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Trabalho de PCP II - Gargalos, OPT - Tambor, Corda, Pulmão

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OPT - Optimized Production Tecnology - Gestão a partir de Gargalos!
DISCENTE:
Luis Celso Torres MAT.114671040
DOCENTE: Hermes Froes 
 
 2º semestre 2017
OPT que significa "Optimized Production Tecnology" é um método de gestão da produção que auxilia as organizações a terem mais rentabilidade a partir da identificação, gerenciamento e resolução dos seus recursos considerados como gargalos.
1. INTRODUÇÃO
OPT que significa "Optimized Production Tecnology" é um método de gestão da produção que foi desenvolvido por um grupo de pesquisadores israelenses em 1978, do qual fazia parte o físico Eliyahu Goldratt, que acabou por ser o principal divulgador dos seus princípios.
Apesar do nome pelo que a técnica ficou conhecida, "tecnologia de produção otimizada", o OPT não é uma técnica otimizada no sentido científico do termo, porque nada garante, que a sua aplicação leve a atingir soluções ótimas, já que é uma técnica baseada em uma série de procedimentos heurísticos, muitos dos quais os proprietários dos direitos de exploração do sistema nem mesmo tornaram públicos.
Todo o método OPT baseia-se na gestão da empresa a partir dos seus gargalos de estrangulamento. Um gargalo estrangulador é um recurso, e pode ser uma máquina ou uma oficina cuja capacidade real de produção é inferior à procura do mercado. Os gargalos de estrangulamento definem as condições de produção numa empresa, o que significa que é necessário tomá-los em consideração para melhor gerir a produção.
Numa primeira etapa procura-se conhecer os verdadeiros objetivos de uma empresa, dos quais podem ser a sobrevivência, o crescimento, o poder, a qualidade dos produtos, mas na realidade a finalidade de qualquer empresa privada é ganhar dinheiro.
Para além dos indicadores financeiros de rentabilidade, tesouraria e lucro liquido, que dão informação sobre o dinheiro ganho por uma empresa, os inventores do OPT decidiram utilizar outros indicadores mais relevantes das performances da empresa. Esses indicadores existem à muito tempo, mas foram muitas vezes, esquecidos pelas empresas. Trata-se:
-do produto das vendas
-dos estoques
-das despesas de exploração.
Segundo o OPT, para a empresa ganhar mais dinheiro, é necessário que, no nível da fábrica se aumente o fluxo e ao mesmo tempo se reduzam os estoques e as despesas operacionais.
2. REGRAS DO OPT
Nesta metodologia é absolutamente necessário entender o relacionamento entre os recursos-gargalo e recursos não-gargalo. Assim, dado que numa linha de produção surge uma série de imprevistos, o importante é equilibrar o fluxo e não a capacidade.
Com base nesta premissa, surge a 1ª regra do OPT, e, a partir desta todas as restantes. Assim, as regras são:
1ª-Balancear o fluxo e não a capacidade- Dado que, a capacidade está sujeita a inúmeras "contrariedades", o importante é conseguir fazer com que o fluxo esteja equilibrado, i.e., encontrar um equilíbrio na forma como a empresa gere dinheiro e outros recursos. Isto se consegue identificando os gargalos no sistema, que são os que limitam o fluxo no sistema global.
2ª-O nível de utilização de um não-gargalo não é determinado pelo seu próprio potencial, mas por outras imposições do sistema- Um recurso não-gargalo pode ser restringido por recursos-gargalo ou por imposições do mercado.
3ª-Utilização e ativação de um recurso não são sinônimas- Suponhamos que um recurso não-gargalo alimenta um recurso-gargalo. Aumentar a capacidade do não-gargalo iria utilizá-lo, criando-se, assim, estoques.
4ª-Uma hora ganha num recurso-gargalo é uma hora ganha para o sistema global- Como são os recursos-gargalo que limitam a capacidade de fluxo do sistema global, mantendo os lotes de produção elevados nestes recursos, faz com que o tempo gasto na preparação destes recursos seja menor, aumentando a capacidade do sistema.
5ª-Uma hora ganha num recurso não-gargalo é um engano- Ganhando uma hora num recurso deste tipo, apenas vai aumentar o estoque, dado que o recurso-gargalo que este alimenta, não vai conseguir absorver esse ganho.
6ª-O lote de transferência não pode ser e, freqüentemente não deveria ser, igual ao lote de processamento. O lote de processamento é analisado na perspectiva do recurso, enquanto que o lote de transferência é o na perspectiva do fluxo. Assim, o lote de transferência, em OPT, é sempre uma quota parte do lote de processamento. O lote de processamento é o tamanho de lote que vai ser processado antes que seja novamente preparado para processamento de outro item. O lote de transferência é a definição do tamanho dos lotes que vão ser transferidos para posteriores operações. Como estes lotes não são iguais, quantidades de material processado podem ser transferidas para uma operação subsequente, mesmo antes de todo o material do lote de processamento estar processado.
Esta regra é facilmente compreendida se tiver em conta que, como são os recursos-gargalo que determinam o fluxo do sistema como um todo, é impossível que tudo o que seja processado seja transferido.
7ª-O lote de processamento deve ser variável e não fixo- Este lote está dependente da situação da fábrica e, como tal, varia conforme esta.
8ª-Os recursos-gargalo além de definirem o fluxo do sistema, definem também o seu estoques. Os materiais são programados para chegarem ao gargalo um bocado antes deste iniciar a sua atividade. Assim, um eventual atraso nos recursos que alimentam o recurso-gargalo pode ser absorvido por esse tempo de segurança.
9ª-A programação de atividades e a capacidade produtiva devem ser consideradas simultaneamente e não seqüencialmente. Os lead-times são um resultado da programação e não podem ser assumidos à prior como os lead-times, são a subtração dos tempos gastos em cada um dos componentes para chegar às datas de início da produção, estes vão ser diferentes de componente para componente. E, se os leads-time variam conforme a seqüência das ordens é mais fácil de analisá-los sob o ponto de vista de resultado, ao contrário de em MRP.
3. MODO DE FUNCIONAMENTO
Embora a estratégia e objetivos a atingir deste método já estejam definidos, a aplicação deste terá sempre em consideração outros fatores completamente distintos, que se relacionam com o universo particular de cada sistema.
Na necessidade de definir um plano de produção, o método OPT, procura inicialmente identificar com clareza todos os recursos a serem utilizados nos processos de produção, sejam eles externos ou não ( por exemplo, matéria prima, subprodutos, equipamentos, etc.) e quais as restrições existentes, quer se refiram ao limite da capacidade de produção, quer à procura de mercado ou até mesmo a restrições impostas pela própria empresa.
Este método evidência uma preocupação extrema na programação das atividades de modo a conseguir uma maximização do fluxo, ou seja, a passagem do material vendido pelo processo produtivo. Começando pelos recursos críticos que existem no processo de produção, o OPT, identifica estes recursos como os que iram definir o ritmo e volume de produção do sistema (é nesta característica que surge a identidade de recursos críticos do sistema com tambores que impõem o ritmo), assim, o primeiro passo será programar uma produção máxima para estes de acordo com as necessidades existentes.
O segundo passo é tentar prever todos os acontecimentos possíveis de atrasar a produção relacionados com os equipamentos existentes ou com o fornecimento das matérias, criando para o efeito depósitos de segurança conseguindo assim um fluxo contínuo de modo a não existir paragens na linha de produção (os chamados "buffers" ). Finalmente, um circuito virtual ( como uma corda sem pontas ) constituído por um número fixo de elementos ( unidades em produção ) de modo a sempre que sair uma unidade do depósito se inicie a produção de outra; garantindo deste modo a produção contínua e consequentemente mantendo o estoques dessa matéria com o mesmo valor no depósito de segurança.
São estes os 3 pontos principais paradefinir a técnica usada pelo método OPT para programar as atividades de produção, tambor-depósito(pulmão)-corda (Drum-Buffer-Rope).
A figura abaixo ilustra os conceitos de tambor, pulmão e corda.
A produção sempre precisa ser puxada e não empurrada, pois o gargalo é que define a velocidade do processo e conforme vimos,de nada vai adiantar trabalharmos com a capacidade total de cada etapa do processo, sendo que só vai passar pelo gargalo a capacidade que ele comporta.
4. PROGRAMAÇÃO DA PRODUÇÃO
Existem dois algoritmos distintos para implementar a técnica aqui tratada. Embora exista, por parte das empresas que utilizam este tipo de gestão de produção, uma certa reserva em os divulgar, as idéias principais são já conhecidas.
A razão de dois algoritmos é evidente: um referente aos recursos gargalos designado por módulo OPT com uma lógica de programação finita para frente definindo a seqüência de produção contínua do recurso crítico, ou seja, unidade seguida de unidade, de modo a não existir tempo morto, sem preocupações com os restantes recursos do sistema ; e um outro, designado por módulo SERVER referente aos recursos não gargalos com uma lógica de programação infinita para trás, tendo em consideração as quantidades e as datas de chegada dos materiais aos depósitos. Este módulo vai exigir coordenação entre a chegada de material vindo do recurso gargalo e não-gargalo de modo a não existirem pausas na produção.
5. SOFTWARE – COMO A CHAVE DO OPT
O número de indústrias a utilizar esta técnica de gestão de produção é relativamente escasso. Por essa razão o software utilizado tende a ser de elevado valor ( o que provoca uma escassez de possíveis clientes), sendo normalmente atribuída às empresas todo o direito de utilização e comercialização.
Outro aspecto importante a referir era a falta de atualização que, provocada pelo restrito número de proprietários levava a um elevado custo de manutenção, criando assim insatisfação aos seus utilizadores. Novas versões surgem quer pela necessidade de atualização do sistema quer pela melhoria dos aspectos ergonômicos na utilização destes sistemas.
6. CONCLUSÃO
Em conclusão apresentamos algumas vantagens, limitações e aplicações do método OPT.
6.1 VANTAGENS
O O.P.T. para além de auxiliar as empresas na redução dos seus lead-times (cerca de 30%) e dos estoques (cerca de 40 a 75%), também facilita a flexibilidade do sistema produtivo para alterar o seu mix de produção.
O O.P.T. considera os recursos-gargalo como merecedores de especial atenção, porque são destes recursos que depende a produção da empresa. E é nesta perspectiva que o OPT auxilia as empresas a focalizarem as suas atenções nos problemas que possam comprometer o desempenho nestes recursos-gargalos.
Os resultados da implementação do OPT fazem-se notar rapidamente, pois o esforço de implementação é menor devido à focalização da atenção em poucos pontos considerados críticos.
O método pode ser usado como um simulador da fábrica. Perguntas do tipo "O que aconteceria se" podem ser respondidas com mais segurança com o auxilio de uma ferramenta de simulação.
6.2 LIMITAÇÕES
Como o OPT é um sistema computadorizado, e como tal, centraliza a tomada de decisões. Resta pouca área de manobra para os operadores, o que pode dificultar um maior comprometimento da força de trabalho com os objetivos da empresa.
Outra desvantagem é o elevado preço do software OPT, e por se tratar de um software "proprietário" a empresa cria uma dependência com o seu fornecedor ao adaptá-lo. Para, além disso, o software OPT não tem uma interface amigável para o utilizador, apesar de o fornecedor se estar a esforçar para resolver esse problema, ele ainda está atrás da concorrência como o MRP II.
Uma dificuldade do método OPT é a identificação dos recursos gargalos, já que muitos fatores podem contribuir para mascarar gargalos verdadeiros, como lotes excessivos, práticas tradicionais na produção, entre outros. Se o gargalo for erradamente identificado, o desempenho do sistema fica comprometido.
OPT é um sistema que requer certa habilidade analítica do programador, o que exige treino extensivo e perfeita compreensão dos princípios envolvidos.
O OPT como sendo um novo método, que vai implicar sempre mudanças, pode levantar resistências à sua adoção por parte de pessoas mais resistentes à mudança.
Este método pode levar a que o nível de desempenho tradicional seja prejudicado (por exemplo, o índice de ocupação de equipamentos) ao melhorar o desempenho do sistema nas novas medidas.
6.3 APLICAÇÕES DO OPT
O software OPT cujo preço é muito elevado, em 1989 apenas tinha sido comprado em França, pela empresa Bendix, que até à data estava muito satisfeita com a aquisição. Hoje em dia, um grande numera de empresas já tem software OPT, com a Eastman Kodak, Vickers, ITT Canon, British Aerospace, British Steel, Lucas, Perkins, Philips, ICI, entre outras, distribuídas em países tão variados como Canadá, França, Estados Unidos, Austrália, Noruega, Suécia, Inglaterra, entre outros.
O software adapta-se a um software de tipo MRP, que prepara o trabalho estabelecendo o plano director de produção. A partir daí, o s/w OPT localiza os gargalos de estrangulamento por um algoritmo de cálculo bastante sofisticado. Como resultado define, então, as condições de produção para a empresa a partir dos gargalos.
Sem comprar o s/w as regras do OPT podem perfeitamente ser utilizadas numa qualquer empresa. Todas as empresas possuem gargalos, mesmo se eles flutuam no decorrer do tempo, em função das variações das condições de produção. Podemo-nos, contudo, interessar pelo OPT para determinar certos elementos da gestão da produção global da empresa.
6.4 RESENHA
O presente trabalho tem por finalidade ajudar no conhecimento de processos aplicados na produção para melhor desenvolvimento da organização, sua importância, funcionamento.
Lançado na década de 80 o OPT provocou o nascimento da chamada Teoria das Restrições (Theory of Constraints - TOQ) que muito tem contribuído nos últimos anos com o re-direcionamento do foco gerencial para os chamados gargalos produtivos.
O objetivo principal deste processo é ganhar dinheiro através de:
1.Fluxos de materiais passando através da fabrica;
2.Estoques
3.Despesas operacionais
7. BIBLIOGRAFIA
Courtois,A; Martin,C.; Pillet,M
Gestion de Production - Lidel, Edições Técnicas (1989)
Corrêa,H.L.; Gianesi,I.G.N.
Just In Time, MRP II e OPT : Um enfoque estratégico - - Editora Atlas (1993)
SLACK, Nigel. CHAMBERS, Stuart. JOHNSTON, Robert. Administração da Produção. São Paulo: Atlas, 2009.

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