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TCC REVISÃO FINAL

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UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO 
RIO GRANDE DO SUL 
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS, CONTÁBEIS, 
ECONÔMICAS E DA COMUNICAÇÃO 
CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS 
 
 
 
 
RICARDO DA COSTA 
 
 
 
 
ANÁLISE DE CUSTOS, PREÇOS E RESULTADOS NA CRIAÇÃO DOS 
BENEFÍCIOS E DESPESAS INDIRETAS (BDI) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
IJUÍ (RS) 
2015 
 
 
2 
 
RICARDO DA COSTA 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANÁLISE DE CUSTOS, PREÇOS E RESULTADOS NA CRIAÇÃO DOS 
BENEFÍCIOS E DESPESAS INDIRETAS (BDI) 
 
 
 
Trabalho de conclusão de curso apresentado no Curso de 
Ciências Contábeis da UNIJUÍ, como requisito parcial 
para obtenção do título de Bacharel em Ciências 
Contábeis. 
 
 
 
Orientadores: EUSÉLIA PAVEGLIO VIEIRA 
 JORGE ONEIDE SAUSEN 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
IJUÍ (RS), Junho 2015 
 
3 
 
AGRADECIMENTOS 
 
Agradeço primeiramente a Deus, pela vida, saúde e por estar sempre presente em minha 
vida. 
A minha esposa Fabiane, pelo apoio e compreensão nos momentos difíceis. Por estar 
sempre ao meu lado, me incentivando e dando força sempre que precisei. 
Aos meus pais Alvarino e Hilda, por todo carinho, compreensão, incentivo e apoio. E 
também por toda ajuda e apoio que recebi. 
Aos professores que no decorrer do curso me apoiaram e compartilharam seus 
conhecimentos e experiências de vida, especialmente a minha orientadora professora Eusélia 
pelas palavras de incentivo e pelos conhecimentos e dedicação na reta final em que precisei. 
A empresa que compartilhou as informações para que pudesse desenvolver o trabalho de 
conclusão. 
Aos colegas e amigos, pela amizade compartilhada no decorrer destes longos oito anos de 
estudo. 
A todas as pessoas, que de uma forma ou de outra contribuíram nesta caminhada, meu 
agradecimento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
RESUMO 
 
O presente trabalho tem como objetivo a estruturação da matriz de formação do preço de 
venda de uma empresa no segmento de instalações industriais, dando assim base relevante para 
a gestão da mesma e embasamento para a correta mensuração do preço de venda; a empresa 
objeto de estudo está situada na região Noroeste do estado do Rio Grande do Sul. A atividade 
principal da empresa é a fabricação de painéis elétricos e instalação elétrica com atuação em 
todo território brasileiro. A empresa fonte de estudo já possuía uma matriz de formação de 
preço de venda, porem pelo crescimento apresentado nos últimos anos bem como a constante 
alteração dos custos e impostos se fez necessário a validação desta planilha bem como a criação 
de planilhas auxiliares para desta forma garantir a correta mensuração dos valores de venda; 
desta forma amenizando erros nas tomadas de decisões. Percebeu-se ao longo do 
desenvolvimento do trabalho que os custos variam de obra para obra em função das 
especificidades de cada uma e da qualificação de profissionais exigidos, bem como a incidência 
de locações e alugueis que variam de projeto para projeto, desta forma, resultando em BDI’s 
distintos em cada projeto orçado. 
 
 
Palavras-chave: Custos na indústria, Formação de preços, Gerenciamento, BDI, Rentabilidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
LISTA DE QUADROS 
 
Quadro 01 - Ficha de abertura de orçamentação.................................................................... 48 
Quadro 02 - Planilha de controle de orçamento..................................................................... 51 
Quadro 03 - Nota da modalidade Empreitada Global............................................................ 53 
Quadro 04 - Cronograma de estágios das etapas que compõem o projeto vendido............... 54 
Quadro 05 - Tela de Solicitação de material para compras.................................................... 57 
Quadro 06 - Histograma de pessoal para Obra...................................................................... 60 
Quadro 07 - Planilha de gastos administrativos..................................................................... 62 
Quadro 08 - Planilha da compilação dos custos com a folha do setor administrativo........... 63 
Quadro 09 - Meta de vendas para 2015................................................................................. 63 
Quadro 10 - Compilação do Índice correspondente para custo administrativo..................... 64 
Quadro 11 - Listagem de material para instalação................................................................. 65 
Quadro 12 - Listagem de material de painéis......................................................................... 67 
Quadro 13 - Tabela de relação de funções e HH para instalações......................................... 69 
Quadro 14 - Tabela de relação de funções e HH para painéis............................................... 70 
Quadro 15 - Planilha inicial para compilação de preço de venda.......................................... 71 
Quadro 16 - Planilha para compilação Horas Produtivas...................................................... 72 
Quadro 17 - Custo efetivo médio da hora trabalhada............................................................ 73 
Quadro 18 - Histograma de mão de obra previsto para execução das atividades.................. 74 
Quadro 19 - Custo Total de Mão de Obra direta utilizada para execução............................. 75 
Quadro 20 - Gastos gerais da obra A..................................................................................... 77 
Quadro 21 - Gastos gerais da obra B..................................................................................... 79 
Quadro 22 - Planilha de rentabilidade de Mão de Obra para a obra A e B............................ 82 
Quadro 23 - Planilha de rentabilidade de Materiais para a obra A e B.................................. 84 
Quadro 24 - Planilha de rentabilidade de Painéis com e sem IPI para a obra A e obra B..... 87 
Quadro 25 - Planilha de rentabilidade da modalidade empreitada para a obra A e obra B... 90 
Quadro 26 - Demonstrativo de valores a ser apresentado ao cliente para a obra A e obra B 92 
 
 
 
 
 
6 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
Figura 01 - Organograma da empresa objeto do estudo.......................................................... 14 
Figura 02 - Vista frontal da empresa objeto de estudo............................................................ 15 
Figura 03 - Vista do novo pavilhão da empresa estudada....................................................... 15 
Figura 04 - Fluxograma do processo de orçamentação........................................................... 51 
Figura 05 - Foto dos painéis elétricos montados pela empresa............................................... 56 
Figura 06 - Fluxograma do processo interna na empresa........................................................ 59 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
LISTA DE SIGLAS 
 
NBR - Norma Brasileira 
IEC - International Engineering Consortium (Comissão Eletrotécnica 
Internacional) 
BDI - Budget Difference Income (Benefícios e Despesas Indiretas) 
CNAE - Classificação Nacional de Atividades Econômicas 
CFC - Conselho Federal de Contabilidade 
MCU - Margem de Contribuição Unitária 
MCT - Margem de Contribuição Total 
FGTS - Fundo de Garantia por Tempo de Serviço 
DSR - Descanso Semanal Remunerado 
INSS - Instituto Nacional do Seguro Social 
CVD - Custo Variável Direto 
PEPS - Primeiro que Entra Primeiroque Sai 
UEPS - Último que Entra Primeiro que Sai 
MPM - Média Ponderada Móvel 
CPC - Concelho Federal de Contabilidade 
CLV - Custo, Volume e Lucro 
PEC - Ponto de Equilíbrio Contábil 
PEF - Ponto de equilíbrio Financeiro 
PEE - Ponto de Equilíbrio Econômico 
NBR - Norma Brasileira 
PCH’s - Pequenas Centrais Hidrelétricas 
KV - Kilovolt 
NR - Norma Regulamentadora 
SGE - Sistema de Gestão Empresarial 
FOB - free on board - Livre a bordo ( Frete por conta do comprador) 
CIF - Cost, Insurance and Freight - Custo, Seguros e Frete (frete por conta do 
fornecedor) 
NR-10 - Norma Regulamentadora Nº 10 – Segurança em Instalações e Serviços em 
Eletricidade 
RAT - Riscos Ambientais do Trabalho 
8 
 
SEBRAE - Serviço Brasileiro de apoio às Micro e Pequenas Empresas 
SESI - Serviço Social da Indústria 
SENAI - Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial 
INCRA - Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária 
HH - Homem Hora 
QGBT’s - Quadro Geral de Baixa Tensão 
CCM’s - Centro de Controle de Motores 
QDL - Quadro de Distribuição de Luz 
QDF - Quadro de Distribuição de Força 
BC - Banco de Capacitores 
ATPV - Arc Thermal Performance Value - Valor de Performance para Arcos 
Térmicos. 
NCO - Número de Controle de Obra 
ICMS - Imposto sobre circulação de mercadorias e prestações de serviços 
PIS - Programa de Integração Social 
COFINS - Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social 
IPI - Imposto sobre Produtos Industrializados 
NCM - Nomenclatura Comum do Mercosul 
CFOP - Código Fiscal de Operações e Prestações 
DDS - Diálogo Diário de Segurança 
DIFAL - Diferencial de ICMS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
SUMÁRIO 
 
 RESUMO................................................................................................................ 4 
 LISTA DE QUADROS.......................................................................................... 5 
 LISTA DE FIGURAS............................................................................................ 6 
 LISTA DE SIGLAS............................................................................................... 7 
 INTRODUÇÃO...................................................................................................... 11 
1. CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO............................................................. 13 
1.1 DEFINAÇÃO DO TEMA EM ESTUDO................................................................ 13 
1.2 CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA................................................................... 13 
1.3 PROBLEMATIZAÇÃO DO TEMA....................................................................... 16 
1.4 OBJETIVOS............................................................................................................ 17 
1.4.1 Objetivo geral......................................................................................................... 17 
1.4.2 Objetivos específicos.............................................................................................. 17 
1.5 JUSTIFICATIVA.................................................................................................... 17 
2. REFERENCIAL TEÓRICO................................................................................. 19 
2.1 CONTABILIDADE................................................................................................. 19 
2.1.1 Princípios................................................................................................................ 20 
2.1.2 Objetivos................................................................................................................. 21 
2.2 CONTABILIDADE DE CUSTOS.......................................................................... 22 
2.2.1 Classificação dos custos......................................................................................... 23 
2.2.2 Custos patrimoniais............................................................................................... 24 
2.2.3 Custos com Pessoal................................................................................................ 26 
2.2.4 Custos materiais..................................................................................................... 27 
2.3 CUSTOS NA ATIVIDADE COMERCIAL............................................................ 28 
2.4 CUSTOS NOS SERVIÇOS..................................................................................... 29 
2.5 MÉTODO DE CUSTEIO........................................................................................ 30 
2.5.1 Método de custeio por absorção........................................................................... 31 
2.5.2 Método de custeio variável.................................................................................... 31 
2.6 ANÁLISE DO CUSTO, VOLUME E RESULTADO............................................ 32 
2.6.1 Formação de preço de venda................................................................................ 33 
2.6.2 Margem de contribuição....................................................................................... 34 
2.6.3 Ponto de equilíbrio................................................................................................. 35 
10 
 
2.6.4 Margem de segurança operacional ...................................................................... 37 
2.7 MODELO BDI......................................................................................................... 38 
3. METODOLOGIA DE ESTUDO.......................................................................... 40 
3.1 CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA....................................................................... 40 
3.1.1 Quanto à natureza.................................................................................................. 40 
3.1.2 Quanto à forma de abordagem do problema...................................................... 40 
3.1.2.1 Pesquisa Qualitativa.............................................................................................. 41 
3.1.2.2 Pesquisa Quantitativa............................................................................................ 41 
3.1.3 Quanto aos objetivos.............................................................................................. 42 
3.1.4 Procedimentos técnicos.......................................................................................... 42 
3.2 COLETA DE DADOS............................................................................................. 43 
3.2.1 Instrumento de coleta dos dados.......................................................................... 44 
3.3 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE DADOS...................................................... 45 
4 ANÁLISE DOS RESULTADOS.......................................................................... 46 
4.1 MAPEAMENTO DOS SERVIÇOS PRESTADOS................................................ 46 
4.2 APURAÇÃO DO CUSTO DAS OBRAS............................................................... 61 
4.3 APURAÇÃO DO ORÇAMENTO DO CUSTO TOTAL....................................... 70 
4.4 COMPILAÇÃO DA MATRIZ DE PREÇO............................................................ 80 
4.5 ANÁLISE DA RELAÇÃO CUSTO, VOLUME E RESULTADO........................ 93 
 CONCLUSÃO........................................................................................................ 96 
 REFERÊNCIAS..................................................................................................... 98 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
INTRODUÇÃO 
 
O presente trabalho de conclusão de curso está pautado em umaempresa do segmento de 
instalações eletromecânicas, manutenção industrial e agroindustrial, fabricação de painéis 
elétricos e revenda de material. No atual cenário da economia, com o crescente aumento da 
competitividade e exigência técnica dos clientes, se faz necessário a implantação de técnicas 
que contribuam para a manutenção da rentabilidade dos negócios, sem que haja perda de 
qualidade nos produtos ofertados. 
Para que aconteça este inteiração, é preciso conhecer os mínimos detalhes e a estrutura da 
empresa, bem como, os custos inerentes de cada atividade ou serviço prestado pela entidade, 
sendo que neste viés, a contabilidade de custos tornou-se uma ferramenta indispensável na 
gestão das empresas, gerando informações precisas e auxiliando no processo decisório. 
O objetivo deste trabalho é poder auxiliar o entendimento da correta formação do preço 
de venda; iniciando com a forma adequada de classificação dos custos, bem como, o ponto de 
equilíbrio de vendas da empresa em função de seu porte e estrutura, tornando a tomada de 
decisões gerenciais mais confiáveis em função de uma correta formação do preço de venda, 
conseguindo assim mensurar de uma melhor forma os custos mais problemáticos e tratá-los 
adequadamente. 
Inicialmente é apresentada a contextualização do estudo, detalhando a organização em 
estudo, além da problematização da temática em estudo, dos objetivos gerais e específicos e da 
justificativa. 
Na sequência, o segundo capítulo é abordado o referencial teórico do estudo, sendo 
primeiramente apresentados os assuntos: contabilidade, contabilidade de custos, custos na 
atividade comercial, custo nos serviços, método de custeio, análise do custo, volume e 
resultado e modelo BDI. 
Já no terceiro capítulo é tratada a metodologia do estudo, realizando a sua classificação; 
quanto à natureza, aos objetivos, a forma de abordagem do problema e aos procedimentos 
técnicos. É detalhado a forma de coleta de dados, os seus instrumentos e a análise e 
interpretação dos dados. 
No quarto capítulo ocorre a aplicação do estudo de caso, sendo que todas as informações 
encontradas no decorrer da pesquisa são representadas através de quadros, ou seja, todo o 
levantamento de custos fixos, administrativos, custo com pessoal, custos com matéria prima 
12 
 
que incide na elaboração do orçamento e planilhas de controles, passando pelos cálculos e até a 
margem de contribuição dos custos administrativos para a formação do preço de venda. 
Neste capítulo é levantado os custos administrativos, a formação do índice deste custo 
para aplicação nas planilhas de rentabilidade, a apuração do valor homem hora, a formatação 
dos custos que incidem para a execução do projeto, a previsão de tempos gastos com 
burocracias na obra o que acarreta em majoração do valor da hora trabalhada, as análises de 
quais os profissionais necessários para a execução de cada projeto específico, passando pelos 
custos de locação de equipamentos; enfim, o levantamento total dos valores para a formatação 
do custo do profeto, bem como o cálculo de preço mínimo necessário para a manutenção da 
atividade da empresa. 
Por fim a apresentação deste relatório de pesquisa apresenta-se as considerações finais e 
as referências, que foram utilizadas para a realização desse trabalho e algumas observações 
pertinentes para que a empresária possa continuar crescendo e se manter competitiva frente à 
concorrência no mercado, utilizando as informações geradas pelo sistema de custos proposto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
 
1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO 
 
Neste primeiro capítulo apresenta-se a contextualização do estudo, nela é identificado o 
tema, a caracterização da instituição estudada, seguido da identificação e levantamento do 
problema, dos objetivos e da justificativa, os quais estão relacionados na sequência. 
 
1.1 DEFINIÇÃO DO TEMA EM ESTUDO 
 
A contabilidade é uma ciência que auxilia as organizações tanto no registro de seus 
patrimônios, bem como na tomada de decisão. Nesta linha, entre os diversos campos de atuação 
do profissional Contador, um deles é a contabilidade gerencial que inclui fortemente a 
contabilidade de gestão de custos. 
Neste sentido, o estudo desenvolveu-se na área da contabilidade de custos, 
especificamente na análise de custos, preços e resultados na criação do BDI junto à instituição. 
 
1.2 CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA 
 
A empresa objeto de estudo, atua no segmento elétrico, fundada em agosto de 2005, na 
cidade de Panambi-RS; iniciou suas atividades prestando serviços de engenharia e 
administração de obras, sendo que no decorrer da vida profissional a empresa acrescentou em 
seu portfólio de produtos a fabricação de painéis elétricos, montagens elétricas e mecânicas. 
A empresa teve seu início por meio do espírito empreendedor de seus três sócios que 
juntamente com dois colaboradores iniciaram as atividades em 2005. Prezando sempre pelo 
pronto atendimento e por manter uma equipe de profissionais qualificados e de longa 
experiência, a empresa hoje conta com 191 pessoas em seu quadro de funcionários; sendo 12 na 
área administrativa, 26 na comercial, 113 na montagem eletromecânica e 40 na fábrica. 
Em 2010 a empresa sofre uma grande transformação em sua vida profissional, pois ensaia 
seus painéis através das normas NBR IEC 60439-1 e NBR IEC 61641:2008 desta forma, 
chegando a um grupo seleto de empresas que são reconhecidas tecnicamente por alcançarem tal 
certificação; bem como, neste mesmo ano conta também com a construção de uma moderna e 
ampla sede própria com 1590mm², proporcionando assim condições para crescimento bem 
como atender os clientes com maior excelência. 
14 
 
No ano de 2014 a empresa para melhor atender a sua clientela constrói mais um pavilhão 
de 950m², desta forma aumentando sua área fabril para 2.540m², sendo estes construídos em 
uma área total de 34.000m². 
A empresa está situada em área nobre do distrito industrial, próximo ao trevo da BR 158 
de acesso a Panambi. 
 
Figura 01 – Organograma da empresa objeto do estudo 
 
Fonte: Manual da qualidade da empresa 
 
Com o fortalecimento de vendas de sua atividade fabril, a empresa altera sua atividade 
principal para o CNAE 27.31-7-00 sendo a mesma Fabricação de aparelhos e equipamentos 
para distribuição e controle de energia elétrica; ou seja, passa desta forma trabalhar como 
atividade principal a indústria e não mais a prestação de serviço. 
Atualmente a empresa está enquadrada fiscalmente no regime de lucro real, bem como 
atividade principal é a industrialização, mantendo ainda como atividades secundárias a 
prestação de serviço e revenda de material. 
 
 
 
 
 
15 
 
Figura 02 – Vista frontal da empresa objeto de estudo 
 
Fonte: Fotos Fornecidas pela Empresa 
 
Figura 03 - Vista do novo pavilhão da empresa estudada 
 
Fonte: Fotos Fornecidas pela Empresa 
 
A empresa atua em todos os Estados brasileiros, já com uma experiência em exportação, 
sendo que em seu portfólio de clientes pode-se citar empresas de grande porte em diversos 
segmentos de mercado, tais como: Bunge Alimentos, Du Pont - divisão Pioneer Sementes, 
Camera, Fertimport, Kepler Weber, Terminal de Graneis do Guarujá, GM, Fitesa, Sotreq, 
16 
 
Dedini, Agrária, Vale do Rio Doce, Languiru, Petrobrás, Hermasa Navegação da Amazonia, 
Vonpar – Coca Cola, entre outros. 
Entre os fornecedores parceiros, a empresa conta com um seleto número de fornecedores 
com qualidade comprovada, tais como ABB, Siemens, Eaton, Schneider Electric, Phoenix 
Contact, Q&T Equipamentos, Pial Legrand, Philips, Blinda, Nutsteel, Prysmian,Nexans, 
Bandeirantes, Eletropoll, Intelli, Crimper, Hellermann, Rockwell entre outros. 
 
1.3 PROBLEMATIZAÇÃO DO TEMA 
 
A Contabilidade de custos tem como função principal coletar, sistematizar e acumular os 
custos de produção por meio de métodos e sistemas de custeio, os quais servem de base para 
formação de preços como para a análise gerencial na tomada de decisões. 
Segundo Leone (1997 apud BASSO, DIDONÉ 2005, p.66) “a contabilidade de custos é o 
ramo da Contabilidade que se destina a produzir informações para os diversos níveis gerenciais 
de uma entidade, como no auxílio ás funções de determinação de metas de desempenho, de 
planejamento e controle das operações e tomadas de decisão”. 
Nesta mesma linha de pensamento Linn, Vieira (2010, p.21) complementam dizendo que: 
 
Quando se está comprometido com o gerenciamento de uma organização, sabe-se que 
a Contabilidade tem um papel fundamental como fonte geradora de informações para 
programar as tecnologias gerenciais. A Contabilidade de custos exerce uma função 
muito importante ao fornecer informações necessárias para o gerenciamento das 
operações de uma entidade. 
 
Portanto, nas empresas que elaboram produtos utilizam-se do benefício e despesas 
indiretas (BDI) que é um indicador de rentabilidade do produto industrializado e 
comercializado. Neste sentido, Daros (2011, p.10) conceitua o BDI da seguinte forma: 
 
A composição do BDI de um orçamento é tão importante quanto o levantamento 
quantitativo das despesas diretas que serão aplicadas na obra. No entanto, algumas 
empresas ainda continuam praticando valores estimados para calcular o BDI, não 
atualizando este valor de acordo com a evolução da empresa e para cada obra, ficando 
um vácuo no orçamento que geralmente é suprido pela perda de lucro, diminuindo 
gradativamente a rentabilidade da empresa, podendo chegar ao declínio da mesma, 
sem muitas vezes ser notado pela diretoria. 
 
Neste cenário, a empresa objeto da pesquisa sente a necessidade de avaliar a sua matriz 
utilizada na formação de preços dos produtos por ela industrializados, dos componentes 
comercializados e também dos serviços prestados. Nesta matriz envolve os impostos, despesas, 
comissões e margens de lucros desejadas, as quais precisam ser confiáveis para que possam ser 
utilizadas e que atendam as expectativas de rentabilidade da empresa, e em alguns casos 
17 
 
especiais para a formação do preço mínimo, que muitas vezes é a forma de atrair e conquistar 
novos clientes. 
Diante do exposto, questiona-se: Qual a estrutura necessária da matriz de preços para os 
serviços realizados pela empresa que comporte a sua formação e flexibilização, atingindo os 
resultados de rentabilidade na gestão dos Benefícios e Despesas Indiretas (BDI) dos diferentes 
tipos de serviços? 
 
1.4 OBJETIVOS 
Os objetivos dividem-se em geral e específicos. 
 
1.4.1 Objetivo geral 
Estruturar uma matriz de preços que proporcione informações para o gerenciamento das 
atividades da empresa na busca da análise dos custos, preços a serem praticados e dos 
resultados utilizando-se do método BDI na apuração da rentabilidade e na gestão empresarial. 
 
1.4.2 Objetivos específicos 
 
 Verificar as atividades existentes na empresa e sua forma de atribuição de preços; 
 Estruturar uma matriz de formação de preços para as diferentes atividades; 
 Analisar os resultados utilizando-se o método BDI desejado; 
 
1.5 JUSTIFICATIVA 
 
O assunto BDI é importante, em função de poder auxiliar o entendimento da correta 
formação do preço de venda; a correta classificação dos custos bem como o ponto de equilíbrio 
de vendas da empresa em função de seu porte e estrutura. 
A empresa com este estudo conseguirá visualizar se está formulando corretamente o 
preço de venda de seus serviços e produtos, contribuindo assim para uma melhor gestão 
administrativa e gerencial. 
Este trabalho pode servir para as empresas que pretendem gerenciar com segurança a 
formação de seus preços de venda, podendo medir onde estão os custos mais problemáticos e 
tratá-los da melhor forma. 
18 
 
Para a universidade e especialmente aos estudantes do Curso de Ciências Contábeis, este 
estudo pode ser utilizado como fonte alternativa no levantamento de custos para formação do 
preço de venda. 
Para os estudantes de Ciências Contábeis e áreas afins, este estudo pode contribuir para 
ampliar os conhecimentos específicos nesta área, oportunizando assim um profissional com 
maiores experiências na área de custos e viabilização de novos negócios. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
19 
 
2 REFERENCIAL TEÓRICO 
 
Neste capítulo apresenta-se a revisão teórica, onde se buscou o conhecimento no tema 
desenvolvido no estudo de caso. Para tal, buscou-se como base a consulta em obras de autores 
da área contábil, sendo que foi mais explorada a área de custos e formação de preços. 
 
2.1 CONTABILIDADE 
 
A contabilidade é uma ciência, a qual busca registrar os fatos econômicos, financeiros e 
patrimoniais da entidade, desta forma auxiliando no controle do patrimônio da empresa, bem 
como em sua administração. 
Para Basso (2005, p.23): 
 
 O objeto da Contabilidade é o patrimônio, geralmente constituído por um conjunto de 
bens, direitos e obrigações pertencentes a uma determinada entidade. O patrimônio é 
enfocado pela contabilidade sob dois aspectos básicos, o qualitativo que considera 
bens, direitos e obrigações do ponto de vista da sua natureza e o quantitativo, que 
considera bens, direitos e obrigações do ponto de vista do valor monetário. 
 
Para Leone (2002, p.16) a contabilidade pode ter inúmeros enfoques, tais como: 
 
A Contabilidade é vista como uma ciência por ilustres estudiosos, Desses, muitos a 
consideram como uma ciência social. Outros, no entanto, a classificam como uma 
ciência exata ou uma ciência de informação; ou ainda, como uma ciência econômica 
ou um ramo da ciência da administração. 
 
Segundo a Resolução do CFC Nº 774/94 (2014) caracteriza a contabilidade como: 
 
A Contabilidade é uma Ciência Social com plena fundamentação epistemológica. Por 
consequência, todas as demais classificações – método, conjunto de procedimentos, 
técnica, sistema, arte, para citarmos as mais correntes – referem-se a simples facetas 
ou aspectos da Contabilidade, usualmente concernentes à sua aplicação prática, na 
solução de questões concretas. 
 
Complementando a citação anterior o CFC (2014,p.5) disserta sobre: “A Contabilidade 
possui objeto próprio – o Patrimônio das Entidades – e consiste em conhecimentos obtidos por 
metodologia racional, com as condições de generalidade, certeza e busca das causas, em nível 
qualitativo semelhante às demais ciências sociais”. 
A contabilidade vem sofrendo inúmeras mudanças nos últimos anos, deixando de ser 
apenas uma ferramenta arrecadatório para o governo, para ser uma ferramenta para 
gerenciamento da entidade, pois através da mesma consegue-se evidenciar por diversos 
aspectos a situação da entidade. 
20 
 
Basso (2005, p.24) complementa conceituando: 
 
A finalidade fundamental da Contabilidade é gerar informações de ordem física, 
econômica e financeira sobre o patrimônio, com ênfase para o controle e 
planejamento. 
Como núcleo central do controle patrimonial, a Contabilidade registra os fatos que 
nele acontecem, emitindo relatórios qualitativos e quantitativos, permitindo ao usuário 
da informação contábil, entre outras atividades, comparar previsões e orçamentos com 
a realidade da entidade. 
 
Assim sendo, pode-se entender contabilidadecomo uma ciência social extremamente 
necessária a organização, pois através da mesma conseguimos evidenciar a sua real conjuntura, 
medir sua condição de geração de dividendos, seus pontos fortes, as condições de honrar com 
as obrigações assumidas, o capital social da empresa, a remuneração das tarefas realizadas bem 
como demais aspectos, gerando assim pontos de medição em que se pode comparar com 
situações anteriores; sendo através da medição e comparação destes pontos é que a 
contabilidade consegui suprir a gerencia com informações importantes para a tomada de 
decisão. 
 
2.1.1 Princípios de Contabilidade 
 
Os princípios buscam orientar em especial a função de registrar todos os fatos que afetam 
o patrimônio de uma entidade. São os princípios contábeis que ditam as regras de como o 
contador deve se portar quando do registro contábeis, sendo a principal teoria que sustenta e 
fundamenta a Contabilidade. 
Segundo Basso (2005, p.307) conceitua como: 
 
Os princípios fundamentais da contabilidade representam o núcleo central da própria 
Contabilidade, na sua condição de ciência social, sendo a ela inerente. Os princípios 
constituem sempre as vigas-mestras de uma ciência, revestindo-se de atributos de 
universalidade e veracidade, conservando validade em qualquer circunstância. 
 
Segundo a Resolução do CFC Nº 774/94 (2014) caracteriza os princípios como sendo 
parte importante na vivencia contábil, sendo que o mesmo disserta que: 
 
Nos princípios científicos jamais pode haver hierarquização formal, dado que eles são 
os elementos predominantes na constituição de um corpo orgânico, proposições que se 
colocam no início de uma dedução, e são deduzidos de outras dentro do sistema. Nas 
ciências sociais, os princípios se colocam como axiomas, premissas universais e 
verdadeiras, assim admitidas sem necessidade de demonstração, ultrapassando, pois, a 
condição de simples conceitos. 
 
21 
 
Após a redação dada pela Resolução CFC 1.282/2010 (2014), a qual revoga um dos 
princípios contábeis que disserta sobre a Atualização Monetária, ficaram remanescentes seis 
princípios fundamentais, sendo eles o da Entidade, Continuidade, Oportunidade, Registro pelo 
valor original, Competência e Prudência. 
 
O Princípio da Entidade: Art. 4° O Princípio da Entidade reconhece o Patrimônio 
como objeto da Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da 
diferenciação de um Patrimônio particular no universo dos patrimônios existentes, 
independentemente de pertencer a uma pessoa, um conjunto de pessoas, uma 
sociedade ou instituição de qualquer natureza ou finalidade, com ou sem fins 
lucrativos. Por consequência, nesta acepção, o patrimônio não se confunde com 
aqueles dos seus sócios ou proprietários, no caso de sociedade ou instituição. 
Principio da Continuidade: Art. 5º O Princípio da Continuidade pressupõe que a 
Entidade continuará em operação no futuro e, portanto, a mensuração e a apresentação 
dos componentes do patrimônio levam em conta esta circunstância. 
Principio da Oportunidade: Art. 6º O Princípio da Oportunidade refere-se ao processo 
de mensuração e apresentação dos componentes patrimoniais para produzir 
informações íntegras e tempestivas. 
Principio pelo valor original: Art. 7º O Princípio do Registro pelo Valor Original 
determina que os componentes do patrimônio devam ser inicialmente registrados 
pelos valores originais das transações, expressos em moeda nacional. 
Principio da Prudência: Art. 10. O Princípio da PRUDÊNCIA determina a adoção do 
menor valor para os componentes do ATIVO e do maior para os do PASSIVO, 
sempre que se apresentem alternativas igualmente válidas para a quantificação das 
mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido. 
Principio da Competência: Art. 9º O Princípio da Competência determina que os 
efeitos das transações e outros eventos sejam reconhecidos nos períodos a que se 
referem, independentemente do recebimento ou pagamento. 
 
Os princípios da Contabilidade constituem o alicerce da ciência, sendo que os mesmos 
permitem aos usuários desenvolverem padrões de comparabilidade e credibilidade devido o 
reconhecimento dos critérios adotados. Faz com que aumente a confiabilidade das 
demonstrações financeiras, bem como facilitam a adequada interpretação dos critérios adotados 
quando do registro das mesmas. 
 
2.1.2 Objetivos da Contabilidade 
 
Os objetivos da contabilidade é a correta mensuração das mutações que ocorrem 
financeira e patrimonial junto à entidade. Registros estes que fornecem informações 
estruturadas através de relatórios contábeis de qualidade e que permitam ao usuário tomar 
decisões gerenciais. 
Complementando a citação anterior, Basso (2005, p.309) conceitua como: 
O Objetivo científico da Contabilidade manifesta-se na correta apresentação do 
patrimônio e na apresentação e análise das causas das suas mutações. Sob a ótica 
pragmática, a aplicação da Contabilidade a uma entidade particularizada busca prover 
os usuários com informações sobre aspectos econômicos, financeiros e físicos do 
22 
 
patrimônio da entidade e suas mutações, o que compreende registros, demonstrações, 
análises, diagnósticos e prognósticos, expressos sob a forma de relatos, pareceres, 
tabelas, planilhas e outros meios. 
 
A contabilidade consiste no processo sistemático e ordenado de registrar as alterações 
ocorridas no patrimônio de uma entidade. Todavia, a depender do usuário e do tipo de 
contabilidade requerida (BRUNI, FAMÁ, 2004). 
Para Basso (2005, p.27), “ A Contabilidade foi concebida para gerar informações aos 
seus usuários, inicialmente bem sucinta e hoje, diante de novas e modernas tecnologias de 
informação, cada vez mais pormenorizada e, por conseguinte, cada vez mais útil e 
imprescindível na tomada de decisões aos seus usuários”. 
Diante destes conceitos, evidencia-se que os objetivos da contabilidade é gerar 
informações corretas e tempestivas das informações da entidade para os diversos usuários da 
mesma, sejam eles os administradores, diretores e executivos, bem como sócios e acionistas, ou 
ainda aos bancos, financiadores, investidores, fornecedores ou até mesmo as esferas 
governamentais, sejam elas o governo federal, estadual e municipal. 
 
2.2 CONTABILIDADE DE CUSTOS 
 
Os custos são os gastos realizados pela entidade com o objetivo de produzir seu produto, 
comercializa-lo, fabricando ou apenas revendendo, bem como os gastos inerentes para 
execução de um serviço. 
Na busca de um de um melhor resultado nos negócios, busca se o aperfeiçoamento do 
controle dos processos operacionais internos da organização, dadas a acirrada competitividade 
e as imposições do mercado, a qualidade e a necessidade da informação gerencial de custos se 
estendem por todos os ramos da gestão empresarial (VIEIRA, 2008). 
Complementando o conceito, Wernke (2005, p.4) disserta que: 
Como Custos são classificados os gastos efetuados para fabricar produtos ou prestar 
serviços. Portanto, em uma empresa industrial fatores como matérias-primas 
consumidas, salários e encargos sociais dos operários da fábrica; combustíveis, 
energia elétrica e água utilizados no processo fabril; seguro do prédio industrial; 
manutenção e depreciação das máquinas industriais, dos móveis e das ferramentas 
utilizados no processo produtivo (entre outros itens empregados na produção) devem 
ser considerados custos. 
 
Para Bruni, Famá (2004, p.24) “A contabilidade de Custos pode ser definida como o 
processo ordenado de usar os princípios da contabilidade geral para registrar os custos de 
operações de um negócio”. 
23 
 
De acordo com Padoveze (2003, p. 5) “A Contabilidade de Custos é o segmentoda Ciên-
cia Contábil especializado na gestão econômica do custo e dos preços de venda dos produtos e 
serviços oferecidos pelas empresas”. 
Para Bomfim, Passarelli (2006, p.33) “O controle dos gastos, objetivando a sua contínua 
redução, será cada vez mais vital para a sobrevivência das empresas”. 
Para Vieira (2008, p.11) a contabilidade de custos teve sua origem através da necessidade 
da correta mensuração, classificação e registra os dados operacionais das diversas atividades da 
entidade: 
Com o desenvolvimento e o emprego cada vez mais intensivo das máquinas no 
processo de produção, os novos custos apareceram tornando bem mais complexos os 
métodos para medi-los. A complexidade destes métodos contábeis, capazes de 
solucionar cada vez com mais rapidez os custos de fabricação, foi que deu origem à 
contabilidade de custos. 
 
Para Souza, Clemente (2011, p.5) “Não se deve objetivar a simples redução de custos, 
mas sim uma compatibilidade entre os investimentos, potencialização de competências, valores 
agregados, retornos esperados, riscos assumidos e satisfação do consumidor”. 
A Contabilidade de custos coleta e registra todos os dispêndios necessários para a 
realização do produto ou serviço dentro de todos os processos produtivos, classificando 
conforme sua natureza e dando assim condições para comparabilidade entre os mesmos, 
gerando relatórios que auxiliam o gerenciamento da entidade. 
 
2.2.1 Classificação dos custos 
 
A classificação dos custos se faz necessária em função de um melhor gerenciamento do 
mesmo junto à entidade, sendo que os mesmo podem ser classificados pela facilidade de 
identificação com o produto, como no caso do custo direto e indireto, bem como quanto ao 
volume de produção do período, sendo este os custos fixos e variáveis. 
Vieira (2008, p.20) ajuda a explicar a forma de classificação: 
 
A separação de gastos em custos e despesas forma uma subdivisão quanto ao 
comportamento em relação às variações nos volumes de produção e de vendas, que 
podem ser classificados da seguinte forma: fixos ou variáveis. Mas ainda temos uma 
nova classificação desses mesmos gastos em relação à forma de distribuição e 
apropriação aos produtos, bastante empregados e definidos segundo a necessidade a 
que devem atender, classificando-os em diretos ou indiretos. 
 
Por custos diretos, Wernke (2005, p.6) disserta que: 
 
Os custos diretos são os gastos fácil ou diretamente atribuíveis a cada produto 
fabricado no período. São aqueles custos que podem ser identificados com facilidade 
24 
 
como apropriáveis a este ou aquele item produzido. Por suas características próprias e 
objetividade de identificação no produto pronto, esses gastos são atribuídos aos artigos 
produzidos por medições ou controle individuais (como a ficha técnica), sem a 
necessidade de se recorrer a algum tipo de divisão ou rateio mais complexo. 
 
Quanto a custos indiretos, Santos (1991, p.22) conceitua como: 
 
São os outros custos que complementam uma atividade, incorridos de forma indireta 
ou geral, beneficiando dessa maneira todos os bens ou serviços produzidos ou 
prestados. Exemplos de insumos que são necessários para a obtenção do produto final, 
porem não mantem qualquer relação direta: supervisão geral da fábrica; limpeza; 
segurança; depreciação; óleos lubrificantes; energia elétrica; água; e peças de 
reposição de equipamentos. 
 
Custos indiretos englobam os itens de custos em que há dificuldade de identifica-los as 
unidades de produtos fabricados no período. Nesses casos, a atribuição dos custos indiretos aos 
objetos acontece por intermédio de rateios (Wernke, 2005). 
 Quanto aos custos fixos, Padoveze (2003, p.54) caracteriza como: 
 
Um custo é considerado fixo quando o seu valor não se altera com as mudanças, para 
mais ou para menos, do volume produzido ou vendido dos produtos. 
Apesar da possibilidade de classificarmos uma série de gastos como custos fixos, é 
importante ressaltar que qualquer custo é sujeito a mudanças. Mas os custos que 
tendem a manter-se constantes nas alterações do volume das atividades operacionais 
são tidos como custos fixos. 
 
Sobre custos variáveis, Padoveze (2003, p.56) conceitua como: 
 
São assim chamados os custos e despesas cujo montante em unidades monetárias 
varia na proporção direta das variações do nível da atividade a que se relacionam. 
Tomando como referencial o volume de produção ou vendas, os custos variáveis são 
aqueles que, em cada alteração da quantidade produzida ou vendida, terão uma 
variação direta e proporcional em seu valor. 
 
A correta classificação e entendimento e de vital importância para a realização de um 
bom sistema de custos, podendo os mesmos serem classificados e diferenciados dependendo da 
necessidade do negócio e/ou atividade, ou seja, a real necessidade do que se pretende medir ou 
gerenciar é que ira determinar o seu melhor formato (VIEIRA, 2008). 
Assim sendo, a correta classificação e formato se darão através da necessidade especifica 
que cada entidade precisara para o melhor desempenho da sua atividade. 
 
2.2.2 Custos patrimoniais 
 
Custos patrimoniais correspondem ao custo relativo à perda de valor patrimonial dos 
ativos imobilizados, sendo que está perda pode ocorrer através do uso e desgaste do mesmo 
frente ao processo produtivo, ou através das ações do tempo, ou ainda pelo lançamento de um 
25 
 
novo equipamento, entre outros fatores. Para a perda de valor do ativo imobilizado dá-se o 
nome de depreciação. 
Entende se como ativo imobilizados aqueles bens capazes de gerar receita futura para a 
empresa durante vários exercícios, o imobilizado inclui elementos tangíveis e duráveis, tais 
como terrenos, edificações, galpões, máquinas, robôs, equipamentos, ferramentas, veículos, 
tratores, escavadeiras, embarcações, aeronaves, móveis, utensílios, instalações, gado 
reprodutor, entre outros, bem como bens intangíveis, como os custos de exploração de fundos 
de comércio, direitos autorais, etc, (OLIVEIRA, PEREZ JR, 2005). 
A diferença de valores entre o bem novo e o bem usado e denominada depreciação, sendo 
que a cada queda de valor do bem, quanto mais usado ele é ou quanto mais transcorre o tempo, 
contabiliza-se um valor a título de depreciação (PADOVEZE, 2003). 
Padoveze (2003, p. 138) conceitua a depreciação como sendo: 
 
A depreciação representa a perda de valor dos bens – perda considerada como uma 
despesa ou um custo contábil. Em função disso, ela deve fazer parte dos conceitos da 
formação dos produtos para a formação de preço de venda, como um instrumento de 
recuperação dos investimentos nos ativos imobilizados operacionais. 
 
Está depreciação se dá no decorrer da vida útil do bem, sendo que se entende por vida útil 
o tempo em que o bem irá levar para se desgastar pelo uso na produção e nas atividades 
empresariais, sendo que este período pode variar de bem para bem, dependendo do tempo de 
retorno estimado pela empresa, bem como através do surgimento de uma nova tecnologia que 
venha o tornar obsoleto (OLIVEIRA, PEREZ JR, 2005). 
O Conselho Federal de Contabilidade, através da NBC TG 27, item 57 do 
pronunciamento (CFC, 2009, p. 13) defini a vida útil do ativo imobilizado: 
 
A vida útil de um ativo é definida em termos da utilidade esperada do ativo para a 
entidade. A política de gestão de ativos da entidade pode considerar a alienação de 
ativos após um período determinado ou após o consumo de uma proporção específica 
de benefícios econômicos futuros incorporados no ativo. Por isso, a vida útil de um 
ativo pode ser menor do que a sua vida econômica. A estimativa da vida útil do ativo é 
uma questão de julgamento baseado na experiência daentidade com ativos 
semelhantes 
 
Segundo o pronunciamento técnico 27 do CPC (CPC, 2009), o método de depreciação a 
ser utilizado deve evidenciar o padrão de consumo dos benefícios econômicos pela entidade, 
sendo que está modalidade pode ser o linear, dos saldos decrescentes e método de unidades 
produzidas. Independente do modelo adotado, o método de depreciação aplicado a um ativo 
deve ser revisado pelo menos ao final de cada exercício e, se houver alteração significativa no 
26 
 
padrão de consumo previsto, o método de depreciação deve ser alterado para refletir essa 
mudança. 
 
2.2.3 Custos com pessoal 
 
Custos com pessoal correspondem a todos os custos relativos com a folha de pagamento, 
bem como os custos inerentes a contratação e manutenção deste funcionário. 
Estes custos podem ser considerados diretos e indiretos; o custo direto é quando se 
consegue mensurar com clareza todo o tempo despendido para execução daquela tarefa / 
trabalho, já no custo indireto precisa-se através de rateio alocar este custo na composição do 
preço de venda deste produto ou serviço. 
Fontoura (2013, p.40) considera como essenciais a observação de alguns tópicos quando 
da formação de custo, sendo eles: 
 
Para o cálculo dos custos da mão de obra, é necessário determinar quais são as 
incidências sociais (INSS, FGTS normal e FGTS/Rescisão) e trabalhistas ( Provisões 
de Férias, 13º salário e Descanso Semanal Remunerado – DSR) sobre os valores das 
remunerações pagas 
 
 Complementando a citação anterior, Bomfim, Passarelli (2006, p.109) dissertam que: 
 
Os custos com mão-de-obra incluirão, portanto, todos os gastos incorridos pela pessoa 
jurídica para contratar, treinar, manter, remunerar e desligar seus empregados tanto na 
área de produção como de administração e comercial. 
Todos esses gastos estão relacionados ao “ciclo de vida da mão-de-obra”, pois vão 
desde o recrutamento, a seleção e a admissão até a saída do empregado. 
 
Em boa parte das empresas prestadoras de serviços, o custo da mão-de-obra é o 
principal componente dos custos da produção dos serviços (OLIVEIRA, PEREZ JR, 2005). 
Sendo assim, ocorre a necessidade da correta registro do custo da mão de obra, bem como de 
sua correta classificação. 
Nas empresas industriais e de prestação de serviço, há a necessidade de separar os dois 
tipos de mão-de-obra: a mão-de-obra direta e a mão-de-obra indireta (PADOVEZE , 2003). 
Para a correta classificação dos custos, Martins ( 2008, p.133) define critérios a serem 
observados, “Se surgir a possibilidade de se conhecer o valor de mão-de-obra aplicado no 
produto de forma direta por medição, existe a mão-de-obra direta; se se recorrer a qualquer 
critério de rateio ou estimativa, configura-se, para efeito contábil, em indireta.” 
 
Complementando a citação anterior, Padoveze (2003, p.25) define mão de obra direta 
como, “Considera-se mão-de-obra direta os gatos com pessoal que manipula diretamente os 
27 
 
produtos ou executa os serviços vendidos. Basicamente, é o pessoal responsável pelas etapas 
das atividades de processamento para trabalhar os recursos e gerar os produtos e serviços.” 
 
Já para a mão-de-obra indireta, Padoveze (2003, p.25) considera-se: 
 
Considera-se mão-de-obra indireta os gastos com pessoal que desempenha as 
atividades de apoio aos setores diretos (onde está agrupada a mão-de-obra direta). A 
mão-de-obra indireta, em linhas gerais, não manipula os produtos, não faz os serviços, 
ou seja, não tem participação direta nos processos produtivos, Está locada nos setores 
de apoio á fábrica, tais como planejamento e controle de produção, setor de 
manutenção, controle de qualidade, engenharia de fábrica, engenharia de 
desenvolvimento etc. 
 
Assim sendo pode-se entender como custos com pessoal uma fatia importante a ser 
considerada na formação do preço de venda, sejas a entidade industrial, comercial ou no 
segmento de prestação de serviços, sendo que a mesma terá índices de participação diferente 
em cada segmento de mercado, precisando ser mensurada corretamente em cada atividade 
empresarial. 
 
2.2.4 Custos materiais 
 
Os custos materiais são geralmente encontrados junto ao sistema de compras, sendo que o 
mesmo consiste no custo total dos insumos junto a entidade. 
Para encontra-los, pode se utilizar o custo das ultimas aquisição, o custo das cotações ou 
de reposição. O custo médio, para fins legais e fiscais, é obtido normalmente do controle de 
estoque de materiais (PADOVEZE, 2003). 
Os custos específicos das empresas, principalmente das empresas de transformação / 
industrialização, está muito associados aos custos de estoques, por isso da necessidade de 
conhecê-los, avalia-los e registra-los (BOMFIM, PASSARELLI, 2004). 
Para Bomfim, Passarelli (2004, p.65) “ Segundo historiadores da administração, a 
avaliações de estoques parece ter sido a primeira das aplicações gerenciais da Contabilidade de 
Custos”. 
Para Fontoura (2013, p.39): 
 
O custo dos materiais, também denominado de CVD (custo variável direto), é de 
simples identificação aos produtos ou serviços, necessitando apenas de controle de 
consumo efetivo. O problema nesse caso não é e nem a relação de consumo para cada 
item ou serviço, e sim a metodologia de cálculo a avaliação do custo líquido para 
imputação aos produtos. 
 
28 
 
Existem alguns critérios de avaliação de estoque de materiais, entre eles o PEPS, UEPS e 
a Média Ponderada, sendo que para atender a Legislação do IR, apenas são aceitas a Média 
Ponderada e o PEPS. Este trabalho será baseado na Média Ponderada Móvel (MPM). 
Bomfim, Passarelli (2006, p.97) conceituam MPM como: 
 
Este método, também chamado de método da Média Ponderada ou Média Móvel, 
baseia-se na aplicação dos custos médios em lugar dos custos efetivos. O método de 
avaliação do estoque ao custo médio é aceito pelo Fisco e usado amplamente. Por este 
método, o valor dos itens de estoque em mãos, ao final do período, é representado pela 
média ponderada do custo do estoque dos itens em mãos no começo do período e de 
todas as compras efetuadas durante esse mesmo período. 
 
O custo médio é calculado pela divisão do saldo total em valor pelo saldo total em 
quantidades, ou seja, cada entrada por custo diferente do custo médio anterior altera esse custo 
médio e que cada saída, embora não altere o custo médio, altera o fator de ponderação 
(OLIVEIRA, PEREZ JR, 2005). 
Conhecer o correto custo dos insumos adquiridos, bem como conhecer as especificidades 
do método de avaliação adotado pela entidade, faz com que a gerencia possa tomar as melhores 
decisões quando da geração da planilha de rentabilidade. Assim conseguindo evidenciar qual é 
o mínimo que se pode praticar no ato da venda de seus produtos / mercadorias, bem como qual 
a margem ideal para se trabalhar. 
 
2.3 CUSTOS NA ATIVIDADE COMERCIAL 
 
Entende-se como custo na atividade comercial apenas o que diz respeito à 
comercialização dos produtos adquiridos, sendo a principal distinção do comercio com a 
indústria é que na indústria ocorre a transformação do material adquirido em um novo produto; 
já no comércio ocorre apenas a venda da mercadoria adquirida. 
Conforme Vieira (2008, p.91) “Embora todo o tipo de empresa (industrial, comercial e de 
serviços) exerça atividade econômica com finalidade lucrativa, o comércio se diferencia por 
intermediar o produto entre as fontes de produção e o consumidor e por ser atuante em duas 
formas distintas de comercialização: atacado ou varejo”. 
Bomfim, Passarelli (2006, p.171) conceituam custo comercial como sendo: 
 
Entende-se como custo comercial o total dos dispêndios monetários (imediatos ou 
futuros)nos quais a empresa incorre para obtenção de uma mercadoria ou serviço. 
Sendo a atividade comercial caracterizada pela compra e venda de mercadorias com 
objetivo de lucro, o custo comercial deverá ser apurado de forma a evidenciar o custo, 
a receita e o lucro das mercadorias vendidas. 
 
29 
 
Sendo assim, na atividade comercio o preço de aquisição do produto influi diretamente 
no preço de venda, pois o mesmo correspondem a maior parcela do custo total da mercadoria, 
apenas acrescido pelos valores provenientes das despesas diretamente relacionadas com a 
atividade comercial e pelo mark-up (BOMFIM, PASSARELLI, 2006). 
Segundo Wernke (2005, p. 124), na década de 80 a economia brasileira vivenciou um im-
portante acontecimento, quando o setor secundário (indústria) foi suplantado pelo setor 
terciário (serviços) na condição de setor de maior peso na economia nacional. O grau de 
importância atribuída ao comércio prende-se aos fatos de que este segmento é o responsável 
pela maior participação no produto, combinada com o elevado número de empresas. 
Apesar do custo da mercadoria compor a maior parcela do preço de venda, a correta 
apropriação das despesas comerciais é necessária para a formação do mesmo. Na geração deste 
valor de venda, necessita-se mensurar vários custos que recaem sobre o produto, como o custo 
comercial (composto pelas despesas indiretas, que corresponde às despesas administrativas), o 
custo contábil (custo de compra das mercadorias acrescido de despesas tais como 
armazenamento, seguro de estocagem, frete, etc.), despesas de vendas e despesas financeiras, 
além da tributação de impostos pertinentes à classificação fiscal de cada família de produtos 
(BOMFIM, PASSARELLI, 2006). 
Assim sendo, entende-se como contabilidade comercial a correta mensuração das 
despesas, custos e impostos que incidem sobre a mercadoria quando do seu repasse entre a 
indústria produtora do bem de consumo e o cliente final. 
 
2.4 CUSTOS NOS SERVIÇOS 
 
As empresas prestadoras de serviços existem desde o início da civilização, assim como as 
atividades de indústria e comércio, acompanhando naturalmente a evolução das mesmas. No 
mundo econômico moderno, é cada vez mais significativa a parcela da economia relacionada 
com atividades empresariais de prestação de serviços, gerando emprego e renda. Desta forma, 
torna-se cada vez mais importante a apuração correta dos custos dos serviços. (OLIVEIRA, 
PEREZ JR., 2005). 
Para formar o preço de venda de um serviço, é necessário mapear a estrutura do serviço e 
o processo ou roteiro de execução. Na estrutura do serviço deve-se considerar todos os 
equipamentos e estrutura física usados diretamente para sua execução. Já o processo de 
30 
 
execução do serviço considera a utilização de pessoas para fazê-lo (PADOVEZE, 
TAKAKURA JÚNIOR, 2013). 
Para Padoveze, Takakura Júnior (2013, p.54), “A estrutura do serviço está 
intrinsecamente ligada aos materiais que serão consumidos no serviço, bem como a estrutura de 
equipamentos necessária para que seja prestado. A estrutura de cada serviço é o primeiro 
grande diferenciador do custo do serviço.” 
Para Padoveze, Takakura Júnior (2013, p.54): 
 
Todo o serviço tem um processo genérico de execução, ou seja, as etapas, atividades e 
tarefas que são necessárias para produzir o serviço ou para disponibilizar o serviço. 
Todos os funcionários envolvidos com essas etapas, atividades ou tarefas são 
considerados como pessoal direto ou mão de obra direta. O esforço da mão de obra 
direta para cada serviço é identificado, quantificado e mensurado e consta do processo 
de execução. 
 
Para determinar os custos incorridos para a realização de um serviço, os valores 
monetários dos recursos consumidos (material, pessoal e organização), podem ser acumulados 
nas ordens de serviço, para posteriormente serem analisadas (LEONE, 2002). 
Desta forma, entende-se que para formar o custo dos serviços são levados em conta a 
estrutura física e atividades realizadas para produzi-lo. Sua correta apuração é de grande 
importância para obtenção do lucro sob sua prestação. 
 
2.5 MÉTODO DE CUSTEIO 
 
Método de custeio é como a entidade agrega ao preço de venda o custo da produção. 
Sendo que o preço de venda pode variar dependendo do modelo de custeamento que a empresa 
adotar. 
Os métodos de custeio mais comumente utilizados são o Método por Absorção e o 
Método de Custeio Variável. 
Wernke (2005, p.17) disserta que: 
 
Método é um vocábulo de origem grega e resulta da soma das palavras meta 
(resultado que se deseja atingir) e Hodós (caminho). É portanto, o caminho para 
chegar aos resultados pretendidos. Custeio significa atribuir valor de custo a um 
produto, mercadoria ou serviço. 
 
Sendo assim, seria a forma em que se trabalhará para a formação do preço de venda dos 
produtos junto à entidade. 
 
 
31 
 
2.5.1 Método de custeio por absorção 
 
O Método de custeio por absorção é o mais comumente utilizado, sendo este o exigido 
pela legislação Brasileira para a contabilização do Imposto de Renda. Ele considera todos os 
custos inerentes à produção, sendo eles os custos fixos, variáveis, diretos e indiretos. 
Wernke (2005, p.20) conceitua o Custeio por Absorção como, “O custeio por absorção 
designa o conjunto de procedimentos realizados para atribuir todos os custos fabris, quer fixos 
ou variáveis, diretos ou indiretos, aos produtos fabricados em um período.” 
Para tal quando da formação de preço de venda, são atribuídos os custos fixos e variáveis 
ao mesmo através da modalidade de rateios. 
Para Bomfim, Passarelli (2006, p.62) esta modalidade possui deficiências: 
 
Esta modalidade de custos fixos, entretanto, implica, naturalmente, a utilização de 
rateios. E nisso reside a principal falha do custeio por absorção como instrumento de 
controle. Por mais objetivos que pretendam ser os critérios de rateio, sempre 
apresentarão um forte componente arbitrário, que distorce os resultados apurados por 
produto e dificulta (quando não desorienta) as decisões da gerência com relação a 
assuntos de vital importância para a empresa, como, por exemplo, a determinação de 
preços de venda ou o cancelamento da fabricação de produtos deficitários. 
 
Este método de custeio é o modelo oficial de apuração de resultados das empresas para 
formação dos custos unitários dos produtos e serviços, considerando apenas os gastos da área 
industrial (PADOVEZE, 2003). 
Basso, Didoné (2005, p.69) complementando os conceitos citados dizendo que: “O 
método de custeio por absorção trabalha com todos os tipos de custos de produção, tanto fixos 
quanto variáveis, e se destaca por ser uma metodologia que busca encontrar o custo total de 
cada objeto de custeio, além de ser o método aceito pela legislação”. 
Dessa forma, a modalidade de custeio por absorção apropria todos os custos aos produtos, 
mesmo havendo inúmeras críticas quanto à forma de apropriação da parcelo relativa aos custos 
fixos, está modalidade é a aceita bem como obrigatória para fins contábeis e fiscais. 
 
2.5.2 Método de custeio variável 
 
Nesta modalidade de custeio, são considerados apenas os gastos variáveis como custos 
ocorridos no mês, e os custos fixos são apropriados como despesa; desta forma facilitando a 
formação do preço de venda. 
Complementando a citação anterior, Padoveze (2003, p.56) conceitua: 
 
32 
 
São assim chamados os custos e despesas cujo montante em unidades monetárias varia 
na proporção direta das variações do nível de atividade a que se relacionam. Tomando 
como referencial o volume de produção ou vendas, os custos variáveis são aqueles 
que, em cada alteração da quantidade produzidaou vendida, terão uma variação direta 
e proporcional ao seu valor. 
 
Ou seja, consideram-se custos variáveis todos os que variam proporcionalmente ao 
volume produzido (SOUZA, CLEMENTE, 2011). 
Possuem como característica ser fixo em se tratando de custo unitário, sendo que o 
insumo aumenta na medida em que também aumenta a escala, e o custo unitário continua igual, 
existindo uma correlação de 100% de aumento do insumo para cada unidade produzida 
(FONTOURA, 2013). 
Para Bomfim, Passareli (2006, p.62), está modalidade terias vantagens sobre o custeio 
por absorção, pois: 
 
Em oposição ao custeio por absorção, o custeio variável ou direto toma em 
consideração, para custeamento dos produtos da empresa, apenas os gatos (custos e 
despesas) variáveis. Com isso, elimina-se a necessidade de rateios e, 
consequentemente, as distorções deles decorrente. 
Assim, está modalidade de custeio apresenta sobre a modalidade anterior 
significativas vantagens no que diz respeito á apuração dos resultados financeiros 
gerados pelos diferentes produtos da empresa. 
 
Está modalidade de apuração facilita a mensuração de quanto o produto custou e de 
quanto o mesmo gerou de retorno unitariamente à empresa, podendo desta forma conhecer de 
maneira mais clara a margem de contribuição unitária (MCU) que este produto gerou, sendo 
assim mais comumente utilizado na contabilidade gerencial, já que para fins contábeis fiscais a 
modalidade que deve ser seguida é o custeio por absorção. 
 
2.6 ANÁLISE DO CUSTO, VOLUME E RESULTADO 
 
Com base na análise do custo, volume e resultado, a empresa consegue mensurar com 
maior clareza as margens em que se deve trabalhar em cada produto ou serviço a fim de gerir o 
seu custo administrativo bem como a manutenção da margem desejada. Desta forma 
permitindo a análise entre as receitas totais, custos totais e despesas. 
Wernke (2008, p.41) define que: “As análises de custo/volume/lucro são modelos que 
visam demonstrar, de forma gráfica ou matemática, as inter-relações existentes entre vendas, os 
custos (fixos ou variáveis), o nível de atividade desenvolvido e o lucro alcançado ou desejado”. 
A utilização dos custos para auxiliar a tomada de decisões, bem como a previsão e 
planejamento do lucro da empresa e de suma importância, para tal se faz necessário à análise de 
33 
 
custo-volume-lucro, pois o mesmo determina a influencia no lucro provocado por alterações 
nas quantidades vendidas e nos custos (BORNIA, 2010). 
Para Souza, Clemente (2011, p.171): 
 
A análise da relação custo-volume-lucro (CVL) busca apresentar o comportamento 
dos custos e do lucro em função do nível da atividade. Mas especificamente, a análise 
da relação custo-volume-lucro considera os custos e as receitas como funções do nível 
de produção vendida em certo período. Essa relação proporciona informações valiosas 
sobre a estrutura de custo e o risco operacional da empresa. 
 
A analise da CVL se faz necessária em função de determinar se o que está sendo 
produzido e vendido é suficiente para obtenção do resultado esperado. Pois apenas a venda de 
itens com margem por si só não garante que a entidade obterá resultado, mas sim a correta 
mensuração de quanto de precisa vender com aquele resultado para que a empresa assim possa 
obter lucro, já que em muitos casos apenas a majoração de preços não acarreta resultado e sim 
em muitos casos mais prejuízo em função de deixar a empresa fora dos custos aceitáveis pelo 
mercado que é quem de fato rege o valor que deve ser praticado para cada produto. 
 
2.6.1 Formação de preço de venda 
 
O método de formação do preço de venda é bastante complexo, pois o mesmo está 
intrinsecamente ligado ao que a administração pensa em matéria de dividendos a serem 
alcançados remunerando assim seu capital investido, bem como qual a fatia de mercado que a 
instituição busca alcançar. 
Para Wernke (2008, p.126): 
 
Preço é a expressão do valor de troca que se oferece por alguma coisa que satisfaça 
uma necessidade ou desejo. No cálculo do preço de venda, as empresas devem 
procurar valores que: 
a) maximizem os lucros; 
b) possibilite alcançar as metas de vendas com tal preço; 
c) permitam otimização do capital investido; e 
d) proporcionem a utilização eficaz da capacidade de produção instalada. 
 
Para Vieira (2008, p.69): 
 
O processo de determinação de preços de venda deve merecer a atenção da alta 
administração da empresa dado a importância que o assunto representa, inclusive em 
termos de obtenção de resultados, grau de retorno do investimento, fatia de mercado 
desejada pela empresa e demais fatores de caráter empresarial. 
 
Segundo Padoveze (2003, p.309) “A teoria econômica indica que quem faz o preço de 
venda dos produtos é o mercado, basicamente por meio da oferta e da procura, com as devidas 
34 
 
considerações para situações de monopólio, oligopólio, mercados cativos e situações 
similares”. 
Para Bomfim, Passarelli (2006, p.431) “ A formação ou simples reajuste de dos preços 
de venda são sempre orientados por três fatores básicos: os custos do bem apreçado, a 
concorrência que o mercado oferece a esse bem e o nível de lucro pretendido pela empresa”. 
Fontoura (2013, p.125) disserta que: 
 
Vários autores definem que a formação de preços não é realizada por cálculos de 
custos, e sim pela competitividade e adequação de mercado. Em linhas gerais todo 
produto tem um equilíbrio entre preço e demanda. E a organização precisa ter uma 
gestão integrada (estratégica, custos e marketing), para perceber este ponto de 
maximização dos resultados. 
 
Para a formação do preço de venda, a instituição precisa primeiramente analisar o 
mercado para assim conhecer seus concorrentes, como eles praticam seus preços, os valores 
aceitos pelos consumidores, conhecer a sua estrutura para mensurar o tempo de retorno do 
investimento e qual a taxa de remuneração pretendida e assim definir quantidade de produtos 
que deve colocar no mercado a fim de obter a remuneração desejada. 
 
2.6.2 Margem de contribuição 
 
A Margem de Contribuição Unitária (MCU) é a diferença entre preço de venda e o custo 
e despesas variáveis de cada produto ou serviço, ou seja, é quanto de resultado que cada 
produto gerou para a entidade a fim de cobrir o custo fixo e gerir rentabilidade. 
Toda e qualquer parcela de custo fixo que lhe queiramos imputar na composição do preço 
de venda não será existente apenas se houver produção e venda, sendo assim, não adianta 
embutir esta parcela sem estar intimamente ligada a quantidade produzida e vendida. Sendo que 
a diferença entre o preço de venda e o custo variável de cada produto se dá o nome de margem 
de contribuição unitária, ou seja, é o valor que cada unidade efetivamente traz á empresa e 
sobra entre sua receita e o custo que de fato provocou e que pode ser mensurado sem erro para 
que possas cobrir as despesas fixas e resultar no retorno esperado (MARTINS, 2008). 
Para Padoveze (2003, p.279): 
 
Margem de contribuição é a margem bruta, obtida pela venda de um produto ou 
serviço, que excede seus custos variáveis unitários. Em outras palavras, a margem de 
contribuição é o mesmo que o lucro variável unitário, ou seja, o preço de venda 
unitário do produto deduzido dos custos e despesas variáveis necessários para 
produzir e vender o produto. 
 
35 
 
O custo fixo normalmente não se tem muita autonomia de gestão, bem ao contrário dos 
gastos variáveis, que por sua vez, representam parcelas de despesas e custos sobre os quais os 
gerentes podem administrar; sendo que a diferença entre o preço de venda adotado sobre cada 
produto e a sua despesa e custo variável se dá o nome de margemde contribuição, que em 
outras palavras, significa a “sobra financeira” de cada produto ou divisão de uma empresa para 
a recuperação – ou amortização – das despesas e dos custos fixos de uma entidade e para a 
obtenção do lucro esperado pelos empresários (OLIVEIRA, PEREZ JR, 2005). 
Bornia (2010, p.55) exemplifica o conceito: 
 
A margem de contribuição unitária representa a parcela do preço de venda que resta 
para a cobertura dos custos e despesas fixos e para a geração de lucro, por produto 
vendido. Para melhor entender esse conceito, suponha que a empresa decida produzir 
(e vender) uma unidade A MAIS de seu produto. A receita será acrescida de um valor 
equivalente ao preço de venda do produto, enquanto que os custos aumentarão em um 
montante igual aos custos variáveis unitários. A diferença é justamente a margem de 
contribuição unitária. 
 
Sendo assim, a margem de contribuição bruta espelha o potencial de geração de 
resultados da área de produção antes do ressarcimento dos custos fixos, sendo assim a margem 
unitária que cada produto ou serviço contribuiu para o resultado operacional da empresa antes 
da dedução dos custos fixos (SOUZA, CLEMENTE, 2011). 
Assim sendo, a diferença entre o preço de venda de determinado produto / serviço com 
seu custo e despesa variável se dá o nome de Margem de Contribuição Unitária (MCU), sendo 
que a soma das margens obtidas com a venda de inúmeros produtos se dá o nome de Margem 
de Contribuição Total (MCT). A obtenção de MCT não está intrinsicamente relacionada que a 
empresa obteve lucro, pois para a empresa obter lucro a MCT deve superar os custos e despesas 
fixos da instituição. 
Desta forma, a margem de contribuição corresponderá a uma parcela de lucro gerada por 
cada produto/serviço a fim de que a sua soma venha suprir os gastos e despesas fixas e a sua 
sobra possa gerir o retorno esperado a instituição. 
 
2.6.3 Ponto de equilíbrio 
 
O ponto de equilíbrio significa a quantidade de receita que deve ser gerada para que a 
entidade possa equilibrar as suas expectativas. Este ponto de equilíbrio para ser conhecido 
precisa primeiramente identificar qual a margem unitária que cada produto vendido gerou. 
Para Vieira (2008, p.83): 
 
36 
 
Em termos gerais, então, o ponto de equilíbrio é o ponto de produção e vendas em que 
os custos se igualam às receitas. Refere-se ao nível de venda em que não há lucro nem 
prejuízo, em que existe o equilíbrio entre as receitas totais e as despesas e custos 
totais. Através desta análise chega-se a quantidade de unidades que serão necessárias 
para suprir os gastos fixos. Se a empresa operar acima desse nível, passa a ter um 
resultado positivo (lucro), abaixo desse nível o resultado é negativo (prejuízo). 
 
Para Bornia (2010, p.58) “O Ponto de Equilíbrio, ou ponto de ruptura, é o nível de vendas 
no qual o lucro é nulo”. 
Padoveze (2003, p.278-279) complementa a citação anterior discorrendo que: 
 
Evidencia, em termos quantitativos, o volume que a empresa precisa produzir ou 
vender para que consiga pagar todos os custos e despesas fixas, além dos custos e 
despesas variáveis em que necessariamente ela tem de incorrer para produzir/vender o 
produto. No ponto de equilíbrio, não há lucro ou prejuízo. A partir de volumes 
adicionais de produção ou de venda, a empresa passa a ter lucros. 
A informação do ponto de equilíbrio da empresa, tanto do total global, como por 
produto individual, é importante, porque identifica o nível mínimo de atividade em 
que a empresa ou cada divisão deve operar. 
 
Vieira (2008) explana que na gestão de custos como subsídio à tomada de decisão empre-
sarial, alguns fatores devem ser avaliados para que as informações sejam seguras e auxiliem a 
empresa na busca em alcançar seus objetivos, assim sendo, é preciso observar as três formas de 
calcular o Ponto de Equilíbrio em unidades, sendo os mesmos Contábil, Econômico e 
Financeiro: 
Ponto de Equilíbrio Contábil: Custos Fixos + Despesas Fixas /Margem de Contribuição 
Unitária. 
Ponto de Equilíbrio Financeiro: Custos Fixos + Despesas Fixas – Depreciações/ Mar-
gem de Contribuição Unitária. 
Ponto de Equilíbrio Econômico: Custos Fixos + Despesas Fixas + Lucro 
Desejado/Margem de Contribuição Unitária. 
 
O Ponto de Equilíbrio Contábil (PEC) é definido como nível de atividade necessária para 
recuperar todas as despesas e custos de uma empresa, ou seja, é o volume de vendas no qual a 
receita total é igual as despesas totais mais custos totais (OLIVEIRA, PEREZ JR, 2005). 
No entanto, na maioria das empresas existem parcelas de despesas e custos que não 
representam desembolso, como no caso das despesas e os custos com depreciação, sendo assim, 
a dedução destes custos com depreciações do montante em que a entidade precisa gerir de 
dividendos obtêm então o Ponto de Equilíbrio Financeiro (PEF) (OLIVEIRA, PEREZ JR, 
2005). 
37 
 
Já o Ponto de Equilíbrio Econômico (PEE), além da cobertura dos custos fixos totais, 
também cobre o rendimento desejado pela empresa, seja o rendimento do capital próprio, ou 
remuneração, ou lucratividade desejada (VIEIRA, 2008). 
Assim sendo, o ponto de equilíbrio significa o mínimo que a entidade precisa gerar de 
dividendos para alcançar o mínimo pretendido, ou seja, vendas abaixo do ponto de equilíbrio 
significarão que a entidade está trabalhando com prejuízo, bem como, vendas acima deste 
ponto de equilíbrio significarão que a entidade está trabalhando com sobra / lucro. 
 
2.6.4 Margem de segurança operacional 
 
A margem de segurança corresponde à quantidade a mais que a empresa está obtendo de 
vendas acima do ponto de equilíbrio, ou seja, a diferença entre a quantidade de venda atual e a 
quantidade de venda no ponto de equilíbrio. 
Para Padoveze (2003, p.290): 
 
A Margem de segurança pode ser definida como o volume de vendas que excede as 
vendas calculadas no ponto de equilíbrio. O volume de vendas excedente, para se 
analisar a margem de segurança, pode ser tanto o valor das vendas orçadas, como o 
valor real das vendas. 
 
Para Vieira (2008, p.90): 
 
A margem de segurança pode ser vista como uma medida crua do risco. Existem 
sempre eventos desconhecidos, quando os planos são elaborados, podendo reduzir as 
vendas abaixo do nível esperado. Se a margem de segurança de uma empresa for 
grande dado às vendas esperadas para o ano vindouro, o risco de sofrer perdas, caso as 
vendas caiam, é menor do que se a margem de segurança fosse pequena. Os gestores 
que enfrentam uma margem de segurança baixa podem considerar certas medidas para 
aumentar suas vendas e reduzir seus custos. 
 
Bornia (2010, p.64) complementa a citação anterior dissertando que: 
 
A Margem de segurança é o excedente da receita da empresa sobre a receita no ponto 
de equilíbrio. Consequentemente, representa o quanto de vendas podem cair sem que 
haja prejuízo para a empresa. 
 
 
Wernke (2008, p.62) complementa e exemplifica: 
 
A Margem de segurança (MS) pode ser expressa quantitativamente, em unidades 
físicas ou monetárias, ou sob a forma percentual. Para obtenção da margem de 
segurança podem ser utilizadas as seguintes formulas: 
a) Margem de segurança em valor ($) = vendas efetivas ($) menos vendas no ponto de 
equilíbrio ($). 
b) Margem de segurança em unidades = vendas efetivas em unidades menos vendas 
em unidades no ponto de equilíbrio. 
c) Margem de segurança em percentual (%) = margem de segurança ($) dividido por 
vendas totais ($). 
38 
 
 
Assim sendo, a margem de segurança seria a “gordura” que a empresa está obtendo de 
vendas acima do ponto de equilíbrio, significa assim, a quantidade de vendas que a empresa 
está efetivando

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