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Universidade de Brasília Faculdade de Comunicação Teorias da Comunicação Isabella Maria Bottino – 13/0115193 Luiz C. Martino DE QUAL COMUNICAÇÃO ESTAMOS FALANDO? Ao procurar definir a comunicação, não estamos tratando de achar um único sentido em detrimento dos vários usos do termo. Trata-se de entrarmos em acordo sobre o que falamos e, como consequência, definirmos o nosso objeto de estudo. Quando perguntamos “O que é comunicação?”, a primeira resposta que vem à nossa mente é uma situação de diálogo onde duas pessoas (classificadas como: emissor- receptor) conversam. Porém, se nos é perguntado, admitiríamos com facilidade que o fenômeno da comunicação não se restringe ao envolvimento de duas pessoas. Consideramos também a comunicação visual, os gestos e também a comunicação de massa. O termo comunicação quando foi aplicado pela primeira vez, designou a ideia de uma realização em comum e a intenção de romper um isolamento praticado pelos cenobitas. Todavia, comunicar não é “ter algo em comum” no sentido de ter propriedades semelhantes. A comunicação é o produto de um encontro social. Ela não designa nem o ser, nem a ação sobre a matéria, mas um tipo de relação intencional exercida sobre outrem. Portanto, o termo “comunicação” refere-se ao processo de compartilhar um mesmo objeto de consciência, exprime, também, a relação entre consciência. Nos dicionários encontramos além da definição tradicional da etimologia da palavra, as definições “informação” e “mensagem”. Uma mensagem ou informação não é comunicação propriamente dita. É comunicação, mas de uma maneira relativa. Uma mensagem é comunicação em relação àqueles que podem tomá-la como tal. Por exemplo, um livro na estante: esse livro só se torna comunicação quando existe uma interação. Quando falamos que mensagem é comunicação, estamos colocando a comunicação em um plano diferente. A informação é um rastro que a consciência deixa. Toda informação pressupõe um suporte e um código. O suporte é a parte material e o código é a maneira como os traços são dispostos sobre o suporte. Alguns autores usam o termo informação para designar o conteúdo do processo comunicativo. Tendo isso em consideração, não há comunicação sem informação e não há informação senão em vista da possibilidade dela se tornar comunicação. E se a identificarmos como o plano material, pode-se dizer que a informação é comunicação em potencial. Analisando os significados de comunicação presentes nos dicionários, temos uma amostra da polissemia do termo. Tal diversidade permite que o campo de estudo coincida com o próprio estudo do ser. O homem se comunica com o mundo, com o Outro e consigo mesmo. Comunicação é relação. No que concerne ao domínio humano, a comunicação assume sua forma simbólica – implica na intervenção da cultura no processo. Por fim, digo que comunicar é simular a consciência do outro. Tornar comum um mesmo objeto mental. O sentido que nos interessa da comunicação é justamente essa relação de consciência (Cs X Cs).
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