contingências de reforço que possibilitem a aprendizagem do aluno.
C -Segundo a teoria Behaviorista, o professor tem em sua prática, momentos em que alguns alunos não conseguem acompanhar as aulas, portanto, não há muito que fazer.
D-Segundo a teoria Behaviorista, o professor deve analisar se a relação professor-aluno não está sendo permeada por expectativas do professor, em relação aos seus alunos, ao investir seu trabalho naqueles que correspondem ao modelo ideal de aluno. 
E-Segundo a teoria Behaviorista somente medidas punitivas irão resolver os problemas do aluno em relação à aprendizagem e diferença entre os colegas.
8-Poucos temas ocuparam Skinner tão freqüente e insistentemente quanto o estudo sobre a punição e o uso da estimulação aversiva em geral. (...) Sem nem mesmo levar em conta aspectos éticos, há argumentos básicos para que esse procedimento não seja utilizado na sala de aula pelo professor.
Assinale a alternativa que melhor apresenta as idéias de Skinner sobre a punição é:
A-A punição pode ser utilizada de vez em quando, pois isso não irá trazer prejuízos ao aluno. 
B-A punição elimina o comportamento indesejável e ensina o que é necessário. 
C-A punição pode produzir efeitos colaterais indesejáveis. 
D-O uso da punição auxilia mais o aluno do que o professor, por isso deve ser utilizado. 
E-A punição é um elemento fundamental no condicionamento, pois a partir dele que se pode controlar o comportamento do aluno e facilitar a aprendizagem.
Módulo 4
ABORDAGEM HUMANISTA 
Leitura Obrigatória:
MIZUKAMI, Maria da Graça. Ensino: as abordagens do processo. São Paulo: EPU, 1986. (Temas básicos de educação e ensino). Capítulo 3 pág. 37 a 57.
Leitura para Aprofundamento:
BECKER, Fernando. Modelos pedagógicos e modelos epistemológicos. Disponível em: http://www.marcelo.sabbatini.com/wp-content/uploads/downloads/2011/09/becker-epistemologias.pdf Acesso em: 12/12/2011. 
Os teóricos mais representativos da abordagem humanista são Alexander Neill (educador inglês) e Carl Rogers (psicólogo americano).
 
Certa vez, Neill declarou: “Gostaria antes ver a escola produzir um varredor de ruas feliz do que um erudito neurótico”. 
De acordo com Mizukami (1986), na abordagem humanista, a ênfase está nas relações interpessoais, no ensino centrado no aluno, no desenvolvimento da personalidade do indivíduo, em seus processos de construção e organização pessoal da realidade, e em sua capacidade de atuar como uma pessoa integrada. Há a preocupação com a vida psicológica e emocional do indivíduo, com a sua orientação interna, com o autoconceito, com o desenvolvimento de uma visão autêntica de si mesmo, orientada para a realidade individual e grupal. 
Nessa perspectiva, o professor não transmite conteúdo, não ensina nos moldes tradicionais, apenas cria condições para que os alunos aprendam, especialmente através das próprias experiências dos alunos, sendo um facilitador da aprendizagem. 
O indivíduo, nesse sentido, não é determinado por modelos prontos, não é resultado, cria-se a si próprio, tem liberdade e se apresenta como um projeto permanente e inacabado. Encontra-se em processo de “vir a ser”.
Unidade II
Carl Rogers, formado em História e Psicologia, aplicou à Educação princípios da Psicologia Clínica, foi psicoterapeuta por mais de 30 anos. É considerado um representante da corrente humanista, não diretiva, em educação. Sua proposta é identificada como representativa da psicologia humanista, denominada terceira força em psicologia. Concebe o ser humano como fundamentalmente bom e curioso, mas que precisa de ajuda para evoluir. Eis a razão da necessidade de técnicas de intervenção facilitadoras. 
Por aprendizagem significativa entendo uma aprendizagem que é mais do que uma acumulação de fatos. É uma aprendizagem que provoca uma modificação, quer seja no comportamento do indivíduo, na orientação futura que escolhe ou nas suas atitudes e personalidade. É uma aprendizagem penetrante, que não se limita a um aumento de conhecimentos, mas que penetra profundamente todas as parcelas da sua existência (Rogers, 1980). 
De acordo com Rogers, o homem é arquiteto de si mesmo, consciente de sua incompletude interior e exterior, um ser em transformação e um agente transformador da realidade. A ênfase está no processo e não nos estados finais de ser, por isso ele não aceita um projeto de planificação social, o controle e a manipulação das pessoas. O importante é a qualidade de
relacionamento interpessoal, que irá possibilitar aos indivíduos a autorrealização. 
Desse modo, a experiência pessoal e subjetiva é a base para a construção do conhecimento, no processo de “vir a ser” da pessoa. 
A educação tem como finalidade a criação de condições para que isso ocorra. As condições que facilitam a aprendizagem significativa do aluno devem possibilitar a autoaprendizagem tanto intelectual quanto emocional. O aluno deve ser capaz de tomar iniciativa, ter responsabilidade, autodeterminação, discernimento, aplicar os conhecimentos construídos, adaptar-se às novas situações e problemas, colaborar com os outros sem deixar de ser ele mesmo. Assim, educação é tudo aquilo que envolve o crescimento pessoal, interpessoal e intergrupal, por meio da autodescoberta. 
Nesse sentido, a educação está pautada em um ensino não diretivo do professor que irá possibilitar uma aprendizagem significativa do aluno. O professor precisa ter um self adequado, desenvolver formas fidedignas de percepção de si mesmo e dos outros e habilidade de ensinar conteúdos, quando isso for necessário. É sua função ser facilitador da aprendizagem do aluno, e para isso é preciso desenvolver três qualidades especiais: 
Condições facilitadoras da aprendizagem
1. Congruência — autenticidade, honestidade com o aluno;
2. Empatia — a habilidade para sentir na perspectiva do aluno;
3. Respeito — aceitação e consideração positiva incondicional do aluno. 
Portanto, o diretivismo no ensino, característico nas abordagens tradicional e comportamental, é substituído pelo não diretivismo: as relações verticais e impostas, por relações “eu-tu” e nunca “eu-isto”; as avaliações de acordo com padrões pré-fixados, pela autoavaliação dos alunos
(Mizukami, 1986). 
Mesmo que Carl Rogers não tenha sido o mais importante psicólogo do seu tempo, não há dúvida de que sua pessoa e obra marcaram de maneira indelével não só a psicologia como também a pedagogia de qualquer escola. 
Atividades recomendadas: 
1) Faça uma leitura criteriosa dos textos indicados, observando os argumentos utilizados pelos autores para definir a Abordagem Humanista. Aproveite essas leituras para fazer um glossário com os principais conceitos que definem as concepções do desenvolvimento e da aprendizagem nesta perspectiva. 
2) Levante informações por meios tradicionais ou eletrônicos sobre as escolas que utilizam a Abordagem Humanista ao fundamentar seu trabalho pedagógico, por exemplo, Escola da Ponte e Escola de Reggio Emilia. No site da Summerhill School (www.summerhillschool.co.uk) você encontra textos sobre a pedagogia de Neill e fotos atuais e antigas da escola. Faça uma crítica sobre as vantagens e desvantagens desta abordagem. 
3) Assista ao filme Sociedadedos Poetas Mortos (Dead Poets Society), 129 min, Direção Peter Weir, EUA, 1989. Faça uma reflexão sobre as conseqüências no desenvolvimento psicológico do sujeito a partir de uma aprendizagem humanista. 
4) Realize os exercícios deste módulo, anotando as dúvidas que surgirem durante a resolução. Estas dúvidas devem ser motivo de novas pesquisas bibliográficas, na tentativa de saná-las. Caso elas persistam, apresente-as ao professor, nas aulas presenciais.
 
1-A. Neill e Carl Rogers são considerados por Mizukami como representante de qual abordagem?
A -Comportamentalista B-Tradicional C-Humanista D-Construtivista E-Interacionista
2-Em uma Abordagem Humanista é esperado que o professor apresente a seguinte conduta em relação aos seus alunos:
Assinale a correta:
A-Ouvi-los atentamente, colocando-se no lugar do outro e da sua dificuldade, mostrando-se disponível para que juntos possam pensar sobre possibilidades de trabalho conjunto. Trabalhar o respeito às diferenças entre os alunos e junto com o mesmo, refletir, dialogar através de uma avaliação reflexiva e crítica sobre os respectivos papéis e posturas de cada um em sala de aula. 
B-Intervir oferecendo reforço positivo e nunca situações em que hajam punições. 
C-É função do professor ajudar os alunos em suas dificuldades, realizando um trabalho psicoterápico e individual de resgate da auto-estima de ambos para melhoria da relação pedagógica. 
D-Organizar uma reunião com os pais dos alunos e conversar sobre as crianças, seus comportamentos em casa e orientá-los sobre procedimentos educacionais que resgatem a autoconfiança da criança.
E-O professor deve tomar medidas enérgicas, pois os alunos precisam entender as regras para que possam usufruir de uma aprendizagem significativa.
3- Para _________ o professor acredita na capacidade do aluno pensar e aprender por si mesmo, considera-se um facilitador, pois partilha com os alunos, pais e membros da comunidade a responsabilidade pelo processo de conhecimento e fornece recursos para uma aprendizagem significativa.
Preenche corretamente a lacuna acima a opção: 
Assinale a correta: 
A-Snyders B-Skinner C-Freud D-Piaget E-Rogers
4-Carl Rogers é considerado o representante da abordagem humanista. Esta abordagem enfatiza as relações interpessoais e o desenvolvimento da personalidade do indivíduo como pessoa integrada.
A abordagem humanista defende que o ensino seja: 
Assinale a alternativa correta:
A - pautado na transmissão cultural. B - fundamentado num planejamento rigoroso.
C- realizado a partir da utilização de estratégias de reforçamento.
D-centrado no aluno. E- considerado válido apenas nos espaços escolares.
5-Rogers concebe o ser humano como fundamentalmente bom e curioso, que, porém, precisa de ajuda para poder desenvolver-se. Eis a razão da necessidade de técnicas de intervenção. 
Considerando-se esta premissa da abordagem humanista, no ensino o professor é considerado como: 
Assinale a alternativa correta:
A- detentor do conhecimento. B- especialista em planejamento. 
C- controlador de comportamentos. D-avaliador dos conceitos aprendidos.
E-facilitador das aprendizagens.
6-Como facilitador da aprendizagem do aluno, o professor precisa ter certas qualidades pessoais a fim de transformar a relação pedagógica em uma relação produtiva e isenta de ameaças externas.
Assinale a alternativa abaixo que indica uma dessas qualidades: 
A-aprendizagem significativa B-professor facilitador C-empatia D-humanista 
E-preparador emocional
7-Leia o texto abaixo e responda a questão:
O professor acredita na capacidade do aluno pensar e aprender por si mesmo, considera-se um facilitador da aprendizagem, pois partilha com os alunos, pais e membros da comunidade a responsabilidade pelo processo de conhecimento e fornece recursos para uma aprendizagem significativa. 
A qual teórico corresponde à afirmação do texto acima? (assinala a correta).
A-Gardner B-Rogers C-Skinner D-Freud E-Goleman
8-Leia a afirmação a seguir do psicólogo americano Carl Rogers e responda à questão:
Por aprendizagem significativa entendo uma aprendizagem que é mais do que uma acumulação de fatos. É uma aprendizagem que provoca uma modificação, quer seja no comportamento do indivíduo, na orientação futura que escolhe ou nas suas atitudes e personalidade. É uma aprendizagem penetrante, que não se limita a um aumento de conhecimentos, mas que penetra profundamente todas as parcelas da sua existência. 
Dessa forma, podemos afirmar que para esse autor os procedimentos pedagógicos devem estar pautados na seguinte afirmação: (assinala a correta). 
A -pressupõe que o professor dirija o estudante às suas próprias experiências, para que, a partir delas, o aluno se autodirija.
B -pressupõe que o conteúdo deva ser privilegiado pelo professor, mais do que o próprio conhecimento a ser aprendido.
C-pressupõe que o professor como facilitador dirija todo o processo de ensino e aprendizagem.
 
D -pressupõe que o aluno é uma tabula rasa e que o conhecimento necessariamente depende da interferência do professor.
E-pressupõe que o professor cria o ambiente facilitador quando ensina por meio do verbalismo e da imposição de sua autoridade.
Maio, prova dia 24/05
Módulo 5
 
ABORDAGEM PSICANALÍTICA
 
Leitura Obrigatória:
KUPFER, M C. A. Freud e a Educação. O mestre do impossível.3ª ed.São Paulo, Scipione, 1995.
 
Leitura para Aprofundamento:
RAPPAPORT, Clara Regina; FIORI, Wagner Rocha; DAVIS, Claudia. 8ª ed. Psicologia do Desenvolvimento. Teorias do desenvolvimento. Vol. 1. São Paulo: EPU, 1981. (Cap. Modelo Psicanalítico).
 
Sigmund Freud (1856-1939)
é considerado o pai da psicanálise, teoria que estuda o funcionamento e a estrutura da personalidade, utilizando para isso uma técnica psicoterapêutica específica.
Ao longo de seus estudos, Freud investigou os processos mentais, utilizando a técnica psicanalítica para o tratamento de distúrbios neuróticos. Apresenta uma teoria do desenvolvimento psicológico que está dividida em cinco fases psicossexuais: oral, anal, fálica, latência, genital. Nesse texto, não serão enfocados esses estágios, mas sim as ideias de Freud sobre a aprendizagem, ou seja, os processos que levam a criança ao conhecimento.
 
De acordo com Kupfer (1989), embora Freud não tenha escrito um volume específico sobre a educação, esse tema permeou toda a sua obra, uma vez que, para ele, o funcionamento psíquico pode ser fruto direto das influências educativas recebidas pelo indivíduo. Dessa forma, para a autora, as ideias de Freud sobre educação têm conexão com seus conceitos para compor a teoria psicanalítica.
 
Em suas afirmações, Freud nos apresenta os limites da ação pedagógica entre proibir e permitir que o aluno realize de seus desejos, em função da complexidade da psique humana, dos muitos obstáculos interiores ao processo de amadurecimento, do conflito entre o desejo individual e as exigências da vida em comunidade. Além disso, a criança dispõe de pouco mais de anos para se apropriar dos resultados de milhares de anos de evolução da cultura humana (Kupfer, 1986).
 
De acordo com Kupfer (1986), sobre a aprendizagem propriamente dita, Freud não tem escritos específicos, mas gostava de pensar nos determinantes psíquicos que levam alguém a ser um “desejante de saber”, como os cientistas e as crianças pequenas. Em outras palavras, estudar esse tema em uma perspectiva freudiana significa entender o processo ou a razão pela qual um sujeito se sente motivado para o conhecimento.
 
No início do desenvolvimento, o conhecimento ocorre por meio das “investigações sexuais infantis”, ou seja, na busca da criança em compreender seu lugar sexual no mundo (menino/ menina; feminino/masculino). A compreensão da diferença causa uma angústia que impulsiona a criança a querer saber mais.
 
O ato de aprender, da mesma forma, pressupõe uma relação com outra pessoa, a que ensina. Para aprender é necessária a presença de um professor, colocado em uma determinada posição, que pode ou não propiciara aprendizagem. “Aprender é aprender com alguém” (Kupfer, 1986).
 
Um professor pode ser ouvido quando está revestido por seu aluno de uma importância especial, por isso a relação entre professor e aluno não está no valor dos conteúdos cognitivos transmitidos, e sim no campo que se estabelece entre o professor e seu aluno, nas relações afetivas entre ambos, uma relação afetiva primitivamente dirigida ao pai. É nesse campo que se estabelecem as condições para o aprender, sejam quais forem os conteúdos transmitidos. Em psicanálise, esse campo chama-se transferência, uma manifestação do inconsciente (Kupfer,1986).
 
Em outras palavras, um professor pode tornar-se a figura a quem serão endereçados os interesses de seu aluno porque ele é o objeto de uma transferência. E o que se transfere são as experiências vividas primitivamente com os pais (Kupfer, 1986). O aluno transfere para o professor os sentimentos carinhosos ou agressivos de sua relação com os pais. Conscientemente ou não, o professor utiliza a ascendência que assim adquire sobre o aluno, para transmitir ensinamentos, valores, inquietações. Pois não é verdade que os professores de quem mais nos recordamos, com quem mais aprendemos são aqueles que melhor nos seduziram? Na escola como na vida, nós aprendemos por amor a alguém (Paulo César Souza,
apud Kupfer, 1986).
 
Portanto, transferir é conferir um sentido especial àquela figura determinada pelo desejo, e o aprendizado está pautado nessas relações transferenciais. Na medida em que ocorre a transferência, o professor torna-se depositário de algo (positivo ou negativo) que pertence ao aluno, e isso lhe confere um poder na relação.
 
Em outras palavras, a ideia de transferência mostra que aquele professor em especial foi “investido” pelo desejo daquele aluno, e é a partir desse “investimento” que a palavra do professor ganha poder, passando a ser escutada. Tudo o que o aluno quer é que esse professor ”suporte” esse lugar em que ele foi colocado (Kupfer, 1986). Portanto, cabe ao professor renunciar a um modelo determinado por ele próprio, aceitar o modelo que o aluno lhe confere, ser “atravessado” pelo seu desejo e conduzi-lo a conquista de uma autonomia.
Unidade I
Caso contrário, se subjugar o aluno impondo seus próprios valores e ideias, ou seja, impor-lhe seus próprios desejos, impedirá a possibilidade de aprendizagem no aluno (cessa o desejo do aluno). O aluno irá aprender conteúdos, gravará e memorizará informações, mas não será um sujeito pensante e autônomo.
 
Essa, então, torna-se a tarefa do professor, criar um ambiente que permita a circulação do conhecimento sendo objeto das transferências do aluno, não impondo seus próprios desejos. Isso nem sempre é uma tarefa fácil para o professor e, em função disso, Freud afirma: a educação é uma profissão impossível. O professor também é movido pelo desejo, é seu desejo que justifica sua ação docente. Mas, estando ali, ele precisa renunciar a esse desejo, para permitir a aprendizagem do aluno.Eis o desafio.
 
Anna Freud (1895-1982), psicanalista austríaca, filha de Sigmund Freud, chamado “o pai da psicanálise”, dedicou-se também ao estudo do comportamento humano e foi uma das pioneiras nos estudos em psicologia infantil. Buscou transmitir aos educadores noções sobre o desenvolvimento da criança em uma perspectiva freudiana. Deixou vários estudos sobre patologias e psicologia infantil. Radicada em Londres, dirigiu a Clínica Hampstead para tratamentos e investigação, também ligados a doenças infantis. Foi uma articuladora da psicologia com a educação e trabalhou intensamente na formação de professores.
 
Atividades recomendadas:
1) Faça uma leitura criteriosa dos textos indicados, observando os argumentos utilizados pelos autores para definir a Abordagem Psicanalítica. Aproveite essas leituras para fazer um glossário com os principais conceitos que definem as concepções sobre o desenvolvimento e a aprendizagem nesta perspectiva.
2) Para aprofundar os conhecimentos sobre esta Abordagem Psicológica, leia os artigos da Revista "Psicanálise e Educação: uma transmissão possível" (REVISTA DA ASSOCIAÇÃO PSICANALÍTICA DE PORTO ALEGRE, Ano IX - Número 16 - julho de 1999, ISSN 1516-9162). Disponível em: http://www.appoa.com.br/uploads/arquivos/revistas/revista16.pdf. Acesso em: 07/02/2012.
3) Assista ao filme Shine - Brilhante (Shine), 105 min., Direção Scott Hicks, Austrália, 1996. Faça uma reflexão sobre o conceito de transferência na relação ensino - aprendizagem.
4) Realize os exercícios deste módulo, anotando as dúvidas que surgirem durante a resolução. Estas dúvidas devem ser motivo de novas pesquisas bibliográficas, na tentativa de saná-las. Caso elas persistam, apresente-as ao professor, nas aulas presenciais.
Questões
Como se sabe, a Teoria Psicanalítica confere importância capital à relação da criança com seus genitores, entendendo-a como protótipo das relações sociais subseqüentes. Para o professor, este processo está calcado:
I - Na transferência, referida aos afetos da relação passada que o aluno deposita no professor.
II - Na contratransferência, referida à reação do professor aos afetos transferenciais de que é depositário.
III - No fato de, para a criança, o professor apresentar insegurança ao dar as aulas.
IV - No fato da criança projetar no professor conteúdos de sua relação primária.
V - No fato da relação pedagógica estar calcada na agressividade como forma de aprendizagem. 
Assinale a alternativa correta:
A-Apenas I, II, III são verdadeiras B -Apenas I, II, IV são verdadeiras 
C -Apenas II, III, IV são verdadeiras D -Apenas III, IV, V são verdadeiras
E -Apenas I, III, V são verdadeiras
Na abordagem Psicanalítica a sedução na relação professor-aluno deriva do campo transferencial. O contexto dessa relação produz expectativas transferências e contratransferências que evocam os protótipos identificatórios mais primitivos. Então dessa relação podemos afirmar que:
Assinale a alternativa correta:
A-O professor é formalmente investido de autoridade, pela instituição educacional e pela sociedade. De maneira análoga, os pais possuem autoridade para deseducar seus filhos.
B-O aluno elege o professor como autoridade e ao ensinar o professor de forma alguma consegue concretizar a autoridade que o aluno não lhe atribui.
C-A assimetria entre professor e aluno remete à polaridade inicial entre a criança e seus colegas.
D-O aluno coloca o professor em uma posição importante e é isso que possibilita sua aprendizagem. Aprendemos com quem amamos.
E-A transferência negativa pode ativar núcleos hostis do professor que, deixa o conteúdo de lado e reage contratransferencialmente promovendo, por exemplo, uma excelente aula.
Quando se fala na relação afetiva e o processo pedagógico, temos vários teóricos que nos indicam o desafio de se trabalhar tal assunto e a indiferença ainda muito presente nas discussões sobre o tema. A ênfase ainda recai sobre os aspectos cognitivos, a didática do professor, a metodologia utilizada, as avaliações, etc. Ignora-se que a afetividade está presente em todas as discussões sobre os mais variados temas levados para a escola, porém poucos entendem esse aspecto. Falar da afetividade pressupõe falar sobre as relações na sala de aula. Nesse sentido, um dos autores estudados oferece contribuições importantes acerca do tema da afetividade, ao atribuir entre outras coisas, o papel do outro na construção da consciência que o sujeito faz de si.
A que autor se refere: (assinale a correta)
A-Skinner B-Snyders C-Émile Alain D-Piaget E-Freud
Leia com atenção a situação abaixo, responda a questão:
A criança deve aprender a dominar seus instintos. É impossível lhe dar liberdade para seguir sem restrições seus impulsos. Logo, a educação tem que inibir proibir, reprimir e assim fez em todos os tempos. Práticas educativas não-repressivas e respeitadoras não garantem que a neurose seja evitada. Matar o mestre para tornar-se mestre de si mesmo, esta é a lição que pode ser extraída. 
Assinale qualabordagem psicológica corresponde essa afirmação:
A-Inteligências Múltiplas B-Behaviorismo C-Psicanálise D-Tradicional E-Humanismo
Na abordagem Psicanalítica a sedução na relação professor-aluno deriva do campo transferencial. O contexto dessa relação produz expectativas transferênciais e contratransferências que evocam os protótipos identificatórios mais primitivos. Então dessa relação:
Em relação a esta afirmação assinale a alternativa incorreta:
A-O professor é formalmente investido de autoridade, pela instituição educacional e pela sociedade. De maneira análoga, os pais possuem autoridade para educar seus filhos. 
B-O aluno elege o professor como autoridade e ao ensinar o professor supõe concretizar a autoridade que o aluno lhe atribui.
C-A assimetria entre professor e aluno remete à polaridade inicial entre o genitor e a criança.
D-O aluno pode incluir o professor, em uma série psíquica hostil, levando-o ao desinteresse por não reconhecer a autoridade pedagógica.
E-A transferência negativa pode ativar núcleos hostis do professor que, deixa o conteúdo de lado e reage contratransferencialmente promovendo, por exemplo, uma excelente aula.
Segundo a abordagem psicanalítica:
Assinale a alternativa INCORRETA:
A-O ato de aprender pressupõe uma relação com uma pessoa que ensina.
B-A transmissão de conteúdo é o mais importante na relação professor-aluno.
C-O desejo de saber do aluno é investido no professor.
D-O professor deve buscar superar a relação de poder existente entre ele e o aluno, “renunciando” a esse poder.
E -O professor deve ensinar sem desconhecer que os ouvirão o lhes ensina de acordo com seus desejos particulares.
Considere o caso a seguir e responda a questão:
Jorge Maicou foi encaminhado pela professora para que fosse atendido por uma psicóloga do serviço de Saúde Pública, pois ele não estava aprendendo na escola.
A professora acredita que ele tem algum distúrbio gerado pela pobreza que ela acredita que ele viveu enquanto morou no nordeste – interior da Bahia, uma região muito pobre –, pois provavelmente ele passou fome e por isso apresenta problemas de aprendizagem.
A mãe dele, ao ser chamada para o atendimento, foi questionada pela psicóloga do por quê que ela (a mãe) achava que seu filho deveria ser atendido, ao que ela respondeu: Eu não sei pruquê na escola ele num aprendi, pruquê ele é um minino muito danado, e esperto toda a vida. Faiz um monte de coisa para mim... ele mi ajuda ni casa, faiz as conta direitinho, lê as carta, faiz até a lista du mercadu, mas a perfessora disse que ele num aprendi. Não sei pruquê... Vai vê qui é pruque eu deixei ele caí da cama uma vez quando ele era piquininin e eli bateu a cabeça na verada di um brinquedo de madeira du irmão maió que tava lá no chão. Vai vê qui é isso dôtora.
 Uma psicóloga que trabalha de acordo com a abordagem psicanalítica vai concluir que:
I – A mãe da criança está precisando de mais apoio psicológico que a criança, pois acreditar que o filho precisa de atendimento devido ao fato de ela ter deixado ele cair da cama uma vez demonstra que ela tem graves conflitos ao perfil de mãe que ela demonstra ser.
II – A professora não está respeitando Jorge Maicou em suas diferenças sociais.
III – A mãe de Jorge Maicou, assim como ele, também tem problemas cognitivos, fato evidenciado no padrão de sua fala. 
Assinale a alternativa CORRETA:
A-Apenas a afirmativa I é verdadeira. B-Apenas a afirmativa II é verdadeira.
C-Apenas a afirmativa III é verdadeira. D-Apenas as afirmativas I e II são verdadeiras.
E-As afirmativas I, II e III são falsas.
Módulo 6
ABORDAGEM CONSTRUTIVISTA Leitura obrigatória:
BECKER, Fernando. Modelos pedagógicos e modelos epistemológicos. Disponível em: http://www.marcelo.sabbatini.com/wp-content/uploads/downloads/2011/09/becker-epistemologias.pdf Acesso em: 12/12/2011.
Leitura recomendada:
MIZUKAMI, Maria da Graça Nicoletti. Ensino: as abordagens do processo. São Paulo: EPU, 1986. (Coleção Temas básicos de educação e ensino).
O construtivismo de Piaget
Jean Piaget (1896-1980) procurou compreender como o adulto desenvolve o pensamento lógico-científico e, para isso, utilizou pressupostos teóricos da filosofia e o método de investigação e pesquisa da psicologia. 
Ao longo de sua brilhante carreira, Piaget escreveu mais de 90 livros e centenas de trabalhos científicos. Na visão de Piaget, as crianças são as próprias construtoras ativas do conhecimento, constantemente criando e testando suas teorias sobre o mundo. 
Formulou uma teoria que pressupõe a evolução progressiva do conhecimento por meio de estruturas de raciocínio que se integram umas às outras através de estádios de desenvolvimento. Isto significa que a lógica e as formas de pensar de uma criança são completamente diferentes da lógica e do pensamento dos adultos, recomendando aos adultos que adotem uma abordagem educacional diferente ao lidar com crianças. 
Forneceu uma percepção sobre as crianças que serve como base de muitas linhas educacionais atuais; mas devemos ressaltar que os estudos de Jean Piaget não tinham um comprometimento direto com a educação e nem este autor lançou uma teoria pedagógica aplicável na educação escolar. 
Está errada a escola que diz utilizar o ‘método de Piaget’. Apesar disso, não se pode negar que suas contribuições para as áreas da psicologia e da educação são incomensuráveis.
 
A teoria do desenvolvimento cognitivo ou da inteligência de Piaget está pautada nos pressupostos epistemológicos do construtivismo, superando algumas teorias clássicas como o racionalismo e o empirismo. 
Segundo a teoria construtivista, o conhecimento ocorre a partir da interação do sujeito com o meio, de sua ação e levantamento de hipóteses, sendo um processo interativo em que a espontaneidade tem um papel importante. 
Para entender a lógica do adulto, estudou o desenvolvimento do pensamento infantil, aplicando testes (provas operatórias) chegando a períodos que denominou de “estádios do desenvolvimento cognitivo”. 
Epistemologia genética: área de pesquisa elaborada por Piaget, que estuda o desenvolvimento do pensamento da criança até a chegada ao raciocínio adulto (lógico-científico). Piaget pretendeu compreender como se desenvolvem não só os conhecimentos, como também a capacidade de conhecer. 
Na visão de Piaget, as crianças são as próprias construtoras ativas do conhecimento, constantemente criando e testando suas teorias sobre o mundo.
O que é epistemologia?
É a parte da Filosofia que estuda o conhecimento. Os epistemólogos, desde a Grécia Antiga até os tempos atuais, buscam responder a seguinte questão: Como o homem chega ao conhecimento? 
Diferentes correntes epistemológicas buscaram responder a esta pergunta ao longo do tempo e orientaram a compreensão sobre o conceito de inteligência bem como a construção de teorias psicológicas. 
Uma visão construtivista da inteligência
De acordo com Macedo (2002), na visão construtivista a inteligência é o que possibilita ao sujeito, de modo estrutural e funcional, relacionar-se consigo mesmo e com o mundo de modo interdependente e reversível. Ou seja, uma relação em que os elementos interagem em um contexto sistêmico, sendo partes e todo ao mesmo tempo. 
Ser inteligente em uma perspectiva construtivista é saber coordenar ações (físicas, motoras, afetivas, cognitivas) em direção a resolução de um problema ou situação. Sendo assim, a inteligência expressa como o sujeito pode compreender e realizar tarefas segundo os diferentes estádios do desenvolvimento.
 
Construtivismo significa que a inteligência não está pronta ou acabada, que o conhecimento não é dado como algo terminado. Nessa perspectiva, o conhecimento não depende unicamente das relações sociais ou da bagagem genética hereditária. O conhecimento é resultado da interação do sujeito com o objeto (meio físico, social, com os símbolos, signos pertencentes ao contexto socio-histórico em que está inserido o sujeito) que possibilitará a construção do conhecimento e desenvolvimento das estruturas de inteligência.Portanto, o conhecimento é resultado da dialética da interação sujeito-objeto. 
De acordo com Becker (1993) epistemologicamente esta relação pode ser assim representada: S↔O e a Pedagogia que deriva desta concepção é a Relacional: A↔P. 
Níveis de erros durante o processo de aprendizagem:
No construtivismo o erro é possível ou até necessário durante o processo de construção do conhecimento. Assim, Piaget classifica em níveis de desenvolvimento as respostas do sujeito:
Nível 1 - não há erro na perspectiva do sujeito, não compreende a existência do mesmo.
Nível 2 - o erro é percebido pelo sujeito, mas somente depois de ter errado, a posteriori, não havendo antecipação ou pré-correção do erro,
Nível 3 - existe a compreensão do erro e a possibilidade de antecipar, neutralizar, pré-corrigir. 
Atividades recomendadas:
1) Faça uma leitura criteriosa dos textos indicados, observando os argumentos utilizados pelos autores para definir a Abordagem Construtivista. Aproveite essas leituras para fazer um glossário com os principais conceitos que definem as concepções sobre o desenvolvimento e a aprendizagem nesta perspectiva.
2) Levante informações por meios tradicionais ou eletrônicos sobre as escolas que utilizam a Abordagem Construtivista ao fundamentar seu trabalho pedagógico. Faça uma crítica sobre as vantagens e desvantagens desta abordagem.
3) Assista ao filme Jean Piaget por Yves de La Taille (ATTA Vídeos). Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=37vsf3SfX-c. Acesso em 10/02/2012.
4) Realize os exercícios deste módulo, anotando as dúvidas que surgirem durante a resolução. Estas dúvidas devem ser motivo de novas pesquisas bibliográficas, na tentativa de saná-las. Caso elas persistam, apresente-as ao professor, nas aulas presenciais.
Questões
Uma das questões mais debatidas quando se analisa o construtivismo interacionista diz respeito à relação entre hereditariedade e inteligência. Aponte a afirmação que expressa com mais exatidão esta relação para os construtivistas:
Assinale a alternativa correta:
A-O indivíduo herda uma série de estruturas biológicas que predispõem ao surgimento de certas estruturas mentais. Então, o que herdamos não é a inteligência, mas um organismo que amadurece com o contato com o meio ambiente.
B-A maturação do organismo contribui para o aparecimento de novas estruturas mentais. Portanto, a inteligência é inata e não fruto do meio.
C-A influência do ambiente físico e do ambiente social na estruturação da inteligência deixa clara a ideia de que o meio externo é o determinante na formação da inteligência.
D-O fator hereditário é determinante no desenvolvimento cognitivo, sendo inclusive capaz de superar eventuais falhas decorrentes de uma pobre estimulação.
E-O ambiente social é determinante no desenvolvimento da inteligência, o que relega para um segundo plano o valor da hereditariedade.
Leia com atenção a situação a seguir e responda a questão:
Maria, professora da 6º ano, conversando com uma psicóloga escolar afirma: Eu sempre procuro trazer para a sala de aula algum material que tenha significado para os alunos. Eu problematizo, faço perguntas, os deixo pensar e discutirem entre si. Depois eu ‘dou um tempo’ para eles representarem o que discutimos através de desenhos, escrevendo, recortando figuras, enfim, eu os deixo trabalhar um pouco sozinhos, e somente depois disso é que procuro sintetizar as diversas experiências. E eu acho que dá certo, eles aprendem mesmo, você precisa ver. E sabe, mesmo vendo que está dando certo, eu estou sempre me questionando sobre qual é o perfil de aluno que eu mais gosto de trabalhar? Aquele mais quietinho, ou o mais questionador... 
Sabe-se que o trabalho da professora Maria segue as propostas de um modelo pedagógico, e que este, por sua vez, está pautado em um modelo epistemológico. Qual é o modelo pedagógico adotado por Maria, e qual a visão de homem que permeia este modelo pedagógico? Assinale a alternativa correta:
A-Maria trabalha de acordo com a Pedagogia Diretiva, sustentada no Apriorismo.
B-Maria trabalha de acordo com a Pedagogia Relacional, que está sustentada no Construtivismo.
C-Maria trabalha de acordo com a Pedagogia Diretiva, sustentada no Empirismo.
D-Maria trabalha de acordo com a Pedagogia Relacional, que está sustentada no Empirismo.
E-Maria trabalha de acordo com a Pedagogia Não-Diretiva, sustentada no Apriorismo.
Leia a situação a seguir e responda a questão: 
Clara Maria, professora do 3º ano, conversando com uma psicóloga escolar afirma: Eu sempre procuro trazer para a sala de aula algum material que tenha significado para os alunos. Eu problematizo, faço perguntas, os deixo pensar e discutirem entre si. Depois eu ‘dou um tempo’ para eles representarem o que discutimos através de desenhos, escrevendo, recortando figuras, enfim, eu os deixo trabalhar um pouco sozinhos, e somente depois disso é que procuro sintetizar as diversas experiências. E eu acho que dá certo, eles aprendem mesmo, você precisa ver. E sabe, mesmo vendo que está dando certo, eu estou sempre me questionando sobre qual é o perfil de aluno que eu mais gosto de trabalhar? Aquele mais quietinho, ou o mais questionador... 
O psicólogo escolar, que está ouvindo esta professora e que trabalha de acordo com o construtivismo, tem como pressupostos:
I – Que o aluno determina a ação do professor e dirige o processo de ensino.
II – Que o aluno, ao chegar à escola, tem uma história de conhecimento já percorrida.
III – Que o sujeito herda a inteligência ao nascer, a qual vai amadurecer ao longo de quatro estágios.
IV – Que o professor é quem deve decidir o que o aluno deve aprender transmitindo tudo àquilo que sabe. Assinale a alternativa CORRETA:
A-Somente a afirmativa I é verdadeira. B-Somente a afirmativa II é verdadeira.
C-Somente a afirmativa III é verdadeira. D-Somente as afirmativas I e II são verdadeiras.
E-Somente as afirmativas III e IV são verdadeiras.
A inteligência humana e sua evolução podem ser compreendidas a partir de diferentes modelos epistemológicos.
Assinale a alternativa que traz à perspectiva correspondente a teoria piagetiana:
A-A inteligência independe da ação do sujeito, é subordinada aos ditames da pré- formação ou herança genética.
B-A inteligência é resultante das estimulações recebidas.
C-Valorização da mensuração e avaliação quantitativa, seletiva e diagnóstica da inteligência.
D-Visão funcional da inteligência, pois opera segundo leis ou regras de comportamentos desejáveis e indesejáveis.
E-A inteligência é considerada em uma perspectiva interativa, das relações interdependentes (indissociáveis, irredutíveis e complementares) entre objetos,tarefas, pessoas, espaço e tempo. 
A Epistemologia Genética de Jean Piaget está pautada na epistemologia:
Assinale a alternativa correta:
A-racionalista B-inatista C-apriorista D-interacionista E-empirista
Para Piaget o “sujeito epistêmico” é: Assinale a alternativa correta:
A-O sujeito que ensina as coisas para os outros.
B-O sujeito com problemas de aprendizagem.
C-O sujeito com altas habilidades intelectuais.
D-O sujeito do conhecimento, aquele que busca conhecer.
E-O sujeito que está em processo de aprendizagem nos primeiros anos escolares.
Leia a situação abaixo e responda:
Dois professores travam o seguinte diálogo:
Professor A: O Fábio não vai conseguir aprender isso, sabe, ele tem uma limitação e não há nada que possa ser feito, acho que temos que respeitar o seu limite e avaliar suas provas de acordo com isso. 
Professor B: Eu acho que não, acho que devemos procurar uma forma de auxiliá-lo a construir o conhecimento, criar situações-problema que possibilitem o desenvolver sua inteligência. 
Sob o ponto de vista da inteligência, verificamos que os professores têm idéias diversas. 
Assinale a alternativa correta:
A-O professor A é empirista e o professor B é inatista
B-O professor A é inatista e o professor B é empirista
C-O professor A é inatista e o professor B é construtivista
D-O professor A é empirista e o professorB é construtivista
E-O professor A é inatista e o professor B é inatista
Leia com atenção a afirmação desta professora em relação aos seus alunos e responda a questão:
Nem todos irão aprender, porque uns nascem mais limitados, nós sabemos disso... Não há como fazer uma criança com o raciocínio pequeno ter grandes pensamentos e isso vem dos pais, né... É herança biológica... Não tem jeito...
 
Esta afirmação está orientada por qual vertente epistemológica? 
Assinale a alternativa correta:
A-Construtivismo B-Interacionismo C-Empirismo D-Ambientalismo E-Inatismo
MODULO 7
ABORDAGEM INTELIGÊNCIA EMOCIONAL
 
Leitura Obrigatória:
GOLEMAN, Daniel. Inteligência Emocional. Trad. de Marcos Santarrita. 5ª ed. Rio de Janeiro: Objetiva, 1996.
 
 
Leitura para Aprofundamento:
ANTUNES, Celso. Inteligências Múltiplas: Introdução. Coleção Inteligências Múltiplas e seus jogos. São Paulo: Vozes, 2006.
 
Até pouco tempo, o sucesso de uma pessoa era avaliado pelo raciocínio lógico, habilidades matemáticas e espaciais (QI). Daniel Goleman, psicólogo norte-americano, PhD pela Universidade de Harward, retoma uma nova discussão sobre esse assunto em seu livro Inteligência Emocional. Goleman apresenta o conceito de inteligência emocional como sendo o maior responsável pelo sucesso ou insucesso das pessoas. A maioria das situações de trabalho é envolvida por relacionamentos entre as pessoas. Dessa forma, pessoas com qualidades de relacionamento humano, como afabilidade, compreensão, gentileza têm mais chances de obter o sucesso.
 
Esse autor parte do pressuposto de que os seres humanos agem motivados mais pelas emoções (QE) do que pela razão (QI). Em outras palavras, os valores, as crenças e as tomadas de decisões dependem mais de fatores internos, emotivos do que racionais. Quando acontece algo, a reflexão, normalmente, vem depois do ato consumado, do impulso mais imediato, do instinto.
 
Baseado em extensas pesquisas, observou que a inteligência emocional (batizada de QE pelo autor) pesa duas vezes mais que o QI e as aptidões inatas na conquista de bons resultados profissionais. Isso quer dizer que não basta possuir um QI acima da média ou simplesmente manifestar uma habilidade incomum para garantir o sucesso. É muito mais importante saber gerenciar emoções, promover cooperação e ambiente de harmonia entre as pessoas com quem se trabalha, tomar decisões adequadas, desenvolver o autoconhecimento (de si e daqueles com quem se relaciona) e ter empatia pessoal. Nessa perspectiva, a intuição conta e é fundamental nas tomadas de decisões.
 
Nesse contexto, o QE (quociente emocional) está intimamente relacionado a habilidades como, por exemplo: motivar a si mesmo e persistir mediante frustrações; controlar impulsos, canalizando emoções para situações apropriadas; praticar gratificação prorrogada; motivar pessoas, ajudando-as a liberarem seus melhores talentos e conseguir seu engajamento aos objetivos de interesses comuns.
 
Segundo Goleman, o centro nervoso de nossa inteligência emocional é a amígdala, localizada na base do cérebro. É justamente aí que se processam as reações de sobrevivência, armazenadas desde épocas primitivas por uma espécie de “memória emocional”.
 
Em seu livro, o autor mapeia a inteligência emocional em cinco áreas de habilidades, ou seja, considera que o sujeito apresenta uma inteligência emocional se é capaz de utilizar as seguintes habilidades:
1. Autoconhecimento emocional – reconhecer um sentimento no momento em que ele acontece.
2. Controle emocional – ter a habilidade de lidar com seus próprios sentimentos, adequando-os para a situação.
3. Automotivação – dirigir emoções a serviço de um objetivo é de extrema importância para se manter caminhando sempre em busca.
4. Reconhecimento de emoções em outras pessoas.
5. Habilidade em relacionamentos interpessoais.
PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO E TEORIAS DA APRENDIZAGEM
Na utilização da inteligência emocional nas relações de trabalho conta mais a “competência social” (controle das emoções, confiabilidade, estabilidade, disciplina, colaboração, autenticidade, ética, responsabilidade etc.) do que propriamente a “competência técnica”. O segredo está em saber se adaptar aos mais diversos contextos e situações, inclusive não perdendo o controle nos momentos mais difíceis.
 
Para Goleman, utilizar a inteligência emocional de modo produtivo é ter habilidade para o trabalho em equipe, de forma a estabelecer redes sociais e a construir relacionamentos, mesmo entre pessoas de temperamentos diferentes. Isso implica exercício constante do diálogo e da auto-análise, mantendo a
humildade em reconhecer os próprios limites e não hesitando em dividir os problemas.
 
O conceito de inteligência emocional pode ser útil tanto na área profissional quanto no dia a dia, nas relações pessoais, na escola. Goleman aponta o grande problema de estudos recentes demonstrarem que há uma queda significativa nos Estados Unidos do uso desse conceito entre os adolescentes.
 
Claro que não se pode generalizar, mas, se cruzarmos esse dado com os atos de violência praticados por jovens que decidem fuzilar impiedosamente os colegas na escola, pode-se
traçar um panorama assustador de uma crise emocional que se aproxima.
 
Princípio da educação emocional
A infância modificou-se muito nos últimos anos, o que vem dificultar ainda mais o aprendizado afetivo. Os pais e os professores devem ocupar o papel de preparadores emocionais, devem ensinar aos filhos/alunos estratégias para lidar com os altos e baixos da vida. Devem aproveitar os estados de emoções dos alunos, para ensiná-los como lidar com eles e ensiná-los como tornarem-se uma pessoa mais humana. O receio de produzir crianças reprimidas está gerando uma quantidade muito grande de crianças mal educadas e emocionalmentemenos aptas.
 
Para aqueles pais que ainda não são preparadores emocionais, Gottman (1996) propõe cinco passos para que sejam:
• Perceber as emoções das crianças e as suas próprias.
• Reconhecer a emoção como uma oportunidade de
intimidade e orientação.
• Ouvir com empatia e legitimar os sentimentos da criança.
• Ajudar as crianças a verbalizar as emoções.
• Impor limites e ajudar a criança a encontrar soluções
para seus problemas.
 
Embora os pais tenham papel fundamental na educação emocional dos filhos, algumas iniciativas em escolas têm se mostrado positivas ao treinar professores para tal missão.
 
Cabe, portanto, à escola investir menos esforços em medir conhecimentos (as notas) e mais tempo e enfoque na aprendizagem; compartilhar responsabilidades com seus alunos; investir nas tecnologias modernas de ensino; identificar e promover talentos individuais; promover reciclagem permanente de professores; enfatizar atividades em grupo; enfatizar a criatividade de cada aluno; ensinar ao aluno como aprender.
 
Importância das emoções:
sobrevivência, tomadas de decisão, ajuste de limites, comunicação, união.
Unidade I
Atividades recomendadas:
1) Faça uma leitura criteriosa dos textos indicados, observando os argumentos utilizados pelos autores para definir a Abordagem da Inteligência Emocional. Aproveite essas leituras para fazer um glossário com os principais conceitos que definem as concepções sobre o desenvolvimento e a aprendizagem nesta perspectiva.
2) Levante informações por meios tradicionais ou eletrônicos sobre as escolas que utilizam a Abordagem da Inteligência Emocional ao fundamentar seu trabalho pedagógico. Faça uma crítica sobre as vantagens e desvantagens desta abordagem.
3) Assista ao filme "The Marshmallow Experiment " e relacione com o conceito de Inteligência Emocional de Daniel Goleman.
Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=Sc4EF3ijVJ8&feature=related
Acesso em: 10/02/2012.
4) Realize os exercícios deste módulo, anotando as dúvidas que surgirem durante a resolução. Estas dúvidas devem ser motivo de novas pesquisas bibliográficas, na tentativa de saná-las. Caso elas persistam, apresente-as ao professor, nas aulas presenciais.
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