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DIREITO PENAL II 
(Teoria pena, PPL, PRD, Pena Pecuniária, aplicação pena, limites das penas e unificação, suspensão condicional pena, livramento condicional, medidas de segurança, Ação Penal, Extinção punibilidade).
1 – Teoria da Pena
Conceito de pena: Sanção imposta pelo Estado, através da ação penal ao infrator, cuja finalidade é a retribuição ao delito e a prevenção de novos crimes.
Preventivo:
- Geral Negativo: pode intimidativo que ela representa a toda sociedade.
- Geral Positivo: reafirmando a existência e eficiência do Direito Penal.
- Especial Negativo: intimidação ao autor do delito para que não torne a agir do mesmo modo, recolhendo ao cárcere. 
- Especial Positivo: proposta de ressocialização do condenado.
Pena: castigo + intimidação ou reafirmação do Direito Penal + recolhimento do agente infrator e ressocialização.
Art. 59 CP: Juiz deve fixar a pena de modo a ser necessária e suficiente para reprovação e prevenção do crime.
 - 121 § 5°: perdão judicial: Consequência da infração atingir o agente e a pena se torne desnecessária.
 - lei execução penal: orientar o retorno à convivência em sociedade e preparar para o retorno a liberdade (10 e 22 LEP).
* art. 5º e 6º Convenção Americana Direitos Humanos: as penas privativas de liberdade devem ter por finalidade essencial a reforma e a readaptação social dos condenados.
Teorias extremadas da pena
	- abolicionismo penal: questionar significado das punições e das instituições, descriminalização e despenalização de certas condutas como solução para o caos do sistema penitenciário.
Abolicionismo acadêmico: mudanças de conceitos para situações problemas.
Atendimento prioritário à vítima (destinar à vítima).
Guerra contra pobreza.
Legalização das drogas.
Fortalecimento da esfera pública alternativa utópica – crítica.
Garantismo penal: modelo do Direito que obedece a estrita legalidade, típico do Estado Democrático de Direito, voltado a minimizar a violência e maximizar a liberdade, impondo limites a função punitiva do Estado. Equilíbrio entre abolicionismo e direito penal máximo. (Punir tudo).
Não há pena sem crime;
Não há crime sem lei;
Não há lei penal sem necessidade;
Não há necessidade da lei penal sem lesão;
Não há lesão sem conduta;
Não há conduta sem dolo e sem culpa;
Não há culpa sem devido processo legal;
Não há processo sem acusação;
Não há acusação sem prova que o fundamente;
Não há prova sem ampla defesa;
	- promover busca de alternativas à prisão, clarear o âmbito obscuro da “criminalidade dos poderosos”, descriminalização da criminalidade menor ou de bagatela; depende de liberação de verbas do poder executivo para desenvolver programas de prevenção, punição e recuperação de criminosos. (Ex.: casa do albergado – regime aberto).
	O mais comedido seria a adoção do direito penal mínimo: o Estado intervir minimamente, mas quando o fizer, deve agir com eficiência e sem gerar impunidade o que poderá restaurar a confiança geral no Direito Penal.
	- cominação das penas: cominadas abstratamente
		- isoladamente: PPL no crime homicídio 		- somente uma pena.
		- cumulativamente: PPL + multa, furto 		- mais de uma pena.
		- alternativamente: PPL ou multa, ameaça		- 147
	- princípios da pena: personalidade de responsabilidade pessoal, (pena não passa da pessoa do delinquente); legalidade; inderrogabilidade (uma vez constatada a infração a pena não pode deixar de ser aplicada), proporcionalidade (pena deve ser proporcional ao crime); individualização pena (respeitar a integridade física e moral do condenado).
	- Espécies de pena: penas privativas de liberdade, penas restritivas de direitos, penas pecuniárias.
 Penas privativas de liberdade: reclusão, detenção e prisão simples.
- reclusão e detenção: prática de delitos.
- prisão simples: contravenções penais.
Penas restritivas de Direitos: 
- prestação serviço a comunidade ou entidades públicas;
- interdição temporária de Direitos;
- limitação de fim de semana;
- prestação pecuniária;
- perda de bens e valores.
Pena pecuniária é multa.
* Retirar o delinquente do convívio social, quando necessário, intimidar a sociedade.
	- Direito Penal do inimigo: modelo de Direito penal cuja finalidade é detectar e separar aqueles considerados os inimigos (crimes mais graves), segregar aqueles que estão em constante guerra com o Estado.
		Penas Privativas de Liberdade
	- Reclusão, detenção e prisão simples (Contravenções, semi-aberto e aberto) = PRISÃO.
	- Diferenças entre reclusão e detenção:
A – Reclusão é cumprida inicialmente nos regimes fechado, semi-aberto ou aberto (art. 33 caput).
B – Reclusão pode acarretar como efeito da condenação a incapacidade para o exercício do pátrio poder, tutela ou curatela, nos crimes dolosos sujeitos a esse tipo de pena cometidos contra filho, tutelado ou curatelado (art. 92, I).
C – Reclusão propicia a internação nos casos de medidas de segurança, detenção permite aplicação do regime de tratamento ambulatorial (art. 97).
D – Reclusão é cumprida em primeiro lugar (69) – concurso material.
E – Reclusão é prevista para crimes mais graves, detenção para mais leve.
* Proibição fiança dos delitos apenados com reclusão, cuja pena mínima cominada for superior a 2 anos (323, I, CPP)
* Intimação da sentença de pronuncia deve ser pessoal em delitos contra vida apenados com reclusão (420, I, CPP).
	Regime Progressivo do cumprimento de pena: 1/6 cumprimento
	- redução e ressocialização do condenado. (Art. 112 da LEP).
* Bom comportamento carcerário (diretor estabelecimento).
	- vedado regime integralmente fechado.
	- individualização: 3 etapas:
1) Congresso Nacional: faixa pena juiz poderá trabalha. Ex.: Homem simples 6 a 20 anos
2) Aplicação da Pena: respeitando critério trifásico (68)
3) Execução: molde da pena para ressocializar.
	- Juiz poderá solicitar exame criminológico e parecer da Comissão técnica de classificação (Súmula 439 STJ).
	Cumprimento das penas mais graves em primeiro lugar (69)
 - As penas mais graves devem ser cumpridas em primeiro lugar independente da ordem de chegadas das guias de recolhimento (peça inaugural da execução penal).
Primeiro cumpre-se pena de reclusão e na sequência de detenção 
* No caso de crimes hediondos (2/3 para livramento condicional), devem estas penas serem cumpridas primeiro. Art. 76
	Progressão nos crimes hediondos e tortura.
 - Antes: não havia possibilidade de progressão nos casos de crimes hediondos, tráfico ilícito de drogas e terrorismo (Lei 8072/90) = LCH: Lei de Crimes Hediondos.
	- Inconstitucionalidade, pois vai contra o princípio da individualização executória da pena, não deve haver pena padrão.
 - Lei tortura 9.455/97 retificou permitindo regime inicial fechado.
* STF fevereiro de 2006 passou a considerar inconstitucional a vedação à progressão prevista no art. 2º, §2 LCH, com advento da lei 11.467/2007 que alterou a lei 8072/90.
	Prazos: 2/5 para primário e 3/5 para reincidente (Art. 2º, §2º da lei 8072/90).
	Critérios para regressão a regime mais rigoroso:
A – Adaptação ao regime 111 LEP: quando houver condenação por mais de um crime, no mesmo processo ou em processos distintos, a determinação ao do regime de cumprimento será feita pelo resultado da soma ou unificação das penas, observada, quando for o caso a detração ou a remição.
	Sobrevindo condenação no curso da execução somar-se à pena ao restante da que está sendo cumprida, para determinação do regime.
	Ex.: Condenação de 6 anos semi-aberto mais 4 anos aberto = fixação regime inicial fechado.
B – Regressão por falta: praticar fato definido como crime doloso ou falta grave.
Imprescindibilidade do regime fechado
Art. 33, §2º: Pena privativa de liberdade superior a 8 anos deve ser cumprida inicialmente em regime fechado grau perigo condenado: “relativo”
*Remição: 3 dias de trabalho abate 1 dia da pena (6 horas diárias máximo 8 horas), descanso aos domingos e feriados.
	Sumula 269 STJ: É admissível a adoção de regime prisional semi-aberto aos reincidentes condenados a pena igual ou inferior a 4 anos se favoráveis as circunstancias judicias.
 - Penas curtas deterioram o sentenciado, produzindo mais efeitos negativos do que positivos.
 - Permite ao magistrado conforme o caso concreto emitir juízo de valor acerca das condições pessoais do réu, conforme art.59.
	* No dia 27/06/2012 o STF julgou inconstitucional a instituição do regime inicial fechado obrigatório para crimes hediondos, HC 111.840 ES. Passa a exigir do magistrado a fundamentação para a eleição do regime inicial de cumprimento de pena a todos os delitos, sem exceção.
	Margem para debater sobre obrigatoriedade do regime inicial para penas acima de 8 anos.
* regime mais adequado com fundamentação idônea.
Pagina 388 CP NUCCI
Art. 59 para fixação regime: residuais
- Culpabilidade: reprovação social que o crime e o autor do fato merecem. Exigência ao juiz de avaliar a censura que o crime merece.
- Antecedentes + Conduta Social + Personalidade + Motivos do Crime + Circunstância do Delito + Consequências do Crime + Comportamento da Vítima = Culpabilidade maior ou menor. HC 97.677 – PR. 1º, 29/09/2009.
 - DETRAÇÃO: Contagem no tempo da pena privativa de liberdade e da medida de segurança no período em que ficou detido o condenado em prisão provisória.
STJ: Dolo não tem intensidade – agir ou não.
 - Culpabilidade sim, é intensa, média, reduzida ou mensurada HC 9.584 – RJ. 
* Pag. 427 CP NUCCI
* Pag. 423 CP NUCCI (HC 88.284 – SC).
 - Antecedentes: trata-se de tudo que existiu ou aconteceu no campo penal ao agente antes da prática da infração, sua vida pressa em matéria criminal. (Folha de Antecedentes). Forma de vida etc. 423 NUCCI CP.
 - Maus antecedentes: 
	1º) tudo que consta da folha de antecedentes ou só transito em julgado. Pág. 429 CP NUCCI.
	Maus antecedentes é reincidência: Sumula 241 STJ: “A reincidência penal não pode ser considerada como circunstância agravante e simultaneamente, como circunstância judicial”.
	O que não se admite é a valoração de mesmo fato em momentos diversos da fixação da pena.
 - Conduta Social: papel do réu na comunidade, inserido no contexto da família, do trabalho, da escola, da vizinhança.
Ex.: Um péssimo pai e marido violento em caso de condenação por lesões corporais grave merece pena superior a mínima. A apuração da conduta depende das partes.
Conduta Social (Comportamento em sociedade) é diferente de antecedentes criminais.
 - Personalidade do agente: trata-se do conjunto de caracteres exclusivos de uma pessoa, parte herdada, adquirida, conjunto psicossomático.
	Fatores Positivos: bondade, calma, paciência, amabilidade, maturidade, responsabilidade, bom humor, etc.
Agressividade: automaticamente não pode ser considerado um fator negativo da personalidade.
Perversidade: personalidade antissociais.
Personalidade voltada ao crime: apesar de muito usada em decisões judiciais não obedece a qualquer critério científico de análise e conceituação da personalidade. O modo de agir do ser humano, não se reduz a uma determinada prática, mas a uma qualidade ou defeito. Dizer que o réu tem personalidade voltada ao crime equivale a declara-lo delinquente por natureza (LOMBROSO). Deve-se cessar uma expressão “voltado a prática de crimes”, como fundamento para agravar a pena base.
Evitar o direito penal do inimigo – punir o sujeito como ele é, não pelo que ele fez, oposição ao direito penal do fato.
“Se por força da seleção natural ou artística, até as aves mudam a cor das plumas, e as flores a cor das pétalas, por que razão, em virtude do mesmo processo, não poderia o homem mudar a direção da sua índole”?
(Menores e loucos em direito criminal, TOBIAS BARRETO).
 - Deve-se focar o período antecedente à data do fato criminoso.
 - Motivos do Crime: precedentes que levam a ação criminosa, motivos mais ou menos nobre, mais ou menos repugnante, isso faz com que o juiz exaspere ou diminua a pena base.
	O motivo pode ser: consciente (vingança) ou inconsciente (sadismo).
* Não confundir motivo do crime e premeditação, pois a premeditação é a reflexão, fruto da personalidade do agente.
 - Circunstância do Crime: são elementos acidentais não participantes da estrutura do tipo, embora envolva o delito.
	Circunstâncias legais: ex.: atenuantes e agravantes
	Circunstâncias Judiciais: formadas pelo discernimento do juiz. (Pag. 436 CP NUCCI)
 - Gravidade do delito servindo para aumenta a pena base: Ex.: tráfico de drogas, maleficio que pode causar a saúde pública.
 - Consequências do Crime: é o mal causado pelo crime. Um homicídio que deixará uma mulher viúva é diferente de um homicídio na frente dos filhos menores, causando sérios traumas, esse último precisa ser mais severamente apenado pois trata-se de uma consequência não natural do delito.
	
	Crime sexual praticado pelo pai, contra os filhos.
 - Comportamento da vítima: é o modo de agir da vítima que pode provocar ao crime. Ex.: exibicionista atrai crimes contra o patrimônio, o mundano delitos sexuais, o agressivo o homicídio e as lesões corporais.
* Estupro de mulher honesta é diferente de prostituta.
	Comportamento inculpável: apanha de um metido a valente querendo esse se mostrar mais forte para amigos.
	Parcialmente culpável: 
	- ignorância ou imprudência: mulher morre ao permitir a realização do aborto em clinica clandestina.
	- escassa culpabilidade: moça entrega senha do banco ao noivo e sofre estelionato.
	- atitude voluntária: doente pede para morrer, pois sua doença é incurável e sofre muito.
	Completamente culpável:
	- vítima provocadora: sofre agressão física, pois dirigiu várias agressões a alguém em público.
	- vítima que busca auxiliar o agente: estelionato, torpeza bilateral, pois a vítima também busca receber vantagem.
	- falsa vítima: moça que acusa o namorado de estupro para se vingar
Pag. 439 CP NUCCI HC 49.919 – SP
 - Reprovação e prevenção do crime: função reeducativa da sanção penal.
 - Pena base: 1ª etapa da fixação do quantum da pena quando o juiz elege um montante entre mínimo e máximo baseado nas circunstâncias judiciais, art. 59 CP. 2ª etapa sobre a pena base incidirão as agravantes e atenuantes. 3ª etapa: causas de aumento e diminuição de pena.
* Cuidado com bin in idem: o juiz não pode aplicar duas vezes a mesma circunstância para majorar a pena.
Ex.: juiz dizer que o réu é covarde por agredir criança (fator de personalidade) pena base elevada com base no art. 59 do CP, depois analisar as agravantes e novamente aumentar a pena pois se trata de delito contra criança art. 61, II, H.
Pena Base: regras do art. 59 do CP.
	Circunstâncias judicias oito: Culpabilidade acrescida dos antecedentes, conduta social, personalidade, motivos, circunstâncias, consequências do crime e comportamento da vítima.
	Observar caso concreto, individualização da pena.
* Mais importante: personalidade do agente.
Artigos: 44, III; 59; 67; 71§ Único; 77, II; 83, I.
LEP: 5º; 9º; 180, III
DROGAS; 42
* Antecedentes: reincidência não deixa de ser um nítido quadro de antecedência levando ao agravamento da pena (5º; 106, IV; 114, II; 180, III; 190 da LEP).
* Motivos: 67 CP
* Exigência da reparação do dono ou devolução do produto ilícito para a progressão de regime.
Regime Fechado Art. 34
 - No início o condenado será submetido a exame criminológico de classificação para individualização da execução. 34, Caput.
 - Trabalho durante o dia, isolamento durante a noite.(não é obrigatório para preso político e provisório) e (dentro do estabelecimento prisional).
Trabalho fora do presídio: Serviços ou obras públicas excepcionalmente. Art. 36 LEP (Crime hediondo pode STJ HC 35.004).
- Imposição desse regime deve ser fundamentada pelojuiz.
- Fora sob vigilância, com consentimento do preso; cumprido pelo menos 1/6 da pena.
* Posso aplicar regime fechado na pena de detenção?
A) Sim reincidência.
B) Somente semi-aberto – majoritária (caput 33 prevalece sobre § 2º)
- Exceção legal: crimes que sejam frutos de organização criminosa apenados com reclusão ou detenção devem ser aplicado inicial fechado. Lei 9.034 art. 10º.
* Súmula 718 STF: “A opinião do julgador sobre a gravidade em abstrato do crime não constitui motivação idônea para imposição de regime mais severo do que o permitido segundo pena aplicada”.
- Pena fixada no mínimo e regime mais severo: duas correntes:
A - Se foi fixada no mínimo é porque as circunstâncias do art. 59 são favoráveis, logo não há que se falar em regime mais severo. “MAJORITÁRIA”.
B - Fixação da pena no mínimo, não implica necessariamente a regime mais brando pois os requisitos do art. 59 devem ser analisados separadamente, 1º para fixar fena, 2º para fixar regime.
Sumula 719 STF: “Imposição de regime mais severo do que a pena aplicada exige fundamentação idônea”.
- Local: penitenciária 87 e 88 LEP. Não pode cumprir em cadeia pública (102 LEP).
- Regime Disciplinar Diferenciado: Lei 10.792/03
A) – Duração máxima 360 dias sem prejuízo de repetição por nova falta grave da mesma espécie até limite 1/6 pena aplicada.
B) – Recolhimento em cela individual.
C) – Visitas semanais de duas pessoas (sem contar crianças), com duração de 2 horas.
D) – Banho de sol 2 horas por dia.
- São encaminhados a esse regime presos que cometerem fatos previsto como crime doloso e falta grava (52 LEP).
- Condenados e provisórios.
- Presos que apresentem risco a ordem e segurança do estabelecimento penal bem como envolvidos ou suspeitos de envolvimento em organização criminosa, quadrilha ou bando.
Obs.: * Autorização para saída art. 120 da LEP (morte ou doença).
- Decretado pelo juiz da execução penal mediante requerimento, ouvindo o MP e defesa.
- Juiz terá 15 dias para decidir.
- Porém a autoridade administrativa pode isolar o preso 10 dias até decisão judicial.
- Jurisprudência dividida, mas maioria pela constitucionalidade.
Regime semi-aberto 35 CP
- Cumprido em colônia penal agrícola ou industrial, ou estabelecimento similar.
- Admite trabalho externo, desde que haja merecimento do condenado.
- Estrangeiro condenado no Brasil: proibido semi-aberto, devendo cumprir toda sua pena no fechado, desde que sofra processo de expulsão.
Saídas Temporárias: 122 LEP e 120 (morte ou doença)
- Trabalho externo é admissível em caráter excepcional, as saídas sem fiscalização direta somente poderão ser feitas por frequência a curso supletivo profissionalizante ou de instrução do segundo grau ou superior.
- Sem vigilância: visitas a família ou atividades concorrentes para o retorno ao convívio social, conforme merecimento do condenado, cumprindo 1/6 pena ¼ reincidência, 123 LEP, Súmula 40 STJ.
- Índio: semi-liberdade, semi-aberto regra geral, índio perigoso pode regime fechado.
Regime Aberto: baseia-se na auto disciplina e senso de responsabilidade do condenado 36 CP.
- Condenado deve-se recolher durante o repouso noturno, a casa do albergado, ou estabelecimento similar sem rigorismo de uma prisão, desenvolvendo atividades laborativas externas durante o dia.
- Dias de folga deve ficar recolhido.
- 93 e SS LEP
- 117 LEP – na residência.
- Maiores de 70 anos.
- Doença grave
- Condenada com filho ou deficiente físico ou mental.
- Condenada gestante.
4 Hipóteses regressão do aberto a mais rigoroso:
a)- prática fato definido como crime doloso.
b)- falta grave: deixar de trabalhar ou se ausentar da casa albergado durante repouso noturno.
c)- não pagamento multa cumulativamente aplicada.
d)-condenação por crime anteriormente praticado, mas que torne a soma das penas incompatível como regime.
DIREITOS DO PRESO:
 Visita íntima: LEP não regulou, porém não pode ser exigida judicialmente. Autorizada pela direção presídio (evitar violência sexual e proporcionar convívio com família).
Direito de cumprir a pena em seu domicilio: não existe esse direito, pena deve ser cumprida no local do cometimento do delito.
Disposição constitucional de proteção ao preso: “é assegurado ao preso o respeito a dignidade física e moral”.
Direito do preso a execução provisória da pena: Doutrina e jurisprudência majoritária.
Trabalho do preso:
- Trabalho obrigatório: laborterapia inerente execução;
- Trabalho forçado: não pode se exigir do preso trabalho sob pena de castigos corporais e sem qualquer benefício ou remuneração;
- Recusa: falta grave (51, III LEP; 39, V LEP);
- Remição: resgate da pena pelo trabalho ou estudo, permitindo-se o abatimento do montante da condenação.
Perda dos dias remidos e falta grave
- Antes: se cometesse falta grave perdia todos os dias remidos;
- Hoje: Lei 12.433/2011: revogação dos dias remidos até 1/3.
Remição pelo estudo: 12 horas frequência escolar dividas em pelo menos 3 dias, para abater 1 dia da pena.
- 126 §6º LEP: semi-aberto ou livramento condicional;
- Conclusão ensino fundamental / médio / superior permite acréscimo de 1/3 no tempo a remir. 126 §5º.
Superveniência de doença mental:41
- Durante a execução delito – art. 26
- Doença mental durante a execução da pena.
- Medida segurança (183 LEP): internação (26) ou tratamento ambulatorial (97, §1º).
* 41: a superveniência de doença mental, apesar de poder levar à conversão da pena em medida de segurança, não pode ser por tempo indeterminado, respeitando-se o final de sua pena (sistema duplo binário – pena e medida de segurança foi abolido em 1984, o réu não pode ficar o resto dos seus dias submetido a uma medida de segurança penal).
- Terminada sua pena deve ser colocado a disposição do juízo civil, tal como acontece com qualquer pessoa acometida por uma enfermidade mental incurável.
- Caso a doença for curável, não é preciso converter a pena em medida de segurança, mas tão somente a transferência do preso para tratamento em hospital adequado por curto período.
Detração 42 CP: é a contagem no tempo da PPL e da medida de segurança do período em que ficou detido o condenado em prisão provisória, no Brasil ou exterior, prisão administrativa ou mesmo de internação em hospital de custódia e tratamento.
- Na medida de segurança: o desconto deve ser feito no mínimo de internação (1 a 3 anos) e não no tempo total da medida de segurança. Ex.: se o juiz fixa 2 anos de internação mínima, mas o apenado já ficou preso por 1 ano preventivamente, deve ser realizado o exame de cessação de periculosidade dentro de 1 ano (e não de 2)
- Prisão provisória e pena concreta: 2 correntes
a)- deve haver ligação entre fato criminoso, prisão provisória e pena aplicada.
b)- não deve haver ligação desde que haja absolvição, extinção da punibilidade ou redução de pena em outro processo por crime anteriormente cometido, mas a prisão decretada depois.
Ex.: 		Roubo 20 de março de 1990.
		Furto 13 de maio 1990 preventiva decretada
		Absolvição furto
		Condenação roubo
	* Pode computar o tempo de prisão provisória na pena do crime que foi condenado.
NÃO PODE aplicar a detração quando o fato criminoso pelo qual foi condenado tenha sido praticado posteriormente ao delito que trouxe a prisão provisória e absolvição.
	Ex.: 		Roubo preso flagrante – Absolvido
			Furto Condenado
	* não posso computar o tempo de flagrante uma vez que estaria criando um “crédito” contra o Estado.
	- Detração e pena multa: analogia in honam partem, assim quem foi preso preventivamente e ao final foi condenado apenas a prestação pecuniária não terá nada a cumprir.
	 -Detração e determinação do regime inicial da pena: 
	Lentidão do judiciário para dar fim ao processo criminal.
	Lei 12.736/12 387 CPP §2º.
	Detração e suspensão condicional pena: desconto deve operar-se na PPL fixada,se vier a ser cumprida, caso revogado o sursis, mas não no tempo de suspensão.
	Detração e penas alternativas: Ex.: desclassificação do art. 33 para o art. 28 lei de drogas – deve deixar de aplicar qualquer reprimenda nesse caso.
PENAS RESTRITIVAS DE DIREITO
	Penas previstas em lei, tendo fim evitar o encarceramento de determinados criminosos, autores de infrações penas consideradas mais leves, promovendo a recuperação através de restrições de certos direitos. (Fuga da pena – Nilo Batista, quando se verificou o fracasso do sistema punitivo).
	São sanções penais autônomas e substitutas.
	- Substitutas pois deriva da permuta que se faz após a aplicação na sentença condenatória da PPL.
	- Juiz pode substituir pelo mesmo prazo da PPL, são autônomas, porque substituem por si mesmas após a substituição.
	- Pode ocorrer a aplicação independente ou cumulativamente com a PPL. Ex.: (302 Código Trânsito e 293 e 292 CTB).
	Ex.: art. 28 da lei de drogas: a pena restritiva de direitos, não substitui nenhuma PPL, que deixou de existir para tal delito.
Espécies: Art. 43
a)- prestação pecuniária 45, §1º
b) perda bens valores 45, §3º
c) prestação de serviços a comunidade ou entidades públicas 46
d) interdição temporária de direitos 47
e) limitação de fim de semana 48
	- Prestação Pecuniária: pagamento de R$ a vítima e seus dependentes ou a entidade pública ou privada, com destinação social, de uma importância fixada pelo juiz, não inferior a um salário mínimo nem superior a 360.
	- Perda de Bens e Valores: transferência em favor do Fundo Penitenciário Nacional de bens e valores adquiridos ilicitamente pelo condenado.
	- Prestação de Serviços à Comunidade ou Entidades Públicas: atribuição de tarefas gratuitas ao condenado junto a entidades assistenciais, hospitais, orfanatos e similares, programas comunitários ou estatais. (Reeduca o condenado através de seu trabalho).
	- Interdição Temporária de Direitos: mais autêntica, pois restringe determinada função ou atividade por um período determinado, punindo o agende de crime relacionado a referida função ou atividade proibida, frequentar determinado lugares ou inscrever-se em concurso, avaliação ou exames públicos.
	- Limitação de Fins de Semana: obrigado do condenado de permanecer, aos sábados e domingos por 5 horas diárias em casa do albergado ou lugar adequado, a fim participar de cursos e ouvir palestras.
Requisitos: 3 objetivos e 1 subjetivo 44 CP
Objetivos:	a)- aplicação de pena privativa de liberdade não superior a 4 anos quando se tratar de crime doloso.
			b)- crime cometido sem violência ou grave ameaça a pessoa.
			c)- réu não reincidente em crime doloso.
Subjetivos: 		d) condições pessoais favoráveis:
			- Culpabilidade
			- Antecedentes
			- Conduta Social
			- Personalidade
			- Motivos
			- Circunstâncias
* O montante de 4 anos se dá com relação ao crime doloso, os culposos não possuem limites.
* Estão excluídos todos os crimes de violência ou grave ameaça, ainda com penas de pouca duração. Ex.: Lesão corporal dolosa.
Pode sursis ou regime aberto ou até mesmo em alguns casos a transação penal.
(Grave ameaça: violência moral; violência física).
(Violência presumida: física, incapacidade de resistência).
* Lei de drogas: Proibia a substituição art. 44
STF: entendeu que essa vedação lesava o princípio de individualização da pena, logo passou-se a permitir a substituição em crimes de tráfico com pena não superior a 4 anos.
No caso da reincidência: restringiu-se a aplicação da PRD somente ao reincidente por crime doloso, com 2 exceções:
a medida ser socialmente recomendável (análise subjetiva).
Não ter havido reincidência específica
Requisitos cumulativos.
* Maria da Penha: vedou-se aplicação de penas de cesta básica e outras pecuniárias, bem como pagamento isolado de multa.
Momento Conversão: Mais comum é na sentença condenatória, 44 CP.
-Execução 180 LEP: PPL não superior a 2 anos, cumprimento em regime aberto, ter cumprido pelo menos ¼ da pena, antecedentes e personalidade do condenado indicarem ser conveniente a conversão.
Exigências para Conversão: 44 §2º
PPL menor ou igual a 1 ano: 1 restritiva de direito ou multa.
PPL superior a 1 ano: 2 restritivas de direito ou 1 restritiva e multa.
Reconversão da PRD em PPL:(Art. 181 LEP): incidente na execução penal, quando o sentenciado não cumprir as condições impostas pelo juiz da condenação, podendo retornar a pena original.
a) – na prestação de serviços a comunidade e limitação de fim de semana: quando o condenado não for encontrado por estar em local incerto e não sabido ou deixar de atender intimação por edital; não comparecer sem justo motivo a entidade para prestar o serviço ou deixar de se recolher no fim da semana, quando recusar de prestar o serviço que foi imposto, falta grave; condenado a outro crime a PPL cuja execução não suspensa tornar incompatível o cumprimento da PRD (181 LEP).
b) – na interdição temporária de direitos: quando o condenado exercer o direito interditado sem justo motivo, quando não for localizado para cumprir restrição, sofrer condenação por crime sujeito a PPL incompatível com a restrição.
c) – na prestação pecuniária e perda de bens ou valores: deixar de efetuar o pagamento ou entregar os valores; quando não entregar o bem ou tiver deteriorado o bem deve-se aplicar por analogia o art. 148 da LEP ou aplicar outra PRD.
	Feita a reconversão o condenado cumprirá a pena PL pelo restante da restritiva de direitos, 44 §4º, havendo a reconversão será ainda respeitado o saldo mínimo de 30 dias.
	Quando há nova condenação durante o gozo da PRD a reconversão não é automática, deve-se comprovar que não haja possibilidades de cumprimento das duas juntas, 44, §5º. Ex.: PRD em regime aberto mais prestação de serviço a comunidade.
	Prestação pecuniária: independente de consenso ou aceitação da parte beneficiária, 1 a 360 salários mínimos a ser pago a vítima e seus dependentes. Não existindo parte ofendida definida e destinar o pagamento a entidade assistencial.
	- Conotação civil: antecipação de indenização civil
	- 45, §2º: prestação de “outra natureza” – pena indeterminada pode-se tornar abusiva e ilegal, desrespeita o princípio da legalidade: não há pena sem lei prévia que a comine.
	Ex.: Cuidar de crianças em orfanato pode ser confundido com prestação de serviços a comunidade.
	Perda de Bens e valores: (Deve ser de acordo com o montante do prejuízo): confiscatória, deve recair sobre patrimônio licito do sentenciado (além da perda bens ilícitos).
	Prestação de Serviços a Comunidade ou entidades Públicas: - Tarefas conforme aptidão do condenado. Ex.: não há razão de se colocar um médico lavando roupa em hospitais sendo que ele poderia estar oferecendo seus préstimos e dando consultas. – Hora tarefa por dia condenação (converter a pena em dias para ter noção do número de horas).
	Interdição temporária de direitos: 47, I; proíbe-se o sentenciado de exercer cargo, função ou atividade pública, bem como mandado eletivo ou de exercer profissão, atividade ou ofício, dependentes de autorização ou regulamentação do poder público embora se encontre na esfera privada 47, II.
- 47, V – 12.550/11: proibição de inscrever em concurso, avaliação ou exames públicos.
Limitação de fins de semana: 5 horas sábados e domingos, ministrando-lhe palestras e cursos.
PENA PECUNIÁRIA 49
	Consiste no pagamento de uma determinada quantia em pecúnia, previamente fixada em lei, destinada ao Fundo Penitenciário.
	Fixação: Critério trifásico:
	- 1º firma-se o número de dias multa (10 a 360)
	- 2º estabelece o valor do dia multa (1/30 a 5 x o salário mínimo), analisando a situação do réu. 60. Importante avaliar critérios do artigo 59.
	Substituição da PPL por multa: 2 correntes
	- 1º - art. 44 §2º PPL não superior a 1 ano pode substituir por multa.
	- 2º - art. 60 §2º PPL até 6 meses pode substituirpor multa.
	NUCCI: 	PPL até 6 meses – multa ou PRD.
			PPL de 6 meses a 1 ano – restritiva de direitos.
	- Valor dia multa: relacionado com salário mínimo. Atualização monetária a partir da data do cometimento da infração. (Opinião majoritária).
	Pagamento da multa: art. 50 – 10 dias a contar do transito em julgado da sentença e o juiz poderá permitir que sejam divididas em parcelas. Se o preso estiver trabalhando pode descontar no seu salário.
	Quem executa: STJ – Execução Fiscal Procuradoria
APLICAÇÃO PENA
	Juiz dentro dos limites estabelecidos pelo legislador deve eleger o quantum ideal, valendo-se do seu livre convencimento, fundamentadamente.
	- Circunstâncias judicias – Art. 59 (residuais, caso concreto)
	- Agravantes e atenuantes – Parte geral
	- Aumento e diminuição – residuais
	Art. 68: (1º) Pena base 59, sobre a pena base lançará agravantes e atenuantes (2º) e após as causas de aumento e diminuição de pena (3º).
	Pena Base: análise de critérios do art. 59: quando forem favoráveis teremos menos censurabilidade.
	Personalidade do agente é muito importante. O magistrado deve mensurar de maneira particularizada a cada acusado.
	Quanto inicial (pena base): deve variar entre mínimo e máximo cominadas em abstrato. 
	A ponderação necessita voltar as qualidades e defeitos do réu, destacando o fato por ele praticado como alicerce para consideração de seus atributos pessoais.
	Antecedentes também devem ser levados em consideração, reincidência não deixa de ser antecedente. (67).
	* Personalidade, antecedentes e motivos merecem o peso 2.
Ex.: 
	- Personalidade: 	peso 2
	- Antecedentes: 	peso 2
	- Motivos: 		peso 2
	- Conduta Social:- 			peso 1
	- Circunstância do crime: 		peso 1
	- Consequências do crime: 		peso 1
	- Comportamento da vítima:	peso 1
	Os pontos positivos tem o condão de confrontar com um negativo, podendo anula-lo ou suplanta-lo.
	O importante é a motivação, baseada em provas, formando um conjunto sólido e evitando-se a aplicação de pena padronizada sem lastro constitucional.
	Elementos do art. 59:
	- Culpabilidade: reprovação social que o crime e o autor do fato merecem imputabilidade e a potencial consciência da ilicitude e exigibilidade e possibilidade de agir conforme o direito.
	- Antecedentes: tudo o que existiu ou aconteceu no campo penal ao agente antes da prática do fato criminoso (forma de vida em uma visão abrangente). 2 posições: 1ª tudo que consta da folha de antecedentes, 2ª somente condenações com transito em julgado. Súmula 444 STJ. Súmula 241 STJ.
	- Conduta Social: papel do réu na comunidade, inserido no contexto da família, trabalho, escola, vizinhança.
	- Personalidade: conjunto de caracteres exclusivos de uma pessoa parte herdade, adquirida. (Agressividade, preguiça, frieza).
	- Motivos do crime: precedentes que levam a ação criminosa, motivo mais ou menos nobre.
	- Circunstância do crime: não participam da estrutura do tipo.
	- Consequências do crime: mal causado pelo crime.
	- Comportamento da vítima: modo de agir da vítima que pode levar ao crime.
*Fixação do regime inicial de cumprimento pena: 
	Após fixado o montante da pena o juiz deve fixar o regime inicial com decisão fundamentada.
	Pena acima do mínimo legal: regime mais gravoso
	Pena deve-se considerar a gravidade do crime em abstrato. Súmula, 440 STJ.
	Pena superior a 8 anos: Fechado, entretanto se o juiz fixar semi-aberto o MP não apelar, não pode o juiz de execução alterar o regime. (rerfomatio in pejus).
* Suspensão condicional pena (77 a 82): não é regime, mas uma forma alternativa de cumprir. (SURSIS).
	Mesmo se o juiz conceder tem que fixar o regime, pois esse benefício pode não ser aceito pelo réu ou se revogado.
	- Art.93, IX CF: fixação de regime sem fundamentação causa nulidade.
	Substituição da prisão privativa de liberdade (PPL) por prisão restritiva de direitos (PRD) ou multa. Sursis não é substituição.
	Agravantes e atenuantes: são circunstâncias legais genéricas previstas na Parte Geral do CP.
	Elevar Pena: Agravante 
	Moderar pena: Atenuante			...Dentro do máximo e mínimo...
	Agravantes: 61 – rol restrito e não pode ser ampliado
	- Reincidência: 61, I aplicável em delitos dolosos e culposos, indistintamente. As demais circunstâncias 61, II somente quando se tratar de crimes dolosos, pois no caso dos culposos o resultado é sempre involuntário. (Não tem como chamar de fútil o crime culposo).
	Motivo fútil: motivo de mínima importância, desproporcional (matar alguém porque perdeu a partida de sinuca). Egoísmo, mesquinhez. Não confundir fútil com injusto, afinal o delito é sempre injusto. Ausência motivo diferente de motivo fútil.
	- Ciúmes para maioria dos autores não é fútil.
	- Embriagues é incompatível com futilidade.
	Motivo Torpe: repugnante, adjeto, vil, demonstra sinal de depravação do espírito do agente (cometer um crime impulsionado pela ganância ou pela ambição desmedida.
	- Vingança: nem sempre (pai que mata estuprador da filha).
	Motivação torpe específica: agente que comete um delito para facilitar ou assegurar a execução a ocultação a impunidade ou vantagem de outro delito demonstra especial torpeza.
	Traição, emboscada, dissimulação ou outro recurso que dificulta ou torna impossível da defesa do ofendido: deslealdade, hipocrisia no cometimento de um crime. (Traição engloba surpresa).
	Material ou objetiva: golpear alguém pelas costas.
	Moral ou subjetiva: ocultar a intenção criminosa enganando a vítima.
	Emboscada: esperar alguém passar para ataca-lo (tocaia ou cilada).
	Dissimulação: despistamento da vontade hostil.
	Ou outro recurso: interpretação analógica.
	Veneno, fogo, explosivo, tortura ou outro meio insidioso ou cruel ou de que possa resultar perigo comum.
Gêneros: 	- Insidioso, perfídia
		- Cruel: imposição a vítima, sofrimento além do necessário
		- Perigo comum: coloca em ricos mais pessoas que a visada pelo agente.
	Relações familiares: crime seja cometido contra ascendente, descendente, irmão ou cônjuge, rol taxativo (exclui concubinos e companheiros).
	Abuso de autoridade, relações do lar e violência contra mulher (tutor-tutelado, curador-curatelado).
	Abuso de poder e violação de dever: abuso de uma função pública.
	Criança, maiores de 60 anos, enfermo e mulher grávida: Criança 3 correntes: até 7, até 11, até 13, deve relacionar ao analisar o caso concreto a capacidade de resistência da vítima.
	Ofendido sobre proteção da autoridade: quem está sobre a proteção do estado
	Situação de desgraça particular ou calamidade pública: legislador pretende punir quem demonstra particular desprezo pela solidariedade e fraternidade, num autêntico sadismo moral.
	Embriagues pré-ordenada: para atingir o objetivo embriagam-se, com isso chegam ao resultado almejado.
	Agravantes em caso de crime cometido por mais de uma pessoa: mentor ou dirigente da atividade criminosa, coação ou indução ao crime, investigação ou determinação para o delito, criminoso mercenário. (Coagir: obrigar / induzir: dar a ideia).
	Reincidência: 63 é o cometimento de uma infração penal após já ter sido o agente condenado definitivamente no Brasil ou exterior por crime anterior.
	Crime – Crime
	Crime – Contravenção
	Contravenção – Crime
	Contravenção – Crime NÃO SE ADMITE
	De que é primário quem não é reincidente; este por sua vez é aquele que comete novo delito nos 5 anos depois da extinção da sua última pena. Logo, não há cabimento algum em criar se uma situação intermediaria, como o chamado tecnicamente primário legalmente inexistente.
	Deixando de ser reincidente, após os 5 anos previstos no 64, I, torna a ser primário, embora possa ter maus antecedentes.
	Prova da reincidente CAC e não FAC.
Efeitos da reincidência:
Existência de uma agravante que prepondera sobre outras circunstancias legais (67)
Possibilidade de impedir a substituiçãoda pena privativa de liberdade por restritiva de direito ou multa (44, II e 60 § 2º)
Quando por crime doloso, impedindo à obtenção do SURSIS (77, I)
Possibilidade de impedir o início de pena nos regimes semi aberto e aberto (33, §2º, b e c).
Aumentar prazo para livramento condicional (83, II).
Impedir livramento, tratando-se de reincidência específica (83, V).
Aumento prazo prescrição em 1/3 (110)
Interrupção prescrição (117, VI).
Revogação SURSIS (81, I), livramento (86, I) e reabilitação (95).
Aumento de 1/3 à metade (violência contra pessoa no crime de posse ilegal arma, violência contra pessoa).
Integração ao tipo da contravenção penal de ter consigo material utilizado para furto (LCP art. 25).
Não permissão de concessão de furto privilegiado, estelionato, e apropriações (155 §2º, 171, §1º, 170).
Causar decretação de preventiva (313 CPP).
Impedimento dos benefícios da lei 9.099/95 (76, §2º, I e 89).
64, I – 5 anos 
II: não se consideram crimes militares próprios e políticos.
Crimes Militares impróprios que geram reincidência:
- Homicídio 121 CP e 205 COM
- Lesão Corporal 129 CP e 209 COM
- Rixa 137 CP e 211 COM
- Estupro 213 CP e 232 COM
Militar
Se cometer um crime militar próprio e depois furto não é reincidente.
Se cometer estupro e depois roubo é reincidente.
Crimes Políticos: Podem gerar reincidência.
Atenuantes: 65 CP: Rol taxativo mas é válido considerar a existência da atenuante do 66.
Cálculo pena: critério trifásico art. 68.
Art. 59 	agravante e atenuante 	aumento e diminuição – é necessário fundamentação em cada uma das fases.
Causas de aumento e diminuição: integram a estrutura típica do delito
	Parte Geral 
	Parte Especial
	14, II § U, 16, 24 §2º 
	121 § 1º, 129 §4º e 7º
	69, 70, 71
	155 § 1º, 157 §2º
- Causa de aumento: aumento adicionado à pena prevista para o tipo básico aumento 1/3 sobre pena por ex.:
- Qualificadora: altera faixa de fixação pena (furto simples é de 1 à 4 anos, passaria para 2 à 8 anos).
- Existência de duas ou mais qualificadoras: 3 correntes.
1) da 2ª em diante passa a valer como agravante (2ª fase da dosimetria) NUCCI.
2) não é obrigatório qualquer tipo de aumento pois a função da qualificadora é apenas mudar a faixa de aplicação; o que já foi atingido por uma delas.
3) da 2ª em diante funciona como circunstância judicial. 
* Súmula 442 STJ.
- Compensação entre circunstância judiciais e legais: deve acontecer dentro da mesma fase. Ex.: elementos da 1ª fase com elementos da 1ª fase, 2ª com 2ª, 3ª com 3ª.
- 75§ 2º:
a) nova condenação por fato anterior ao início do cumprimento da pena deve ser lançada no montante total já unificado, sem qualquer alteração.
b) nova condenação por fato posterior ao início do cumprimento da pena deve ser lançada na pena unificada desprezando-se o tempo já cumprido.
Fato – cumprimento = lançar montante total.
Ex.: 		Condenado a 300 anos
			Recebe nova pena de 20 anos (crime antes do início do cumprimento)
			Lança-se esses 20 no total = 320 anos
Cumprimento – fato = lançar pena unificada desprezando o tempo já cumprido.
	Ex.: 	- condenado 300 anos pena unificada em 30
		- cumpriu 10
		- comete novo crime presídio condenado 25 anos
		- adiciona 25 nos 20 restantes = 45 anos
Suspensão Condicional da pena
- Trata-se de um instituto de Política Criminal, tendo por fim a suspensão da execução da pena privativa de liberdade, evitando o recolhimento ao cárcere do condenado não reincidente, cuja pena não é superior a 2 anos (ou 4 se maior ou igual 70 anos ou enfermo), sob determinadas condições, fixadas pelo juiz, bem como dentro de um período de prova pré-definido (77).
- Natureza jurídica medida de política criminal para evitar a aplicação da pena privativa de liberdade.
- Sursis não é pena, mas não e apenas um benefício, pois traz sempre condições obrigatórias, consistentes em medidas restritivas da liberdade do réu.
* Medida alternativa de cumprimento da pena privativa de liberdade, não deixando de ser um benefício 77, II.
Requisitos:
Objetivos: 	- aplicação da PPL não > que 2 anos.
			- condenado não reincidente em crime doloso.
	(No caso de reincidência por crime doloso e a pena anterior for multa, permite-se a concessão do SURSIS (77§1º).
(Súmula 499 STF.)
Subjetivos: 	- Culpabilidade
			- Antecedentes
			- Conduta social
			- Personalidade do agente
			- Motivos
			- Circunstancias do crime
	- art. 59, porem devem ser analisados em cada fase separadamente (pena base, substituição por restritivas de direitos, fixação do regime, SURSIS).
c) objetivo – subjetivo: não ser indicada ou cabível a substituição por pena restritiva de direito, pois a PRD é mais branda, assim só cabe o SURSIS se não couber PRD.
Espécies: 2 tipos:
Simples: aplicação das condições de prestação de serviços à comunidade ou limitação fins de semana (78, §1º).
Especial: 78, §2º: proibição de frequentar determinados lugares; proibição de ausentar-se da comarca onde reside, sem autorização do juiz; comparecimento pessoal e obrigatório a juízo, mensalmente, para informar e justificar suas atividades. 
	- Simples é mais severo
	- Não posso cumular simples e especial.
	* c) Etário ou humanitário: >70 anos ou enfermos condenados a ppl não > a 4 anos (77 §2º).
* A concessão é faculdade do juiz ou direito subjetivo do réu: 2 posições, porém deve-se ter bom senso, se os requisitos estão preenchidos é direito do réu, não esquecendo que a análise dos requisitos é subjetiva. Deve-se lembrar que toda decisão deve ser fundamentada. (93 IX CF).
Pontos Controversos 
Sursis e indulto:
	- não é compatível: pois o indulto é para quem está preso.
	- é compatível: majoritário: pois o indulto é destinado a condenados em cumprimento de pena. Se o indulto trouxer a exigência de bom comportamento carcerário, podendo se interpretar para quem tiver o sursis o bom comportamento social.
2) Existência de processos em andamento: não impede a concessão do SURSIS, contudo para a corrente que sustenta que vários processos em andamento seja maus antecedentes pode não ser cabível o SURSIS, assim a vedação não se dá pro proibição legal mas em virtude do entendimento particularizado do requisito antecedentes do art. 77, II.
- correto: concessão e posteriormente havendo outras condenações, ser o benefício revogado na execução penal.
3) Réu ausente: é um direito em decorrência de outros 2: silêncio e não produzir prova contra si mesmo. Pode tornar um obstáculo o não comparecimento a audiência onde diria ao juiz se aceita ou não as condições impostas para o gozo, assim o SURSIS perde o efeito.
- deve-se lembrar que o acusado tem o direito de acompanhar a produção de provas e não o dever, assim o juiz não pode simplesmente negar o sursis ao acusado que “não quis acompanhar a instrução”.
4) Estrangeiros de passagem pelo Brasil:
- Não podia, mas foi superada pelo art. 5º (todos são iguais perante a lei).
- Impedimento – Decreto lei 4.865/42
- Possibilidade – Estatuto estrangeiro revogou tacitamente, sem proibir a concessão do sursis.
* Jurisprudências nos 2 sentidos
STF: vários precedentes sendo cabível SURSIS.
5) Compatibilidade com a fixação do regime: 59 III, fixar o regime independentemente da concessão ou não do SURSIS.
- 1º: sursis é facultativo e por isso há a audiência admonitória, 160 LEP, e se o condenado não aceitar as condições impostas passa então a cumprir a pena no regime fixado.
- há entendimento no sentido de quer a concessão do sursis implica em regime aberto.
6) Sursis e habeas corpus: HC não é o meio idôneo para discutir a concessão de sursis, mas existem casos que o magistrado pode dar essa margem para o tribunal.
* Crime Hediondo: não é unanime, ademais normalmente a pena bem > que 2 anos.
- Mas há casos: exemplo:
* Estupro –	 Pena mínima 6 anos (tentado)
		Juiz diminui 2/3 cairá para 2anos
2 posições:
Cabe sursis, lei 8.072 não vedou: súmula 10 TJMG: “A lei 8.072/90 não veda a concessão do sursis”.
STF – decisão nesse sentido
MAJORITÁRIA – CABE SURSIS
Não cabe: pois os crimes hediondos impõe regime inicial fechado, logo seria irracional conceder o benefício.
Período de Prova:
2 a 4 anos: pena < 2 anos
4 a 6 anos: >2 <4 anos (etário ou enfermo).
1 a 3 anos: contravenções penais.
- Prazo deve ser fundamentado pelo juiz
- Critério subjetivo 78 §1º, § 2º, 79
- Art. 80: sursis não se aplica as PRD.
Causas de revogação: 81
Condenação com trânsito em julgado por crime doloso.
Frustrar o condenado a execução da pena de multa, embora seja insolvente, ou não efetuar a reparação do dano.
Descumprir as condições de prestação de serviço à comunidade ou limitação de fins de semana. Se o condenado injustificadamente, não compareceu na admonitória o sursis fica sem efeito (161 LEP).
Revogação facultativa: 81 §1º
Descumprimento de outra condição diversa da prestação de serviços à comunidade ou limitação fim semana.
Condenação irrecorrível por crime culposo ou contravenção, a pena privativa de liberdade ou restritiva de direitos.
Exige-se prévia audiência – ampla defesa e contraditório.
Prorrogação do período de prova: 81 §2º
- Se o condenado for processado por outro crime ou contravenção, considera-se automaticamente prorrogado o prazo da suspensão até o julgamento definitivo.
- Nova condenação: revoga sursis.
- Caso de revogação facultativa o juiz pode prorrogar o período de prova, se já não foi fixado o máximo (81 §3º).
- Duplo sursis: possibilidade
Finalização do sursis: 82
- Cumpridas as condições e decorrido o período de provas, sem ter havido revogação, considera-se extinta a punibilidade.
Livramento Condicional 83
- Instituto de política criminal destinado a permitir a redução do tempo de prisão com a concessão antecipada e provisória da liberdade ao condenado, quando é cumprida a PPL, mediante o preenchimento de determinados requisitos e a aceitação de certas condições.
“Última etapa do sistema penitenciário progressivo”
“Última etapa de um gradativo processo de reforma do criminoso”
“Como o indivíduo vai se portar em contato de novo com o meio social”
- Natureza Jurídica: medida penal restritiva da liberdade de locomoção, que se constitui num benefício ao condenado e, portanto, faz parte de seu direito subjetivo integrando um estágio de cumprimento de pena.
* Requisitos:
Objetivos: 83
Fixação PPL > 2 anos
Cumprimento de 1/3 se não for reincidente em doloso e bons antecedentes; ½ se reincidente em crime doloso; 2/3 crime hediondo, tráfico, tortura e terrorismo desde que não seja reincidente específico.
- Condenado primário: lacuna em relação ao primário que possui maus antecedentes, pois não possa inclui-lo no I e II do 83 com perfeito adequação. 2 posições: 
*1ª – mais favorável, o primário com maus antecedentes 1/3 (Miguel Reale e Alberto Silva Franco).
* 2ª – deve-se fazer adequação por inclusão, não se encaixando no I deve aplicar o II ½ (NUCCI).
* Reincidente específico não terá direito ao livramento 
3 posições acerca da reincidência:
Quem torna a praticar qualquer dos crimes hediondos (ex.: tráfico + latrocínio) NUCCI;
Quem torna a praticar crime de mesma natureza, que protege o mesmo bem jurídico (ex.: latrocínio + extorsão mediante sequestro);
Quem torna praticar o mesmo tipo (ex.: estupro + estupro).
- Falta grave não é apto a interromper o prazo para concessão do livramento, súmula 441 STJ, entretanto pode o magistrado levar em consideração no contexto dos requisitos subjetivos.
d)	 ter reparado o dano causado pela infração, salvo impossibilidade de fazê-lo.
Subjetivos: 
Comportamento satisfatório durante execução da pena além de bom comportamento carcerário.
Bom desempenho do trabalho que lhe foi atribuído, a ausência das atividades laborais é impedimento para concessão do livramento, salvo nos estabelecimentos penitenciários que não houver possibilidade para trabalhar.
Demonstrar aptidão para prover a própria subsistência mediante trabalho honesto. (Parecer Comissão Técnica de classificação ou no exame criminológico).
Demonstrar por suas condições pessoais que não tornará a delinquir.
83 § U: (Crime doloso violento) atestado de boa conduta carcerária mais exame criminológico e parecer da comissão Técnica de classificação. Súmula 439 STJ: “Admite-se o exame criminológico pelas peculiaridades do caso, desde que em decisão motivada”.
Duração do livramento: tempo restante da PPL a ser cumprida.
Pontos polêmicos: 
Livramento e HC: excepcionalmente nos casos de indeferimento manifestamente ilegal e documentos para cabimento estejam presentes nos autos.
Livramento Condicional cautelar: concede o livramento colocando o sentenciado em liberdade aguardando-se o parecer, se positivo mantem, se negativo revoga-se (minoritário, falta expressa previsão legal).
Para estrangeiro: majoritariamente no sentido de impossibilidade, somente no caso de visto permanente e endereço fixo, além de demonstrar por certidão não ter sido expulso. 
Parecer do Conselho Penitenciário: 131 LEP
Indispensável o parecer do Conselho Penitenciário, entretanto o juiz não fica vinculado nem ao referido parecer, nem a opinião do MP, podendo decidir de acordo com seu livre convencimento.
O mais importante é o parecer da Comissão Técnica de Classificação (ou exame criminológico), pois se trata de visualização real do comportamento do condenado.
Soma das penas 84 
É possível que o condenado possua penas fracionadas, nenhuma igual ou superior a 2 anos. Entretanto pode-se realizar a soma das penas, para que o sentenciado possa atingir a liberdade antes do término de sua pena.
Condições do livramento:
Obrigatórias:
Obter ocupação lícita, dentro prazo razoável, se for apto para trabalho. (Juiz deve ter atenção na dificuldade de um emprego).
Comunicar ao juiz sua ocupação periodicamente.
Não mudar do território da comarca do Juízo da Execução, sem prévia autorização (132 §1º LEP).
Facultativas:
Não mudar de residência sem comunicação ao juiz e autoridade incumbida da observação cautelar a proteção.
Recolher-se habitação em horário fixado.
Não frequentar certos lugares (132 §2º LEP).
Revogação do livramento:
Obrigatórias: 86
Cometer crime durante vigência do benefício. O juiz pode ordenar a prisão do liberado, suspendendo o livramento, ouvindo o MP e o Conselho Penitenciário, até final decisão. Assim ocorrendo não de decreta extinta a pena enquanto não passar em julgado a sentença que causa à suspensão 89.
O crime cometido antes da liberação e após a concessão do livramento não dá margem à suspensão e revogação do benefício. É causa de revogação a prática de crime durante a vigência do benefício. Assim, ainda que o condenado tenha cometido o delito após a concessão do benefício, mas antes da efetiva liberação, não pode ocasionar a revogação.
Cometer crime anterior ao benefício se a soma das penas tornas incompatível o livramento.
Ex.: Réu	- condenado 10 anos
		- cumpriu 4 anos	 livramento
		- faltando 6 anos	condenado a + 15 por outro crime cometido antes do benefício = 25 anos
		* Importante receber livramento tendo cumprido só 4 anos (menos de 1/5 da pena).
Facultativas: 87
Deixar cumprir condições fixadas: Juiz revoga ou adverte, (140 §U LEP) ou altera as condições, agravando.
Condenação irrecorrível por crime ou contravenção a pena que não seja PPL. (Juiz deve analisar se é grave ou não – porte arma branca x perturbação sossego).
- Prévia oportunidade da defesa: indispensável, ouvir ante o liberado.
- Livramento insubsistente: não é o caso de revogação, mas de considerar insubsistente quando o condenado foge do presídio após a concessão do livramento, antes da cerimônia obrigatória. 137 LEP
Efeitos revogação:
Réu condenado por crime (não contravenção) cometidoantes à concessão do livramento, cujo montante não permita que continua em liberdade, pode obter novo livramento, e o período que teve no gozo é computado como cumprimento de pena (728 CPP).
Réu condenado por crime (não contravenção) cometido durante a vigência do livramento não pode obter novo livramento, e o tempo em que ficou em liberdade é desprezado para fins de cumprimento de pena.
Réu perde benefício do livramento porque descumpriu as condições impostas ou foi condenado por crime de contravenção a pena de multa PRD durante o prazo do livramento: não pode obter livramento a esta pena e não se computa o tempo em que esteve solto como cumprimento de pena.
Extinção pena e prorrogação automática
Condenado estiver respondendo ao processo por crime cometido durante a vigência do benefício, prorroga-se automaticamente o período a fim de se constatar se não era caso de revogação obrigatória 86, I.
Se condenado definitivamente – revogação 88
Porém: se até seu termino não for revogada, extingue-se a pena privativa de liberdade 90.
“Efeitos da condenação”: Efeitos secundários ou acessórios da sentença (Pág. 580 manual NUCCI).
São todos os efeitos provocados por uma sentença penal condenatória, dividindo-se em penais e extrapenais.
Penais: Ao principal que é a imposição de uma pena e o seu cumprimento, bem como os secundários, decorrências naturais do primeiro (geração de reincidência e maus antecedentes; lançamento do nome do réu no rol dos culpados; revogação de benefícios como sursis ou livramento condicional).
Extrapenais: Provocam consequências fora do âmbito do direito Penal e dividem-se em genéricos, que são automáticos (formação de títulos executivos para ser cobrada reparação do dano na esfera civil; confisco de produtos crime, etc.) e específicos que devem ser expressamente declarados na sentença (perda cargo, função ou emprego público e mando eletivo, perda de poder familiar).
“Reabilitação” é a declaração judicial de reinserção do sentenciado ao gozo de determinados direitos que foram atingidos pela condenação.
Declaração judicial de reinserção social do criminoso, que pode ser requerida ao juiz da condenação após o decurso de 2 anos, contados da extinção da punibilidade, incluindo nesse prazo do SURSIS e do livramento condicional, não revogados.
Utilidade: possui uma única, que é a possibilidade de readquirir o direito de dirigir o veículo, caso tenha sido aplicado como efeito da condenação, por ter cometido crime doloso, valendo-se de automóvel, ou perda da habilitação.
Medidas de segurança 96
Conceito:
- Forma de sanção penal com caráter preventivo e curativo, visando a evitar que o autor de um fato havido como infração penal, inimputável ou semi imputável, mostrando periculosidade, torne a cometer outro injusto e receba tratamento adequado. (ZAFFARONI).
- Minoria: “Puramente assistencial e curativo” (ASSIS TOLEDO)
Sistema de aplicação da pena e da medida de segurança
Antes: duplo binário (dupla via) 	pena + medida de segurança (quando réu cometia delito e era perigoso).
Terminada a PPL continuava detido até que houvesse o exame da cessação de periculosidade.
Hoje: Vicariante 	pena ou medida de segurança
			Imputável à época do crime: pena
			Inimputável à época do crime: medida de segurança
Espécies:
Internação: equivale ao regime fechado da PPL – hospital de custódia e tratamento ou estabelecimento adequado 96, I.
Tratamento ambulatorial, que guarda relação com a PRD – obriga o sentenciado a comparecer, periodicamente, ao médico para acompanhamento. 96, II.
Extinção da punibilidade: 96 § U – não haverá MS se a punibilidade for extinta. (Ex.: prescrição).
Pressupostos para aplicação da Medida de Segurança
Não há mais medida de segurança preventiva 478 CPP, considerado revogado por maioria da doutrina.
Observar tudo como se fosse imputável: Contraditório, ampla defesa, excludente de ilicitude, materialidade, conjunto probatório, etc.
Quando indispensável pode-se decretar prisão preventiva, colocando o agente em lugar próprio p/ situação.
Situação de absolvição imprópria:
É a sentença que permite aplicação da medida de segurança, tendo em vista que, a despeito de considerar que o réu não cometeu delito, merece uma sanção (medida de segurança). 386 § Ú, III CPP e 422 STF.
Internação ou tratamento ambulatorial 97
Internação: crimes punidos em abstrato com pena de reclusão.
Precedente STJ que permite no caso concreto aplicar tratamento ambulatorial no caso de crimes punidos com reclusão (RESP. 324091-SP ª Turma)
O correto seria a fixação da medida de internação ou tratamento ambulatorial baseado na natureza e gravidade do transtorno psiquiátrico.
Duração da medida de segurança
Se dá por prazo indeterminado.
Inconstitucional: Parte doutrina, pois a sanção não poderá ter caráter perpétuo.
Culpabilidade e periculosidade:
Inimputável não sofre juízo de culpabilidade, mas de periculosidade sim (estado de antissocialidade).
Periculosidade: Para aplicar medida de segurança.
Real: Quando há de ser reconhecida pelo juiz (ex.: 26 § Ú) – semi-imputáveis (juiz analisar caso de existência de periculosidade).
Presumida: Quando a própria lei afirmar (ex.: 26 Caput), juiz não precisa demonstrar, basta contatar que o inimputável praticou um injusto.
Conversão da pena em medida de segurança no curso da execução 183 LEP
Sobrevindo doença mental no curso do cumprimento da pena pode o juiz de ofício, requerimento do MP ou da autoridade policial substituir a pena por medida de segurança.
2 Hipóteses:
Art. 41 – não for enfermidade duradoura (transitório).
Art. 97 – for enfermidade duradoura (definitiva).
Limite do cumprimento da medida de segurança advinda da conversão da pena 4 correntes
Indefinida, 97 § 1º
Mesma duração que a PPL* maioria
Duração máxima 30 anos
Duração máxima abstrata da pena
Se após tempo da PPL continua doente caberá interdição
Possibilidade de reconversão da medida de segurança em pena
Uma vez constatada a recuperação do paciente, este deverá retorna ao presídio para continuar a cumpri a pena fixada anteriormente ao desenvolvimento do tratamento mental, sendo que o período de internação é contado como tempo de cumprimento de pena.
Detração e medida segurança: 42
Deve ser computado o período de prisão provisória no prazo mínimo estabelecido para a medida de segurança.
Ex.: 		preso provisoriamente 1 ano
		Aplicada medida segurança pelo prazo mínimo de 2 anos
		= 1 far-se a exame cessação após esse 1 ano restante
Se após instrução indivíduo estiver curado pode ser imediatamente desinternado, senão continua internado e ocorrerá novo exame dentro 1 ano.
Crítica: Se a prisão decorre da culpabilidade, porque computa-la medida de segurança se essa decorre da periculosidade?
Exame de cessação:
Realização de perícia médica para comprovar a cura ou pelo menos o fim da periculosidade, propiciando sua desinternação ou liberação do tratamento ambulatorial, como regra, após o prazo mínimo fixado pelo juiz.
176 LEP: Casos excepcionais se surgir algum fato superveniente, ainda no transcurso desse prazo, pode o juiz determinar a antecipação do exame de cessação da periculosidade. (Requerimento MP, interessados, defensor ou de ofício).
175 LEP: Autoridade administrativa até um mês antes de expirar o prazo de duração mínima da medida, esse relatório que o habilita a resolver sobre a revogação ou permanecida da medida, esse relatório deverá ser instruído com o laudo psiquiátrico.
Em seguida serão ouvidos sucessivamente MP e o curador e defensor.
Se necessário demais diligencias.
Cabe assistência do médico particular. 43 LEP
Se houver divergência entre o médico particular e oficial decidirá o juiz execução.
Condições para desinternação ou liberação
Após desinternação ou liberação fica o agente em observação por um ano, sujeitando-se conforme 187 LEP (132 e 133 LEP = livramento).
Obrigatórias: obterocupação lícita, comunicar ao juiz sua ocupação periodicamente, não mudar do território da comarca sem autorização judicial.
Facultativas: não mudar residência, sem prévia comunicação; recolher-se à habitação no horário fixado, não frequentar certos lugares.
1 ano sob prova
Se praticar algum ato indicativo de periculosidade (não precisar ser típico e antijurídico) poderá voltar a situação anterior. (Controle através da FAC).
Egresso: aquele que foi liberado pelo período de um ano, a contar da saída do estabelecimento.
184 LEP: Conversão do tratamento para internação
Desinternação progressiva: conversão da internação para tratamento, caso necessário para fins curativos. – Lei não fala, mas é possível. Tempo necessário para recuperação, até que possível a liberação condicional.
Substituição da pena por medida de segurança para o semi-imputável. 26 § Ú
Se for atestado por peritos a necessidade de tratamento curativo ao semi-imputávelno lugar da PPL é possível, ainda que não seja. 98
Incompatibilidade da medida de segurança com presídio comum
Se o agente for colocado em estabelecimento comum sem qualquer tratamento, cabe Habeas Corpus para fazer cessar o constrangimento, salvo quando reconhecidamente perigoso.
Regra é que o doente mental fique recolhido em estabelecimento próprio (99)
Ação Penal 100
Conceito: É o direito de pleitear ao Poder Judiciário a aplicação da lei penal ao caso concreto, fazendo valer o poder punitivo do Estado em face do cometimento de uma infração penal.
Vedada auto defesa e auto composição: pois o direito de punir e o monopólio da distribuição da justiça pertencem ao Estado.
Exceções: legitima defesa e auto composição no JESP.
Ação: 	Momento de direito subjetivo ameaçado ou violado (SAVINY)
	Outras concepções:
Teoria concreta da ação: Ação somente compete quem tem razão (WACH)
Teoria do direito protestativo: Poder jurídico de realizar as condições para atuação da lei (CHIOVENDA, WEISMAN).
* Teoria Abstrata: Um poder jurídico, independente de quem tem razão (MAJORITÁRIA)
	Ação Penal:
	Direito de agir exercido perante os juízes e tribunais, invocando a prestação jurisdicional, que na esfera criminal é a existência da pretensão punitiva do Estado.
	Art. 5º, XXXV CF: A lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça à Direito.
	Direito ação
	Direito punitivo material
	Precede ao direito punir
	Decorre do Crime
	Estado ingressa em juízo para obter o julgamento da pretensão punitiva e não necessariamente a condenação.
	Princípios que regem a ação penal púbica incondicionada
Obrigatoriedade: É indispensável a propositura da ação, quando há provas suficientes a tanto e inexistindo obstáculos para a atuação do órgão acusatório.
Brasil quando a lei não dispuser em contrário revoga o princípio da obrigatoriedade.
Ex.: 
Autoridade policial agir quando sabe da ocorrência de um crime 6º CPP.
A omissão na comunicação de crimes no exercício da função pública é contravenção 66 LCP.
Arquivamento IP é controlado pelo juiz 28 CPP.
Há indisponibilidade da ação penal 42 CPP e do recurso interposto 576 CPP.
Oportunidade é facultativa a propositura da ação penal, quando cometido um fato delituoso. Discricionariedade do interesse público.
Brasil: Obrigatoriedade. MP é o titular, não promovendo no prazo legal autoriza o particular a ajuizar a ação penal privada subsidiária da pública. 
Critério de iniciativa da ação penal
Pública condicionada ou incondicionada ou privada 
Deve consultar em cada tipo penal, se nada constar, na omissão será incondicionada, caso contrário estará no próprio artigo: (147 §Ú, 138 e 139 e 140 com exceção 140 §2º conforme 145 se resulta lesão corporal).
Concurso delitos envolvendo crimes de ação pública e privada, O MP somente poderá agir no tocante ao crime de ação pública incondicionada.
Ex.: Homicídio + 	injúria
	MP		Particular
Espécies de ação penal, quanto ao polo ativo
Pública
Incondicionada: cujo propositura cabe exclusivamente ao MP sem depender da concordância do ofendido ou qualquer outro órgão estatal (100 Caput)
Condicionada: depende de prévia provocação do interessado (100 §1º)
Ministro Justiça: Crimes contra honra presidente ou chefe governo estrangeiro e crimes praticados no estrangeiro contra brasileiro. A requisição do ministro é condição.
Representação do ofendido nos casos previstos em lei.
Privada:
É a transferência do direito de acusar do Estado para o particular, pois o interesse na existência do processo e na punição é privado 100 § 2º. O que é transferido não é o Direito de punir, mas sim o de agir.
Regida pelo princípio da oportunidade, chama-se privada porque o interesse é mais particular do que público.
Principal ou exclusiva: quando só o ofendido pode exercer a personalíssima, se o ofendido morrer extingue-se a punibilidade.
Subsidiária da pública: é intentada pelo ofendido diante da inércia do MP 29 CPP, (quando MP deixa escoar o prazo).
Adesiva: Quando particular ingressar no processo como assistindo do MP (Frederico Marques)
Perde o direito de ajuizar ação o particular que:
Deixar ocorrer decadência decurso 6 meses, do dia que veio a saber quem é o autor do crime.
Renuncia ao direito de queixa (Unilateral).
Perdoa querelado (bilateral o querelado tem que concordar, ocorrendo durante o transcurso da ação penal.
Deixa ocorrer perempção: quando querelante não proporciona o devido andamento do feito.
= Art. 48 CPP: a queixa-contra qualquer dos autores do crime obrigará ao processo de todos, e o MP velará pela sua indivisibilidade.
Ação penal no crime complexo
Crime complexo é fruto da denominada continência, isto é, quando um tipo penal engloba outro ou outros, explicita ou implicitamente.
Explicita: crime complexo – Roubo: furto + lesão ou ameaça 101
Quando um dos elementos ou das circunstâncias do crime constituir delito autônomo, pelo qual cabe ação pública incondicionada, caberá está também para o crime complexo.
Ex.: 	Furto – Incondicionada 		P/ roubo prevalece incondicionada 
		Lesões – Condicionada 
Extinção da Punibilidade
É o desaparecimento da pretensão punitiva ou executória do Estado, em razão de específicos obstáculos previstos em lei.
Nada deve ser confundido com:
Condição objetiva de punibilidade: é exterior a conduta delituosa, está fora do tipo, tornando-se pressuposto para punir, não engloba pelo dolo do agente. Ex.: sentença declaratória de falência é condição objetiva de punibilidade em relação aos crimes falimentares, pois não depende da vontade do agente.
Condição negativa de punibilidade: escusa absolutória, escusa especial e pessoal, fundada em razões de ordem utilitária ou sentimental, não afeta o crime, mas somente punibilidade 181, I e II; furto de filho contra pai não é punido.
Condição de procedibilidade: ligada ao processo, que uma vez presente, autoriza a propositura da ação. Ex.: representação do ofendido nos crimes de ação públicas condicionada, porém ausente pode levar a extinção da punibilidade.
Causas gerais e específicas 107 – Rol exemplificativo, pois existem causas na parte especial e leis penais especiais 312 §3º
Gerais: Todos os delitos (morte, prescrição)
Especificas: só alguns tipos de delitos (retratação agente em delitos contra honra, perdão judicial)
Ocorrendo essas causas, extingue-se a possiblidade do Estado de impor uma pena ao agente, embora remanesça o delito praticado.
Há duas exceções que permitem a exclusão do delito: Anistia e abolitio criminis.
Abolitio: um fato deixa de ser considerado crime por lei ou norma de complementação posterior.
Anistia: Estado declara esquece-lo, desaparece a tipicidade.
Comunicabilidade das causas extintivas da punibilidade 
São causas que se comunicam aos coautores e partícipes, ocorrendo com um estende-se a todos.
Perdão para quem o aceitar
Abolitio 
Decadência
Perempção 
Renuncia ao direitode queixa
Retratação no crime falso testemunho
São causas que não se comunicam, abrangem só o coautor ou partícipe especifico, conforme requisito legal.
Morte do agente
Perdão Judicial 
Graça, indulto e anistia (inclui ou exclui coautores conforme o caso)
Retratação do querelado na calúnia e difamação 143
Prescrição: conforme o caso. Ex.: agente < 21 e o outro não a prescrição com relação ao primeiro computa-se pela metade.
108: Ex.: não é porque o furto prescreveu, extinguindo a punibilidade do agente, que a punibilidade da receptação sofrerá qualquer arranhão, ou porque ameaça deixar de ser considerada delito que o roubo será afetado.
Momentos de ocorrência
Antes do trânsito em julgado: atinge-se o direito de punir do Estado, não persistindo qualquer efeito do processo ou da sentença condenatória eventualmente proferia.
Ex.: prescrição, decadência, renuncia
Após o transito em julgado: extingue-se a pretensão executória do Estado (pena), remanescendo no entanto os efeitos secundários da sentença condenatória, como lançamento do nome no rol dos culpados, possibilidade de gerar reincidência e maus antecedentes.
Morte do agente: princípio geral de que a morte tudo resolve. 5º, XLV, 1º parte: a pena não passa da pessoa do delinquente.
- Certidão de óbito
- Morte presumida (6º CC): 2 correntes 
1ª – Aceita a declaração do Direito Civil (Hungria/ Noronha/ Fragoso)
2ª – Somente a Certidão de óbito (Mirabete/ Damásio)
NUCCI – aguardar a expedição ou não da certidão de óbito, caso essa não exista deve-se aguardar a prescrição.
Art. 7º CC: se registrada a decisão de morte presumida pode-se dar o mesmo efeito da certidão de óbito, declarando-se extinta a punibilidade.
Falsidade da certidão de óbito, após extinção punibilidade caso réu apresente certidão falsa, pode haver revisão reinaugurar a demanda penal?
- MAJORITARIA: não, pois não existe revisão pro sociate, o caso seria puni-lo pela falsidade.
Anistia: é a declaração pelo poder público de que determinados fatos se tornam impuníveis por motivo de utilidade social, volta-se aos fatos e não as pessoas
- Antes condenação definitiva: própria 
- Após condenação definitiva: imprópria
Extingue a ação e a condenação sem deixar efeitos secundários.
Primordialmente se destina a crimes políticos.
5º XLVIII: não cabe para HTTT
Condicionada ou incondicionada, o beneficiário aceita ou não.
Condicionada: Cabe recurso
Uma vez concedida não pode ser revogada
Geral: Todos
Parcial: somente alguns (Ex.: não os reincidentes)
Irrestrita ou limitada: Abranger todos os delitos ou excluir alguns deles.
Só é concedida através de lei editada pelo congresso nacional
Efeito extunc: apaga o crime e todos o efeitos da sentença, embora não atinge efeitos civis.
Extingue também medida de segurança 96 § Único.
107 excludente tipicidade: apagado o fato, afasta tipicidade.
Graça ou indulto Individual
É a clemencia destina a uma pessoa determinada, não dizendo respeito a fotos criminosos. 188 a 192 LEP.
Perdão concedido pelo Presidente da República, dentro de sua avaliação discricionária, não sujeito a qualquer recurso, a graça deve ser cessada com parcimônia.
Total: alcançar todas as sanções impostas ao condenado ou substituindo a sanção –COMUTAÇÃO, não extingue a punibilidade.
Petição condenado, por inciativa do MP, Conselho Penitenciário ou da autoridade administrativa.
Exige parecer do Conselho Penitenciário seguindo ao Ministério da Justiça. Após Presidente República delibera;
Pressupõe sentença condenatória com transito em julgado, servindo para apagar somente os efeitos executórios da condenação, mas não os secundários (reincidência, nome no rol dos culpados).
Extinguir medida segurança.
192 LEP: concedido indulto, juiz execução declara extinta a pena ou ajusta execução (no caso de comutação).
O juiz que analisa se o condenado preenche as condições impostas.
Se não tem condições o juiz é o obrigado a acatar.
Indulto Coletivo
Clemencia destina a um grupo de sentenciados, tendo em vista a duração das penas aplicadas, podendo exigir requisitos subjetivos (primariedade, comportamento carcerário, antecedentes) e objetivos (cumprimento de parte pena, exclusão de certos crimes).
TOTAL: extingue todas as condenações do beneficiário.
PARCIAL: diminui ou substitui a pena por outra mais branda. Não extingue punibilidade – COMUTAÇÃO.
Sentença em recurso – Pode / - SURSI –pode.
As penas correspondentes a infrações diversas devem ser para efeito do indulto e da comutação.
Somente pode haver recusa do beneficiário se o indulto for condicionado, uma vez concedido serve para extinguir os efeitos principais da sentença condenatória, mas não os secundários, salvo se o decreto autorizar.
Indulto incidente: uma só das penas sofridas pelo condenado em vias de cumprimento.
O decreto pelo presidente não produz efeito por si só, devendo o juiz da execução analisar e decretar extinta a punibilidade.
Decretos contem condições objetivas e subjetivas que necessitam de avaliação judicial, ouvido o MP.
Abolitio Criminis 
Trata-se de lei nova deixando de considerar determinada conduta como crime. Ocorre retroatividade da lei penal benéfica.
Exclui tipicidade, ainda que no contexto de excludente de punibilidade.
Decadência
Trata-se da perda do Direito de ingressar com ação privada ou de representação por não ter sido exercido no prazo legal. Atinge o direito de punir do Estado indiretamente, uma vez que, não mais existindo possibilidade de se instaurar o devido processo legal, não se pode impor condenação. 
Art. 103
Exceção 529 Caput CPP – 30 dias da homologação do laudo mais 6 meses (propriedade material).
Vítima <18 anos: Prazo para representar ou ingressar com queixa crime corre só por representante. 
594 STF: Após 18 anos conta-se 6 meses.
Prazo é interrompido com a apresentação da queixa emm juízo, ou da representação. “Decaído direito se não o exercer em 6 meses”
Perempção: perimir, matar, destruir
Trata-se de uma sanção processual pela inércia do particular na condução da ação penal privada, impedindo-o de prosseguir na demanda.
Aplicável apenas à ação penal privada exclusiva e não na subsidiária da pública.
4 Hipóteses:
Iniciada a ação, o querelante deixa de promover o andamento do processo durante 30 dias seguidos. Ex.: deixa de pagar despesas no processo;
Mas o juiz deve verificar se o querelante foi intimado pessoalmente a dar prosseguimento, se não ocorreu força maior, se a desídia foi do querelante e não do serventuário ou do próprio querelado.
Falecendo o querelante, ou ficando incapaz, não comparecem em juízo para prosseguir no processo, dentro de 60 dias, seus sucessores, nessa ordem: Cônjuge, ascendente, descendente ou irmão (36 CPP).
O querelante deixa de comparecer, sem motivo justificado, a qualquer ato do processo a que deva estar presente ou não formula pedido de condenação nas alegações finais. Não há caso em que o querelante deva estar presente, mas se ele e seu defensor faltam a uma audiência, por exemplo, sem justificativa, pode ocorrer a perempção.
O querelante, pessoa jurídica que se extingue, não deixa sucessor. Ocorre ainda a perempção em ação penal privada, no caso de morte do querelante, quando for personalíssima, como por exemplo, no introduzimento a erro essencial (art. 236 CPP).
Renúncia e perdão
Renúncia é a desistência da propositura da ação penal privada.
Maioria doutrina: é aplicável à ação penal subsidiária da pública, embora isso não impeça o MP de denunciar.
Perdão é a desistência do prosseguimento da ação penal propriamente dita.
	: A renúncia ocorre antes do ajuizamento da ação e o perdão depois.
Tanto na renúncia e perdão podem ser expressos ou tácitos
Expresso: Ocorrem através de declaração escrita e assinada pelo ofendido ou por seu procurador, com poderes especiais.
Tácito: Quando o querelante praticar atos incompatíveis

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