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Pesquisa sobre o tecido Adiposo

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Tecido Adiposo
O tecido adiposo faz parte do grupo de subtipos de tecidos conjuntivos reunidos sob a denominação Tecido conjuntivo de propriedades especiais.
É constituído de células denominadas adipócitos, separadas entre si por pequena quantidade de matriz extracelular. Esta é constituida em grande parte por uma rede de delgadas fibras reticulares formadas principalmente por colágeno tipo III e pouco observáveis ao microscópio de luz com colorações rotineiras. Além dos adipócitos, são encontradas quantidades menores de outras células residentes e transientes do tecido conjuntivo.
Os adipócitos se caracterizam por acumular lipídios em seu citoplasma, sob forma de pequenas gotas suspensas no citosol. Estas gotas não são revestidas por membranas e são, portanto, consideradas inclusões. Estes lipídios são em sua maior parte triglicerídios, também chamados gorduras neutras, formados por moléculas de glicerol unidas por ligações éster a cadeias de ácidos graxos.
O número e tamanho das gotas de lipídios nos adipócitos pode variar consideravelmente. Quando os adipócitos se desenvolvem acumulam lipídios e há numerosas pequenas gotas deste material no citoplasma.
No tecido adiposo unilocular estas gotas acabam se fundindo em uma grande gota que ocupa a maior parte do adipócito, deslocando o restante do citoplasma e o núcleo para a periferia da célula.
No tecido adiposo multilocular os adipócitos mantêm muitas pequenas gotas de lipídios no citoplasma e o núcleo ocupa diferentes posições na célula, seja no centro ou na periferia.
Os tecidos adiposos uni e multilocular têm grandes diferenças funcionais, além da diferente distribuição e tamanho das gotas de lipídios.
O tecido unilocular predomina muito em quantidade sobre o multilocular. Constitui o que se chama habitualmente de "gordura". Macroscopicamente sua cor é frequentemente amarela devido a pigmentos e vitaminas (principalmente vitamina A) dissolvidos nos lipídios e por esta razão também é denominado de gordura amarela. É o principal reservatório de lipídios para serem usados como fonte de energia. É encontrado espalhado em quase todo o organismo e, além disso, concentra-se em algumas partes onde forma coxins de apoio (nas palmas das mãos, planta dos pés e nádegas), na cavidade abdominal (especialmente em estruturas denominadas epiplons e em torno de órgãos desta cavidade), nas camadas profundas da pele (camada subcutânea), na parte posterior dos globos oculares. Além de reservatório energético e servir como coxins de apoio o tecido adiposo unilocular serve para preenchimento de locais entre órgãos e sustentação de órgãos. Há diferenças sexuais na distribuição de tecido adiposo unilocular. 
Na espécie humana o tecido adiposo multilocular é encontrado quase que somente em recém nascidos. É encontrado regularmente em espécies animais que hibernam. Sua localização é geralmente na região das cinturas pélvica e escapular (por exemplo em torno da laringe e traquéia e em torno da adrenal). Sua função conhecida é "reanimar" animais que estejam no fim da fase de hibernação, por meio do aquecimento do sangue que passa pelos numerosos capilares existentes neste tecido. Ao fim da hibernação os adipócitos deste subtipo de tecido adiposo recebem sinalização para metabolizar os lipídios e liberar energia térmica que é transmitida para o sangue, assim lentamente elevando a temperatura do resto do corpo. A coloração natural do tecido multilocular é mais escura e por esta razão também é denominado gordura parda ou marrom. 
As mitocôndrias das células do tecido adiposo multilocular transformam a maior parte da energia dos lipídios em energia térmica, em vez de produzir ATP, comportamento portanto diferente do que acontece na maioria das outras células do organismo, inclusive das células adiposas do tecido unilocular.
Os lipídios destas últimas são lisados e seus componentes (glicerol e ácidos graxos) são transportados isoladamente para o sangue onde são novamente reunidos formando micelas para serem distribuídos e usados por outras células como fonte de energia ou para fabricação de outras moléculas. Os lipídios do tecido unilocular tem grande mobilidade -são constantemente renovados por meio de novas moléculas que chegam à célula e de moléculas de lipídios que são quebradas e transportadas para o sangue. 
O tecido adiposo unilocular, da mesma forma como o multilocular, possui uma rica irrigação sanguínea formada principalmente por capilares. Além de agirem como reserva energética os adipócitos secretam vários hormônios.
 TECIDO ADIPOSO UNILOCULAR
 
Os adipócitos do tecido adiposo unilocular contém uma grande gota de gordura. Como esta gordura é dissolvida durante a confecção de preparados histológicos rotineiros, observa-se um espaço vazio no local onde estava depositada a gordura.
 
A figura é uma imagem típica deste tecido. Observam se delgadas faixas de citoplasma circundando os locais que continham os lipídios.
 
Alguns vasos sanguíneos estão presentes.
 
Devido à consistência pouco rígida da gordura, a forma dos adipócitos se adapta nas superfícies de contacto com adipócitos vizinhos de modo que as células ocupam o menor espaço possível. 
Em um aumento maior pode-se observar em cada adipócito os locais ocupados por uma grande gota única de gordura e a delgada faixa de citoplasma. pode notar de maneira bem distinta a fina camada de citoplasma que envolve a gota de gordura em vários adipócitos.
Núcleo
Núcleo
 
Acima: Células do tecido conjuntivo localizado entre células adiposas. Essas células são ovuladas, tem núcleo central e citoplasma repleto de grânulos: mastócitos.
Tecido adiposo unilocular: sua função de preenchimento
 
O tecido adiposo envolve estruturas do corpo, preenchendo espaços e ao mesmo tempo fixando estruturas em seus locais.
 
TECIDO ADIPOSO MULTILOCULAR
 
A figura superior contém duas porções distintas: a porção superior ocupada por tecido adiposo multilocular e a porção inferior portecido adiposo unilocular.
O tecido unilocular é facilmente diagnosticável: células com uma faixa delgada de citoplasma, uma grande cavidade central "vazia" e núcleos periféricos. O tecido multilocular não é tão fácil de ser reconhecido.
A figura inferior é um aumento maior da primeira figura e permite uma análise melhor das células que ocupam a porção superior da figura.
 
Estas células tem núcleos de perfil circular e ocupam diferentes locais da célula, às vezes excêntrico (fora do centro) às vezes central. Repare nos limites das células e na posição dos núcleos.
 
No seu citoplasma muitas "vesículas" claras, "vazias", de perfil circular e de tamanho variado. São gotas de gordura de tamanho variado.
 
Ao passar o cursor sobre a imagem quatro células com estas formações ficam ressaltadas permitindo avaliar o tamanho e a posição das gotas de gordura deste tecido adiposo multilocular.
 
Tecido adiposo multilocular cujos adipócitos têm citoplasma quase todo ocupado por pequenas gotículas de lipídios dando às células um aspecto esponjoso.
 
Os núcleos, de perfil circular, estão situados no centro ou na periferia da célula. Há sempre uma faixa de citoplasma bastante distinta na periferia da célula.
constituído por células adiposas ou adipócitos que acumulam gordura num vacúolo, empurrando o citoplasma e o núcleo de encontro à membrana. Localizado sob a pele, formando a tela subcutânea (antes denominada hipoderme), ou nas membranas que revestem os órgãos internos, ele funciona como reservatório de gordura (reserva de energia), amortecedor de choques mecânicos, e como proteção contra o frio, contribuindo para manter o equilíbrio térmico dos organismos. 
Células adiposas: você sabia que existem algumas de coloração marrom? Sabe para que elas servem? Células adiposas marrons são assim pelo fato de ter elevado número de mitocôndrias para gerar calor.
As células adiposas marrons derivam a sua cor de numerosas mitocôndrias, que elas usam para gerar calor em resposta ao frio ou (em roedores magros)
quando ingerem alimento em excesso. Os citocromos fazem as mitocôndrias ficarem marrons. A gordura é armazenada em múltiplas pequenas gotículas. A gordura marrom é menos abundante do que a branca, […]. Humanos recém-nascidos possuem mais gordura marrom do que os adultos para poderem gerar calor durante o ajuste a um novo ambiente após o nascimento. Os animais que hibernam usam gordura marrom para aumentar as suas temperaturas quando emergem da hibernação.
Os adipócitos são células que se originam da diferenciação de fibroblastos, o tipo celular mais comum do tecido conjuntivo. Apesar de parecerem pouco ativos, os adipócitos são células que apresentam um metabolismo dinâmico e são responsáveis pelo armazenamento e liberação de gordura (triglicerídeos) para utilização como fonte de energia pelos tecidos do organismo. Além disso, os adipócitos são essenciais para outras atividades metabólicas, como a produção e regulação da atividade de alguns hormônios.
As células adiposas possuem um grande vacúolo central de gordura, que aumenta ou diminui, dependendo do metabolismo: se uma pessoa come pouco ou gasta muita energia, a gordura das células adiposas diminui; caso contrário, ela se acumula. O tecido adiposo atua como reserva de energia para momentos de necessidade. 
O tecido adiposo (TA) é um tipo especial de tecido conjuntivo que é composto por diferentes tipos celulares, tais como, adipócitos (as únicas células especializadas no armazenamento de lipídios na forma de triacilglicerol em seu citoplasma), células endoteliais, macrófagos, células do estroma vascular, fibroblastos, pré-adipócitos (células indiferenciadas), entre outros. 
Considerado o maior depósito energético presente no corpo dos animais, este tecido também apresenta como funções: modelar a superfície corporal, contribuir para o isolamento térmico do organismo, preencher espaços entre outros tecidos, auxiliar na manutenção da posição normal de outros órgãos, formar os coxins absorventes de choques, além de atuar como uma glândula endócrina (Rosen; Spiegelman, 2006; Poulos et al., 2010)  O TA é dividido em dois subtipos: o tecido adiposo branco (TAB) ou tecido adiposo unilocular, tipo de tecido com maior predominância em indivíduos adultos e serve como depósito para o excesso de energia; e o tecido adiposo marrom (TAM) ou tecido adiposo multilocular, que apresenta como função a geração de calor através do desacoplamento mitocondrial da oxidação lipídica e é encontrado exclusivamente em mamíferos, recém-nascidos, fetos e adultos hibernantes ou não (Farmer, 2008; Au-Yong et al., 2009; Saito et al., 2009) O adipócito do TAM atinge aproximadamente um diâmetro de 60µm e é frequentemente bem menor que o adipócito do TAB que apresenta diâmetro médio de 90¬100µm. 
Com base em resultados pós-morte e em estudos com PET/CT (Positron Emission Tomography and Computer Tomography), em humanos adultos o TAM está localizado principalmente nas seguintes regiões: tireoide e traqueal, mediastino, paracervical e supraclavicular, paratoracical, supra e perirenal. (Lee et al., 2011; Nedergaard et al., 2011; Vijgen, et al., 2011). O mecanismo de geração de calor a partir do TAM está relacionado com o metabolismo das mitocôndrias, já que este subtipo de tecido adiposo não apresenta o complexo enzimático necessário para a síntese de ATP. Desta forma, o calor é gerado a partir da energia liberada principalmente pela oxidação de ácidos graxos. As mitocôndrias presentes nos adipócitos deste tecido apresentam em sua membrana interna um portador específico denominada proteína desacopladora-1 (UCP-1) que catalisa um vazamento de prótons do espaço intermembranas para a matriz mitocondrial, contra o seu gradiente de concentração, assim, dissipando a energia potencial disponível para a síntese de ATP e levando a uma diminuição de sua produção. Desta forma, a UCP-1 "desacopla" a síntese de adenosina trifosfato da oxidação do substrato energético e a energia liberada por este processo é aproveitada para a geração de calor. (Kozak; Anunciado-Koza, 2010; Bartelt et al., 2011; Richard; Picard, 2011) Os suínos, segundo Berg, Gustafson & Andersson (2006), são mamíferos sensíveis ao estresse causado pelo frio e, como os leitões parecem carecer de tecido adiposo marrom, dependem de tremores como o principal mecanismo de termorregulação. 
 Estas células possuem todas as enzimas e proteínas que são necessárias tanto para produzir os ácidos graxos (lipogênese) quanto para armazenar o triacilglicerol (TAG) em períodos de alta oferta energética e/ou mobilizá-los para a lipólise quando há uma deficiência de caloria. 
Este processo é regulado tanto pelos sistemas neural e hormonal, dependendo da necessidade do indivíduo e especificamente o sistema nervoso autônomo (SNA) controla diretamente o tecido adiposo branco por meio de suas inervações simpática e parassimpática. Enquanto o componente simpático do SNA encontra-se relacionado com as funções catabólicas, como por exemplo a lipólise que é mediada pelos ß-adrenoreceptores, o componente parassimpático está envolvido com a execução das funções anabólicas, tais como a captação de ácidos graxos e glicose estimuladas pela insulina (Pénicaud et al., 2000; Kreier, 2002; Romijn & Fliers, 2005) Aproximadamente 60-85% do peso do TAB é de lipídios, dentre os quais os trglicerídeos constituem a maior fração (90-99%). 
Pequenas quantidades de ácidos graxos livres, diglicerídeos, colesterol, fosfolipídeos, e pequenas quantidades de ésteres de colesterol e monoglicerídeos também estão presentes na composição lipídica deste tecido adiposo unilocular. O restante do seu peso se deve as porcentagens de água e proteína que também se fazem presente em sua constituição. Muito embora este tecido não apresente uma vascularização tão rica quanto à apresentada pelo TAM, cada adipócito branco maduro se encontra em contato com ao menos um capilar sanguíneo que tem como função fornecer suporte para tornar esta célula metabolicamente ativa (Fonseca-Alaniz et al., 2006).
De acordo com Araujo e Menóia (2008); Lago et al. (2009) , Queiroz et al. (2009), o tecido adiposo branco também apresenta funções endócrinas, através da secreção de produtos, tais como, o fator de necrose tumoral-a (TNF-a), a interleucina-6 (IL-6), o fator transformador de crescimento-ß (TGF-ß), a adiponectina, a resistina, a leptina, o angiotensinogênio, o fator de crescimento endotelial vascular (VEGF), o inibidor do ativador de plasminogênio 1 (PAI-1), entre outros. Estes produtos metabólicos coletivamente denominados adipocinas apresentam uma grande variedade de funções, desempenhando um importante papel no corpo do animal ao influenciar processos fisiológicos distintos e, em humanos, podem ser considerados um elo entre a acumulação de gordura nos tecidos, a síndrome metabólica e as doenças cardiovasculares. Guimarães et al. (2007), informam que este tecido é bem peculiar enquanto um órgão endócrino, pois apresenta uma vasta distribuição corporal, mas sem conexão entre si, no qual os seus diferentes tipos celulares (adipócitos maduros, macrófagos, fibroblastos e pré-adipócitos) participam ativamente de sua função endócrina que varia segundo a sua localização, contribuindo com intensidade distinta na secreção de específicas adipocinas. 
https://pt.slideshare.net/kleberkkk/tecido-conjunti-01

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