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EAD REGIME ESPECIAL 2014 G. TRIBUTÁRIA(PLANEJAMENTO) APOSTILA I

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�DISCIPLINA: Gestão Tributária - Turma: Regime Especial (EAD) 
Professora: T. Cristina Silva Alves - Data: Abril-Maio/2014
ALUNO (A): _____________________________________ Mat. ___________ 
GESTÃO TRIBUTÁRIA – Introdução e Conceitos Básicos - PARTE I
“A gestão tributária é a o planejamento, organização e implementação de ações legais que compõem um sistema administrativo (legal) com o objetivo de diminuir o pagamento de tributos.”
PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO TRIBUTOS
INTRODUÇÃO:
A legislação tributária brasileira é considerada muito complexa, especialmente por estar embasada em inúmeras leis que sofrem alterações constantes, dificultando a sua interpretação bem como manter as empresas atualizadas para facilitar a gestão empresarial, por este motivo, o planejamento tributário tornou-se uma ferramenta indispensável aos empresários de todos os ramos de atividades privadas. 
O Planejamento tributário é uma forma saudável de preservar a empresa, pois se planejado e executado com critérios preestabelecidos, representará uma maior capitalização do negócio, com a possibilidade de redução dos preços praticados ao consumidor final e ainda facilitará a geração de novos empregos.
Uma boa economia fiscal ou mesmo a redução de tributos, utilizando métodos e procedimentos técnicos legais, que permitem o estudo personalizado e minucioso dos diversos setores e atividades empresariais propiciam recursos economizados que poderão possibilitar novos investimentos. 
Cabe salientar que, a maioria da literatura que trata sobre este planejamento tributário está voltada para o foco privado da gestão com o objetivo de economizar recursos, contudo, deve-se observar que atualmente, no âmbito público também é utilizado métodos do planejamento/gestão tributária para auferir recursos para o Estado, ou seja, a visão está voltada para ações inversas da área privada.
Alguns profissionais já vêm a omissão desta atividade como falta de conhecimento (reciclagem) e acreditam que isto poderá provocar, o descrédito daqueles administradores omissos. 
Planejamento ou Gestão Tributaria - Conceito:
“É o processo de escolha de ação, não simulada, anterior à ocorrência do fato gerador, visando direta ou indiretamente à economia de tributos” (Francisco Coutinho Chaves) 
Dentre as opções dadas pela legislação para a realização de determinada operação, consiste na escolha lícita daquela que onere o contribuinte da forma menos gravosa possível, ou seja, aquela que cause o menor impacto tributário possível.
O termo legal adotado para “planejamento tributário” chama-se elisão fiscal e a forma ilegal denomina-se evasão (sonegação) fiscal.
A gestão tributária nada mais é do que a organização de ações legais que compõem um sistema administrativo (legal) com o objetivo de diminuir o recolhimento de tributos. 
O contribuinte tem o direito de estruturar o seu negócio da maneira que desejar, buscando sempre redução dos custos de seu empreendimento, inclusive dos impostos. Assim, se as ações utilizadas são lícitas e com embasamento jurídico, a fazenda pública deve respeitá-la.
Planejamento Tributário envolve:
Estudo e implementação de opções lícitas a serem tomadas pelo sujeito passivo potencial da relação jurídica tributária, no que tange a evitar a ocorrência de evento que lhe coloque na posição de sujeito passivo (contribuinte ou responsável) ou, não sendo possível evitá-la, reduzir seu impacto econômico.
Trata-se de uma medida tão importante quanto o planejamento de mercado; a análise de viabilidade econômica; o planejamento técnico, etc.
Como o planejamento tributário envolve a previsibilidade das condutas lícitas e ilícitas, ou seja, pressupõe a certeza do Direito.
Trata-se de uma "... zona de liberdade para adoção de procedimentos preventivos lícitos, anteriores à ocorrência do fato jurídico-tributário, objetivando uma economia tributária". (PONTES, Helenilson Cunha. O princípio da proporcionalidade no Direito Tributário. São Paulo: Dialética, 2000, p. 109)
O objetivo primordial do planejamento é a redução ou transmissão do ônus econômico dos tributos. 
Pode, igualmente, ocorrer situação em que o ônus não provém diretamente da obrigação tributária principal, e sim dos deveres fiscais acessórios, a manutenção de escrituração contábil, a apresentação de documentos, etc. 
Desta feita, mesmo que o objetivo seja econômico, as condutas devem ser lícitas (admitidas pelo ordenamento jurídico), dando-se antes ou após a ocorrência do fato imponível pois engloba a defesa do contribuinte ou responsável em processos administrativos e judiciais, sempre pelas via legais.
Por conta disso, a idéia de planejar a própria conduta no que tange à tributação conta com alguns fundamentos constitucionais e infraconstitucionais.
OUTRAS DEFINIÇÕES/CONCEITOS – Planejamento / Gestão Tributária:
“É o processo de escolha de ação, não simulada, anterior à ocorrência do fato gerador, visando direta ou indiretamente à economia de tributos” (Francisco Coutinho Chaves);
“Estudo e implementação de opções lícitas a serem tomadas pelo sujeito passivo potencial da relação jurídica tributária, no que tange a evitar a ocorrência de evento que lhe coloque na posição de sujeito passivo (contribuinte ou responsável) ou, não sendo possível evitá-la, reduzir seu impacto econômico.” (Cláudio de Oliveira Santos Colnago, Mestre em Direitos Constitucionais);
“[...] estudo amplo e minucioso da empresa com a finalidade de se identificar meios lícitos de redução da carga tributária. Tal estudo visa evitar a incidência de certos tributos, utilizando-se para esta finalidade das alternativas selecionadas entre as opções encontradas.” (Rodrigo de Paula Souza – Advogado Tributarista);
 “[...] é a atividade preventiva que estuda, prepara e orienta a atividade empresarial de modo a obter dentro de parâmetros legais, maiores economia tributária e fiscal.”;
A gestão tributária nada mais é do que a organização de ações legais que compõem um sistema administrativo (legal) com o objetivo de diminuir o pagamento de tributos;
A gestão tributária é a o planejamento, organização e implementação de ações legais que compõem um sistema administrativo (legal) com o objetivo de diminuir o pagamento de tributos;
“É o processo de gerenciamento dos aspectos tributários de uma determinada empresa, com a finalidade de adequação e planejamento, visando controle das operações que tenham relação direta com tributos.” (Paulo Henrique Teixeira)
Gestão tributária é “planejamento tributário”, O termo legal adotado é elisão fiscal. É a organização de ações legais / lícitas que serão executadas no sistema administrativo (legal) da empresa com o objetivo de obter economia por meio da diminuição/redução legal da quantidade de dinheiro a ser entregue ao governo;
“[...] consiste na escolha lícita daquela que onere o contribuinte da forma menos gravosa possível, ou seja, aquela que cause o menor impacto tributário possível.” (Marcelo Magalhães Peixoto - Presidente Fundador da APET – Associação Paulista de Estudos Tributários).
Embasamento Legal e Jurídico
Tomando como base as normas constitucionais, pode-se concluir que o contribuinte possui o direito fundamental de organizar suas atividades e praticar negócios jurídicos da forma que melhor lhe aprouver.
Constituição Federal
“Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:
(...) 
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa”.
“Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
(...)
II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer algumacoisa senão em virtude de lei”.
“Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça”
“Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios:
	(...)
IV - livre concorrência”
Trata-se do direito fundamental à autonomia privada. A autonomia privada consiste numa competência normativa atribuída pela Constituição e ratificada pela legislação complementar.
O planejamento tributário é obrigação? O planejamento tributário ou elisão fiscal é sim uma obrigação de administradores conforme prevê a Lei 6.404/76 ou vulgarmente conhecida como "lei das S/A". Esta lei afirma que o administrador ou empresário é obrigado a fazer o planejamento tributário conforme o artigo 153.
CÓDIGO CIVIL DE 2002
“Art. 1.011. O administrador da sociedade deverá ter, no exercício de suas funções, o cuidado e a diligência que todo homem ativo e probo costuma empregar na administração de seus próprios negócios.” 
LEI 6.404/76 (LEI DAS S. A.) prevê a obrigatoriedade do planejamento tributário, por parte dos administradores de qualquer companhia, pela interpretação do artigo 153 da CF/88 
“Art. 153. O administrador da companhia deve empregar, no exercício de suas funções, o cuidado e diligência que todo homem ativo e probo costuma empregar na administração dos seus próprios negócios.”
Portanto, para os bons administradores é fundamental e não só legal esta estratégia para a evolução e saúde das empresas. É dever de todo bom administrador executar o planejamento fiscal, ou seja, é uma obrigação e que vem tornando-se uma prática nas organizações. 
“Planejamento tributário é saúde para o bolso, pois representa maior capitalização do negócio, possibilidade de menores preços e ainda facilita a geração de novos empregos, pois os recursos economizados poderão possibilitar novos investimentos. “ (Júlio César Zanluca)
Existem três situações legais em que é possível afastar a incidência da norma tributária:
Imunidade: evento tributável é expressamente excluído da competência impositiva.
Exemplo: Transmissão onerosa de bens imóveis para integralizar capital social de sociedade empresária.
Isenção: evento tributável é expressamente excluído da regra-matriz de incidência do tributo.
Exemplo: Propriedade Territorial Urbana de um único imóvel de até 200 m².
Não incidência propriamente dita: evento claramente não é subsumível à hipótese normativa
Exemplo: Indenização (recomposição patrimonial) x Renda (acréscimo patrimonial)
Exemplo: Locação de bens (obrigação de dar) x Prestação de serviços (obrigação de fazer)
As finalidades do planejamento tributário
A gestão tributária atua especialmente no departamento (setor) de impostos da empresa, não significando que somente este setor é o ponto focal/principal da gestão, pois os demais setores/departamentos que executam atividades que podem influenciar na geração de obrigações com o fisco (tributos diversos), tais como: recursos humanos/pessoal, departamento comercial, também devem estar compreendidos no alcance da administração tributária.
Uma grande parte das empresas associam a gestão tributária única ou exclusivamente como um processo de controle de tributos no departamento de impostos, ou seja, quando o porte da empresa é de médio a grande porte, acabam por “criar” uma área na empresa somente para este fim, esquecendo que há outros departamentos também geram rotinas fiscais. 
1.2.1.	Os Objetivos
A gestão tributária tem como objetivo “administrar” e não “fazer”, ou seja, é: 
Corrigir possíveis erros de interpretação e execução no cumprimento das obrigações e rotinas fiscais na empresa. 
Evitar contingências fiscais (multas e sanções), bem como o pagamento indevido de tributos. 
Implementar formas lícitas de economia tributária. 
1.2.2.	Porque Planejar? 
Para obter redução da carga tributária => menor quantidade de dinheiro recolhido ao governo; 
redução de riscos; 
redução de custos, despesas e tempo; e
melhoria do fluxo de caixa.
Os impostos, taxas e contribuições (tributos) representam uma parcela importante nos custos totais das empresas, talvez a maior. E, após a abertura da economia (globalização) a administração do ônus tributário tornou-se questão de sobrevivência para as empresas.
33% (em média) do faturamento é pagamento de tributos.
34% (em média) do lucro também vai para o governo.
Assim, na apuração entre despesas e custos, aproximadamente 67% (mais da metade) do valor representa tributos, justificando a necessidade das empresas em adotar formas para minimizar e reduzir seus custos – de forma legal. 
1.2.3.	A finalidade do planejamento tributário é obter economia (diminuição/redução) legal da quantidade de dinheiro a ser entregue ao governo: Evitar, Reduzir ou postergar a incidência tributária.
1) EVITAR a incidência do fato gerador do tributo - tomam-se providências com o fim de evitar a ocorrência do fato gerador do tributo.
Exemplo: Substituir a maior parte do valor do pró-labore dos sócios de uma empresa, por distribuição de lucros, pois a partir de janeiro/96 eles não sofrem incidência do IR nem na fonte nem na declaração. Dessa forma, evita-se a incidência do INSS (20%) e do IR na Fonte (27,5%) sobre o valor retirado como lucros em substituição do pró-labore. 
2) REDUZIR/MINIMIZAR o montante do tributo, sua alíquota ou reduzir a base de cálculo do tributo.
Exemplos: 
1 - ao preencher sua Declaração de Renda, você pode optar por deduzir até 20% da renda tributável como desconto padrão (com limite anual fixado) ou efetuar as deduções de dependentes, despesas médicas, plano de previdência privada, etc. Você certamente escolherá o maior valor, que lhe permitirá uma maior dedução da base de cálculo, para gerar um menor Imposto de Renda a pagar (ou um maior valor a restituir).
2 - fazer a adequação do produto, de forma que ele se enquadre numa alíquota menor do IPI, como no caso dos perfumes brasileiros que se adequaram à legislação sendo produzidos como "deo-colônias".
3) POSTERGAR / RETARDAR / ADIAR - o contribuinte adota medidas legais, que têm por finalidade postergar (adiar/retardar) o recolhimento do tributo, sem a ocorrência da multa.
Exemplo: transferir o faturamento da empresa do dia 30 (ou 31) para o 1º dia do mês subsequente. Com isto, irá ganhar 30 dias adicionais para o recolhimento dos tributos, tais como: PIS, COFINS, SIMPLES, ICMS, ISS, IRPJ e CSL (Lucro Real por estimativa), se for final de trimestre até 90 dias do IRPJ e CSL (Lucro Presumido ou Lucro Real trimestral) e 10 a 30 dias se a empresa pagar IPI. 
Planejador tributário (gestor) dever estar sempre alerta, observando atentamente e cientificamente para de imediato constatar qualquer nova situação possível de modificar conceitos fiscais e possivelmente evitar a incidência tributária.
Esta necessidade de estudar o afastamento da incidência tributária levou ao desenvolvimento de alguns conceitos básicos importantes:
Elisão: Licitude. Afastamento lícito da incidência, total ou parcial, da norma tributária, com a obtenção de resultado econômico favorável e resultado prático equivalente ao do evento tributável. Economia lícita ocorreria antes do evento tributável – antes do fato gerador.
É prática de atos lícitos que possuem o objetivo precípuo de reduzir ou eliminar a incidência tributária sobre determinado negócio econômico.
É o estudo e a identificação de todas as alternativas legais aplicáveis a um caso ou à existência de lacunas na lei, que possibilitem realizar uma operação da forma menos onerosa possível para o contribuinte, sem contrariar a lei.
Configura-se num planejamento que utiliza métodos legais para diminuiro peso da carga tributária num determinado orçamento. Respeitando o ordenamento jurídico, o administrador faz escolhas prévias (antes dos eventos que sofrerão agravo fiscal) que permitem minorar o impacto tributário nos gastos do ente administrado.
Exemplo: planejamento tributário, no que concerne ao aproveitamento créditos de PIS/COFINS;
Evasão: ilicitude direta (criminosa). Afastamento ilícito da incidência, total ou parcial, da norma tributária, mediante atos de ocultação e falsificação. Economia ilícita ocorreria após tal evento.
A evasão fiscal mais conhecida como sonegação fiscal visa à empresa aumentar seus lucros sem pagar as taxas e impostos previstos em lei e mais outros tributos também previstos; para que ocorra a sonegação é necessário que o empresário juntamente com o contador ou não, faça a omissão de informações, crie falsas declarações mais a produção de documentos que contenham informações falsas ou também distorcidas, como a compra de notas fiscais, faturas, duplicatas, subornos etc.
Estes tipos de crime estão previstos na Lei nº 8.137/90, porém foi reescrito a lista dos crimes antes chamados de sonegação tributária pela Lei nº 4.729/75. Já a Lei nº 8.383/91 do art. 98 revogou a disposição da Lei nº 8.137/90 do art. 14 onde pertinente à exclusão da punição nos casos de pagamento do tributo antes que aconteça o recebimento da denúncia, essa exclusão acabou retornando a ser estabelecida pelo art. 34 da Lei nº 9.249/95. No final a Lei nº 10.684/2003 do art. 9 cuidou novamente do assunto, já agora não previu que o pagamento deva ocorrer o recebimento da denúncia.
A evasão/sonegação fiscal é um ato voluntário, consistente, em que o contribuinte busca omitir-se do imposto devido.
Exemplo: escrituração de notas fiscais por valor inferior ao da operação de circulação de mercadorias ou de prestação de serviços; não emissão de notas fiscais ao consumidor; não declaração de rendas como alugueis, serviços autônomos ou avulsos.
EVASÃO - Lei 8137/90: 
"Art. 1° Constitui crime contra a ordem tributária suprimir ou reduzir tributo, ou contribuição social e qualquer acessório, mediante as seguintes condutas:
omitir ou entregar falsa declaração
fraudar documento fiscal; 
fraudar nota fiscal; 
distribuir documento falso; 
negar nota fiscal.“
"Art. 2° Constitui crime da mesma natureza:
declaração falsa;
apropriação indébita;
conluio nas deduções;
desrespeitar destinação de incentivo;
fraudar programa de processamento.”
Elusão (elisão ilícita ou ineficaz): ilicitude indireta (utilização de negócio jurídico simulado ou fraudulento). “São atos qualificados como fraudulentos, pois não são realizados com o propósito verdadeiro daquele negócio”. Afastamento, total ou parcial, da incidência, mediante atos com aparência de licitude, mas nos quais não há causa negocial (simulação ou fraude à lei).
Pode ocorrer antes ou depois do fato gerador - O contribuinte simula determinado negócio jurídico com a finalidade de dissimular a ocorrência do fato gerador. Planeja atos lícitos, mas “causa aparente” 
O consumidor dissimula a ocorrência do fato gerador visando a redução ou isenção da obrigação tributária
Exemplo alguém realiza, de fato, uma doação (ITCMD estadual); mas o contribuinte confere ao negócio forma jurídica de uma compra-e-venda (ITBI municipal) por saber que alíquota deste (municipal) é menor do que a daquele (estadual).
Parágrafo Único do artigo 116 do CTN: 
“A autoridade administrativa poderá desconsiderar atos ou negócios jurídicos praticados com a finalidade de dissimular a ocorrência do fato gerador do tributo ou a natureza dos elementos constitutivos da obrigação tributária, observados os procedimentos a serem estabelecidos em lei ordinária.”
A elusão fiscal diferencia-se da evasão e da elisão fiscal pelo fato de que se trata da utilização de negócios jurídicos atípicos ou indiretos desprovidos de causa ou organizados como simulação ou fraude a lei, com a finalidade de evitar a incidência de norma tributária impositiva, enquadrando-se, em consequência do ato em questão, em uma situação tributária mais favorável ou obtendo alguma vantagem fiscal indevida. 
Fonte: http://www.fiscosoft.com.br/a/5e5y/elusao-fiscal-a-luz-do-paragrafo-unico-do-artigo-116-do-ctn-rogerio-cesar-marques#ixzz2Mz2OTC6k
Como fazer o Planejamento Tributário?
O empresário deve verificar a estrutura da empresa e o tipo de tributação que mais poderá vir a favorecê-la, se pelo Lucro Real, Simples ou o Presumido, para que possa realizar/executar o planejamento tributário da sua empresa. Devendo obter uma análise criteriosa por parte do contabilista. 
Analisar as diversas opções de modalidades dos tributos federais, estaduais e municipais a serem escolhidos, de acordo com o porte da empresa, do volume de seus negócios e da sua situação econômica.
Deverá ser iniciado com um inventário minucioso da vida financeira e fiscal da empresa, o qual será utilizado como base para a implementação de um programa de atividades detalhadas e procedimentos específicos, previamente acordados entre os gestores de cada área e o responsável gestor principal, para obterem meios legais de redução da carga tributária.
Revisão das saúdes tributária e Fiscal
fazer um levantamento histórico da empresa, identificando a origem de todas as transações efetuadas, e escolher a ação menos onerosa para os fatos futuros;
verificar a ocorrência de todos os fatos geradores dos tributos pagos e analisar se houve cobrança indevida ou recolhimento a maior – e às vezes menor;
verificar se houve ação fiscal sobre os fatos geradores decaídos (prescritos), pois os créditos constituídos após cinco anos são indevidos;
analisar, anualmente, qual a melhor forma de tributação do Imposto de Renda e da contribuição sobre o lucro, calculando de que forma (real ou presumida) a empresa pagará menos tributos;
levantar o montante dos tributos pagos nos últimos cinco anos, para identificar se existem créditos fiscais não aproveitados pela empresa;
analisar os casos de incentivos fiscais existentes, tais como isenções, redução de alíquotas etc.;
analisar qual a melhor forma de aproveitamento dos créditos existentes (competição ou restituição).
(Fonte: Francisco Coutinho Chaves -Planejamento Tributário na Prática)
Revisão da saúde financeira – Revisão Financeira
fazer levantamento, anualmente, de todos os encargos financeiros em vigência: taxas bancárias (de administração), juros de financiamento/empréstimo via bancos ou financeiras;
analisar os investimentos de médio e longo prazo que poderão sofre tributação;
verificar a possibilidade de antecipação para quitação de possíveis financiamento/empréstimo;
elencar as prioridades para gastos diversos;
Revisão da estrutura administrativa – Revisão Administrativa
fazer verificação e analise da estrutura organizacional da empresa, observando os pontos de gargalo na produção e/ou execução das atividades, anotando possibilidades de remanejamento de atividades, responsabilidades e até de pessoas;
analisar se a área ocupada é suficiente (subestimada ou superestimada) para a realização das atividades;
fazer levantamento analítico do quadro de pessoal e analisar a possibilidade de qualificação e treinamento do pessoal para agilizar, aprimorar e maximizar a produtividade, reduzindo custos totais;
Formas de Gestão Tributária
As formas de planejamento estão definidas como:
Indireto: interpor outra relação jurídica entre o negócio objetivado.
Omissivo (que resulta de omissão): ou evasão imprópria, a simples abstinência da realização da hipótese de incidência, importação proibitiva de mercadorias com altas alíquotas, como carros importados;
Induzido (Instigar; incutir, inferir, levar (alguém) a um ato): quando a própria lei favorece (por razões extras fiscais) a escolha de uma forma de tributação, através de incentivos e isenções, a compra de mercadorias importadas através da Zona Francade Manaus;
Optativo (que implica em opção, desejo): elegendo-se a melhor fórmula elisiva entre as opções dadas pelo legislador, opção entre a tributação do IR pelo lucro ou presumido;
Interpretativo ou lacunar (suscetível de interpretação): em que o agente utiliza-se das lacunas e imprevisões do legislador, não incidência do ISS sobre transportes intermunicipais; ou,
Metamórfico ou transformativo (que pode se transformar): forma atípica que se utiliza da transformação ou mudança dos caracteres do negócio a fim de alterar o tributo incidente ou aproveitar-se de um benefício legal, transformação da sociedade comercial em cooperativa.
Classificação da Gestão Tributária
A classificação do planejamento tributário depende do ponto de vista do observador e dos critérios adotados na metodologia a ser utilizada. 
Em verdade, toda a classificação é imperfeita e subjetiva, pois importa em restrição da realidade e depende dos juízos valorativos utilizados na análise.
	Pode-se classificar o planejamento tributário através dos seguintes critérios:
De acordo com a conduta do agente, pode ser: 
a)- comissivo (qque é feito com intenção ou vontade consciente de cometer .ato.ato ilícito ou de violar a lei (ex.: crime comissivo). = DOLOSO), com a utilização de expedientes técnico funcionais, a triangularização no ICMS; ou
b)- omissivo ( ou evasão imprópria), pela simples não realização da conduta descrita na norma, não comprar mercadoria, revender mercadorias adquirida ilicitamente. – “simples abstinência da realização da hipótese de incidência” Ex.: importação proibitiva de mercadorias com altas alíquotas => carros importados, 
 Pelo critério das áreas de atuação, pode ser: 
a)- administrativo, através de intervenções diretamente no sujeito ativo, ex.: pela da consulta fiscal;
b)- judicial, através do pleito de tutela jurisdicional, como em ação declaratória de inexistência de débito fiscal; ou 
c)- interno, os atos realizados dentro da própria empresa, Ex.: revisão fiscal /tributária para identificar possíveis falhas, criação de um comitê de planejamento tributário.
Considerando o objetivo, pode ser: 
a)- anulatório empregando-se estruturas e formas jurídicas a fim de impedir a concretização da hipótese de incidência da norma; e
b)- postergativo, visando ao deslocamento da ocorrência do fato gerador ou adiamento do lançamento ou pagamento do imposto, denúncia espontânea.
Regimes Tributários e seus enquadramentos
É importante que os empresários façam uma análise crítica da situação tributária da sua empresa para que possa realmente saber quais ações serão executadas.
Especificamente, deverá avaliar os regimes de tributação em vigor, buscando minimizar a incidência dos impostos e alcançando os melhores resultados econômicos. Para tanto um bom planejamento tributário deve mostrar a importância econômica que será obtida pela empresa – resultados de meio e longo prazo.
Deverá ser analisada a importância da tributação baseada nos regimes tributários vigentes no país, ou seja, instituídos pela legislação competente: Simples Nacional, Lucro Real, Lucro Presumido e no Lucro Arbitrado, se for o caso, lembrando que se houver outros regimes tributários adotados pela legislação, é ideal que sejam também utilizados como base para verificar em qual se enquadram - com sua devida importância para a empresas.
Os aplicadores da legislação fiscal e os responsáveis/autoridades (legisladores) da área de tributação têm incentivado às pessoas jurídicas a tributarem os seus resultados com base no Lucro Presumido, indicando 2(duas) razões para este fim:
1 – em função das mudanças e da carga tributária existente no Brasil, a maioria das empresas apresentam uma margem de lucro muito pequena, ou até mesmo prejuízo; e 
2 – o contribuinte que declara com base no lucro presumido é mais fácil de ser fiscalizado – menos tempo para fiscalizar/auditar (analisar) a empresa.
Desta forma, evita a redução dos tributos – Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e Contribuição Social sobre o Lucro (CSLL).
Alguns profissionais da área contábil orientam seus clientes a tributarem sobre o Lucro Real.
A escolha do regime tributário e seu enquadramento é que irão definir a incidência e a base de cálculo dos impostos federais.
No Brasil são três os tipos de regimes tributários mais utilizados nas empresas, nos quais estas podem se enquadrar de acordo com as atividades desenvolvidas e o total de receita apurada no período: Simples Nacional, Lucro Presumido, Lucro Real
REFERÊNCIAS 
AMARO Luciano, DIREITO TRIBUTÁRIO BRASILEIRO 15ª Edição. Saraiva: São Paulo, 2009.
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Poder Legislativo, Brasília, DF, 5 out. 1988, p. 1.
BREDA, Michael F. Van e HENDRIKSEN, Eldon S.Teoria da Contabilidade. São Paulo: Atlas - 1999.
Código de Contabilidade Pública de 1923.
DORNBUSCH, Rudiger; FISCHER, Stanley; BEGG, David. INTRODUÇÃO À ECONOMIA. Tradução HOFFMANN, Helga. 2ª Edição. Elsevier: Rio de Janeiro, 2004.
IUDÍCIBUS, Sérgio de. Teoria da Contabilidade. São Paulo: Atlas - 1980.
FABRETTI, C. Láudio e FABRETTI, R. Dilene. DIREITOR TRIBUTÁRIO para os cursos de Administração e Ciências Contábeis 7ª Edição. Atlas: São Paulo, 2009.
MARIANO, Fabrício J. Teixeira. GESTÃO E ORÇAMENTO PÚBLICO. Vestcon. Brasília, 2009
OLIVEIRA, Manoel Marques de. Lições de Contabilidade Pública. 5ª Ed.. São Paulo: Atlas - 1945.
PIMENTA, João da Silva. Contabilidade Pública: Pontos para Concursos Oficiais. 2ª Ed.. Rio de Janeiro: Getúlio Costa -1949.
TORRES, L. Ricardo, CURSO DE DIREITO FINANCEIRO e TRIBUTÁRIO 17ª Edição. Renovar: São Paulo, 2009.
____..Decreto nº 3.589, de 6 de setembro de 2000. Dispõe sobre o sistema de contabilidade federal e dá outras providências. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 8 set. 2000, Seção 1, p. 112.
____.. Lei nº 4.320, de 17 de março de 1964. Estatui Normas Gerais de Direito Financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Poder Legislativo, Brasília, DF, 23 mar. 1964, Seção 1, p. 2745. Retificação Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Poder Legislativo, Brasília, DF, 9 abr. 1964, p. 3195.
____. Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000. Estabelece normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal e dá outras providencias. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Poder Legislativo, Brasília, DF, 5 maio 2000, Seção 1, p. 1.
____. Portaria Interministerial STN/SOF nº 163, de 4 de maio de 2001. Dispõe sobre as normas gerais de consolidação das Contas Públicas no âmbito da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, e dá outras providências. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 7 maio 2001, Seção 1, p. 1.
____. Portaria STN nº 248, de 28 de abril de 2003. Consolida as Portarias nº 180, 211 e 300 e divulga o detalhamento das naturezas de receita para 2004. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 30 abril 2003, Seção 1, p. 1.
Sites:
www.portaltributario.com.br 
www.stn.fazenda.gov.br/ 
http://www.portaldeauditoria.com.br/artigos/O-QUE-%C3%89-GEST%C3%83O-TRIBUT%C3%81RIA.asp 
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Gestão Tributária – Curso de Administração – Regime Especial (EAD) / 2014
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