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20081222153448_Thais_Nunes_INSS_Direito_Administrativo_Exercicios

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Analista do Seguro Social - INSS 
 Teoria e Exercícios Direito Administrativo 
 
Atualizada 20/12/2008 Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores 
 
1
Direito Administrativo 
 
 
 
Edital FUNRIO 2008: 1. Administração pública como função do 
Estado. 1.1. Princípios constitucionais explícitos e implícitos da 
administração pública. 1.2. A reforma do Estado brasileiro e de seu 
aparelho. 1.3. Administração direta (órgãos públicos: conceito, 
espécies, regime); administração indireta: autarquias, fundações 
públicas, sociedades de economia mista e empresas públicas. 
Principais características de cada e regimes jurídicos. O regime das 
subsidiárias. 2. Poder regulamentar. 2.1. Regulamentos administra-
tivos de execução e autônomos. 2.2. Poder normativo não legislati-
vo e o princípio da legalidade. Regulamentação e regulação. 3. Ato 
administrativo. 3.1. Conceito. Regime jurídico. Espécies. 3.2. Ele-
mentos e requisitos. 3.3. Vícios dos atos administrativos. 3.4. Prin-
cipais classificações dos atos administrativos. 3.5. Procedimento 
administrativo. Fundamentos constitucionais. 3.6. Contratos, con-
sórcios e convênios. 4. Licitações. 4.1. Conceito e modalidades. 5. 
Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder 
Executivo Federal. 5.1. Das Regras Deontológicas. 5.2. Dos Princi-
pais Deveres do Servidor Público. 5.3. Das Vedações ao Servidor 
Público. 5.4. Das Comissões de Ética. 6. Do Regime Jurídico 
Único. 6.1. Do Provimento, Vacância, Remoção, Redistribuição e 
Substituição. 6.2. Dos Direitos e Vantagens. 6.3. Do Regime Disci-
plinar. 6.4. Do Processo Administrativo Disciplinar. 6.5. Da Seguri-
dade Social do Servidor. 6.6. Da Contratação Temporária de Ex-
cepcional Interesse Público. 7. Decreto n.º 1.171/94 e Decreto 
6.029/07. 8. Lei n.º 8.112, de 11 de dezembro de 1990 e alterações 
posteriores. 
Introdução 
1. Origem do Direito Administrativo 
De acordo com Carlos Pinto Coelho Motta1, o nascimento 
do Direito Administrativo se deu somente após a Revolução 
Francesa, com a idéia de Estado de Direito. Naquele mo-
mento nascia o conceito do princípio da legalidade, inclusi-
ve para aqueles que estavam no poder. 
2. Conceito de Direito Administrativo 
O conceito varia para cada um dos doutrinadores. Primor-
dialmente, sabemos que é um ramo do direito público, que 
regula a organização da atividade administrativa. Eis alguns 
conceitos doutrinários: 
 
Hely Lopes Meirelles2: “É o conjunto harmônico de prin-
cípios que regem os órgãos, os agentes e as atividades 
públicas tendentes a realizar concreta, direta e imediata-
mente os fins desejados pelo Estado”. 
Maria Sylvia Zanella di Pietro3: “É o ramo do direito pú-
blico que tem por objeto os órgãos, agentes e pessoas 
jurídicas administrativas que integram a administração 
pública, a atividade jurídica não contenciosa que exerce e 
os bens de que se utiliza para a consecução de seus fins, 
de natureza pública”. 
 
1 MOTTA, Carlos Pinto Coelho. Curso Prático de Direito Ad-
ministrativo. 2ª Edição. Del Rey: Belo Horizonte, 2004. 
2 MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. 
21ª Edição. Editora Atlas: São Paulo, 2008. 
3 DI PIETRO, Maria Silvia Zanella. Direito Administrativo. 17ª 
Edição. Editora Atlas: São Paulo, 2004. 
3. Fontes do Direito Administrativo 
As fontes do direito são os fatos jurídicos de que resultam 
normas. As fontes do direito não são unanimidade, as 
definições e relevância variam conforme a doutrina. As 
fontes formais do Direito podem ser principais ou aces-
sórias. 
A fonte principal do Direito Administrativo é a lei, ao pas-
so que demais, fontes são acessórias. Cada país atribui 
importância maior ou menor a cada uma das fontes. 
Como regra geral, os países de tradição romano-
germânica consideram a lei como principal fonte do direi-
to - como no Brasil - deixando às demais o papel de fon-
tes secundárias, na ausência de norma decorrente da lei. 
Já os países que adotam o sistema da Common Law4, 
atribuem maior importância à jurisprudência. Tradicio-
nalmente, consideram-se como fontes do Direito Admi-
nistrativo as seguintes: 
a) Lei - Entendida como o conjunto de textos editados 
pela autoridade superior (em geral, o poder Legislativo 
ou a Administração Pública), formulados por escrito e 
segundo procedimentos específicos. Costuma-se inclu-
ir aqui os regulamentos administrativos. 
b) Doutrina - A opinião dos juristas sobre uma matéria 
concreta do direito. 
c) Jurisprudência - Conjunto de interpretações das 
normas do direito proferidas pelos tribunais - Poder Ju-
diciário. Eis abaixo o exemplo. 
d) Costumes - Regra não escrita que se forma pela 
repetição reiterada de um comportamento e pela con-
vicção geral de que tal comportamento é obrigatório 
(isto é, constitui uma norma do direito) e necessário. 
Trata-se, em geral, de regras não escritas, introduzidas 
pelo uso continuado e com o consentimento tácito de 
todas as pessoas que as admitiram como norma de 
conduta. Os juristas enxergam dois elementos constitu-
tivos do costume jurídico: o material (a prática reitera-
da do comportamento costumeiro) e o subjetivo (a 
convicção geral de que ele é necessário e obrigatório). 
 
(ESAF/2006 - Técnico da Receita Federal) A primordi-
al fonte formal do Direito Administrativo no Brasil é: 
a) a lei. 
b) a doutrina. 
c) a jurisprudência. 
d) os costumes. 
e) o vade-mécum. 
 
(ESAF/2000 - Técnico da Receita Federal) A fonte 
formal e primordial do Direito Administrativo é a (o): 
a) motivação que a fundamenta 
b) povo 
c) parlamento 
d) Diário Oficial 
e) lei 
 
4 Common law (do inglês "direito comum") é o direito que se 
desenvolveu em certos países por meio das decisões dos tribu-
nais, e não mediante atos legislativos. 
 
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ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
Capítulo VII - Da Administração Pública 
Seção I - Disposições Gerais 
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qual-
quer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de 
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade 
e eficiência e, também, ao seguinte: (Redação dada pela 
Emenda Constitucional n.º 19 de 1998)
2 
› Legalidade - O princípio da legalidade determina que 
a administração (e os administradores), além de não 
poder atuar contra a lei ou além da lei, somente pode agir 
segundo a lei. 
› Impessoalidade - Princípio segundo o qual a admi-
nistração se move pelo interesse público e não por inte-
resses pessoais. 
› Moralidade - O princípio da moralidade pública con-
templa a determinação jurídica da observância de precei-
tos éticos produzidos pela sociedade, variáveis segundo 
as circunstâncias de cada caso. 
› Publicidade - Como regra geral, os atos praticados 
pelos agentes administrativos não devem ser sigilosos. 
Portanto, há ressalvas legalmente estabelecidas e decor-
rentes de razões de ordem lógica, como os atos gover-
namentais que envolvem segurança do Estado ou que 
tratam de assuntos que envolvem a vida privada e a 
intimidade das pessoas. No entendimento do Supremo 
Tribunal Federal: “A publicidade e o direito à informação 
não podem ser restringidos com base em atos de nature-
za discricionária, salvo quando justificados, em casos 
excepcionais, para a defesa da honra, da imagem e da 
intimidade de terceiros ou quando a medida for essencial 
para a proteção do interesse público”. (STF/RMS 23036 - 
DJ 25/08/2006) 
› Eficiência - O princípio da eficiência é o que impõeà 
administração pública e a seus agentes a persecução do 
bem comum, por meio do exercício de suas competên-
cias de forma imparcial, neutra, transparente, participati-
va, eficaz, sem burocracia e sempre em busca da quali-
dade, rimando pela adoção dos critérios legais e morais 
necessários para melhor utilização possível dos recursos 
públicos, de maneira a evitarem-se desperdícios e garan-
tir-se maior rentabilidade social. Mais especificamente, é 
a aplicabilidade prática da noção de administração ge-
rencial. 
 
Comentário: A gestão pública vem passando por um 
processo de evolução marcado por três modelos básicos: 
A Administração Pública Burocrática, que veio desig-
nar um método de organização racional e eficiente, sur-
giu na perspectiva de substituir a força do poder exercido 
por regimes autoritários. O grande empenho para a im-
plantação da Administração Pública Burocrática se deve 
à tentativa de controlar o conteúdo da ação governamen-
tal, para evitar que os políticos agissem contra os inte-
resses coletivos da comunidade. A tentativa de controlar 
tudo na administração pública e de ditar o modo como as 
coisas deviam ser feitas, regulando os procedimentos e 
controlando os insumos, fez com que se passasse a 
ignorar resultados. 
A Administração Pública Gerencial tem como principal 
característica a mudança do foco, que deixa de ser priori-
tariamente o fornecimento dos serviços, para uma função 
de catalisador dos meios de todos os setores - público, 
privado e voluntário - para que estes serviços possam 
acontecer. A administração pública passa a ser a coor-
denadora da ação conjunta em direção à resolução dos 
problemas da comunidade e a busca de resultado com 
ela e não para ela. 
Legalidade - Noção de Administração Burocrática 
Impessoalidade - Noção de Administração Burocrática 
Moralidade - Noção de Administração Burocrática 
Publicidade - Noção de Administração Burocrática 
Eficiência - Noção de Administração Gerencial 
Modelo de Questão 
(ESAF/2005 - Auditor-Fiscal da Receita Federal) Os prin-
cípios constitucionais da legalidade e da moralidade 
vinculam-se, originalmente, à noção de administração: 
a) Patrimonialista5. 
b) Descentralizada. 
c) Gerencial. 
d) Centralizada. 
e) Burocrática. 
 
Princípios Doutrinários Implícitos 
A doutrina moderna6 tem considerado outros princípios, 
além daqueles previstos no caput do art. 37 da Constitui-
ção Federal (Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, 
Publicidade e Eficiência - LIMPE). Assim, segue alguns 
princípios doutrinários da Administração Pública. 
1. Supremacia do Interesse Público Sobre o Particular 
- O interesse público deve ser conceituado como interes-
se resultante do conjunto dos interesses que os indiví-
duos pessoalmente têm quando considerado em sua 
qualidade de membros da sociedade. Desta maneira, 
discorre Luiz Alberto Araújo7: "O princípio da supremacia 
do interesse público sobre o privado, coloca os interesses 
da Administração Pública em sobreposição aos interes-
ses particulares que com os dela venham eventualmente 
colidir". 
 
5 A Administração Patrimonialista propiciava uma confusão 
entre os cargos públicos e o próprio grau de parentesco e afini-
dades entre os nobres e outros participantes do governo, sendo, 
na verdade, uma continuidade do modelo de administração 
utilizado pelas monarquias até o aparecimento da burocracia. 
6 MORAES, Alexandre de. Direito Constitucional Administra-
tivo. Editora Atlas: São Paulo, 2005. DI PIETRO, Maria S-
ylvia Zanella. Direito Administrativo. 17ª Edição. Editora 
Atlas: São Paulo, 2004. 
Ps. Dos dois doutrinadores consultados, somente a Prof. Maria 
Sylvia Zanella di Pietro reconhece o Princípio da Segurança 
Jurídica. O Princípio da Economicidade não é citado pelos dou-
trinadores, mas aparece frequentemente em questões. 
 
7 ARAUJO, Luiz Alberto David. NUNES JUNIOR, Vidal Serrano. 
Curso de Direito Constitucional. 4ª Edição. Editora São 
Paulo: Saraiva, 2001. 
 
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2. Indisponibilidade do Interesse Público - Ligado ao 
princípio de supremacia do interesse público - também 
chamado de princípio da finalidade pública - está o da 
indisponibilidade do interesse público que, segundo Cel-
so Antonio Bandeira de Mello, "significa que sendo inte-
resses qualificados como próprios da coletividade - inter-
nos ao setor público - não se encontram à livre disposi-
ção de quem quer que seja, por inapropriáveis. O próprio 
órgão administrativo que os representa não tem disponi-
bilidade sobre eles, no sentido de que lhe incumbe ape-
nas curá-los - o que é também um dever - na estrita con-
formidade do que dispuser a intentio legis8". 
3. Presunção de Legitimidade - Esse princípio, que 
alguns chamam de princípio da presunção de legalidade 
(ou veracidade), abrange dois aspectos: de um lado, a 
presunção de verdade, que diz respeito à certeza dos 
fatos. De outro lado, a presunção da legalidade, pois, se 
a Administração Pública se submete à lei, presume-se, 
até prova em contrário, que todos os seus atos sejam 
verdadeiros e praticados com observância das normas 
legais pertinentes. Trata-se de presunção relativa (juris 
tantum9) que, como tal, admite prova em contrário. 
4. Especialidade - Dos princípios da legalidade e da 
indisponibilidade do interesse público, decorre, dentre 
outros, o da especialidade, concernente à idéia de des-
centralização administrativa. Quando o Estado cria pes-
soas jurídicas públicas administrativas - as autarquias - 
como forma de descentralizar a prestação de serviços 
públicos, com vistas à especialização de função, a lei que 
cria a entidade estabelece com precisão as finalidades 
que lhe incumbe atender, de tal modo que não cabe aos 
seus administradores afastar-se dos objetivos definidos 
na lei, isto precisamente pelo fato de não terem a livre 
disponibilidade dos interesses públicos. Embora esse 
princípio seja normalmente referido às autarquias, não há 
razão para negar a sua aplicação quanto às demais pes-
soas jurídicas da administração pública. 
5. Controle ou Tutela - Na estruturação da Administra-
ção Pública há uma desconcentração e descentralização 
de competência e poderes visando sempre a uma espe-
cialização e eficiência. Para tanto, são criados órgãos e 
pessoas jurídicas, que terão certa independência funcio-
nal, financeira e administrativa. Surge, por conseguinte, o 
dever e a necessidade de se controlar e fiscalizar esses 
órgãos e pessoas administrativas, com o objetivo de 
certificar a fiel observância de seus fins institucionais. 
6. Auto-Tutela - Enquanto pela tutela, a Administração 
exerce controle sobre outra pessoa jurídica por ela mes-
ma instituída pela auto-tutela, o controle se exerce sobre 
os próprios atos, com a possibilidade de anular os ilegais 
e revogar os inconvenientes ou inoportunos, independen-
temente de recurso ao Poder Judiciário. 
7. Hierarquia - Em consonância com o princípio da hie-
rarquia, os órgãos da Administração Pública são estrutu-
rados de tal forma que se cria uma relação de coordena-
ção e subordinação entre uns e outros, cada qual com 
atribuições definidas na lei. Desse principio, que só existe 
relativamente às funções administrativas, não em relação 
às legislativas e judiciais, decorre uma série de prerroga-
tivas para a Administração: a de rever os atos dos subor-
dinados, a de delegar e avocar atribuições, a de punir; 
para o subordinado surge o dever de obediência. 
 
8 Intentio Legis: A finalidade da lei. 
9 Juris Tantum: Somente de direito, a admitir provaem contrá-
rio. 
8. Continuidade do Serviço Público - Por esse princípio 
entende-se que o serviço público, sendo a forma pela 
qual o Estado desempenha funções essenciais ou ne-
cessárias à coletividade, não pode ser interrompido. Dele 
decorrem conseqüências importantes como, por exem-
plo, a necessidade de institutos como a suplência, a 
delegação e a substituição para preencher as funções 
públicas temporariamente vagas. 
9. Razoabilidade - O princípio da razoabilidade impõe 
que a Administração Pública, ao atuar no exercício do 
poder discricionário, terá de obedecer a critérios aceitá-
veis do ponto de vista racional, em sintonia com o senso 
normal de pessoas equilibradas e com as finalidades que 
presidiram a outorga da competência exercida. 
10. Proporcionalidade - O princípio da proporcionalida-
de tem o objetivo de coibir excessos, por meio da aferi-
ção da compatibilidade entre os meios e os fins da atua-
ção administrativa, para evitar restrições desnecessárias 
ou abusivas. Por força deste princípio, não é lícito à Ad-
ministração Pública valer-se de medidas restritivas ou 
formular exigências aos particulares além daquilo que for 
estritamente necessário para a realização da finalidade 
pública almejada. 
11. Motivação - O princípio da motivação determina que 
a autoridade administrativa deve apresentar as razões 
que a levaram a tomar uma decisão. A motivação é uma 
exigência do Estado de Direito, ao qual é inerente, entre 
outros direitos dos administrados, o direito a uma decisão 
fundada, motivada, com explicitação dos motivos. Sem a 
explicitação dos motivos torna-se extremamente difícil 
aferir a correção daquilo que foi decidido, por isso, é 
essencial que se apontem os fatos, as inferências feitas e 
os fundamentos da decisão. 
12. Segurança Jurídica - O princípio da segurança 
jurídica ou da estabilidade das relações jurídicas impede 
a desconstituição injustificada de atos ou situações jurídi-
cas, mesmo que tenha ocorrido alguma inconformidade 
com o texto legal durante sua constituição. Muitas vezes 
o desfazimento do ato ou da situação jurídica por ele 
criada pode ser mais prejudicial do que sua manutenção, 
especialmente quanto a repercussões na ordem social. 
13. Economicidade - Seguindo a linha de orientação da 
finalidade pública dos atos da Administração, temos co-
mo desdobramento do princípio da economicidade, que, 
incorporado literalmente pelo caput do artigo 70 da Cons-
tituição Federal, nada mais traduz do que o dever de 
eficiência do administrado na gestão do dinheiro público. 
I - os cargos, empregos e funções públicas são acessí-
veis aos brasileiros que preencham os requisitos estabe-
lecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da 
lei; (Redação dada pela Emenda Constitucional n.º 19 de 
1998)
II - a investidura em cargo ou emprego público depende 
de aprovação prévia em concurso público de provas ou 
de provas e títulos, de acordo com a natureza e a com-
plexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, 
ressalvadas as nomeações para cargo em comissão 
declarado em lei de livre nomeação e exoneração; 
(Redação dada pela Emenda Constitucional n.º 19 de 
1998)
III - o prazo de validade do concurso público será de até 
dois anos, prorrogável uma vez, por igual período; 
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IV - durante o prazo improrrogável previsto no edital de 
convocação, aquele aprovado em concurso público de 
provas ou de provas e títulos será convocado com priori-
dade sobre novos concursados para assumir cargo ou 
emprego, na carreira; 
V - as funções de confiança, exercidas exclusivamente 
por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos 
em comissão, a serem preenchidos por servidores de 
carreira nos casos, condições e percentuais mínimos 
previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de 
direção, chefia e assessoramento; (Redação dada pela 
Emenda Constitucional n.º 19 de 1998)
Tipo de 
Cargo Conceito 
Regime 
Jurídico 
Cargo Efe-
tivo 
A nomeação depende 
de aprovação prévia 
em concurso público. 
CF/88 + 
Estatutos 
Cargo em 
Comissão 
Livre nomeação e livre 
exoneração. Destinado 
somente para cargos 
de direção, chefia e 
assessoramento. 
CF/88 + 
Estatutos 
Função de 
Confiança 
CF/88 art. 
37, inc V 
Não se trata de um 
cargo e sim, de uma 
função que somente é 
concedida para aque-
les que já detém um 
cargo efetivo. 
CF/88 + 
Estatutos 
Emprego 
Público 
A contratação depende 
de aprovação prévia 
em concurso público. 
Também há a contrata-
ção direta para empre-
gos de direção, chefia 
e assessoramento. 
CF/88 + CLT + 
Lei 9.962/2000 
VI - é garantido ao servidor público civil o direito à livre 
associação sindical; 
VII - o direito de greve será exercido nos termos e nos 
limites definidos em lei específica; (Redação dada pela 
Emenda Constitucional n.º 19 de 1998)
Comentário - O STF entende que o direito de greve é 
uma norma constitucional de eficácia limitada. Porém, há 
um novo entendimento do sobre o assunto, como pode 
ser verificado na questão abaixo: 
(CESPE/2008 - Agente Técnico Jurídico do MPE/AM) 
O direito de greve de servidor público ainda não foi devi-
damente regulamentado. Sendo assim, segundo enten-
dimento do STF, aos casos de greve desses servidores 
devem ser aplicadas, no que couber, as mesmas normas 
do exercício do direito de greve da iniciativa privada. 
VIII - a lei reservará percentual dos cargos e empregos 
públicos para as pessoas portadoras de deficiência e 
definirá os critérios de sua admissão; 
Comentário - Para os servidores federais, o percentual 
será de até 20% de acordo com a Lei 8.112/1990. 
IX - a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo 
determinado para atender a necessidade temporária de 
excepcional interesse público; 
Comentário - A Lei n.° 8.745/1993 dispõe sobre a con-
tratação por tempo determinado, para atender a necessi-
dade temporária de excepcional interesse público, nos 
órgãos da Administração Federal direta, nas autarquias e 
nas fundações públicas. 
X - a remuneração dos servidores públicos e o subsídio 
de que trata o § 4º do art. 39 somente poderão ser fixa-
dos ou alterados por lei específica, observada a iniciativa 
privativa em cada caso, assegurada revisão geral anual, 
sempre na mesma data e sem distinção de índices; 
(Redação dada pela Emenda Constitucional n.º 19/1998)
Estatuto dos Servidores Civis da União 
Art. 40. Vencimento é a retribuição pecuniária pelo e-
xercício de cargo público, com valor fixado em lei. 
Art. 41. Remuneração é o vencimento do cargo efetivo, 
acrescido das vantagens pecuniárias permanentes esta-
belecidas em lei 
Constituição Federal 
Art. 39 § 4º O membro de Poder, o detentor de mandato 
eletivo, os Ministros de Estado e os Secretários Estadu-
ais e Municipais serão remunerados exclusivamente por 
subsídio fixado em parcela única, vedado o acréscimo 
de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba 
de representação ou outra espécie remuneratória, obe-
decido, em qualquer caso, o disposto no art. 37, X e XI. 
XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de car-
gos, funções e empregos públicos da administração dire-
ta, autárquica e fundacional, dos membros de qualquer 
dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e 
dos Municípios, dos detentores de mandato eletivo e dos 
demais agentes políticos e os proventos, pensões ou 
outra espécie remuneratória, percebidos cumulativamen-
te ou não, incluídas as vantagens pessoais ou de qual-
quer outra natureza, não poderão exceder o subsídio 
mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal 
Federal, aplicando-secomo limite, nos Municípios, o 
subsídio do Prefeito, e nos Estados e no Distrito Federal, 
o subsídio mensal do Governador no âmbito do Poder 
Executivo, o subsídio dos Deputados Estaduais e Distri-
tais no âmbito do Poder Legislativo e o subsídio dos 
Desembargadores do Tribunal de Justiça, limitado a 
noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do 
subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo 
Tribunal Federal, no âmbito do Poder Judiciário, aplicável 
este limite aos membros do Ministério Público, aos Pro-
curadores e aos Defensores Públicos; (Redação dada 
pela Emenda Constitucional n.º 41 de 19/12/2003)
 
TABELA10 Poder Executivo 
Poder 
Legislativo 
Poder 
Judiciário 
Esfera 
Federal 
Subsídio dos 
Ministros do 
STF 
Subsídio dos 
Ministros do 
STF 
Subsídio dos 
Ministros do 
STF 
Esfera 
Estadual e 
Distrito 
Federal 
Subsídio do 
Governador 
Subsídio dos 
Deputados 
Estaduais e 
Distritais 
Subsídio dos 
Desembarga-
dores do 
Tribunal de 
Justiça 
 
Esfera 
Municipal 
 
Subsídio do 
Prefeito 
Subsídio do 
Prefeito ****** 
 
 
10 TAMEZ, Carlos André Silva. PRADO, Leandro Cadenas do. 
Ética na Administração Pública. 2ª Edição. Editora Impetus: 
Niterói/RJ, 2004, p. 130. 
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Definições sobre o Teto de Poder Executivo 
1. Agentes do poder Executivo Federal: não superior ao 
subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo 
Tribunal Federal. 
2. Agentes do poder Executivo Estadual: não superior ao 
subsídio mensal, em espécie, do Governador do Estado. 
3. Agentes do poder Executivo do Distrito Federal: não 
superior ao subsídio mensal, em espécie, do Governador 
do Distrito Federal. 
4. Agentes do poder Executivo Municipal: não superior ao 
subsídio mensal, em espécie, do Prefeito Municipal. 
Definições sobre o Teto de Poder Legislativo 
1. Agentes do poder Legislativo Federal: não superior ao 
subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo 
Tribunal Federal. 
2. Agentes do poder Legislativo Estadual: não superior ao 
subsídio mensal, em espécie, dos Deputados Estaduais. 
3. Agentes do poder Legislativo do Distrito Federal: não 
superior ao subsídio mensal, em espécie, dos Deputados 
Distritais. 
4. Agentes do poder Legislativo Municipal: não superior 
ao subsídio mensal, em espécie, do Prefeito Municipal. 
Definições sobre o Teto de Poder Judiciário 
1. Ministros dos demais Tribunais Superiores (STJ - TST 
- TSE - STM): subsídio não superior à 95% do subsídio 
mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal 
Federal (art. 93, inc. V da CF/88). 
2. Desembargadores do Tribunal de Justiça, membros do 
Ministério Público Estadual, Procuradores Estaduais e 
Defensores Públicos Estaduais: subsídio não superior a 
90,25% do subsídio mensal, em espécie, dos Ministros 
do Supremo Tribunal Federal. 
3. Agentes do poder Judiciário e Ministério Público Esta-
dual: subsídio não superior ao subsídio mensal, em es-
pécie, dos Desembargadores do Tribunal de Justiça. 
4. Agentes do poder Judiciário Federal: subsídio não 
superior ao subsídio mensal, em espécie, dos Ministros 
do Supremo Tribunal Federal. 
XII - os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e 
do Poder Judiciário não poderão ser superiores aos pa-
gos pelo Poder Executivo; 
XIII - é vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer 
espécies remuneratórias para o efeito de remuneração 
de pessoal do serviço público; (Redação dada pela E-
menda Constitucional n.º 19 de 1998)
Comentário - De acordo com a doutrina constitucionalis-
ta clássica11, equiparação é diferente de vinculação: 
Vinculação: “É a relação de comparação vertical, dife-
rente da equiparação, que é a relação horizontal. Vincula-
se um cargo inferior, isto é, de menores atribuições e 
menor complexidade, com outro superior, para efeito de 
retribuição, mantendo-se certa diferença de vencimentos 
entre um e entre outro, de sorte que, aumentando-se os 
vencimentos de um, o outro também fica automaticamen-
te majorado, para guardar a mesma distância preestabe-
lecida”. 
 
11 SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional 
Positivo. 15 ª Edição. Editora Malheiros: São Paulo, 1998. Pág. 
659. 
Equiparação: “É a comparação de cargos de denomina-
ção e atribuições diversas, considerando-os iguais para 
fins de se lhes conferirem os mesmos vencimentos”. 
XIV - os acréscimos pecuniários percebidos por servidor 
público não serão computados nem acumulados para fins 
de concessão de acréscimos ulteriores; (Redação dada 
pela Emenda Constitucional n.º 19 de 1998)
XV - o subsídio e os vencimentos dos ocupantes de car-
gos e empregos públicos são irredutíveis, ressalvado o 
disposto nos incisos XI e XIV deste artigo e nos arts. 39, 
§ 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I; (Redação dada pela 
Emenda Constitucional n.º 19 de 1998)
Comentário - Exceções à regra da irredutibilidade: 
- Art. 37 inc. XI e XIV - Limitação do valor da remunera-
ção e do subsídio dos agentes públicos. 
- Art. 39 § 4º - Limitação aos valores dos subsídios. 
- Art. 150 inc. II - Vedação ao tratamento desigual entre 
contribuintes (tributos) por razão profissional. 
- Art. 153 inc. III e § 2º inc. I - Dispõe sobre o Imposto de 
Renda. 
XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos 
públicos, exceto, quando houver compatibilidade de horá-
rios, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI. 
(Redação dada pela Emenda Constitucional n.º 19 de 
1998)
a) a de dois cargos de professor; (Incluída pela Emen-
da Constitucional n.º 19 de 1998)
b) a de um cargo de professor com outro técnico ou ci-
entífico; (Incluída pela EC n.º 19 de 1998)
c) a de dois cargos ou empregos privativos de profis-
sionais de saúde, com profissões regulamentadas; 
(Redação dada pela EC n.º 34 de 2001)
XVII - a proibição de acumular estende-se a empregos e 
funções e abrange autarquias, fundações, empresas 
públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiá-
rias, e sociedades controladas, direta ou indiretamente, 
pelo poder público; (Redação dada pela Emenda Consti-
tucional n.º 19 de 1998)
Estatuto dos Servidores Civis da União 
Art. 118. Ressalvados os casos previstos na Constitui-
ção, é vedada a acumulação remunerada de cargos 
públicos. 
§ 1º A proibição de acumular estende-se a cargos, em-
pregos e funções em autarquias, fundações públicas, 
empresas públicas, sociedades de economia mista da 
União, do Distrito Federal, dos Estados, dos Territórios e 
dos Municípios. 
§ 2º A acumulação de cargos, ainda que lícita, fica condi-
cionada à comprovação da compatibilidade de horários. 
§ 3º Considera-se acumulação proibida a percepção de 
vencimento de cargo ou emprego público efetivo com 
proventos da inatividade, salvo quando os cargos de que 
decorram essas remunerações forem acumuláveis na 
atividade. 
XVIII - a administração fazendária e seus servidores 
fiscais terão, dentro de suas áreas de competência e 
jurisdição, precedência sobre os demais setores adminis-
trativos, na forma da lei; 
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XIX - somente por lei específica poderá ser criada autar-
quia e autorizada a instituição de empresa pública, de 
sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à 
lei complementar, neste último caso, definir as áreas de 
sua atuação; (Redação dada pela Emenda Constitucional 
n.º 19de 1998)
XX - depende de autorização legislativa, em cada caso, a 
criação de subsidiárias das entidades mencionadas no 
inciso anterior, assim como a participação de qualquer 
delas em empresa privada; 
XXI - ressalvados os casos especificados na legislação, 
as obras, serviços, compras e alienações serão contrata-
dos mediante processo de licitação pública que asse-
gure igualdade de condições a todos os concorrentes, 
com cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamen-
to, mantidas as condições efetivas da proposta, nos ter-
mos da lei, o qual somente permitirá as exigências de 
qualificação técnica e econômica indispensáveis à garan-
tia do cumprimento das obrigações. 
XXII - as administrações tributárias da União, dos Esta-
dos, do Distrito Federal e dos Municípios, atividades 
essenciais ao funcionamento do Estado, exercidas por 
servidores de carreiras específicas, terão recursos priori-
tários para a realização de suas atividades e atuarão de 
forma integrada, inclusive com o compartilhamento de 
cadastros e de informações fiscais, na forma da lei ou 
convênio. (Incluído pela Emenda Constitucional n.º 42 de 
19/12/2003)
§ 1º A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e 
campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter edu-
cativo, informativo ou de orientação social, dela não po-
dendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracte-
rizem promoção pessoal de autoridades ou servidores 
públicos. 
§ 2º A não observância do disposto nos incisos II e III 
implicará a nulidade do ato e a punição da autoridade 
responsável, nos termos da lei. 
II - a investidura em cargo ou emprego público depende 
de aprovação prévia em concurso público de provas ou 
de provas e títulos, de acordo com a natureza e a com-
plexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, 
ressalvadas as nomeações para cargo em comissão 
declarado em lei de livre nomeação e exoneração; 
III - o prazo de validade do concurso público será de até 
dois anos, prorrogável uma vez, por igual período; 
§ 3º A lei disciplinará as formas de participação do usu-
ário na administração pública direta e indireta, regulando 
especialmente: (Redação dada pela Emenda Constitu-
cional n.º 19 de 1998)
I - as reclamações relativas à prestação dos serviços 
públicos em geral, asseguradas a manutenção de ser-
viços de atendimento ao usuário e a avaliação periódi-
ca, externa e interna, da qualidade dos serviços; 
(Incluído pela Emenda Constitucional n.º 19 de 1998)
II - o acesso dos usuários a registros administrativos e 
a informações sobre atos de governo, observado o dis-
posto no art. 5º, X e XXXIII; (Incluído pela Emenda 
Constitucional n.º 19 de 1998)
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e 
a imagem das pessoas, assegurado o direito a indeniza-
ção pelo dano material ou moral decorrente de sua viola-
ção; 
XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos 
informações de seu interesse particular, ou de interesse 
coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, 
sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo 
sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do 
Estado; 
III - a disciplina da representação contra o exercício 
negligente ou abusivo de cargo, emprego ou função na 
administração pública. (Incluído pela Emenda Constitu-
cional n.º 19 de 1998)
§ 4º Os atos de improbidade administrativa importarão a 
suspensão dos direitos políticos, a perda da função públi-
ca, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao 
erário, na forma e gradação previstas em lei, sem prejuí-
zo da ação penal cabível. 
§ 5º A lei estabelecerá os prazos de prescrição para 
ilícitos praticados por qualquer agente, servidor ou não, 
que causem prejuízos ao erário, ressalvadas as respecti-
vas ações de ressarcimento. 
§ 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito 
privado prestadoras de serviços públicos responderão 
pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causa-
rem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra 
o responsável nos casos de dolo ou culpa. 
Responsabilidade das Pessoas Jurídicas de Direito 
Público e das Pessoas Jurídicas de Direito Privado 
prestadoras de serviços públicos perante terceiros: 
1. A responsabilidade é denominada como objetiva por-
que independe de dolo ou culpa. No dolo o agente atua 
com a intenção de causar o dano e na culpa, o agente 
não tem a intenção do dano, mas age com imperícia, 
imprudência e negligência. 
2. Há doutrinas que defendem que quando a conduta é 
omissiva, a responsabilidade da pessoa jurídica deve ser 
considerada subjetiva. 
3. Há que se provar o nexo causal. Nexo causal ou nexo 
de causalidade nada mais é do que a prova de que o 
dano foi proveniente do agente público. 
4. Há jurisprudências que admitem a excludente de cul-
pabilidade da administração por culpa exclusiva da vitima 
(terceiro prejudicado), culpa recíproca, fenômenos natu-
rais e outras variáveis. 
Responsabilidade do agente perante as Pessoas 
Jurídicas de Direito Público e as Pessoas Jurídicas 
de Direito Privado prestadoras de serviços públicos: 
1. A responsabilidade é denominada como subjetiva 
porque depende de dolo ou culpa. 
2. As pessoas jurídicas de direito público e as pessoas 
jurídicas de direito privado prestadoras de serviços públi-
cos agem através de seus agentes, que depois respon-
derão em Ação de Regresso. 
3. Há que se provar o fato e o dano através de processo 
judicial na esfera cível. 
4. O processo mais usado para apurar este tipo de res-
ponsabilidade é aquele previsto na Lei de Improbidade 
Administrativa - Lei n.º 8.429/92. 
5. A ação destinada a responsabilizar o agente chama-se 
Ação de Regresso ou Regressiva. 
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§ 7º A lei disporá sobre os requisitos e as restrições ao 
ocupante de cargo ou emprego da administração direta e 
indireta que possibilite o acesso a informações privilegia-
das. (Incluído pela Emenda Constitucional n.º 19/1998)
§ 8º A autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos 
órgãos e entidades da administração direta e indireta 
poderá ser ampliada mediante contrato, a ser firmado 
entre seus administradores e o poder público, que tenha 
por objeto a fixação de metas de desempenho para o 
órgão ou entidade, cabendo à lei dispor sobre: (Incluído 
pela Emenda Constitucional n.º 19 de 1998)
I - o prazo de duração do contrato; 
II - os controles e critérios de avaliação de desempe-
nho, direitos, obrigações e responsabilidade dos diri-
gentes; 
III - a remuneração do pessoal. 
Agências Executivas 
Agência Executiva, conforme Maria Sylvia Zanella Di 
Pietro, é a “qualificação dada à autarquia ou fundação 
que celebre contrato de gestão com órgão da Adminis-
tração Direta a que se acha vinculada, para melhoria da 
eficiência e redução de custos”. Visa melhorar a eficiên-
cia dessas entidades que operam no setor de atividades 
exclusivas do Estado, ou seja, aquele onde predominam 
atividades que por sua natureza não podem ser delega-
das a instituições não estatais (fiscalização, exercício do 
poder de polícia, regulação, fomento, segurança interna, 
tributação entre outros). O reconhecimento como agência 
executiva não muda nem cria outra figura jurídica, portan-
to, poderia-se fazer uma analogia com um “selo de quali-
dade”. 
Requisitos para transformação em Agência Executiva 
(artigo 51 da Lei 9.649/98 + artigo 1º § 1º do Decreto 
2487/98): 
a) Ter um plano estratégico de reestruturação e de de-
senvolvimento institucional em andamento ou já concluí-
do. 
b) Ter celebrado contrato de gestão com o respectivo 
Ministério supervisor. 
A finalidade do contrato de gestão é assegurar umamai-
or autonomia gerencial para as entidades da administra-
ção indireta ou órgãos da administração direta e, em 
contrapartida, estabelecer indicadores e metas de quali-
dade e de redução de custo, as quais deverão ser fiscali-
zadas e auditadas pela própria administração direta. 
Pode perder a qualificação de agência executiva se não 
atender aos mesmos requisitos legais daquela entidade 
preexistente. Uma vez firmado o contrato, a qualificação 
como agência executiva será feita por decreto. 
A definição dos chamados Contratos de Gestão consta 
no parágrafo 8º do artigo 37 da Constituição Federal de 
1988. Este novo instituto da Administração Pública brasi-
leira foi inserido com a Emenda Constitucional 19/98 e, 
por isso, ainda é uma realidade nova em nosso ordena-
mento jurídico. Há hoje uma discussão doutrinária se 
realmente a denominação correta seria “contrato”. Uma 
vez que o objetivo maior dos contratos de gestão é a 
parceria entre entidades da administração pública, a 
denominação mais coerente seria “convênio”, palavra 
que define quando duas ou mais partes tem interesses 
mútuos e, por isso, agem com um objetivo em comum, 
diferente dos contratos, onde as partes estão em lados 
opostos. 
§ 9º O disposto no inciso XI aplica-se às empresas públi-
cas e às sociedades de economia mista, e suas subsidiá-
rias, que receberem recursos da União, dos Estados, do 
Distrito Federal ou dos Municípios para pagamento de 
despesas de pessoal ou de custeio em geral. (Incluído 
pela Emenda Constitucional n.º 19 de 1998)
§ 10. É vedada a percepção simultânea de proventos de 
aposentadoria decorrentes do art. 40 ou dos arts. 42 e 
142 com a remuneração de cargo, emprego ou função 
pública, ressalvados os cargos acumuláveis na forma 
desta Constituição, os cargos eletivos e os cargos em 
comissão declarados em lei de livre nomeação e exone-
ração. (Incluído pela Emenda Constitucional n.º 20/1998)
Art. 40 da CF/88 - Servidores Civis de Cargo Efetivo 
Art. 42 e 142 da CF/88 - Servidores Públicos Militares 
§ 11. Não serão computadas, para efeito dos limites 
remuneratórios de que trata o inciso XI do caput deste 
artigo, as parcelas de caráter indenizatório previstas em 
lei. (Incluído pela Emenda Constitucional n.º 47 de 2005)
§ 12. Para os fins do disposto no inciso XI do caput deste 
artigo, fica facultado aos Estados e ao Distrito Federal 
fixar, em seu âmbito, mediante emenda às respectivas 
Constituições e Lei Orgânica, como limite único, o subsí-
dio mensal dos Desembargadores do respectivo Tribunal 
de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco 
centésimos por cento do subsídio mensal dos Ministros 
do Supremo Tribunal Federal, não se aplicando o dispos-
to neste parágrafo aos subsídios dos Deputados Estadu-
ais e Distritais e dos Vereadores. (Incluído pela Emenda 
Constitucional n.º 47 de 2005)
Art. 38. Ao servidor público da administração direta, 
autárquica e fundacional, no exercício de mandato eleti-
vo, aplicam-se as seguintes disposições: (Redação dada 
pela Emenda Constitucional n.º 19 de 1998)
I - tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou 
distrital, ficará afastado de seu cargo, emprego ou fun-
ção; 
II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do 
cargo, emprego ou função, sendo-lhe facultado optar pela 
sua remuneração; 
Comentário - O Supremo Tribunal Federal tem jurispru-
dência favorável no sentido de que o servidor eleito para 
o cargo de Vice-Prefeito gozará do mesmo benefício do 
servidor eleito para Prefeito. 
SERVIDOR PÚBLICO INVESTIDO NO MANDATO DE 
VICE-PREFEITO. Aplicam-se-lhe, por analogia, as dispo-
sições contidas no inciso II do art. 38 da Constituição 
Federal. (ADI 199, Rel. Min. Maurício Corrêa, julgamento 
em 22/04/98, DJ de 07/08/98) 
III - investido no mandato de Vereador, havendo compa-
tibilidade de horários, perceberá as vantagens de seu 
cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração 
do cargo eletivo, e, não havendo compatibilidade, será 
aplicada a norma do inciso anterior; 
IV - em qualquer caso que exija o afastamento para o 
exercício de mandato eletivo, seu tempo de serviço será 
contado para todos os efeitos legais, exceto para promo-
ção por merecimento; 
V - para efeito de benefício previdenciário, no caso de 
afastamento, os valores serão determinados como se no 
exercício estivesse. 
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Seção II - Dos Servidores Públicos 
Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Mu-
nicípios instituirão, no âmbito de sua competência, regi-
me jurídico único e planos de carreira para os servidores 
da administração pública direta, das autarquias e das 
fundações públicas. 
8 
Comentário - O caput do art. 39 foi suspenso12 devido 
uma liminar em ADIn (Medida Liminar 2135-4). Assim, 
enquanto a Ação Direta de Inconstitucionalidade, que 
questiona a validade ou não da Emenda Constitucional 
19 de 1998 não for julgada, está em vigor o Regime Jurí-
dico Único. 
ADIN - “O Tribunal, por maioria, vencidos os Senhores 
Ministros Nelson Jobim, Ricardo Lewandowski e Joaquim 
Barbosa, deferiu parcialmente a medida cautelar para 
suspender a eficácia do artigo 039, caput, da Constitui-
ção Federal, com a redação da Emenda Constitucional 
n.º 19, de 04 de junho de 1998, tudo nos termos do voto 
do relator originário, Ministro Néri da Silveira, esclarecido, 
nesta assentada, que a decisão - como é próprio das 
medidas cautelares - terá efeitos ex nunc, subsistindo a 
legislação editada nos termos da emenda declarada 
suspensa.” Acórdão, DJ 07.03.2008. 
§ 1º A fixação dos padrões de vencimento e dos de-
mais componentes do sistema remuneratório observará: 
I - a natureza, o grau de responsabilidade e a comple-
xidade dos cargos componentes de cada carreira; 
(Incluído pela EC n.º 19 de 1998)
II - os requisitos para a investidura; (Incluído pela E-
menda Constitucional n.º 19 de 1998)
III - as peculiaridades dos cargos. (Incluído pela Emen-
da Constitucional n.º 19 de 1998)
§ 2º A União, os Estados e o Distrito Federal manterão 
escolas de governo para a formação e o aperfeiçoamento 
dos servidores públicos, constituindo-se a participação 
nos cursos um dos requisitos para a promoção na carrei-
ra, facultada, para isso, a celebração de convênios ou 
contratos entre os entes federados. (Redação dada pela 
EC n.º 19 de 1998)
§ 3º Aplica-se aos servidores ocupantes de cargo público 
o disposto no art. 7º, IV, VII, VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI, 
XVII, XVIII, XIX, XX, XXII e XXX, podendo a lei estabele-
cer requisitos diferenciados de admissão quando a natu-
reza do cargo o exigir. (Redação dada pela EC n.º 19 de 
1998)
IV - salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unifica-
do, capaz de atender a suas necessidades vitais básicas 
e às de sua família com moradia, alimentação, educação, 
saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência 
social, com reajustes periódicos que lhe preservem o 
poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para 
qualquer fim; 
VII - garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para 
os que percebem remuneração variável; 
VIII - décimo terceiro salário com base na remuneração 
integral ou no valor da aposentadoria; 
IX - remuneração do trabalho noturno superior à do diur-
no; 
XII - salário-família pago em razão do dependente do 
trabalhador de baixa renda nos termos da lei; 
 
12 Informação datada de 16/12/2008 - “Aguardando Julgamento” 
XIII - duração do trabalho normal não superior a oito 
horas diárias e quarenta e quatro semanais, facultada a 
compensação de horários e a redução da jornada, medi-
ante acordo ou convenção coletiva detrabalho; 
XV - repouso semanal remunerado, preferencialmente 
aos domingos; 
XVI - remuneração do serviço extraordinário superior, no 
mínimo, em cinqüenta por cento à do normal; 
XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo me-
nos, um terço a mais do que o salário normal; 
XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do 
salário, com a duração de cento e vinte dias; 
XIX - licença-paternidade, nos termos fixados em lei; 
XX - proteção do mercado de trabalho da mulher, medi-
ante incentivos específicos, nos termos da lei; 
XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio 
de normas de saúde, higiene e segurança; 
XXX - proibição de diferença de salários, de exercício de 
funções e de critério de admissão por motivo de sexo, 
idade, cor ou estado civil; 
§ 4º O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, 
os Ministros de Estado e os Secretários Estaduais e 
Municipais serão remunerados exclusivamente por sub-
sídio fixado em parcela única, vedado o acréscimo de 
qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de 
representação ou outra espécie remuneratória, obedeci-
do, em qualquer caso, o disposto no art. 37, X e XI. 
Comentário - São os Agentes Políticos. 
§ 5º Lei da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios poderá estabelecer a relação entre a maior e 
a menor remuneração dos servidores públicos, obedeci-
do, em qualquer caso, o disposto no art. 37, XI. 
§ 6º Os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário publi-
carão anualmente os valores do subsídio e da remunera-
ção dos cargos e empregos públicos. 
§ 7º Lei da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios disciplinará a aplicação de recursos orçamen-
tários provenientes da economia com despesas correntes 
em cada órgão, autarquia e fundação, para aplicação no 
desenvolvimento de programas de qualidade e produtivi-
dade, treinamento e desenvolvimento, modernização, 
reaparelhamento e racionalização do serviço público, 
inclusive sob a forma de adicional ou prêmio de produti-
vidade. (Redação dada pela EC n.º 19 de 1998)
§ 8º A remuneração dos servidores públicos organizados 
em carreira poderá ser fixada nos termos do § 4º. 
(Redação dada pela Emenda Constitucional n.º 19/1998)
Art. 40. Aos servidores titulares de cargos efetivos da 
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, 
incluídas suas autarquias e fundações, é assegurado 
regime de previdência de caráter contributivo e soli-
dário, mediante contribuição do respectivo ente público, 
dos servidores ativos e inativos e dos pensionistas, ob-
servados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e 
atuarial e o disposto neste artigo. (Redação dada pela 
Emenda Constitucional n.º 41 de 19/12/2003)
 
 
 
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Sistemas de Previdência da Constituição13
Art. 40 - Servidores Públicos Civis Efetivos 
Art. 42/142 - Servidores Públicos Militares 
Art. 201/202 - RGPS (Regime Geral da Previdência So-
cial) aplicável aos empregados da iniciativa privada, em-
pregados públicos e servidores civis comissionado. 
Lei n.º 10.887 de 18 de junho de 2004 
Art. 4º A contribuição social do servidor público ativo 
de qualquer dos Poderes da União, incluídas suas autar-
quias e fundações, para a manutenção do respectivo 
regime próprio de previdência social, será de 11% (onze 
por cento), incidente sobre a totalidade da base de con-
tribuição. 
Art. 5º Os aposentados e os pensionistas de qualquer 
dos Poderes da União, incluídas suas autarquias e fun-
dações, contribuirão com 11% (onze por cento), inciden-
tes sobre o valor da parcela dos proventos de aposenta-
dorias e pensões concedidas de acordo com os critérios 
estabelecidos no art. 40 da Constituição Federal e nos 
arts. 2º e 6º da Emenda Constitucional n.º 41, de 19 de 
dezembro de 2003, que supere o limite máximo esta-
belecido para os benefícios do regime geral de previ-
dência social.
§ 1º Os servidores abrangidos pelo regime de previdência 
de que trata este artigo serão aposentados, calculados 
os seus proventos a partir dos valores fixados na forma 
dos §§ 3º e 17: (Redação dada pela Emenda Constitu-
cional n.º 41/2003)
I - por invalidez permanente, sendo os proventos pro-
porcionais ao tempo de contribuição, exceto se decorren-
te de acidente em serviço, moléstia profissional ou doen-
ça grave, contagiosa ou incurável, na forma da lei; 
(Redação dada pela Emenda Constitucional n.º 41 de 
19/12/2003)
II - compulsoriamente, aos setenta anos de idade, com 
proventos proporcionais ao tempo de contribuição; 
(Redação dada pela Emenda Constitucional n.º 20 de 
15/12/98)
III - voluntariamente, desde que cumprido tempo mínimo 
de dez anos de efetivo exercício no serviço público e 
cinco anos no cargo efetivo em que se dará a aposenta-
doria, observadas as seguintes condições: (Redação 
dada pela Emenda Constitucional n.º 20 de 15/12/98)
a) sessenta anos de idade e trinta e cinco de contribui-
ção, se homem, e cinqüenta e cinco anos de idade e 
trinta de contribuição, se mulher; (Redação dada pela 
Emenda Constitucional n.º 20 de 15/12/98)
b) sessenta e cinco anos de idade, se homem, e ses-
senta anos de idade, se mulher, com proventos pro-
porcionais ao tempo de contribuição. (Redação dada 
pela Emenda Constitucional n.º 20 de 15/12/98)
PRAZOS Homem Mulher 
aposentadoria por 
tempo de contribui-
ção 
60 anos de idade 
+ 35 anos de 
contribuição 
55 anos de idade 
+ 30 anos de 
contribuição 
aposentadoria por 
idade 65 anos de idade 60 anos de idade 
 
13 As demais regras estarão em leis específicas. 
§ 2º Os proventos de aposentadoria e as pensões, por 
ocasião de sua concessão, não poderão exceder a re-
muneração do respectivo servidor, no cargo efetivo em 
que se deu a aposentadoria ou que serviu de referência 
para a concessão da pensão. (Redação dada pela E-
menda Constitucional n.º 20 de 15/12/98)
§ 3º Para o cálculo dos proventos de aposentadoria, por 
ocasião da sua concessão, serão consideradas as remu-
nerações utilizadas como base para as contribuições do 
servidor aos regimes de previdência de que tratam este 
artigo e o art. 201, na forma da lei. (Redação dada pela 
Emenda Constitucional n.º 41 de 19/12/2003)
Comentário - O artigo 201 da CF/88 dispõe sobre o 
Regime Geral da Previdência Social (RGPS). 
§ 4º É vedada a adoção de requisitos e critérios dife-
renciados para a concessão de aposentadoria aos a-
brangidos pelo regime de que trata este artigo, ressalva-
dos, nos termos definidos em leis complementares, os 
casos de servidores: 
I - portadores de deficiência; 
II - que exerçam atividades de risco; 
III - cujas atividades sejam exercidas sob condições 
especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade 
física. (Redação dada pela EC n.º 47 de 2005)
§ 5º Os requisitos de idade e de tempo de contribuição 
serão reduzidos em cinco anos, em relação ao disposto 
no § 1º, III, "a", para o professor que comprove exclusi-
vamente tempo de efetivo exercício das funções de ma-
gistério na educação infantil e no ensino fundamental e 
médio. (Redação dada pela EC n.º 20 de 15/12/98)
PRAZOS Homem Mulher 
magistério na função 
de professor (a) 
55 anos de idade 
+ 30 anos de 
contribuição 
50 anos de idade 
+ 25 anos de 
contribuição 
§ 6º Ressalvadas as aposentadorias decorrentes dos 
cargos acumuláveis na forma desta Constituição, é veda-
da a percepção de mais de uma aposentadoria à conta 
do regime de previdência previsto neste artigo. (Redação 
dada pela Emenda Constitucional n.º 20 de 15/12/98)
§ 7º Lei disporá sobre a concessão do benefício de pen-
sãopor morte, que será igual: (Redação dada pela E-
menda Constitucional n.º 41 de 19/12/2003)
I - ao valor da totalidade dos proventos do servidor faleci-
do, até o limite máximo estabelecido para os benefícios 
do regime geral de previdência social de que trata o art. 
201, acrescido de setenta por cento da parcela exceden-
te a este limite, caso aposentado à data do óbito; ou 
(Incluído pela Emenda Constitucional n.º 41/2003)
II - ao valor da totalidade da remuneração do servidor no 
cargo efetivo em que se deu o falecimento, até o limite 
máximo estabelecido para os benefícios do regime geral 
de previdência social de que trata o art. 201, acrescido de 
setenta por cento da parcela excedente a este limite, 
caso em atividade na data do óbito. (Incluído pela E-
menda Constitucional n.º 41 de 19/12/2003)
§ 8º É assegurado o reajustamento dos benefícios para 
preservar-lhes, em caráter permanente, o valor real, 
conforme critérios estabelecidos em lei. (Redação dada 
pela Emenda Constitucional n.º 41 de 19/12/2003)
 
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§ 9º O tempo de contribuição federal, estadual ou munici-
pal será contado para efeito de aposentadoria e o tempo 
de serviço correspondente para efeito de disponibilidade. 
(Incluído pela EC n.º 20 de 15/12/98)
§ 10 A lei não poderá estabelecer qualquer forma de 
contagem de tempo de contribuição fictício. (Incluído pela 
Emenda Constitucional n.º 20 de 15/12/98)
§ 11. Aplica-se o limite fixado no art. 37, XI, à soma total 
dos proventos de inatividade, inclusive quando decorren-
tes da acumulação de cargos ou empregos públicos, bem 
como de outras atividades sujeitas a contribuição para o 
regime geral de previdência social, e ao montante resul-
tante da adição de proventos de inatividade com remune-
ração de cargo acumulável na forma desta Constituição, 
cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e 
exoneração, e de cargo eletivo. (Incluído pela Emenda 
Constitucional n.º 20 de 15/12/98)
§ 12. Além do disposto neste artigo, o regime de previ-
dência dos servidores públicos titulares de cargo efetivo 
observará, no que couber, os requisitos e critérios fixados 
para o regime geral de previdência social. (Incluído pela 
Emenda Constitucional n.º 20 de 15/12/98)
§ 13. Ao servidor ocupante, exclusivamente, de cargo em 
comissão declarado em lei de livre nomeação e exonera-
ção bem como de outro cargo temporário ou de emprego 
público, aplica-se o regime geral de previdência social. 
(Incluído pela EC n.º 20 de 15/12/98)
§ 14. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municí-
pios, desde que instituam regime de previdência com-
plementar para os seus respectivos servidores titulares 
de cargo efetivo, poderão fixar, para o valor das aposen-
tadorias e pensões a serem concedidas pelo regime de 
que trata este artigo, o limite máximo estabelecido para 
os benefícios do regime geral de previdência social de 
que trata o art. 201. (Incluído pela EC n.º 20 de 15/12/98)
§ 15. O regime de previdência complementar de que trata 
o § 14 será instituído por lei de iniciativa do respectivo 
Poder Executivo, observado o disposto no art. 202 e seus 
parágrafos, no que couber, por intermédio de entidades 
fechadas de previdência complementar, de natureza 
pública, que oferecerão aos respectivos participantes 
planos de benefícios somente na modalidade de contribu-
ição definida. (Redação dada pela EC n.º 41 de 
19/12/2003)
Comentário - O artigo 202 da CF/88 define regras para 
os planos de previdência complementar. 
§ 16. Somente mediante sua prévia e expressa opção, o 
disposto nos §§ 14 e 15 poderá ser aplicado ao servidor 
que tiver ingressado no serviço público até a data da 
publicação do ato de instituição do correspondente regi-
me de previdência complementar. (Incluído pela Emenda 
Constitucional n.º 20 de 15/12/98)
§ 17. Todos os valores de remuneração considerados 
para o cálculo do benefício previsto no § 3° serão devi-
damente atualizados, na forma da lei. (Incluído pela E-
menda Constitucional n.º 41 19/12/2003)
§ 18. Incidirá contribuição sobre os proventos de aposen-
tadorias e pensões concedidas pelo regime de que trata 
este artigo que superem o limite máximo estabelecido 
para os benefícios do regime geral de previdência social 
de que trata o art. 201, com percentual igual ao estabele-
cido para os servidores titulares de cargos efetivos. 
(Incluído pela Emenda Constitucional n.º 41 de 
19/12/2003)
§ 19. O servidor de que trata este artigo que tenha com-
pletado as exigências para aposentadoria voluntária 
estabelecidas no § 1º, III, a, e que opte por permanecer 
em atividade fará jus a um abono de permanência equi-
valente ao valor da sua contribuição previdenciária até 
completar as exigências para aposentadoria compulsória 
contidas no § 1º, II. (Incluído pela Emenda Constitucional 
n.º 41 de 19/12/2003)
III - voluntariamente, desde que cumprido tempo mínimo 
de dez anos de efetivo exercício no serviço público e 
cinco anos no cargo efetivo em que se dará a aposenta-
doria, observadas as seguintes condições: 
a) sessenta anos de idade e trinta e cinco de contribui-
ção, se homem, e cinqüenta e cinco anos de idade e 
trinta de contribuição, se mulher; 
§ 20. Fica vedada a existência de mais de um regime 
próprio de previdência social para os servidores titulares 
de cargos efetivos, e de mais de uma unidade gestora do 
respectivo regime em cada ente estatal, ressalvado o 
disposto no art. 142, § 3º, X. (Incluído pela Emenda 
Constitucional n.º 41 de 19/12/2003)
Comentário - O art. 142 § 3º, inc. X comenta sobre os 
servidores da Forças Armadas. 
§ 21. A contribuição prevista no § 18 deste artigo incidirá 
apenas sobre as parcelas de proventos de aposentadoria 
e de pensão que superem o dobro do limite máximo es-
tabelecido para os benefícios do regime geral de previ-
dência social de que trata o art. 201 desta Constituição, 
quando o beneficiário, na forma da lei, for portador de 
doença incapacitante. (Incluído pela Emenda Constitu-
cional n.º 47 de 2005)
Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercí-
cio os servidores nomeados para cargo de provimento 
efetivo em virtude de concurso público. (Redação dada 
pela Emenda Constitucional n.º 19 de 1998)
§ 1º O servidor público estável só perderá o cargo: 
(Redação dada pela EC n.º 19 de 1998)
I - em virtude de sentença judicial transitada em julga-
do; (Incluído pela Emenda Constitucional n.º 19 de 
1998)
II - mediante processo administrativo em que lhe seja 
assegurada ampla defesa; (Incluído pela EC n.º 
19/1998)
III - mediante procedimento de avaliação periódica de 
desempenho, na forma de lei complementar, assegu-
rada ampla defesa. (Incluído pela EC n.º 19 de 1998)
§ 2º Invalidada por sentença judicial a demissão do servi-
dor estável, será ele reintegrado, e o eventual ocupante 
da vaga, se estável, reconduzido ao cargo de origem, 
sem direito a indenização, aproveitado em outro cargo ou 
posto em disponibilidade com remuneração proporcional 
ao tempo de serviço. (Redação dada pela Emenda Cons-
titucional n.º 19 de 1998)
§ 3º Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, 
o servidor estável ficará em disponibilidade, com remune-
ração proporcional ao tempo de serviço, até seu adequa-
do aproveitamento em outro cargo. (Redação dada pela 
Emenda Constitucional n.º 19 de 1998)
§ 4º Como condição para a aquisição da estabilidade, é 
obrigatória a avaliação especial de desempenho por 
comissão instituída para essa finalidade. (Incluído pela 
Emenda Constitucional n.º 19 de 1998)
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ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
11
 
1. Teoria Geral do Estado 
Antes de adentrarmos as regras constitucionais do Regime 
Jurídico Administrativo, cumpre-nos delimitar alguns concei-
tos básicos de Teoria Geral do Estado. Sabemos que o 
estado submete seus atos em relação aos cidadãos. Ele (o 
Estado) também reconhece os direitos individuais e obser-
va o direito por ele mesmo instituído. São elementos do 
estado o povo (componente humano), o território (sua base 
física) e um governo soberano e independente (é seu ele-
mento condutor, que detém e exerce o poder absoluto de 
autodeterminação e auto-organização emanado do povo). 
 
 
 
Há uma divisão política do território nacional - União, Esta-
dos, Distrito Federal, Municípios e Territórios - e também 
uma estrutura de Poderes (Legislativo, Executivo e Judiciá-
rio). Destes poderes fluem as entidades da administração 
pública (no geral, toda entidade pública está subordinada a 
um dos poderes, com exceção do Ministério Público onde 
há discussões doutrinárias). Estas entidades, conhecidas 
vulgarmente como órgãos, vão desempenhar funções 
específicas determinadas em lei. 
Poder 
EXECUTIVO 
da União 
Órgãos da Administração Direta - Pre-
sidência da República + Ministérios (e 
suas subdivisões) 
Entidades da Administração Indireta - 
Autarquias + Fundações + Empresas 
Públicas + Sociedades de Economia 
Mista 
Poder 
LEGISLATIVO 
da União 
Órgãos 
Câmara dos Deputados 
Senado Federal 
Tribunal de Contas da União - TCU 
Poder 
JUDICIÁRIO 
da União 
Órgãos 
STF - Supremo Tribunal Federal 
STJ - Superior Tribunal de Justiça 
STJ - Superior Tribunal Militar 
TST - Tribunal Superior do Trabalho 
TSE - Tribunal Superior Eleitoral 
TRF - Tribunal Regional Federal (5) 
TRT - Tribunal Regional do Trabalho (24) 
TRE - Tribunal Regional Eleitoral (27) 
CNJ - Conselho Nacional de Justiça 
 
2. Administração Pública 
 
Administração pública, segundo o autor Alexandre de Mo-
raes14, pode ser definida objetivamente como “a atividade 
concreta e imediata que o Estado desenvolve para assegu-
rarem os interesses coletivos e subjetivamente como o 
conjunto de órgãos e de pessoas jurídicas aos quais a Lei 
atribui o exercício da função administrativa do Estado”. 
Segundo ensina Maria Sylvia Zanella Di Pietro o conceito 
de administração pública divide-se em dois sentidos: "Em 
sentido objetivo, material ou funcional, a administração 
pública pode ser definida como a atividade concreta e ime-
diata que o Estado desenvolve, sob regime jurídico de 
direito público, para a consecução dos interesses coletivos. 
Em sentido subjetivo, formal ou orgânico, pode-se definir 
Administração Pública, como sendo o conjunto de órgãos e 
de pessoas jurídicas aos quais a lei atribui o exercício da 
função administrativa do Estado". 
Em sentido objetivo, é a atividade administrativa executa-
da pelo Estado, por seus órgãos e agente, com base em 
sua função administrativa. É a gestão dos interesses públi-
cos, por meio de prestação de serviços públicos. É a admi-
nistração da coisa pública (res publica). Já no sentido 
subjetivo é o conjunto de agentes, órgãos e entidades 
designadas para executar atividades administrativas. As-
sim, administração pública em sentido material é adminis-
trar os interesses da coletividade e em sentido formal é o 
conjunto de entidade, órgãos e agentes que executam a 
função administrativa do Estado. 
 
 
14 MORAES, Alexandre de. Direito Constitucional. Editora 
Atlas: São Paulo, 2007. 
 
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3. Regime Jurídico Administrativo 
Regime Jurídico da Administração Pública, segundo 
Maria Sylvia Zanella di Pietro, é um termo utilizado para 
designar, em sentido amplo, os regimes de direito público e 
de direito privado a que pode submeter-se o Estado descri-
to acima. Já a expressão Regime Jurídico Administrati-
vo, é reservada tão-somente para abranger o conjunto de 
traços ou conotações, que tipificam o direito administrativo, 
colocando a Administração Pública numa posição privilegi-
ada na relação jurídica-administrativa. Significa dizer então 
que o regime administrativo resume-se em duas palavras: 
prerrogativas (privilégios) e sujeições (restrições). 
A par dessas prerrogativas que colocam a administração 
em posição de supremacia perante o particular, existem as 
sujeições ou restrições que limitam sua atividade a deter-
minados fins e princípios, sob pena de nulidade do ato 
administrativo praticado e até, em certos casos, de respon-
sabilização da autoridade pública que o praticou ou o edi-
tou. Citam-se entre tais restrições, o princípio da impessoa-
lidade administrativa determinando a observância, por 
exemplo, de concurso público para ingresso de pessoal no 
serviço público, licitação pública para aquisição de bens ou 
serviços de particulares, ater-se ao princípio da estrita lega-
lidade, dar publicidade aos atos administrativos e outras 
restrições que limitam a atividade administrativa. 
4. Teoria do Órgão Público 
O Estado é pessoa jurídica de direito público e, como tal, 
não dispõe de vontade própria. Por isto, atua através de 
pessoas físicas chamadas agentes públicos. Daí surgiram 
diversas teorias para explicar as relações do Estado com os 
seus agentes (teoria do mandato, teoria da representação, 
etc.), entre as quais, a teoria do órgão, ou do órgão público. 
Pela teoria do órgão público a pessoa jurídica (o Estado) 
manifesta sua vontade através de seus órgãos específicos, 
de tal modo que quando os agentes que os compõem 
manifestam a sua vontade, é como se o próprio Estado o 
fizesse. 
A ação de um agente no cumprimento do seu dever é impu-
tada a pessoa jurídica que ela serve. Esta situação é defini-
da por alguns doutrinadores como Teoria da Imputação ou 
Teoria da Imputação Volitiva. 
Com base na teoria do órgão, segundo Maria Sylvia Zanella 
di Pietro15 o órgão público é definido como “uma unidade 
que congrega atribuições exercidas pelos agentes públicos 
que o integram com o objetivo de expressar a vontade do 
Estado”. Na realidade, o órgão não se confunde com a 
pessoa jurídica, embora seja uma de suas partes integran-
tes. A pessoa jurídica é o todo, enquanto os órgãos são 
parcelas integrantes do todo. O órgão também não se 
confunde com a pessoa física, o agente público, porque 
congrega funções que este vai exercer. 
Segundo, Hely Lopes Meirelles, os órgãos públicos são 
“centros de competência instituídos para o desempenho de 
funções estatais, através de seus agentes, cuja atuação é 
imputada à pessoa jurídica a que pertencem. São unidades 
de ação, com atribuições específicas na organização esta-
tal”. Assim, cada órgão, como centro de competência go-
vernamental ou administrativa, tem necessariamente fun-
ções, cargos e agentes, mas é distinto desses elementos, 
que podem ser modificados, substituídos ou retirados sem 
supressão da unidade orgânica, o que explica porque a 
alteração de funções, a vacância de cargos ou a mudança 
de seus titulares não acarreta a extinção do órgão. 
 
15 DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 17ª 
Edição. Ed. Atlas: São Paulo, 2004. 
Portanto, os órgãos integram a estrutura do Estado e das 
demais pessoas jurídicas como partes desses corpos vivos, 
dotados de vontade e capazes de exercer direitos e contrair 
obrigações para a consecução de seus fins institucionais. 
Por isso os órgãos públicos não têm personalidade 
jurídica nem vontade própria, que são atributos docorpo e não das partes, porém, na área de suas atribui-
ções e nos limites de sua competência funcional, expres-
sam a vontade da entidade a que pertencem e a vinculam 
por seus atos, manifestados através de seus agentes. E, 
mesmo despersonalizados, os órgãos mantêm relações 
funcionais entre si e com terceiros, das quais resultam 
efeitos jurídicos internos e externos, na forma legal ou regu-
lamentar. 
De acordo com a Lei n.º 9.784/1999, há que se fazer uma 
divisão no conceito de órgão e entidade. A entidade é o 
todo, dotado de personalidade jurídica, é obrigatoriamente 
uma pessoa jurídica de direito público ou uma pessoa jurí-
dica de direito privado. Já o órgão, não possui personalida-
de jurídica porque é parte do todo (entidade). Eis um exem-
plo: a entidade é a União e o órgão é o Ministério da Jus-
tiça. 
5. Formas de Administração 
As entidades públicas do poder executivo são criadas 
para a prestação do serviço público ou de utilidade públi-
ca, que podem ser prestados de forma centralizada, 
descentralizada e desconcentrada. 
› Serviço Centralizado é o que o Poder Executivo pres-
ta por seus próprios os órgãos em seu nome e sob sua 
exclusiva responsabilidade. Em tais casos o Estado é, ao 
mesmo tempo, titular e prestador do serviço, que perma-
nece integrado na denominada Administração Direta. 
› Serviço Descentralizado é todo aquele em que o 
Poder Executivo transfere sua titularidade ou, simples-
mente, sua execução, por outorga ou delegação: 
Há outorga quando o Estado cria uma entidade e a ela 
transfere, por lei, determinado serviço público ou de uti-
lidade pública. É o que acontece quando o serviço é 
transferido a uma entidade da administração indireta 
especialmente criada para este fim. 
Há delegação quando o Estado transfere, por contrato 
(concessão16 e permissão17) ou ato unilateral (autori-
zação18), unicamente a execução do serviço, para que 
o delegado o preste ao público em seu nome e por sua 
conta e risco, nas condições regulamentares e sob 
controle estatal. 
› Serviço Desconcentrado é aquele em que a adminis-
tração distribui a execução de seus serviços por delega-
ção a outros órgãos dentro da mesma entidade estatal no 
uso do poder hierárquico, sem quebra de hierarquia. 
 
16 Concessão - O Poder Público delega a prestação dos servi-
ços a entidades públicas ou privadas, que os executam por sua 
conta e risco, com remuneração paga, em regra, pelo usuário. 
Contrato com caráter mais estável, que exige autorização legis-
lativa, licitação só por concorrência, formalização por contrato, 
prazo determinado e somente é realizável com pessoas jurídi-
cas. 
17 Permissão - É semelhante à concessão, apenas com algu-
mas diferenças: contrato de caráter mais precário, em regra não 
exige autorização legislativa, licitação por qualquer modalidade, 
formalização por contrato de adesão e pode ser celebrado com 
pessoas físicas e jurídicas. 
18 Autorização - Um particular é autorizado a utilizar bem públi-
co de forma especial, autorizado a executar atos privados con-
trolados ou prestar serviços públicos. 
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Decreto-Lei n.º 200 de 25 de fevereiro de 
1.967 
(...) Art. 4° A Administração Federal compreende: 
I - A Administração Direta, que se constitui dos serviços 
integrados na estrutura administrativa da Presidência da 
República e dos Ministérios. 
II - A Administração Indireta, que compreende as se-
guintes categorias de entidades, dotadas de personalida-
de jurídica própria: 
a) Autarquias; 
b) Empresas Públicas; 
c) Sociedades de Economia Mista. 
d) Fundações Públicas. (Incluído pela Lei n.º 7.596 de 
1987) 
Parágrafo único. As entidades compreendidas na Admi-
nistração Indireta vinculam-se ao Ministério em cuja área 
de competência estiver enquadrada sua principal ativida-
de. (Renumerado pela Lei n.º 7.596 de 1987)
Art. 5° Para os fins desta lei, considera-se: 
I - Autarquia - o serviço autônomo, criado por lei, com 
personalidade jurídica, patrimônio e receita próprios, para 
executar atividades típicas da Administração Pública, que 
requeiram, para seu melhor funcionamento, gestão admi-
nistrativa e financeira descentralizada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
TÓPICOS DOUTRINÁRIOS 
1. Pessoa Jurídica de Direito Público (artigo 41 IV do 
Código Civil). 
2. Criada por Lei Específica (artigo 37 XIX da CF/88). 
3. Gestão administrativa e econômica com autonomia 
(serviço autônomo). 
4. Exercem atividades típicas da Administração Pública. 
5. Direitos e obrigação em nome próprio. 
6. É proprietária de seus próprios bens. Os bens das 
autarquias são bens públicos e, portanto, não estão sujei-
tos ao Usucapião e há restrições para a sua alienação 
(artigo 98 a 103 do Código Civil). 
7. Submetem-se ao controle do poder público. 
8. Possuem os mesmos benefícios processuais que a 
administração direta por ser pessoa jurídica de direito 
público (artigo 188 do CPC + artigo 100 da CF/88). 
9. Possuem imunidade tributária quanto a cobrança de 
imposto sobre o patrimônio, renda ou serviços (artigo 150 
§ 2º da CF/88). 
10. Ingresso através de concurso público, exceto os car-
gos de direção, chefia e assessoramento. Os agentes 
são servidores públicos, regidos pelos estatutos (artigo 
39 caput da CF/88 com a redação sem as alterações da 
EC 19/98). 
11. Prescrição qüinqüenal das dívidas, direitos e ações 
contra essas entidades (artigo 2º do Decreto-Lei 
4.597/1942). 
12. Responsabilidade objetiva perante a sociedade (arti-
go 37 § 6º da CF/88). 
13. Contratação sujeita à licitação (artigo 1º da Lei 
8.666/1993). 
14. Agências Reguladoras - São pessoas jurídicas de 
direito público interno, constituídas sob a forma de autar-
quia em regime especial, cuja finalidade é regular e/ou 
fiscalizar a atividade de determinado setor de serviços 
públicos do país, a exemplo dos setores de energia elé-
trica, telecomunicações, produção e comercialização de 
petróleo, recursos hídricos, mercado audiovisual, planos 
e seguros de saúde suplementar, mercado de fármacos e 
vigilância sanitária, aviação civil, entre outros. Na esfera 
federal brasileira, são exemplos de agências reguladoras 
a ANATEL, ANEEL, ANCINE, ANAC, ANTAQ, ANTT, 
ANP, ANVISA, ANS e ANA. 
Agências Reguladoras 
 
 
 
 
 
 
II - Empresa Pública - a entidade dotada de personali-
nio próprio e dade jurídica de direito privado, com patrimô
capital exclusivo da União, criado por lei para a explora-
ção de atividade econômica que o Governo seja levado a 
exercer por força de contingência ou de conveniência 
administrativa podendo revestir-se de qualquer das for-
mas admitidas em direito. (Redação dada pelo Decreto-
Lei n.º 900 de 1969)
 
 
 
 
 
 
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TÓPICOS DOUTRINÁRIOS 
1. Pessoa Jurídica de Direito Privado (artigo 44 II do 
Código Civil). 
2. Criação autorizada por lei específic (artigo 37 XIX da a
CF/88). 
3. Qualquer forma de criação é permitida. 
4. Capital exclusivamente público. 
5. Ingresso através de concurso público, exceto os car-
gos de direção, chefia e assessoramento. Os agentes 
são os empregados públicos, regidos pela CLT (Lei 
9.962/2000). 
6. Contratação sujeita à licitação (artigo 1º da Lei 
8.666/1993). 
7. Não estão sujeitas à Falência (Artigo 2º I da Lei 
11.101/2005). 
8. Responsabilidade Objetiva perante a sociedade caso 
seja uma Empresa Pública prestadora de serviço público

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