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Projeto para Orientação Profissional

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Introdução
O ensino médio começa a chegar ao fim e a definição por um curso superior e uma profissão se aproxima cada vez mais dos jovens; o curso escolhido que supostamente seria realizador passa a ser colocado em questão e perguntas sobre o que sou, o que quero, o que não quero, etc, passam a atormentar a vida de jovens e inclusive de adultos (EHRLICH et. al. 2000).
A orientação profissional pode auxiliar o adolescente a realizar uma escolha mais esclarecida, se reconhecer as influências que sofre, que estão relacionadas ao ambiente em que ele se desenvolveu: a família, a escola, o meio social e econômico, a religião e mesmo as questões psicológicas. Ou seja, a intervenção em orientação profissional deve proporcionar ao jovem orientando um momento de reflexão, especialmente acerca do que está por trás da sua escolha (ALMEIDA e PINHO, 2008).
Ao falarmos de escolha profissional é fundamental definir o que se entende por escolha, se ela é possível e em quais condições.
Segundo Soares (2002), a liberdade de escolha é relativa, vai depender das necessidades de cada jovem. Vários fatores determinantes influenciam nas escolhas, tais como: contexto familiar, classe social, fatores psicológicos, educacionais, políticos e econômicos. 
A escolha, segundo Bohoslavsky pode ser madura e ajustada ou imatura e desajustada. A escolha madura é aquela que depende da elaboração dos conflitos e não de sua negação. O que difere fundamentalmente uma escolha ajustada de uma desajustada é o grau de conflito experimentado na situação. Na escolha desajustada os conflitos não são elaborados e resolvidos, mas controlados e negados.
Chegar a uma escolha vocacional supõe um processo de tomada de consciência de si mesmo e a possibilidade de fazer um projeto que significa imaginar-se antecipadamente cumprindo um papel social e ocupacional (MULLER, 1988). 
O objetivo do trabalho é facilitar o auto-conhecimento e a reflexão sobre a multiplicidade de aspectos envolvidos na escolha profissional, a fim de ampliar e diversificar as possibilidades de inserção do mesmo no mercado de trabalho.
Metodologia
O trabalho foi realizado com um grupo de 10 jovens, na faixa etária dos 15 aos 17 anos;
Foram realizados 3 encontros com duração de 3 horas cada encontro;
Aplicação de questionários, dinâmicas e técnicas vivenciais para a identificação de aptidões e interesses dos participantes;
O Projeto de Orientação Profissional 
O Projeto de Orientação Profissional contou com três encontros sendo realizada a carga horária de três horas diárias. Encontros estes que foram realizado nos dias 25 de outubro, 1 e 5 de novembro. 
Este projeto foi desenvolvido com adolescentes moradores de um abrigo com medidas de acolhimento institucional. Nestes encontros, expuseram suas dúvidas sobre o mercado de trabalho e refletiram sobre as possibilidades do estudo e sobre profissões.
Estabeleceram-se encontros semanais devido a disponibilidade da casa e as atividades dos adolescentes. Era um grupo de 10 adolescentes freqüentes e alguns esporádicos, com idades entre 15 e 18 anos. 
Em todos os dias, iniciou-se com dinâmica de quebra gelo, seguida de informações sobre ingresso e financiamentos de cursos superiores e técnicos, após estas informações foram realizadas dinâmicas sobre habilidades, gostos, e percepção do futuro. 
Trabalhar escolhas, profissões e futuro para um grupo sem convívio e vinculo familiar, sem apoio e com poucas expectativas foi um pouco confuso e alguns momentos até difícil.
Os objetivos do Projeto foram sendo alcançados: a valorização dos estudos, o conhecimento do mercado de trabalho e das profissões possíveis, bem como suas dificuldades e possibilidades.
Ficou evidente que a escola é um agente importante na escolha profissional, pois ela atua como uma janela pela qual os adolescentes vislumbram o futuro, mas, quando se trata do adolescente morador de um abrigo, uma favela, a escola se torna excludente, ditando quem pode ou não se projetar para o futuro, quem será alguém na vida e quem não será. Para alguns professores, tais alunos não são possíveis. - são os excluídos. Os adolescentes trazem a marca dessa exclusão: a dor, a revolta contra os professores e contra a escola. A escola precisa reconhecer sua possibilidade de agente transformador.
Relatório dos encontros
1º Encontro
O primeiro encontro, na Casa Don Bosco, para a aplicação da técnica de orientação vocacional, começou as 9:30 da manhã, do dia 28 de novembro. Neste encontro formos acompanhadas por Michelle, que é psicólogo que trabalha na instituição. Em um primeiro momento foi apresentado espaços da casa para que pudéssemos escolher, para aplicarmos a técnica. Foi nos apresentado também alguns funcionários e conhecemos todo o ambiente onde moram os adolescentes.
No segundo momento, começamos nosso trabalho, nos apresentando e também falando um pouco sobre o que iríamos desenvolver com eles. Logo em seguida cada um dos 10 adolescentes se apresentou, dizendo o seu respectivo nome, idade e o que mais gostava. Logo após as apresentações, fizemos a dinâmica do quebra gelo, em que consistia na distribuição de uma folha de jornal para cada participante, os mesmos ficavam sobre a folha do jornal, e após alguns comandos, para se retirar e ficar sobre o jornal, tirávamos um dos jornais e sucessivamente sempre sobrava um adolescente sem o jornal, até chegar ao final com apenas uma folha do jornal, para ser dividida com todos ou não. Com esta técnica de quebra gelo, trabalhamos equilíbrio, acolhimento, sentimento, etc.
Falamos em um terceiro momento sobre o FIES e o PRONATEC. Pudemos expor para os adolescentes, informações necessárias sobre cada um destes programas do governo. Observamos que alguns, desconheciam totalmente e outros tinham apenas um conhecimento prévio sobre os programas.
Logo após, trabalhamos com algumas perguntas, que foram respondidas através de gravuras recortadas de revistas e também por escrito.
Ao final, pedimos a cada um, que fizesse um movimento e se definisse com uma palavra. Perguntamos o que acharam do nosso primeiro encontro e se tinha alguma dúvida, curiosidade.
2º Encontro
No segundo encontro, os adolescentes estavam eufóricos e com pouca disponibilidade para realizar as atividades.
Os trabalhos foram iniciados com a dinâmica de quebra gelo “Caiu em mim. Foi distribuído papel e caneta para cada participante, foram orientados a escrever uma atividade para que o colega da direita realizasse. Poderia ser qualquer coisa: imitar alguém, cantar uma música, imitar um animal, etc; Depois assinar o nome nos papéis; os papeis foram recolhidos; e os participantes foram informados que "aquilo que você não quiser para si não deve desejar para os outros... Portanto, o que você escreveu no seu papel, quem vai executar é você! Foi iniciado por voluntário e todo o grupo participou.
No segundo momento falamos sobre o Enem e Sisu, verificamos o que eles conheciam e completamos as informações.
Em terceiro momento realizamos a técnica do gosto e não gosto. Com o objetivo de levantar as atividades que cada um gosta de executar. Discutir sobre os sentimentos relacionados com essas atividades. Auxiliar a discriminar os diferentes vínculos que estabelecemos com as diferentes atividades. Levar o jovem a se conhecer melhor por meio de uma conscientização do seu cotidiano. Os adolescentes ficaram com muita dificuldade em realizar esta técnica, a maior parte não conseguia lembrar-se de algo que gostava e não fazia e que não gostava e não fazia.
Realizamos o encerramento e eles perguntaram quando seria o próximo encontro.
3º Encontro
No nosso terceiro e último encontro contamos com a participação do Marcelo, que é assistente social da instituição. 
Iniciamos nosso trabalho com a dinâmica do balão. Entregamos um balão, um pedaço de papel e um palito para cada um dos meninos. Pedimos para escrever dois sonhos no papel colocar no balão e encher. Depois do balão cheio, pedimos que cada um protegesse seu balão. Não demorou muito eos balões foram estourados. Perguntamos aos meninos o que tinha acontecido e eles responderam que uns destruíram os sonhos dos outros. 
Começamos então a refletir junto com os meninos, a mostrar para eles que na nossa vida sempre vai ter alguém querendo destruir nossos sonhos, mas que temos que ter foco, olhar pra frente e seguir em busca desses sonhos. Que na vida precisamos de uma motivação para alcançar o que buscamos e os nossos sonhos nos motivam. 
No segundo momento realizamos a leitura do texto Como Fazer, escrito por Moacyr Sciliar, este texto possibilitou uma reflexão sobre o que escolher e como é difícil o processo de escolha e como deve ser pautada a escolha de uma profissão.
No fechamento do nosso trabalho, fizemos um café da manhã para os meninos e antes de comer o João ofereceu para fazer uma oração. 
Conclusão
Quando se tenta restringir a orientação profissional a um determinado público, há pelo menos duas implicações: uma que direciona a escolha profissional para os cursos de nível superior e, nesse ponto, é importante salientar que escolher um curso ou profissão não significa ingressar numa faculdade. A segunda diz respeito a idéias preconcebidas de que o aluno da escola pública ou pobre não tem direito a escolher - sua condição é ser carente, vitimado pela situação econômica.
O nosso grupo percebeu que alguns meninos participaram mais que outros. Mas todos gostaram muito. Como a realidade deles é difícil. Conseguimos perceber mais a tristeza em alguns. Percebemos a importância de levar nosso trabalho para esses meninos, fazer com que eles se sintam existentes em algum momento, que apesar de alguns não terem família ou viver longe dela, outras pessoas se importam com eles. 
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