Buscar

Pervesão e DSM

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

*
Perversão
“Aquilo que os neuróticos levam anos sofrendo, em luta, os perversos realizam à luz do dia”
Neurótico sofrem – perversos realizam
Tendem a encontrar uma forma- custe o que custar – de realizar o impulso
Signo indicador de desvio de uma norma – comportamento contraposto á lei- faz sofrer os outros 
Eu complacente não tem conflito – compulsividade integrada ao prazer 
Dimensões essenciais – sexo e violência
Atuação sobre o corpo do outro e coisificação da relação humana 
Anomalia em relação à escolha objetal e deformação do atos sexual 
Necessário considerar o meio, contexto histórico, contexto intersubjetivo de apresentação do signo
*
Peversão psicodinâmica
Sexualidade infantil perverso-polimorfa, busca de obtenção de prazer por meio de objetos parciais
Impossibilidade da corrente genital da sexualidade impor-se as demais 
Fixação ao pré-genital da 1° infância 
O recalcamento na conclusão do édipo e da castração não foi bem sucedido
*
Peversão psicodinâmica
O procedimento de recusa apresenta um obstrução ao recalque – desliga-se de um fragmento de realidade da castração 
Perturbação do Édipo – evita enfrentar o édipo - confunde papeis e contornos sexuais 
Desaparece os limites as normas e diferenças – função paterna fica enfraquecida impossibilitando a estruturação do superego e introjeção da lei da escola dos objetos e alvos sexuais 
Predominância do id, modos de funcionamento instintivo e impulsivo 
*
STOLLER
Hostilidade em relação ao objeto é central no ato perverso - Perverso é resultado de um interjogo entre hostilidade e desejo sexual.
Perversão é uma fantasia posta em ato por meio de uma estrutura defensiva construída gradualmente com finalidade de preservar prazer erótico
A montagem da cena perversa não visa somente à recusa da castração, mas sobretudo a manutenção da identidade sexual ameaçada
Perversão é o resultado de uma determinada dinâmica familiar que induz o medo, força a criança a evitar o enfrentamento da situação edípica na qual já se encontra imersa – desfecho é a evitação
*
STOLLER
O ódio está presente na qualidade de elemento estrutural – é a forma erótica do ódio - desejo de ferir e anular o outro – fantasia atuada
Modo de obtenção do prazer é invariante - motivado pela hostilidade 
Hostilidade – fantasia de vingança –trauma infantil transforma-se em triunfo adulto 
A montagem perversa reproduz a cena traumática infantil - é rememorada em ato na cena perversa – revivescência de um trauma sexual –ocorre sobre a área sexual ou sobre a identidade de gênero 
Historia é relembrada de modo favorável a vítima
Dinâmica da vingança – risco como fator de excitação, desumanização do objeto sexual 
*
JOYCE MCDOUGALL
Influência de Winnicott
Cena – ritual – forma de provar a inexistência da castração
Castração lúdica – não mutilante 
Ego é escravizado pela compulsão à atuação de fantasias -
Compulsão do ato - angústia que move em direção ao ato sexual
Sexualidade– necessidade – objeto anônimo sem amor (funciona como uma droga)
Parceiro- protetor contra a depressão e perda da identidade 
Fantasia atuada – terror da cena primária
Pobreza onírica
Onipotência do perverso - deter o segredo do desejo sexual 
*
JOYCE MCDOUGALL
Diagnóstico diferencial
Diferença entre perversão e psicose: o que é rejeitado não é devolvido na forma delirante mas redescoberto em função da ilusão do seu ato sexual - cena sexual montada ad infinitum – proteção contínua contra a solução do delírio
Psicose especializada na vida sexual 
Neo-sexualidade – espécie de adicção na forma do toxicômano, desejo cede lugar à necessidade
Etiologia
Trocas mãe e bebê – temores maternos inconscientes – proteção contra um sentimento de morte libidinal interior , medo da perda da representação corporal como um todo – filho extensão libidinal ou narcísica dela mesma - impossível a elaboração da posição depresssiva
*
CHASSEGUERT- SIMERGEL
Regressão sádico-anal 
Narcisismo
Genitalidade negada
Freud- fetiche aceita e nega a castração – clivagem do ego para Chasseguert a ausência do pênis envolve a negação da cena primitiva (evidência do intercâmbio genital com os pais)
Ideal do ego – ligado a um modelo pré-genital – seu pênis ainda que pequeno é superior ao do pai (crença da mãe), mesmo pequeno é um parceiro ideal da mãe
Pré-genitalidade superior à genitalidade
Pacto entre filho e mãe
Característica do conflito edípico – recusa – negação da castração – trasmutação da realidade
*
CHASSEGUERT- SIMERGEL
Mistura- chave para organização da fantasia nas cenas sádicas
Papel da agressão, de raízes pré-edípicas, na excitação erótica
Gravidade maior quanto maior o papel da agressão como no boderline - Síndrome do narcisismo maligno – patologia do superego
Papel do fictício – recusa – crença ilusória (pênis pequeno, pré-genital, tem o mesmo valor do pênis do pai – pela idealização) – o fictício é uma operação estrutural – enaltece o falso
*
MASUD KHAN
Alienação das perversões – mecanismo da dissociação – patologia do ego – situa em um ponto mais próximo da psicose do que da neurose
Gratificação da descarga sexual é mais alívio da angústia do que satisfação propriamente dita – função sexual assume a forma de reparação
Insaciabilidade na vida sexual – compulsão
Abordagem do objeto – técnica da intimidade – caráter e clima emocional da relação com objeto baseado em comunicação corporal pré-verbal – profunda ligação (fusão fulgaz) com renúncia das identidades – comunicação arcaica pré- verbal – auto-erotismo a dois
Situação íntima só acontece porque ele tem certeza de não estar genuinamente envolvido
*
MASUD KHAN
Objeto no perverso tem o valor de objeto transicional – Winnicott - com o objeto busca curar-se da falta de integração egoica, falha na transicionalidade
Objeto não pertence ao self mas é subjetivo- é aceito como separado mas tratado como se tivesse sido criado subjetivamente
Funcionamento mental – acting –out – agir sobrepuja o pensar- permite reverter uma dificuldade intrapsíquica projetando a tensão pela necessidade sobre outra pessoa - projeção permite o domínio sobre o objeto 
Acting –out – permite uma comunicação mesmo que falseada com o objeto real 
Arrogância – decorre da sua negação de dependência passiva
*
MASUD KHAN
Figuras fundamentais no desenvolvimento: mãe – intensos cuidados corporais (vínculo auto-erótico com expectativas de receber e dar satisfação) e pai – presente mas não é registrado como significativo
Instabilidade da mãe – traumatizante e sedutora - leva a dissociação egóica – dificulta o desenvolvimento emocional, torna-se um adulto com traços infantis 
Objeto fetiche como meio de defesa contra a psicose, depressão, apatia e desesperança
*
PERVERSÃO
Psicose, psicossomática , perversão – falha no mecanismo da representação 
Como uma coisa se inscreve no psiquiso?
Bejahung – afirmativo -marca entrada de algo no psiquismo ( pela percepção) 
Segundo momento – três possibilidades de negação:
 Verleugnung – recusa ou desmentido, negar a presença de algo com conteúdo insuportável 
Verdrangung – recalque , repressão – colocar de lado para evitar um confronto com a representação – Verneinung – denegação (julgamento)
Verwerfung – rejeição, forclusão – negação mais drástica 
Perversão revela esse momento anterior, antes da neurose – entre o percebido e o representado 
*
CORPO NA PERVERSÃO
PROBLEMÁTICA - tenta encobrir a castração feminina e restituir-lhe o que falta 
NÃO VÊ /VENDO 
Ambigüidade, jogo de Sedução
Coloca-se como objeto de gozo e ao mesmo tempo goza do corpo deste enquanto corpo parte 
Perverso goza do corpo do outro sem permissão – outro é objeto do seu gozo 
Na perversão – ou se fica com o OBJETO BRUTO ou o eleva a categoria de OBJETO IDEALIZADO 
CLÍNICA DO REAL 
*
Definição dos Manuais de Psiquiatria
*
Definição histórica do conceito
de anti-social
Comportamento
irracional ou inapropriado - manie sans délire
Insanidade moral
Psicopata (1911) base orgânica , problemas fisiológicos subjacente à psique 
Sociopata (1930-1940) bases sociais e interpessoais
DSM IV – (sociopata e psicopata) anti social
DSM V - Transtornos parafílicos
*
- Pessoas que se comportam de forma irracional ou inapropriadamente e não apresentam outros sintomas / Insanidade moral: mentir, enganar, roubar;
*
Personalidade anti-social sintomas
Humor : ausência de ansiedade ou culpa, buscam prazer , superficialidade de sentimentos , ausência de apegos emocionais aos outros, busca por prazer -“Eu quero o que quero, quando quero”;
Cognitivos: habilidades verbais e sociais bem desenvolvidas, racionalização do comportamento, incapacidade de beneficiar-se da punição (evita punição convencendo os outros que é inocente)
Motores: impulsividade, busca de sensações, agressividade (busca prejuízo emocional e financeiro aos que estão ao seu redor)
*
Transtorno de personalidade anti social
CID 10
Disparidade flagrante entre comportamento e normas caracterizado por:
Indiferença, insensível aos sentimentos alheios
Atitude flagrante e persistente de irresponsabilidade e desrespeito por normas , regras e obrigações sociais
Incapacidade de manter relacionamento, mas não de estabelecer
Baixa tolerância à frustração e baixo limiar para descarga de agressão, inclusive violência
Incapaz de experimentar culpa e aprender com a punição 
Propensão para situar culpa nos outros e apresentar racionalidade plausível para o comportamento 
*
Parafilias
Meios desviantes da norma de obtenção de excitação sexual 
Sintomas: desejos, fantasias, excitações sexuais recorrentes associadas a pessoas e objetos não humanos , sofrimento ou humilhação, ou indivíduos não anuentes como, por exemplo, crianças.
Perversão se a escolha sexual for exclusiva com abandono de prática normal (genitalidade)
*
DSM e CID 10 Parafilias
Anomalias de comportamento sexual consideradas como repetidas e intensas fantasias ou práticas sexuais , com duração de, pelo menos seis meses envolvendo: 
Objetos não humanos; b) Sofrimento ou humilhação próprias ou do parceiro, c) Crianças ou pessoas sem seu consentimento
Anomalias em relação à escolha objetal e deformações do ato sexual 
*
Tipos de parafilias
Exibicionismo: exibição dos genitais
Fetichismo; uso de objetos inanimados
Froteurismo: tocar e esfregar na pessoa sem seu consentimento
Pedofilia: foco de prazer sexual em cç e púberes
Masoquismo sexual; ser humilhado ou sofrer
Sadismo sexual: infringir humilhação ou sofrimento
Fetichismo transvestico: vestir-se com roupas do sexo oposto 
Voyerismo: observar atividades sexuais
*
DSM V – Transtornos Parafílicos
Perspectiva biológica:
 - influência de fatores genéticos, hormonais e sensoriais em interação com influências cognitivas, culturais e contextuais
 - transtornos pedofílicos  transtornos neurodesenvolvimentais precoses  resultados de abuso físico ou vitimização sexual precoce 
 - castração cirúrgica (remoção dos testículos) ou química 
*
DSM V – Transtornos Parafílicos
Objetivo do tratamento: controle de fantasias, compulsões e cpts sexuais 
Psicoterapia – primeiro nível, se mal sucedida 
+ medicamentos psicotrópicos
++ tratamento hormonal 
*
DSM V – Transtornos Parafílicos
Perspectivas psicológicas:
 - transtornos que representavam fatores biológicos e psicológicos no início do desenvolvimento
 
 - “mapas de amor”  representação das fantasias e das práticas sexuais preferidas de um indivíduo  “erros de impressão” nesse processo podem resultar no estabelecimento de hábitos e práticas sexuais que se desviam da norma 
*
DSM V – Transtornos Parafílicos
 - abusadores foram eles pp abusados em algum ponto de suas vidas, provavelmente qdo eram cçs
Tratamento:
 - Terapia individual + grupo
 - TCC  reconhecimento de distorções e negações  treinamento na empatia + controle de seus impulsos sexuais
 - combinação com medicamentos hormonais p reduzir os níveis de andrógenos (hormônio sexual masculino) e psicoterapia
Indivíduos possam lidar c seus impulsos, não mudar sua atração por cçs 
*
DSM V – Disforia de Gênero 
Dificuldades que os indivíduos vivenciam devido ao sentimento de incompatibilidade entre seu sexo biológico e seu sentido interior de masculinidade ou feminilidade, identidade de gênero 
Sofrimento q pode acompanhar a incongruência entre o gênero q uma pessoa vivencia ou expressa e aquele que lhe é atribuído 
Identificação com o sexo oposto
Sentimento de estar no corpo errado e senso de inadequação em relação a seu gênero atribuído
*
DSM V – Disforia de Gênero 
Transexualismo  sentimento interior de pertencer ao outro sexo
Podem buscar cirurgia de redesignação sexual 
 
*
DSM V – Disforia de Gênero 
Teorias e tratamento
Abordagem em três frentes: psicoterapia psicológica, hormonal e possivelmente cirurgia de redesignação sexual 
Visão mais fluida de gênero do que a dicotomia binária masculino-feminino 
Usar terminologia de gênero que o cliente preferir, em vez de supor q as motivações, os cpts e as atitudes das pessoas se baseiam em suas identidades definidas pela sociedade 
*
DSM V – Disforia de Gênero 
Terapeutas deixar o cliente criar sua pp identidade de gênero e com isso ter a sensação melhorada de bem estar à medida q lhes é permitido explorar mais abertamente e sem preconceitos suas identidades múltiplas, cruzadas 
*
DSM V – Disfunções sexuais 
Divergência acentuada da resposta de um indivíduo no ciclo de resposta sexual junto com sentimentos de sofrimento ou prejuízos significativos  anormalidade na resposta e nas reações sexuais de um indivíduo 
Pode ser adquirida (desde q se tornou sexualmente ativo) ou situacional (ocorrem c apenas certos tipos de estimulação sexual, situações ou parceiros)
*
 Tipos de Disfunções sexuais 
Excitação: desejo sexual baixo ou ausente ou são incapazes de alcançar a excitação fisiológica
Envolvendo orgasmo: incapacidade de alcançar o orgasmo, atraso angustiante em alcançá-lo ou intensidade reduzida de orgasmo
Envolvendo dor: disfunção sexual na qual envolve dor genital recorrente ou persistente antes, durante ou depois da relação sexual 
*
DSM V – Disfunções sexuais 
Perspectivas biológicas 
 - praticamente 95% possuem problemas psicológicos cm ansiedade e estresse profissional, tédio c parceiras sexuais de longo prazo e outras dificuldades de relacionamento
 - problemas físicos de natureza vascular, neurológica ou hormonal ou a um funcionamento prejudicado causados por drogas, álcool e tabagismo
 - faz-se terapia de reposição hormonal 
*
DSM V – Disfunções sexuais 
Perspectivas psicológicas
Reconhecimento de fatores cognitivos, emocionais e atitudes com relação à sexualidade 
Crença na pp incompetência em situações sexuais 
Qualidade do relacionamento pode contribuir p a disfunção sexual 
Tratamento  tentar reduzir a ansiedade sobre o desempenho sexual e o desenvolvimento de habilidade de vivenciar sensações prazerosas, ensinar os parceiros a se masturbarem e incorporar métodos de estimulação sexual

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Continue navegando