Buscar

IDEIAS E DICAS PARA O DESEVOLVIMENTO DE PROCESSOS PARTICIPATIVOS EM SAÚDE MINISTÉRIO DA SAÚDE, BRASÍLIA DF 2016 PARTE I

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 158 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 158 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 158 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

2016
'"§*
w
'J
lw'',,|í
ri
U
,iii
t"-liil'
20r6 Nlln stério dá S.úde.
ãàc c Êsta obra É dispon b z.da nostermosdê L cença CreátiveCômmo.s Atrib!içã.- Nõo Comer.lê aompa,tlhàmenro pel. mesmà i.ençá 4.0 l.reÍna.ona Épermr! da a reprodução pârcia o! tora dêsrâ ôb.â desde que.ttadá â fonte
M nistéro dâ 5.úde:<tr w.s:Lde gov.br/b!s>.
I r.Een:'li êd çào 2016 5!Texemprres
Elabt tdçãa, dtstnbuiçãa e inÍonroçõe\:
N4N5ÍÉRODASAÚDE
se.retÂriâ de Cestio aslêtég c. e Pnrti. pat vá
Departamelro de Apo o à Ges(;o p.rt. paitvá
sAF5!, Qladr.2, otee 5/6, roÍe i,rÉtreo, sá ê
CEP 70070 600 Br.silà/D:
IÊ.:(61)3!r 5-8854
F.x:(6Tl 3315 8859
Silejwww.saudÊ Bov.br!tsp
r,ôl s8Êp.dágepa0s.ude.go!.br
dgp@sa!de.gô!.br
Fo.ebóôlr www.fa.eboô[ com/scEP MS
Iwraer @sCEP !15
Osvãldô Perô t. Bo.eft
Vr.der é a Lâodete P! gà Daron
.losÉ vo dôs 5a.tos Pedrosâ
Osli do PÊrálta Boneru
R.f.elGonçâ les de 5nnta.: Ê 5lv.
Vâ.der É. LnoderÊ P! ga Dr.cn
Ve.â Lúc a deAzevedô D.nrns
Prajeta C.E.Õ. 1lústoçõa e Diogratnoçoa:
rmpresso no Bras t P.jhte.l tn Btuzil
serr.essadá, nâ ínre8r., na Blb iotecê vútLrâ em 5âúde d.
D.n e a Fere rá B;':cs.ià 5tva Ed]tor. N,]s/CGD
Abgâ Bausta de L!.Ê.a Re s
.l! mar dê Fátlma Baio:
K.tia I/a ia Baíeto 5olro
rheresê aríi.ê dÊA buq!Êrq!eS q!e ri
T! io Core â de souza e5.!zà
Brasl. M ôistérlo daSaúdÊ.Sec,etarê deGestão Estlárégt.ã e p.rt.pat!â DepnÍamento de Apo o
á Gestã! Pa.ti.lpêtvô
rdelased.asparaodêse.vovrneniodeprô.essosparrj.p.(i!osemS!úde/Mnsté.iodaSaúdê,Secei;:
de 6estào Estrrtég ca e Párt. pâr va, Departáme.to de Apôio à cestio parri. pêrv.. Brisí á : tú n srer c r:
saúde 20'16
240 p. : ii.
sBN 978 85l3r-244: 2
L Edü..ç;o pop! ar em Saúde. 2 Promôção da Saú.1ê.3 Arençáo à Sáúde . Titu o
cDU 61,1 1:
C.tã ogaç;o na ionre Coordenâçào-6era de Do.umentação e ni!ínrçio Editorâ MS - OS 20l6l02a1
Titula poro indexoção:
deêsândtipsforthedêvecp..enrof pâ(.parorypro.êsses nHeath
i.
[.
ü
Ii'
!
I
çí
"i-ti
.i
-I
I
I
!
I
{
)
,?l
it
tifi
,l
ll l.' , I i.1' .'r:
I
,, l'l' : ..i ." ': . "l 'r:....
I
Ittíiírl't tt,I ilI ttlt íltJ í] I
,l'l
"rt It,'l
._--l
.\-i-tr iL ,i.t.t.it, ,1..t ,,1 ...:i,l
11
ll
't,
)
;)t
I
I
O setor Saúrd. tem conslnrido rnra câmiuhâ.]â signlhcativa no .amPo
das poliiicas fiLbli.âs, trm.lpairrlente no que di7 resPeito aos processos
ce r-n,. r.\,J. l.,lô.\.Jd Jl
poliii.à gâranti{lora de rcesvr uDi\er§rl à populâçào brasileira, sendo quc,
con)i.o qul§tâ do alt. 198daConsiitujçatoFederalde I988, a §aúdeIassolr
r ser'illreito de todos e dever do Eslà.lo] posterlornente ifslituindo 1r
Sisrenr.r Úni.o dc S.rúde (SUS) (BRAsIl-, 1988). Além da universalirtadc,
o SUs rfrcscnta .omo princjpios, tambéln, .t nrtcgÍrlidade, a equidade e it
pnrticDaçào fotLLl.rl:
Assinr, o SUS trulrguror um noro contexb nas políi.âs púbLicas
ao jnstjtuir o controle so.iâl por meio tlos Conselhos e drs (lonferôn.jas
de Salide. Nâs três déc.rdâs.ic irnplenlentàção do SUS, n penp.ctlvâ d.r
denlocratizaçào dà gest:to.1o Slstcma, bem conrc o iein) de loIrrlrlar,
iDplenrentir e monilorar as poilticas de saiule. r,em avrnçando
consideraielmeDte. N.sse contcxto, merecetn dest!.lue os processos
que, a fartir Je:003, for mcio.lo Xlinjstério da Sarlde, têm I)+niâdo a
paficitaçio {.irl nà geÍio feder.rl. Entre essas, destacrm s. a Politica
Na.ional de Gestão Estratégica e P.trticipâtivà (PârticipâSus), que orienr.t
âs .tçÕ.s .l.r gcsláo na prornoçào, na qLLâliG.âçao c o apeÍeiçoamento da
geslào estratégi.à e denrocráti.a.lâs politicas públlcas no âmbito do SLrSi
e as Politicas de Promoçio da Eqoidade, que lnstituem estratégias e Jço.s
dc garantia do acesso nos serliços de srúde p.trâ a divcrsidad. da popul.rçio
brasilcim, fortalecendo a corcetçao dÊ qLLe são .e.cssárlos jcltos .ljierentes
pârâ clLidâr e.rssistir em saúL1e: assinr como a Politicr \r.iolâl d. Educrçào
Populir cm Saúde no Sisterna Único de Sâúde (Pneps-sLS), que tr.rz, como
objetn.o princlpal. jmpLenlentar xEdu!açio PoPulàr. Sâúd. no àmbito do
SLiS, estimul.rndo a prrtjcipaçâo popular, a gestaio târti.jpâli\,â, o control1:
social, o cuidàdo, a fônn.rção e âs práticas edLrcrtivxs em sdLide.
(inlu.lo, a dcnlocratização das relaça)es em s.riLle, s.i.t no cspaço d.r
gcstato nrciorâ]. cstadual e municjpà1, cln relàçào à eletnâçào d.r gestào
p.trticiprti\'à das politi.xs de saúde, seja no terril(irio e/(,( nos serviços
.le saúde, no que diz rcsp.lto à horizontaljdade ro cridado, los vlnculos
e às relações estabel.cidâs.ntrc pÍolisslonâis de saúrle e usuários, aincla
se afrese.ta cono um des.rÉo, que é perp.rssado for LLnr conjur)to dc
jnten.jonâlidades qlre ião dcsde a r rdançà de rno.leto de nr.nçào à
saúdc, ircorporx do o .uid.rdo centrâdo ro uslrárjo corro parâdigrna e a
cultlrrâ de pârii.ipação, arnpliando os esfaços c os canais de dlátogo com
â pôtulação. Nessa pcspectiva, o desen\olvirnentlr de âça,es no .anlPo da
educação potuLar cm slilide, volti\das a pro.essos 1àrnràtjvos de diFercntes
rn )res so.iàir como conselheiros desaride pârâ o tortale.im enro do.onnole
social c.1.i gesião pârricipatirr, tssim conÍr as práticas de edlrc.tção ern
sâirde deseD\.olrid.rs no âmbúo dos serviços dc sâí1Je, prorâeo.jzadâs
por t)rolissionris de saúde, desenr.ot!iLlas por educadorcs populalcs ou
nro!jDrentos sociais, tôm se aprescntado nào só coDlo rtcsarlos signjÍjc.rrj!os,
m.ts tanbém como eriperiêncjas esr,.arégicas para a gesrào lLibli.a.
A [ducaçào Popu]âr enr S.rúde (EpS) reor se mostrâdo c{)mo.lrmpo de
uma práris que rnoblliza os espâços da gcsrão, da formaçào, do clLi.t,rdo,
do conlrole sociêl e dà particip.rçào popLrlar nâ defesi do Sistema único de
Sâúde c.rda !ez nlais dcnrocrático, LL.iYersal, hL.Ianizado. ideDti6.âdo corn
.u1.u.,. r..lrd r..r.. -.,..e:...,t,-,ô, .rJ(. i..i l,enj
Un dos elcmentos quc r.i)rç.rm o desaiio da derrocratlz.rção dns
relaçôcs .m saúdc é a carêncià de um reierencjâl potjlico metodotógico a
rnnjorir das açõcs, em especiâl nos pro.essos dc tornração. rnobjlização e
das práti.âs educarl!l)s.
Motl\,ndê por este c.nlrb, .r (:oordenâçio Ger,rl de Apoio à
Educação Populâr e l\Íobilização Sociat, do Dc|arranlenro.ie Àporc à
Gestào Pârtjcipâtivà da Secretxria .lc Cestào lsirârégi.a . pxrtjciparir,à
do Xlnrisrério da Saúde, apresenra a làeits e Dicas conú urna sjDg.t.r e
comFronetjdà t.rratjvâ de rtojir nrovimenros Iopulares, tr abathadores dâ
sairde, est udantcs, gestores, educadores e to dos r(lu eles .omfr.xrleildos corr
o fortalecimenro da gcstào parrlciprti\.a, do .ontrole so.jal e a particjfacão
Desejamos uma boa leirLrra e qre esic nrarerjal contrjbuâ parâ o
encantamcnto pelo tàzeÍ e promover saúdc, jnstigando à capacidâ.le critj.a
e a crj.rtividâde nrs àça)es e nas práticas comprorNridas com o SUS.
ú\r.lüt1ti. Jr Àloia à Ltr.dnio P.,p r l,r . .i ,rÍol,,ti:, Íl o S..n,
Di.pdttrn\.na d. AL)ojo n G.ttti. pr'li qnLn u
§.d.ra)tr dr G.J/â. EsÍdr,lia1t püti.ipatrn
,U,ri"/.?ni td Sdú.tu
'11
)fr ,:
LT
a
FH
,í.
E
k'd
it
4
Ia,
It
\ D r,' j .r\"o .,,. i l( un d ..,. o.-.utrc\
constitlrcionais do Sisremâ úni.o de Saúde1\U.' 
., r\r.tdJa p.t" rL., ,r.. ,te. q,r<
atuam em defesa {:lo direito à saúde. Esra
se explessa na arualdade por uma rede de
controle sociâ], formadâ por Consethos
e Confêrências de Saúde, os chamâdos
espâços insrituidos de parricipação, como
tanlbén por um conjunto de novos esp.rços
que colfonnam o qrLe conrencionâmos
chamar de espaços irlstituinres de gestão
participàtiva no SUS.
\ Lon rr\iu d" tc r,o prr i. p"ri\J e
o fortalecimento dâ pârticipação poplriarí'l re.(rn Jue. 
..nJ,, ,o .r \ro. e-v\o!
Je 
-,de.r Jm,ei- -.,\ r.,\ r,,,.*ioddL.
.a irdri.r..,t^ en.r0ri,i.Ce..",,.rber.- q c
.,, 1põe ."dr ter. lJr'^ n.r r.,rÍfr d\Jo dP
políticas e no processo de trabalho cotidiên.,
J<.en\Jrtrdo nr prr j.., d. . :,l.do( no\
espaços do conirole social. para que isso
acorlteça, os territórios onde se inscrevcnl
precisam ser constiiuidos por uma nova
cuitura de },articipêçào, que reconheça o
espaço comuDitário como lócus potencjal
da promoçào do protago jsmo popular da
construção comparrilhada das estraté.,i.s
do que Freire (1996) denorrinou de iflá;ío
l,iáwl nn busca da supetução àfls situaÇaes
limires enfrentadâs no SUS por cêda pessoâ
que o âcessâ e o constrói_ Esse processo
imphca no co,rpromisso dos rràbêlhadores
dâ saúde, como educadores, consetheiros,
todos aqueles que desenvoivem as
âções em saúde, com a promoçâo
da autonomiâ dos sujeiros, coln a
construção dâ alteridade qu€ o.orre
no encontro entre si, nos serviços, Íos
processos educativos, de promoçáo e
conlunicaçào em saúde.
Assim, apresenta se como
tundamental o investimento em
processos diâli)gicos de corhecimento
compartilhado sobre a sàúde,
considerando a subjetivjdade e a
snlgularidade presentes nal relaçóes
entre cadâ iDdiliduo e coletivldades
com a dinàmicâ da vida naperspecriva
da integralidade do cuidado à saírde e
da humànização ro SUS.
\
..14
.t,i,tI
l'-Ê"..
,{alfi IW
#â
O fortalecnnenro do controle social 
€ da pârticipaçào
Popular é un] desàfio permanente e para o âvênço do
próprio Sistema de Saúde. ,A pârricipação nos espaços {le
controle social coorribui nâ construção e nâ consolidaçâo
.'a ,rde.nqrrar rc drr, ro urr 
'.'..,t. Dôr. ;vn.e.e q.r. ".pessoas perceban se co,no slrjeiros .te direitos. Os sujeiios
sociais vào construnrdo novos signilicados, conceitos e
sentidos, à mcdida quê parric4)am ativamelte .lo processo
de consdidaçào da saúde enquanio direjto unir.ersêl.
Sendo assim, âssegurar 0 controle sociêi, a pârticipâção
popular e ê gestão parricipâriya nâ poliiica irúblicâ de saúde
demonsba o compromisso de identi6car deserlcâdear
e qualjficar espaços que promoÍam a parlicipação da
PoPulação e, ao mesmo tempo, construir instrumentos
político pedâgógicos pâra apoiar processos educativos e
fornatil.os nesta direçâo.
Ideias e Dicas patu o Desenrolyitllento de prclrssos
PdÍticipntilos em Sd/ide constitui-se em um inÍrlrmenro
didático à disposição de educâdores(as), prcfisslonais de sêúde,
conselheiros(as), estudanres, gestores(as) e rodos âqueles
interessâdos em desenvolver processos educati\-os volta.los
para a consolidâçâo da cjdadanja e da derroc.âcia participativâ
no câmpo dà saúde_
Na suê conposição estruturada em quâtro eixos, você
encontrêrá uú conjrnro de ideias, reflexõese probtematizações
que sê dispõem â serl.ir de subsidio, enrre as núltiplas
possibilidades, ao desenvolvimento dâs suas práticas etrabalho
educativo, como rambén um apânhado de dicas e exemplos
de técnicâs participâtivas, estórias, poemas, cântigas, entre
outros djspositivos, que poderão seNir de insumo na busca
dê trânsformação das práticas l1o cüidêdo, na formação, nâ
<du, a, ;o. . o r.nr .o < .o. ,.t e -: I,ar r , i1,a,;o em ,rrd<.
rI
\
A IDUIAIAO
POPUIAI IOMO
IffIIINIIÁL PÁ[A A5
Dt SAUDIPIATItAS
Crdâ pessoa brilha .orn lLrz prófrir urtre nrdas as ourras \iio
.xlneD duas rogLr.iris igDais. Erisrem Íagu.lris granaes e
iogtreiÍasfeqnenàsetirgueiràsdc ro.i$as.orrs. trisre g(Dle de
logo serÊno,.toe nem trrcebe o lcnroe gent. dr togo lou.o que
en.he o u de.hispas. AlgrLns Íogos, fogos Ltobos, |ro âlunriam
n.m queirnrn: lrâs outros inc(rdeixir à r r .om tdrnlltra
.l ..(. .. .. ,-q,.
.l.gar perLo fegà togo (cÀl.EANO, 2005)
2.1 ReÍletindo sobre as boses daffiffi{
caleâno (2005) nos desa6â àcompreensâo
integrai do s€r humâno, o respeiro e a
vâlorizaçào da singulêridâde de cada ser,
pois, por sermos sujeitas efi rcldção, todas
nossas ações tem uma dimensão ed[cativâ e
pedagógica, compreensão esta fundamental
nasáreâs desaú.lee educação, em que se âlmejâ
a constmção da cidadania e do protâgonismo
popular. Nesse sentido, é ünportânte ê reflenâo
sobre os fundamentos que orientam estas
relâçôes que se estâbelecem no universo da
âtenção, do cuidâdo, da gestáo, do corltrole
social e dâparticipação, das práticas edücârivas
e da formâção no SUS.
No LLnilerso coiidiaro de rruitas práljcas
pro6sslor)ais e populares de t-ornaçào, de
cuidndo e de prcnx)ção à s.rúrde presenres ro
mLLndocorrunitár io,d11s fànriliasedâspoliticâs,
a educâçào popular vcm se revctàndo .omo
relirencial. 
^ 
l cortornçào da jnregrâtidêdeno
cujd,rdo, compreendendo âs \-árias dnrlersócs
do ser hurrano, aperspectiva deprcLngonisnD
d ,. J, ..,o. ,<,.o.. ,J.,.,qo..,..i,,\,n\..i
confartilh.tda de saberes, a vâlorjz.rçào das
cultLrras locnis nas suas orgànizacões, suas
cxpressões artisticàs e .rs possibilidades de
envolvirnento dc orrtros sctores na pcrspe.tiÍa
r<. r rorn..r, ., .lr., t. , .or Jr. o.
à, r '..r..1. id...'. ..t..p, -n..rd
(DH-ÀSIL,lot3).
"20
A educàç,io popular bLlscà
J{ p,omo,., a parrrcpoçao dos
|, surelro§
' reflexào, ao düloso e a expressào
da afeiividâde, potencializando a
criatividâde e â âutononiâ. Nessâ
h ,*.r*,ra â educàlJo popLllJr!$ e,n 
'aüde assume a dLmensào daU$ promoçào da parricrpaçào social no
$ rroa,-o ae rormulaçào e sestào das
S polii.as de iaude direLionândo-ti as parâ o crmprimento efetivo
ffi an" prin.,p;o" etico-polrticos doff SUS: universalld.de, intcgraLdade.
il equi,la,le. aes,:entLdlizrçào e coítlole! sociâI.
[,, n*irn. o agir educativu se
ii, !on.titui cômo a\ào que se alinrenta
$ no p,ôcso de corstruçao de um
!i tlrndJmênto teúricometodulógjco
il de sllstentrçào dE prujetos que
I p,o-"*- a partrcipaçao atNa
E a" *".,.a";. e .re ,.ôe( .:D:7F§
! a. p-a."n .."." ..",ra".' "",§ retacoes entre neceisid:d:s de sdlÍL! e organrzaçao do cul(]ado d s.rude.
.1 Logo, busca a quatificâçáo dâs àções
Í eahumanização das relaçôesno SUS,
I promovendo tensão permânente
f' entre a expressáo das necessidades de
Fl saúde da população e a organização
:- da atenção a estas necessidades, o que
ii sLgnrfca à .ontmuâ constÍuçào dÀ
f urLversaLaaae. aa intesÍalidàde e dâ
f,, equidade do dridâdo etrr sâúde.
Outro aspecto importarte é a busca do
acolhimento e o suporte às açóes em defesa da
vida que os movinentos sociais e popl nres
realizam, reconhecendo a legitinidade destâs
ações, vâlorizando o conhecimento acumulado
e construindo referências para prcdução e
organizâçào dos sâberes e práticas de saúde.
o rr,c.- rvn p.r '1d'('rc í pr .h po\do
popJ"r na iorm.r1.5j" e g(...o dr.pol,l .,
pib1..a. de 
"oude. na fer.pelr rc d< qu. r ,.,o
social orientêda pela satisfação das necessidades
de saúde implica um caminho que se traduz
concretamenie nas formas de gestão participativa
ê nâ âhrâ.âô dô.ônftôle sô.iâl
Nesse coniàr.to, â Política Nacional de
Iducaçâo Populâr em Sâúde (Pneps SUS)
âprpsentâ, (omo p'i n( ípios,pressJpo'los leóíi(o.
metodológicos construídos coletivamente no
âmbito do Comitê Nacional de Educação Popular
em Saúde, que dáo sentido e coerência à práís
da educação popular em saúde e se ofertam como
orientadorcs às práticas educaiivas consiruídâs
no campo da sâúde1.
. 
'' iíl ' '-'
\'i ." \é.,!1r Je l.. L. \", P"o 1.. "r \r,de o r"'Lro"p.'P í.rr"rotu\óudp f /.-6l,de lo
de iôvêmliro dê 2or 3, iisponivel no end{eço: <hflpr/b$ms.sâude.gw brblsistrf aclegls/grr2o r3lp.u76t 19 r I zolt. ,
E
l{ríÍ,tu|j]{
São eles:
a) Diálogo: Ixpressa e inlenciona colâboração, trocâ, inreraçào e se fâz em
relaçào horizontal, com confiânça de um no outro e respeito mútuo. X1e acontece
quando cada um, de forma respeitosa, coloca o que sabe à disposição para âmpliar
o conhecimento crítico de ambos âcerca da realidêde, contribuindo coÍn processos
de trênsformâção e dehurnanização- Porisso, implica escurâ interessâda, humildade
pâm aprender, amorosidâde para o encontro, esperança nâ mudança de si, do ourro.
É preciso recuperar a educação e o cui.lâdo em saúde como diálogo de e enire
sujeitos, sí1tese do processo edrcati\rc e djmeusãofundameDtâ1de rcconhecimento
destes, un,a vez que todo ser humano é LLm sujeito en1 construcão, ou seja, âgente
que tem suê histódâ, traj etóriâ, cultura e valores (ARROYO,2o01).
Í,lEmtmni Fi-rrir!,ú
b) Amorosidâde: Acolhê l.r nas ações e nrs
práticas de saúde c cdu.açâo signilica anrpljar
o r espeito à xutolomi.t de pessoas e de grLLpos
Írcjais, especialmente àqucles eln situàção
de irlquidade, por crjar lâços de ternura,
acolhjmento e corrpromisso que antcceden as
erpllcàçóes e àrgl nenraçares, torralccendo o
comproJnislo.om à sulerâçio de situaçôes de
sofrirnento e injLLstiça \inlorizâr a nmorosidaoe
signillca ampliàr o di.ilogo nas r€laça)es dc
cuniàdo e na açio educatl\â pela incorporaçào
do aleto e dà sensibilidade, forràtecendo
pro.essos já cnr construção no SUS, como I
humânizàçào, o âcolhim.nn), a pàriicjpaçâo
socjâl e o enfrentamenro drs iniqlLidldes cm
c) Problemâtização: A froblemariTâçio
ln Dl,. . . ., i . 4rd ..!r J.
prop.le a construçào dc prátjcas em saLlde
,rliceÍçadas na IeiiLrra e na âni;lise cririca d!
rcnlidade.
Problematizar sj-qni1l.â leconh.cer r
expe.iência prélia dos suiciros e usá lâ tar.r
a id.ritiljcação das siruaçõcs limle (sliuações
de op,essào, n.gacão de direjtos)preserres no
,, rJ , P .-, t. .r.' .. ,r..lr..r r,..J|
las por mcn, de açô.§ |dra sua slrperaçào.
o l.rô1,. . ,rB.r, ii.
ud .. .n. .\,.
E os st)lcitos, ao prohlerr.rrizâreD, tambénr
transformarr sc lcsta rçào. pxssam a detectar
noros p«rblemas na sua real .rde e.rnâtisar asjnterlcrçÕes neccssárias parâ sun supcnção.
Assxr, .rnerge .orr)o norrlenb pedrgtigico,
conlo prixis socià], como manilesrnção de um
nlturdo reflctido com o .o.i1lr1ro dos arores,
possibiljtando â lonnulaçào de conh.cirneDros
conr base nr liÍêncix de crp€riências
15" '1".. .s _ ,o ,,,ll,1
c.rpâcrdad.s para intervir.
ílrí
*n:**rfr*+ I
q.,Jhomens e mulheres Percebam I
::,'Jilllj lillJllll.",l,":xi. I
[[:ffi"*":#n[+::r I
::*t:#,::;',::i:m Ipotente se consrruido â PartiÍ da I
açáo coletira de Pessoas e gruPos
com saberes, culturas e inserçôes
:'J:L"-..:::T:,::,:',T::';: 
I
môdô coletivo, as âções de saúde I
desde s1lâs dmensões teóricas' I
politicas e Práticas. I
compartilhamento de urn
)u coletjvo na Produçào de
e) Emancipâção: É un processo coletn. e
conpaúilhado de conquistx das pesso'rs e rlos
sÍup,rs dil sufcração e da libertação de rodâs às
L,, 
'. 
a, ,r,"'^. .., 1^!'
c liolência aÍnda vigentcs na socicdade ' qLLe
f"..,/.,r J "e ' c'"' ':Ô
social do lrdoecirnento.
Ioltà1ece o s.ntido da coletilidade nà
ferspectivâ de u]nâ sociedrde just't e dcnocrática'
r. o..o.Pe.'^ o p'Po''"o 'PÔ ;iinr I
,, 
" 
'"". 'r" 'lrJ ^ ' d- 'r'r ""o
.lo ar. .., ,..' ', 3, ,1"r ' .r-d.
alir ando que a ljbertaçào somente acontece n'r
rehção.orn outro.
. r o '' ci',fd' ' o"'o r' er
cotidia o.la sàúde pressuPóe â construçro de
".,c,-ssos 
de trâbalho êrn que os di\-ersos 
'âhres
'rnrsam 
sc constitLrir suieito§ 
'1o Pro'esso 
de sâirde
'" ao"n.o,.u"t."ponao sc às âtitlLdes autoritlrias
. Drcs:dtivxs e rariicaiizando o corccito da
p"rtl.a,açau nos espàços 
'lc construção das
potlticas.la saúrle a" bLtsca do irédito viárl'
f) Conrpromisso com a coDstÍução do
Prolcro DemoLrdlLL, e Pol'Dlar: \ "' 'rr':o
de nir proieto democrátic1r e PoPrlar enr saúde
pressupa)e a suleraçào da dislânciâ elrtre 
.o
pàis que tenos e o que quercmos constnnr'
""p"*"a. ". diveÍsas 
formas de eaPlor'tção'
alienaçio, opressão, discrirninl1çào e viÔ1ên'ir'
o r P-. re' '' d' rrr'" 2'r
as relaçóes, produzerr rdoecimcnto e inlusLiças'
yisrndo à tr.tnsformâção da realidade' con vistas
) emânciPação. No l'âmPo da saúde' 
'ste 
proieto
o pr(jprio Sistena Úni'o dc Sxúde' o qual' Prrr
tornaÊse etàtivo ern nr,r irttegralidxde' denànda
-, ^ 'd,
, 
", 
'.., ,i' ,,.,,é' ,d
embas.da Dos Pr1]).íPios já relcrl'los' t
eriêDcia pdticâ tem como bâse
do diá1ogo que acontece
o encoÊtro com formâs diíerentes
ê soop.eender os diversos modos
e andêr a vida, nas rodas de
otrçers:! com os coletivos sociais,
:a .oúplementaridade entre as
:ologias científicas e PoPulâres
: :§ amPlos sentldos que â sâúde
ô
T
irr
,:h
\t
"' i, .l, /
5{ !;'
)r 't 
'i'\ftJc -r
1,/i.it " + /ti
I
I
riru
,l ' r".
i
!
dti
tj
2.2 As dimensões do
educoção poputor
em soúde
À educação popuiar diferedo treinameüto ou da simples
ilêrsmissão de iüformêcões(PELOSq 2oos), pois estimutââ criação de um senso crítico
que provoqoe o entendimento, o
comprumerimento e a capacidadcde reivindica( tie iormulr
propostâs e transformar, por meio
de um processo, que â partir da
êçâo geft se reÍlexão e desta uma
Não é um discurso êcadêmico
sobre um métodq nem um produto
acabado or: uma receitâ simples
e mágica, tâmpouco confunde
se coÍn técnicâs de grupo usadas
como instruÍnento tático pâra atrair
pessoas. As técnicas sâo recursos
pâ.a estimülar a pârticipaÇão e a
cooperaçâo, porém, nâo sáo os
únicos derermiflatrtes pdm que
se tenba rim p.o."s"o 
.ar.utir..
derüocrático, um elemento
fundamental de una ação educatjva
permeada peta educação popular
que independe das récnicas, é o
compromisso ético_político com os
Sendo um processo coletivo
de produção e socializaçâo alo
cotrhecimento que incentiva
educadores e educandos a ler
criticamente a reâiidâde sóciô
econômico-potítico cultural com a finâlidade detransformá-la, a educaçâo popirlar intenciona um trovoprojeto de sociedade pêra o Iaís.
-_ 
o caminlo potírico pedago8ico propo5ro peta
eoJcâç3o poprrlar reque, o envolümcn,o cor reúonsávd
de todos DaiicrpJnle< nd consl I uçào. na rpropn"çào e trâ
mulrrptrcação do coDhecimenio.
Pâ r Freire, educàr c tornrr os s rjeiror
mà.§ húnJno!. e humrnizdr ,eric \iruar úl
lroce<,o\ e as prd,rLd\ eou.ativas no 
"Eago.nos 
"n\eros e nac l.rtd§ do\ s<lores populrre\,
rnLorfo 
"ndo o, princrD,o. da d,gr,cartr. daemancrpdçào e da jusriça (ARROYO. 20ot).
Miguet AJroyo (2nor) ,<fere que d
edLcaÇ;o DopLld, é a prarr.a com basc qu!,uogo. nd corrvenLi:r. nâ inre,J\;1, en r<probs.:ondis e populaçao. pur meio dos
corpos, daç tdlas. ddr cr,,.-d\: rnâtri7e§
iundaDentais dâ nossa identidade.
I
A educaçãopopulartem relêção direracom a cultum e com â vincuiacão às foni--s
dd viJd.- dâ moÍe da" comunidrd<s: cria!;o de rrç., \ol.aJr:os c Lu rprômetidôs
com a libetação, elo que aÍicuia sâberes diferenciados, sensibitiza o; diferenres
atorcs envolvidos e exprime âs representações que o serhumano consirói a pârtir ala
slra leitura do úundo napeÍspectiva de conhecere interyir sobre a reâlidade.
Segundo Vasconcelos (200r), a educação popular oferece um instrumenrâl
fundamental para o desenvolvimento de novas relações,..por meio da ênfase ao
diálogo, ê valorização do saber popular e a busca de inserçâo na dinâmicâ locâI,:
tendo a idenudade cultural como base ato processo e.tucativo e conrpreen.tenalo que
o respeito ao saber popLlâr impli€a necessariâmente o respeito ao contexto clítuml
As expedênciâs de educação poprlar desenvolvidas por meio da arie_cultura
proporcionam umê maiorêprcximação à humanização e à inteeralidade.
aI
&*ir
O processo educativo tem de ser s ensivel às linguàgen s que emerger11 nâ simplicidade
das experiênciâs locàis que, em uma viiênciâ de protagonismo ousada, tomârâm a
frente no processo de articulação e imprimirâm sua feição particular. Experiências
estas que buscâm, aos poucos, incluü se nos espaços dos serviços de saúde e das
iDstituições formadoras, e ensaiar umâ açâo que interfrra nas políticas públlcas, mas
que, âo mesmo tempo, possâ álimeÍrtar se continuâmente de suas práticâs concretas.
Entretanto, Paulo Freire ( 1995) alerra que, enquanto as pessoês rão se dão conrâ de
que estáo coietivamente prod@indo temas geÍâdores, que envolvem situâções-limite,
os atos nâo podem acoDtecer de modo crítico e com iüt.-ncionúdâde sociale politica
efetiva-
No caso da saúde,
os temas gemdorcs são
entendidos como o universo
temálico explicêtiyo
de enftentâmento das
questôes relacionadâs ao
processo saúde doença-
cuidado, aos determinartes
sociais dâ saúde presentes
nas comunidades. Esses
temas geGdores remetem
às situêções concretas
vividas e permeadas pela
contÊdição entre repmduçáo
e tÊnsfumação (situações
limites), em relação às quais
se buscam alternâtivas
concretas (atos-ümites)
isto ocorre o tempo todo
no cotidiâno da atividadê
humana.
À educação popular tem
o compromlsso com aqueles
em siiuaçâo de opressão, 'os
opdmidoJl e seu ponto de
pârtida é ê convicção de que o povo já tem um saber, parcial
e fragmentado, mas que cârrega em si o dom de ser capaz
entrctanto, precisâ refletir sobie o que sabe (e não sabe que
sabe) e incorporar o acúmulo teórico da pnática social. Nesse
sentido, torna se um instrumento que despertq qualfica e
reforça o potençirl popular em su a luta para romper a lógica do
(âpr,dl e consrruir uma alternat'v: .oliai :d. rlr Lompromisso
de âmorosidêde com o ser humano.
Un]a das especificidades da educação popular é a de
relacionar o fazer (saber empírico ou saber de experiência
feito) das pessoas com uma reflexão teódcâ (sêber cierti6co)
e integrar â dimensão imediata (miclo) com a dimensão
estratégica (mâcro).
Eu preferia diEr que nao lenho mérodo. O que
eu linha, quando muitojovem,há 30anos ou40
anos, não importa o tempo, era a cudosidâde
de um lâdo e o compromisso polilico do ourro,
em fâce dos renesados, dos negâdos, dos
proibidos de ler a palawa, relendo o mundo. O
qre eu tentei fãzeÍ e continro hoje. foi rer uma
compreensão que eu chanaria de críticã ou de
diâ1élicâ dâ prática educativâ, dentro da qual,
necessa.iamente, há uma certâ merodologia,
un certo método, que eü prefiro dizer que
é método de conhecer e não um método de
ensin (PELANDPJI, 1998,p.298).
\-
r^
ü
ÁÁ[Tt rÁ ttjfll.JM
POPI.JTÁftIs NÁ
Pft0t',l0ÇÀ0 DÁ \/lDÁ
I DÁ sÁUDt
L..tí
a
t
WÁ ffi
- r-
D
À Educação Poputar em
Saúde referenciâ a arre e a
culturê como processo no
qual as pessoâs, os grupos e as
ciâsses populíres exprcssam e
simbollzam sua representaçãq
recriaçâo c reelâborâção dâ
realidade, inserindo as em uma
prática sociai libeftadora, cujas
expressôes não se separâm davida
cotidiâna. PoÍanto, considcra
se que trâbalhar com ê arte é a
possibilidade de se vivenciar o
fazer em que o processo criativo
qlle se instaurâ agrega outras
dimensões que não só a racionê1,
reconhecendo a estéticâ popular
caprz de prodlúir seütidos e
sentimentos (BRÀSIL, 20r3).
[u *ffi*
Nessa perspectiva, ê politica
Nacional de Educação populâr em
Saúde (Pneps-SUS) nos provoca
a identiilcar os seryiços de saúde
e espaços, os rerritórios onde s--
inscreveü, assiDl como os espâços
de organização social, movinrentos
sociais, entre ouüos, como pote.ciais
pêra a promoção da saílde, nos
quais a arte, a cuitura, em especial,
o diálogo multicuttural podcm ser
facilitadores dos processos educativos,
mobllizatórios e paÍicipativos,
contêgiando os territórios com
leveza e alegria, sem perder de vista a
politicidade e a problemarizaçâo.
Ç
m
ffi
A arte e a cultura sâo mldto potentes para desperE:
qLe TL,ro , 'Ouir <\ide".rd co,ro i,ljogt,1,trio io4o,._.
pois mL,bili)r .en.dLor. ( \enr'ou, qL( a,.ov/j!dm o mu - .
simbólico dâspcssoas, despertam emoções que geral]ne.:.
não sâo consideGdas nos cspaços oficiais do fazer saLa:
Desta forma, adotâr essa perspectiva nas ações de sai::
reveste-se de desaÊo; por isso, os prjncípios potítj..:
metodológicos preclsâm est bastante evidentes parê :
educador, a fim de não p€rder de üsra o compmmÉ!:
com a democratização, com a emancipação, respeitana:
tempos, habilidad€s e protagonismo individuêl e coleú j
nas atividades e espaços.
ffi§
u
*
ü
1
T
\
;
*
t
ç
\
, 
!-_
f/
.J
:: r.r1 constrxídas, às re1àções desenvolvidas
: r:r::sso educarivo permeêdo peta aÍc e a
: r:::ropriâr d€monstram-se efetivas no scnrido
- 
.1:u'- L rd nô\d . r.r - d. pJrl.,.i-.o\. o.
: j: mais respeitosa e compro erida com
: : c. andar a vida das pessoâs, prorrotora
r. :.:-ões mãis horizontais entre profissionâis
i:::ros, entre âs pessoas de modo gerêI.
: r:: :mente, cada contefto e cada territ(triô
:- ::ó-irjâs e difêrentes culrllrês, abriga uma
: j:rêde de sâberes e expressões que, nuitas
: :: :ào estão evidenciâdas, sen.to que Duitas
- j= são soDegâdas ou inÍislbilizadas pela
: j::r.gemônica, ditadora de comporramentos
r 
-]:a, bastânte ditundida pelos instrumentos
: 
-rr.d. midia. euando buscamos idenrificâr
, i:lersidàde, percebemos múltiptos jeitos
:::...udênciam em modos dit-erenres de sc
'j '... de p"n'.iD. e de.r..oar5.. o. q..;.
. o i- ue.c.ado. fet. co..<tr o
-. 
-- 
Jo e referênciâ de cllidado dos serviços de
:-::. aa políricâ de saúde local, dos trabalhâdores
,:r-.:ores das ariv;dades, co o da próprla
- 
-r.ão que constitui os terrirórios.
, .rsejo e â necessidade dc intervir em unl
.:-.r::o envolvem um arte educador ou L,m
(,.e;J ao .ed^, e qL(irt .e
. .:.: e pêftic;par É impossíve1 senrir se do
' 
- 
,.,i n dDu, I Ta inte.ver\,tô all .1.(a. \ejo
: :i:=. poética, musical ou cênicà. Mcsmo que a
r:r-:: câuse repulsa âos sujeiros participantes,
.-'eflrroe", 
" 
ê .ra 
"r,.m,.o.,. o | .ej.
':r.'i.l ou não, as pessoas não são as mesmas.
- 
..rrriências de rducação poputar em Sêúde,
. - I 
-bra, esse ripo de ação já íaz pârte da
. . Jo. <r . nrr."o.. on5 (s . \u\ r( torn.d\ilo e
' ê.ào. ir(1.5i\(.ô,,s i,uindo \e.omo el-\o
. : .o do Pl]no Oo.r" ivu od tr cp, ct \
Assim, mLlitos são os exernplos
que podemos encontrar na atuâljdade
de práticas inovadoras íomentados
pelas redes, petos movimenros, pctas
ârticulações de educaçâo populâr Enrre
estes, destàca se a Afiicutação Nacional
de Movimenros e práricas de Educâçâo
Popular enl Saúde (Aneps), que tem
construido novos jeiros de fazer os
processos formativos e mobilizatórios,
a exemplo das Tendas paulo Freire, suas
rodas de conversa e círculos de cllirurà.
No conterdo daAn€ps, destacâ seo grupo
cearense Cirandas da Vida, que rcalizou.
\
Busca capturâr como as comunidâdes
evrinern sua história de lura, mêdianre 6
Ii,rguâgens da arte como fe.rilizrdora do
principiode comunidâdq ânalisarconoos
âtores populares se lnserem na formuiação
e lmpleme.tação dessâs políticas:
compÍeender como os difeÍcntes grupos
geracionâis exp.essam suas leiluras dâ
realjdade, no dialogismo vivido na gesrão
em saúdce analisarcomo aslinguagens da
arte conlribuem para a construção de âros
limile como eíratégiâs de superaçáo das
situaçóes limite (DÁNTÂS ,2012. p. 46). th
i
\
3.1 Os Círculos de Culturo no
promoção dd cidaddnid e saúde
w
W,l
Os debates tém i.icio na primeira hora que o homem
püticipa do circuto de cuhura. Em vinte minuros,
uma runna de ânafabetos é capâz de fâzer â distincão
ruruJier J fd, ô r\tooo.r! jalddt-e (dp.u.rír.
parâ chegar a esse resJtado, se uritizá âtravés de stidesou
quâdros, uma cena cotidiâna do meio ondc vive o grupo_
Como exempto, citâremos uDâ ceiia do campo: um
home4 suapàrhoça, uma cacinn a, um pássaÍo v;ando e
uma árvore. O mest.e enge de todos a descriçao daqneta
cena, e em seguida, indaga o que o homen1 fez e o qLje ete
não fez naquete quadro. Ào obter as resposras deixa togo
in.ticadaadiferença:oqueohomemfazóCuhuraeoque
e1e náo faz é Natúreza (FEiTOSÀ, r 999. p.4)_
Sistematizados por pâulo Freire (1992), os Círculos .le Cultura estão
fundâmentados em umâ proposta pedagógica, cuio cêráter râilicalmente
demo.rrt..o e tio(dddor Dupôe un., 
"D endiTagcn- inregrJ, qu,rompe com a fragmentaçâo e requer uma tomada ,le poSçao perante os
problemas vivenciados eü determlnêdo coniexro.
. 
Pâra FreÍe, essa concepção prcmove a horizonralidade nê relaçãoeducador-educândo e a valorizêçáo das cutturas locais, da oratidade,
. orrr "apondu .e, e r.( r.rr;.cr I r"1d-r. r.o ; r,-o <,ir,r. rle.d:. aç.n.
Foram concebidos na década de 1960 como grupos compostospor trâba1hâdores populares que se reuniam soU a cooràenaçao àe un
educador, com o objetivo de debêter assuntos temáticos. do interesse
dos próprios úabâlhadores, caberdo ao educa<tor coordenador tratâr
a temática trazida pelo grupo. Surgem no âmbfto das o,?eriências de
âlfabetização de adultos Ío Rio cranale do Norte e em pernambuco edo n1ovimento de Cultura popular. Não tinhaü a alfabeuzação como
objetivo centrâI, mas sim a perspectiva de cootribuir pâra que as pessoas
assrrni.r. .ua dis-,oadc .o.o ..e e. ,JrÍ.,rn05 . ,. r.-.".b....rrlde,ên.o-e. de .ur nr$ó <r êrle \Jd crit! ra pron-ove .ru 
" 
Jmfri,çJo do
o l-ar.ôore d red dade. Nci\e ( ônre_{r1,. prôDoe r un-r f -a} . DeJ"gô8r.,1que se compromete com a emancipaÇão de homens e mulheres(.sdhdndn 
" 
ir-.fortjn.iJ do /.fecto me.odoto8r, o ro azeroedagogr.o
LL--..rC
I
Ç
ul-
l
I
::. no entênto, o coDteí1do
: .::::aiiza esta ação, possibilitando
:: iJ:éncia do edllcândo, media rc
r:i.elamento da realidade com
r-::!.ulturais, sociais e polftico
:: se como lócus pri\,.i1eglâdo de
-r..ussào embasada no diálogo,
Ic; 
" 
df"or o
: :r.ao e na escutâ, â qual se orientà
:. ::ra un c cada uma de aprcndere,n
:.-. i da outra, problematizândo-n e
:lse'
:-: metodológico:
:.rmo principios metodológicos o
-Jur. ou., ronqu'sra cr . u o on ,.
. j:--:ade, os circulos de cultura, tajs como
:.::ratizâdos por Freire, podem ser
:: :r-ê estnrturados em moúmenros.
-omento irlicial, tnbalha se a
r::-:o do üniverso vocâbular, do quàl
. 
-. 
palrtra\ geradord\. \aC m/i. .
:: .rcação das palawas de uso correnre,
. :::. como representâtivas dos modos
:: :or grupos olr do território onde se
r 
--: (estudo da realidâde). Esse mergulho
:: ao educador interâgir no processo,
--:-i o a de6nir sen ponto de pârridê que
:-irá no teüa gendor geral, vinculado
-i inrerr:,.,1,.i..-io,id( <,rbl".e . d
r: rolistica de promover â integração do
..' 
_rnLúea rd1,fo,,rd\oo\oti . o. q _t,
ra"oe b".i.. de u r<n. .\do
::::]tes.
Dlál0go, nessâ perspectj\'a, renr a
ànxrrosnlade coDm dimenslo fl!rdâilt.,,
r, rrt]rp,nJo.se I rJi I d. ,,f|is\J,, id,'mrn.' r,. srtlrr J lrunrrl.lr.t. ,,,»,,
frincipio no quàl o educâdor e {, e.t!câD{lo
n.r!aLr.rdL^ forem rJrn.ri\ rgnorrr tcs.
A àrrlpliâção do oihar sobre a rcatldade,
corn ârnpâro na âçào r.Ílexão acio. e ô
desenlohirnenro a" u-, 
.onr.;tn.;,
críicâ que surge da problerna zaçâop.rünren] qrLe homens e mLrlhcres
percebarl se sLrjeitos histirricos, o que
rn1lrrcn â e§pe.arça de quc, nesse encorrrô
"40
No terceiÍo momento, âcontece aprobÍemdlndcào qLe ep,es(rtr um -romen.o
'rec 
$vo da I,ropo.ta q"r é brr.crr.uper.r, 
.rrl\ao ingen ro pl,r un-a nF-,teL i\. Lrnrcd,
cJpaL de ranslo.mdr o .ortêl.o \ iv oo. Á dçdo
de problematizar em pâulo Fftire iDpõe ênfase
-u .ui.;.o n""x.o. a r. o .cu,e o. p ob.(r,,"
'r,.grUo.d. ob,e"vr\áo da re;,,oadr 
.onr ,orl..d..Lô.on.r,di\úe.. b,,cJnou exD.r.,r\oc. qLe
u àrude| o t.o ío, -ri ld. O . I erto oôr.ua ve,.,
la"1baÍn .< L aI.ro nd nr aç,u Je proble i"..rar
e passa a detectar rovos problemas na sua
rÊ,jlid"oe e. o5\I.r. !uce\\i\a ren.e. \ec5e\en.ido. a p,obre-ldt;7"ç.jo ene,te comn
mon en o D(drsóg co. . ôn o p, a\i. ,oL id.. L,, r,,
rnJnir(, 
.\a. 
,eie.iJo 
.om o
.,o_j.r- to do. 
-,orc.. Do,çiDi ildndo 
" 
,orn-_tJ\aô
u( .Ôlrleclmenlo\ co-yl oJ\c nr \.\.n. r de
experiências signjficarivâs. Assim, o diálogo
constitui se como elemento càave, no qual
educadores e educandos sejam sujeitos atua es.
pedagógico, sejaln vistumbrâdas formàs :,
pensar um n]undo n1elhorpara todos. E.:.
processo srpõe à pacjêuciê histórica :
amadurecer corn o grupo, de ,nodo ole
reflexão e â açâo sejam,.ot,r"ot" ri,,t..=,
elaboradês corn ete.
Dessa rbrma, paulo lreire Íà:dc educação como collsciertiza.i,
reflexão rigorosa sobre a realidade e:qlle se vive, conl o entr€lacamenro d::
linglragens e suas respecrivas tósi.:.
epistêmicas, evi{lenciando u" fo.o, o 
""-."_problematizrdos fclo grupo, rnstreanc
o debare e cnnsr,rundo,,",..ã"..
sis]rilica.los (DAN'I.AS, 20t2). II
f!'
.UI,Aft
lÉti'í- E'"
'.,t üfr,hrAu
'i$úTlid
H]Jtsaiit€Íí"qtcrri(ElIo:
1,r/'q8El{
,Ã'r ,' l
' .,,i'"* -
''l
,1
!,1
I
'I'}L
3)
1rn i
ffi
': .,:à[,
,ix
s.;rc
-i:
.{-/
ot':o.\
i*.f,1
;É
O educador contradando â visãô tradicionalista que aúibd a ele o papel
privilegiado de detentor do saber é denônlinado aninadar de debdtes e tgfi o
pâpe1 de coordeDar o debate, problen1atizar as discussões para qLLe oplniôes e
relàtos surjam. Cabe tàmbén ao educador conhecer o universo vocabuiar dos
educandos, o seu saber traduzido por meio de sL1â oralidêde, portindo de sua
bêgêgem cuitural epleta de coDhecimentos vividos que se manifestam por meio
de suas histórias, de seus "causos': no diálogo constânte, e em parceria com o
educando, rcinrerpretá los, recriá los.
,ttr i üüe
L-'
I,l
I,,,
lib
t
L§
ÉI
)
I
Lt-
ü:6adtffiW-
§.--
hrr
i1l
irrii
3.2 As Rodos de Converso nd
democrdtizoção dos soberes
O espâço do educador deniocrári.:
que aprende a fàlar cscurando, :
cortado telo silêncio int€rmitenre ::
qucm falardo, cala pan escutar o ou!::
a quem, silencioso, e nno silenciad.:
fâlâ (IRIRE,20ro, t.,1,1).
A Roda de Conversê é um mérodo de discussã.
qre possibilita aprofundar o diálogo por meio d;
pârticipação democrática, a partir da riquezâ que cada
um dos sujeitos pârtÍcipantes tnz sobre dererminado
assrntoi sempre ancorando as reflexões no 'iaber de
expefiênciê feito I nas vlvências dos que deia prrticipan.
no aprendizàdo no mundo dâ vida. Mais do que espaço
de fa1a, configuram se, sobretudo, em espaçosde escurar
os outros e a si mesmos.
Proporcionam a vivênclâ de conflitos de ideais,
interesses e visões de mllndo, !ois, se bem estruturadàs,
pu*rbil't. , , ru.a d- in-l e..oe. np !'.e. .-ih
como a contmposicão de fâlas e compreensa)es.
Tendo como princípios básicos o diálogo, a rroca
de saberes e a construçáo comparttlhada, a Roda
deve permitir a erpressão de todos paÍicipàntes,
cada integrante deve ter otortunidade de fatar ou
expressar o qlle pensa ou sabe. Podendo contar com rm
facilitador o11 animador traz o diferencial simbó1ico da
disposiçào horizontal ertre scus atorcs participantes,
proporcionando a quebra da relnçáo híerárquica entre
qucm fala e quem escuta, colocando as pessoas em
contato direto umês com âs outras, sendo que cada
integÉnte tem acesso ao olhâr e à escutâ de todos os
outros, pois estáo dispostos em circulo e partem de LLm
tema geradorcomumoudeumasituaçàovivenciadà.
Um espâço de pârt ha e
confronto de ideias. onde â
l,berdade da fata e da expressão
proporcion àn ao grupo .onio
um !odo, e a câda inúvidLro em
partj.ulâÍ, o 'be§cimenro nà
cornpreensAo dos seus próprios
conflitos' (FlEiRE, 2ooo, p.2i).
I
1
Estâr cnl roda pode proporcionar um
,-e..: 1(r to jr d.vidLrd o, .ô.e.ivô. pors ê
5ignih.d,ivu J( .or..rr\,,o
d<m^crjria Ju suber. A. rod.r. todc-.l
contr;buir com o ptanejamenro de grupos e
o fo(alecimento do protagonisüo popular
na intervençào dâ realidade, câso a íorma de
cond,r.;u,roDi.'ea .e,le\:o." 5is.er.d,i_/r\ao
de açôes e estrarégias de superação das
situações iimites apontadâs ou viv€nciâdas por
As estrarégias nelâ deiineadas
apresentâm se potentes por pàrtirem da
leitura da realidade concreta, assim como
portrazerem dimensões que nern sempre são
.ô1jider",li. -áj 
.ôrs.fl \óe. prdgÍnd i.d.
ou tecniicâdâs, pois considcram o mundo
da, rel're.p11;ç;s. <oci,ri. iD e,enr_s p(.os
participantes, envolvendo â anorosidâde, o
afeto, o respeito ào outrc que esrá cara acara.
como târnbém adisputê enrre âs visões de
rnl1ndo que cüculam Íasua composição.
3.3 As Cirandos como espdços
de promoção do saúde-
)
,z
xl
'4
.a
3!l
í
rÇ
)
G
)
€
)
t
-
c) Cirandas na Educêçào perman.4ie:
Lonirib ri Ju Ddra to,.n(rdtiTdr d\ p-é r!r\
culturais da comtLnidade como cstrarégia de
D'orno\ou ( L.id.do . ,âJde: vdbl./dr u"Íl
proccsso formador qu€ possê pàrir da leitura
coletiva de situações limiie, vistas como situacôes
q're exigem transôrmação, nas práricas de saúde
locêis, íormâção câpaz de arricutar e incluir os
grupos energentes nos processos formâtivos;
alargar a visão de formaçáo que considerc o satrer
de experiência feito, consúuí.io nos moúmentos
populares, corno elemenro íunddmental na
plodução e sociallzêçào dos saberes cnl saírdej
considerur, nas ações à serem inplanradas, aI .rur a cos 
-be r^ d. -r, t. Ju.ba-' po'r d f,o.en.r"li,,J(ro do. l.o-pru, cç
futllro coletivos a serern consrruídos nesse cspaço
dialógico.
d) r irdndr. -ô .. n- .o oJ p. .,ipr:do
Popular: trazem urn caráter potencializêdor do
poder de interr.enção dos movimentos poputâres
e o desvelamento da lógica do saber popular Da
exequibiljdade do direito à saúde, bem conro para
promover um processo permanente de inrerâção
entre os diversos setores no campo dâ saúde e
.'. tud 
" 
d. po.r.;..". ,o, i" , crn , dJa ,o. o n grio.
pâra â construçâo de processos integrados e
interdisciplinúes de rrâbalho. podem contfibuir
pâra o fortalecitnenro do controle social, por
meio de um prccesso pelnanente de diá1ogo
com movimentos, conselhos pop ulares, conselhos
locâis, regionais e mluicipais {le sâúde e o com
âs experiências de Orçamento particlpatil.o.
Possibjlitâm a organizêção de processos
interdisciplinares de irabalho que âponta]l] para
o protagonismo lopular porenciatizardo o poder
de intervençào dos movimentos e o desvelamenro
da ótica do saber popliar na conquistâ da sailde
l'
'o.
I
I
l
3.4 As OÍicinds como
método porticipdtivo
Olicinâ é um lugar dr
coD§erto§, repâro§, .rlâtividade,
dcscobertas, lug.rr dc r.rLla.
t r.tbalho, tr ansfàrnr açâ o, | rccesso
de rrontàgem c de con§trução. A
Oficln.r constitlri se nunr espâço
privll.giado de .riàção e de
Enr umâ oficina, proccsso
e produto mtegrim se em Lnn
processo reÍ]erivo.,\ oll.ina n:o
pretende alcançar urn objcrivo
''a 
.tLr.rlquer clLsro"i preoclpa sej
pelo côutrário, com â adequàção
e â sequôn.ià dos pxssos â sererr
dados para que s. chegue àqL,elc
O p!cesso deconsrrLrçâo que
se realjza por melo de oficinas
tem \irias cara.rcristi.as: é|lurtrlimensb.al, cri,rrivo.
colctjYo, plânejado e coord.rado
coletivamentc. prioriza
rprendizado usando o co+.o todo
e n:to só a râzão. É for isso que,
n.sse pro.esso! s:t) trabàlhndas
as distiiÍrs dimensôcs do ser
hunrano: o sentir, o prn!arj o
âgi], a inluiçào e â razão, o ge§nr
e a palaYra lnt(]r\êm e enconrrlrn
A criatir-Ldâde é uma
cam.ter isti.â conÍilutiva da oil.inn.
Elâ inp1i.a.r capac âde de inlentar
o noIo, tânto no que {liz rcsfejto ào
modo.lc trabrlhâr, conlo ao produro
.onstrLLido. E iInprescindivcl 0
uso drs mâls rariâd.rr formàs de
lingu agem, qrLe possam c(,rrespon de r
às dn ersas. insefará\'êjs dimensóes
da pcsn,a. Por jsso é.o
o6.inâ, a i rodLrção da darça, da
p0esia, da pintLrra, d.r modclâgem,
de Lrrincadelr$ e das dinâmicas de
grupo.
I
L'nla ohcina, aléln de seÍ r r pro.esso
' trri{lnrlensional e criatr\.o, é algo coretlvo,
::r pass.r pcla construção de várias lessoàs.
...,.....^rT',O ,r .^,.rro b,l dr.l.
. ,J . -t . r',',og o.
:.r produção do que se quer obte. o d.sâfro
: i .riaçào colctivê a partir dos re.rrsos do
'].lrprlo grupo, â pârtjr dâ prática de cadâ u r
:rri reu cotidiâno. A organizâção do trabalho
,letivr busca râloÍlzar e potencializêr a
::rersiLlade e a potencial .tdedrcxdaum.
À oÊcjnà é LLm processo coordenado
q . f, , I p1",, ,..ro f,e . .1.
nrcdo a fàr.orecer ulnx construçào coletila
11 < .l .st,n ., ,
exPressjLr nLLm ProdÚo .oncreto. Pârx is§o,
será necessário buscar fontes (bibliogrillâ,
assessôr i.r, .ntre outros) que cortrjbuam pâIâ
rnJ dt r, t,'.'rd, J., . t, í " . ,]l ',i <,,.
.rcumulado àprot1lndâmeDto
d . t.rr." r.
.,n -q.,, r.,r,,e o .< l.-"
n..r . ,^ r \P, .r r,. o, rr' 
"ne.,r.. J
esfecialistas possâm scr ne.essárjos etn
aLgurr momentu dà oficlnr-
É necessário .trid.rdo pàrâ não làzer
!,assar ao gruPo a ilusào dc estâr construindo
âlgo pretensarrente novo, ti,lâl.cendo a
.or ien.r"lr'1.1r. .. c.or 1,. 'n.lo'
rÀ ,lô L. .o ,ido o .t,r . ; ,J
O(a) educado(a) qLLc trcillta ou coordcnê a
oflci r, âlérn de plânejar e buscar as Íb.tes
anteriormente, duraltc a oli.ina, asslnne
a postura de copartlcipante, que acreditr
na origiralidade da.ontribuição de cada
fd r. l!.reeq.e.rur r , r. r,. "^1,"1
preler qual será o LesLrLtado final do proccsso
qLLe é.hâmâdo a condrzir
\
I
Caso sejam várias pessoâs a coordenar ou
assessorar a o6ciDa, será necessário que haja â
maior sintoniâ possivel enire elas. Corno câda(rnerlén( a .,m \ud parric,,tdridtrJe. reqIe,
rngredrenlecadr qu/Jo\c. 
^mb.n"aos,detor Im
a corresponder a câda especlficidâde locâi e
.onjunrurdl. d. dd" púbrit o e obler:ro. O p, â7r r
de ld,.cr oiLind .InddÍentr \e (x/rrmenle
na consciência de estâr experimentando âlgo
.,rgl'rar e de e\ld. Jpre-dendo,r (xppr.,rcn o
Oproduto que nasce das oficiDas terá urla
-er. J Lr:JI,vd r pJ r rdimen,ionJr. Sc,r sempre
rlro p"lDr\e. (/od \i.j!e,: Lrr Je\enho. qr ,a
expressão musicâl ou plástjca, umâ colàgem,
ul11a eryressão corporâ], um cartaz. um texn)
Pâra isso, será necessário um trâbalho contínuo
de sistematização que, no càmpo popuiar,pode
ser apoiada com as lelturâs de Osc Iarâ e das
diferentes experiênciâs de sistemârizâção dos
movimentos sociais populâres,.
!
ün
3.5 O Corredor do Cuidodo
como prótico de cuidado
O Conedor do Cuidado é unlâ vivênciâ desenvolvida petff grupos de educa-:
poptlâr em sàirde e movirnenbs populâres no contexto atâ proirle rtizacão :-
cuidâdo em sâirde. Imbora aindà haja umà carênciâ de sjstemarização e teorjzâ.:_
sobre estê experiência, âlguns princ4,ios e ..jeftos <te fazê lo,podem ser elencados
Conformerelato deMeloeDântas (2012),no Ceârá, iniclâtlnerteete foitrabathaÉ:
nas f,irmações ern massoterêpia que ocorriamnocontexto dos movimentospoputari:\(rnnJiôr.,pr,^(.p"\o...rnd-nn 
.uJ.,er.ré-.'J.,un.e,,Jr.,u,"ore,<d..t..
que protagonlzàvam esses processos partla]n da possibilidade de que esses cuidâdor..
pudessem perceber que, além dc reêiizar unlarécnica de massagem, erâ possir.el, e.l
grupo, acolher e cüidâr das pessoas do modo corno desejâriam ser cuidadas. A tiE
de desenrolver uma experjência identi6 cêd a com aqueles que ê vivenciêvam, partiar:
de Lrna prática cultural da comunidade o túnel da quâdri[la jun;ra para que
ao I lrar rrqu(.e coíe|, Ir- rno. i . ad pe§nc p:de... p<r.eoer; Irrtorruri... a.
carinho, da âmorosidade e do respeito com o outro e com â oLltrê, no sertido de
compreender os limites de câdê um nâ aceitação desse.uidado.
Desde então, o Corredor do ClLidado
vem se populârlzando por meio dâs
Tendas de Educâção Popular em Saúde,
costumeinrDente chamadas de Tendas
Paulo Freire, reâlizadàs em evenrns
,acionâis e locais cla área da Saúde,
êssim corno rem sialo iriensificado em
processos formativos tlroragoniTados pelos
mol.imentos populares.
O jeito corlo acontece é simplesr os
cuidaclores íazem unapequena exptà.açâo
sobre os sentidos do corrector e o papel
de cada pessoa nele. Geralmenre, dois ou
màis facilitâdores promo.r.em o convlre aos
Pârticipante§, como, tanlbém, ofertâm ao
grupo eteDentosque comporãoo clridêdo â
ser realizdo, como rnúsicâs irstrumenrals
ou cantigas identificadas com a temáiicâ.
promovendo o acollimento, o relaxamenk)
e â coucentrâção durânte avivencia.
, a,t a
À participação é livre e todos(as) que dele partlcipanr sãocoN.idâdos(as) â se permitirem clrldü e seren cuidados(ar,
fortâlecendo a percepção sobre a necessáriâ horizontahlâde nas
Íelações de cuidado;
A conÊarça, a entregâ, o sentido de pertencimento sáo
eriercitâdos o tempo todo, ào lêclrâr os olhos e se pcrniiir ser
cuidado ou cuidada por L1m colelivo de pessoas, companheiros e
companhelrâs de lutâ e de comunidade.
rrorma se um corredor humano e algux cuidadores
ncâm fora dele pâra fazer um .uidàdo individuâl
em cada pessoa. Após esse cuidado indivjdual, â
pesoa ade.tra no coÍredor enquànro o cLridador
diz ao seu onv o, palâvras de força, vâlorização,
estiml o e coüfranç,r. A pessoâ. de olhos rechados,
segue \2gârosamente pelo .orredor permirindo,se
ser cujdada por rodos e todas. Ao Jiral é acolhida
com um abraço pela pessoâ que está no finâl e logo a
segL,ir eÍâ âssune o seu lugârpaÍa acolhero próxino
pariicipanter (DÀNTASj FtoRÊNCIO, 2015)_
Hoje, as vi\énciâs do corredor têm agregado, além dos roques
de massagem, cuidàdos com tambor, maÍàcás, eNas medicinâis
âromáticas, /l]iÀi, pedràs, músicês, poesias que se incorporam de
acordo com o contexto r1o qual ele ocorre.
À prática do corredor tern anunciàdo que o cuidar nem
setrpre necessitâ de técnicas apuradas, resgâtàndo a naturalidade
e a humanidade do âto de cuidar e fomentàrdo nol.as relações no
.'rt, ro dJ . .rd( elere 
- 
d.i.,. n. ê.pLrtu. no.o pÍon i-ô - nà
solidariedade mútl1os.
::j::\nr "Cridar do o!üoé culdarde nnn,.uidar de.rjn é.uüardo nnxllo Ll CôÍedôr d..unl ld'loipubli.ado no
i :: ar Re{le HumanrzxsuS. Dnponivel e.r: <httF:/h\üaL.rede|ünra.ia5us.rel/92r56 .uidàÊdô .ufo e cunlar de rnirn
: :::drErnre.! àr do'mL do . .o.r..tor do.! âdo>.A.ê!!rcm: r7for.2.r5
]
t
1
.l#
*,
êi
ó1
PAIIIINAIIVASPÁ[A O
IIABAII|O tM SAtlD[:
SINt,UtAIIDADtS I
tI4IIODOTOt,IAS
Dr[[tNÇAs
d
tr
1i
ü
r:
til
{
É
§
fr
I
d
F
lc
:
a
. 
.,d,
z/Írrf Bf.tttrall,.'"1r ._
Desde os primeiros passos deste
rnêicrial, renrarnos crpressar que a cducacà1,
o.pll.r e .dude ( . u:.u ..,i. \1. rn,J
rr(Lodo ugn frôr. iu tou oF e' ! .(i( tJ \Ir !; 'e_ ,,/é\d^ trriri 1a 5!r,.ro unra Ieo,i,, /o co túeLnrcnta do q|eurr fiet,i.lôlo8u dc ens;no. murro ma;r
um método de aprerder que rlm móto.to de
ensinârj assirr conlo temos cie reconhecer
a existénciâ dc várias meiodologias qlre se
dlzem pâr cipârivas. Contudo, a crlrério de
exposição, podemos comparar alguDs iipos.
€nhe J5 varjas corrcnrcs da rduca!,io quc
Rrnd;mÊnràm determrnadJs mqodolourà\
a tim de mo.t,armos os rliteren.iars b,sl.".
dâ educaçào poputar. SeÍdo assim, âo se
erâminaros tipos derneiodologiâsutitjzadâs
em lroc€\s^ç <drLcoLn.os,,ao encorlrrrdi§
rlgurras.h*rnc,rçors rmp,,rtanrc\ de sdcm
(loncepçâo Tradicionâl de Edu.::.
"Metodologia auiorjrária ou elitista,,
mebdologia aubrjtária e domlDadô.r :
à domesticação das pessoa" pu.a qr. 
"1.-pr€rremrubcd€ce, eàr ep, oduz,, rLm Dr-:
de comporranrcnr,, que s
e âos inreresscs de un1à clâsse domir,a: 
.
Embasada em umâ coDcepção tradÍc;r -,
de educaçào, em sintese, consiste em 
-_conjl,nro padlonizâdo dc procedirne- :
destinâdos a transnissào de conheclmer :
Um anificjo quc peünite ensinar ti::
a todos, de formà lógicâ. Lógica esta..-:
serià propria dás DtcljgenLrtrs r.luli
plendmeDte inraJnrecr{las e desenvohrc-
e que postuem cerla posição de clzri-(cientistas, 1itósofos, pesquisêdores, er:::
t,'r
: 
- 
-. 
o tróprio conceito de
. ::eiriàna de uducação:
-lri:iógica oLL LiberradoÍà"
Afirma a concepçào de educação e
metodÔlogiê, âlém de trazer implícita uma
co tepçao epístemológira e ma l].lão àe
mrÍdo, pojs são aspecros de uma totâlidâde
màior: a práticâ soclal (práxis sociâl).
Partindo desse pressuposto, a proposta
de Frcire prrte da Estudo dt1 Ret)liddde.
Nesse processo, surgêm os'Ibmds GeÍndares,
extraidos da problernatizaçào dâ práticâ de
vida dos edu.andos. Logo, os conreírdos de
ensino são resulrados de LLma metodologia
diâlógicll. Cadx pessoâ, cada grupo
envolyido na âção pedàgógica, dispôe err si
pr oprio, êinda que de fornra rudimentâr, dos
conteúdos nc.essários dos quais se parte.
O importaDte não é transmitir conteirdos
especificos, mas despertar uma nova
forma dc relação com a expeiê,rcia f.ivida,
insiigando no cducando suê capâcidade
de translbrmar esta realidâde apresenrâdê.
A trans issào de .onteúdos esrrururados
fora rlo contexto sociàl do educando é
considerada "invasão cLrlrLLral" ou'deFi)sito
de informaçôes'l porque não enrerge do
sàber poplLlâr. Poriàrrto, antes de quâtquer
colsa, é precjso colhecer o âluno. Conhecê
lo como indivÍduo inserido num conrextL)
soclal do qual deYerá sair o tonieú.to" a ser
trabâlhado.
. ,rd didática é hlstórico
.::. está relaciollâdo con1 o
: :i,nrerro histórico dos quais
:::: como dos projeros, das
: ::: L.leologias que the deram
:ega a neutralidade do ato
! ::.:lltando conrc pÍncípjo
:].1:.]e.
metodologia pàrticipativâ
(nem para, nem soàre. mas
.o,r as diferenres partes
envolvidâs) e a6rma que o
modo de lazer já é, de ce(a
forrna, o que s"" qrLer fazer e o
para que se faz. Visadespertar
o senso critico, a lelrurâ
dà rcêiidade e promover o
diálogo entre as parres a 6m
de juntá lâs num processo de
construçào coletiva.
Para Freire,
metodologla que promovÀ
o debate enrre o bomem, a
natureza e à cultum, eÍtre
ohomemeotmbâlho,
enfim, entrc o homern e o
mundo em que \.il.e, é uma
metodologiâ dialógjca e,
.omo tâl, prepàra o honerr
pâra f.iver o seu tempo, co]n
as contradições e os .ônÍlitos
existentes, e conscientiza o
da necessidade de intervir
,esse tempo prcsenre para
a consrrução e â efetivàção
de urn futuro meLhor .A
atitude dialóglca é, anres de
tudo, Lrma atitude de amor,
humildâde e íé nos homens,
uo seu poder de fazer e de
refazer, de criar e de recriar,,
(FREIRE, r9s6).
Partindo da conlicção
de que qLrem faz é quem
sâbe, mâs quem pensa sobre
o quc 1àz tàz methor, e quem
taz laz tanrbénl o senrido
do qLIe faz, a metodoloqià
dialógica stgnifica. ao mesr;n
tempo, um caminho emque educadores assumem
umâ postlrra respeirosâ
e constroem com os
r\lém disso,
como ponto de c-:.
o aurocon hecin en:. .
proiagonjsmo, a f ece!! :dc unir esforços
orga.izàr se para â co::
de dircltos e para assu::: :
como suj.ito do seu d€i: ::
formas de pârticjpâçâo e
de colaboração, cujo ponro
drpaÍtrdaeaconvrc\ro
de que rôdus sJo cJf,àzes
e desenvoh.em dif,-renres
habilidades.
'* 64
lii
I
: i.: :r .oncretiza se no trabalho que se fâ7 â
:,: -.:-lii sentjdas e num processo de continuo
: :.ri pcssoas cN'olvidas. Porém. acreditar
:..\)riineâs do povo já s.'ja âliernâtivas
].-,Je aperas si$iicar uma posição tlo
: : :ri)priainrposição. Conl o Íeconhecirre to
- : :..:r aspopulares,será necessá.io Pdencializar
: : 
-r:: rellerão critica, potencia lizardo o diálogo
.,:,..ilseâsBlobàis.
Assim, alguns sinâis indicam a meiodologia
ê:. educâçào populàr, âplicadâ a um processo
politico pedagógico, quando:
. \4ôb liTa pô,qJe ,on'fe com , .i.u/çdo
Je doÍrrên,i" e a .r -- rào de inpo."-,'J
geradas pela doninação e expressàs no
individualismo, no consumismo e no
fatalismo.
. Qualilica, politica e tecnicâmente, os
sujeitos por meio dê experimentação e da
apropriação do conteúdo e do método,
contribüindo com a conscientização.
. hcentiva a construção de espêços de
parlicipâção popr âr, gestão democráiica
e p,rÍr , ipr rn. alirn.çao da,'dadarra.
âmpliação dos direitos e processos de
controle social e de democrâtização do
Estêdo.
-,1
)'1
,. ó{Â
T
*
,i 
'z
-n
./\
u
i
;,
-
--=
I
*
tl
\
I
)
!
I
:,
4.1 O ri e ntoções p eddgógi co s
Com bâse na intencionalidade de fortâlecer â participação
popular, o controle social e â gestão participativa na saúde, as
atividades edllcativas podem ser orientâdâs â partir de algunspressupostos pedagógicos:
. Aproximação e conhecimento da realidade social em que
se vai desenvolver o trâbalho, na perspectivâ dâ edllcâção
popular, com as metodologias pêrticipativâs como
observação do participânte, pesquisa ação, numaatitude de
êberturê e de es.uta pâra â construção de diâgnósticos das
realidades locâis, fomentando a solidariedâde e o espiríto
de compromisso dos grupos em contâto.
. Mobilização social que una os esforços de afticulação
e formêçào (encontros, seminários, o6cinâs, reuniões
formativâs, grupos de estudos, circulos interativos,
intercàmbios de experiências, mutiÍôes de formêção
popular e caravanas) em torno de programâs concretos,
ligêdo à defesâ da vida e da saúde.
. Desenvolvimento de processos educâtivos que ârticulem a
teoriâ com aspráticâs sociais, eniidades e agentes envolüdos
com diferentes modalidades formativas, instrumenros
didático pedagógicos e comunicação de massa, cuirura
populâr de resistênciê e reinvenção dâs relações econômicas,
,o.rdi', . u lu -r's, rmbientdr., entr. oLlro..
. Construçào coletiva do conhecimento tundamentada
no processo dialético práticateoriâ-prática, associando
o conhecimento da realidade com sistematizaçâo dâs
experiências e conhecimentos dos processos de articulação,
formação e mobilização, concreÍizando o 'aprender com â
prática1
. Articulação das forças sociais com áestruturação de redes
de educadores populares, entidâdes e movimentos sensíveis
à necessidade de mobllizaçâo social pâra um âmplo
mutirào nacional em defesâ da saúde e da vida. retomândo
os fundamentos da Reformâ Sanitária.
)
\
/
/
tI4rr0D0r0clÁs
PÁMüPÁTIVÁ5
4
ai
t
T
I
i
t,
:l
I
l
liâbâlhar de lirma far tjcitat iva .ont ribuj
..J,,\r ,.. r,e .t e. ô
. sobrc à práticâ do trabalho coletilo, aLmcrltâ
â \,isio $bre a redidade e n resl,onsabilntadc
c(,n i1s decisôes tom.rdas.
As nretodologirs prrticiprtivirs geràm L1rn
pro.esso de apreDdizagem ljbertâdor, \,isto qu.
terIn jtem deseln'olvcr Lrm pro.esso coleti\o deê\o l.,n
iidi\.r.lual e coletivo . possibilit.rrn a criaçio, a
fornlaçào e a translirrmaçào do c(nrhecimento,
e)n que os p.rrtlcipântcs sio ieitot de sua
e1âboração e erccuçiio.
tr{uitâs vczes, rs pessoàs tàlxm err
metodologia pensândo nas dicas de cono fazer
as coisas, nos procedim.ntos e .ts ré!ricat de
;.1'." rnd I cqr . 
'
§egLrjr uma atlvi.lad.. Porén1, colno qualquer
Inétodo, não ó Lrm lnstrLrmenn) técnil'o neutro,
rras senlpre ligado â urrâ lisào de nmndo e .r
rm objetjlo hlstódco .oncrÉto. Os plocessos
pedigógi.os tambén) sio marcados por
djstlntas .on.epçar.r de mundo, sociedadc e
74
5. 1 Algu m d s cc, rd cte ríst i cct s d (r s
m etod o I ogi os p d rti ci p o t ivd s
\...- .J .. . I .
': "r 
ô'j' 
,...,. 1,....--.b..
J. t.-. l.-. L .,d.1 e .l . .. ,
.,vol,ilua ro\ue ,.,n1e."n, 
",u,,ira" n" uo.",u,.iâ e a sensrçào dejrrp(Íên.ia, gera.tàs peta dorninaçàô c e{pressas Do in.lividurlinno,
no .onsumismo e üo fâtâtisrDo.
. Conr.irrom.re as pcssoas, nu.ra dimeDsão integrat da \j.ta, eDrprccessoslegiii,Dos d. lLr(a feli i,i.ia piür a eDran.ipação das pessoas
. na snâ aÊr n1açào .omo sujetlos so.iâi!
"lb 1,,'.erpernrenLaç:io e irproprjaçalo do conteúdo e do nréro.to, coníi utrdo
a âirpliaçio Llos niveis.le .ons.iên.ja.
.:::
t:"''"' -^r'
.t..j,u.
l -. . ., o.r-. "..r ... . , ,..., . . . s.
,.'o
dos rlireiros c dos pro.essos de conn.ole so.iat e d" a*-.-ir"çao
::r!rJ f.là ÊnrJr !,p.rrJ,, ! t(lr \ .r
i.'-' ^ ,.r ,,'- ,.. r^.rr 
"L ,.. i .le ".
t 
",,, ,
,., ;
1', ",,,', J 
. ,.,i:r " uD.. se
.ú....' Lr ..r 
..úa..;r.. D,.r I
parti.ipaç;o.lti\a em situxçôes reats ou imagnrá.iisj prolo.a a relcxão eíacilita aos pÚri.ipinres na consrruç:o ,trs s'iruaçocs co.cretàs.la rj.là.
:l
!
i
5.2 Dicos nd construção de
p ro ces s o s p d rt i c i p ot ivo s
A constrlrção de processos pârticiparjros
ei\-olve o planetanrento d,r arivjdade dê
rcorclo com o rem.r qLLe será trabalh.rrlo, os
objetn.os da âti\.idâde e as caracterjsticas dos
particjpànres. Pàra isso, antes da escolha da
técnjc,r ou dinàmicâ, é nnprescjndn.el que o
reslxxrsálel pela coordenrçào, conduçâo ou
Íâciliiâção do processo edrcarjvo:rcrta soblr
âs segLliúesperguntàs:
Que ierna Íànos rrabâlhar?
-OL' uoJ, :\, . ,: r. .,n,. t.. .ç.
C(xn quem rarnos trabathar,
(Caràcteristicâs dosparticDantes). ,1.
Respordldâs essas qrestões, de.!.e_se escolher. quàt técnica é mals ad..:.::
especí1lco. Posterbrmente deve-se definjr como \âi imflementar a iéc::;
detalhando ospassos no rernpo previstopâra desenvolveraarividade. E, por :,
é necessário conhecer e ter .tomirlio do conreír.io sobre o tema que será tàai : :lim de conduziro processo com habitjda.ieparâ aartjcutâção entre os etenle:::t
que o grllpo prodlizir com os elcmentos de conteúdojá sistemâtizados.
Aléü desse roteiro, acriarividêde e  flexibitidadesão fundârnentais Dar,r. ,
o processo educêtirrc seja participàrjl-o, democrático, protundo e siste[r,ír,.:
como, tâmbém, para srperar as advcrsidâdes, como ê fatta de recursos materi.-,
entre outrâs questões.
l
l.
i
I
!
€
§qA5 TTTNIIÁs Dt CIUPO
-
PÁmüPÁÇÁ0
t0t\,l0 P[0M0T0[Á5 DÁ
' ::, . .,,
._ :(f:ii.
-.ltlm
\
l
,l
ti
'.1I
I
rF
:]
Costo de ser g.Dle porque, intrcabado, sei que
condi.io.âdo. Das .ons.ie.te dô
nra.ilrà,ntrr, sel oue fosso ir nr.is além dele. Ií
(ra 
.lifere,rçà frolLlrdi entre o scr d.1.Üni.à.1o. o
ser.ondicrcnado IfRIIR!, :010, t. 5.t).
Àr opiarrros rnctodologjcarner)re tela educàçào fopLrlar,
estamos allr]nando qu. 
^s 
técnic.rs por si só, sc nnflenrentadas
scm uln referenclâl teórico, mcbdológico e polirico, perdem suà
potencialrdndc. Logo, toda a constrLrção reilcxiv.r que introduzirnos
I.1 no i.icio dà publil:àçào, cm.liátogo con nossas reali.là.les
pcssoâis e coleti!âs, sào fundarn.ntais para con§rruir mos segura ça,
.liniinrica e €ieti\idâde no enrprego drs té.nicàs farticjpariyàs em
no§s(,s espaços de frodLrção coleri\.a.
Cabe reiirir que, eln relâçào às récnicas
p.trljc[atir,'as, lj!en]os, no BIâsil, há
algumas da.adas, a ampliàçào da frcduçào
de Ln ros,Fesquisas edlss.rtaça)es cienrifi cas
nrais prónimas ao .ampo .1o colrhecxrlento
da psicolôgii1 organizacional c da
admlnistracao,.om o nome dc'dirâInica
de grlLtol quc, irr.lusir,.e, tâzcnr parre de
nossas rcferên. ixs n 
€ste liÍro. À,luirasdessas
produções reú ern récnicas importanres
p,uà jntegr.içào e üganjzâçâo.le grupol
porérr, dirc.bna(las a emfresas, com o
(,bietiÍo dc melhorar x produrilidâdc,.t
ell.iêncla e r elicácia no rrabalho.
1
à^
.:
ll ,,:l I ir';,1 trilll
1r rl11 t: :jlil r[ Iij, 1, I
I
:
I
I
\.--.
É resse conterto qLLr as técricas participativas
e tartos outros distosjtilos de promoçâo d.t
frrticDação cntrln em cena e os sujeitos
facilitador.s e farticipintes poienciâlj7am a
açào. Porénr, irresmo â n:LiLLrezJL hunlana sendo
programrda prra '!er majs': isso n.to garante, por
si só, qLLe cssa fotenclâlrrlâde se concrerize na sua
enlstêr'r.i.t. Pim dirrrlos Íazào a esse frocesso de
(]onscientizaçào dâs poiencialnlades e capacldâd.s
de si e do coletivo, é fundamental â.ri:Lç:o de
esfacos de açào reIlúrio ação que proplcie r qLLe
.f'I ,..-..', ,,,..,1
na nâturezâ dos seres humanos' vivê reaLilêdes
desumanizântes, qlreoiiagmentâ co individualiza
efazcom qLle frecise buscar cssà nxtLu eza humann
o ser ]n.rls': qL,e po.le se concretizar em es|âços de
farticipâçâo, .le Êncortro e de fortrle.irncnto do
sentnio dc fe,tença (FRIIÀI-E,2o10, f. ;5). t'
O s.r h!mano é esser.ialrncnLr
trm ser r.l..lonxl e tor sô lo
.âre.e de ourro tara a.onstrLçar.
.Le suà rd(D{ ad.. Como úreio de
nLpÍinrir.íâ.rrén.iâ, relaçóesdc
.o.rnê..ia silo .§.t,ele.1dàs e.a
doâçãô d. si nr€snro, sentime.llx
de hudrâ.i7açlo podenr s.r
.on§ruidos A rliLudc de ir ..
encont«rdc o!rri pessôa não
x.ont.cc tor À.aso. ((l^RCIà,
r0r 1, p. 11.
,{ssi . o conhecinrer
pÍáti.à, ou seia, a práxis, ,r:
de ser indniduêlizada e t.::
oportunida,le de ser cole.
Além de qualiÍicadà :. :
possibilidade de constr!..
de vnrculos, considcrândô :
diversas dimensôes hLLmar..
iitelectuajs, afetlvas, tenll-. or ;.::
e espirltuais. [.m
perman. te e inesgotá\e1 bus..
pela iniegrâlidàde, ia (]u..
nlentificàndo esses fatores, .
grupo e às pesÍrasproble]11atizârr
detcrminâd,Isituação e concebcnl
coleti!ünreúe um sabcr, qLLe nàr,
nega xs contradiçôes, rnâs que t
ressignifica e desenvolve-se mai!
potente na apllcàbi1idàde prática.
3ó
..rs parti.Dnriyas no
::riino âfrcndizagenr
::bso[rtrzado Dem
r Sú urilizaçâo serve parâ
ofietivos especificos de uma
' 
esrratégia educativa dentro
úio histórico, no sentido de
pÍMuçào do conhecimento e
r:r.:ao, tanto no grupo/coletivo
:rdniduo/singulâr, uma vez que
io é um fim, mas um meio, ou
.raDenta a ser utilizada.
úemção de saberes, marcados
Ao olrar peto uso da ré.rica de grupo,
pode se, i,(, mcb de iosos, trrir.a.teiras.
draüràtizaçoes, té.nicas pârrjcipnrivâs,
olicinas viven.iais e cir.trlos de culrura,
.laborar um arnbiente descontrâido,
dis.Litir relllàs comflexos, potêmicos 
. até
estirrulâr que sej.rln extern.rdos confljtos(do indjvi.lL,o r: rlo gmpo), buscanilo
estlnulâr os pâfticjpântes a atcançarem
urIâ rrelhoriâ W àljtat iva nâ perccpção de si
mesmo e do mLrndo c, conseqlr.nternenre>
nâs relnçô.s estabelccidas consigo mesnx)
e conr o ourro. As técri.âs .ie grLLpo, .r1
LLma perspecrjva lib.rradora c llejri.tna. §ào
câmlnhos para .du.rr e cducâr se lLLitol
.:: tor aprcxnnaçôes e
EhirAcetadâs, a convivêÍciâ é]I diversas mãos, toüa formâs,
oEoiâções mais vadâdas. Dessa
! \jver e convivet emerge um
iar de encar o mundo, de
e decidir a vidâ, de deixar â
mpo. Nàsce a cultura.
ttl
É
.g-
OLrtros instrurrentos educàri\or
t.tnlbém podern ser LrtiljTêdos de âcordo
co]ll â po,tsibilidadc de diáLogo corr a
iécnlca ou esrratégià escolhjda. Recursos
como pt1)jeçào, cârrâ7cs, taricrâs, desenhos.
lideos, extosições diâlogadas, Dúsic.rs,
poesi.rs, perfornr.tnces sào iIÍnrm.nros
qlre, coln criàti!jdade, podenr Dote .irli^f
lr jà.ilitnciio dos processos.
Em todo xri.io .le ativntàde (encontrc),
principalnr.nte se 1ôr LLrn grupo no!o, é estrnrjgi.o
t,.r.r .,.....r* Lrl ,r..
Unra dlscussào dâ prlúo proposrx, deliniçào de
pactos inlernos. ionnâção d..qtrjfes dc trabâlho,
distrlbujçào de târetus, enrr. outrâs. QurnLto se
tratar dc uma atividade m.no! LrrI d.b.tr., for
edernplo, é inlportânre defirlir.onr o grLrpo o hor ário
de ternrinar a.rti\.id.tde, o quc seri fossirct Í.itirar,
o que i.i nri prc.stâbele.ido, o obiertlo da atjvidade
e a rnetudologia de abordagen' Câdx farricjpante
d§e corap|cender a dmimica d:r profosta, sclLs
obictivos e passos a sereü rrilhados_ preparar se
.onr ârtecedência para â ari\.ldâ.le é till1dnnlenr:rl,
ianb frelcndo os re.Lrlsos ne.cssárjos (ambiente,
papel, .artoli.as, tarjetas, pincel atôrnjco, (jânera,
lipis, entrc oulros) corno ês estratégiareos..rrrrinhos
pedagógi.os.
Todo processo cdtrcxti\.o deve conrcrnplâr
f,.\. I , r .
realizatla druante a vivêIcin, ou llnâ1. Parâ a es.otha
da amliàçào rnâk adequada, é necessárb que esta
.lialogLLe e sela ideDtiÍicad.t.om â .o.srrLrcão
rretodôlógica da técnica d. gmpo es.olhida
I Retlerãô.oú bascem Susâ. Chiode!ê.pétuocAnà Ma,ia conçàhrs, autorãs do hÍo "Dtuànj.as{leGruposna aormaçao
de lideranças'l Artigo publi.àdô na cdiçã. 303, tivcieirô de 2000, pási.â z.
!1
.,)
6.1 Técnicos de grupo 
- 
pdrd que servem
As Técrlicas de Grupo scrvem pa.al
. Istimular a criarividadc e a curhsi.lade sobre a prática 
.rpàrtir de vivências indiÍiduais e cotetivas. o quc pensam as
pessoas, o que sentenl, o quc vi\-en e âs sirlraçôes limjre que
. Desenvolyer urrl caminho de sistcnatjzaçao sobre essa
prári.al:omoproc€sso sisrcnláijco, ordenadoeprogressj\.o.
. Rrtorn.tr à prá|cà, rrânsformá Ia, redinension,i la,
corlfonne o carninho.tà ação reflexào e cla reiiexào açào.
. lncluir e coDsrruir noYos elenrenros, â priori descolúecidos,
que facilitenr a relação corn os pro.esírs üvidos.
. l-lxercer o cüidado entre
qrLe senlem, suàs siruações
enÍientam no dia a dia.
as pessoas, consjderarrlo o
iinite, como vil'e]n c o que
6.2 Elementos de uma técnicds
.Obielito\: Ou.-.r v.i ".t. rrle.n. Jre. "e\.Je l( o t,. , qrcr rr.r,r1:r
lntencionâlidades desejâdas com o rrabatho, pesqur!.:
corr ânrccedênciâ o tenla e a técnica escolhidos.
Mat€riâis rccursosr Devem ãu,\iliâr na c\e(i
e nê âplicâção da récni.a (TV, data show, vjcteo, .
pâpel, tn4etâs, cârlâzes, materiajs reciclâdos, cari.r
coloridas, Linra, mâpês, pincéis, tecidos, ptaniâs...). C
ressaltêr que, na implenentaçãr, dâs técnicas, âlénl
recursos eÍernos, aÍoze o corpopodem sercoDsidera,
como faciliradores da exprêssào individuâl e coletira.
I Bâseado .o texto dô jorrt tvlunrlo loveh. edl.ào rr:!urnlê,: câju, coiâniâ/co. DNponivet em: <hrDr/K*J 'etÉrcr ' de rrrol- P r0. dr rqu Pe .1. cJrr dJ lD\entudêr"t-a,*.;. e**" 
"., 
s.,t.;;,;. 
., _" .^_,""" m n,ror.v4n.!.n.bf JrôJô .à./.dtrtu.rú/dind ni;.ú.de sru
.É\#\.
I
i
: :. ::a: O local pr.cisa ser
: i:.:n no fl.rDejàrnenio da
.::,: necessidade do grupo
:.:.::. do encoitro. Ambos
: :, .!ntexioj utilizâDdo se
. 
-r: ::!ram.nrls qlre Delhor
, 
-:.ii ila ação, recorhecendo
::\.e( e cornflerid.rde§
: . es.uro, ctâro, forndo,
livr....), onde as
: ::::r lirenciâr o conterto
:.:n proposto. Geràlrnentc
lÍetodobgia/pâssos: D.\'e se desenrotler
o planejamento dos momenros neccssiirios
com seDsibilidâde e atcnção às necessidadcs
do grupo. exercltândo o respeiro às
dif.rcnçês e às espccillcidadcs indi\.iduâis,
nssirn, o conceiro dê equidade tem dc
ser consjdcrado. (i.rda rnorrento precisa
se' construido com r.sfonsabilidade .
coner:r(, com o objeri\o geral dà .rtivirlâdc,
conslderando as dimensôcs polirjcâs,
técnicas, .omo tambénl as slLbjetivas. Issa
alirmati\ã não +rcr diTer que I metodologia
sclâ uma arrrladura, qLL., duranre o
desenlolvirnento, confbrrne a .onsrrução
ou nro\.imento do gmpo, novos Ialores
ou objetivos não fossâm ser agregados
e a própria metodologir Dão possa scr
transformadâ. O que apontâmos é que tanro
o planêjanento qu.rndo o desenvoh.xn.nro
der.em ser processos persados.
i .:r::a sala âreiada/climxrizadâ
- 
ar livre, com cadeins móveis,
iudás em círculo, possibilirando
úodaspessoas.
r: ra.iuado: É turdâmental ter
::n llo tempo necessário parà
rr.é.njca e obtenção de selrs
r.r.xl é que este seja pactuado
: . r logo no inicio dâ ati\,-idàde,
: :::\.tr de estar estabelecido_
Núrüero de pârti.ipanres: Sua de6niçào ajudará na previsào do materiâI,
do Local, do tempo necessário parlr o desenvoh,iDlento dn rjcDica e nâ próprjâ
es.olha da técnica mris apropriadà ao quantltâti\.o ptaneja.to.
ReÍlerôt\ A\Jii.r(oe.: t. r. re.,r.:r,j J.^t. i.',. ..,rd,,t.. O,r..
làj visto? Quais senttrnenros torarr despertados? O que foj aprendnto? possi\.els
Lnnitaçõcs do pro.esso O rromenb da síntêse finâl tossibilita a construÇào .ie
.ncarnlnhamenbs que forralccenr âspessoàs e o grLrpo nxs suas açôes e pr.ítjcas
r-r.be .r ,i ..o . J, 1"...1
estratégjês dc âfrimorârnenro das técnicas utllizâdas e os camlnhos per.orridos
no processo êdLrcarivo.
Ô1
tí,
''t
----
6.3 Tipos de técnicos
.,AsJécnicas podem ser: vivenciais íde animêção e deniri(er .ondi a\;or ocioa,r,j.d.rrrdl./drno,(onlo.
dmnatizados), âudftivâs e âudiovisliais (filae, vídeo),
vkuais (escritâs e gráficas).
l) Técnicas vivenciâis:
.,As 
tócnicas 1,i\.enciais podem ser de animaçáo ou de
anál1se, sendo qu.- âs ile ânimação iêm como objetivo
..rDierte r,arcrno e f"-r.,pJri\ô ede\.rr,,era.ivd.e.o-lnrLonr er( .r,-to,oLepe.I ta-1r desr.d. o I r1ro, d rnrtSrJ\ao er o(cconlJ\áolo\participanres. E preciso cLlidado parâ não sobrecarregaÍ
:rr 
! d.de.o,n.rin:rr\d. de.n,ma.ru. poi. u,rb.r,o
:e. 
e r,po Je drn;rn., nod( Dr.r.,dr.", a.e-<dade Ja
ror_d.td de ío'.-,jçno. pôr i..r - o,(Li.u r., c,areza oo,
ub'. rs, a( cJd, un-J d., o,r JTrcJ. J .erem .1, , dd (
nun1 deterninado grLlpo.
Já âs técnicas de análise buscâm oferecer elementos
. rbrilr. o. cue pe.n rram ,-lr. r .uor, .; , J\de. ,J" \ dr
redl. Jnit rlrdd. r\ ,e rrátrc." cle aprurun11..nenro.
- 
N'as técnicas vir.enciajs, ouüo elemenro imporrante é
a flenbilidade notenpo, as..regras,,de cailadlnâoicâe oprocesso de rcflexão sobre aüvência feitâ eo sentjdo que
tem frente à realidade.
,
I
:l le., r.Jt:on dr,,Àdo o! \ , J P 'r, . lt,l,r rmid,,,,\Ír\rrcr e i cr +r,c\i.r):
,,^r:.lem.Dlo cênrrar é a expressào corporàI,
'"."' 
...i .' -, :,
. :b: ,,.," ,,
J-\1, ..^,.;.,o,, n, (1.,, ...,-.-e,
rx,,.t .'l-J., 
.
,, 
. .- 
", 'o,u, J,' m
"l 
"l- 
^-l 
' '' r 'r' "" ',P,",e, ís.,,
' 
...-, 
,., ,, ti,n i \ rnii rre f..., r.o. rJ,.-..J in .\^n,-J 1,.....r,
: ' 
, 
',:.-r. ,, .rLr,:,,,, , ,,.,,,,, ,,.
,,1. 
",r," .l, ro , ,^" e ,..... ,.u P.rc
l'"" r' ""' r'j"" r. ,,.r'..,1.
.i 
" 
,:,, t., r \or 
.rq,r.(i lJ \r rlr o L,
,r'u" '' '"''''',,".,',-, , :'l;.,'e\ ir]r à. tlcrte\ ,. l o. F i, rrLrf JrrL\.
6.4 AIgu m o s reÍe rê n c i a s s i gn if i cotivo s
6..1.1 Sociodrâma6
ot,, 
" 
, ir ,. tt,!,,., 
.,r!t\.t,.J,
rnt€rpcssoajs, )ros grutos, enrre grLrpos olr )ncsn- *r.r*.*r**i O.
. 1"'" '':o'"" ri'rJ.;' .'.' \'ru,.,^r,.c,,u ,\,.
l,'.". '- o,e,r.,. .,,,<,,,J-, ,, d r,.,p<,.et"..r.,e;J 
.,g.ti,
'.. .,i" r.,. t!,J ,,",:J d. t....,r J.
,l;te, ,,, ),.. r-...,. À 
..ré .r.,.e,..., 
-1n
""..:':".]..lo:ll'J'ol'lo],:l',.,oo,,l
.r,,.hi, JU,,.,. J(!i. \.ip!ti...j.!..p.! :.r..,r,.t 
-\tô\.,.orJ Cd,
:, )' ^l :l ' ' l' " ,1*J'\,,,r(',,Jd r,,,,ir,,..oe üinr,\ o\ (onrf,nefre. do rrLto.
íRvorraoTelÍaou6.4.2 O Teatro do Oprimido"
I LL r1tr nrctôdo ôgr.r Lrl.rJi torÀugu.t,, B,,Jl, I o\ .ri,,,s dL lo(ro.
que se profõe a usrrr o tcatro coDr)
lerrâmenrn dc trâbatho poljrico, írciât,jtrLL' L e.tetr.o. 
.orrrjhrrjf.lo FJri atrJr.Íornrrçrô sô!r.rt I,,r dÊ.cn\ ôt,1.1r(e, anrda, sendo experinenta<1a e
aprirror.rda por mlr;ros que rónl
uiilizàdo e r.orizâdo sobre este métoaol
ao Iongo das diferenres el.eriarcias de
Boal, quer na Amér icà Latinà íaLLan.to
do scu exjtio, ,iurantc a ,trta,lura) quer
OPRÍHiDO
r sN.r;>
e. rdr4"^íio
s
Éricl soriomuiair
;"'1i::r:H1:"ii.1",ffii:J::;"'i:,il':xi:,*:8mm. Dspo.iv!, en: <h,,p:/^vs{impsi..ôm br^i,e,in.,exrhp?o,rn»=@n-únto1,re"-,.,i; j"ã j;;;;;l;:, ;::l."Jl,?::$ ;Tê, ro d.ln4» Cruz, lDe e ôrgãn ,id.n d , OonnJt r.r
. 
" 
.oJ rO. \.r.r D po .p... .: .or,i E.
t
t
6,43 MísricâP
\ rn{$,{á nâo e rl4) reg,rq, q q. re"rç
,,,*d",í, ;;-.i"*-;"' ;:i;;-; #i#lTT#il':;
ffi Iffi ::*,1,ü::ffi 
_i1 tr?lJ: 
"lfi ffi "i
fr fl t*'ill-i-#*i,*;dti'1tr-§
con'pan:Íhadr. que errotve di/erenrcc sr,ieito\. FId pod.
,ooroàr desde um aconleCimento loçet ar( plqpirlornacional
lomo uma guerrd o(J o âqbecimenlq globâ1, qoffriblrtndo
ti:;#1T :ii::':1il'il.:'It ::'::Í:ff;ITt
il"'fJffi Il1i:.ffi:li,lilY I fi ; ll"i#j-L #ll
e,1ârügrda ; rem:{ii., que sequer rr4bqlhâr,
ffiffi
Êf,*fü.Hff{.ffí$.,.i ,finff-*i:ffií,};:r,"#-i#rff;}r.r:fr$:
\
ITI\ Te(nicâs plásúcâ\ e audiovi\uai\ { 6lmc\,
totugra6a, grafrte, entre ortros):
A. d.ê-<n.c, e\p,e..úe\ dn 
"r .d.
., , bL<m. .(1".;,,nu ,. .ôin ô! pjo!,\.o.
Je \r\.. mor./o\oo trcrdg, ri?Joo
-' c,:f"' " 'or<riro. Je rdu,,\Jô p^prJ.
e,r1 \d_dê q,,r. (o,r o rnrp,t^. i_l;\ú Jrl
aspirações poliricas, o djálogo com a realidade
de luta pelo direiro à saúde, rêaljzàm siúeses
em cartas, colüas de retalhos, piDtâm quadros,
clram poesias e forrnLrlam suas palâvras
de orden_ Assim, avaliam, eDcaminha:rr e
organizam proposiâs com beleza, ler,.eza,
místicâ e solidaricdade.
Também, nos diversos encontros e projetos
construidos entre esses atores individltais e
coletivos do campo da EpS, têm se utilizâdo
de ferramentas audiovisuais paft sistemarizar,
posiciorâr sepoijticamente€constnii.prodLiros
que servirão pamproc€ssos formati,ros com os
. oleri\ ú\. .n^\ rn,( n,o. .n. i... c rr. b;lJrado,e,.
t0r
/
-t
t
6.4.S Filmes
1ké p(,Lr.rs decadas, o ernprcgo
ou uso do íilnc el.l restriro ao (lesrlio
trabalhotu da construçào {lo Cin.mai
a crtério de cnrrcsldad., icnlbrx se
que o l)rinlejro tongâ metragerr firi
lilmado na Franç.r. no iinat (to séc,,1,)\lX. Sua ins.rçào Da saú.tc lniclâ
se nos primcircs rrom.nros.r ià\.or
dâ comerciatjlaçio. no processo da
medicrlizaçào no pais, por meio .t.rs
tropa8andas, .onibrDc rrosrra o íilme
Asl,"jntls e LÍrubüs. Co1ll o surg;mcrr,:,
datcle!lsão,esscIro.essotôitmpâgado
e holc ternos Llnr lerdadejro desser\ir:o
sc.do rcaljz.tdo cotidi.rnlr])]cnLe for
rr.jo drs telàs de T\r a seÍ,1ço dà \end,r
e da conttruçàl) dc Lrnia conceprão
..quivo.ada de saúde jLLuto ir pofLrtaçâo.
o emprego do fllme alnda é rinrido enr
relação i sLra poten.iatjdacte no canpo
dos pro.essos orgrnjrar;yos e edu..ri1-.(
dâ! prát;cas de EpSj cn1 
€spcciâ], n.)
canriro institLLcjonal dâ g.stão da
politica de s.rLidr. por ourro tâdo. rrut.§
cxf .rjências de moyunenros potrtrares
têm snlo f ercebidas nas últjmas décadâs,
orgi.izâçócs socjajs e poptrlnres, âo se
âprotriârern dà tccnotogix das càrner!s,
usâD .r récricâ de etâborar Íl1mes pâra
srsleDâtrzar, dialogar conr .r so.jeda.te
e denmnstrar sLLas posições, lisôes
de mLnclo e sobre â sàúdc, .riêrdo
instrLrnentos orgànizâdores e rcUeriyos
de pr/rticas popLdares, aros poljri.os e do
trnbâlho em consolidrç:1o do cuidadô
cm saúde no SUS. nr sociedade.
São exen)tios desse rribatho a
sistemâtização das etapas do projcb de
\
*
: ::n dos Coletr\-os de Educação poputâr eD Sàúde (pa.eps) 0, o video ÀrrN,4rí-j
. 
:rrodlrto da sisremarização da Carir\_anà de,*,,a"0. 
",r, 
aa*ar"O"Ori".
, ,.._iil'jiilrlli,',],*,1;.'f.ilill"lll."Iiiil'.i,11;ff::Ti:":.i:".,:::
::.:- i,ornunjrárn)s de Sâúdc e Agenres de \,lgi1ârcia erl saúje frap.pSU»i i,
, i:-.: nos no\€ estados onde .ssa exper iência toi i,Iptementaaa enr.e os anos zor:
, u,.pt..o- rr._on.e^.to,ôSi.. r, t,r.o,.\ 
"." 
.r.l .r.: :::ores(as)populares pàrri.jpa.tes realizarârr inrlneras sistematizaçrtes por raeio
: 
' 
::::r3r"s poráteis de ccrulares, que ganharan grande vlsib idacte nas redes socials.: : :\feri&rcià dernonsrrolL o quanto é possivel, sem g._a* *-** ,U.,,.".,
.: arr Doyas tinglragens e forrâlecer proccssos I1o canrinho a" u,rr, .ofiun,.uç,.,:: ::opularem xúde, rnenos dourrjnári!, nrris.rjrica, poéticâ e refleriv", 
"O_,r, à",: : : ras tráticâs realizadas nír cotidiâno do iàzer em saúde.
- .1.6 Fotografia
Lrsn técnica já renr regjsiros de 3oo anos LC, coln ns expcrim..t.rçÕes reilizadàs
-].- -i''r e "' "'"'.r', . o '","i,.. , .'i , r. .1, .,, ., , .r, .. or ,Ji ,rr ,4.r o u. -,g.,,, ,
. ' ..5.r r.r
. 
-,:s , : l-.. ,:. ,,.'" , .;l ,";i 
'
. ,.p 
", 
,,.,b 
'r.u -d. e,, .. ,, b ^. :. r... \o. 
" 
. 
" 
-, i..,.,.
,n 
...,,. .. r'," o ,rt. l ., do. .r e.,r. , .. r ,tj 
-,rn 
", 
.ô n .,., .r..J ., .irrríicas. Ás ihrírrçôes do tI CaLte]-no dc Edü,:içda po?rLL1r e|t Saútte t, do triinjsrérn)ià Sâridc, sào lrrn bon1 crernplo.ia F)rên.ia dessa racnj.â.
-.=.L:iii:j,:":::,"",:*;:jl::1il,:::,:"i:,:l:T..-"-.iL:":opopuràr úr sâúde 4 fgujn,ês s.üpos: Ár,i.urrçaô;.,::lf:'T:Tni:':'1::.'j;:":::::::,:".-*i:j;;:,:;;;i,:üHL;::#ji::T:H.1:'T:I,'Jl:
=::l:f"::'i'.:I::,":Y:" 
ra*"ça" r"p"r"i * slra" ;:;:;.''";i;;::H:'.'J 
'T::'á",":::t!':?,'lii
,--]l'ii",lljj,"Lilj::;:l.j:::.1-::t*:" d" Éq-,r"d" " d" 
""-'- ^*,. ". ",.".;",";";;;";
=,i,"ilx::1ii1i::;:fi,[:-.,,r". ,r1ú,r'];;";. ";;it::tt,:""?;:il1,:1,.1";:i:H:::1:il,i::i:
-.-!://ww)ourLrtrê .om/wâtch?ÉCk_SaTy4e>
:;::;L1y.i:i;:i1';1":'""*:l;:lll:ll:i,*:l:l;i:::,',1^t:.Ti,r:.ti

Continue navegando