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Contratos Parte Geral A lei está acima do contrato: Atualmente a importância dos contratos e é incontroversa, pois o mesmo é utilizado como mecanismo de circulação de riquezas, através da celebração dos negócios. Dessa feita os contratos possuem uma grande importância econômica, social e jurídica. Para Caio Mário da Silva Pereira, os contratos são tão importantes que nós “acordamos e dormimos celebrando um contrato". Requisitos de qualidade do contrato: Para que possamos estudar os contatos, reclama o conhecimento dos seguintes requisitos de validade. São os mesmos requisitos de qualquer negócio jurídico (art.104, CC). o art. 104 do CC, diz que são requisitos: Capacidade do agente. Licitude e possibilidade do objeto. Celebração prevista em lei. Consentimento livre e desembaraçado. Número 1 - Capacidade do agente Um dos requisitos do contrato é a capacidade do agente. Se o agente for incapaz o negócio pode ser nulo ou anulável dependendo dessa incapacidade. Os entes despersonalizados possuem capacidade, portanto podem ser contratantes, exemplo: condomínios, massa falida e sociedades de fato. Observação: a escada ponteana do direito contratual se duvide em: plano de existência, plano de validade e plano de eficácia. A incapacidade do agente afeta o plano da validade. Às vezes, apesar à incapacidade do agente, o ordenamento jurídico resolve acobertar os efeitos de um contrato. Apesar de reconhecer o contrato como inválido decorrente da incapacidade do agente, em algumas situações o ordenamento jurídico, empresta eficácia a este contrato inválido. Vale relembrar que a eficácia e a validade possuem planos autônomos, exemplo: casamento putativo, trata se de casamento nulo ou anulável celebrado de boa fé. O indivíduo casa com a irmã não sabendo desta condição da nubente o casamento é inválido (ineficaz/nulo) mas se o agente estiver de boa fé o juiz poderá emprestar lhe efeitos. Sendo assim o casamento será existente, inválido, porém eficaz. O artigo 588 do CC, dispõe em certas situações que o contrato de mútuo realizado com pessoa menor em regra é inválido, salvo em cinco casos (art. 589), os quais tornam válidos os negócios. As cinco hipóteses são as seguintes: Se a pessoa cuja a autorização dependia do mutuário, ou ratificar posteriormente. Se o menor se encontrar no momento do negócio sem a presença do seu representante e se viu obrigado a contrair empréstimo. Se o menor tiver bens ganhos com seu trabalho. Se o empréstimo reverteu em benefício do menor. Se o menor obteve empréstimo de forma maliciosa. Observação: o contrato de mútuo nos casos supramencionados não se tornam válidos, mas passam a ter eficácia.
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