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Bacharelado em
Administração
Desenvolvimento 
pessoal e o contexto 
financeiro
Organizadora
Thaisa Bechelli Yamanaka
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od
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br
2º semestre de 2017 - 1ª edição
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) 
(Biblioteca Central da Universidade Metodista de São Paulo)
UNIVERSIDADE METODISTA DE SÃO PAULO 
Rua do Sacramento, 230 - Rudge Ramos 
09640-000 São Bernardo do Campo - SP 
Tel.: 0800 889 2222 - www.metodista.br/ead
É permitido copiar, distribuir, exibir e executar a obra para uso não comercial, desde 
que dado crédito ao autor original e à Universidade Metodista de São Paulo. É vedada 
a criação de obras derivadas. Para cada novo uso ou distribuição, você deve deixar claro 
para outros os termos da licença desta obra
Universidade Metodista de São Paulo
Diretor Geral
Robson Ramos de Aguiar
Conselho Diretor
Valdecir Barreros (Presidente), Aires Ademir Leal Clavel (Vice-Presidente), 
Conselheiros titulares:
Esther Lopes (Secretária), Bispa Marisa de Freitas Ferreira (Assistente do Conselho Geral das 
Instituições Metodistas de Educação), Almir de Oliveira Júnior, Andrea Rodrigues da Motta Sampaio, 
Cassiano Kuchenbecker Rosing, Marcos Gomes Tôrres
Oscar Francisco Alves Jr., Recildo Narcizo de Oliveira, Renato Wanderley de Souza Lima
Conselheiro Suplente: Eva Regina Pereira Ramão, Roberto Nogueira Gurgel
Reitor: Prof. Dr. Paulo Borges Campos Junior
Coordenadora de Graduação: Prof. Dr. Davi Ferreira Barros
Coordenador de Pós-Graduação e Pesquisa: Prof. Dr. Davi Ferreira Barros
Diretor Escola de Gestão e Direito: Fulvio Cristofoli
Diretoria de EAD: Prof. Dr. Luciano Sathler
Coordenação do EAD: Prof. Drª Adriana Barroso de Azevedo
Coordenador do Curso 
de Administração 
Oswaldo Martins Filho
 
Organizadora 
Thaisa Bechelli Yamanaka 
 
Professores Autores
Prof. Me. Emerson Bisco
Prof. Me. Barbara Mourão Sachett
Prof. Dr. Douglas Murilo 
 
Produção de Materiais 
Didático-Pedagógicos EAD
Marcio Araujo Oliverio
Assessoria Pedagógica 
Adriana Barroso de Azevedo
Ana Claudia Betonio Rubio
Eliana Vieira dos Santos 
Luciane Moreno de Senna
Naiane Pereira de Melo
 
Revisão 
Carlos Alberto Coelho
Data desta edição 
2o semestre de 2017
ex
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te
Bacharelado em
Administração
Desenvolvimento 
pessoal e o contexto 
financeiro
Organizadora
Thaisa Bechelli Yamanaka
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2º semestre de 2017 - 1ª edição
Universidade Metodista de São Paulo
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Palavra do Reitor
Caro(a) aluno(a) do Campus EAD Metodista,
É com muita alegria que recebemos você na Universidade Metodista de São Paulo!
Este material é seu Guia de Estudos digital, elaborado com muita dedicação pelos docentes do 
seu curso. Ele é parte importante do nosso empenho para que a qualidade na educação superior 
da Metodista seja cada vez mais elevada. Os textos aqui presentes serão estudados durante o 
semestre nas suas atividades da semana. Aproveite ao máximo o conteúdo aqui disponibilizado, 
explorando todas as possibilidades para o aprofundamento dos temas tratados.
Desde o início da EAD Metodista (2006), buscamos intensamente a formação da equipe 
de docentes e técnicos, qualidade nas atividades propostas, estímulo para a construção de 
conhecimento e interação professor-aluno cada vez mais eficiente e eficaz.
No ano passado nós comemoramos 10 anos de EAD Metodista. Este ano, com a responsabilidade 
de formar profissionais ativos, competitivos, prontos para dar respostas às necessidades atuais do 
mercado e às que estão por vir, a Universidade Metodista de São Paulo inova mais uma vez ao 
oferecer aos alunos um novo modelo de EAD flexibilizando ainda mais as possibilidades de estudo. 
Agora, além dos cursos semipresenciais e totalmente online, a EAD oferece um novo modelo 
onde o aluno opta entre comparecer ao polo ou assistir as aulas onde estiver, utilizando um 
computador, notebook, tablet, smartphone com acesso à internet.
Além disso, a Metodista caminha para ampliar sua rede de polos de apoio presencial, por meio 
de um trabalho que só é possível graças a você, aluno(a)!
Por todos estes motivos, agradecemos a você, querido(a) aluno(a), que nos confiou a importante 
tarefa da educação!
 
Prof. Dr. Paulo Borges Campos Júnior 
Reitor
Administração
Módulo: Planejamento Financeiro
Direito tributário: conceitos gerais
Direito tributário: conceitos gerais - parte 2
Direito tributário: espécie de tributos 
Direito tributário: ações judiciais possíveis no direito 
tributário - como ferramenta da gestão financeira
A gestão dos impostos como ferramenta da gestão finan-
ceira
O princípio da não cumulatividade dos impostos: como 
utilizar o crédito do ICMS
O controle de estoque: PEPS, UEPS e média ponderada
O endividamento e a relação com a gestão dos impostos
Módulo: Desenvolvimento Pessoal
Liderança Empresarial – Conceito, Teorias Clássicas, Lider-
ança e Poder. Características do Líder
Liderança Empresarial – Liderança Situacional e Liderança 
Servidora 
 
Subsistemas de Recursos Humanos
Gestão estratégica de pessoas
 
Folha de pagamento
Módulo: Economia Brasileira e Mercado de Capitais
Instituições financeira e mercado de capitais - O Sistema 
Financeiro Nacional
Instituições financeiras e mercado de capitais - As 
aplicações financeiras e o mercado de capitais
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Direito tributário: 
conceitos gerais 
Objetivos:
Apresentar ao aluno de 
Administração as noções 
básicas de Direito Tributário por 
meio da análise do conceito, 
dos princípios constitucionais e 
da obrigação tributária.
Palavras-chave:
Código Tributário Nacional; 
Constituição Federal; princípios; 
tributos; obrigação tributária
Profa. Ma. Barbara Mourão Sachett
Módulo
www.metodista.br/ead
Planejamento Financeiro
1. Conceito de Direito Tributário
O Direito Tributário é uma disciplina que faz parte do Direito Público, por ser o Poder Público a 
única entidade que possui a competência, disciplinada por lei, para instituir e cobrar tributos.
O Direito Tributário corresponde a um conjunto de normas e proposições que disciplina a atividade 
do Poder Público de criação, fiscalização e arrecadação de tributos.
Os princípios e as normas do Direito Tributário disciplinam três atividades estatais: a criação, a 
cobrança e a arrecadação de tributos.
De acordo com Fabretti (2006):
Em razão da necessidade de obtenção de recursos para a realização das atividades públicas, 
cujo objetivo é alcançar o bem comum, o Estado exerce também uma atividade financeira, na qual 
arrecada as receitas públicas, as administra e paga as despesas públicas autorizadas pelo orçamento.
A criação de tributos, no Brasil, é realizada pelo legislador, tendo por base, no entanto, a própria lei.
Já as atividades de cobrança e arrecadação não podem ser confundidas: cobrar é exigir um tributo; 
arrecadar é receber do contribuinte o valor devido.
O Direito Tributário cria uma obrigação tributária, por parte do contribuinte; por outro lado, é o 
Estado que tem a legitimidade para cobrar os tributos.
A teoria geral do Direito Tributário discute questões básicas, tais como: o poder que o Estado tem 
de cobrar tributos, poder esse, diga-se, que está delimitado na lei; e quais os tipos e as alíquotas dos 
tributos previstos na legislação brasileira
2. Princípios do Direito Tributário
Os princípios do Direito Tributário são limitações constitucionais ao poder de tributar, normas , 
que restringem e condicionam o exercício da competência tributária.
Esses princípios são considerados garantias individuais do contribuinte, não podendo ser 
suprimidos ou limitados por emenda constitucional.Impõem suas limitações ao legislador (criação de normas) e à administração fiscal (fiscalização e 
arrecadação tributárias).
Os princípios do Direito Tributário estão previstos na Constituição Federal e no Código Tributário 
Nacional (CTN).
2.1 Princípio da legalidade
Estabelece a premissa de que nenhum tributo pode ser criado ou majorado, senão por meio de lei.
O artigo 150, I, da Constituição Federal, estabelece que a instituição, o aumento, a diminuição e 
a extinção também dependem de lei.
O termo lei , em Direito Tributário, é empregado no sentido amplo, abrangendo leis ordinárias, 
complementares, emendas constitucionais, entre outras.
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2.2 Princípio da irretroatividade
Estabelece que é vedada a exigência de tributo antes do início da vigência da lei que o tiver criado 
ou aumentado.
Em outras palavras, o princípio da irretroatividade, ou da segurança jurídica, proíbe que lei tributária 
atinja fato anterior à sua vigência.
Porém, o artigo 106 do Código Tributário Nacional (CTN) afirma que a lei meramente interpretativa 
– aquela promulgada exclusivamente para esclarecer o conteúdo de lei anterior – retroage e que as 
leis mais benéficas ao contribuinte podem retroagir.
2.4 Princípio da capacidade contributiva
De acordo com o princípio da capacidade contributiva, sempre que possível, os impostos deverão 
ser graduados segundo as possibilidades econômicas do contribuinte.
O princípio da capacidade contributiva é aplicável aos seguintes impostos: Imposto de Renda 
(IR), Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU) e Imposto Territorial Rural (ITR). 
2.5 Princípio da vedação do confisco
De acordo com o artigo 273 da Constituição Federal, confisco é a retirada compulsória de 
propriedade privada pelo Estado, como ocorre no caso de bens utilizados para o plantio de 
psicotrópicos.
O princípio da vedação do confisco proíbe que a tributação seja utilizada como mecanismo estatal 
de expropriação de bens privados.
Não obstante, a lei não estabelece parâmetros para caracterização de uma tributação considerada 
confiscatória, sendo utilizada diante do caso concreto e levando-se em conta a capacidade financeira 
do contribuinte.
2.6 Princípio da Não cumulatividade
Esse princípio impõe, em certos tributos, a realização de operações contábeis que permitam abater, 
do valor a ser pago pelo contribuinte, as quantias recolhidas nas operações anteriores.
A Não cumulatividade deve ser aplicada porque alguns tributos incidem em diversas etapas 
da cadeia produtiva e circulatória de um bem, o que por sua vez, pode acarretar o fenômeno da 
tributação em cascata, ou seja, a elevação do valor final do produto, com a consequente oneração 
excessiva do contribuinte.
MAZZA (2015) exemplifica: “se uma caixa de chocolates entra no estabelecimento atacadista X pelo 
valor de R$10,00 com recolhimento de R$1,00 de ICMS (suponha uma alíquota hipótetica de 10%), 
esse valor (R$1,00) gera um crédito em favor de X. Quando X revende a mercadoria de R$15,00, o 
R$1,50 que seria devido de ICMS terá desconto do crédito de R$1,00 na entrada, gerando um valor 
de R$0,50 a ser pago”.
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3. Obrigação tributária
Os tributos são decorrentes da relação jurídica de conteúdo patrimonial, denominada obrigação 
tributária, relação esta composta de três elementos: sujeito ativo, sujeito passivo e objeto.
O objeto dessa obrigação tributária confere ao sujeito ativo o direito subjetivo de exigir a obrigação 
e ao sujeito passivo o dever jurídico de cumpri-la.
O credor da obrigação tributária (sujeito ativo) é o Poder Público e do devedor (sujeito passivo) 
é o contribuinte.
As obrigações tributárias, conforme preceitua o artigo 113 do Código Tributário Nacional, são de 
dois tipos: obrigações principais e obrigações acessórias.
De acordo com o artigo 113, parágrafo 1º do Código Tributário Nacional (CTN), obrigações 
principais são aquelas nascidas com a ocorrência do fato gerador, tendo por objeto o dever de pagar 
certa quantia ao Fisco, e que se extinguem juntamente com os créditos delas decorrentes.
Já em relação às obrigações acessórias (ou secundárias), estabelece o artigo 113, parágrafo 2º 
do Código Tributário Nacional (CTN), que envolvem prestações de fazer ou não fazer instituídas no 
interesse da arrecadação e da fiscalização tributárias; como exemplo, pode-se citar a elaboração da 
declaração do Imposto de Renda.
Ainda de acordo com o artigo 113, em seu parágrafo 3º, a obrigação acessória, se descumprida, 
pode se converter em principal para fins de cobrança da penalidade pecuniária.
As condições de direito e de fato de o Estado cobrar tributos e a obrigação do contribuinte de 
pagá-los constituem as fontes da obrigação tributária.
As fontes da obrigação tributária são a lei, o fato gerador e o lançamento.
O dever de pagar tributos decorre diretamente da lei.
À constituição do crédito tributário dá-se o nome de lançamento.
Lançamento, de acordo com a lei, é o procedimento administrativo tendente a apurar a ocorrência 
do fato gerador da obrigação tributária, examinar a circunstância em que a mesma ocorreu, identificar 
o sujeito passivo, definir o montante de respectivo crédito, expedir avisos de cobrança e, se for o 
caso, aplicar a penalidade cabível.
De acordo com a lei, existem três modalidades de lançamento:
Lançamento de ofício: realizado por iniciativa de autoridade administrativa.
Lançamento por declaração: realizado em face de declaração fornecida pelo contribuinte ou 
por terceiro.
Lançamento por homologação: relativo a tributos cuja legislação atribua ao sujeito passivo o 
dever de antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa.
Universidade Metodista de São Paulo
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Referências
Referências
DOWER, Nelson Godoy Bassil. Instituições de Direito Público e Privado. 14. ed, São Paulo: 
Saraiva, 2014. 
FABRETTI, Láudio Camargo. Direito Tributário Aplicado. São Paulo: Atlas, 2006.
FABRETI, Láudio Camargo. Direito Tributário para os Cursos de Administração e Ciências 
Contábeis. São Paulo: Atlas, 2014.
MAZZA, Alexandre. Manual de Direito Tributário. São Paulo, Saraiva, 2015 .
 
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Direito tributário: 
conceitos gerais
Parte 2
Objetivos:
Apresentar ao aluno de 
Administração as noções básicas 
de Direito Tributário por meio 
da análise das condições da 
concessão das imunidades e das 
isenções, da base da tributação no 
Brasil e da competência tributária.
Palavras-chave:
Imunidade; isenção; 
competência; União; Estados; 
municípiostributos; obrigação 
tributária
Profa. Ma. Barbara Mourão Sachett
Módulo
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Planejamento Financeiro
1. Imunidade e Isenção
As imunidades tributárias são normas constitucionais que excluem a competência dos Entes 
Federativos para a instituição de impostos sobre determinadas situações ou de certas pessoas.
Somente a Constituição Federal pode instituir a imunidade, sendo considerada, portanto, uma 
hipótese de não incidência constitucionalmente qualificada.
A imunidade apresenta alguns pontos de semelhança com a isenção, no entanto, não podem ser 
confundidas, já que a isenção refere-se a formas de dispensa do pagamento de tributos previstas 
sempre por leis infraconstitucionais.
A isenção se dá no plano da legislação infraconstitucional, ou seja, confere aos entes federativos 
(União, Estados, Municípios e Distrito Federal), a possibilidade, por meio de lei ordinária, de conceder 
isenção de pagamento de tributos às pessoas físicas e jurídicas (contribuintes); como exemplo pode-
se citar a concessão de incentivos fiscais.
A imunidade vem expressa no artigo 150 da Constituição Federal:
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à
União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
[...]
VI - instituir impostos sobre:
a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros;
b) templos de qualquer culto;
c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das
entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem 
fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei;
d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão.
[...] 
- 2º - A vedação do inciso VI, “a”, é extensiva às autarquias e às fundações instituídas e mantidas 
pelo Poder Público, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços, vinculados a suas finalidades 
essenciais ou às delas decorrentes. 
- 3º - As vedações do inciso VI, “a”, e do parágrafo anterior não se aplicam ao patrimônio, à renda 
e aos serviços, relacionados com exploração de atividades econômicas regidas pelas normas aplicáveis 
a empreendimentos privados, ou em que haja contraprestação ou pagamento de preços ou tarifas 
pelo usuário, nem exonera o promitente comprador da obrigação de pagar imposto relativamente 
ao bem imóvel. 
- 4º - As vedações expressas no inciso VI, alíneas “b” e “c”, compreendem somente o patrimônio, 
a renda e os serviços, relacionados com as finalidades essenciais das entidades nelas mencionadas.
De acordo com o artigo 150 da Constituição, supracitado, pode-se classificar as imunidades nas 
seguintes espécies:
 a) imunidades pessoais: são aquelas conferidas em favor de determinadas pessoas, por exemplo, 
as imunidades conferidas aos partidos políticos, incluindo suas fundações, às entidades sindicais dos 
trabalhadores, às instituições de educação e de assistência social.
b) imunidades reais: são as que incidem sobre determinados bens ou serviços; como exemplo, 
pode-se citar: imunidade dos livros, jornais, periódicos e do papel destinado à sua impressão (artigo 
150, VI, d, da Constituição Federal).
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c) imunidades específicas: são as que se aplicam a tributos determinados; como exemplo, pode-se 
citar a imunidade do Imposto sobre Produtos Industrializados.
2. As bases da tributação no Brasil 
De acordo com Fabretti (2006), a tributação, na maioria dos países economicamente desenvolvidos, 
incide sobre as seguintes bases:
- comércio exterior (importação e exportação).
- patrimônio.
- renda.
- consumo.
Ainda segundo o autor:
No Brasil, entretanto, a Emenda Constitucional n. 18/65, que instituiu pela primeira vez no País o 
Sistema Tributário Nacional, ao invés de tributar o consumo, ou seja, de forma direta o consumidor 
no local onde ele adquire os bens ou serviços, portanto no destino, resolveu tributar a produção e 
a circulação, ou seja, na origem.
Esse fato é uma das causas que aumentaram em muito a carga tributária, pois o vendedor repercute 
para o preço os tributos incidentes sobre a venda, mediante um cálculo por dentro.
Esse tipo de cálculo acaba por fazer incidir tributo sobre tributo, elevando ainda mais a carga 
tributária. Por essa razão, o consumidor é o contribuinte de fato, ou seja, ao pagar o preço, arca com 
o peso da carga tributária, enquanto o vendedor é apenas o contribuinte de direito.
De uma forma resumida , o ciclo econômico é formado pelas seguintes etapas: produção e a 
industrialização; circulação e, por último, o consumo .
A tributação sobre a produção ocorre por meio da cobrança do Imposto sobre Produtos 
Industrializados (IPI), conforme disposto no inciso IV do artigo 153 da Constituição Federal.
Já a tributação sobre a circulação é realizada por meio do ICMS que incide sobre as operações 
de circulação de mercadorias e de serviços de transporte intermunicipal e interestadual, de acordo 
com o disposto no artigo 155, II, da Constituição Federal.
A tributação sobre o Comércio Exterior se dá pela cobrança do Imposto de Exportação e do Imposto 
de Importação (impostos regulatórios), de acordo com o disposto no artigo 153 da Constituição 
Federal. 
A competência para tributar o patrimônio líquido foi repartida entre a União, os Estados e os 
Municípios.
O artigo 155, I, da Constituição Federal estabelece a competência aos Estados para tributar a 
transmissão causa mortis e a doação, de quaisquer bens ou direitos, pelo Imposto de Transmissão 
Causa Mortis e Doações (ITCMD).
O inciso II do artigo 155 estabelece a competência aos Estados para instituir e cobrar o Imposto 
sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA).
Já o artigo 156, II, da Constituição Federal, dá a competência aos Municípios para tributar a 
transmissão inter vivos de bens imóveis, pelo Imposto de Transmissão de Bens Imóveis (ITBI).
Compete também aos Municípios o Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana 
(IPTU), conforme disposto no artigo 156, I, da Constituição Federal.
Em relação à renda, sua tributação compete à União, conforme disposto no artigo 153, III, da 
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Constituição Federal.
O artigo 43 do Código Tributário Nacional define renda como o produto da aplicação de capital 
(aluguéis, juros, dividendos, entre outros); do trabalho, com ou sem vínculo empregatício; ou da 
combinação de ambos.
Já provento é todo acréscimo patrimonial, não definido como renda; prêmios de loterias, por 
exemplo. A herança não é tributada pelo Imposto de Renda (IR).
3. Competência tributária 
A competência tributária é estabelecidano Código Tributário Nacional (CTN) mas, principalmente, 
na Constituição Federal.
3.1 Impostos da União 
De acordo com o artigo 153 da Constituição Federal, a União pode instituir impostos sobre:
I - importação de produtos estrangeiros (II);
II- exportação de produtos nacionais ou nacionalizados (IE);
III - renda e proventos de qualquer natureza (IR);
IV - produtos industrializados (IPI);
V - operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas aos títulos ou valores mobiliários (IOF);
VI - propriedade territorial rural (ITR);
VII - grandes fortunas, nos termos de lei complementar (IGF);
Outros impostos que podem ser cobrados pela União:
- Contribuições Sociais (art. 195, I da CF);
- Contribuições de Intervenção no Domínio econômico (art. 149 da CF);
- Empréstimos Compulsórios.
3.2. Impostos dos Estados
De acordo com o disposto no artigo 155 da Constituição Federal, os Estados podem cobrar os 
seguintes impostos:
- transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos (ITCMD);
- operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte 
interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem 
no exterior (ICMS);
- propriedade de veículos automotores (IPVA).
3.3 Impostos dos municípios
O artigo 156 da Constituição Federal estabelece a competência dos Municípios para instituir os 
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seguintes impostos:
- propriedade predial e territorial urbana (IPTU);
- transmissão “inter vivos”, a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou 
acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos 
à sua aquisição (ITBI);
- sobre serviços de qualquer natureza (ISS).
3.4. Competência comum
De acordo com a legislação tributária, as Taxas e as Contribuições de Melhoria são cobradas por 
qualquer ente.
Referências
DOWER, Nelson Godoy Bassil. Instituições de Direito Público e Privado. 14. ed. São Paulo: 
Saraiva, 2014. 
FABRETTI, Láudio Camargo. Direito Tributário Aplicado. São Paulo: Atlas, 2006.
FABRETI, Láudio Camargo. Direito Tributário para os Cursos de Administração e Ciências 
Contábeis. São Paulo: Atlas, 2014.
MAZZA, Alexandre. Manual de Direito Tributário. São Paulo: Saraiva, 2015 .
 
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Direito tributário: 
espécies de 
tributos
Objetivos:
Apresentar ao aluno de 
Administração as noções básicas 
de Direito Tributário por meio da 
análise das espécies tributárias.
Palavras-chave:
Espécie; tributo; união; Estados; 
municípios; Distrito Federal.
Profa. Ma. Barbara Mourão Sachett
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Planejamento Financeiro
1. Conceito de tributo
Tributos são prestações obrigatórias, em espécie, exigidas pelo Estado, em função de seu poder 
de império, sem caráter sancionatório.
Normalmente visam à finalidade fiscal: a obtenção de recursos necessários para o funcionamento 
do Estado.
A obtenção de recursos necessários para o funcionamento do Estado. 
Alguns tributos possuem, além da função meramente 
arrecadatória ou fiscal, finalidade outra que se destina a regular 
a economia, criando mecanismos que induzem, ou incentivam, a 
conduta do potencial contribuinte numa ou noutra direção. É o 
que se viu recentemente com a majoração das alíquotas do IPI, 
incidente sobre a importação de automóveis, já que, no período de 
janeiro a agosto de 2011, a balança comercial do setor automotivo 
atingiu um déficit de R$ 3 bilhões (MAZZA, 2015).
De acordo com o artigo 3º do Código Tributário Nacional (CTN):
Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, 
que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa 
plenamente vinculada.
Passaremos à análise dos elementos da definição de tributo contida no artigo 3º do CTN:
a) Prestação pecuniária compulsória: significa que a legislação tributária brasileira somente 
estabelece tributos cujo objeto é prestação pecuniária, ou seja, cujo cumprimento se faz pela entrega 
de dinheiro. Essa prestação é compulsória porque o dever jurídico tributário é imposto pelo Estado 
ao contribuinte.
b) Em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir: para alguns doutrinadores, constitui-se numa 
locução redundante, já que pode ser confundida com o princípio já descrito na letra “a”, acima citado.
c) Que não constitua sanção de ato ilícito: significa afirmar que o tributo não tem natureza 
sancionatória (punitiva), sendo que a hipótese de incidência do tributo é ato lícito.
d) Instituída em lei: o tributo deve ser instituído por lei. Por força do princípio da legalidade contido 
no artigo 150, I, o tributo só pode ser instituído (ou aumentado) por lei. 
d) Cobrança mediante atividade plenamente vinculada: de acordo com a lei, os atos administrativos 
podem ser vinculados ou discricionários. Os atos vinculados são aqueles que têm seu conteúdo 
determinado em lei. Atos discricionários são aqueles que têm seu conteúdo, ou parte dele, não 
predeterminado em lei, mas deixando a cargo da conveniência político administrativa do agente 
competente para praticá-lo.
A arrecadação dos tributos é ato vinculado em virtude do princípio da legalidade.
2. Classificação dos tributos
De acordocom o artigo 5º do Código Tributário Nacional (CTN) e a Constituição Federal, são 
espécies tributárias: os impostos, as taxas, as contribuições de melhoria,os empréstimos compulsórios 
e as outras contribuições.
 2.1 Impostos: conceito
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O artigo 16 do Código Tributário Nacional estabelece que imposto é tributo cuja obrigação tem 
por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao 
contribuinte.
O imposto é destinado ao custeio das despesas públicas.
 2.2 Espécies de Impostos. Imposto sobre Importação (II)
O Imposto sobre Importação é previsto no artigo 153, I, da Constituição Federal e disciplinado 
pelas Leis 7.810/89, 8.003/90, 8.032/90, 8.035/90, 9.449/97 e pelo Decreto-Lei 37/66.
O Imposto sobre Importação tem como fato gerador a entrada de mercadoria estrangeira no 
território nacional.
Também considera-se estrangeira a mercadoria nacional ou nacionalizada exportada, que retornar 
ao País.
A competência para instituir o Imposto sobre Importação (II) é da União.
Segundo teor do artigo 31 do Decreto-Lei 37/66, são contribuintes do Imposto sobre Importação:
- o importador, assim considerada qualquer pessoa que promova a entrada de mercadoria 
estrangeira no território nacional;
- o destinatário de remessa postal internacional indicada pelo respectivo remetente;
- o adquirente de mercadoria entrepostada.
No mesmo sentido, segundo o artigo 32 do Decreto-Lei 37/66, são responsáveis tributários:
- o transportador, quando transportar mercadoria procedente do exterior ou sob controle 
aduaneiro, inclusive em percurso interno;
- o depositário, assim considerada qualquer pessoa incumbida da custódia de mercadoria sob 
controle aduaneiro.
2.3 Espécies de Impostos. Imposto sobre Exportação (IE) 
O Imposto sobre Exportação (IE) está previsto no artigo 153, II, da Constituição Federal. A 
competência é da União. É regido pelo Decreto Lei nº 1.578/77.
Segundo teor do decreto-lei acima citado, o Imposto sobre Exportação tem como fato gerador 
a saída de produtos nacionais ou nacionalizados do território nacional, considerando-se como tal 
o momento da expedição da guia de exportação ou documento equivalente. O contribuinte do 
Imposto sobre Exportação é o exportador, assim considerada qualquer pessoa que promova a saída 
do produto do território nacional.
2.4 Espécies de Impostos. Imposto sobre a Renda (IR) 
O artigo 153, III, da Constituição Federal, estabelece que é de competência da União a instituição 
do Imposto sobre a Renda (IR).
Além da Constituição Federal, outras leis regulamentam o IR: 8.034/90, 8.166/91, 8.848/94, 8.981/95, 
9.316/96, 9.430/96 e 9.532/97.
De acordo com o artigo 153, parágrafo 2º da Constituição Federal, o Imposto de Renda será 
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informado pelos critérios da generalidade, universalidade e progressividade.
Por generalidade, entende-se que o IR deve incidir sobre qualquer espécie de renda ou provento.
Por universalidade, entende-se que todas as pessoas físicas ou jurídicas sujeitam-se à incidência 
do imposto.
A progressividade, prevista no artigo 145, parágrafo 1º da Constituição Federal, estabelece que 
as alíquotas do Imposto de Renda (IR) devem ser graduadas conforme a capacidade econômica do 
contribuinte.
De acordo com o preceito do artigo 43 do CTN, o fato gerador do Imposto de Renda é a aquisição 
da disponibilidade econômica ou jurídica, por meio de:
I - renda, assim entendido o produto do capital, do trabalho ou da combinação de ambos;
II - proventos de qualquer natureza, assim entendidos os acréscimos patrimoniais não 
compreendidos no inciso anterior.
Segundo teor do artigo 45 do CTN: contribuinte do imposto é o titular da disponibilidade, sem 
prejuízo de atribuir a lei essa condição ao possuidor, a qualquer título, dos bens produtores de renda 
ou dos proventos tributáveis.
Em relação à base de cálculo do imposto, a lei prevê as seguintes hipóteses: lucro real, lucro 
presumido e lucro arbitrado.
O lucro real leva em conta o acréscimo patrimonial efetivo.
O lucro presumido é calculado por meio de coeficientes de acordo com o tipo de atividade, 
aplicados sobre a receita bruta.
O lucro arbitrado é aplicado em situações nas quais as empresas não estão com a escrituração 
contábil regular, portanto, o Fisco é obrigado a arbitrar o valor do lucro.
2.5 Espécies de Impostos. Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) 
De acordo com o artigo 153, IV, da Constituição Federal, à União compete a instituição de Imposto 
sobre Produtos Industrializados (IPI).
Segundo artigo 153, parágrafo 3º da Constituição Federal, o IPI:
I - será seletivo em função da essencialidade do produto;
II - será não cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação com o montante 
cobrado nas anteriores;
III - não incidirá sobre produtos industrializados destinados ao exterior;
IV - terá reduzido seu impacto sobre a aquisição de bens de capital pelo contribuinte do imposto, 
na forma da lei.
2.6 Espécies de Impostos. Imposto sobre Operações Financeiras (IOF)
É previsto no artigo 153, V, da Constituição Federal e é de competência da União. É um imposto 
extrafiscal.
Seu fato gerador é a realização de operação financeira, de câmbio ou seguro, como operação de 
empréstimo bancário, aquisição de moeda estrangeira ou assinatura de contrato de seguro.
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2.7 Espécies de Impostos. Imposto sobre Propriedade Territorial Rural 
(ITR)
É de competência da União. Trata-se de um imposto que funciona como instrumento auxiliar da 
disciplina estatal da propriedade rural, no combate aos grandes latifúndios improdutivos.
 2.8 Espécies de Impostos. Imposto sobre grandes fortunas (IGF)
Apesar de seu tratamento como imposto pela União, ainda não existe lei complementar que defina 
o que se entende por grandes fortunas, a fim de serem definidas suas alíquotas, a incidência e os 
respectivos contribuintes, ou seja, é um imposto que não foi criado, que não existe no ordenamento 
jurídico brasileiro. 
2.9 Espécies de Impostos. Imposto sobre transmissão causa mortis e 
doações de quaisquer bens ou direitos (ITCMD) 
Recai sobre herança ou doação. É um imposto estadual, por essa razão, cada Estado tem uma 
alíquota; em São Paulo, por exemplo, a alíquota é de 4%.
 A base de cálculo é o valor de mercado do bem constante da escritura de doação ou o valor 
venal constante do lançamento do imposto predial.
2.10 Espécies de Impostos. Imposto sobre circulação de mercadorias e 
serviços (ICMS)
É um imposto de competência estadual. Incide sobre a circulação de mercadorias e serviços de 
transporte interestadual.
Competente para cobrar esse imposto é o Estado, dentro do qual a mercadoria saiu do 
estabelecimento do empresário por ter sido vendida ao consumidor, a outro empresário ou indústria.
O ICMS é um imposto não cumulativo, isto é, por ocasião da revenda da mercadoria adquirida de 
fabricante ou adquirida de outro empresário, o imposto será recolhido pelo vendedor, compensando-
se com o imposto recolhido na operação anterior.
São considerados contribuintes: o importador, o arrematante ou adquirente, o produtor, o extrator, 
o industrial, o empresário e o prestador de serviços de transporte interestaduais e intermunicipais. 
O lançamento do imposto é por homologação.
2.11 Espécies de Impostos. Imposto sobre Propriedade de veículos 
automotores (IPVA)
É um imposto de competência estadual e tem como fato gerador a propriedade de veículos 
automotores.
O cálculo do imposto é feito mediante aplicação de alíquota percentual de acordo com o valor, 
ano de fabricação, marca e modelo do veículo.
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2.12 Espécies de Impostos. Imposto sobre propriedade predial e territorial 
urbana (IPTU ) 
É de competênciamunicipal. Tem como fato gerador a propriedade de imóveis. O lançamento 
desse imposto é feito com base no cadastro imobiliário da Prefeitura, a qual notifica anualmente o 
contribuinte para seu pagamento.
2.13 Espécies de Impostos. Imposto sobre transmissão inter vivos (ITBI)
Trata-se, também, de um imposto municipal. Tem por fato gerador a transmissão de propriedade 
do imóvel de uma pessoa a outra, a título oneroso.
2.14 Espécies de Impostos. Imposto sobre serviços de qualquer natureza 
(ISS)
Imposto municipal cujo fato gerador é a prestação de serviços de qualquer natureza, por empresa 
ou profissional autônomo.
As alíquotas do ISS são fixadas com autonomia pelos municípios e a base de cálculo, de uma 
maneira geral, é o preço cobrado pelos serviços, sendo que alguns municípios estabelecem também 
valores fixos, dependendo do profissional. O contribuinte é a empresa prestadora de serviços e o 
trabalhador autônomo.
3. Taxas
É o pagamento obrigatório, em dinheiro, que o Estado, pelo seu poder fiscal e na forma da lei, 
exige em razão de atividade especial prestada ao contribuinte.
A taxa possui as seguintes características:
- é instituída por lei;
- pressupõe a prestação de um serviço pelo Estado ao particular, de quem é cobrada;
- são tributos destinados a remunerar serviços públicos específicos prestados ao contribuinte ou 
postos à sua disposição;
- impostas unicamente às pessoas beneficiadas por tal serviço, potencial ou efetivamente.
Podem ser citados os seguintes exemplos: taxa postal, judiciária, limpeza etc.
4. Contribuição de melhoria
É o tributo instituído para recuperar o custo da obra pública de que decorra a valorização imobiliária.
É tributo cobrado em razão da valorização produzida em imóvel do contribuinte, em consequência 
da obra pública concreta realizada no local de situação do imóvel.
5. Outras contribuições
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O artigo 149 da CF estabelece as seguintes contribuições:
- contribuições sociais;
- contribuições de intervenção no domínio econômico;
- contribuições de interesse de categorias profissionais ou econômicas.
As contribuições sociais foram instituídas pelo artigo 195 da Constituição Federal e são consideradas 
como tributo misto de imposto e taxa.
Para o empregador, ela incide sobre a folha de salários (INSS – Lei n.º 8.212/91), sobre o faturamento
(Cofins – Lei Complementar n.º 70/91) e sobre o Lucro (CSL – Lei n.º 7.689/88).
As Contribuições de interesse de categorias profissionais ou econômicas são devidas pelos 
profissionais ao seu órgão de registro e fiscalização.
Podem ser citados os seguintes exemplos: OAB, CRA, CREA, entre outros.
Referências
DOWER, Nelson Godoy Bassil. Instituições de Direito Público e Privado. 14. Ed. São Paulo: 
Saraiva, 2014. 
FABRETTI, Láudio Camargo. Direito Tributário Aplicado. São Paulo: Atlas, 2006.
FABRETI, Láudio Camargo. Direito Tributário para os Cursos de Administração e Ciências 
Contábeis. São Paulo: Atlas, 2014.
MAZZA, Alexandre. Manual de Direito Tributário. São Paulo, Saraiva, 2015.
 
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Direito tributário: 
ações judiciais 
possíveis no 
direito tributário
Objetivo:
Apresentar ao aluno de 
Administração-EAD o aspecto processual 
do Direito Tributário por meio da análise 
das ações que a legislação tributária 
disponibiliza ao contribuinte. 
Palavras-Chave:
Lançamento; crédito tributário; ação; 
mandado de segurança.
Profa. Ma. Barbara Mourão Sachett
Módulo
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Planejamento Financeiro
A relação jurídico-tributária, que se inicia no tempo a partir da criação, por lei, do tributo e se 
encerra com a extinção do crédito tributário (que pode ocorrer de várias formas), pode gerar inúmeros 
conflitos entre o ente tributante e o contribuinte ou responsável pelo pagamento do tributo.
O melhor remédio jurídico para a solução desses conflitos será sempre escolhido de acordo com 
o momento em que se encontra esta relação.
Vale aqui recordar a famosa “linha do tempo”, criada única e exclusivamente com fins didáticos 
pelo brilhante professor tributarista Eduardo Sabbag:
Lançamento
HI——————FG—————OT—— —————— ———CT————DA—————EF
 Isenção
 Anistia
Onde:
HI = Hipótese de incidência. Situação abstrata prevista em lei e hábil a deflagrar a relação 
jurídico-tributária. Se essa situação não ocorrer, concretamente, não ocorrerá a geração do tributo.
 Exemplos: auferir renda (IR), ser proprietário de bem imóvel (IPTU), circular mercadorias 
(ICMS), prestar serviços (ISSQN).
 FG = Fato Gerador. É a materialização da hipótese de incidência, a concretização do plano 
abstrato em que se encontra a hipótese de incidência. Senão, vejamos:
 Plano Abstrato Plano Concreto
 Auferir Renda “Eu auferi renda”
 HI FG
 A partir do momento em que há o nexo entre o plano abstrato e o plano concreto está 
criada a subsunção do contribuinte, a adaptação do fato à norma e da norma ao fato. (Nascimento 
do sujeito passivo do tributo). (Arts. 114 a 118 do CTN).
OT = Obrigação Tributária. É o direito de o sujeito ativo (fisco) exigir o tributo e o dever de o 
sujeito passivo (contribuinte ou responsável) pagar o tributo. (art. 113 do CTN). Pode-se dizer que 
OT = Lei+ FG.
 Sujeitos Ativos: União, Estados, Municípios e DF – entes credores, com competência para 
instituir tributos.
 Não confundir com entes parafiscais, que têm o poder somente de arrecadar (capacidade tributária 
ativa), mas não de criar tributos (competência tributária): INSS, OAB e outros (arts. 119 e 120 do CTN).
Sujeitos Passivos: O próprio contribuinte, aquele que detém uma relação direta e pessoal com o 
fato gerador (art. 121 CTN, parágrafo único, I), ou o responsável (art. 121, parágrafo único, II do CTN), 
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que é uma terceira pessoa escolhida por lei para pagar o tributo, sem que tenha realizado o fato 
gerador, como por exemplo os pais para contribuintes menores de idade (Arts. 121 a 123 do CTN).
 Objeto da obrigação tributária (art. 113 do CTN)
 Ato de pagar (tributo ou multa) – obrigação principal - $$$
 Ato diverso de pagamento – obrigação acessória – emitir NF.
 Causa da Obrigação Tributária (arts. 114 e 115 do CTN)
 Lei tributária —————————————————— obrigação principal
 Legislação tributária (instrução normativa, circular, regulamento, portaria, etc.) ————————— 
obrigação acessória 
Isenção ou anistia = dispensas legais da obrigação tributária. A isenção (arts. 176 a 179 do CTN) 
se refere ao tributo e a anistia (arts. 180 a 182 do CTN) às infrações (multas). Só tem o poder de isentar 
ou anistiar quem tem o poder de criar o tributo ou exigir penalidades. Surgem após o nascimento 
da obrigação tributária e antes do lançamento do tributo.
Lançamento = É o que transforma a Obrigação Tributária, ilíquida e inexigível (“dever” de pagar), 
em Crédito Tributário, trazendo exigibilidade à relação jurídico-tributária (art. 142 c/c art. 3º do CTN). 
É o ato documental de exigibilidade do tributo/multa. Exemplo: entregar declaração de IR.
É ato vinculado (regrado pela lei), não discricionário (a autoridade fiscal não pode lavrar o 
auto de infração à luz da oportunidade/conveniência, sob pena de responsabilização civil, penal 
e administrativa do fiscal que atuar sem o respaldo da lei). É a forma de cobrança do tributo, cuja 
definição é dada pelo Art. 3º do CTN – “Tributo é prestação pecuniária, compulsória, diversa de multa, 
instituído por lei e cobrado por lançamento”.
O lançamento é o que permite a identificação da ação adequada no bojo do processo judicial 
tributário.
Rito Mandamental Rito Mandamental 
Mandado de Segurança Mandado de Segurança
Com pedido de liminar – Com pedido de liminar –
preventivo repressivo
 
LANÇAMENTO 
Auto de Infração
Notificação
Rito Ordinário Rito Ordinário
Ação Declaratória de Ação Anulatória de
Inexistência de Relação Débito Fiscal ou de
Jurídico-Tributária com Lançamento Tributário com
Pedido de Tutela Antecipada Pedido de Tutela Antecipada
ANTES APÓS
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Outros tipos de ação cabíveis:
- Se pagamos o que não devíamos ou a mais do que o devido: 
 Ação de Repetição de Indébito
- Se há óbices do credor para o recebimento:
 Ação de Consignação em Pagamento
- Se o devedor já está em face de Ação de Execução Fiscal:
 Embargos à Execução Fiscal
 Tipos de lançamento- Há três tipos de lançamento (ato privativo do Fisco). Os tipos 
surgem em razão da maior ou menor “ajuda” do contribuinte no ato de lançar o tributo:
 1- Direto ou “de ofício” – o fisco dispensa a ajuda do contribuinte. Ex.: IPTU, IPVA.
 2- Misto ou “por declaração” – a ação é conjugada entre o fisco e o contribuinte, pois 
o fisco não dispõe de dados suficientes para realizar o lançamento, contando com o auxílio do 
contribuinte para suprir a deficiência de informação por meio de declaração prestada. Ex.: Imposto 
de Importação, Imposto de Exportação.
 3- Por homologação ou autolançamento – o contribuinte auxilia ostensivamente a 
Fazenda Pública na atividade do lançamento, cabendo ao Fisco homologá-lo, isto é, conferir sua 
exatidão. Ex.: Imposto de Renda e ICMS.
99% DE TODOS OS LANÇAMENTOS SÃO POR HOMOLOGAÇÃO – O CONTRIBUINTE 
INFORMA AO FISCO O VALOR DO TRIBUTO E ESTE APENAS O CONFERE.
CT = Crédito Tributário. É a Obrigação Tributária em “estado ativo”, quantificada e qualificada 
pelo lançamento. Pode-se dizer que o CT = OT + Lançamento (art. 139 do CTN).
O Crédito Tributário poderá ser suspenso, extinto ou excluído.
 A suspensão se dá por: moratória, depósito do montante integral, reclamação ou recurso 
administrativo feito junto ao ente tributante, concessão de liminar em Mandado de Segurança ou 
concessão de tutela antecipada em outras ações e, finalmente, pelo parcelamento do débito.
A extinção se dá por: pagamento, dação(?) em pagamento, compensação, decadência, transação, 
prescrição, remissão, conversão do depósito em renda, decisão judicial passada em julgado, etc.
A exclusão se dá por: isenção ou anistia (concedida antes do lançamento, neste caso, indevido).
DA = Dívida Ativa. É o Crédito Tributário após a inscrição. Pode-se dizer que DA = CT + Inscrição. 
A inscrição, por sua vez, é a inclusão dos valores de tributos devidos, ou a inserção de dados (débitos) 
nos cadastros da Procuradoria, por meio do termo de inscrição na dívida ativa.
A presunção de legitimidade da Dívida Ativa é relativa, porque o devedor pode embargar a 
execução. Para embargar, porém, deve garantir o juízo, depositando o valor discutido.
EF = Execução Fiscal. Consubstanciada pela emissão da Certidão de Dívida Ativa – CDA, que é 
título executivo extrajudicial, e sua efetiva execução.
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Situações fáticas que ensejariam a propositura de ações tributárias:
1 - Ação Declaratória de Inexistência de Relação Jurídico-Tributária com pedido de Tutela Antecipada. 
Publicação de Decreto-regulamentar que majora alíquotas de IR e determinam seu pagamento a 
partir da data de sua publicação. Não há ainda o lançamento.
Nenhum tributo pode ser criado ou aumentado sem lei que o estabeleça (art. 150, I, da CF/88) – 
princípio da legalidade. Decreto não tem força de lei. 
Nenhum tributo pode ser cobrado no mesmo exercício financeiro em que foi publicada a lei que 
o aumentou ou instituiu (art. 150, II, b, da CF/88) – princípio da anterioridade.
Portanto: inconstitucional. Para não se sujeitar a um crédito tributário maior do que o devido, 
com receio de perda financeira, o contribuinte, antes do lançamento, pode pedir ao judiciário que 
declare inexistente esta relação jurídico-tributária com a União Federal.
2- Ação Anulatória de Débito Fiscal com pedido de Tutela Antecipada. Alteração, por decreto da 
Prefeitura, do valor venal dos imóveis, acima da correção monetária do período, fazendo com que a 
base de cálculo do IPTU fosse majorada. Contribuinte recebeu notificação de lançamento de ofício 
do imposto (portanto, já houve o lançamento).
Nenhum tributo pode ser criado ou aumentado sem lei que o estabeleça (art. 150, I, da CF/88) – 
princípio da legalidade. Decreto não tem força de lei. 
Súmula 160 do STJ: É defeso, ao Município, atualizar o IPTU, mediante decreto, em percentual 
superior ao índice oficial de correção monetária.
Pede-se a anulação do débito fiscal atinente ao IPTU, formalizado por intermédio do lançamento 
de ofício, em razão da violação do princípio da legalidade.
Os Mandados de Segurança podem ser 
impetrados nas duas situações, com economia 
para o contribuinte, dado que em MS não há 
honorários. Visa corrigir ato abusivo cometido, 
ou em vias de ser cometido, por autoridade 
coatora.
Seus requisitos são:
1 - direito líquido e certo do contribuinte 
(provado com documentos juntados à inicial e 
não sujeito à prova posterior. Prova cabal, pré-
constituída.);
2 - entre o ato coator e a impetração do 
MS não decorreram mais de 120 dias,se MS 
repressivo. 
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REFERÊNCIAS
DIFINI, LUIZ FELIPE SILVEIRA. MANUAL DE DIREITO TRIBUTÁRIO. SÃO PAULO: SARAIVA, 2006.
FABRETTI, Láudio Camargo. Direito Tributário Aplicado. São Paulo: Atlas, 2006.
MAZZA, Alexandre. Noções elementares de Direito Tributário. São Paulo: Quartier Latin, 2005.
PALAIA, Nelson. Noções essenciais de Direito. São Paulo: Saraiva, 2006.
SABBAG, Eduardo de Moraes. Elementos de Direito: Direito Tributário. São Paulo: Premier 
Máxima, 2007.
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A gestão dos 
impostos como 
ferramenta da gestão 
financeira
Prof. Me. Emerson Bisco
Objetivos:
- Apresentar o conceito da gestão 
financeira
 - Demonstrar o peso da carga 
tributária no Brasil
 - Apresentar os três enquadramentos 
fiscais das empresas no Brasil.
Palavras-Chave:
gestão financeira; gestão de tributos; 
enquadramento fiscal; simples nacional; 
lucro presumido; lucro real.
Módulo
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INTRODUÇÃO
Neste módulo vamos entender um pouco sobre a importância da gestão financeira nas empresas. 
Apesar de existirem inúmeras técnicas e detalhes sobre gestão financeira, vou procurar me centrar 
nos pontos principais e mais relevantes, pois a gama de detalhes é imensa e ficaríamos anos falando 
sobre elas, sem exagero.
Na verdade, gestão financeira é uma união de determinados detalhes, com a participação de 
diversas áreas de uma empresa, que vai desde o departamento financeiro, como o próprio nome 
sugere, passando pela contabilidade, custos, planejamento estratégico, departamento jurídico, 
marketing e tudo que envolva gastos e ganhos para a empresa. Gerir a parte financeira requer grande 
habilidade e atenção, fazendo com que o administrador tenha uma visão ampla da empresa e todos 
os impactos que cada processo promove nas finanças da empresa, ou seja, no dinheiro da empresa.
Um dos pontos de partida aqui serão os impostos. Apesar de poucas pessoas perceberem, os 
tributos têm grande relevância no planejamento financeiro, pois, principalmente aqui no Brasil, a 
alta carga tributária e os vários tipos de impostos com suas várias alíquotas, influenciam (e muito) 
na parte financeira da empresa.
Então vamos começar a nossa gestão financeira entendendo um pouco melhor sobre o que são 
finanças e os impactos dos impostos nos processos de gestão de uma empresa.
O QUE É FINANÇAS?
 Finanças é uma ciência que estuda os impactos e controles financeiros como sendo a 
ferramenta-chave de sucesso da organização, ou seja, ocupa-se do processo de instituições, de 
mercados e diversos instrumentos envolvidos na transferência de dinheiro entre pessoas, entidades 
e governos.
De acordo com Assaf Neto e Lima (2010), finanças abrange três grandes áreas, que cobrem 
completamente todos os segmentos ligados diretamente ao dinheiro e valor. São elas:
1 – Mercado financeiro: estuda o comportamento dos mercados, as negociações de títulos e 
valores mobiliários e as instituições financeiras, entre outras deste segmento, como bolsas de valores, 
seguros, previdência, entre outros; 
2 – Finanças corporativas: é o segmento responsável pela análise feita dentro das empresas, 
composta por várias técnicas auxiliares que ajudam os administradores a tomarem as decisões mais 
corretas para as organizações;
3 – Finanças pessoais: como o próprio nome já diz, são aquelas que cuidam do dinheiro das 
pessoas e que vêm ganhando cada vez mais popularidade dentro do tema finanças, obviamente 
tendo uma ligação com o mercado financeiro, fazendo o elo entre investidores e tomadores.
Estes três grandes pilares cobrem praticamente todas as áreas em que existem valores e dinheiro 
circulando a todo o momento. Obviamente, uma empresa não terá estas três áreas simultaneamente, 
pois tudo vai depender de fatores como segmento de atuação, porte, estratégias adotadas e aonde 
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a empresa quer chegar.
Mas toda empresa, basicamente, deveria ter como meta principal o crescimento contínuo, sempre 
com o foco no crescimento de seu faturamento, ampliação de unidades ou de tamanho. Mas na 
prática nem todas desejam isto. Empresa familiar, por exemplo, tende a crescer até um determinado 
tamanho e estagna porque os controladores não desejam que ela seja maior, sob “pena” de eles 
não conseguirem mais controlá-la, já que não desejam terceiros fazendo isto por eles. Infelizmente, 
este tipo de visão pode atrapalhar o desenvolvimento e ampliação do negócio, que poderia ser 
muito maior e mais lucrativo, e claro, promovendo o desenvolvimento da economia e da sociedade, 
gerando empregos, entre outros.
Sendo assim podemos definir como objetivo de qualquer empresa, sob o ponto de vista financeiro, 
o conjunto de três balizadores de o que a empresa deve sempre buscar:
1 – Liquidez: é a sua capacidade de conseguir gerar dinheiro. De nada adianta uma empresa que 
tem uma grande quantidade de bens se ela não consegue gerar dinheiro.
2 – Rentabilidade: é a capacidade que a empresa tem de gerar liquidez quando comparada a 
um bem aplicado para este fim. Por exemplo, uma empresa compra uma determinada máquina para 
produzir um novo produto. Este novo produto tem de ser capaz de gerar uma rentabilidade que 
seja capaz de recuperar o valor investido nesta máquina e ainda gerar uma sobra, que, obviamente, 
quanto maior, melhor. Uma empresa com excelente rentabilidade é aquela que consegue gerar altas 
taxas de rentabilidade com a menor quantidade de bens possíveis. 
3 – Geração de valor: gerar valor, ao contrário do que muitos pensam,não é gerar lucro. Gerar 
valor é mais do que o aspecto financeiro, pois uma empresa pode estar tendo lucros, mas não 
estar gerando valor. Gerar valor é agregar algo a mais além dos lucros, mas que são aspectos que 
estão diretamente ligados. A geração de valor faz com que a empresa tenha mais lucro, mas não é 
possível gerar mais lucro sem gerar valor. Isto porque a geração de valor está ligado com a imagem 
da empresa, fazendo com que pessoas queiram trabalhar naquela empresa, com que fornecedores 
queiram fornecer para aquela empresa, demonstrando que a empresa tem uma boa imagem no 
mercado, agregando assim um valor que impactará em suas vendas. Empresas que conseguem 
gerar valor tendem a conseguir maior lucratividade por terem seus produtos muito bem aceitos no 
mercado, mesmo que estes sejam mais caros que os da concorrência.
Como se pode notar, gerir uma empresa sob o ponto de vista financeiro não é uma tarefa tão 
simples assim e requer uma grande quantidade de metodologias e técnicas para que seja possível 
atender a tantos requisitos.
Seguindo este princípio, vamos começar a dar os primeiros passos em gestão financeira e entender 
um pouco melhor do que se trata este tema tão amplo e complexo.
A GESTÃO FINANCEIRA
 Como o próprio nome já diz, gestão financeira é a atividade de controlar as finanças, o dinheiro 
da empresa. E para isto é necessário que o administrador responsável tenha o conhecimento dos 
processos, departamentos e tudo que esteja envolvido quando nos referimos às finanças da empresa, 
ou seja, basicamente a empresa toda!
 Por este motivo, gestão financeira é uma atividade complexa que algumas pessoas não 
conseguem desempenhar corretamente: ela requer dedicação, estudo e acompanhamento constante 
de leis, mercados, índices e tudo que possa impactar na saúde financeira da empresa. Quanto maior 
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a empresa maior a complexidade para integrar as informações que mexem com as finanças, pois 
como já comentado, praticamente tudo o que ocorre dentro de uma empresa afeta as finanças (o 
dinheiro) da empresa.
De acordo com Assaf Neto e Lima (2010) a função básica da gestão financeira deve ser:
1 – Planejamento financeiro: é responsável por evidenciar as necessidades (ou não) de 
crescimento da empresa, promovendo um horizonte de desafios e dificuldades que possam surgir. 
Assaf Neto e Lima (2010) ainda afirmam que o planejamento financeiro possibilita ao administrador 
tomar decisões de aplicações de recursos com maior segurança extraindo assim a melhor rentabilidade 
para a empresa;
2 – Controle financeiro: como o próprio nome já diz, para controlar as finanças se faz necessário 
a utilização de ferramentas com a intenção de avaliar o desempenho da empresa, controlar custos 
e despesas, controlar o caixa, desenvolver estudos sobre resultados futuros e compará-lo com o 
realizado, propondo melhorias e consertando as falhas;
3 – Administração de ativos: controlar os bens da empresa, principalmente aqueles que 
estão ligados diretamente com a produção do que a empresa faz, visando promover o melhor 
aproveitamento destes com a intenção de extrair todo o seu potencial e assim rentabilizar a empresa 
o máximo possível;
4 – Administração de passivos: voltado a analisar, empregar e gerenciar a composição do 
endividamento da empresa, gerenciando os recursos tomados de terceiros, como empréstimos e 
financiamentos, para manter uma melhor estrutura de capital de terceiros em termos de liquidez 
(capacidade de pagar estes compromissos) e reduzindo o custo dessas fontes de recursos (escolha 
do que é mais barato e viável para a empresa).
Todos estes detalhes da função da gestão financeira vêm corroborar com a ideia inicial desenvolvida 
neste tema: que gerenciar uma empresa sob o ponto de vista financeiro não é uma tarefa tão fácil 
como muitos pensam e que não se faz necessário a utilização de ferramentas e técnicas de gestão 
financeira. Grande parte das pessoas imagina que controles básicos, como, por exemplo, a apuração 
de um lucro, já seja um bom indicativo que uma empresa está indo bem e a falta de conhecimento 
e, muitas vezes, a falta de disposição para desenvolver estes controles e principalmente mantê-los 
atualizados, pode impactar em sérios problemas e até na falência da empresa.
Sem estes controles de gestão financeira, o administrador pode não conseguir enxergar com 
clareza o que está acontecendo com a empresa, o que faz com que ele tome decisões incorretas, 
levando a empresa para baixo.
Um dos desafios desta disciplina será introduzir o assunto, iniciando com informações mais 
básicas e claras, proporcionando um melhor entendimento para você, leitor ou aluno, para que 
depois as técnicas sejam apresentadas. Vale lembrar que existem técnicas e outros detalhes sobre 
gestão financeira que provavelmente você já tenha visto em outras disciplinas, como, por exemplo, 
matemática financeira, contabilidade de custos, análise de projetos de investimentos e financiamentos, 
entre outros, e outras que ainda serão vistas. De certa maneira, todas as disciplinas ligadas a finanças 
e contabilidade tem seu papel na gestão financeira e seria redundante tratar de alguns assuntos que 
já foram vistos ou serão vistos por vocês em algum momento.
Então procurarei aqui apenas complementar e/ou detalhar mais sobre assuntos que fazem 
parte de outras disciplinas ou temas sem que seja repetitivo. Em alguns pontos, você irá perceber 
a utilização de termos já estudados, mas que agora está sendo utilizado para complementar o que 
você já estudou. Então começaremos nossos estudos com o assunto sobre tributos.
A GESTÃO DOS TRIBUTOS E SEU IMPACTO NAS FINANÇAS DAS EMPRESAS
Grande parte de vocês já deve saber ou pelo menos ter ouvido algum comentário sobre a carga 
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tributária no Brasil, que é uma das mais altas do mundo, além de burocrática.
Quando falamos sobre tributos, é importante esclarecer que tributo é a nomenclatura utilizada 
para designar a totalidade de todos os tipos que existem: impostos, taxas, contribuições de melhoria, 
contribuições especiais e empréstimos compulsórios. Ocorre que muitas pessoas confundem o tema 
imposto com tributo, achando que o tributo é um tipo de imposto e, na realidade, é justamente o 
contrário: o imposto é uma das modalidades do tributo.
Além de todos estes aspectos, existem vários tipos de tributos espalhados pelo Brasil. Um mesmo 
tributo pode ser calculado de forma diferente ou possuir alíquota diferente em cada Estado do 
país. Isto sem contar a legislação que muda a toda hora, complicando ainda mais a situação e o 
planejamento financeiro das organizações.
Com base nestes detalhes dá para se ter uma ideia de que além de os tributos terem um impacto 
grande na gestão financeira das empresas, eles também dão muito trabalho. Empresas de grande 
porte possuem pessoas especializadas que atuam em um departamento normalmente chamado de 
planejamento tributário para estudarem apenas os impostos que ela paga, sempre planejando uma 
maneira de diminuir o pagamento destes tributos sem estar fora da lei. É um trabalho que requer 
acompanhamento constante das leis, mercados, notícias e tudo que possa alterar o valor a ser pago 
dos impostos pela empresa.
Desta forma, a gestão dos impostos nas empresas pode significar a diferença entre a vida ou 
morte precoce de um empreendimento, além de outros fatores.
Vamos estudar um pouco mais sobre os impostos antes de continuarmos a relacioná-los à 
gestão financeira, pois falar sobre eles sem a devida explicação pode tornar vaga toda a ideia e, 
consequentemente, a falta de assimilação por sua parte.
PRINCIPAIS TRIBUTOS PAGOS PELAS EMPRESAS NO BRASIL
De acordo com o Portal Tributário (2017), existem cerca de 92 tributos no Brasil. Vamos ver o 
tamanho desta lista, apenas a título de curiosidade, já que nãonos aprofundaremos em todos eles:
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Com essa quantidade de tributos, quem não ficaria louco? Obviamente que todas as empresas 
não pagam todos eles, mas a quantidade de legislação que tem de ser redigida para cada um deles e 
suas devidas alterações gera uma grande massa de textos e direções que implicam em muito trabalho 
de pesquisa e atualização por parte de quem controla e precisa ficar atualizado sobre o assunto.
Além disto, existem os chamados enquadramentos fiscais, que definem valores de faturamentos 
para que assim sejam aplicadas alíquotas, impostos e metodologias de cálculos distintos para cada 
uma delas. Aqui no Brasil existem três enquadramentos fiscais, a saber: simples nacional, lucro 
presumido e lucro real. Vamos entender um pouco melhor o que é enquadramento fiscal e conhecer 
um pouco mais de detalhes sobre estes três enquadramentos a seguir.
ENQUADRAMENTO FISCAL OU TRIBUTÁRIO
É o tipo de tributação que a empresa estará obrigada a obedecer, de acordo com sua receita 
bruta auferida no período de um ano em conjunto com seu segmento de atuação. Existem no Brasil 
três tipos de enquadramento fiscal: o simples nacional, o lucro presumido e o lucro real. Apesar 
de existir algumas limitações jurídicas para a escolha do enquadramento fiscal, em alguns casos 
é possível que a empresa possa escolher em qual de dois ou até dos três tipos é mais vantajoso 
financeiramente. E é justamente aqui que está o planejamento financeiro! Hoje a carga tributária 
no Brasil é alta e os impostos têm grande influência no preço dos produtos, sendo que a melhor 
gestão e análise destes enquadramentos pode possibilitar à empresa alavancar seus resultados. Por 
isto é fundamental conhecer o funcionamento de cada um deles e assim estudar uma maneira de 
se extrair maior proveito em termos financeiros para as empresas.
O SIMPLES NACIONAL
De acordo com a Receita Federal (BRASIL, 2017), o simples nacional é um tipo de enquadramento 
fiscal que, de uma maneira geral, contempla a microempresa (ME), cuja receita bruta anual deve ser 
igual ou inferior a 360.000,00, e a empresa de pequeno porte (EPP), cuja receita bruta anual deve ser 
superior a 360.000,01 e igual ou inferior a 3.600.000,00. 
Um dos diferenciais do simples nacional é a simplicidade do recolhimento tributário no qual se 
utiliza o valor da receita bruta mensal sobre a alíquota do simples. Esta alíquota do simples nacional 
é baseada em faixas de valores da receita bruta anual, ou seja, quanto maior a receita bruta anual 
da empresa, maior será o percentual aplicado sobre ela para o cálculo do imposto a pagar.
O nome simples nacional provém da simplificação do cálculo dos impostos. No passado, todas 
as empresas (sem distinção de porte) deveriam, de acordo com o segmento de atuação, recolher 
os seguintes impostos:
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Obviamente que o tratamento diferenciado é somente para quem está enquadrado no simples 
nacional, sendo que nos outros enquadramentos as empresas ainda têm de recolher cada um destes 
impostos, de acordo com o segmento ou atividade de atuação.
Assim, estas empresas que estão enquadradas no simples nacional recolhem apenas em uma 
única guia os impostos inerentes ao tipo de segmento no qual elas estão enquadradas. Basicamente 
existem três tabelas onde encontramos as alíquotas que devem ser aplicadas sobre a receita bruta 
de vendas, que são classificadas por comércio, indústria e prestação de serviços. Nestas tabelas 
encontramos não só a alíquota do simples, mas também a composição dela, ou seja, se no passado a 
empresa deveria ter uma guia de recolhimento para cada imposto e hoje não se faz mais necessário, 
não quer dizer que estes impostos não são mais pagos pela empresa. Eles ainda são pagos, mas 
como estão em uma única guia de recolhimento, muitas pessoas não fazem ideia de quanto pagam 
de cada um destes impostos.
Alíquotas e partilha do simples nacional – comércio
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Alíquotas e partilha do simples nacional – indústria
Alíquotas e partilha do simples nacional – prestação de serviços
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Pode-se notar que, independentemente em qual segmento a empresa esteja enquadrada, a cada 
aumento de 180.000,00 na receita bruta de vendas, o valor da alíquota do simples aumenta.
E porque existem tabelas diferentes para cada segmento? Porque cada segmento tem impostos 
diferenciados. Por exemplo, uma indústria recolhe o IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados 
porque ela quem fabrica o produto. Já um comércio que não fabrica produtos, obviamente, não deve 
recolher este imposto. Assim como uma empresa que presta serviço também não paga o IPI, mas ela 
deve recolher o ISS – Imposto sobre Serviços, imposto que uma indústria ou um comércio não recolhe.
COMO CALCULAR
O cálculo do imposto em si é bem simples. Temos duas situações que devemos levar em 
consideração:
Situação 1 – Empresas novas, que ainda não têm faturamento anterior: toma-se o valor do mês 
em questão e multiplica-se por 12 para obter o valor estimado da receita bruta anual e assim se 
pode aplicar a alíquota correta. Exemplo: Vamos supor que a Papelaria Delta, que acabou de abrir 
as portas no mês de fevereiro de 2013, vendeu 19.500,00 nesse mês. Então temos que estimar seu 
faturamento anual, multiplicando este valor de faturamento por 12:
19.500,00 x 12 meses = 234.000,00 de estimativa de faturamento anual
Como esta empresa é uma papelaria, ela se enquadra no segmento de comércio, então basta 
buscar na tabela do simples nacional de comércio, a alíquota para quem fatura 234.000,00 ao ano 
e encontraremos o valor de 5,47% (que está na faixa de 180.000,01 a 360.000,00). Então calculamos 
o imposto que ela tem a pagar:
19.500,00 x 5,47% = 1.066,65 de imposto a pagar referente a fevereiro
Situação 2 – A partir do momento que os meses vão se passando, faz-se necessário ir calculando 
a média aritmética de faturamento para depois multiplicar por 12 e então encontrar a alíquota.
Exemplo: Vamos supor que a Papelaria Delta, com o passar dos meses, obteve os seguintes 
faturamentos em 2013 e precisa calcular quanto ela vai pagar de imposto do último mês, ou seja, 
julho de 2013:
O total do faturamento no período destes seis meses foi de 181.800,00. Então, se dividirmos este 
valor por 6, temos 30.300,00. Estimando o faturamento anual, multiplicamos por 12:
30.300,00 x 12 meses = 363.600,00 de estimativa de faturamento anual
Buscando na tabela de comércio podemos notar que a alíquota aumentou passando para 6,84% 
pois agora ela ficou na faixa de faturamento de 360.000,01 a 540.000,00. Então calculamos o valor 
do imposto que será:
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39.000,00 x 6,84% = 2.667,60 de imposto a pagar referente a julho
Situação 3 – Empresas que já existem há mais de um ano: basta somar sempre o faturamento dos 
últimos 12 meses, excluindo o mês ao que se quer apurar o imposto, tomar este total e localizar na 
tabela do simples nacional qual alíquota deve ser usada.
Exemplo: Vamos supor que a Papelaria Delta obteve nos últimos 12 meses os seguintes 
faturamentos, e que ela deseja calcular o valor do simples a ser pago referente ao mês de fevereiro 
de 2013:
A Papelaria Delta obteve em fevereiro de 2013 o total de 38.000,00 de vendas. A somatória destes 
12 meses de faturamentos é de 402.300,00. Olhando na tabela, para este valor de faturamento anual, 
utilizaremos a alíquota de 6,84%. Então calculamos o valor do imposto do mês de fevereiro:
38.000,00 x 6,84% = 2.599,20 de imposto a pagar referente a fevereiro
Na estrutura de demonstração de resultado do exercício pelo simples nacional, apesar de conter 
dois impostos que não estão ligados diretamente às vendas (IRPJ – imposto de renda

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