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O contratualismo (LOCKE; HOBBES; ROUSSEAU)

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CENTRO UNIVERSITÁRIO SERRA DOS ÓRGAOS
Direito – 2° Período
Christie Wingler
 A TEORIA DO ESTADO E A FILOSOFIA CONTRATUALISTA
Locke, Hobbes e Rousseau.
Teresópolis – RJ
2016
INTRODUÇÃO:
Durante o período entre os séculos XVI ao XVIII surgiram correntes teóricas bucando explicar como se deu a criação do Estado, sua formaçao , a necessidade da criaçao da sociedade e do comprtamente social. Entre os contratualistas mais famosos estão Thomas Hobbes, John Locke e Jean-Jacques Rousseau. Apesar de que todos os três acreditavam que o Estado havia se formado a partir de um contrato social, existem algumas divergências no pensamento de cada um em relação ao que levou a consolidação do pacto.
DESENVOLVIMENTO:
Thomas Hobbes (1588 – 1679) 
em sua obra “Leviatã” discorre sobre o estado de natureza, o contrato social que os indivíduos tiveram necessidade de firmar e o governo soberano. Para Hobbes "O homem é o lobo do homem" não acredita em uma natureza boa do homem, pelo contrário, ele é egoísta e egocêntrico não sentindo nenhum prazer na convivência com os seus demais. Hobbes afirma, aliás, que existem três causas que provocam discórdia entre os homens: competição, desconfiança e glória . A liberdade natural do homem, gera guerras, conflitos e instabilidades (de todos contra todos) pois este se vê livre para fazer o que deseja visando apenas realização dos seus proprios interesses. Dai surge a necessidade de um pacto social sendo necessário que todos abram mão de sua liberdade e dos direitos que possuíam no estado de natureza. O pacto social é formado para garantir paz e segurança aos indivíduos em troca da sua liberdade e direitos. É um pacto de submissão ao passo que todos transportam ao Estado todo o poder visando garantir a segurança. 
O rei (suserano), este deverá possuir poderes ilimitados, estando acima da lei, tornando-se assim o Estado do povo. Cabe ao suserano garantir a paz e a segurança dos indivíduos e para que isto seja cumprido satisfatoriamente é necessário que seu poder seja total. Para ele o rei nao abusaria do poder e o pior que se pode acontecer é um eventual retorno ao estado de natureza.
John Locke (1632 – 1704)
 Difere consideravelmente da teoria de Hobbes. Locke em “Segundo tratado sobre o governo civil” acredita que os homens no estado de natureza viviam em relativa harmonia, podendo ele ser positivo ou negativo, com conflitos, alguns problemas, mas o maior deles seria a falta de um juiz imparcial.
 Nesse momento, os homens eram dotados de razão e tinham sua propriedade quepara o autor, significava: vida, liberdade e bens. A segunda acepção de propriedade faz relação aos bens móveis adquiridos pelos indivíduos. Para ele a terra é um direito comum a todos, foi dada por Deus e a partir do trabalho o homem a torna sua propriedade privada. 
 O estado de guerra para Locke se dá a partir do momento em que há uma violação da propriedade privada fazendo-se necessário a criação de um contrato para proteger a propriedade e preservar os direitos que cada um possuía no estado de natureza. Este acordo, ele vai chamar de “contrato de consentimento” diferentemente do “contrato de submissão” denominado por Hobbes.
Formado o estado civil através do contrato é necessária a escolha da forma de governo. A forma de governo é instituída por voto majoritário visando àquela que melhor se adéque às condições necessitadas pelos indivíduos. Escolhida a forma de governo, é necessário a divisao, qual sera qual poder que serao subordinados ao primeiro. E a conseqüência do mal usso desse poder é o retorno para o estado de guerra. O estado de guerra atribui aos cidadãos o direito de resistência, ou seja, o direito dos indivíduos se rebelarem por meio da força contra este estado civil.
Jean- Jacques Rousseau (1712 – 1778)
 Em suas duas obras “Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens” e “O contrato social” discorre na primeira sobre a criação do pacto social, que para ele foi um pacto injusto, e na segunda propõe como poderia ser feito o contrato aonde todos fossem beneficiados. 
No “Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens” Rousseau diz que os homens no estado de natureza não são bons nem maus, mas um ser em potencia . 
Não fala como se deu o processo do estado da natureza para a sociedade civil, entretanto, afirma que o pacto social foi injusto que os indivíduos abriram mão da sua liberdade em troca do trabalho, da servidão e da miséria.
No Contrato Social, Rousseau propõe condições de possibilidade de um pacto legítimo, ao mesmo tempo em que, os homens, ao abrirem mão da sua liberdade natural, não se submetam à servidão, pelo contrário, que ganhem em troca a liberdade civil. 
O corpo soberano surgido após o pacto possui condições de elaborar as leis, já que, é um agente ativo e passivo das mesmas. Há na concepção de Rousseau uma relação de liberdade e obediência e, ademais, uma prevalência da vontade geral sobre a particular, deve ser um órgão, limitado pelo povo soberano, deve ser submisso à população, pois a vontade particular é um perigo para a população, pos visa seus próprios interesses, logo a vontade geral tem de vigiar e combater esta. A 
representação política não deve estar no nível de uma soberania. Na verdade Rousseau deseja no lugar de uma democracia representativa, uma democracia direta aos moldes das antigas Roma e Grécia. Haveria apenas um representante que colocasse em prática as leis criadas pelo povo soberano. Rousseau não crê em um retorno ao estado de natureza, pois o ser humano já perdeu a sua bondade e a pureza, infiltrado cada vez mais dentro da sociedade moderna.
CONCLUSÃO: 
Contratualismo é um conjunto de correntes filosóficas que tentam explicar a origem e a importância da construção das sociedades e das ordens sociais para o ser humano.
De um modo geral, o contrato social ou contratualismo consiste na ideia de um acordo firmado entre os diferentes membros de uma sociedade, que se unem com o intuito de obterem as vantagens garantidas a partir da ordem social.
Assim, os indivíduos abdicam de certos direitos ou liberdades para que possam organizar um governo, liderado por um poder maior ou um conjunto de autoridades.
De acordo com a maioria das correntes teóricas do contratualismo, o medo, a insegurança e a instabilidade da natureza humana garantiu com que os indivíduos pudessem conceder poderes a determinadas pessoas em específico para que pudesse ser organizada uma ordem em suas vidas, garantindo estabilidade e segurança, principalmente.
Neste sentido, surge o compromisso coletivo de obedecer e acatar as normas estabelecidas pelo governo, assim como este também deve estar ciente das suas obrigações para garantir o bem-estar do povo.
BIBLIOGRAFIA: 
https://sites.google.com/site/aloisiofritzen/Home/fotos/filosofia-conteudos/tc_hobbes_locke_rousseau
https://www.significados.com.br/contratualismo/
www.ebah.com.br/content/ABAAAgKigAL/resumo-sobre-os-contratualistas-locke-hobbes-rousseau

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