Estudo dirigido Parasitologia Veterinaria

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Diptera – Brachycera
Muscomorpha
Qual a importância médico veterinária da Musca domestica?
R: A Musca domestica é o hospedeiro intermediário do Habronema, além de veicular mais de 100 agentes patogênicos para os animais e para o homem, sendo assim uma questão de saúde pública.
Qual a importância das moscas hematófagas?
R: Altas infecções podem acarretar em anemia, irritação pela picada levando o animal ao estresse e reduzindo os níveis de produção e transportando agentes patogênicos, além de propiciar infeccões secundárias pelas lesões produzidas pelo seu hábito alimentar.
Qual a importância médico veterinária da Stomoxys calcitrans?
R: Veiculação de agentes bacterianos, protozoários (Trypanossoma evansi e Trypanossoma vivax), helmintos (Habronema), virais (AIE). Ainda é forético da Dermatobia hominis (mosca da berne)
Qual a importância médico veterinária da Haematobia irritans?
R: Danos (feridas) e irritação ao animal pelo hábito alimentar. Forético da Dermatobia hominis.
Qual a importância médico veterinária da Cochliomyia hominivorax?
R: Miíase primária (miíase obrigatória). Ciclo envolve a miíase no tecido vivo, provocando feridas hemorrágicas e dolorosas.
Descreva o ciclo da mosca Dermatobia hominis.
R: Adulto da Dermatobia realiza sua postura em outro inseto forético (preferencialmente hematófago), que transporta os ovos, estes quando em contato com animais de sangue quente permitem a saída das larvas, onde, por meio de uma lesão se desenvolve. O período no qual a larva se desenvolve na epiderme provoca inflamação e tumefação na pele do hospedeiro. (Lembra um furúnculo)
Descreva o ciclo da Oestrus ovis
R: Adulto de Oestrus deposita larvas de primeiro estágio na cavidade nasal dos ovinos, onde a larva vai migrar para os seios frontais (L1 -> L2). Na fase de L3 a larva volta a cavidade nasal e é expelida através do espirro e no ambiente entra em fase de pupa por 4 semanas até virar adulto e dar continuidade ao ciclo.
Descreva o ciclo e a importância da mosca Gasterophilus
R: Ovoposição no pêlo do equino, perto da boca. Eclosão em L1 e penetração na mucosa bucal, mudança para L2 e deglutição, onde no estômago e no duodeno ocorre a mudança para L3. Eliminação pelas fezes e mudança para pupa e adulto no solo.
Importância: Na fase de migração as larvas provocam lesões na mucosa bucal do equino, podendo também na fase L3, dependendo do tamanho da infecção levar a obstrução.
Tabanomorpha
Classifique morfologicamente os tabanídeos
R: Dípteros robustos de cabeça seminular e antenas com 3 segmentos, com o flagelo com projeções para frente. Fêmeas com olhos dicópticos e machos holócopticos.
Qual a importância médico veterinária dos tabanídeos?
R: Lesão da picada pode levar a infecção secundária e miíase, alto nível de parasitismo leva a redução dos níveis de produção pelo estresse. Transmissão do vírus do AIE, Anaplasma marginale, Trypanossoma evansi e Trypanossoma vivax.
Diptera – Nematocera
Como se diferencia machos e fêmeas de mosquitos? Qual a importância das fêmeas?
R: Quantidade de cerdas nas antenas. Machos possuem mais cerdas que as fêmeas. Importância: apenas as fêmeas são hematófagas, ou seja, apenas elas possuem o poder de transmissão de agentes patogênicos.
Descreva o ciclo da família Culicidae
R: Adultos copulam e fêmea se alimenta no hospedeiro para realizar a postura, ovoposição na água (tanto ambientes naturais e artificiais quanto temporários). Larva na água se alimenta de microorganismos, evoluindo de L1 para L4 e entrando na fase de pupa ainda na água (não se alimenta nesta fase). Após a saída do mosquito, o mesmo fica em cima da pupa, onde, em contato com o ar ocorre a quitinização.
Qual a importância médico veterinária do Anopheles?
R: Transmissão do agente etiológico da malária ( Plasmodium spp.)
Qual a importância médico veterinária da família Psychodidae no Brasil?
R: O Lutzomyia (mosquito-palha) é o vetor biológico do protozoário Leishimania.
Acari – Carrapatos
Qual a importância médico veterinária dos carrapatos?
R: Além dos prejuízos relacionados ao dano mecânico devido ao hábito alimentar, irritação e inflamação promovidos pelo mesmo, em altas infestações o animal pode entrar em estado de anemia e diminuir sua produtividade levando a prejuízos econômicos. Ainda há a transmissão de agentes patogênicos como anaplasma, babesia, ehrlichia e alguns protozoários.
Diferencie morfologicamente a família Ixodidae e Argasidae
R: Ixodidae (carrapatos duros) -> Escudo dorsal presente em todos os estágios, dimorfismo sexual evidente.
Argasidae (carrapatos moles) -> Escudo dorsal ausente, dimorfismo sexual pouco evidente
Associe as colunas
(a) Rhipicephalus microplus ( C) Carrapato da orelha dos cavalos
(b) Rhipicephalus sanguineus ( E) Carrapato das aves
(c) Dermacentor nittens ( F) Carrapato do homem
(d) Amblyomma sp. (B ) Carrapato dos cães
(e) Argas miniatus ( D) Carrapato dos cavalos
(f) Ornithodorus (A ) Carrapato dos bovinos
Descreva o ciclo do Rhipicephalus microplus
R: Adultos se acasalam no hospedeiro, fêmea se alimenta e fica engurgitada (teleógena) e cai na pastagem onde realiza a ovoposição. Larvas sobem na pastagem onde esperam o hospedeiro passar e se aderem ao pêlo. No hospedeiro sofrem ecdise para fase de ninfa e adulto onde dão continuidade ao ciclo.
Qual a importância médico veterinária do Dermacentor nittens?
R: Ferimentos na pele devido ao hábito alimentar, infecções secundárias, miíase e perda da orelha, além de ser vetor biológico da Babesia caballi.
Qual a importância médico veterinária do Rhipicephalus sanguineus?
R: Irritação e desconforto pelo hábito alimentar, transmissão de agentes patogênicos ( Babesia canis, Ehrlichia canis e Hepatozoon canis). Alta infecção leva a anemia, apatia e anorexia.
Qual a importância médico veterinária do Amblyomma?
R: Parasitam diversos hospedeiros, inclusive o homem. Vetor do agente patogênico da febre maculosa para o homem, vetor da Babesia caballi e outros agentes.
Qual a importância médico veterinária do Argas miniatus?
R: Parasita das aves, altas parasitemias podem causar anemias, causa lesões hemorrágicas podendo levar o animal a morte. Vetor do agente patogênico da borreliose aviária.