Buscar

Tópico_V_-_Teoria_das_Restriçõ

Prévia do material em texto

CURSO DE 
ENGENHARIA DE PRODUÇÃO 
Planejamento e Controle da Produção II 
Tópico V – Produção com Capacidade Finita 
OPT / DBR / ToC 
UNIGRANRIO 
Prof. Leonardo Aragão Guimarães, M.Sc. 
 Material utilizado como apoio: 
 Curso de Pós-Graduação em Tecnologias de Gestão da Produção e Serviços (TGPS) do INT 
 Corrêa, Gianesi & Caon - Planejamento, Programação e Controle da Produção 
 Corrêa & Corrêa - Administração de Produção e Operações 
OPT – Optimized Production Technology / Tecnologia de Produção Otimizada 
DBR – Drum-Buffer-Rope / Tambor-Pulmão-Corda 
ToC – Theory of Constraints / Teoria das Restrições 
GARGALO OU RESTRIÇÃO 
Gargalos / Restrições Qualquer aspecto do sistema que retém a produção. 
Além dos gargalos físicos (centros , operações, máquinas), temos 3 outros tipos de 
restrições referentes a: 
 MERCADO / DEMANDA 
 MATERIAIS 
 POLÍTICA GERENCIAL 
Restrições de Capacidade 
Restrições de 
Política 
Gerencial 
Restrições de 
Materiais 
Restrições de Mercado 
POLÍTICA GERENCIAL: não raro a mais difícil restrição a ser superada ! 
2 
TEORIA DAS RESTRIÇÕES 
(ToC - Theory of Constraints) 
Restrição: 
Qualquer coisa que limite o sistema em atingir um desempenho 
melhor na direção de seu principal objetivo. 
A aplicação da teoria envolve 5 etapas interligadas: 
 Identifique as restrições do sistema 
 Decida como explorar essas restrições 
 Subordine todo o restante à decisão acima 
 Reduza as restrições do sistema ou eleve seus limites 
 Se na etapa anterior as restrições identificadas 
desaparecerem, volte ao estágio  
MAS NÃO DEIXE A INÉRCIA SE TORNAR UMA RESTRIÇÃO DO 
SISTEMA 
3 
OPT/DBR - PROGRAMANDO A PRODUÇÃO 
Fluxo sincronizado de material 
Método Tambor - Pulmão - Corda 
pulmão 
Y1 ... Y2 X 
 GARGALO 
 Utilização 100% 
Y3 Y4 ... 
Programação pela data + tarde 
  
“para trás” 
  
 “para frente” 
Programação pela data + cedo 
corda 
SÍNTESE 
tambor 
4 
OPT/DBR - Discussão do Método 
 FLUXO DIVIDIDO 2 REGIÕES: 
 1º PULMÃO 
 
 ALÉM DISSO, TENDE A DECRESCER 
 2º PULMÃO 
 CRÍTICA 
 NÃO CRÍTICA 
 Obtendo-se sincronização  I 
 
(de capacidade) 
 G 
 SATISFAÇÃO 
 DO CLIENTE (de prazos) 
• Custos de Horas Extras 
• Rejeitos / Retrabalhos DO 
Empresa fazendo dinheiro 
COMPETITIVIDADE 
protege a produção garantindo que o gargalo eu 
toda sua capacidade, ou seja, não fique “parado” 
por falta de material 
 
protege o cumprimento de 
prazos  
5 
Em resumo, para aTeoria das Restrições - OPT / DBR 
a meta é FAZER DINHEIRO 
Como medir ? 
 GANHO 
 INVENTÁRIO 
 DESPESAS OPERACIONAIS 
 LUCRO LÍQUIDO/LUCRO ECONÔMICO 
 RETORNO SOBRE INVESTIMENTO 
 FLUXO DE CAIXA 
No Âmbito Operacional 
No Âmbito Financeiro 
Leva simultaneamente a 
6 
1. Faça o balanceamento de fluxo e não de capacidade. 
• Similar ao JIT / Lean 
• Leva à identificação de gargalos 
Que uma vez analisados 
 a Taxa de Produção 
Vale frisar 
 que : 
OPT (e JIT/LEAN) não desconsideram capacidade, apenas defendem que: 
FLUXO E CAPACIDADE DEVEM SER CONSIDERADOS SIMULTANEAMENTE 
REGRAS OPT / DBR 
7 
2. O grau de utilização de um não-gargalo não é determinado pelo seu próprio potencial, 
mas por uma outra restrição do sistema. 
4 RELAÇÕES BÁSICAS DE FLUXO 
X RECURSO GARGALO Y RECURSO NÃO-GARGALO 
• Demanda: 200 h / mês 
• Potencial: 200 h / mês 
• Demanda: 150 h / mês 
• Potencial: 200 h / mês 
X Y X Y 
1º Caso: 2º Caso: 
3º Caso: 
X Y 
MONTAGEM 
4º Caso: 
DEMANDA INDEPENDENTE DE CLIENTES 
X Y 
utilização 100 % 75 % utilização 100 % 100 % 
75 % 
utilização 100 % 100 % 
75 % 
utilização 100 % 100 % 
75 % 
REGRAS OPT / DBR 
8 
3. Utilização e Ativação de um recurso não são sinônimos. 
ATIVAÇÃO Fazer MAIS do que o requerido pelo gargalo 
Fazer SÓ o que deve ser feito, isto é, o que é 
ÚTIL de acordo com a capacidade do gargalo 
4. Uma hora perdida no gargalo é uma hora perdida para todo o sistema. 
X RECURSO GARGALO 
utilização 100 % 
Preparação Processamento 
tempo 
Tempo economizado em preparação 
Tempo a mais para processamento 
UTILIZAÇÃO 
REGRAS OPT / DBR 
9 
5. Um hora economizada em um não gargalo é apenas uma “miragem”. 
Preparação Processamento 
tempo 
Tempo economizado em processo 
Tempo a mais ocioso 
utilização 75 % 
Y RECURSO 
NÃO-GARGALO 
Tempo Ocioso 
REGRAS OPT / DBR 
10 
6. Gargalos condicionam tanto o volume de produção como a geração de estoques 
(intermediários). 
TRADICIONALMENTE 
OPT DEFENDE QUE 
Gargalos são só limitantes da taxa de produção e têm pouco 
impacto sobre o estoque em processo. 
Estoque em processo é também função da quantidade 
de trabalho necessária para manter o gargalo 
SEMPRE OCUPADO. 
Portanto, devem ser “PROTEGIDOS” por 
PULMÕES / BUFFERS DE MATERIAL 
que garantem a quantidade de ESTOQUE NO PROCESSO. 
REGRAS OPT / DBR 
11 
7. O lote de transferência (LT) pode não ser, e muitas vezes deve não ser, igual ao lote de 
processamento (LP). 
Exemplo : 
Produtos passando por 3 operações : MONTAGEM  Tempo Padrão = 1h 
PINTURA  Tempo Padrão = 2h 
INSPEÇÃO  Tempo Padrão = 1h 
MONTAGEM 
PINTURA 
INSPEÇÃO 
10 20 30 
O
P
E
R
A
Ç
Õ
E
S 
horas 40 
1ª) LP = LT = 10 unidades 
MONTAGEM 
PINTURA 
I 
2ª) LP = 10 unidades  LT = 1 
I I I I 
10 20 
O
P
E
R
A
Ç
Õ
E
S 
horas 30 40 22 21 
Tempo Total de 
Fabricação = 40h 
Tempo Total de 
Fabricação = 22h Redução de  50% 
REGRAS OPT / DBR 
12 
8. O lote de processamento deve ser variável, não fixo. 
 PREPARAÇÃO (SET-UP)  TEMPO DE PROCESSAMENTO 
X RECURSO GARGALO 
utilização 100 % 
lotes maiores  menos troca de produtos 
 PREPARAÇÃO (SET-UP)  TEMPO OCIOSO 
Y RECURSO NÃO-GARGALO 
utilização 75 % 
lotes menores  mais troca de produtos 
REGRAS OPT / DBR 
13 
9. Programas de produção devem ser estabelecidos considerandos-se todas as restrições 
simultaneamente - tempos de reposição (lead times) são conseqüências de um dado 
seqüenciamento e não podem ser pré-determinados (antes de se ter o 
seqüenciamento). 
Seqüenciamento tradicional ignora capacidade na determinação das prioridades de 
processamento. 
Produto “A” Produto “B” 
OPERAÇÃO X 
20 h 
 
OPERAÇÃO X 
6 h 
 
OPERAÇÃO Y 
15 h 
 
OPERAÇÃO Z 
5 h 
 
MONTAGEM 
  
mesmo 
recurso 
Tempo de Reposição: 25 h Tempo de Reposição: 21 h 
REGRAS OPT / DBR 
14 
LÓGICA TRADICIONAL DO SEQÜENCIAMENTO 
 Tempo de Reposição =  Tempos das Operações 
 Inicia produto com maior Tempo de Reposição 
 Ignora capacidades na determinação de qual produto deve ser primeiro 
 processado 
RESULTADOS ESPERADOS 
RESULTADOS REAIS OBTIDOS 
 se “A” é primeiro : 
 “A” disponível em 25 h ( 20h + 5h ) 
 “B” disponível em 41 h ( 26h + 15h ) 
 se “B” é primeiro : 
 “B” disponível em 21 h ( 6h + 15h ) 
 “A” disponível em 31 h ( 26h + 5h ) 
 “A” e “B” disponíveis para montagem em 25 h 
REGRAS OPT / DBR 
15 
Assim OPT argumenta que : 
Os sistemas tradicionais de contabilidade de custos buscam medir a EFICIÊNCIA 
dos recursos, 
E não a sua EFICÁCIA 
que seria medida em função da sua contribuição para o sistema como UM TODO. 
REGRA CONVENCIONAL 
 
A melhor maneira de se atingir o ótimo 
global é garantindo ótimos locais. 
REGRA OPT 
 
A soma dos ótimos locais não é 
(necessariamente) igual ao ótimo global. 
10ª REGRA 
REGRAS OPT / DBR 
16

Continue navegando