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DESEMPENHO DAS FINANCAS DO ESTADO DA PARAIBA NA DECADA DE 2000

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DESEMPENHO DAS FINANÇAS DO ESTADO DA PARAÍBA NA DÉCADA DE 2000 
Texto em fase de elaboração 
Cleyton Luiz dos Santos Lourenço 
Ivan Targino Moreira 
 
1. INTRODUÇÃO 
Foi a partir do momento em que as sociedades se tornaram mais complexas e se 
observaram as disputas e conflitos entre grupos que surgiu o Estado com o objetivo de regular 
as relações sociais, pois o desenvolvimento da sociedade não seria possível sem a devida 
regulação. Então, pode-se falar que foi a evolução da sociedade que requereu a presença do 
Estado. No campo específico das relações econômicas nas sociedades de classe, a presença do 
Estado foi fundamental para garantir o sistema de propriedade e regular os interesses dos 
diferentes grupos. A presença do Estado também é julgada necessária não só para regular as 
situações de conflito como também para corrigir as imperfeições na alocação de recursos, 
devido à ausência de escolhas eficientes. 
Para exercer as suas funções, o Estado precisa ter asseguradas fontes de recursos para 
financiar os seus gastos. A partir do momento que os governos passaram a administrar os 
recursos públicos passaram a ser percebidos níveis de endividamento. Como argumenta 
Giambiagi (2008), a elevação dos gastos se apresentava mais acentuada nos países quando estes 
se envolviam em guerras. O aumento do tamanho do governo ou sua participação na economia 
pode ser percebido pela elevação do coeficiente de endividamento, definido pela relação 
dívida/PIB. 
Um problema sempre presente na teoria econômica diz respeito ao endividamento 
público. Para a teoria keynesiana, o endividamento pode ser uma estratégia de superação da 
crise econômica ou de promoção de crescimento. Para outras correntes, o equilíbrio das finanças 
públicas deve ser um objetivo a ser perseguido a todo custo (LIMA e SICSÚ, 2003). 
Nas décadas de 1960 e 1970, observava-se no cenário nacional uma forte centralização 
fiscal e uma grande necessidade de financiamento por parte das unidades subnacionais. A 
União, na época, era a instituição responsável pela expansão e modernização da capacidade 
produtiva do país, pois centralizava a maior parte dos recursos financeiros do setor público. No 
período da centralização, há um forte crescimento do endividamento externo do país, inclusive 
por parte das esferas estaduais. O problema do endividamento externo acentua-se em fins da 
década de 1970, em virtude da política de elevação da taxa de juros adotada pelo governo norte-
americano como estratégia de combate à inflação, que se elevava em decorrência do segundo 
choque do petróleo. Tal conjuntura tem consequências no financiamento dos governos estaduais 
na década seguinte. Isso se deve ao fato de que o choque trouxe elevadas taxas de inflação, 
como forte indisponibilidade de crédito na economia. 
Na década de 1980, não se podia medir com precisão o tamanho do desajuste fiscal 
enfrentado no país. Pois, o processo inflacionário encontrava-se em elevada aceleração, o que 
causava distorções nas contas dos governos, bem como se tinha forte oscilação no PIB. Nessa 
década, com o processo de redemocratização, alteraram-se as relações institucionais entre 
Estados, Municípios e União. Essa mudança foi reforçada pela Constituição de 1988, que trouxe 
ao cenário a descentralização do poder que estava concentrado nas mãos no governo federal. 
Essa mudança permitiu autonomia aos Estados, bem como o controle normativo pelo poder 
legislativo. Com a constituição de 1988, os Estados foram beneficiados pelo aumento 
participativo das transferências, como também pela maior autonomia na gestão de suas finanças. 
Com o processo de descentralização se observou uma elevação substancial na relação 
dívida/PIB dos Estados. Isso provocou forte desequilíbrio no controle das finanças públicas. 
Com isso, na década de 1990, foram promovidas medidas que objetivavam o ajuste 
fiscal das unidades federativas (LOPREATO, 2000). Na segunda metade dessa década, os 
estados foram levados a renegociar suas dívidas com o governo central, sendo observada 
redução do endividamento estadual. Contudo, foi só a partir da implementação da Lei 
Complementar nº 101 de 4 de maio de 2000, chamada de Lei de Responsabilidade Fiscal, que se 
pode estabelecer redução do coeficiente dívida líquida/PIB, como também seguir as metas de 
superávit estabelecidas pelo FMI. 
Com base nessa contextualização do problema, o objetivo geral do presente estudo é 
descrever e discutir o comportamento das finanças do estado da Paraíba no período de 2000 a 
2009. Além desse objetivo geral, são colocados como objetivos específicos: a) estudar a 
evolução do PIB durante esse período; b) analisar a evolução da dívida pública do Estado da 
Paraíba; c) analisar a evolução do resultado primário no período citado; d) discutir a 
participação e composição das receitas e despesas estaduais; e e) analisar a participação do 
ICMS e FPE na formação das receitas, bem como a participação das despesas por função na 
composição da despesa total. 
 
2 FINANÇAS PÚBLICAS NO BRASIL 
Quando se deseja analisar o desempenho econômico de uma nação ou estado é 
importante estudar as finanças públicas, pois pode fornecer indicações sobre o papel 
desempenhado pelo Estado. Isto é, pode trazer indicações da atuação do Estado enquanto 
regulador, visando corrigir as falhas de mercado. 
No caso brasileiro, nem sempre o Estado conseguiu manter uma gestão sadia das suas 
finanças
1
. São frequentes os períodos de desequilíbrio orçamentário, acompanhado de elevada 
taxa de inflação. Foi o que ocorreu, por exemplo, no início da década de 1960, quando havia um 
déficit orçamentário elevado e uma forte pressão inflacionária. Então, como desde o início da 
década de 1960 eram registrados elevados déficits públicos na economia brasileira, o governo, 
como apontado por Giambiagi (2008, p.84), adotou políticas fiscais que visavam corrigir tal 
distorção: promoveu reforma tributária e controlou e reordenou os gastos. O governo, nesse 
período, também promoveu ampla reestruturação do sistema financeiro e monetário nacional. 
Na década de 1970, era encontrada grande multiplicidade orçamentária. Então, como até 
o fim dessa década não se encontravam as receitas e despesas em um só orçamento, teve-se a 
necessidade de criar a Secretaria de Controle das Empresas Estatais (SEST). Com isso, pode-se 
ter um número preciso da presença das empresas estatais na economia, bem como se conseguiu 
obter um orçamento geral para estas no início dos anos de 1980. 
A crise externa, desencadeada no início da década de 1980, obrigou o governo brasileiro 
a ter um controle maior sobre as suas finanças, inclusive por imposição do FMI. A busca do 
equilíbrio orçamentário passou a constar como objetivo da política econômica adotada. Assim, 
 
1 No Brasil, desde a metade do século XX, com a introdução da prática do planejamento, os 
administradores públicos passaram a se preocupar com a organização das finanças federativas, em 
particular com o orçamento enquanto instrumento de planejamento. Segundo Vignoli (2004), o 
planejamento do Orçamento Público no Brasil é dividido em três fases: “a de orçamentação de Planos, a 
de planejamento-Orçamentário e a de Orçamento Programa”. A primeira fase compreende o período que 
se estende do final da década de 1930 até os anos 1950. São exemplos desse esforço de estabelecer planos 
de propósito financeiros: “O Plano Especial de Obras Públicas e Aparelhamento da Defesa Nacional de 
1939, o Plano de Obras e Equipamentos – POE – de 1943, o Plano SALTE, de 1950 e o mais importante 
deles, o Plano de Metas, de 1956”. (VIGNOLI, 2004, p.366) A segunda fase é caracterizada pelo 
Planejamento-Orçamento.Nessa fase, procurou-se estabelecer uma relação entre o planejamento 
governamental e o orçamento. Destaca-se nessa fase o Plano de Ação do governo Carvalho Pinto, 
implantado em São Paulo no ano de 1959. Na terceira fase, no início da década de 1960, procurou-se 
implantar o Sistema Nacional de Planejamento. Este esforço se baseou nos trabalhos da Comissão de 
Estudos e Projetos Administrativos, elaborados pela Comissão Nacional de Planejamento e pelo Conselho 
de Desenvolvimento. As reformas administrativas ocorridas em 1963 resultaram na concepção do 
orçamento como elemento fundamental da ação de planejamento do governo. Em 17 de março de 1964, 
foi promulgada a Lei Nº 4.320, que estatuiu “normas gerais de direito financeiro para elaboração e 
controle dos orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal”, 
padronizando o orçamento para os três níveis de governo. 
 
nos anos de 1980, as finanças públicas destacam-se por mudanças em consequência de uma 
nova forma de condução da economia brasileira, em particular relacionada com a promulgação 
da Constituição Federal de 1988, tendo sido efetivadas mudanças nas finanças públicas. No 
entanto, houve ausência de mecanismos que possibilitassem o controle do gasto público, bem 
como a transparência e o planejamento dos recursos públicos. 
As análises a respeito das consequências da constituição de 1988 sobre as finanças 
públicas têm, em geral enfatizado a prodigalidade fiscal e a ampliação da rigidez para 
reformar o setor público, implícitos no novo texto, bem como as características, 
méritos e limitações das mudanças no sistema tributário. Curiosamente, até agora, 
foram ignorados os dispositivos referentes à organização do gasto público, 
precisamente os mais positivos para os que se preocupam com as regras adequadas 
tanto ao equilíbrio fiscal como ao controle, à transparência e ao planejamento das 
decisões governamentais sobre a alocação de recursos. (SERRA, 1989, p. 137) 
 
Segundo Vignoli (2004), a associação entre planejamento e orçamento foi definida em novo 
modelo orçamentário constituído por três elementos interdependentes: 
 Plano Plurianual (PPA) – determina metas para quatro anos (sendo três do mandato 
corrente e um do próximo mandato), sendo apresentadas as políticas, as ações e 
diretrizes de longo prazo, bem como os objetivos a se alcançar. Deve conter as despesas 
de capital e as despesas continuadas compatíveis com a LDO e a LOA; 
 Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) – determina os gastos para o ano seguinte 
baseados na previsão da receita, estando essa ligada ao PPA. Sublinha-se que esta 
também faz ligação com a LOA na programação orçamentária. A LDO é apresentada no 
primeiro semestre de cada ano; 
 Lei Orçamentária Anual (LOA) – essa lei permite melhor alocação do orçamento, 
possibilitando desenvolvimento social. Ela fixa as despesas e determina as receitas, e é 
realizada sempre no segundo semestre de cada ano. 
 
Observa-se que, no período da Constituição de 1988, a economia brasileira vivenciava um 
grave problema de inflação crônica. Por isso, o novo modelo orçamentário não conseguia 
cumprir seu papel de forma eficiente. Pois, a distância entre o planejamento e a execução era 
significativa. Segundo Vignoli (2004, p. 370), “...o Executivo fingia que planejava enquanto o 
Legislativo fingia que fiscalizava”. Esse fato provocava distorção na ligação da LDO com a 
PPA e a LOA. Tal problema só foi corrigido com a promulgação da lei Complementar Nº 101, 
de Maio de 2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal). 
A LRF foi promulgada com o objetivo de direcionar políticas de combate à evolução da 
dívida pública. Pois, através do planejamento e transparências das contas dos entes federativos, 
a sociedade passou a ter noção das contas dos governos, bem como foi possível fiscalizar os 
gastos excessivos e não planejados. Portanto, o próprio §1º do art. 1º da LRF apresenta 
claramente que: 
A responsabilidade na gestão fiscal pressupõe a ação planejada e transparente, em que 
se previnem desvios capazes de afetar o equilíbrio das contas públicas, mediante o 
cumprimento de metas de resultados entre receitas e despesas e a obediência a limites 
e condições no que tange à renúncia de receita, geração de despesa com pessoal, da 
seguridade social e outras, dívida consolidada e mobiliária, operações de crédito, 
inclusive por antecipação de receita, concessão de garantia e inscrição em Restos a 
Pagar. 
 
Em linhas gerais, pode-se concluir que com a promulgação da LRF foram impostos 
limites totais de gastos e de algumas despesas, de modo que também se possibilitou as ligações 
entre o PPA, LDO e LOA. Pois, esses vínculos permitem que os orçamentos não fujam do 
planejamento inicial, caso provocado pelas distorções no período de 1988. 
 
3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS DA PESQUISA 
Será realizado, através da análise comparativa e descritiva, o estudo do comportamento das 
finanças públicas paraibanas no período de 2000 a 2009. Tal estudo tem como seguimento a 
pesquisa realizada em bibliográficas de caráter monográfico, artigos, sites e livros. Para coleta 
dos dados foram utilizados como base sítios como: Ipeadata, IBGE, Sistema Integrado de 
Administração Financeira (SIAF) localizado no sítio da Controladoria Geral do Estado da 
Paraíba e no sítio da Secretaria do Tesouro Nacional (STN). 
A coleta dos dados foi realizada no sentido de levantar informações sobre as seguintes 
variáveis: 
a) Produto Interno Bruto (PIB): O Produto Interno Bruto como uma medida de valor 
agregado pode ser classificado, segundo Blanchard (2011), sob duas óticas: da produção 
e da renda. A primeira ótica consistirá em medir os bens e serviços finais, bem como a 
soma de todo valor adicionado dos produtos produzidos por determinada economia, nos 
limites de sua fronteira, em determinado período de tempo. Ou, ainda de acordo com 
Blanchard (2011), esta poderá constituir toda soma de renda em uma economia em certo 
período. 
b) Receita Corrente Líquida (RCL): A Receita Corrente Líquida (RCL) representa “o 
somatório das receitas tributárias, de contribuições, patrimoniais, industriais, 
agropecuárias, de serviços, transferências correntes e outras receitas também correntes.” 
(Art. 2º da Resolução n. 40/2001 do Senado Federal). Desta ainda são subtraídas as 
transferências aos Municípios, bem como a receita de contribuição destinada ao sistema 
previdenciário. Ela serve de medida para o cálculo do endividamento dos entes 
governamentais. 
c) Dívida Consolidada Líquida (DCL): Segundo o § 1º do Art. 1º da Resolução n. 
40/2001 do Senado Federal, a dívida consolidada líquida (DCL) consiste na: “dívida 
pública consolidada deduzidas as disponibilidades de caixa, as aplicações financeiras e 
os demais haveres financeiro. 
d) Composição das Despesas e Receitas: A composição da receita e despesa representa 
qual a participação que estas possuem na formação dos indicadores: Receita Total/PIB; 
Despesa Total/PIB; ICMS/Receita Total; FPE/Receita Total; e Despesa Total/Despesa 
por função. 
 
As informações sobre essas variáveis permitiram construir os seguintes indicadores: relação 
dívida/PIB, receita/PIB e serviço da dívida/receita que demonstrará se o peso da dívida sobre a 
receita apresenta-se elevado Também foram apresentados os indicadores relativos a participação 
da receita e despesa através da relação: Receita total/PIB e Despesa Total/PIB. Com base nesses 
últimos indicadores analisou-se também a composição da Receita Total pelos indicadores: 
ICMS/RT e FPE/RT. E com relação à Despesa Total pode-se analisar essa através da 
composição da despesa pelo indicador: Despesa Total/despesa por função. 
O tratamento e a análise dos dadosforam feitos com a ajuda do programa Excel 2010 para a 
construção de gráficos e tabelas, facilitando a análise do período desejado. Destaca-se, que foi 
realizado o deflacionamento desses dados com base no Índice Geral de Preços – 
Disponibilidade Interna (IGP-DI) coletado no sítio do Ipeadata. Obtido o valor do IGP-DI, com 
base neste foi tomado por base o ano de 2009. Essa prática é realizada para que se eliminem as 
distorções provocadas nos valores por decorrência de inflação, pois isso pode levar a conclusões 
distorcidas da análise. Segundo Takamatsu e Lamounier : “A interpretação das demonstrações 
financeiras, desconsiderando os efeitos inflacionários, pode causar problemas de comunicação 
que implicarão em uma redução na utilidade das demonstrações” (TAKAMATSU e 
LAMOUNIER, 2006, p. 69). 
 
4. A DÍVIDA PÚBLICA DA PARAÍBA NA DÉCADA DE 2000 
 
 Durante os dez primeiros anos da década de 2000, o PIB do Estado cresceu 50,97%, 
passando de 19,2 bilhões de reais, em 2000, para 28,7 bilhões de reais, em 2009. Pode-se dizer 
que a Paraíba acompanhou o movimento geral da economia brasileira, que nessa década passou 
a ter taxas mais altas de crescimento do que nas duas décadas anteriores. 
 O bom desempenho da economia deu suporte ao crescimento da receita líquida estadual, 
que cresceu 35,18% no período em estudo (veja Tabela 1). 
 
Tabela 1 – Paraíba: PIB, dívida consolidada líquida e receita líquida (2000-2009) 
Em mil reais 
Ano PIB Constante* 
Divida Consolidada Líquida* Receita 
Líquida* 
DCL/RL 
% Total %PIB 
2000 19.022.871 5.022.397 26,40 3.293.192 152,51 
2001 19.189.474 3.695.135 19,26 3.364.755 109,82 
2002 18.195.621 4.053.270 22,28 2.845.650 142,44 
2003 19.372.742 3.582.872 18,49 3.058.080 117,16 
2004 18.373.913 3.170.178 17,25 2.856.751 110,97 
2005 20.342.926 3.116.959 15,32 3.511.801 88,76 
2006 23.215.194 2.867.009 12,35 3.786.891 75,71 
2007 23.877.637 2.367.518 9,92 3.796.576 62,36 
2008 25.454.843 2.095.277 8,23 4.183.762 50,08 
2009 28.718.598 1.680.816 5,85 4.451.729 37,76 
Fonte: IPEADATA; Controladoria Geral do Estado da Paraíba (Balanços). 
Nota: (*) Valores deflacionados pelo IGP-DI, ano base = 2009. 
 
 
O bom momento experimentado pela economia estadual, aliado à promulgação da Lei 
de Responsabilidade Fiscal, em 2000, explica a redução da dívida consolidada líquida na 
primeira década do século XXI. Com efeito, essa variável declinou de 5 bilhões de reais, em 
2000, para 1,6 bilhão de reais, em 2009, o que representa um decréscimo de 66,53% (Veja 
Tabela 1). A trajetória de evolução das variáveis analisadas pode ser melhor visualizada através 
do gráfico 1. 
 
Gráfico 1 – Paraíba: Evolução anual do PIB, dívida consolidada líquida e receita líquida 
(preços constantes de 2009) 
 
Fonte: Elaborado com base nos dados da tabela 1. (Elaboração própria) 
 
Da observação gráfica, percebe-se que a variável PIB tem forte influência sobre a 
elevação das Receitas, bem como o bom desempenho dessas duas também podem ser um dos 
fatores explicativos da relativa redução observada na composição da Dívida Corrente 
Líquida.Analisando a tabela 1, constata-se que a relação dívida/PIB apresenta queda se 
observada a variação ano a ano, com exceção do ano 2002, que segundo o Tesouro Nacional, 
pode estar ligado ao pagamento de operações de crédito, ou mesmo segundo Schwarzbach 
(2008), pode ter vínculo com os altos juros praticados no período. Mesmo assim, é observado 
que, durante o período, a relação dívida/PIB apresenta queda, chegando a atingir ao fim da série 
estudada queda substancial, que atinge o percentual de 5,85%. 
0 
5.000.000 
10.000.000 
15.000.000 
20.000.000 
25.000.000 
30.000.000 
35.000.000 
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 
PIB 
DCL 
RL 
Avaliando a relação dívida/receita constata-se que esta representava um percentual 
elevado de 152,51% no início da série, e fechando no último ano da série redução significativa, 
situando-se em 37,76%. Isso significa que houve queda de mais de três vezes na magnitude da 
relação entre a dívida líquida e a receita líquida. 
Os dados relativos às relações dívida/PIB e dívida/receita líquida podem ser observados no 
Gráfico 2, destacando-se a tendência de queda desse indicadores durante a década de 2000. 
 
Gráfico 2 – Paraíba: Evolução da relação dívida consolidada líquida/PIB e dívida consolidada 
líquida/receita líquida 2000-2009 (Em %) 
 
Fonte: Elaborado com base nos dados da tabela 1. (Elaboração própria) 
 
Feita a analise anterior, discute-se a carga da dívida, essa compreende o pagamento dos 
juros mais as amortizações, ou seja, consiste no serviço da dívida. Assim, de acordo com os 
dados do STN e Controladoria Geral do Estado da Paraíba, expostos na Tabela 2, será analisada 
qual a participação da receita líquida no pagamento do serviço da dívida. 
 
Tabela 2 – Paraíba: Serviço da dívida, receita líquida e carga da dívida 2000-2009 
(Em mil reais) 
Ano Juros Amortização 
Serviço da 
dívida 
Receita líquida 
Carga da 
dívida % 
2000 171.764 194.920 366.684 3.293.192 11,13 
2001 201.327 171.941 373.268 3.364.755 11,09 
2002 211.585 187.913 399.498 2.845.650 14,04 
2003 191.260 210.616 401.876 3.058.080 13,14 
2004 156.697 218.409 375.106 2.856.751 13,13 
2005 162.809 246.636 409.445 3.511.801 11,66 
2006 215.776 252.811 468.587 3.786.891 12,37 
2007 170.222 202.352 372.574 3.796.576 9,81 
2008 103.430 191.957 295.387 4.183.762 7,06 
2009 100.737 208.705 309.442 4.451.729 6,95 
Fonte: Secretária do Tesouro Nacional – STN; Controladoria Geral do Estado da Paraíba (Balanços). 
Nota: (*) Valores deflacionados pelo IGP – DI, ano base = 2009. 
 
Os dados da Tabela 2 mostram que a participação do serviço da dívida com relação à 
receita líquida permaneceu quase que constante em alguns anos, com exceção da pequena 
elevação ocorrida em 2002, voltando a apresentar redução nessa relação, com pequenas 
oscilações, nos anos seguintes. A série observada fecha o período com queda na relação Serviço 
da Dívida/Receita Líquida (veja Gráfico 3). 
No entanto, apesar da leve elevação apresentada em 2002, a carga da dívida foi reduzida 
se comparada ao ano de 2000, passando a apresentar queda, atingindo percentual de 6,95%, em 
2009. A queda observada no período (2009 comparado com 2000) deve-se à redução no 
pagamento com o serviço da dívida, que apresentou redução substancial de 15,61%. Isso mostra 
que, ao longo desse período, a carga da dívida (pagamento de juros e amortização) reduziu seu 
26,40 
19,26 22,28 18,49 17,25 15,32 12,35 9,92 8,23 5,85 
152,51 
109,82 
142,44 
117,16 110,97 
88,76 
75,71 
62,36 
50,08 
37,76 
0,00 
20,00 
40,00 
60,00 
80,00 
100,00 
120,00 
140,00 
160,00 
180,00 
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 
DCL/PIB 
DCL/RL 
comprometimento com relação à receita líquida. Também se pode observar o crescimento da 
arrecadação, que determinou a elevação das receitas, permitindo o bom desempenho de uma 
receita 35,18% maior no fim do período analisado. 
 
Gráfico 3 – Paraíba: Evolução da carga da dívida (relação serviço da dívida/receita líquida) 
2000-2008 (Em %)
 
Fonte: Elaborado com base nos dados da tabela 2. (Elaboração própria) 
 
 Quanto à observação do cumprimento de meta fiscal, analisa-se, com base nos dados da 
Tabela 3, se o Estado da Paraíba cumpriu a meta de superávit primário determinada no fim dos 
anos de 1990. 
 
Tabela 3 – Paraíba: PIB real, déficit/superávit e metas fiscais (Valores constantes) 
(Em mil reais) 
Ano PIB Constante Déficit(-)/Superávit %PIB 
2000 19.022.871 522.046 2,742001 19.189.474 -43.647 -0,23 
2002 18.195.621 30.415 0,17 
2003 19.372.742 116.622 0,60 
2004 18.373.913 -1.989 -0,01 
2005 20.342.926 386.496 1,90 
2006 23.215.195 336.082 1,45 
2007 23.877.638 420.016 1,76 
2008 25.454.843 440.198 1,73 
2009 28.718.598 281.163 0,98 
 Fonte: IPEADATA, Costa (2008), Controladoria Geral do Estado da Paraíba. 
 Valores constantes com base no IGP-DI de 2009. 
 
 A partir dos dados da Controladoria Geral do Estado da Paraíba e Costa (2008), 
contidos na Tabela 3, observa-se que o Estado cumpriu as metas fiscais na maioria dos anos, 
pois só apresentou déficit primário nos anos de 2001 e 2004 devido a fatos como crise no 
cenário econômico no período de 2001 na Argentina, bem como fatores de ordem política em 
2004. Por outro lado, destaca-se que o indicador teve uma tendência de crescimento ao longo da 
década estudada. 
 Quanto à análise da participação da Receita total e da Despesa total na composição do 
PIB, pode-se observar o percentual da receita na formação do PIB e o grau de comprometimento 
das despesas estaduais no total do PIB (ver tabela 4). 
 Através da relação receita total/PIB, é destacada que a receita possui parcela 
significativa na formação do PIB, pois esta atinge um percentual em torno dos 20% em quase 
todos os períodos estudados. Já quando observado o comprometimento do PIB quanto aos 
gastos, o indicador despesa total/PIB demonstra que os dispêndios realizados atingem quase que 
a totalidade arrecadada. 
11,13 
11,09 
14,04 
13,14 
13,13 
11,66 
12,37 
9,81 
7,06 6,95 
0,00 
2,00 
4,00 
6,00 
8,00 
10,00 
12,00 
14,00 
16,00 
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 
Tabela 4 – Paraíba: Participação da Receita total e da Despesa total na composição do PIB
 (Em mil reais) 
Ano PIB Constante* Receita Total* Despesa total* Rec/PIB % Des/PIB % 
2000 19.022.871 4.224.040 3.964.916 22,21 20,84 
2001 19.189.474 5.016.521 4.763.919 26,14 24,83 
2002 18.195.621 3.353.009 3.704.117 18,43 20,36 
2003 19.372.742 3.588.583 3.857.815 18,52 19,91 
2004 18.373.913 3.525.435 3.823.376 19,19 20,81 
2005 20.342.926 4.465.637 4.373.589 21,95 21,50 
2006 23.215.195 4.928.136 4.914.178 21,23 21,17 
2007 23.877.638 4.929.712 4.822.274 20,65 20,20 
2008 25.454.843 5.483.795 5.259.763 21,54 20,66 
2009 28.718.598 5.647.229 5.409.271 19,66 18,84 
Fonte: Ipeadata, Secretária do Tesouro Nacional – STN. 
Nota: (*)Valores constantes com base no IGP-DI de 2009. 
 
 Com relação à composição da receita estadual, destacam-se o ICMS
2
 e o Fundo de 
Participação dos Estados (FPE). O ICMS possui participação significativa na formação da 
receita, representando mais de 30% na sua composição. Isso pode ser observado através da 
Tabela 5. Destaca-se, também, a importância do FPE
3
, receita regulada através de Lei 
Constitucional. Esse, como transferência realizada pela União aos Estados possui percentual 
superior a 30% no período analisado, chegando a superar um pouco mais de 40% em alguns 
anos da série observada na Tabela 5. 
 
Tabela 5 – Paraíba: Participação do ICMS e FPE na composição da receita total 
(Em mil reais) 
Ano Receita total* ICMS* FPE* ICMS/RT (%) FPE/RT (%) 
2000 4.224.040 1.485.954 1.413.391 35,18 33,46 
2001 5.016.521 1.680.833 1.508.936 33,51 30,08 
2002 3.353.009 1.338.507 1.462.831 39,92 43,63 
2003 3.588.583 1.378.188 1.422.948 38,40 39,65 
2004 3.525.435 1.393.984 1.402.002 39,54 39,77 
2005 4.465.637 1.588.777 1.730.089 35,58 38,74 
2006 4.928.136 1.770.321 1.847.450 35,92 37,49 
2007 4.929.712 1.794.575 1.978.177 36,40 40,13 
2008 5.483.795 1.898.443 2.227.605 34,62 40,62 
2009 5.647.229 2.144.615 2.167.361 37,98 38,38 
Fonte: Secretária do Tesouro Nacional – STN. 
Nota: (*) Valores constantes com base no IGP-DI de 2009. 
 
 Quanto à composição das despesas for função analisa-se, por um lado, as despesas com 
os gastos com realizados na administração pública e serviços sociais, e por outro lado, os gastos 
realizados com as despesas estruturantes. Com isso, quando analisado a participação dos gastos 
com a Administração Pública (Executivo, Legislativo e Judiciário) realizados no Estado da 
Paraíba, observa-se que este item atingiu em seu somatório percentual superior a 17%, o que 
demonstra elevado comprometimento das despesas totais com gastos administrativos. Com 
relação às despesas sociais (segurança pública, assistência social, previdência social, saúde, 
educação, cultura e habitação), observa-se um percentual superior a 48% nesse item, chegando 
 
2
 Imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de 
transporte interestadual, intermunicipal e de comunicação. 
3
 Fundo de Participação dos Estados. Esse fundo é garantido pelo Art. 159 da Constituição Federal, pois 
tal artigo garante que parcela dos impostos que são recolhidos ao caixa do Tesouro Nacional devem ser 
transferidos aos Estados e Municípios. Assim, pertencem de tal parcela vinte inteiros e cinco décimos aos 
Estados e Vinte dois inteiros e cinco décimos aos Municípios. 
atingir um pouco mais de 50% em alguns anos, e fechando a serie com um total de 63,9%. No 
entanto, tal participação se apresenta expressiva devido ao elevado gasto das despesas com os 
itens: segurança, saúde, educação e previdência social, que juntos chegam atingir mais de 40% 
do total. Entretanto, tais itens como segurança, saúde e educação, possuem grande importância 
para o bem-estar da sociedade, sendo dessa forma os dois últimos garantidos por lei. Assim 
como, a previdência social também é garantida por lei como meio de pagamento a aposentados 
e pensionistas. Entretanto, quando analisados os gastos estruturantes observa-se a pequena 
participação dos itens: ciência e tecnologia, agricultura, indústria, comunicação, energia e 
transporte, no qual juntos não atingem nem 7% da participação das despesas totais. Tal fato 
demonstra que há necessidade de investir nessas funções no Estado da Paraíba, pois como se 
sabe tais itens possuem relativa importância ao desenvolvimento do estado. Sendo assim, pode 
ser observada na tabela 6, a participação destes itens através da relação Despesa por 
Função/Despesa Total. 
 
Tabela 6 – Paraíba: Participação das despesas* por função na despesa total (2009=100) 
( Em % ) 
Desp. Por Função 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 
Legislativa 2,88 3,20 3,13 4,27 4,04 4,89 4,57 4,18 
Judiciária 4,62 5,51 6,52 9,41 9,71 10,08 7,89 5,74 
Administração 9,85 10,62 9,47 8,67 8,28 7,71 7,19 7,88 
Segurança Pública 6,54 9,11 8,26 7,74 8,58 9,06 9,06 10,40 
Assistência Social 1,78 1,51 2,39 2,49 2,96 1,82 1,83 1,27 
Previdência Social 11,36 14,43 14,85 9,92 9,85 9,99 9,89 15,67 
Saúde 12,33 9,96 9,87 11,22 10,45 12,90 13,18 16,72 
Educação 16,84 15,46 15,53 16,55 16,26 15,84 15,14 19,04 
Cultura 0,16 0,32 0,26 0,24 0,16 0,16 0,15 0,41 
Habitação 0,03 0,02 0,05 0,07 0,35 0,50 0,93 0,38 
Ciência e Tecnologia 0,04 0,06 0,07 0,10 0,08 0,09 0,10 0,10 
Agricultura 3,72 2,70 1,83 1,53 1,38 1,65 2,46 1,89 
Indústria 0,01 0,50 0,84 0,69 0,47 0,36 0,33 0,33 
Comunicações 0,57 0,47 0,52 0,62 0,51 0,42 0,65 0,48 
Energia 0,04 0,03 0,03 0,04 0,05 0,05 0,05 0,05 
Transporte 2,44 1,02 1,71 1,59 1,84 2,37 2,11 1,51 
Fonte: Secretária do Tesouro Nacional – STN. 
Nota: (*) Valores constantes com base no IGP-DI de 2009. 
 
 Para se destacar tais gastos por função também se pode observá-los através da tabela 7, 
que apresenta os valores constantes do quanto foi destinado a cada item apresentado. 
 
 
Tabela 7 – Paraíba: Participação das despesas, segundo as funções (2009=100) 
(Em mil reais ) 
Desp. Por Função (Val. Absoluto) 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 
Legislativa 106.751.487 123.489.051 119.800.574 186.914.685 198.308.624 235.874.892 240.439.161 226.295.621 
Judiciária 171.199.310 212.752.005 249.235.770 411.682.566 477.351.229 485.919.305 415.094.423 310.466.246 
Administração 364.696.300 409.510.617 362.093.944 379.040.613 407.099.747 371.730.877 378.188.969 426.492.206 
Segurança Pública 242.391.919 351.553.794 315.984.107 338.355.318 421.589.515 436.786.350 476.322.458 562.554.659 
Assistência Social 65.800.549 58.282.881 91.472.754 108.930.004 145.380.376 87.915.254 96.263.854 68.823.888 
Previdência Social 420.789.019 556.650.357 567.746.385 433.861.789 483.895.422 481.594.584 520.044.631 847.873.224 
Saúde 456.559.531 384.214.717 377.368.488 490.857.145 513.457.940 622.190.094 693.269.896 904.213.824 
Educação 623.741.609 596.230.611 593.682.621 723.653.649 798.829.740 763.983.985 796.217.102 1.029.842.902 
Cultura 5.994.995 12.536.906 9.988.841 10.674.524 7.976.837 7.661.864 7.946.129 22.308.451 
Habitação 1.125.714 684.170 2.077.002 3.182.796 17.228.094 24.177.185 48.892.311 20.730.048 
Ciência e Tecnologia 1.362.565 2.382.066 2.574.893 4.299.506 4.124.243 4.211.495 5.195.577 5.178.140 
Agricultura 137.803.167 104.055.719 69.945.113 67.033.908 67.991.249 79.765.086 129.489.644 102.202.685 
Indústria 422.430 19.418.325 32.121.801 30.106.218 23.026.230 17.301.134 17.586.338 17.980.297 
Comunicações 21.288.172 18.000.840 19.771.847 27.269.666 24.844.535 20.410.430 34.000.804 25.769.435 
Energia 1.656.525 1.347.174 1.277.745 1.775.204 2.387.032 2.489.198 2.874.101 2.954.985 
Transporte 90.397.674 39.511.862 65.383.714 69.446.065 90.599.302 114.132.922 110.764.821 81.456.319 
Fonte: Secretária do Tesouro Nacional – STN. 
Valores constantes com base no IGP-DI de 2009. 
5. CONCLUSÃO 
 
 Foi graças ao programa de ajuste das contas dos entes da federação, ocorrida em fins 
dos anos noventa, que se passou a observar a devida redução no comprometimento das finanças 
do Estado da Paraíba. A Lei de Responsabilidade Fiscal permitiu tal redução na relação dívida 
pública/PIB. Essa relação, que no início do período dos anos 2000 atingia o percentual de 
26,40%, obteve redução percentual significativa, chegando ao fim do período analisado com 
percentual de 5,85%. 
 Quanto ao comprometimento da receita líquida com a dívida pública, no início do 
período estudado, havia um grau de comprometimento elevado (152,51%), mas chegando a ser 
reduzido nos anos que se seguiram, fechando o período em 37,76%. Para esse resultado ser 
alcançado foi de fundamental importância a Lei de Responsabilidade Fiscal. Para esse resultado 
também concorreu o bom desempenho do PIB e da receita. 
 Em consequência, observou-se, também, redução na participação do serviço da dívida 
na receita líquida, essa apresentou redução no comprometimento da receita. Percebe-se na série 
estudada que a carga da dívida sobre as receitas reduziram em 15,61% ao fim do período. 
 Chama-se atenção para o cumprimento da meta de obtenção de saldo orçamentário. Tal 
meta foi alcançada na maioria dos anos estudados, com exceção dos anos de 2001 e 2004. Com 
efeito, o comprometimento das despesas aproxima-se do percentual arrecadado. Porém, a receita 
mantendo-se em um grau mais elevado que as despesas. 
 No tocante à composição das receitas, verifica-se que parte relevante da receita é 
adquirida através de transferência constitucional, bem como pela arrecadação do ICMS. Essas 
duas rubricas são responsáveis por cerca de ¾ da receita estadual. Em relação à composição das 
despesas por função, verifica-se que as funções relacionadas à administração pública e aos 
gastos sociais absorvem a maior parte dos gastos do Estado da Paraíba. Enquanto que as 
despesas consideradas estruturantes têm um pequeno peso no conjunto das despesas estaduais. 
O que permite levantar o questionamento sobre o papel que desempenha o governo estadual 
numa estratégia de desenvolvimento da Paraíba. 
 
 
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