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Tópicos de Estética - Introdução ( Thaumatzein, e Platão)

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UNIFACS
Professor. Leonardo Celuque
Introdução
O que é o pensar filosófico?
A filosofia não é um conjunto de conhecimentos prontos, um sistema acabado, fechado em si mesmo. Ela é, antes de mais nada, uma prática de vida que procura pensar os acontecimentos além de sua pura aparência; é um posicionamento diante do mundo 
A filosofia surgiu nos séculos VII-VIa.C. nas cidades gregas situadas na Ásia Menor.
A filosofia começa por ser uma interpretação des-sacralizada dos mitos cosmogônicos difundidos pelas religiões do tempo. Não apenas de mitos gregos, mas dos mitos de todas as religiões que influenciavam a Ásia menor. 
 O pensamento reflexivo dos primeiros filósofos, os pré-socráticos, surge de evoluções ocorridas na sociedade. Nesta evolução, de um pensamento mítico pré-reflexivo para a fase inicial da Filosofia, não há uma linha que separe linearmente os pensamentos. Mas um período onde se registram avanços e a partir do qual se parte para um pensamento cada vez mais racional, numa transição progressiva e gradual.
Oswald Spengler, em a Decadência do Ocidente, identifica oito mônadas  míticas, (com uma nona em formação), que têm dominado a história do  mundo, desde o surgimento das  sociedades  alfabetizadas, que são as seguintes: a sumério-babilônica, a  egípcia, a   greco-romana, a  védico-ariana,   a chinesa, a maia-asteca-inca, a dos magos (persa-árabe, judeu-cristã-islâmica), a faustiana (gótico-cristã  até européia americana moderna). 
Adolf Bastian, estudou apuradamente as mônadas-míticas.
“Organizações locais do número de idéias 'étnicas ou 'populares' das culturas representadas, estruturando, de maneiras variadas em relação às necessidades  e  interesses existentes, as energias e impulsos primordiais da espécie humana comum".
Bastian in Campbell,1991 p.2. 
O homem do mito já não aceita o acaso e esforça-se para perceber a realidade, ainda que de forma não racional.
A emergência da filosofia 
 
 Em torno dos séculos VII e VI a C, o mundo antigo vive uma época em que as religiões desde a Grécia à China atravessavam uma fase de enorme turbulência.
Ocorre um processo de progressiva abstração das concepções religiosas
os deuses tornam-se princípios ou idéias abstratas
assumem uma vocação cada vez mais universal, sendo que as suas raízes étnicas ou nacionais passam a um segundo plano.
A emergência da filosofia
Certas figuras históricas que surgem em meados do 1º milênio representam de modo especial este movimento: 
 
Siddartha Gautama e Mahavir na Índia.
Lao-Tsé e Confúcio na China
Zaratustra ou Zoroastro na Pérsia
Heráclito, Pitágoras e Empédocles na Grécia
Os profetas Isaias, Jeremias e Ezequiel no Judaísmo.
A Filosofia surge do esforço do homem em perceber quem é, o que é o mundo e a vida.
 A poesia de Homero e de Hesíodo, as doutrinas dos mistérios (orfismo) e as afirmações/sentenças dos sábios fazem parte da fase inicial da Filosofia. 
Por exemplo, sobre a Ilíada e a Odisséia, poesias de Homero,
 A visão mítica, imaginada e sacralizada, não é exclusiva e embora dominante assiste-se à infiltração da racionalidade na medida em que o homem começa a ganhar independência em relação às forças sobrenaturais.
 Não há uma ruptura total entre o pensamento mítico e o pensamento dos primeiros filósofos. Mantém-se, como principal problema, a passagem do Caos ao Cosmos no qual se tenta perceber o mundo através de uma ordem. 
THEORIA
 
To theion ou ta theia orao significa “eu vejo (orao)o divino (theion)”, “eu vejo as coisas divinas (theia)”. Para os antigos gregos, a the-oria consiste em contemplar o que é divino no real que nos cerca.
Em português [como em francês] o termo cosmos deu, entre outras, a palavra cosmético. Na origem é a ciência da beleza dos corpos, atenta à justeza das proporções, e, posteriormente, à arte da maquilagem que deve pôr em relevo o que é “bem-feito” (e dissimular, caso seja necessário o que é menos...)
Contemplar (theorein) com a ajuda dos meios apropriados (estudando ciências específicas) permite ao observador atento apreciar e descrever de maneira adequada a realidade que nos cerca
Thauma
Thaumátzein - em grego significa disposição à busca da compreensão do Ser, remete-nos ao princípio originário da filosofia. O nome “thaumázein” significa para os filósofos gregos a atitude primeira do filosofar: o “páthos”, o impulso que desperta a disposição em dar explicações racionais ao que nos cerca e que nos provoca de alguma maneira, deixando-nos perplexos, encantados, assombrados. “Thaumátzein” designa essa provocação: um móvel que se impõe como uma convocação ou apelo ao exercício racional, orientado às mais diversas dimensões do ser e do agir humano. 
Campos de estudo da filosofia
A lógica, a estética, a política, a metafísica e a ética.
A Filosofia na História
 Pelo fato de estar na História e ter uma história, a Filosofia costuma ser apresentada em grandes períodos que acompanham, às vezes de maneira mais próxima, às vezes de maneira mais distante, os períodos em que os historiadores dividem a História da sociedade ocidental.
Principais períodos da história da Filosofia 
Filosofia antiga
(do século VI a.C. ao século VI d.C.)
Filosofia patrística
(do século I ao século VII)
Filosofia medieval
(do século VIII ao século XIV) 
Filosofia da Renascença
(do século XIV ao século XVI) 
Filosofia moderna
(do século XVII a meados do século XVIII) 
Filosofia da Ilustração ou Iluminismo
(meados do século XVIII ao começo do século XIX) 
Filosofia contemporânea 
Estética (do grego αισθητική ou aisthésis: percepção, sensação) é um ramo da filosofia que tem por objeto o estudo da natureza do belo e dos fundamentos da arte. 
A Estética estuda o julgamento e a percepção do que é considerado belo, a produção das emoções pelos fenômenos estéticos, bem como as diferentes formas de arte e do trabalho artístico; a idéia de obra de arte e de criação; a relação entre matérias e formas nas artes. 
A estética também pode ocupar-se da privação da beleza, ou seja, o que pode ser considerado feio, ou até mesmo ridículo.
Como área da filosofia, a estética deve ser diferenciada do estudo da história da arte. 
Enquanto a história da arte procura descrever as diversas manifestações artísticas, em seus elementos específicos e gerais, a estética, como todo pensamento filosófico, busca pensar a condição de possibilidade, a origem, de toda manifestação artística. 
Podemos remontar o primeiro passo deste pensamento ao momento em que Sócrates pergunta ao pintor Parrásio "O que é pintura?” 
Sócrates (c.470 - 399 a.C.) não escreveu nenhum livro na sua vida, mas suas idéias chegaram até nós, através da obra de Xenofonte (As Memoráveis) e, principalmente, através da obra filosófica de seu mais importante discípulo, Platão. 
Nasceu em 470 ou 469 a.C., em Atenas.
Oráculo de Delfos
"Conhece-te a ti mesmo" 
Podemos remontar o primeiro passo deste pensamento ao momento em que Sócrates pergunta ao pintor Parrásio "O que é pintura?” ou "O que é arte?”.
"O que é ...?"
A pergunta pelo o que é propõe operar uma transposição da compreensão prática de quem faz, para o entendimento teórico de quem pensa, buscando determinar não as particularidades singulares dos fenômenos, mas a sua essência universal.
Parrásio de Éfeso ( ~ 470 - 400 a. C.) Pintor grego nascido em Éfeso, muito famoso em seu tempo e que pertenceu à nova escola que valorizava enfaticamente o fundo e tornou-se célebre por sua forma original de representar a figura em movimento. Representante da escola jônica, dizia-se descendente de Apolo. 
"Contam que, certo dia, Sócrates encontrou Parrásio e lhe perguntou: o que é arte? Embora muito conhecesse o seu ofício, Parrásio não soube responder a questão; para ele, a arte era o que aparecia na pintura, na escultura, na música, na poesia..., e o que Sócrateslhe perguntara não se limitava a nenhuma dessas obras efetivas de arte, mas questionava sobre o que as faz ser arte. 
Distinguindo-se da compreensão produtiva de quem faz uma obra de arte, com essa questão, Sócrates visava conhecer aquilo que torna possível a diferentes obras ganhar o mesmo nome arte, de modo a compreender essa identidade fundamental da arte, ou sua “essência."
A partir dessa questão e através de seu vigor, começou a haver uma investigação explícita acerca da essência da arte no Ocidente, onde esta deixa de aparecer apenas como obra criada pelo ofício de artista, para se revelar no pensamento como questão filosófica. 
Distinta das cores e imagens da pintura, das formas da escultura, do som da música, a arte aparece na filosofia como uma modalidade de experiência ou compreensão da realidade.
Um conceito do belo é defendido por Hípias no decorrer do diálogo platônico Hípias Maior, contrariando ao ponto de vista de Sócrates. 
Que é o belo?", - pergunta Hípias. Para Sócrates (ou Platão), há uma idéia do belo em si. Esta não é senão a doutrina de Platão sobre o belo em si, como arquétipo transcendente, idéia real modeladora das coisas belas do mundo, e que são belas na medida que o imitam. 
Contrapôs Hípias que o belo não é algo em separado da coisa que se diz bela. 
Anotou Hípias que o método do seu dialogante, Sócrates, era excessivamente abstrato.
Especialmente com Platão, Aristóteles e Plotino - a estética era estudada fundida com a lógica e a ética. 
O belo, o bom e o verdadeiro formavam uma unidade com a obra. A essência do belo seria alcançado identificando-o com o bom, tendo em conta os valores morais. 
Na Idade Média surgiu a intenção de estudar a estética independente de outros ramos filosóficos.
No âmbito do Belo, dois aspectos fundamentais podem ser particularmente destacados:
1.a estética iniciou-se como teoria que se tornava ciência normativa às custas da lógica e da moral - os valores humanos fundamentais: o verdadeiro, o bom, o belo. Centrava em certo tipo de julgamento de valor que enunciaria as normas gerais do belo ; 
2. a estética assumiu características também de uma metafísica do belo, que se esforçava para desvendar a fonte original de todas as belezas sensíveis: reflexo do inteligível na matéria (Platão), manifestação sensível da idéia, o belo natural e o belo arbitrário (humano). 
Estética na história e na filosofia
Embora os pensadores tenham ponderado a beleza e a arte por milhares de anos, o assunto da estética não foi totalmente separado da disciplina filosófica até o século XVIII.
Platão entendeu que os objetos incorporavam uma proporção, harmonia, e união, buscou entender estes critérios. 
O belo para Platão estava no plano do ideal, mais propriamente a idéia do belo em si, era colocada por ele como absoluto e eterno, não dependeria dos objetos, ou seja, da materialidade, era a própria idéia de perfeição, estava plenamente completo, restando ao mundo sensível apenas a imitação ou a cópia desta beleza perfeita.
Platão dissociava o belo do mundo sensível, sua existência ficava confinada ao mundo das idéias, associando-se ao bem, a verdade, ao imutável e a perfeição. Para Platão somente a partir do ideal de beleza suprema é que seria possível emitir um juízo estético, portanto definir o que era ou não belo, ou o que conteria maior ou menor beleza. Por estar fora do mundo sensível o belo platoniano está separado também da intromissão do julgamento humano cujo estado é passivo diante do belo. Ele estabelecia uma união inseparável entre o belo, a beleza, o amor e o saber.
O belo em Platão serviria para conduzir o homem à perfeição, ao qual restaria a cópia fiel e a simulação, estas concepções filosóficas vão permear a arte grega e ocidental por um longo período, até o século XVIII, com momentos históricos de maior ou menor ênfase no fazer artístico.
“A filosofia ocidental pode ser entendida como notas de rodapé a Platão”
Whitehead
Platão é o primeiro filósofo a deixar a obra escrita (intacta).
Quando Sócrates foi executado, Platão tinha 31 (28?) anos de idade. Fez circular, então, uma série de diálogos.
O 1º Platão se preocupa exclusivamente com os problemas da moral e da política.
O 2º interessa-se pelo mundo natural, considerando a matemática chave para o estudo da física.
“Que não entre aqui nenhum ignorante da matemática”
Platão viveu até os 81 anos de idade
Pitágoras de Samos (582 a.C. - 497 a.C.)
Teoria das Formas ou das Idéias
Seguindo Pitágoras, Platão percebia que leis matemáticas estavam embutidas no mundo material. O Cosmo inteiro parecia exemplificar a ordem, a harmonia, e a proporção.
Sob a superfície confusa (caótica) de nosso mundo cotidiano, há uma ordem que tem a idealidade e a perfeição da matemática.
Platão buscou nos sólidos regulares a explicação para a origem do universo. Abaixo, modelos de um tetraedro, um octaedro, um icosaedro, um cubo (ou hexaedro) e um dodecaedro.
Segundo Platão, a natureza do homem é racional, e, por conseqüência, na razão realiza o homem a sua humanidade: a ação racional realiza o grande bem, que é, ao mesmo tempo, felicidade e virtude.
 Visto que a alma humana racional se acha, de fato, neste mundo, unida ao corpo e aos sentidos, deve principiar a sua vida moral sujeitando o corpo ao espírito.
O que é Belo?
O que é o Belo? - Platão já reconhecia a existência de coisas que são belas por si mesmas e que fornecem um prazer puro que não aquele da cessação da dor ou aflição. Sócrates achava que o Belo era uma concordância observada pelos olhos e ouvidos. Kant achava belo sobretudo o natural, as aves, as plantas. E as definições do Belo e do que é Estética, sempre estiveram presentes e foram ampliadas nas discussões filosóficas e artísticas. A beleza feminina, também uma manifestação do Belo, às vezes é pouco compreendida por ser associada a um comportamento fútil. Grosseiro engano, trabalhar, praticar esportes, estudar, freqüentar as clínicas de estética não é tarefa para fúteis e pobres de espírito. Mulheres inteligentes, cultas, que trabalham em casa e tem a sua profissão e que são sobretudo fortes, são as que tem entusiasmo para cuidar da beleza e da saúde.
REFERÊNCIAS
Campbell, Joseph. A Extensão Interior do Espaço Exterior. S.Paulo: Campus, 1991
Campbell, Joseph. Para Viver os Mitos.S.Paulo:Cultrix, 1997
Chauí, Marilena. Convite à filosofia. 12a ed. S. Paulo: Ática, 1999
Maffessoli, Michel. O Ritmo da Vida: Variações Sobre o Imaginário Pós-Moderno. Rio de Janeiro: Record, 2007
Aristóteles.Os Pensadores. Rio de Janeiro: Nova Cultural, 2000. 
Durant, Will. A Historia da Filosofia. Rio de Janeiro: Editora Nova Cultural, 2000.
Magee, Bryan. História da Filosofia.São Paulo: Edições Loyola, 2000.
Oliveira, Manfredo.Correntes Fundamentais da Ética Contemporânea. Rio de Janeiro: Vozes.2000.
Platão.Os Pensadores. Rio de Janeiro: Nova Cultural, 2000..
Santos, Theobaldo. Manual de Filosofia. São Paulo:Companhia Ed. Nacional,1964.
Sócrates.Os Pensadores. Rio de Janeiro: Nova Cultural, 2000.
www.usacitydirectories.com/travelamerica 
www.wunderground.com/wximage/viewsingleimage
http://www.algosobre.com.br/sociofilosofia/estetica.html

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