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Pratica simulada VI semana 4 mandado de seguraça

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO 
TRIBUNAL DEJUSTICA DO ESTADO X 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A EMPRESA AQUATRANS, concessionária de transporte público aquaviário, 
inscrita no CNPJ1336/001.05, situada na Rua Pedro de Melo, nº1830, bairro Paulo, cidade São 
José, estado de Santa Catarina, CEP 8813-018, neste ato representado por seus advogados 
inframencionados, impetrar; 
 
MANDADO DE SEGURANÇA (Com Liminar ) 
 
Contra ato do ilustríssimo governador do estado X, ( art. 40 CC, art. 12 CPC), pelos 
fatos e fundamentos a seguir expostos: 
 
 
DO CABIMENTO 
 
Os atos administrativos, em regra, são os que mais ensejam lesões a direitos individuais 
e coletivos, portanto estão sujeitos a impetração de Mandado de Segurança. 
 
O objeto do Mandado de Segurança será sempre a correção de ato ou omissão de 
autoridade, desde que, ilegal e ofensivo de direito individual ou coletivo, líquido e certo, do 
impetrante. O Art. 5º, LXIX, da Constituição Federal do Brasil, determina: 
 
“Conceder-se-á Mandado de Segurança para proteger direito 
líquido e certo, não amparado por hábeas corpus ou hábeas data, 
quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for 
autoridade pública ou agente de 
pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público”. O 
art. 5º, III da Lei nº 1.533 de 31 de dezembro de 1951 
disciplina: “Não se dará mandado de segurança quando se tratar 
de ato disciplinar, salvo quando praticado por autoridade 
incompetente ou com inobservância de formalidade essencial”. 
 O art. 144 da lei 8.112/90 determina: “As denúncias sobre 
irregularidades serão objeto de apuração, desde que contenham 
a identificação e o endereço do denunciante e sejam formuladas 
por escrito, confirmada a autenticidade” 
 
 O caso em tela tem cabimento constitucional, ainda amparado pelas Leis 
1.533/51,8.112/90 e demais dispositivos aplicáveis à espécie. 
 
DOS FATOS 
 
A empresa Aquatrans é concessionária de transporte público aquaviário no Estado X há 
sete anos e foi surpreendida com a edição do Decreto 1.234, da Chefia do Poder Executivo 
Estadual, que, na qualidade de Poder Concedente, declarou a caducidade da concessão e fixou o 
prazo de trinta dias para assumir o serviço, ocupando as instalações e os bens reversíveis. 
Cumpre esclarecer, que a empresa jamais fora cientificada de qualquer inadequação na 
prestação do serviço. 
 
 
 
 
 
DOS FUNDAMENTOS 
 
Ressalta-se, a priori, a nulidade do Decreto 1.234 tendo em vista a inobservância do 
devido processo legal ( art. 5º, LIV, CF) , pois a concessão é uma espécie de contrato 
administrativo através da qual transfere-se a execução de serviço público para particulares, por 
prazo certo e determinado e o poder Público não poderá desfazer a concessão sem o pagamento 
de uma indenização, por causa do prazo já estabelecido e além do mais, se a concessão não é 
precária ,não pode ser desfeita a qualquer momento. 
 Esclarece também, que não houve a cientificação das irregularidades e nem a fixação 
de prazo para a correção como já preconizado no art. 38§3 da Lei 8.987/95Lei nº 8.987 de 13 de 
Fevereiro de 1995Art. 38. A inexecução total ou parcial do contrato acarretará, a critério do 
poder concedente, a declaração de caducidade da concessão ou a aplicação das sanções 
contratuais, respeitadas as disposições deste artigo, do art. 27, e as normas convencionadas entre 
as partes. 
 
§ 3º Não será instaurado processo administrativo de 
inadimplência antes de comunicados à concessionária, 
detalhadamente, os descumprimentos contratuais referidos 
no § 1ºdeste artigo, dando-lhe um prazo para corrigir as 
falhas e transgressões apontadas e para o enquadramento, 
nos termos contratuais. 
 
Como também não foi instaurado processo de verificação de inadimplência comorequeri
do artigo 38, §2º, da Lei 8.987/95. 
 
§ 2o A declaração da caducidade da concessão deverá ser 
precedida da verificação da inadimplência da 
concessionária em processo administrativo, assegurado o 
direito de ampla defesa. 
 
Desta forma, não resta dúvidas que fora completamente infringido os princípios do 
devido processo legal e da ampla defesa, pois o Chefe de Estado em nenhum 
momento observou os critérios a serem seguidos, ferindo direito líquido e certo da autora do 
presente writ, dando-lhe legitimidade para a impetração do mandado pleiteando a anulação do 
referido decreto. 
 
 
 
 
 
 
 
DA LIMINAR 
 
Isto posto, o impetrante requer a V. Exª. O deferimento do Mandado de Segurança 
LIMINARMENTE INALDITA ALTERA PARTS, ante a ofensa ao direito líquido e certo e o 
perigo da demora, de acordo com o art. 7º, III da Lei de Mandado de Segurança O “fumus boni 
iuris” apresenta-se fartamente demonstrado pelo impetrante nos autos, onde se comprova a 
existência do direito incontestável, líquido e certo, requerido. 
O “periculum in mora” é fato indiscutível, questão de vida e sobrevivência familiar 
ameaçada que está, ainda será pela demora na prestação jurisdicional. Diante do caso, há receio 
de dano irreparável, pois Fundamento do pedido de liminar abstenção de medidas para 
assunção do serviço ou suspensão dos efeitos do decreto. 
 
DO PEDIDO 
 
Diante do Exposto requer a V. Exa. O seguinte: 
 
1. Concessão da liminar , determinando-se a suspensão da eficácia do ato impugnado 
,autorizando-se a impetrante dar continuidade ao serviço prestado. 
 
2. Notificação da autoridade coatora , cientificando-se o ente público a ela vinculado; 
 
3. Intimação do Ministério Público. 
 
4. A ciência do feito ao órgão de representação judicial do Estado X; 
 
5. Procedência do pedido com a concessão da Ordem , a fim de determinar nulo o decreto 
1.234 tornando definitiva a liminar pleiteada. 
 
 
DO VALOR DA CAUSA 
 
Dá-se à causa o valor de .... Neste termo, pede e aguarda deferimento. Santa Catarina, 
Florianópolis 25 de março de 2014.

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