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ESTADO DE CHOQUE

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19/03/2014 
1 
ESTADO DE CHOQUE 
ESTADO DE CHOQUE 
• É o quadro clínico que resulta da incapacidade 
do sistema cardiovascular em prover circulação 
sanguínea suficiente para os órgãos causando a 
hipoperfusão celular generalizada não 
atendendo as necessidades metabólicas do 
organismo. 
• CLASSIFICAÇÃO QUANTO A ETIOLOGIA: 
 
• a. Hipovolêmico - Caracterizado pela perda de 
volume e é o mais comum nas ocorrências de 
trauma devido as hemorragias e fraturas 
associadas; 
 
• b. Cardiogênico - Falha da bomba (coração) 
provocada por traumas torácicos como o 
tamponamento cardíaco, contusão direta do 
miocárdio e problemas clínicos como as 
arritmias; 
 
• c. Distributivos (Neurogênico, Séptico e 
Anafilático) - Falha na distribuição do oxigênio. 
CLASSIFICAÇÃO QUANTO A PERDA DE 
SANGUE: 
• RECONHECIMENTO: 
 
• Os sinais e sintomas a seguir são os indicativos de estado de 
choque. 
 
• Sede, tremor e agitação; 
• Pele pálida, úmida e fria; 
• Pulso periférico anormal (rápido e superficial, fraco ou 
inexistente); 
• Pressão arterial baixa; 
• Perfusão capilar acima de 2 segundos; 
• Respiração curta e rápida; 
• Lábios arroxeados ou pálidos; 
• Náuseas e vômitos; 
• Tremores de frio; 
• Perda de consciência; 
• Lábios e face inchados (choque anafilático); 
• Pele arrepiada (pescoço de peru); 
• Pupilas dilatadas. 
19/03/2014 
2 
• CHOQUE HIPOVOLÊMICO COMPENSADO E 
DESCOMPENSADO: 
 
• O choque compensado é a fase inicial na qual o 
organismo ainda consegue “compensar” a falta 
de oxigênio nos tecidos com o aumento dos 
sinais vitais, quando a pressão arterial cai, ou 
seja, o organismo não consegue trabalhar mais 
com menos oxigênio o organismo entra na fase 
descompensada e vai a óbito em pouco tempo. 
• CHOQUE NEUROGÊNICO: 
 
• Uma lesão no sistema nervoso pode ocasionar à 
ausência da regulação da musculatura lisa dos 
vasos por causa da incapacidade do sistema 
nervoso simpático. Esta ausência de regulação 
ocasiona a vasoplegia das extremidades e a falta 
de sangue nos órgãos nobres como coração, 
pulmão e cérebro. 
 
• Esta falha na distribuição do oxigênio 
caracteriza todos os choques distributivos, 
diferenciando em alguns pontos e 
principalmente na sua origem. 
• SINAIS E SINTOMAS CARACTERÍSTICOS: 
• Pele quente e rosada; 
• Pele seca; 
• Perfusão capilar boa; 
 
 Sempre há: 
• Ausência ou redução importante da motricidade 
quando lesionado a medula; 
 
 
• SENSIBILIDADE DOS ÓRGÃOS À ISQUEMIA 
(MORTE CELULAR): 
 
• Coração, Cérebro e Pulmão: de 4 a 6 minutos. 
• Fígado, Baço, Rins e Trato Gastrintestinal: (45 a 
90 minutos). 
• Pele, Músculos e ossos: (120 a 180 minutos). 
SINAIS ASSOCIADOS AOS TIPOS DE 
CHOQUE 
19/03/2014 
3 
CONDUTA – ATENDIMENTO ESTADO DE 
CHOQUE: 
• 1- Priorizar a segurança através da “REGRA DOS 
TRES ESSES”; 
• 2- Realizar o ABCDE observando a cinemática 
do trauma; 
• 3- Aplique a oxigenoterapia com balão e válvula 
unidirecional acoplado com reservatório 
conectado ao oxigênio de 12 a 15l/min ; 
• 4- Controlar as hemorragias externas e suspeitar 
das internas; 
• 5- Posicione vítima deitada com as pernas 
elevadas (tomar cuidado com as lesões); 
• 6- Afrouxe as vestes; 
• 7- Mantenha vítima aquecida com um cobertor 
aluminizado; 
• 8- Imobilizar as fraturas, pois as lesões 
musculoesqueléticas podem liberar quantidade 
significativa de sangue; 
• 9- Na avaliação secundária aferir pressão 
arterial; 
• 10-Continuar com o atendimento e avaliação 
durante o transporte analisando a gravidade da 
perda de sangue para priorizar o 
encaminhamento da vítima ao suporte 
avançado. 
 
HEMORRAGIA 
• CLASSIFICACAO DAS HEMORRAGIAS: 
 
• Externa 
 
• Interna 
• RECONHECIMENTO: 
 
• HEMORRAGIA EXTERNA : 
 
• Saída de sangue pela ferida ou por orifícios 
naturais do corpo; 
• Presença de Fraturas Expostas; 
• Presença de hematoma; 
• Sinais vitais anormais; 
• Sinais e sintomas do estado de choque. 
• HEMORRAGIA INTERNA : 
 
• Sinais e sintomas do estado de choque; 
• Suspeitar em casos de: Rigidez ou distensão da 
parede abdominal, múltiplas fraturas, fratura de 
fêmur e/ou cintura pélvica; 
• Presença de hematoma; 
• Natureza do acidente; 
19/03/2014 
4 
• Usar a cinemática do trauma para suspeitar de 
lesões principalmente nos rins, baço e fígado; 
• Sinais vitais anormais*; 
 
*Indicativo tardio que quando identificado 
significa que a hemorragia está em um estágio 
mais avançado. Portanto, não pode ser usado 
como fator isolado e soberano na constatação de 
uma hemorragia interna. 
 
 CONDUTA DE HEMOSTASIA: 
 
 HEMORRAGIAS EXTERNAS: 
 
• O tratamento específico das hemorragias externas está 
contido na letra C da avaliação primária e é idêntico ao estado 
de choque. 
 
• Os procedimentos em vítimas com hemorragia são: 
• 1- Priorizar a segurança através da “REGRA DOS TRES 
ESSES”; 
• 2- Realizar o ABCDE observando a cinemática do trauma; 
• 3- Oxigenoterapia de 12 a 15 l/min; 
• 4- Controle das hemorragias externas. 
• 5- No suporte avançado é feito a reposição volêmica; 
• 6- Cobrir a vítima com cobertor aluminizado; 
• 7- Transportar o mais rápido possível ao suporte avançado. 
• 8- Continuar com o atendimento e avaliação durante o 
transporte. 
• PROCEDIMENTOS DE CONTENÇÃO DE 
HEMORRAGIA: 
 
• 1- COMPRESSAO DIRETA - Deverá ser feita 
primeiro o quanto antes sobre o ferimento. A 
quantidade de pressão com as mãos é essencial 
para uma boa hemostasia. 
 
• Caso não seja possível a compressão com as 
mãos por um período prolongado, usar uma 
atadura de crepom para amarrar as gazes com 
pressão no ferimento ou amarrar as compressas. 
Para contenção das hemorragias deverá ser 
utilizado gazes ou compressas no local conforme 
foto abaixo. 
• Quando não houver estes materiais usar um 
pedaço de roupa ou tecido, principalmente de 
algodão para compressão. 
 
• Quando uma atadura estiver saturada de sangue 
acrescentar mais ataduras em cima não 
retirando as ataduras saturadas para não perder 
o trabalho de coagulação já iniciado. 
 TORNIQUETE - Caso a hemorragia não possa ser 
controlada por compressão direta, usar o torniquete. 
 
 Os torniquetes foram deixados de ser usados por causa 
de suas complicações, mas estudos científicos 
comprovam que aplicados adequadamente podem salvar 
vidas. 
 
 As principais complicações são as lesões em nervos e 
vasos, perda potencial do membro por um tempo 
prolongado de uso do torniquete. 
 
 Entre escolher perder um membro da vítima ou salvar a 
vida a decisão e obvia no uso do torniquete. 
 
 As situações mais comuns de utilização do torniquete são 
amputação, esmagamento de membros e lesão de 
grandes vasos. 
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5 
• OBSERVAÇÕES SOBRE O TORNIQUETE: 
 
• 1- Usar uma faixa de 10 cm de largura , enrolar duas 
vezes e dar um no apertando-o suficientemente para 
estancar a hemorragia. 
 
• Nos membros inferiores o torniquete deverá ser 
aplicado com uma forca maior do que com os 
membros superiores. Colocar uma haste rígida de 
madeira ou metal e dar outro nó. 
 
• Se a largura da faixa for maior não será eficiente na 
hemostasia, assim como uma largura menor poderá 
promover lesões. O esfigmomanometro é uma boa 
alternativa como torniquete. Insuflar até a mínima 
pressão capaz de interromper a hemorragia; 
 
• 2- Aplicar o torniquete imediatamente proximal a lesão; 
 
• 3- Anote o horário de inicio do procedimento e informar 
a equipe médica; 
 
• 4- Não afrouxar o torniquete. Antes era indicado aliviar a 
pressão para não acarretar lesões vasculares e necrose 
dos tecidos, mas hoje estudos mostram que o torniquete 
pode ficar seguramentepor um período prolongado de 
ate 120 minutos. 
 
• Considerar o tempo de uso do torniquete dentro do 
hospital, ou seja, transportar a vitima o mais rápido 
possível preparando a equipe hospitalar ainda durante o 
transporte da mesma; 
 
• 5- Não use arame, fios ou similares para não agravar as 
lesões dos tecidos do membro. 
 
• HEMORRAGIAS INTERNAS: 
 
• O tratamento das hemorragias internas é cirúrgico. 
 
• No ambiente pré-hospitalar o tratamento é prevenir o estado 
de choque com os seguintes procedimentos: 
 
• 1- Priorizar a segurança através da “REGRA DOS TRES 
ESSES”; 
• 2- Realizar o ABCDE observando a cinemática do trauma; 
• 3- Oxigenoterapia de 15 l/min.; 
• 4- Elevação dos membros (melhorar a oxigenação cerebral) 
caso não haja complicações 
• 5- Controle das hemorragias externas; 
• 6- Imobilização das fraturas. Podem diminuir as hemorragias 
internas; 
• 7- Cobrir a vítima com cobertor de lã ou alumínio; 
• 8- Transportar o mais rápido possível ao suporte avançado; 
• 9- Continuar com o atendimento e avaliação durante o 
transporte.

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