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02 Direito Administrativo

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IGP/RS 
Perito Criminal 
 
Estatuto do Servidor Público do Estado do Rio Grande do Sul. .......................................................... 1 
 
Ética no serviço público. ..................................................................................................................... 1 
 
Administração Pública: Conceito, natureza e fins. ............................................................................. 10 
 
Princípios da Administração pública: legalidade, moralidade, eficiência, impessoalidade e 
publicidade.... ......................................................................................................................................... 16 
 
Poderes administrativos: vinculado, discricionário, hierárquico, disciplinar, regulamentar e de 
polícia. .................................................................................................................................................... 26 
 
Ato administrativo: conceito, requisitos e atributos; anulação, revogação e convalidação; 
discricionariedade e vinculação. ............................................................................................................ 36 
 
Licitações: conceito, finalidade, princípios, objeto, obrigatoriedade, dispensa e inexigibilidade. 
Procedimento, anulação e revogação da licitação. Modalidades de licitação. Sanções penais na licitação. 
Contratos administrativos: conceitos, peculiaridades e interpretação. Formalização do contrato 
administrativo: instrumento, conteúdo, cláusulas essenciais ou necessárias, garantias para a execução 
do contrato, modalidades de garantia. Execução do contrato administrativo: direitos e obrigações das 
partes, acompanhamento da execução do contrato, extinção, prorrogação e renovação do contrato. 
Inexecução, revisão, suspensão e rescisão do contrato (Leis n° 8.666/93 e 10.520/02). ...................... 44 
 
Improbidade Administrativa (Lei n.º 8.429/92). .................................................................................. 69 
 
Acesso à informação (Lei nº 12.527/11)............................................................................................. 84 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1314290 E-book gerado especialmente para CLEMENTINA MELLO
 
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Candidatos ao Concurso Público, 
O Instituto Maximize Educação disponibiliza o e-mail professores@maxieduca.com.br para dúvidas 
relacionadas ao conteúdo desta apostila como forma de auxiliá-los nos estudos para um bom 
desempenho na prova. 
As dúvidas serão encaminhadas para os professores responsáveis pela matéria, portanto, ao entrar 
em contato, informe: 
- Apostila (concurso e cargo); 
- Disciplina (matéria); 
- Número da página onde se encontra a dúvida; e 
- Qual a dúvida. 
Caso existam dúvidas em disciplinas diferentes, por favor, encaminhá-las em e-mails separados. O 
professor terá até cinco dias úteis para respondê-la. 
Bons estudos! 
 
1314290 E-book gerado especialmente para CLEMENTINA MELLO
 
. 1 
Caro(a) candidato(a), antes de iniciar nosso estudo, queremos nos colocar à sua disposição, durante 
todo o prazo do concurso para auxiliá-lo em suas dúvidas e receber suas sugestões. Muito zelo e técnica 
foram empregados na edição desta obra. No entanto, podem ocorrer erros de digitação ou dúvida 
conceitual. Em qualquer situação, solicitamos a comunicação ao nosso serviço de atendimento ao cliente 
para que possamos esclarecê-lo. Entre em contato conosco pelo e-mail: professores @maxieduca.com.br 
 
 
 
Prezado candidato, este assunto foi estudado na matéria de Leis Utilizadas. 
 
 
 
Prezado candidato, aqui trouxemos o Decreto Federal, contudo na matéria de Leis Utilizadas, 
será estudado o Decreto 45.476/2008. 
 
DECRETO Nº 6.029, DE 1º DE FEVEREIRO DE 2007 
 
(Vide Resolução nº 10, de 29 de setembro de 2008). 
 
Institui Sistema de Gestão da Ética do Poder Executivo Federal, e dá outras providências. 
 
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, inciso VI, alínea “a”, 
da Constituição, 
 
DECRETA: 
 
Art. 1º Fica instituído o Sistema de Gestão da Ética do Poder Executivo Federal com a finalidade de 
promover atividades que dispõem sobre a conduta ética no âmbito do Executivo Federal, competindo-lhe: 
I - integrar os órgãos, programas e ações relacionadas com a ética pública; 
II - contribuir para a implementação de políticas públicas tendo a transparência e o acesso à informação 
como instrumentos fundamentais para o exercício de gestão da ética pública; 
III - promover, com apoio dos segmentos pertinentes, a compatibilização e interação de normas, 
procedimentos técnicos e de gestão relativos à ética pública; 
IV - articular ações com vistas a estabelecer e efetivar procedimentos de incentivo e incremento ao 
desempenho institucional na gestão da ética pública do Estado brasileiro. 
 
Art. 2º Integram o Sistema de Gestão da Ética do Poder Executivo Federal: 
I - a Comissão de Ética Pública - CEP, instituída pelo Decreto de 26 de maio de 1999; 
II - as Comissões de Ética de que trata o Decreto no 1.171, de 22 de junho de 1994; e 
III - as demais Comissões de Ética e equivalentes nas entidades e órgãos do Poder Executivo Federal. 
 
Art. 3º A CEP será integrada por sete brasileiros que preencham os requisitos de idoneidade moral, 
reputação ilibada e notória experiência em administração pública, designados pelo Presidente da 
República, para mandatos de três anos, não coincidentes, permitida uma única recondução. 
§ 1º A atuação no âmbito da CEP não enseja qualquer remuneração para seus membros e os trabalhos 
nela desenvolvidos são considerados prestação de relevante serviço público. 
§ 2º O Presidente terá o voto de qualidade nas deliberações da Comissão. 
§ 3º Os mandatos dos primeiros membros serão de um, dois e três anos, estabelecidos no decreto de 
designação. 
 
Art. 4º À CEP compete: 
I - atuar como instância consultiva do Presidente da República e Ministros de Estado em matéria de 
ética pública; 
II - administrar a aplicação do Código de Conduta da Alta Administração Federal, devendo: 
a) submeter ao Presidente da República medidas para seu aprimoramento; 
b) dirimir dúvidas a respeito de interpretação de suas normas, deliberando sobre casos omissos; 
Estatuto do Servidor Público do Estado do Rio Grande do Sul. 
Ética no serviço público. 
1314290 E-book gerado especialmente para CLEMENTINA MELLO
 
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c) apurar, mediante denúncia, ou de ofício, condutas em desacordo com as normas nele previstas, 
quando praticadas pelas autoridades a ele submetidas; 
III - dirimir dúvidas de interpretação sobre as normas do Código de Ética Profissional do Servidor 
Público Civil do Poder Executivo Federal de que trata o Decreto no 1.171, de 1994; 
IV - coordenar, avaliar e supervisionar o Sistema de Gestão da Ética Pública do Poder Executivo 
Federal; 
V - aprovar o seu regimento interno; e 
VI - escolher o seu Presidente. 
Parágrafo único. A CEP contará com uma Secretaria-Executiva, vinculada à Casa Civil da Presidência 
da República, à qual competirá prestar o apoio técnico e administrativo aos trabalhos da Comissão. 
 
Art. 5º Cada Comissão de Ética de que trata o Decreto no 1171, de 1994, será integrada por três 
membros titulares e três suplentes, escolhidos entre servidores e empregados do seu quadro permanente, 
e designados pelo dirigente máximo da respectiva entidade ou órgão, para mandatos não coincidentes 
de três anos. 
 
Art. 6º É dever do titular de entidade ou órgão da Administração Pública Federal, direta e indireta: 
I - assegurar as condições de trabalho para que as Comissões de Ética cumpram suas funções, 
inclusive para que do exercício das atribuiçõesde seus integrantes não lhes resulte qualquer prejuízo ou 
dano; 
II - conduzir em seu âmbito a avaliação da gestão da ética conforme processo coordenado pela 
Comissão de Ética Pública. 
 
Art. 7º Compete às Comissões de Ética de que tratam os incisos II e III do art. 2º: 
I - atuar como instância consultiva de dirigentes e servidores no âmbito de seu respectivo órgão ou 
entidade; 
II - aplicar o Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal, 
aprovado pelo Decreto 1.171, de 1994, devendo: 
a) submeter à Comissão de Ética Pública propostas para seu aperfeiçoamento; 
b) dirimir dúvidas a respeito da interpretação de suas normas e deliberar sobre casos omissos; 
c) apurar, mediante denúncia ou de ofício, conduta em desacordo com as normas éticas pertinentes; 
d) recomendar, acompanhar e avaliar, no âmbito do órgão ou entidade a que estiver vinculada, o 
desenvolvimento de ações objetivando a disseminação, capacitação e treinamento sobre as normas de 
ética e disciplina; 
III - representar a respectiva entidade ou órgão na Rede de Ética do Poder Executivo Federal a que se 
refere o art. 9º; e 
IV - supervisionar a observância do Código de Conduta da Alta Administração Federal e comunicar à 
CEP situações que possam configurar descumprimento de suas normas. 
§ 1º Cada Comissão de Ética contará com uma Secretaria-Executiva, vinculada administrativamente à 
instância máxima da entidade ou órgão, para cumprir plano de trabalho por ela aprovado e prover o apoio 
técnico e material necessário ao cumprimento das suas atribuições. 
§ 2º As Secretarias-Executivas das Comissões de Ética serão chefiadas por servidor ou empregado 
do quadro permanente da entidade ou órgão, ocupante de cargo de direção compatível com sua estrutura, 
alocado sem aumento de despesas. 
 
Art. 8º Compete às instâncias superiores dos órgãos e entidades do Poder Executivo Federal, 
abrangendo a administração direta e indireta: 
I - observar e fazer observar as normas de ética e disciplina; 
II - constituir Comissão de Ética; 
III - garantir os recursos humanos, materiais e financeiros para que a Comissão cumpra com suas 
atribuições; e 
IV - atender com prioridade às solicitações da CEP. 
 
Art. 9º Fica constituída a Rede de Ética do Poder Executivo Federal, integrada pelos representantes 
das Comissões de Ética de que tratam os incisos I, II e III do art. 2º, com o objetivo de promover a 
cooperação técnica e a avaliação em gestão da ética. 
Parágrafo único. Os integrantes da Rede de Ética se reunirão sob a coordenação da Comissão de 
Ética Pública, pelo menos uma vez por ano, em fórum específico, para avaliar o programa e as ações 
para a promoção da ética na administração pública. 
1314290 E-book gerado especialmente para CLEMENTINA MELLO
 
. 3 
 
Art. 10. Os trabalhos da CEP e das demais Comissões de Ética devem ser desenvolvidos com 
celeridade e observância dos seguintes princípios: 
I - proteção à honra e à imagem da pessoa investigada; 
II - proteção à identidade do denunciante, que deverá ser mantida sob reserva, se este assim o desejar; 
III - independência e imparcialidade dos seus membros na apuração dos fatos, com as garantias 
asseguradas neste Decreto. 
 
Art. 11. Qualquer cidadão, agente público, pessoa jurídica de direito privado, associação ou entidade 
de classe poderá provocar a atuação da CEP ou de Comissão de Ética, visando à apuração de infração 
ética imputada a agente público, órgão ou setor específico de ente estatal. 
Parágrafo único. Entende-se por agente público, para os fins deste Decreto, todo aquele que, por força 
de lei, contrato ou qualquer ato jurídico, preste serviços de natureza permanente, temporária, excepcional 
ou eventual, ainda que sem retribuição financeira, a órgão ou entidade da administração pública federal, 
direta e indireta. 
 
Art. 12. O processo de apuração de prática de ato em desrespeito ao preceituado no Código de 
Conduta da Alta Administração Federal e no Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do 
Poder Executivo Federal será instaurado, de ofício ou em razão de denúncia fundamentada, respeitando-
se, sempre, as garantias do contraditório e da ampla defesa, pela Comissão de Ética Pública ou 
Comissões de Ética de que tratam o incisos II e III do art. 2º, conforme o caso, que notificará o investigado 
para manifestar-se, por escrito, no prazo de dez dias. 
§ 1º O investigado poderá produzir prova documental necessária à sua defesa. 
§ 2º As Comissões de Ética poderão requisitar os documentos que entenderem necessários à instrução 
probatória e, também, promover diligências e solicitar parecer de especialista. 
§ 3º Na hipótese de serem juntados aos autos da investigação, após a manifestação referida no caput 
deste artigo, novos elementos de prova, o investigado será notificado para nova manifestação, no prazo 
de dez dias. 
§ 4º Concluída a instrução processual, as Comissões de Ética proferirão decisão conclusiva e 
fundamentada. 
§ 5º Se a conclusão for pela existência de falta ética, além das providências previstas no Código de 
Conduta da Alta Administração Federal e no Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do 
Poder Executivo Federal, as Comissões de Ética tomarão as seguintes providências, no que couber: 
I -encaminhamento de sugestão de exoneração de cargo ou função de confiança à autoridade 
hierarquicamente superior ou devolução ao órgão de origem, conforme o caso; 
II -- encaminhamento, conforme o caso, para a Controladoria-Geral da União ou unidade específica do 
Sistema de Correição do Poder Executivo Federal de que trata o Decreto n o 5.480, de 30 de junho de 
2005, para exame de eventuais transgressões disciplinares; e 
III - recomendação de abertura de procedimento administrativo, se a gravidade da conduta assim o 
exigir. 
 
Art. 13. Será mantido com a chancela de “reservado”, até que esteja concluído, qualquer procedimento 
instaurado para apuração de prática em desrespeito às normas éticas. 
§ 1º Concluída a investigação e após a deliberação da CEP ou da Comissão de Ética do órgão ou 
entidade, os autos do procedimento deixarão de ser reservados. 
§ 2º Na hipótese de os autos estarem instruídos com documento acobertado por sigilo legal, o acesso 
a esse tipo de documento somente será permitido a quem detiver igual direito perante o órgão ou entidade 
originariamente encarregado da sua guarda. 
§ 3º Para resguardar o sigilo de documentos que assim devam ser mantidos, as Comissões de Ética, 
depois de concluído o processo de investigação, providenciarão para que tais documentos sejam 
desentranhados dos autos, lacrados e acautelados. 
 
Art. 14. A qualquer pessoa que esteja sendo investigada é assegurado o direito de saber o que lhe 
está sendo imputado, de conhecer o teor da acusação e de ter vista dos autos, no recinto das Comissões 
de Ética, mesmo que ainda não tenha sido notificada da existência do procedimento investigatório. 
Parágrafo único. O direito assegurado neste artigo inclui o de obter cópia dos autos e de certidão do 
seu teor. 
 
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Art. 15. Todo ato de posse, investidura em função pública ou celebração de contrato de trabalho, dos 
agentes públicos referidos no parágrafo único do art. 11, deverá ser acompanhado da prestação de 
compromisso solene de acatamento e observância das regras estabelecidas pelo Código de Conduta da 
Alta Administração Federal, pelo Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo 
Federal e pelo Código de Ética do órgão ou entidade, conforme o caso. 
Parágrafo único. A posse em cargo ou função pública que submeta a autoridade às normas do Código 
de Conduta da Alta Administração Federal deve ser precedida de consulta da autoridadeà Comissão de 
Ética Pública, acerca de situação que possa suscitar conflito de interesses. 
 
Art. 16. As Comissões de Ética não poderão escusar-se de proferir decisão sobre matéria de sua 
competência alegando omissão do Código de Conduta da Alta Administração Federal, do Código de Ética 
Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal ou do Código de Ética do órgão ou 
entidade, que, se existente, será suprida pela analogia e invocação aos princípios da legalidade, 
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. 
§ 1º Havendo dúvida quanto à legalidade, a Comissão de Ética competente deverá ouvir previamente 
a área jurídica do órgão ou entidade. 
§ 2º Cumpre à CEP responder a consultas sobre aspectos éticos que lhe forem dirigidas pelas demais 
Comissões de Ética e pelos órgãos e entidades que integram o Executivo Federal, bem como pelos 
cidadãos e servidores que venham a ser indicados para ocupar cargo ou função abrangida pelo Código 
de Conduta da Alta Administração Federal. 
 
Art. 17. As Comissões de Ética, sempre que constatarem a possível ocorrência de ilícitos penais, civis, 
de improbidade administrativa ou de infração disciplinar, encaminharão cópia dos autos às autoridades 
competentes para apuração de tais fatos, sem prejuízo das medidas de sua competência. 
 
Art. 18. As decisões das Comissões de Ética, na análise de qualquer fato ou ato submetido à sua 
apreciação ou por ela levantado, serão resumidas em ementa e, com a omissão dos nomes dos 
investigados, divulgadas no sítio do próprio órgão, bem como remetidas à Comissão de Ética Pública. 
 
Art. 19. Os trabalhos nas Comissões de Ética de que tratam os incisos II e III do art. 2º são 
considerados relevantes e têm prioridade sobre as atribuições próprias dos cargos dos seus membros, 
quando estes não atuarem com exclusividade na Comissão. 
 
Art. 20. Os órgãos e entidades da Administração Pública Federal darão tratamento prioritário às 
solicitações de documentos necessários à instrução dos procedimentos de investigação instaurados pelas 
Comissões de Ética. 
§ 1º Na hipótese de haver inobservância do dever funcional previsto no caput, a Comissão de Ética 
adotará as providências previstas no inciso III do § 5º do art. 12. 
§ 2º As autoridades competentes não poderão alegar sigilo para deixar de prestar informação solicitada 
pelas Comissões de Ética. 
 
Art. 21. A infração de natureza ética cometida por membro de Comissão de Ética de que tratam os 
incisos II e III do art. 2º será apurada pela Comissão de Ética Pública. 
 
Art. 22. A Comissão de Ética Pública manterá banco de dados de sanções aplicadas pelas Comissões 
de Ética de que tratam os incisos II e III do art. 2º e de suas próprias sanções, para fins de consulta pelos 
órgãos ou entidades da administração pública federal, em casos de nomeação para cargo em comissão 
ou de alta relevância pública. 
Parágrafo único. O banco de dados referido neste artigo engloba as sanções aplicadas a qualquer 
dos agentes públicos mencionados no parágrafo único do art. 11 deste Decreto. 
 
Art. 23. Os representantes das Comissões de Ética de que tratam os incisos II e III do art. 2º atuarão 
como elementos de ligação com a CEP, que disporá em Resolução própria sobre as atividades que 
deverão desenvolver para o cumprimento desse mister. 
 
Art. 24. As normas do Código de Conduta da Alta Administração Federal, do Código de Ética 
Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal e do Código de Ética do órgão ou 
entidade aplicam-se, no que couber, às autoridades e agentes públicos neles referidos, mesmo quando 
em gozo de licença. 
1314290 E-book gerado especialmente para CLEMENTINA MELLO
 
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Art. 25. Ficam revogados os incisos XVII, XIX, XX, XXI, XXIII e XXV do Código de Ética Profissional 
do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal, aprovado pelo Decreto no 1.171, de 22 de junho de 
1994, os arts. 2º e 3º do Decreto de 26 de maio de 1999, que cria a Comissão de Ética Pública, e os 
Decretos de 30 de agosto de 2000 e de 18 de maio de 2001, que dispõem sobre a Comissão de Ética 
Pública. 
 
Art. 26. Este Decreto entra em vigor na data da sua publicação. 
 
Brasília, 1º de fevereiro de 2007; 186º da Independência e 119º da República. 
 
LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA 
 
Decreto 6029 de 01/02/20071 
Sistema de Gestão da Ética do Poder Executivo Federal 
 
Finalidade: 
Promover atividades que dispõem sobre a conduta ética no âmbito do executivo federal. 
 
Integrantes do sistema: 
A Comissão de Ética Pública – CEP; 
Comissões de Ética conforme o código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder 
Executivo Federal (Decreto 1171 de 22/06/1994); 
Demais comissões de ética e equivalentes nas entidades e órgãos do Poder Executivo Federal. 
 
Composição da CEP: 
Sete brasileiros, considerando os seguintes requisitos ou características: 
Idoneidade moral; 
Reputação ilibada; 
Notória experiência em administração pública; 
Designados pelo Presidente da República; 
Sem remuneração (considera-se que prestam relevante serviço público); 
Mandatos de 3 anos não coincidentes, com uma única recondução. 
Competências da CEP: 
Instância consultiva em matéria de ética pública para o Presidente da República e Ministros de Estado; 
Administrar a aplicação do Código de Conduta da Alta Administração Federal; 
Dirimir dúvidas de interpretação do Código de Ética do Servidor Público Civil do Poder Executivo 
Federal (Decreto 1171/1994); 
Coordenar, avaliar e supervisionar o Sistema de Gestão da Ética do Poder Executivo Federal; 
Aprovar seu regime interno; 
Escolher seu presidente (o qual tem o voto de qualidade nas deliberações da comissão). 
Cada comissão de ética contará com uma Secretaria Executiva, vinculada administrativamente à 
instância máxima da entidade ou órgão, para apoio técnico e administrativo. No caso da CEP, vinculada 
à Casa Civil da Presidência da República. 
A apuração de conduta em desacordo com as normas éticas pertinentes pode ser por denúncia 
(fundamentada) ou de ofício, em ambos os casos sempre garantida a ampla defesa e o contraditório. A 
comissão deverá notificar o investigado para manifestar-se, por escrito, no prazo de dez dias. 
 
O Decreto 6029/2007 trata também da Rede de Ética do Poder Executivo Federal, com o objetivo de 
promover a cooperação técnica e a avaliação em gestão da ética. Essa rede é integrada pelos seguintes 
representantes: 
1) Comissão de Ética Pública – CEP; 
2) As comissões de ética de que trata o Decreto 1171/1994; 
3) As demais Comissões de Ética e equivalentes nas entidades e órgãos do Poder Executivo Federal. 
Esses representantes se reúnem ao menos uma vez por ano, sob a coordenação da CEP. 
 
Quem pode provocar a atuação da CEP ou outra comissão de ética? 
 
1 Disponível em: http://www.itnerante.com.br/profiles/blogs/inss-sistema-de-gest-o-da-tica-do-poder-executivo-federal. Acesso em: 
Dezembro/2015. 
1314290 E-book gerado especialmente para CLEMENTINA MELLO
 
. 6 
Qualquer cidadão; 
Agente público; 
Pessoa jurídica de direito privado; 
Associação ou entidade de classe. 
 
Quais as providências que a comissão de ética deve tomar se concluir por falta ética? 
“Se a conclusão for pela existência de falta ética, além das providências previstas no Código de 
Conduta da Alta Administração Federal e no Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do 
Poder Executivo Federal, as Comissões de Ética tomarão as seguintes providências, no que couber: 
I - encaminhamento de sugestão de exoneração de cargo ou função de confiança à autoridade 
hierarquicamente superior ou devolução ao órgão de origem, conforme o caso; 
II -- encaminhamento, conforme o caso, para a Controladoria-Geral da União ouunidade específica do 
Sistema de Correição do Poder Executivo Federal de que trata o Decreto nº 5.480, de 30 de junho de 
2005, para exame de eventuais transgressões disciplinares; e 
III - recomendação de abertura de procedimento administrativo, se a gravidade da conduta assim o 
exigir.” 
Lembrando que no caso do Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo 
Federal a pena é de censura e no caso do Código de Conduta da Alta Administração Federal a pena é 
de advertência se a autoridade ainda estiver no exercício do cargo ou censura, se não. 
 
Importante: 
A Comissão de Ética Pública manterá banco de dados de sanções aplicadas pelas Comissões de Ética 
de que tratam os incisos II (as comissões de ética de que trata o Decreto 1171/1994) e III (as demais 
Comissões de Ética e equivalentes nas entidades e órgãos do Poder Executivo Federal) do art. 2º e de 
suas próprias sanções, para fins de consulta pelos órgãos ou entidades da administração pública federal, 
em casos de nomeação para cargo em comissão ou de alta relevância pública. 
As normas do Código de Conduta da Alta Administração Federal, do Código de Ética Profissional do 
Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal e do Código de Ética do órgão ou entidade aplicam-se, 
no que couber, às autoridades e agentes públicos neles referidos, mesmo quando em gozo de licença. 
 
Questões 
 
01. (UFPA – Assistente em Administração – CEPS/UFPA/2015) O Decreto nº 6.029/2007 institui o 
Sistema de Gestão de Ética do Poder Executivo Federal. Sobre as comissões que integram o Sistema de 
Gestão da Ética do Poder Executivo Federal, é correto afirmar: 
(A) Os membros das Comissões de Ética Pública (CEP) de cada entidade do Poder Executivo poderão 
escolher entre receber a remuneração do cargo na CEP ou a de seu cargo efetivo ou emprego 
permanente no órgão ou na entidade de origem. 
(B) Cada Comissão de Ética das entidades ou órgão do Poder Executivo Federal deve ser composta 
por três membros e três suplentes, escolhidos entre servidores e empregados do seu quadro permanente. 
(C) Os membros da Comissão de Ética Pública (CEP) devem ter mandatos de três anos que iniciam e 
terminam conjuntamente. 
(D) Não são permitidas reconduções de mandatos aos membros da Comissão de Ética Pública. 
(E) As Comissões de Ética de entidades ou órgãos serão integradas por três membros escolhidos 
entre os servidores da Administração Pública designados pelo dirigente máximo da respectiva entidade 
ou órgão. 
 
02. (UFPA – Auxiliar em Administração – CEPS/UFPA/2015) O servidor precisa estar atento às 
considerações do Decreto nº 6.029/2007 que, em seu artigo 1º, institui o Sistema de Gestão da Ética no 
Poder Executivo Federal, com a finalidade de promover atividades que dispõem sobre conduta ética no 
âmbito do executivo federal, competindo-lhe, de acordo com inciso II contribuir para implementação de 
políticas públicas, tendo a transparência e o acesso à informação como instrumentos fundamentais para 
o exercício de gestão da ética pública, refletindo nas consequências de uma excelência na, 
(A) estrutura organizacional. 
(B) amplitude organizacional. 
(C) efetividade do atendimento. 
(D) simplificação no atendimento. 
(E) diversificação no atendimento. 
 
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03. (UFC – Administrador – CCV/UFC/2015) De acordo com o Art. 2º, do Decreto Nº 6.029/07, 
integram o Sistema de Gestão da Ética do Poder Executivo Federal: 
(A) Comissão de Gestão de Pessoas e o Código de Postura no Serviço Público. 
(B) Código de Conduta da Alta Administração Federal e a Comissão de Gestão de Pessoas 
(C) Código de Postura no Serviço Público e o Código de Conduta da Alta Administração Federal. 
(D) Comissão de Correição do Poder Executivo Federal e Comissões que tratam da Lei Nº 8.112/90, 
sobre o Regime Jurídico Único dos Servidores. 
(E) Comissão de Ética Pública - CEP; as Comissões de Ética de que trata o Decreto No 1.171, de 22 
de junho de 1994 e as demais Comissões de Ética e equivalentes nas entidades e órgãos do Poder 
Executivo Federal. 
 
04. (UFPA – Administrador – CEPS/UFPA/2015) De acordo com o Decreto nº 6.029, de 1º de 
fevereiro de 2007, é de competência da comissão de ética pública 
(A) assegurar as condições de trabalho para que cumpra suas funções, inclusive para que o exercício 
das atribuições de seus integrantes não lhes traga qualquer prejuízo ou dano. 
(B) observar e fazer observar as normas de ética e disciplina. 
(C) apurar e encaminhar para o setor de pagamento, para efeito de desconto em folha, as ausências 
ao trabalho não justificadas dos servidores. 
(D) garantir os recursos humanos, materiais e financeiros para que a comissão cumpra suas 
atribuições; 
(E) coordenar, avaliar e supervisionar o Sistema de Gestão da Ética Pública do Poder Executivo 
Federal. 
 
05. (Prefeitura de Belo Horizonte/MG – Assistente Administrativo – FUMARC/2015) Acerca da 
ética na Administração Pública, é correto afirmar, EXCETO: 
(A) A falta de ética e a corrupção existem em grande escala e os meios convencionais de repressão 
legal na maior parte do mundo têm apresentado resultados insatisfatórios. 
(B) A falta de ética não compromete a capacidade de governança, pois não representa risco à 
sobrevivência das organizações públicas e privadas. 
(C) A gestão da ética transita em uma trilha bem definida na qual se encontram valores éticos, regras 
de conduta e administração. 
(D) As ações de promoção da ética tendem a ser vistas, em boa parte, como ações direcionadas a 
organizações corruptas e indivíduos sem ética. 
 
06. (INSS – Analista – Direito – FUNRIO/2014) Quanto à Comissão de Ética Pública, nos termos do 
Decreto nº 6.029, de 1º de fevereiro de 2007, é correto afirmar que: 
(A) É composta 9 (nove) por brasileiros que preencham os requisitos de idoneidade moral, reputação 
ilibada e notória experiência em administração pública. 
(B) É assegurada remuneração a todos os membros, a qual será variável em razão do número de 
reuniões de que participarem. 
(C) Seu Presidente não terá direito de manifestar-se nas deliberações da Comissão, nem mesmo com 
voto de qualidade 
(D) Seus membros possuem mandatos de 5 (cinco) anos, permitidas até duas reconduções. 
(E) A atuação no âmbito da Comissão de Ética Pública não enseja qualquer remuneração para seus 
membros. 
 
07. (FINEP – Nível Superior – CESGRANRIO/2014) A Comissão de Ética Pública (CEP) e suas 
atribuições foram explicitadas no Decreto no 6.029/2007, tendo como uma das suas competências 
(A) ser uma comissão ética relativa ao Código de Conduta da Alta Administração Federal, valendo-se 
de preceitos éticos diferentes dos que são apresentados no Código do Servidor Federal, do Decreto no 
1.171/1994. 
(B) tratar das questões disciplinares que não envolvem o Código de Ética do Servidor Público Federal. 
(C) servir como conselho consultivo ao Senado e ao Congresso em relação às questões éticas dos 
servidores públicos. 
(D) coordenar, avaliar e supervisionar o Sistema de Gestão de Ética Pública do Poder Executivo 
Federal. 
(E) oferecer caráter propriamente punitivo às demais Comissões de Ética das entidades e órgãos 
federais. 
 
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. 8 
08. (UFLA – Médico – UFLA/2014) Compete ao Sistema de Gestão da Ética do Poder Executivo 
Federal (Decreto Nº 6.029/2007 e suas alterações), EXCETO: 
(A) Integrar todos os órgãos, programas e ações de ética relacionados com as atividades de ensino, 
pesquisa e extensão de uma universidade federal. 
(B) Promover, com apoio dos segmentos pertinentes, a compatibilização e interação de normas, 
procedimentos técnicos e de gestão relativos à ética pública. 
(C) Articular ações com vistas a estabelecer e efetivar procedimentos de incentivoe incremento ao 
desempenho institucional na gestão da ética pública do Estado brasileiro. 
(D) Contribuir para a implementação de políticas públicas, tendo a transparência e o acesso à 
informação como instrumentos fundamentais para o exercício de gestão da ética pública. 
 
09. (INSS – Analista – Direito – FUNRIO/2014) De acordo com o Decreto nº 6.029, de 1º de fevereiro 
de 2007, os trabalhos das comissões de ética devem ser desenvolvidos com celeridade e com 
observância, dentre outros, do princípio da 
(A) independência e parcialidade de seus membros na apuração dos fatos. 
(B) exposição indiscriminada da pessoa investigada. 
(C) conclusão abreviada da investigação, independentemente do contraditório e da ampla defesa. 
(D) divulgação imediata da identidade do denunciante. 
(E) proteção à honra e à imagem da pessoa investigada. 
 
10. (INSS – Analista – Letras – FUNRIO/2014) De acordo com o Decreto nº 6.029, de 1º de fevereiro 
de 2007, os trabalhos das comissões de ética devem ser desenvolvidos com celeridade e com 
observância, dentre outros, do princípio da. 
(A) independência e parcialidade de seus membros na apuração dos fatos. 
(B) exposição indiscriminada da pessoa investigada. 
(C) conclusão abreviada da investigação, independentemente do contraditório e da ampla defesa. 
(D) divulgação imediata da identidade do denunciante. 
(E) proteção à honra e à imagem da pessoa investigada. 
 
Respostas 
 
01. Resposta: B. 
O Decreto nº 1171/ 1994 estabelece que em todos os órgãos e entidades da Administração Pública 
Federal direta, indireta autárquica e fundacional, ou em qualquer órgão ou entidade que exerça atribuições 
delegadas pelo poder público, deverá ser criada uma Comissão de Ética, encarregada de orientar e 
aconselhar sobre a ética profissional do servidor, no tratamento com as pessoas e com o patrimônio 
público, competindo-lhe conhecer concretamente de imputação ou de procedimento susceptível de 
censura. Cada Comissão de Ética de que trata o mencionado Decreto será integrada por três membros 
titulares e três suplentes, escolhidos entre servidores e empregados do seu quadro permanente, e 
designados pelo dirigente máximo da respectiva entidade ou órgão, para mandatos não coincidentes de 
três anos. 
 
02. Resposta: C. 
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, inciso VI, alínea “a”, 
da Constituição, 
DECRETA: 
Art. 1º Fica instituído o Sistema de Gestão da Ética do Poder Executivo Federal com a finalidade de 
promover atividades que dispõem sobre a conduta ética no âmbito do Executivo Federal, competindo-lhe: 
I - integrar os órgãos, programas e ações relacionadas com a ética pública; 
II - contribuir para a implementação de políticas públicas tendo a transparência e o acesso à informação 
como instrumentos fundamentais para o exercício de gestão da ética pública; 
III - promover, com apoio dos segmentos pertinentes, a compatibilização e interação de normas, 
procedimentos técnicos e de gestão relativos à ética pública; 
IV - articular ações com vistas a estabelecer e efetivar procedimentos de incentivo e incremento ao 
desempenho institucional na gestão da ética pública do Estado brasileiro. 
 
03. Resposta: E. 
DECRETO Nº 6.029, DE 1º DE FEVEREIRO DE 2007. 
Art. 2º Integram o Sistema de Gestão da Ética do Poder Executivo Federal: 
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. 9 
I - a Comissão de Ética Pública - CEP, instituída pelo Decreto de 26 de maio de 1999; 
II - as Comissões de Ética de que trata o Decreto no 1.171, de 22 de junho de 1994; e 
III - as demais Comissões de Ética e equivalentes nas entidades e órgãos do Poder Executivo Federal. 
 
04. Resposta: E. 
Art. 4º À CEP compete: 
I - atuar como instância consultiva do Presidente da República e Ministros de Estado em matéria de 
ética pública; 
II - administrar a aplicação do Código de Conduta da Alta Administração Federal, devendo: 
a) submeter ao Presidente da República medidas para seu aprimoramento; 
b) dirimir dúvidas a respeito de interpretação de suas normas, deliberando sobre casos omissos; 
c) apurar, mediante denúncia, ou de ofício, condutas em desacordo com as normas nele previstas, 
quando praticadas pelas autoridades a ele submetidas; 
III - dirimir dúvidas de interpretação sobre as normas do Código de Ética Profissional do Servidor 
Público Civil do Poder Executivo Federal de que trata o Decreto no 1.171, de 1994; 
IV - coordenar, avaliar e supervisionar o Sistema de Gestão da Ética Pública do Poder Executivo 
Federal; 
V - aprovar o seu regimento interno; e 
VI - escolher o seu Presidente. 
 
05. Resposta: B. 
[...]governos regidos por políticos sem ética, sem critérios de justiça social e que, mesmo após o 
advento de regimes democrático, continuam contaminados pelo "vírus" dos interesses escusos 
geralmente oriundos de sociedades dominadas por situações de pobreza e injustiça social, abala a 
confiança das instituições, prejudica a eficácia das organizações, aumenta os custos, compromete o bom 
uso dos recursos públicos e os resultados dos contratos firmados pela Administração Pública e ainda 
castiga cada vez mais a sociedade que sofre com a pobreza, com a miséria, a falta de sistema de saúde, 
de esgoto, habitação, ocasionados pela falta de investimentos financeiros do Governo, porque os 
funcionários públicos priorizam seus interesses pessoais em detrimento dos interesses sociais. 
fonte:http://portal.metodista.br/gestaodecidades/publicacoes/boletim/09/etica-no-servico-publico 
 
06. Resposta: E. 
A) Art. 3º, caput, do Decreto nº 6.029/2007 - A CEP será integrada por sete brasileiros que preencham 
os requisitos de idoneidade moral, reputação ilibada e notória experiência em administração pública, 
designados pelo Presidente da República, para mandatos de três anos, não coincidentes, permitida uma 
única recondução. 
B) Art. 3º, parágrafo 1º do Decreto nº 6.029/2007 - A atuação no âmbito da CEP não enseja qualquer 
remuneração para seus membros e os trabalhos nela desenvolvidos são considerados prestação de 
relevante serviço público. 
C) Art. 3º, parágrafo 2º do Decreto nº 6.029/2007 - O Presidente terá o voto de qualidade nas 
deliberações da Comissão. 
D) Art. 3º, caput, do Decreto nº 6.029/2007 - A CEP será integrada por sete brasileiros que preencham 
os requisitos de idoneidade moral, reputação ilibada e notória experiência em administração pública, 
designados pelo Presidente da República, para mandatos de três anos, não coincidentes, permitida uma 
única recondução. 
E) Art. 3º, parágrafo 1º do Decreto nº 6.029/2007 - A atuação no âmbito da CEP não enseja qualquer 
remuneração para seus membros e os trabalhos nela desenvolvidos são considerados prestação de 
relevante serviço público. 
 
07. Reposta: D. 
Artigo 4º do Decreto 6.029/2007: 
Art. 4º À CEP compete: 
IV - coordenar, avaliar e supervisionar o Sistema de Gestão da Ética Pública do Poder Executivo 
Federal. 
 
08. Resposta: A. 
Art. 1º Fica instituído o Sistema de Gestão da Ética do Poder Executivo Federal com a finalidade de 
promover atividades que dispõem sobre a conduta ética no âmbito do Executivo Federal, competindo-lhe: 
I - integrar os órgãos, programas e ações relacionadas com a ética pública. 
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09. Resposta: E. 
Decreto n°6.029 
Art. 10. Os trabalhos da CEP e das demais Comissões de Ética devem ser desenvolvidos com 
celeridade e observância dos seguintes princípios: 
I - proteção à honra e à imagem da pessoa investigada; 
II - proteção à identidade do denunciante, que deverá ser mantida sob reserva, se este assim o desejar; 
III - independência e imparcialidade dos seus membros na apuração dos fatos, com as garantias 
asseguradas neste Decreto. 
 
10. Resposta: E. 
Art. 10. Os trabalhosda CEP e das demais Comissões de Ética devem ser desenvolvidos com 
celeridade e observância dos seguintes princípios: 
I - proteção à honra e à imagem da pessoa investigada; 
II - proteção à identidade do denunciante, que deverá ser mantida sob reserva, se este assim o desejar; 
III - independência e imparcialidade dos seus membros na apuração dos fatos, com as garantias 
asseguradas neste Decreto. 
 
 
 
A expressão “Administração Pública” abrange diversas concepções. Inicialmente, temos 
Administração Pública em sentido amplo (lato sensu), como o conjunto de órgãos de governo (com função 
política de planejar, comandar e traçar metas) e de órgãos administrativos (com função administrativa, 
executando os planos governamentais). Num sentido estrito (stricto sensu), podemos definir 
Administração Pública como o conjunto de órgãos, entidades e agentes públicos que desempenham a 
função administrativa do Estado. Ou seja, num sentido estrito, a Administração Pública é representada, 
apenas, pelos órgãos administrativos. 
 
Administração Pública 
Sentido amplo Sentido estrito 
órgãos governamentais (políticos) + órgãos 
administrativos 
exclusivamente, órgãos administrativos. 
 
Sentido formal, subjetivo ou orgânico 
 
Sob esse aspecto, a expressão Administração Pública confunde-se com os sujeitos que integram a 
estrutura administrativa do Estado, ou seja, com quem desempenha a função administrativa. Assim, num 
sentido subjetivo, Administração Pública representa o conjunto de órgãos, agentes e entidades que 
desempenham a função administrativa. O conceito subjetivo representa os meios de atuação da 
Administração Pública. 
Entes, Entidades ou Pessoas: são as pessoas jurídicas integrantes da estrutura da Administração 
Direta e Indireta. 
Os Entes Políticos são a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios (todas com 
personalidade jurídica de Direito Público). 
Os Entes Administrativos são as autarquias, as fundações públicas, as empresas públicas e as 
sociedades de economia mista (todas com personalidade jurídica de Direito Público e/ou Privado). Nesse 
caso, temos entidades integrantes da Administração Pública que não desempenham função 
administrativa, e sim atividade econômica, como ocorre com a maioria das empresas públicas e 
sociedades de economia mista (CF, art. 173). 
Órgãos Públicos são centros de competência, despersonalizados, integrantes da estrutura de uma 
pessoa jurídica, incumbidos das atividades da entidade a que pertencem. A Lei nº 9.784/99 os conceitua 
como unidades de atuação integrantes da estrutura da Administração Direta ou Indireta. 
Agentes Públicos: segundo o art. 2º, da Lei nº 8.429/92, são todos aqueles que exercem, ainda que 
transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer 
forma de investidura ou vínculo, mandato, emprego ou função pública, ou seja, são pessoas físicas 
incumbidas, definitiva ou transitoriamente, do exercício de alguma função estatal. 
Administração Pública: Conceito, natureza e fins. 
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. 11 
Há ainda as Entidades Privadas, não integrantes da Administração Pública formal, que exercem 
atividades identificadas como próprias da função administrativa, a exemplo das concessionárias de 
serviços públicos (delegação) e das organizações sociais (atividades de utilidade pública). As atividades 
exercidas dessas entidades privadas não integram a Administração Pública, uma vez que o Brasil se 
baseia no critério formal. 
Embora seja certo que a acepção formal ou subjetiva não deva levar em conta a atividade realizada, 
é frequente os autores a esta se referirem, identificando a Administração Pública, em sentido subjetivo, 
com a totalidade do aparelhamento de que dispõe o Estado para a execução das atividades 
compreendidas na função administrativa, como exemplo temos a definição de Maria Sylvia Di Pietro, “o 
conjunto de órgãos e de pessoas jurídicas aos quais a lei atribui o exercício da função administrativa do 
Estado”. 
Pela acepção formal / subjetiva / orgânica, deve-se perquirir tão somente “quem” o ordenamento 
jurídico considera Administração Pública, e não “o que” (critério objetivo, material, funcional). 
 
Sentido material, objetivo ou funcional 
 
Nesse sentido, a Administração Pública confunde-se com a própria função (atividade) administrativa 
desempenhada pelo Estado. O conceito de Administração Pública está relacionado com o objeto da 
Administração. Não se preocupa aqui com quem exerce a Administração, mas sim com o que faz a 
Administração Pública. 
Ressaltamos que a função administrativa é exercida predominantemente pelo Poder Executivo, porém, 
os demais Poderes também a exercem de forma atípica. A doutrina majoritária entende que as atividades 
administrativas englobam: 
1) Prestação de serviço público: é toda atividade que a administração pública executa, direta ou 
indiretamente, sob regime predominantemente público, para satisfação imediata de uma necessidade 
pública, ou que tenha utilidade pública. 
2) Polícia administrativa: são restrições ou condicionamentos impostos ao exercício de atividades 
privadas em benefício do interesse público, exemplo as atividades de fiscalização. 
3) Fomento: incentivo à iniciativa privada de utilidade pública, exemplo: concessão de benefícios ou 
incentivos fiscais. 
4) Intervenção administrativa: abrange toda intervenção do Estado no setor privado, exceto a sua 
atuação direta como agente econômico. Inclui-se a intervenção na propriedade privada (desapropriação, 
tombamento) e a intervenção no domínio econômico como agente normativo e regulador (agências 
reguladoras, medidas de repressão a práticas tendentes à eliminação da concorrência, formação de 
estoques reguladores etc. 
Alguns autores consideram a atuação do Estado como agente econômico inclusa no grupo de 
atividades de administração em sentido material descrito como “intervenção”, nos termos do art. 173 da 
CF. Todavia, quando o Estado atua dessa maneira, isto é, como agente econômico, está sujeito 
predominantemente ao regime de direito privado, exercendo atividade econômica em sentido estrito. 
Nessa acepção, estaríamos adotando uma concepção subjetiva, atribuindo relevância à pessoa que 
exerce a atividade, caracterizando uma contradição incontornável, porque se estará abandonando o 
critério objetivo (o que é realizado?) e conferindo primazia ao critério subjetivo (quem realiza?) em uma 
acepção que, por definição, deveria ser objetiva. 
 
Segundo ensina Maria Sylvia Zanella Di Pietro o conceito de administração pública divide-se em dois 
sentidos: 
 
- Objetivo (material/funcional): "Em sentido objetivo, material ou funcional, a Administração Pública 
pode ser definida como a atividade concreta e imediata que o Estado desenvolve, sob regime jurídico de 
direito público, para a consecução dos interesses coletivos”. 
É a atividade administrativa executada pelo Estado, por seus órgãos e agente, com base em sua 
função administrativa. É a gestão dos interesses públicos, por meio de prestação de serviços públicos. É 
a administração da coisa pública (res publica). 
 
- Subjetivo (Formal/Orgânico): “Em sentido subjetivo, formal ou orgânico, pode-se definir 
Administração Pública, como sendo o conjunto de órgãos e de pessoas jurídicas aos quais a lei atribui o 
exercício da função administrativa do Estado". 
É o conjunto de agentes, órgãos e entidades designados para executar atividades administrativas. 
 
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Em resumo: 
 
Administração Pública 
Sentido formal / subjetivo / orgânico órgãos + agentes + entidades (quem faz a 
Adm. Pública?) 
Sentido material / objetivo / funcional atividade administrativa (o que faz a Adm. 
Pública?) 
 
Característicasda Administração Pública 
 
A Administração Pública possui algumas características próprias que são: 
 
- a prática de atos de execução realizados por seus órgãos e agentes, que não devem ser 
necessariamente públicos. Os atos de execução são conhecidos como atos administrativos. 
 
- exercer atividade voltada ao cumprimento da lei e não à política. 
 
- a área da Administração Pública é limitada, pois cada órgão só poderá agir dentro do seu limite. 
 
- apresenta caráter instrumental, já que o Estado utiliza-se da Administração Pública para atingir seus 
objetivos. 
 
- manter conduta hierarquizada, mantendo obediência entre os diversos poderes administrativos. 
 
- buscar a perfeição técnica de seus atos. 
 
Questões 
 
01. (SEGEP/MA - Agente Penitenciário – FUNCAB/2016). Considerando que a Administração 
Pública pode ser, em sentido estrito, analisada sob dois aspectos: objetivo ou material; e subjetivo ou 
orgânico ou formal, é correto afirmar que: 
(A) a Administração Pública é uma "máquina" composta por órgãos e entidades organizados sem 
hierarquia sob a direção de um chefe de Estado. 
(B) no aspecto objetivo a Administração Pública pode ser considerada o conjunto de órgãos e de 
pessoas jurídicas aos quais a lei atribui o exercício da função econômica. 
(C) a Administração Pública é uma atividade subjetiva do governo, objetivando a realização das 
necessidades individuais. 
(D) a Administração Pública é uma atividade concreta do Estado, objetivando a realização das 
necessidades individuais. 
(E) o objeto da Administração Pública é a função pública, que abrange o fomento, a polícia 
administrativa e o serviço público. 
 
02. (MPOG - Atividade Técnica - Direito, Administração, Ciências Contábeis e Economia – 
FUNCAB/2015). O oferecimento de saneamento básico, transporte coletivo e educação caracterizam 
atividades da denominada “administração pública". A expressão, quando reveste esse caráter, é escrita 
com letras minúsculas e revela sentido: 
(A) material. 
(B) subjetivo. 
(C) personalista. 
(D) formal. 
(E) orgânico. 
 
03. (AL-GO -Assistente Legislativo - Assistente Administrativo – CS-UFG). Em sentido estrito, a 
Administração Pública compreende, 
(A) sob o aspecto objetivo, apenas os órgãos administrativos e, sob o aspecto subjetivo, apenas a 
função administrativa, excluídos, no primeiro caso, os órgãos governamentais e, no segundo, a função 
política. 
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(B) sob o aspecto subjetivo, apenas os órgãos administrativos e, sob o aspecto objetivo, apenas a 
função administrativa, excluídos, no primeiro caso, os órgãos governamentais e, no segundo, a função 
política. 
(C) sob o aspecto objetivo, apenas os órgãos administrativos e, sob o aspecto formal, apenas a função 
administrativa, excluídos, no primeiro caso, os órgãos governamentais e, no segundo, a função política. 
(D) sob o aspecto subjetivo, apenas os órgãos administrativos e, sob o aspecto hierárquico, apenas a 
função administrativa, excluídos, no primeiro caso, os órgãos governamentais e, no segundo, a função 
política. 
 
04. (TJ/CE - Técnico Judiciário - Área Judiciária – CESPE/2014). Assinale a opção correta no que 
se refere aos poderes e deveres dos administradores públicos. 
(A) Caracteriza-se desvio de finalidade quando o agente atua além dos limites de sua competência, 
buscando alcançar fins diversos daqueles que a lei permite. 
(B) Há excesso de poder quando o agente, mesmo que agindo dentro de sua competência, exerce 
atividades que a lei não lhe conferiu. 
(C) Em caso de omissão do administrador, o administrado pode exigir, por via administrativa ou judicial, 
a prática do ato imposto pela lei. 
(D) No exercício do poder hierárquico, os agentes superiores têm competência, em relação aos 
agentes subordinados, para comandar, fiscalizar atividades, revisar atos, delegar, avocar atribuições e 
ainda aplicar sanções. 
(E) O poder de agir da administração refere-se à sua faculdade para a prática de determinado ato de 
interesse público. 
 
05. (TRE/AL - Analista Judiciário - Engenharia Civil – FCC). Sobre os deveres do administrador 
público é correto afirmar que 
(A) o ato do Presidente da República que atentar contra a probidade na administração constitui crime 
de responsabilidade. 
(B) o dever de prestar contas abrange a prestação de contas aos munícipes das atividades particulares 
do administrador público. 
(C) a obrigação do administrador público de agir com retidão, lealdade, justiça e honestidade, diz 
respeito ao dever de eficiência. 
(D) o dever da eficiência abrange a produtividade do ocupante do cargo ou função, mas não tem 
relação com a qualidade do trabalho desenvolvido. 
(E) pela inobservância do dever de probidade que caracterize improbidade administrativa, o 
administrador público está sujeito, dentre outras sanções, à perda da função pública, porém não à 
suspensão dos direitos políticos. 
 
06. (SUSEP - Analista Técnico – ESAF). No exercício de seus poderes e deveres, ao administrador 
público cumpre saber que: 
(A) o uso do poder discricionário possui como limite o juízo valorativo, e não a lei. 
(B) exceto quando delegado a entidades privadas, o poder de polícia é ilimitado. 
(C) é imprescritível a ação civil pública cujo objeto seja o ressarcimento de danos ao erário. 
(D) o ato administrativo não pode ser revisto pelo Poder Judiciário. 
(E) o dever de prestar contas se restringe aos gestores de bens ou recursos públicos. 
 
07. (TJ/CE - Técnico Judiciário - Área Administrativa – CESPE/2014). Assinale a opção correta no 
que se refere aos poderes e deveres dos administradores públicos. 
(A) Em caso de omissão do administrador, o administrado pode exigir, por via administrativa ou judicial, 
a prática do ato imposto pela lei. 
(B) No exercício do poder hierárquico, os agentes superiores têm competência, em relação aos 
agentes subordinados, para comandar, fiscalizar atividades, revisar atos, delegar, avocar atribuições e 
ainda aplicar sanções. 
(C) O poder de agir da administração refere-se à sua faculdade para a prática de determinado ato de 
interesse público. 
(D) Caracteriza-se desvio de finalidade quando o agente atua além dos limites de sua competência, 
buscando alcançar fins diversos daqueles que a lei permite. 
(E) Há excesso de poder quando o agente, mesmo que agindo dentro de sua competência, exerce 
atividades que a lei não lhe conferiu. 
 
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08. (TCE/CE- Analista de Controle Externo-Auditoria Governamental – FCC/2015). A 
Administração pública burocrática 
(A) caracteriza-se pelo controle rígido, exercido prioritariamente por indicadores de gestão. 
(B) baseia-se no princípio do mérito profissional e enfatiza a definição de metas para a atuação dos 
servidores públicos e, consequentemente, a sua progressão na carreira. 
(C) baseia-se no princípio do mérito profissional e enfatiza a importância do cumprimento de regras e 
procedimentos rígidos. 
(D) baseia-se no princípio do mérito profissional e atribui grau limitado de confiança aos servidores e 
políticos, recomendando, para isso, o contrato de gestão. 
(E) foi adotada em substituição à Administração patrimonial, que distinguia o patrimônio público do 
patrimônio privado. 
 
09. (DETRAN/MT - Auxiliar do Serviço de Trânsito – UFMT/2015). Poder centralizado, apego às 
normas e regulamentos, comunicação formal, concentração no processo e na documentação, 
atendimento às demandas do cidadão são características da Administração Pública 
(A) Patrimonialista. 
(B) Gerencial. 
(C) Moderna. 
(D) Burocrática. 
 
10. (SUDENE/PE - Agente Administrativo – FGV/2013). Na Administração Pública, a gestão por 
resultados está relacionada à 
(A) Administração Gerencial.(B) Administração Patrimonialista. 
(C) Administração Centralizada. 
(D) Administração Burocrática. 
(E) Administração Descentralizada. 
 
11. (TRE/SP - Analista Judiciário - Área Administrativa – FCC/2012). Em seu sentido subjetivo, a 
administração pública pode ser definida como 
(A) a atividade concreta e imediata que o Estado desenvolve, sob o regime de direito público, para a 
realização dos interesses coletivos. 
(B) o conjunto de órgãos e de pessoas jurídicas ao qual a Lei atribui o exercício da função 
administrativa do Estado. 
(C) os órgãos ligados diretamente ao poder central, federal, estadual ou municipal. São os próprios 
organismos dirigentes, seus ministérios e secretarias. 
(D) as entidades com personalidade jurídica própria, que foram criadas para realizar atividades de 
Governo de forma descentralizada. São exemplos as Autarquias, Fundações, Empresas Públicas e 
Sociedades de Economia Mista. 
(E) as entidades dotadas de personalidade jurídica de direito privado, com patrimônio próprio e capital 
exclusivo da União, se federal, criadas para exploração de atividade econômica que o Governo seja 
levado a exercer por força de contingência ou conveniência administrativa. 
 
12. (PC/SP - Delegado de Polícia – VUNESP/2014). A Administração Pública, em sentido 
(A) objetivo, material ou funcional, designa os entes que exercem a atividade administrativa. 
(B) amplo, objetivamente considerada, compreende a função política e a função administrativa. 
(C) estrito, subjetivamente considerada, compreende tanto os órgãos governamentais, supremos, 
constitucionais, como também os órgãos administrativos, subordinados e dependentes, aos quais 
incumbe executar os planos governamentais. 
(D) estrito, objetivamente considerada, compreende a função política e a função administrativa. 
(E) subjetivo, formal ou orgânico, compreende a própria função administrativa que incumbe, 
predominantemente, ao Poder Executivo. 
13. Assinale certo ou errado para a assertiva abaixo: 
( ) Em sentido objetivo, Administração Pública representa o conjunto de órgãos, agentes e entidades 
que desempenham a função administrativa. 
 
14. (AGEHAB - Analista Técnico – Contador – FUNDAÇÂO SOUSÂNDRADE). A professora Maria 
Sylvia Zanella Di Pietro, ao conceituar administração pública, revela que esta possui dois sentidos: 
subjetivo e objetivo. Considerando o ponto de vista desta doutrinadora, assinale a alternativa CORRETA. 
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(A) A administração pública em sentido subjetivo é também chamada de material ou funcional. 
(B) A administração pública em sentido objetivo é também chamada de material ou funcional. 
(C) A administração pública em sentido subjetivo é também chamada de funcional. 
(D) A administração pública em sentido objetivo é também chamada de formal. 
(E) A administração pública em sentido objetivo abrange todos os entes aos quais a lei atribui o 
exercício da função administrativa. 
 
Respostas 
 
01. Resposta: E 
Em sentido objetivo, a Administração Pública corresponde às diversas atividades exercidas pelo 
Estado, por meio de seus agentes, órgãos e entidades, no desempenho da função administrativa. Nessa 
acepção material, a Administração Pública engloba as atividades de fomento, polícia administrativa, 
serviço público e intervenção administrativa. 
Fomento = atividade de incentivo à iniciativa privada de interesse público, mediante incentivos fiscais, 
dentre outros. 
Polícia administrativa= compreende as atividades relacionadas ao controle, fiscalização e execução 
das denominadas limitações administrativas 
Serviço público= é toda atividade concreta que a Administração exerce, por si ou por meio de terceiros. 
 
02. Resposta: A 
Ao tratar da Administração Pública em sentido material, busca-se o objeto da Administração, as 
atividades administrativas exercidas, a própria função administrativa, predominantemente exercida pelo 
Poder Executivo. Conforme a doutrina, abrange as atividades de serviço público, polícia administrativa, 
fomento e intervenção 
 
03. Resposta: B 
Administração pública Objetiva/material/funcional: equivale à função administrativa. É a atividade 
administrativa 
Administração pública Subjetiva/Formal/Orgânica: equivale às pessoas, aos órgãos e aos agentes 
públicos. 
 
04. Resposta: C 
Segundo José dos Santos Carvalho Filho assim nos ensina: 
"Corolário importante do poder-dever de agir é a situação de ilegitimidade de que se reveste a inércia 
do administrador: na medida em que lhe incumbe conduta comissiva, a omissão (conduta omissiva) 
haverá de configurar-se como ilegal. Desse modo, o administrado tem o direito subjetivo de exigir do 
administrador omisso a conduta comissiva imposta na lei, quer na via administrativa, o que poderá fazer 
pelo exercício do direito de petição (art. 5º, XXXIV, "a", da CF), quer na via judicial, formulando na ação 
pedido de natureza condenatória de obrigação de fazer (ou, para outros, pedido mandamental )." 
 
05. Resposta: A 
A probidade está ligada a ideia de honestidade na Administração Pública. Não basta a legalidade 
formal, restrita, da atuação administrativa, é preciso também a observância de princípios éticos, de 
lealdade, de boa-fé, de regras que assegurem a boa administração e a disciplina interna na Administração 
Pública. A Carta Magna prevê como crime de responsabilidade os atos do Presidente da República que 
atentem contra a probidade na Administração, fato que enseja sua destituição do cargo (CF/1988, art. 85, 
V) 
 
06. Resposta: C 
Art. 37, CF A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, 
do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, 
publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:....... 
(...) 
5º. A lei estabelecerá os prazos de prescrição para ilícitos praticados por qualquer agente, servidor ou 
não, que causem prejuízos ao erário, ressalvadas as respectivas ações de ressarcimento. 
 
 
 
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07. Resposta: A 
O mandado de segurança, remédio constitucional que serve para amparar lesão ou ameaça de lesão 
a direito líquido e certo, é o meio comumente utilizado para combater os casos em que se verifica omissão 
administrativa. 
 
08. Resposta: C 
Segundo (Pdrae, 1995). 
“A Administração Pública burocrática surge na segunda metade do século XIX, na época do Estado 
liberal, como forma de combater a corrupção e o nepotismo patrimonialista. Constituem princípios 
orientadores do seu desenvolvimento a profissionalização, a ideia de carreira, a hierarquia funcional, a 
impessoalidade, o formalismo, em síntese: o poder racional-legal. Os controles administrativos visando 
evitar a corrupção e o nepotismo são sempre a priori. 
 
09. Resposta: D 
São caraterísticas da Administração Burocrática: 
 
Formalidade – a autoridade deriva de um conjunto de normas e leis, expressamente escritas e 
detalhadas. 
Impessoalidade – Os direitos e deveres são estabelecidos em normas. As regras são aplicadas de 
forma igual a todos, conforme seu cargo em função na organização. 
Profissionalização – As organizações são comandadas por especialistas, remunerados em dinheiro (e 
não em honrarias, títulos de nobreza, sinecuras, prebendas, etc.), contratados pelo seu mérito e seu 
conhecimento (e não por alguma relação afetiva ou emocional). 
 
10. Resposta: A 
A Administração pública gerencial é aquela construída sobre bases que consideram o Estado uma 
grande empresa cujos serviços são destinados aos seus clientes, outrora cidadãos; na eficiência dos 
serviços, na avaliação de desempenho e no controle de resultados, suas principais características. 
 
11. Resposta: B 
O sentido Subjetivo da AdministraçãoPública compreende as Entidades (pessoas jurídicas), os 
Órgãos (unidades despersonalizadas) e os Agentes (pessoas naturais), ou seja seus sujeitos. 
Sentido subjetivo quer dizer quem são os sujeitos da relação. 
 
12. Resposta: B 
A Administração pública em sentido amplo compreende os órgãos do governo, os quais exercem a 
função política, bem como os órgãos e pessoa jurídicas que desempenha função meramente 
administrativa. 
 
13. Resposta: errada 
Em sentido subjetivo, Administração Pública representa o conjunto de órgãos, agentes e entidades 
que desempenham a função administrativa. 
 
14. Resposta: B 
Em sentido objetivo, a expressão administração pública confunde-se com a própria atividade 
administrativa. 
 
Em sentido subjetivo, a administração pública confunde-se com os próprios sujeitos que integram a 
estrutura administrativa. 
 
 
 
Para compreender os Princípios da Administração Pública é necessário entender a definição básica 
de princípios, que servem de base para nortear e embasar todo o ordenamento jurídico e é tão bem 
exposto por Miguel Reale, ao afirmar que: 
 
Princípios da Administração pública: legalidade, moralidade, eficiência, 
impessoalidade e publicidade. 
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“Princípios são, pois verdades ou juízos fundamentais, que servem de alicerce ou de garantia de 
certeza a um conjunto de juízos, ordenados em um sistema de conceitos relativos à dada porção da 
realidade. Às vezes também se denominam princípios certas proposições, que apesar de não serem 
evidentes ou resultantes de evidências, são assumidas como fundantes da validez de um sistema 
particular de conhecimentos, como seus pressupostos necessários.” 
 
Desta forma, princípios são proposições que servem de base para toda estrutura de uma ciência, no 
Direito Administrativo não é diferente, temos os princípios que servem de alicerce para este ramo do 
direito público. Os princípios podem ser expressos ou implícitos, vamos nos deter aos expressos, que são 
os consagrados no art. 37 da Constituição da República Federativa do Brasil. Em relação aos princípios 
constitucionais, Meirelles afirma que: 
 
Assim sendo, os princípios constitucionais da administração pública, como tão bem exposto, vêm 
expressos no art. 37 da Constituição Federal, e como já afirmado, retoma aos princípios da legalidade, 
moralidade, impessoalidade ou finalidade, publicidade, eficiência, razoabilidade. Em consonância, Di 
Pietro conclui que a Constituição de 1988 inovou ao trazer expresso em seu texto alguns princípios 
constitucionais. O caput do art. 37 afirma que a administração pública direta e indireta de qualquer dos 
Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de 
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência, os quais em seguida serão tratados com 
mais ênfase. 
 
Além da Constituição, a Lei nº 9784/1999, mais precisamente em seu artigo 2º, obedecerá aos 
princípios da legalidade, finalidade, motivação, razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla 
defesa, contraditório, segurança jurídica, interesse público e eficiência. 
 
Não obstante o exposto, se torna primeiramente necessário falar de dois princípios que regem a 
Administração Pública de forma geral, são eles o princípio da supremacia do interesse público e o 
princípio da indisponibilidade do interesse público. Vejamos: 
 
Princípio da Supremacia Do Interesse Público 
 
Este princípio consiste na sobreposição do interesse público em face do interesse particular. Havendo 
conflito entre o interesse público e o interesse particular, aquele prevalecerá. 
Podemos conceituar INTERESSE PÚBLICO como o somatório dos interesses individuais desde que 
represente o interesse majoritário, ou seja, a vontade da maioria da sociedade. 
O interesse público PRIMÁRIO é o interesse direto do povo, é o interesse da coletividade como um 
todo. Já o interesse público SECUNDÁRIO é o interesse direto do Estado como pessoa jurídica, titular de 
direitos e obrigações, em suma, é vontade do Estado. Assim, a vontade do povo (interesse público 
PRIMÁRIO) e a vontade do Estado (interesse público SECUNDÁRIO) não se confundem. 
O interesse público SECUNDÁRIO só será legítimo se não contrariar nenhum interesse público 
PRIMÁRIO. E, ao menos indiretamente, possibilite a concretização da realização de interesse público 
PRIMÁRIO. Daremos um exemplo para que você compreenda perfeitamente esta distinção. 
Este princípio é um dos dois pilares do denominado regime jurídico-administrativo, fundamentando a 
existência das prerrogativas e dos poderes especiais conferidos à Administração Pública para que esta 
esteja apta a atingir os fins que lhe são impostos pela Constituição e pelas leis. 
O ordenamento jurídico determina que o Estado-Administração atinja uma gama de objetivos e fins e 
lhe confere meios, instrumentos para alcançar tais metas. Aqui se encaixa o princípio da Supremacia do 
Interesse Público, fornecendo à Administração as prerrogativas e os poderes especiais para obtenção 
dos fins estabelecidos na lei. 
O princípio comentado não está expresso em nosso ordenamento jurídico. Nenhum artigo de lei fala, 
dele, porém tal princípio encontra-se em diversos institutos do Direito Administrativo. Vejamos alguns 
exemplos práticos: 
- a nossa Constituição garante o direito à propriedade (art. 5º, XXII), mas com base no princípio da 
Supremacia do Interesse Público, a Administração pode, por exemplo, desapropriar uma propriedade, 
requisitá-la ou promover o seu tombamento, suprimindo ou restringindo o direito à propriedade. 
- a Administração e o particular podem celebrar contratos administrativos, mas esses contratos 
preveem uma série de cláusulas exorbitantes que possibilitam a Administração, por exemplo, modificar 
ou rescindir unilateralmente tal contrato. 
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- o poder de polícia administrativa que confere à Administração Pública a possibilidade, por exemplo, 
de determinar a proibição de venda de bebida alcoólica a partir de determinada hora da noite com o 
objetivo de diminuir a violência. 
Diante de inúmeros abusos, ilegalidades e arbitrariedades cometidas em nome do aludido princípio, já 
existem vozes na doutrina proclamando a necessidade de se pôr fim a este, através da Teoria da 
Desconstrução do Princípio da Supremacia. Na verdade, esvaziar tal princípio não resolverá o 
problema da falta de probidade de nossos homens públicos. Como afirma a maioria da doutrina, o 
princípio da Supremacia do Interesse Público é essencial, sendo um dos pilares da Administração, 
devendo ser aplicado de forma correta e efetiva. Se há desvio na sua aplicação, o Poder Judiciário deve 
ser provocado para corrigi-lo. 
 
Princípio da Indisponibilidade do Interesse Público 
 
Este princípio é o segundo pilar do regime jurídico-administrativo, funcionando como contrapeso ao 
princípio da Supremacia do Interesse Público. 
Ao mesmo tempo em que a Administração tem prerrogativas e poderes exorbitantes para atingir seus 
fins determinados em lei, ela sofre restrições, limitações que não existem para o particular. Essas 
limitações decorrem do fato de que a Administração Pública não é proprietária da coisa pública, não é 
proprietária do interesse público, mas sim, mera gestora de bens e interesses alheios que pertencem ao 
povo. 
Em decorrência deste princípio, a Administração somente pode atuar pautada em lei. A Administração 
somente poderá agir quando houver lei autorizando ou determinando a sua atuação. A atuação da 
Administração deve, então, atender o estabelecido em lei, único instrumento capaz de retratar o que seja 
interesse público. 
Este princípio também se encontra implícito em nosso ordenamento, surgindo sempreque estiver em 
jogo o interesse público. Exemplos da utilização deste princípio na prática: 
- os bens públicos não são alienados como os particulares, havendo uma série de restrições a sua 
venda. 
- em regra, a Administração não pode contratar sem prévia licitação, por estar em jogo o interesse 
público. 
- necessidade de realização de concurso público para admissão de cargo permanente. 
 
Sem prejuízo, voltamos a frisar que a Administração Pública deverá se pautar principalmente nos cinco 
princípios estabelecidos pelo “caput” do artigo 37 da Constituição da República Federativa do Brasil de 
1988. Os princípios são os seguintes: legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e 
eficiência. 
 
Princípio da Continuidade do Serviço Público: 
 
Visa não prejudicar o atendimento à população, uma vez que os serviços essenciais não podem ser 
interrompidos. 
Celso Ribeiro Bastos (in Curso de direito administrativo, 2. ed. – São Paulo: Saraiva, 1996, p. 165.), é 
um dos doutrinadores que defende a não interrupção do serviço público essencial: "O serviço público 
deve ser prestado de maneira continua, o que significa dizer que não é passível de interrupção. Isto ocorre 
pela própria importância de que o serviço público se reveste, o que implica ser colocado à disposição do 
usuário com qualidade e regularidade, assim como com eficiência e oportunidade"... "Essa continuidade 
afigura-se em alguns casos de maneira absoluta, quer dizer, sem qualquer abrandamento, como ocorre 
com serviços que atendem necessidades permanentes, como é o caso de fornecimento de água, gás, 
eletricidade. Diante, pois, da recusa de um serviço público, ou do seu fornecimento, ou mesmo da 
cessação indevida deste, pode o usuário utilizar-se das ações judiciais cabíveis, até as de rito mais célere, 
como o mandado de segurança e a própria ação cominatória". 
 
Princípio da Probidade: consiste na honradez, caráter íntegro, honestidade. Configura a retidão no 
agir, permitindo uma atuação na administração de boa qualidade. . 
 
Dica de memorização: se unirmos as iniciais dos principais princípios constitucionais, 
chegaremos à palavra mnemônica “L.I.M.P.E.” 
 
Vejamos o que prevê a Carta Magna sobre o tema: 
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. 19 
CAPÍTULO VII 
DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
Seção I 
DISPOSIÇÕES GERAIS 
 
Artigo 37- A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, 
do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, 
publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (...) 
 
Princípio da Legalidade 
 
O princípio da legalidade, um dos mais importantes princípios consagrados no ordenamento jurídico 
brasileiro, consiste no fato de que o administrador somente poderá fazer o que a lei permite. É importante 
demonstrar a diferenciação entre o princípio da legalidade estabelecido ao administrado e ao 
administrador. Como já explicitado para o administrador, o princípio da legalidade estabelece que ele 
somente poderá agir dentro dos parâmetros legais, conforme os ditames estabelecidos pela lei. Já, o 
princípio da legalidade visto sob a ótica do administrado, explicita que ninguém será obrigado a fazer ou 
deixar de fazer alguma coisa, senão em virtude lei. Esta interpretação encontra abalizamento no artigo 
5º, II, da Constituição Federal de 1988. 
 
Princípio da Impessoalidade 
 
Posteriormente, o artigo 37 estabelece que deverá ser obedecido o princípio da impessoalidade. 
Este princípio estabelece que a Administração Pública, através de seus órgãos, não poderá, na execução 
das atividades, estabelecer diferenças ou privilégios, uma vez que deve imperar o interesse social e não 
o interesse particular. De acordo com os ensinamentos de Maria Sylvia Zanella Di Pietro, o princípio da 
impessoalidade estaria intimamente relacionado com a finalidade pública. De acordo com a autora “a 
Administração não pode atuar com vista a prejudicar ou beneficiar pessoas determinadas, uma vez que 
é sempre o interesse público que deve nortear o seu comportamento”. (DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. 
Direito Administrativo. São Paulo: Atlas, 2005). 
Em interessante constatação, se todos são iguais perante a lei (art. 5º, caput) necessariamente o serão 
perante a Administração, que deverá atuar sem favoritismo ou perseguição, tratando a todos de modo 
igual, ou quando necessário, fazendo a discriminação necessária para se chegar à igualdade real e 
material. 
Nesse sentido podemos destacar como um exemplo decorrente deste princípio a regra do concurso 
público, onde a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso 
público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e complexidade do cargo ou emprego. 
 
Princípio da Moralidade Administrativa 
 
A Administração Pública, de acordo com o princípio da moralidade administrativa, deve agir com 
boa-fé, sinceridade, probidade, lealdade e ética. Tal princípio acarreta a obrigação ao administrador 
público de observar não somente a lei que condiciona sua atuação, mas também, regras éticas extraídas 
dos padrões de comportamento designados como moralidade administrativa (obediência à lei). 
Não basta ao administrador ser apenas legal, deve também, ser honesto tendo como finalidade o bem 
comum. Para Maurice Hauriou, o princípio da moralidade administrativa significa um conjunto de regras 
de conduta tiradas da disciplina interior da Administração. Trata-se de probidade administrativa, que é a 
forma de moralidade. Tal preceito mereceu especial atenção no texto vigente constitucional (§ 4º do artigo 
37 CF), que pune o ímprobo (pessoa não correto -desonesta) com a suspensão de direitos políticos. Por 
fim, devemos entender que a moralidade como também a probidade administrativa consistem 
exclusivamente no dever de funcionários públicos exercerem (prestarem seus serviços) suas funções 
com honestidade. Não devem aproveitar os poderes do cargo ou função para proveito pessoal ou para 
favorecimento de outrem. 
 
Princípio da Publicidade 
 
O princípio da publicidade tem por objetivo a divulgação de atos praticados pela Administração 
Pública, obedecendo, todavia, as questões sigilosas. De acordo com as lições do eminente doutrinador 
Hely Lopes Meirelles, “o princípio da publicidade dos atos e contratos administrativos, além de assegurar 
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. 20 
seus efeitos externos, visa a propiciar seu conhecimento e controle pelos interessados e pelo povo em 
geral, através dos meios constitucionais...”. (MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. 
São Paulo: Malheiros, 2005). 
Complementando o princípio da publicidade, o art. 5º, XXXIII, garante a todos o direito a receber dos 
órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão 
prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja 
imprescindível à segurança da sociedade e do Estado, matéria essa regulamentada pela Lei nº 
12.527/2011 (Regula o acesso a informações previsto no inciso XXXIII do art. 5o, no inciso II do § 3o do 
art. 37 e no § 2o do art. 216 da Constituição Federal; altera a Lei no 8.112, de 11 de dezembro de 1990; 
revoga a Lei no 11.111, de 5 de maio de 2005, e dispositivos da Lei no 8.159, de 8 de janeiro de 1991; e 
dá outras providências). 
Os remédios constitucionais do habeas data e mandado de segurança cumprem importante papel 
enquanto garantias de concretização da transparência. 
 
Princípio da Eficiência 
 
Por derradeiro, o último princípio a ser abarcado pelo artigo 37, da Constituição da República 
Federativa do Brasil de 1988 é o da eficiência. 
Se, na iniciativa privada, se busca a excelência e a efetividade,

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