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VAGNER WILIAN BATISTA E SÁ PRESCREVENDO RECURSOS DA ELETROTERMOFOTOTERAPIA EM FISIOTERAPIA • TERMOTERAPIA • SONIDOTERAPIA • FOTOTERAPIA • ELETROTERAPIA 2007.22007.22007.22007.2 ii PRESCREVENDO RECURSOS DA ELETROTERMOFOTOTERAPIA EM FISIOTERAPIA Vagner Wilian Batista e Sá Fisioterapeuta do Hospital Estadual Rocha Faria Fisioterapeuta do Posto de Saúde Dr. Mário Rodrigues Cid Mestre em Ciência da Motricidade Humana – UCB/RJ Professor da Universidade Castelo Branco Professor do Centro Universitário Moacyr Sreder Bastos Rio de Janeiro, Brasil PREFÁCIO Desde que tive o primeiro encontro com a ciência da Fisioterapia, me dei conta que os diversos recursos terapêuticos disponíveis ao profissional eram extremamente dinâmicos no modo de aplicação, e dependente diretamente dos objetivos propostos para se alcançar resultados satisfatórios às necessidades de cada paciente. Os recursos terapêuticos muito têm avançado. Novas indicações, comportamentos fisiológicos, interação tecidual, conhecimento de causa e efeito são alguns dos exemplos de novos conhecimentos gerados em pesquisas científicas nacionais e internacionais. Este livro foi planejado para que tanto os acadêmicos quanto os profissionais possam atentar para o fato de que a prescrição de recursos terapêuticos é tão importante quanto a avaliação e implementação de metas a curto e longo prazos. Não prescrever de forma consciente, põe em risco a eficiência do tratamento proposto ao paciente além de obter os efeitos desejados de forma casual, portanto não científica. Os capítulos foram disponibilizados a fim de desenvolver um conhecimento básico sobre como prescrever os recursos terapêuticos com exemplos e casos clínicos. Inicialmente é interessante seguir a seqüência apresentada, principalmente para os novatos no assunto. Porém, para os que já detêm os conhecimentos básicos, a leitura não seqüencial poderá trazer respostas mais imediatas para seus objetivos. Vagner SáVagner SáVagner SáVagner Sá Prescrição SUMÁRIOSUMÁRIOSUMÁRIOSUMÁRIO CAPÍTULO 1CAPÍTULO 1CAPÍTULO 1CAPÍTULO 1 ..................................................................................................................................................................9 PRESCRIÇÃO EM FISIOTERAPIA ............................................................................................................................9 CAPÍTULO 2CAPÍTULO 2CAPÍTULO 2CAPÍTULO 2 ..................................................................................................................................................................3 TERMOTERAPIA........................................................................................................................................................3 CLASSIFICAÇÃO: ..................................................................................................................................................3 TRANSMISSÃO OU TRANSFERÊNCIA DE ENERGIA TÉRMICA: ..................................................................4 HIPERTERMOTERAHIPERTERMOTERAHIPERTERMOTERAHIPERTERMOTERAPIA SUPERFICIALPIA SUPERFICIALPIA SUPERFICIALPIA SUPERFICIAL ......................................................................................................................6 EFEITOS FISIOLÓGICOS: .....................................................................................................................................6 EFEITOS TERAPÊUTICOS: ...................................................................................................................................6 FORNO DE BIERFORNO DE BIERFORNO DE BIERFORNO DE BIER ............................................................................................................................................................7 CUIDADOS:............................................................................................................................................................8 CONTRA-INDICAÇÕES:......................................................................................................................................8 INDICAÇÕES: ........................................................................................................................................................8 REGIÕES E CONDIÇÕES NÃO UTILIZÁVEIS....................................................................................................9 CASOS E PRESCRIÇÕESCASOS E PRESCRIÇÕESCASOS E PRESCRIÇÕESCASOS E PRESCRIÇÕES ..............................................................................................................................................9 BABABABANHO DE PARAFINANHO DE PARAFINANHO DE PARAFINANHO DE PARAFINA............................................................................................................................................... 11 APRESENTAÇÃO FÍSICA: .................................................................................................................................. 11 PREPARAÇÃO DA PARAFINA: ......................................................................................................................... 11 ESTERILIZAÇÃO E LIMPEZA DO MATERIAL: ................................................................................................ 11 PREPARAÇÃO DO PACIENTE E MEDIDAS DE HIGIENE: ............................................................................ 12 EFEITOS FISIOLÓGICOS E TERAPÊUTICOS:.................................................................................................. 12 TÉCNICAS DE APLICAÇÃO: ............................................................................................................................. 12 CUIDADOS:.......................................................................................................................................................... 13 CONTRA-INDICAÇÕES:.................................................................................................................................... 13 INDICAÇÕES: ...................................................................................................................................................... 14 OUTRAS FONTES DE HIPOUTRAS FONTES DE HIPOUTRAS FONTES DE HIPOUTRAS FONTES DE HIPERTERMOTERAPIA SUPERERTERMOTERAPIA SUPERERTERMOTERAPIA SUPERERTERMOTERAPIA SUPERFICIALFICIALFICIALFICIAL .............................................................................. 14 COMPRESSA QUENTE ....................................................................................................................................... 14 BOLSAS DE TERMOGEL E DE ÁGUA QUENTE OU HOT PACK ................................................................. 15 HIPOTERMOTERAPIAHIPOTERMOTERAPIAHIPOTERMOTERAPIAHIPOTERMOTERAPIA ................................................................................................................................................ 16 CRIOTERAPIACRIOTERAPIACRIOTERAPIACRIOTERAPIA .............................................................................................................................................................. 16 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................................... 16 EFEITOS FISIOLOGICOS .................................................................................................................................... 16 LESÕES PROVOCADAS PELO FRIO.................................................................................................................19 AGENTES DA CRIOTERAPIA ............................................................................................................................ 21 INDICAÇÕES GERAIS PARA O USO DA CRIOTERAPIA .............................................................................. 25 CONTRA-INDICAÇÕES ..................................................................................................................................... 25 CUIDADOS GERAIS ............................................................................................................................................ 26 Prescrição SONIDOTERAPIASONIDOTERAPIASONIDOTERAPIASONIDOTERAPIA ........................................................................................................................................................ 27 BASES FÍSICAS DA TERAPIA ULTRA-SÔNICA ............................................................................................. 27 GERAÇÃO E TRANSMISSÃO DE ULTRA-SOM ............................................................................................. 27 EQUIPAMENTO ................................................................................................................................................... 28 ULTRA-SOM CONTÍNUO E PULSÁTIL ........................................................................................................... 29 ÁREA DE RADIAÇÃO EFETIVA (ERA) ............................................................................................................. 30 PROPRIEDADES DO FEIXE ULTRA-SÔNICO ................................................................................................. 30 ONDAS CURTASONDAS CURTASONDAS CURTASONDAS CURTAS ......................................................................................................................................................... 48 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................................... 48 BREVE HISTÓRICO ............................................................................................................................................. 48 CONCEITOS ......................................................................................................................................................... 49 DIATERMIA.................................................................................................................................................................. 49 ONDAS CURTAS .......................................................................................................................................................... 49 BASES FÍSICAS..................................................................................................................................................... 49 PRODUÇÃO DA CORRENTE DE ONDAS CURTAS TERAPÊUTICA.................................................................................... 49 EFEITO JOULE .............................................................................................................................................................. 49 PRODUÇÃO DE CALOR ................................................................................................................................................ 50 FENÔMENO DE D´ANSORVAL ..................................................................................................................................... 50 EXPERIÊNCIA DE SCHILIEPHACK ................................................................................................................................... 51 AUSÊNCIA DE FENÔMENOS ELETROLÍTICOS................................................................................................................. 51 CAMPO ELETROMAGNÉTICO........................................................................................................................................ 51 EQUIPAMENTO ................................................................................................................................................... 51 ELETRODOS......................................................................................................................................................... 52 PLACAS METÁLICAS FLEXÍVEIS .................................................................................................................................... 52 DISCOS METÁLICOS RÍGIDOS – PLACAS COM ESPAÇO AÉREO ( SCHILIEPHACK)......................................................... 52 ELETRODOS DE APLICAÇÃO INDUTIVA (TAMBOR)....................................................................................................... 52 ELETRODOS DE APLICAÇÃO INDUTIVA (CABO) ........................................................................................................... 53 TÉCNICA DE APLICAÇÃO DOS ELETRODOS ............................................................................................... 53 CONTRAPLANAR OU TRANSVERSAL............................................................................................................................. 53 LONGITUDINAL............................................................................................................................................................ 53 COPLANAR .................................................................................................................................................................. 54 CUIDADOS PARA A SELEÇÃO E POSICIONAMENTO DOS ELETRODOS................................................ 54 TAMANHO DOS ELETRODOS ....................................................................................................................................... 54 TAMANHO DOS ELETRODOS EM RELAÇÃO A ÁREA A SER TRATADA ........................................................................... 54 DISTÂNCIA ENTRE OS ELETRODOS .............................................................................................................................. 54 DISTÂNCIA ENTRE O ELETRODOS E A PELE ................................................................................................................. 55 EFEITOS FISIOLÓGICOS E TERAPÊUTICOS ................................................................................................... 56 SOBRE OS VASOS SANGÜÍNEOS E LINFÁTICOS ............................................................................................................. 56 EFEITOS SOBRE O SANGUE .......................................................................................................................................... 56 EFEITOS SOBRE O SISTEMA NERVOSO ......................................................................................................................... 56 AUMENTO DA TEMPERATURA CORPÓREA ................................................................................................................... 57 DIMINUIÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL........................................................................................................................... 57 EFEITOS GERAIS .......................................................................................................................................................... 57 EFEITOS SOBRE A DOR ................................................................................................................................................ 57 DOSIMETRIA........................................................................................................................................................ 58 Prescrição TEMPO DE APLICAÇÃO .................................................................................................................................... 59 PREPARAÇÃO DO PACIENTE E CUIDADOS..................................................................................................59 CONTRA-INDICAÇÕES ..................................................................................................................................... 60 INDICAÇÕES........................................................................................................................................................ 61 MICROONDASMICROONDASMICROONDASMICROONDAS............................................................................................................................................................. 62 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................................... 62 HISTÓRICO .......................................................................................................................................................... 62 PRODUÇÃO DAS MICROONDAS .................................................................................................................... 63 LEIS DA RADIAÇÃO MICROONDAS ............................................................................................................... 63 APLICADORES ..................................................................................................................................................... 64 EFEITOS FISIOLÓGICOS .................................................................................................................................... 64 PRINCÍPIOS PARA A UTILIZAÇÃO DA DIATERMIA POR MICROONDAS................................................ 65 INFRAVERMELHOINFRAVERMELHOINFRAVERMELHOINFRAVERMELHO ....................................................................................................................................................... 68 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................................... 68 PROPRIEDADES................................................................................................................................................... 69 FONTES DE RADIAÇÃO INFRAVERMELHA ................................................................................................... 69 PENETRAÇÃO NOS TECIDOS DO CORPO .................................................................................................... 70 EFEITOS FISIOLÓGICOS .................................................................................................................................... 70 EFEITOS TERAPÊUTICOS .................................................................................................................................. 70 PREPARAÇÃO DO PACIENTE, CUIDADOS E DOSIMETRIA ....................................................................... 71 INDICAÇÕES........................................................................................................................................................ 72 CONTRA-INDICAÇÕES ..................................................................................................................................... 72 ULTRAVIOLETAULTRAVIOLETAULTRAVIOLETAULTRAVIOLETA .......................................................................................................................................................... 72 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................................... 72 PROPRIEDADES................................................................................................................................................... 73 FONTES DE OBTENÇÃO ................................................................................................................................... 73 EFEITOS FISIOLÓGICOS .................................................................................................................................... 73 TÉCNICA DE APLICAÇÃO................................................................................................................................. 75 CONSIDERAÇÕES E CUIDADOS...................................................................................................................... 76 INDICAÇÕES........................................................................................................................................................ 76 CONTRA-INDICAÇÕES ..................................................................................................................................... 77 LASERTERAPIALASERTERAPIALASERTERAPIALASERTERAPIA............................................................................................................................................................ 78 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................................... 78 BASES FÍSICAS DA RADIAÇÃO LASER........................................................................................................... 78 EFEITOS FISIOLÓGICOS .................................................................................................................................... 79 TIPOS DE LASER UTILIZADOS EM FISIOTERAPIA ....................................................................................... 85 FORMAS DE APLICAÇÃO.................................................................................................................................. 86 FORMAS DE APLICAÇÃO.................................................................................................................................. 87 DIFERENÇAS NOS EFEITOS TERAPÊUTICOS ................................................................................................ 88 DOSIMETRIA........................................................................................................................................................ 88 TERAPÊUTICA ..................................................................................................................................................... 90 INDICAÇÕES........................................................................................................................................................ 93 CONTRA-INDICAÇÕES ABSOLUTAS ............................................................................................................. 96 Prescrição CUIDADOS E PRECAUÇÕES ............................................................................................................................. 97 ELETROTERAPIAELETROTERAPIAELETROTERAPIAELETROTERAPIA ......................................................................................................................................................... 98 INTRODUÇÃO:.................................................................................................................................................... 98 ELETRICIDADE: ................................................................................................................................................... 98 TIPOS DE CORRENTES USADAS EM FISIOTERAPIA: .................................................................................. 98 DEFINIÇÕES DE TERMOS EM ELETROTERAPIA ........................................................................................... 99 CORRENTES UTILIZADAS EM ELETROTERAPIA ........................................................................................ 100 CORRENTE GALVÂNICA, CORRENTE GALVÂNICA, CORRENTE GALVÂNICA, CORRENTE GALVÂNICA, CONTÍNUA OU DIRETACONTÍNUA OU DIRETACONTÍNUA OU DIRETACONTÍNUA OU DIRETA ........................................................................................... 100 EFEITOS FISIOLÓGICOS ..................................................................................................................................101 EFEITOS POLARES ............................................................................................................................................ 101 TÉCNICA DE APLICAÇÃO............................................................................................................................... 101 DOSIMETRIA...................................................................................................................................................... 102 INDICAÇÕES...................................................................................................................................................... 102 CONTRA-INDICAÇÕES ................................................................................................................................... 102 IONTOFORESE................................................................................................................................................... 103 CORRENTE FARÁDICACORRENTE FARÁDICACORRENTE FARÁDICACORRENTE FARÁDICA............................................................................................................................................ 106 INTRODUÇÃO:.................................................................................................................................................. 106 EFEITOS FISIOLÓGICOS: ................................................................................................................................. 106 EFEITOS TERAPÊUTICOS: ............................................................................................................................... 107 METODOLOGIA DE APLICAÇÃO: ................................................................................................................. 107 INDICAÇÕES: .................................................................................................................................................... 108 CONTRA-INDICAÇÕES:.................................................................................................................................. 108 CORRENTES DIADINÂMICCORRENTES DIADINÂMICCORRENTES DIADINÂMICCORRENTES DIADINÂMICASASASAS................................................................................................................................. 108 INTRODUÇÃO:.................................................................................................................................................. 108 TIPOS DE DIADINÂMICAS:............................................................................................................................. 109 TÉCNICA DE APLICAÇÃO: ............................................................................................................................. 110 CONTRA-INDICAÇÕES ................................................................................................................................... 111 INDICAÇÕES...................................................................................................................................................... 111 TENSTENSTENSTENS............................................................................................................................................................................ 113 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................................... 113 TEORIA DAS COMPORTAS (GATE CONTROL THEORY) ......................................................................... 113 SUBSTÂNCIAS QUE ESTIMULAM A DOR .................................................................................................... 114 SUBSTÂNCIAS ENDÓGENAS PARA MODULAR A DOR............................................................................ 114 MECANISMO DE AÇÃO DA TENS................................................................................................................. 114 TIPOS DE MODULAÇÃO ................................................................................................................................. 115 COLOCAÇAO DOS ELETRODOS ................................................................................................................... 115 INDICAÇÃO ....................................................................................................................................................... 115 CONTRA-INDICAÇÕES ................................................................................................................................... 116 FATORES QUE LEVAM AO INSUCESSO DA TENS ..................................................................................... 116 FESFESFESFES ............................................................................................................................................................................... 116 INTRODUÇÃO:.................................................................................................................................................. 116 Prescrição PARÂMETROS DA FES:.................................................................................................................................... 117 COLOCAÇÃO DOS ELETRODOS:.................................................................................................................. 117 INDICAÇÃO: ...................................................................................................................................................... 118 CONTRA-INDICAÇÕES ................................................................................................................................... 118 FATORES QUE INTERFEREM COM A ESTIMULAÇÃO ............................................................................... 118 PROGRAMAS DE UTILIZAÇÃO DA FES........................................................................................................ 119 CORRENTE INTERFERENCCORRENTE INTERFERENCCORRENTE INTERFERENCCORRENTE INTERFERENCIALIALIALIAL................................................................................................................................ 121 INTRODUÇÃO:.................................................................................................................................................. 121 ELETRODOS: ..................................................................................................................................................... 121 REGULAGENS DO APARELHO: ...................................................................................................................... 122 INDICAÇÕES: .................................................................................................................................................... 123 CONTRA-INDICAÇÕES ................................................................................................................................... 123 CORRENTE RUSSACORRENTE RUSSACORRENTE RUSSACORRENTE RUSSA ................................................................................................................................................... 123 REFERÊNCIAS BIBLIOGRREFERÊNCIAS BIBLIOGRREFERÊNCIAS BIBLIOGRREFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASÁFICASÁFICASÁFICAS............................................................................................................................ 125 Prescrição CAPÍTULO 1 PRESCRIÇÃO EM FISIOTERAPIA Em todas as profissões da área da saúde, a prescrição se faz necessária para um melhor acompanhamento e tratamento do paciente. Prescrever significa propor de forma clara e concisa todos os elementos que dispõem determinado tratamento. Na Fisioterapia, o modelo de prescrição adotado, tem como referência a determinação do Conselho Federal de Fisioterapiae Terapia Ocupacional (COFFITO), que no artigo artigo artigo artigo 3º. da3º. da3º. da3º. da RESOLUÇÃO Nº. 08, DE 20 DE FEVEREIRO DE 1978,RESOLUÇÃO Nº. 08, DE 20 DE FEVEREIRO DE 1978,RESOLUÇÃO Nº. 08, DE 20 DE FEVEREIRO DE 1978,RESOLUÇÃO Nº. 08, DE 20 DE FEVEREIRO DE 1978, esclarece a necessidade de detalhamento do recurso físico ou exercício terapêutico adotado. Na prática clínica diária, o profissional deve determinar com base no conhecimento científico o objetivo do recurso terapêutico, o tratamento, o agente ou recurso terapêutico, a área a ser administrado o recurso, a dosimetria, a técnica a ser aplicada e as informações orientadas ao paciente. A progressão básica para tratar um determinado paciente, passa por fases distintas, que em hipótese alguma pode ser ignorada ou antecipada com sério risco de falha no processo. Antes de efetivamente prescrever qualquer agente físico, é necessário avaliar de forma criteriosa, propor objetivos claros e específicos para depois sim, prescrever. O Quadro 1 demonstra um modelo básico de intervenção terapêutica iniciando pela avaliação. Os objetivos da prescrição fisioterapêutica são: 1) Esclarecer o propósito da terapia; 2) Armazenar dados para consultas futuras; 3) Servir de parâmetros para reconhecer possíveis falhas no processo; 4) Orientar outros profissionais quando participantes de equipes multidisciplinares; 5) Servir de base para colegas de profissão, caso o fisioterapeuta responsável pelo paciente esteja ausente; 6) Servir de documento para possíveis ações judiciais. Prescrição Quadro 1. Modelo para implementação de intervenção terapêutica. Os itens da prescrição fisioterapêutica serão detalhados a seguir. Na prática diária, a prescrição pode ser feita de forma enumerada ou descritiva que é a mais usual. O mais importante é que a prescrição contemple todos os itens bem esclarecidos. O primeiro item da prescrição é o objetivo do recursoobjetivo do recursoobjetivo do recursoobjetivo do recurso, que deve sempre vir escrito com o verbo no infinitivo, como por exemplo: aumentar, ganhar, diminuir, eliminar, proporcionar, manter, entre outros. Ex.: eliminar edema residual. O segundo item é a escolha do tratamentotratamentotratamentotratamento, que dever ter o sufixo terapia. Ex.: hipertermoterapia, fototerapia, sonidoterapia, eletroterapia, crioterapia, laserterapia, entre outros. Avaliação início Proposta de Objetivos Prescrição dos Recursos Reavaliação dos Resultados Alcançou os Objetivos? NÃO SIM ALTA Encaminhar à Outros Profissionais Manutenção Prescrição O terceiro diz respeito a escolha do agentagentagentagenteeee ou recursorecursorecursorecurso propriamente dito. Normalmente recebe o nome do aparelho ou equipamento disponível para o tratamento. Ex.: forno de Bier, ultra-violeta, ultra-som, TENS, panqueca de gelo, LASER de Hélio-Neônio, entre outros. O quarto item relaciona-se a escolha da área a ser tratadaárea a ser tratadaárea a ser tratadaárea a ser tratada. Esta área deve ser identificada de forma precisa evitando-se erros comuns como ausência de lado, direito ou esquerdo, informações genéricas como antebraço no lugar de tendões flexores de punho, entre outros. O quinto item é um dos mais importantes. A dosimetriadosimetriadosimetriadosimetria deve ser detalhada, acompanhada de informações sobre tempo de exposição e unidades de medidas dos recursos. Por exemplo, quando utilizamos o ultra- som, é preciso determinar: o tempo de aplicação (em minutos), a freqüência a ser utilizada (em MHz), a intensidade (em Watts/cm2), e o modo (contínuo ou pulsado). O sexto diz respeito a escolha da técnicatécnicatécnicatécnica de aplicação. Todos os agentes possuem uma ou mais técnicas a serem aplicadas de acordo com o objetivo ou área de tratamento. Ex.: quando escolhemos o tratamento crioterapia, devemos escolher a técnica que pode ser: crioinibição, crioestimulação, criomassagem ou criocinética. O sétimo e último item da prescrição é um dos mais esquecidos na prática clínica. As informaçõesinformaçõesinformaçõesinformações ao paciente é item obrigatório e deve abranger informações sobre o equipamento e sensação a ser percebida pelo paciente, precauções contra acidentes na terapia e mais comumente informar o paciente sobre o que ele pode fazer no período que estiver ausente do setor de fisioterapia como, por exemplo: realizar crioterapia em casa ou evitar determinados movimentos ou posturas. Prescrição CAPÍTULO 2 TERMOTERAPIA É uma modalidade terapêutica, onde são utilizados agentes térmicos com objetivos fisioterapêuticos de prevenção e cura, pela diminuição ou aumento da temperatura tecidual. CLASSIFICAÇÃO: TERMOTERAPIA TERMOTERAPIA TERMOTERAPIA TERMOTERAPIA HIPERTERMOTERAPIAHIPERTERMOTERAPIAHIPERTERMOTERAPIAHIPERTERMOTERAPIA HIPOTERMOTERAPIAHIPOTERMOTERAPIAHIPOTERMOTERAPIAHIPOTERMOTERAPIA SUPERFICIAL PROFUNDASUPERFICIAL PROFUNDASUPERFICIAL PROFUNDASUPERFICIAL PROFUNDA Prescrição TRANSMISSÃO OU TRANSFERÊNCIA DE ENERGIA TÉRMICA: É a transferência de energia térmica entre dois corpos, onde um é o doador de energia térmica e o outro o receptor. Quando se aplica uma compressa quente no antebraço, há uma transferência de energia térmica da compressa aquecida para a pele e tecidos superficiais do antebraço aumentando a temperatura tecidual até que ocorra um equilíbrio térmico. Já quando se aplica uma compressa fria sobre a mesma área, há uma transferência de energia térmica do antebraço para a compressa fria, diminuindo a temperatura tecidual. Existem diferentes modos de transferência de energia térmica entre os corpos: Condução: a energia térmica é transferida de uma região mais quente para outra mais fria, através do contato direto de suas superfícies de contato. O banho de parafina e as compressas são exemplos e condução. Convecção: a energia térmica é transferida através da circulação de líquidos e gases entre o corpo que está liberando a energia térmica e o que está recebendo. Conversão: é a transformação de energia mecânica ou eletromagnética em energia térmica, pela passagem nos tecidos do corpo (ultra-som, ondas curtas e microondas); ou mesmo através da irradiação eletromagnética como no caso da radiação infravermelha. NOTA: O ser humano é capaz de perceber diversos estímulos através de seu sistema sensorial, na qual informa ao córtex sensitivo as sensações provenientes do interior de seu corpo, como também do exterior. Na termoterapia, basicamente os receptores envolvidos são os receptores de frio, calor e dor. Na ocasião de ser o frio local muito intenso ( 0 - 5 °C ), apenas as fibras de dor são estimuladas, ou até mesmo essas não serão estimuladas. A medida que a temperatura aumente ( 10 – 15 °C ), os impulsos da dor cessam e os receptores de frio começam a ser estimulados. Acima de 30 °C, os receptores Prescrição de calor começam a ser estimulados, porém se continuarmos a elevar a temperatura, quando chegar em torno de 45 °C,as fibras de dor começam a ser estimuladas pelo calor. Hipertermoterapia Superficial HIPERTERMOTERAPIA SUPERFICIHIPERTERMOTERAPIA SUPERFICIHIPERTERMOTERAPIA SUPERFICIHIPERTERMOTERAPIA SUPERFICIALALALAL É o tratamento através da ação do agente terapêutico de forma localizada, e alcançando pouca profundidade (poucos milímetros) no segmento corporal, resultando em alteração térmica superficial. EFEITOS FISIOLÓGICOS: • Aumento da temperatura local; • Expansão dos tecidos; • Redução da viscosidade dos fluídos; • Promove a extensibilidade do colágeno; • Aumento do metabolismo – Lei de Van’T Hoff; • Diminuição da atividade do fuso muscular; • Aumento da atividade das glândulas sudoríparas; • Aumento do consumo de oxigênio; • Aumento da permeabilidade celular. EFEITOS TERAPÊUTICOS: • Alívio do quadro de dor • Relaxamento muscular • Aumento do fluxo sangüíneo local • Vasodilatação local – hiperemia • Reparo dos tecidos • Redução da rigidez articular – ação flexibilizante • Melhora do retorno venoso e linfático • Diminuição do espasmo muscular • Favorece a defesa e imunidade Hipertermoterapia Superficial FORNO DE BIER Um dos dispositivos mais antigos da hipertermoterapia utilizados pela fisioterapia. Consiste em uma peça confeccionada em madeira, em forma de “U” ou hemicilindro, aberto nas duas extremidades, forrado internamente com uma camada de material isolante e contendo em ambos os lados de sua face interna resistores de níquel-cromo, protegidos por uma placa de ardósia, a qual tem a finalidade de evitar o contato direto do paciente com os resistores, evitando queimadura e eletrocussão. A camada interna isolante tem a finalidade de evitar a dissipação de calor para o meio externo. Quando o paciente é introduzido no seu interior, cobre-se o equipamento com um cobertor, para que haja um mínimo de perda de calor do forno para o meio externo, através das aberturas existentes em suas extremidades. Embora tenha sofrido algumas modificações em sua estrutura ao longo do tempo, o forno de Bier guarda uma semelhança quase que idêntica aos seus ancestrais da década de 40. Tendo inicialmente sido construído para funcionar com álcool, logo foi modificado para utilizar o calor produzido por um conjunto de lâmpadas incandescentes, as quais proporcionavam o inconveniente de queimar o paciente e de elevado custo, já que elas teriam que ser substituídas muito freqüentemente. Hoje o equipamento mais utilizado e seguro é o forno a resistência elétrica com controle de temperatura por termostato. Este equipamento é de baixo custo e de vida útil extensa. A temperatura de tratamento dependerá de alguns fatores como: normoestesia térmica, sensibilidade do paciente ao calor e área a ser tratada. Uma faixa de aplicação confiável fica em torno de 45 a 60 °C, isto produzirá nos tecidos a elevação da temperatura em torno de 40 a 45 °C. Outro fato importante é o tempo de aplicação. Para que o efeito terapêutico seja atingido nos tecidos, é importante que o tempo de aplicação fique em torno de 20 a 30 minutos. Tempos inferiores podem não serem suficientes para se conseguir os objetivos de tratamento. NOTA: A utilização do forno de Bier deve ser individual, garantindo sempre a testagem da sensibilidade térmica do indivíduo. Classicamente pode-se testar a sensibilidade térmica utilizando dois tubos de ensaios contendo um água fria e o outro água aquecida em torno de 40 °C. Hipertermoterapia Superficial CUIDADOS: • Verificar a sensibilidade térmica • Retirar os objetos metálicos ou plásticos da área a ser tratada • Verificar a pele antes e depois da aplicação • Não permita que paciente durma, pois diminui a percepção térmica • Alertar sobre o risco de queimadura CONTRA-INDICAÇÕES: • Áreas com alteração de sensibilidade térmica • Traumas e quadros inflamatórios agudos • Febre • Áreas desvitalizadas e isquêmicas • Áreas hemorrágicas • Lesões de pele: feridas ou cortes • Doenças dermatológicas • Enxertos de pele recente • Área com fixadores externos • Áreas com implantes siliconizados INDICAÇÕES: • Artrose • Artrite • Artralgia • Tendinite • Tenossinovite • Fibrose pós-imobilização • Pré-cinesioterapia • Mialgia • Entorse • Espasmos musculares Hipertermoterapia Superficial REGIÕES E CONDIÇÕES NÃO UTILIZÁVEIS • Cabeça • Face • Cervical • Ombro • Saco escrotal • Na região de tronco de paciente obeso CASOS E PRESCRIÇÕES • T.S.V, 53 aos de idade, sexo masculino, motorista de ônibus urbano, diagnóstico de contusão na região posterior da coxa esquerda há 30 dias em uma partida de futebol recreacional. No momento da avaliação fisioterapêutica apresentou: dor a palpação profunda, espasmo muscular protetor, hematoma antigo em processo de absorção e estase venosa. ObjetivosObjetivosObjetivosObjetivos: aumentar vascularização local, diminuir dor e espasmo muscular. TratamentoTratamentoTratamentoTratamento: hipertermoterapia superficial. AgenteAgenteAgenteAgente: forno de Bier. ÁreaÁreaÁreaÁrea: região posterior da coxa esquerda. DosimetriaDosimetriaDosimetriaDosimetria: 25 minutos, temperatura 60 graus centígrados. TécnicaTécnicaTécnicaTécnica: neste recurso, a técnica de aplicação são os cuidados na aplicação do forno de Bier. InformaçõesInformaçõesInformaçõesInformações: alertar sobre o risco de queimadura e orientar quanto a utilização de compressa quente em domicílio. Hipertermoterapia Superficial • A.M, 20 aos de idade, sexo feminino, estudante de nível superior, diagnóstico de artrite reumatóide em ambas as mãos. No momento da avaliação fisioterapêutica apresentou: dificuldades em realizar movimentos ativos das interfalangeanas dos dedos, fechar as mãos, dor a movimentação passiva articular interfalengeanas e rigidez matinal. ObjetivosObjetivosObjetivosObjetivos: aumentar flexibilidade, diminuir dor e rigidez matinal. TratamentoTratamentoTratamentoTratamento: hipertermoterapia superficial. AgenteAgenteAgenteAgente: forno de Bier. ÁreaÁreaÁreaÁrea: mão direita e esquerda. DosimetriaDosimetriaDosimetriaDosimetria: 20 minutos, temperatura 70 graus centígrados. TécniTécniTécniTécnicacacaca: neste recurso, a técnica de aplicação são os cuidados na aplicação do forno de Bier. InformaçõesInformaçõesInformaçõesInformações: alertar sobre o risco de queimadura e orientar quanto a utilização de cinesioterapia em domicílio e imersão em água morna. Hipertermoterapia Superficial BANHO DE PARAFINA É uma forma de transferência de calor superficial, em que se usa a parafina derretida misturada com óleo mineral a uma temperatura entre 52°C a 54°C, com fins terapêuticos. APRESENTAÇÃO FÍSICA: O equipamento necessário para a realização do banho de parafina é composto por um tanque de aço inoxidável, de vários tamanhos, e um sistema de aquecimento com resistência elétrica ou “banho Maria”, para o derretimento da parafina. PREPARAÇÃO DA PARAFINA: A parafina em estado sólido e já misturada ao óleo mineral é colocada no interior da caixa metálica. Liga-se o interruptor de força e seleciona o termostato entre 70°C a 80°C. O ponto de fusão da parafina gira em torno de 54°C. Depois de completamente fundida, baixa-se a temperatura do tanque em torno de 51°C. ESTERILIZAÇÃO E LIMPEZADO MATERIAL: A parafina com seu uso continuado passa a ser um depósito de microorganismos que se depositam do próprio ar ou trazidos pelo paciente ao imergir o segmento a ser tratado no tanque. A maioria dos microorganismos não são eliminados, porque a parafina não fica numa temperatura muito elevada durante o tempo significativo para esterilização. Com isso, fungos e bactérias podem vir a atacar a pele e unhas do paciente em tratamentos. A melhor maneira de identificar o problema é quando a parafina está totalmente derretida tornando- se visível o fundo do tanque. Tente identificar impurezas no fundo do tanque. Caso ocorra substitua a parafina. Hipertermoterapia Superficial PREPARAÇÃO DO PACIENTE E MEDIDAS DE HIGIENE: É fundamental a assepsia da parte a ser tratada para evitar contaminação da parafina, portanto peça ao paciente para lavar muito bem a região com água e sabão, e escovar as unhas. Mantenha o tanque de parafina fechado quando não estiver em uso, para evitar a deposição de microorganismos. Troque a parafina com freqüência, e nunca reponha parafina que já foi utilizada. NOTA: A parafina não deve ser descartada na pia, vaso sanitário ou caixa de gordura. Além de causar impacto ambiental pode causar entupimentos no sistema hidráulico e esgoto. Para o descarte da parafina, derreta-a e coloque-a em garrafas PET, descartando em seguida na companhia de limpeza urbana de sua cidade. EFEITOS FISIOLÓGICOS E TERAPÊUTICOS: • Relaxante • Flexibilizante • Vasodilatação • Aumento do fluxo sangüíneo • Aumento do metabolismo • Aumento do aporte de oxigênio • Flexibilizante, aumenta a extensibilidade do colágeno, diminui rigidez articular • Melhora o retorno venoso e linfático • Estimula as glândulas sudoríparas TÉCNICAS DE APLICAÇÃO: 1) Imersão repetida: Coloca-se o segmento a ser tratado no tanque de parafina, se for a mão, preferencialmente com os dedos estendidos e abduzidos. Em seguida retire-o e aguarde de 3 a 5 segundos repetindo o processo durante 5 a 7 vezes até formar Hipertermoterapia Superficial uma “luva de parafina”. Por cima desta luva enrole um plástico ou uma toalha a fim de manter a temperatura local entre 20 e 30 minutos. 2) Pincelamento: Com a ajuda de um pincel, formar uma camada espessa de parafina na área a ser tratada. Depois cobrir com um plástico ou toalha a fim de manter a temperatura. O fisioterapeuta deverá atentar para a rapidez na aplicação, pois a demora favorece o resfriamento do local e a ineficiência da técnica. Duração do tratamento entre 20 e 30 minutos. 3) Enfaixamento: Passar a parafina com o auxílio de um pincel na área a ser tratada. Enfaixar uma vez a região com atadura; colocar outra camada de parafina por cima da atadura e enfaixar novamente, realizando o processo sucessivamente por 7 a 8 vezes/faixas. O paciente permanece com a faixa durante 20 a 30 minutos. CUIDADOS: • Examinar a área a ser tratada antes e depois da utilização do banho de parafina • Limpar a área antes e depois do banho de parafina • Sempre testar a sensibilidade térmica do paciente antes do banho de parafina • Avisar ao paciente sobre o desconforto do calor no inicio do tratamento • Manter o segmento imóvel para que não haja rachaduras e a conseqüente perda de calor • Evitar que o paciente encoste na cuba metálica ou na resistência elétrica no fundo do tanque de parafina CONTRA-INDICAÇÕES: • Áreas com alteração de sensibilidade • Traumas e quadros inflamatórios agudos • Febre • Áreas desvitalizadas e isquêmicas • Áreas hemorrágicas Hipertermoterapia Superficial • Lesões de pele: feridas ou cortes • Doenças dermatológicas • Enxertos de pele recente • Áreas com fixador externo INDICAÇÕES: • Artrose • Artrite • Artralgia • Tendinite • Cicatrizes quelóides • Fibrose pós imobilização • Pré cinesioterapia • Mialgia • Entorse • Retrações musculares Outras Fontes de Hipertermoterapia Superficial COMPRESSA QUENTE Material: 1 toalha felpuda de tamanho médio, água quente em torno de 45 à 50°. Preparação do paciente: o local onde será aplicado a compressa deve estar desnudo, sem objetos metálicos ou plásticos como pulseiras, relógio ou tornozeleiras. O paciente deve estar confortavelmente posicionado. Técnica de aplicação: mergulhar a toalha em água quente, e logo em seguida retirá-la. Deve se fazer uma leve torcedura na toalha a fim de retirar o excesso de água. Se for conveniente, pode-se repetir o processo 2 ou 3 vezes. Dobrar a toalha, para que fique num tamanho adequado com a área a ser tratada, e aplicar a compressa diretamente no local a ser tratado por 20 a 25 minutos. Hipertermoterapia Superficial Considerações: a compressa tende a esfriar-se rapidamente pela troca calórica com o meio, portanto as compressas devem ser substituídas a cada 5 minutos, a fim de manter a temperatura local, até o final do tempo estipulado para o tratamento. BOLSAS DE TERMOGEL E DE ÁGUA QUENTE OU HOT PACK Material: são artefatos industriais encontrados em casas especializadas. A bolsa de termogel é composta de uma substância capaz de absorver a energia calórica e de mantê-la por certo tempo (ex.: silicone), armazenada em uma bolsa plástica resistente e lacrada. A bolsa de água quente é um artefato feito de borracha, resistente, com um bocal em uma das extremidades, por onde é introduzida a água quente. Preparação do paciente: o local onde será aplicado a compressa deve estar desnudo, sem objetos metálicos ou plásticos como pulseiras, relógio ou tornozeleiras. O paciente deve estar confortavelmente posicionado. Técnicas de aplicação: a) bolsa de termogel: colocar a bolsa de termogel em um recipiente contendo água quente ou no microondas domiciliar e deixá-lo até que a substância contida no seu interior absorva a energia calórica. A bolsa de termogel é retirada e o fisioterapeuta verifica se a temperatura esta adequada para a aplicação. Aplica-se a bolsa diretamente no local a ser tratado por 20 a 25 minutos. b) Bolsa de água quente: disponibilizar água quente e colocar dentro da bolsa. Feche-a e aplique na área a ser tratada por 20 a 25 minutos. Considerações: em pessoas muito sensíveis a temperaturas elevadas, pode-se colocar uma toalha úmida entre a pele e a bolsa. Tenha a certeza de que a tampa da bolsa esteja bem fechada, a fim de evitar acidentes com queimaduras. Hipotermoterapia HIPOTERMOTERAPIA CRIOTERAPIA INTRODUÇÃO O tratamento através do resfriamento dos tecidos do corpo com fins terapêuticos é bastante conhecido no meio fisioterápico, e já vem sendo utilizado desde a época de Hipócrates. Como toda ciência evolui, hoje sabemos bem mais sobre os efeitos fisiológicos e terapêuticos que o frio promove nos tecidos, bem como os cuidados necessários para garantir uma boa interação entre a hipotermoterapia e a lesão do paciente. A hipotermoterapia, também é conhecida como crioterapia, terapia pelo frio, ou terapia fria. Tem como principal objetivo reduzir a temperatura tecidual pela retirada de energia calórica, reduzindo assim o metabolismo local e a necessidade de consumo de oxigênio pelos tecidos. EFEITOS FISIOLOGICOS Sobre a temperatura corporaSobre a temperatura corporaSobre a temperatura corporaSobre a temperatura corporallll Logo que é aplicada a modalidadede crioterapia na pele, a temperatura superficial cai imediatamente e de forma rápida. Depois de alguns minutos, a temperatura começa a elevar-se devido as respostas de produção de calor pelo organismo, até alcançar alguns graus acima da temperatura da técnica crioterápica. Já a temperatura profunda do corpo cai de forma mais lenta e progressiva durante a aplicação do frio. Portanto quanto maior for a profundidade do tecido, mais lento será a queda da temperatura (KIM, 2002). A recuperação total da temperatura superficial pode levar de 1 a 2 horas após o término da aplicação do frio. Alguns profissionais na tentativa de eliminar o processo inflamatório mais rapidamente, recomendam o uso de crioterapia de duas em duas horas por 24 a 72 horas após o trauma. Sobre a circulação sangüíneaSobre a circulação sangüíneaSobre a circulação sangüíneaSobre a circulação sangüínea Durante muito tempo paira uma duvida entre os pesquisadores e até mesmo entre os fisioterapeutas e acadêmicos, no que diz respeitos aos efeitos de vasodilatação e vasoconstricção na utilização da crioterapia. Alguns defendem que nos primeiros 5 minutos acontece a vasoconstricção e depois a vasodilatação; outros já acham que somente acontece a mudança aos 10 Hipotermoterapia minutos. Podemos destacar as seguintes teorias: a) Sempre vasoconstricção Esta condição é aceita pelo fato de que o aumento do fluxo sangüíneo não está ligado ao aumento do diâmetro do vaso (vasodilatação), e que o vaso sangüíneo não estaria realizando uma vasodilatação verdadeira, apenas um retorno ao diâmetro normal após a vasoconstricção inicial. Quanto ao aspecto da hiperemia local associada ao uso do frio, a explicação está na redução do metabolismo tecidual, durante o resfriamento, reduzindo a troca de oxigênio entre tecidos e capilares. Esta redução resulta em sangue mais oxigenado (parece mais vermelho) no sistema venoso da pele. b) Vasoconstricção no início da aplicação do frio seguida de vasodilatação Quando o frio é aplicado, uma resposta imediata é a vasoconstricção cutânea superficial e redução do fluxo sangüíneo. A quantidade de fluxo sangüíneo na área é inversamente proporcional aos fatores de resistência do vaso sangüíneo. O diâmetro do vaso é o mais significante fator relacionado ao fluxo sangüíneo. Qualquer influência que cause contração do músculo liso capilar irá reduzir o diâmetro do vaso (vasoconstricção). Ao contrário, quando o tônus da musculatura lisa do vaso sangüíneo diminui, nas aplicações de calor, por exemplo, o diâmetro do vaso aumenta (vasodilatação). Geralmente exposições ao frio por curto período (15 minutos ou menos), resultam em vasoconstricção de arteríolas e vênulas. O mecanismo de ação que causa a vasoconstricção envolve fatores como: a ação direta do frio sobre a musculatura lisa do vaso sangüíneo e vasoconstricção cutânea reflexa. O fluxo sangüíneo na pele está primariamente sob o comando do sistema nervoso e desempenha um importante papel na termorregulação. A vasoconstricção cutânea ocorre como parte do mecanismo de retenção de calor do corpo. Quando a temperatura da pele está diminuída, receptores térmicos para o frio (terminações nervosas livres) presentes na pele são estimulados, causando uma excitação reflexa de fibras adrenérgicas simpáticas. O aumento das atividades dessas fibras causa vasoconstricção. Este reflexo de vasoconstricção pode também resultar em uma vasoconstricção cutânea generalizada. O fluxo sangüíneo que diminui é maior nas áreas que está diretamente resfriada. Quando a temperatura tecidual é mantida por um longo período, ou quando a temperatura tecidual é reduzida abaixo de 10 ° C., uma vasodilatação induzida pelo frio, pode se seguir a uma vasoconstricção inicial. Este fenômeno foi reportado por Lewis em 1930, que chamou de “Hunting response”, os episódios de vasoconstricção e vasodilatação. Clarke e colaboradores, também acharam correlações da aplicação do frio com o fenômeno de vasodilatação, sem estar associados ao fenômeno de “hunting response”. Eles associaram o aumento de temperatura tecidual e a vasodilatação, por respostas profundas, provavelmente de músculos esqueléticos acionados. Hipotermoterapia Sobre o mecanismo neuromuscular e dorSobre o mecanismo neuromuscular e dorSobre o mecanismo neuromuscular e dorSobre o mecanismo neuromuscular e dor O frio pode reduzir o espasmo muscular por um mecanismo reflexo e não direto, inibindo a condução nervosa periférica, principalmente quando utilizada por períodos de tempo prolongado. A redução da temperatura reduz a velocidade de transmissão sensorial, podendo levar até a um bloqueio de condução do nervo sensorial. Sendo assim as sensações cutâneas são reduzidas com a aplicação do frio. O resfriamento reduz a dor pelos seguintes mecanismos: a) Direto: pela elevação do limiar de dor, liberação de endorfinas e diminuição do metabolismo; b) Indireto: pela eliminação da causa. Sobre a inflamaçãoSobre a inflamaçãoSobre a inflamaçãoSobre a inflamação Todo trauma no organismo gera um processo inflamatório nos tecidos. A resposta inflamatória consiste em uma complicada série de adaptações teciduais, que envolvem principalmente os vasos sangüíneos, os componentes líquidos e celulares do sangue e tecido conjuntivo. Podemos destacar os seguintes efeitos do frio em relação à inflamação: a) Redução do metabolismo e do consumo de oxigênio; b) Prevenção no local da hipóxia secundária ou, quando já instalada, ajuda na sua resolução; c) Reduz a formação do processo inflamatório; d) Redução do metabolismo da colagenose sinovial. Tem indicação também em processos reumáticos; Sobre o metabolismo celularSobre o metabolismo celularSobre o metabolismo celularSobre o metabolismo celular Enquanto na hipertermoterapia temos um aumento no metabolismo celular, guiado pela lei de Van’T Hoff, na crioterapia observamos o inverso, ou seja a redução do metabolismo celular. Isto traz para os tecidos lesionados uma condição de sobrevivência maior, e conseqüentemente um reparo mais rápido da lesão. Efeitos geraisEfeitos geraisEfeitos geraisEfeitos gerais • Aumento da viscosidade dos fluidos • Diminuição da atividade de produção das glândulas sudoríparas Hipotermoterapia • Diminuição da permeabilidade celular • Fechamento dos poros existentes nos vasos sangüíneos EM QUE FASE DA LESAO DEVEMOS APLICAR A CRIOTERAPIA?EM QUE FASE DA LESAO DEVEMOS APLICAR A CRIOTERAPIA?EM QUE FASE DA LESAO DEVEMOS APLICAR A CRIOTERAPIA?EM QUE FASE DA LESAO DEVEMOS APLICAR A CRIOTERAPIA? Devemos iniciar a crioterapia ainda na fase aguda, nos primeiros 5 (cinco) minutos após lesão, a fim de alcançar todos os benefícios da terapia. NOTA: A crioterapia pode ser aplicada não só na fase aguda das patologias, mas também na fase subaguda e crônica, dependendo dos objetivos do fisioterapeuta. LESÕES PROVOCADAS PELO FRIO UlceraçãoUlceraçãoUlceraçãoUlceração A classificação pode ser feita como superficial e profunda. Na ulceração superficial, há um congelamento da pele e do tecido celular subcutâneo. A pele apresenta-se com manchas azuladas, arroxeadas ou ainda estrias, podendo evoluir para o quadro de sensação de queimadura, "ferroada", coceira intensa, inchaço na área e bolhas. A pele irá descamar-se e permanecerá hiperêmica, tornando-se muito sensível ao frio. Na ulceração profunda, há um congelamento de pele, tecido celular subcutâneo, vasos sangüíneos e músculos. Os sintomas são semelhantes a ulceração superficial, apresentando somente um maior grau de acometimento das estruturas. As bolhas são maiores e o edema é bemvisível nos segmentos afetados associados a dores latejantes e "agulhadas". As aplicações com pacotes de gelo, ate 60 minutos, e do Cold Pack (bolsa de termogel), até 20 minutos, não causarão ulcerações na pele. NOTA: Proteja a pele do paciente envolvendo uma atadura no segmento a ser tratado para evitar lesões, pois os pacotes frios costumam permanecer abaixo de zero grau e em contato direto com a pele pode provocar danos. PéPéPéPé----dededede----IIIImersao e mersao e mersao e mersao e PPPPéééé----dededede----TTTTrincheirarincheirarincheirarincheira Podemos definir o pé-de-imersão, como resultado da exposição prolongada (semanas) ao frio ou a água fria em temperatura ambiente acima do congelamento. A evolução do quadro mostra edema, hiperemia e anestesia transitória. Não há riscos quando o caso é leve, mas nos casos graves experimentam-se anos de dor, adormecimento e redução da força muscular. Dificilmente o quadro evolui para a gangrena. Já pé-de-trincheira, defini-se como aquele que apresenta a mesma condição do pé-de-imersão, diferindo somente nas condições de exposição, ou seja, em condições pantanosas e úmidas, lembrando soldados entrincheirados. Hipotermoterapia Hipersensibilidade ao frio (reações alérgicas)Hipersensibilidade ao frio (reações alérgicas)Hipersensibilidade ao frio (reações alérgicas)Hipersensibilidade ao frio (reações alérgicas) Normalmente devido aos seus leves sintomas, a hipersensibilidade não é muito considerada pelos profissionais da área, porém deve haver sempre a intenção por parte do fisioterapeuta em diagnosticar esta hipersensibilidade ao frio e contra-indicar a terapia pelo frio. Como classificação das reações alérgica destacam-se: • Urticária fria: devido a liberação de histamina • Hemoglobinúria: grupo com sinais caracterizados pelas hemolisina fria e aglutinina • Púrpura (hemorragia da pele e membranas mucosas): e outros sinais refletindo presença de crioglobulina, uma proteína anormal no sangue que promove a formação de um gel à temperaturas baixas • Eritema frio: resposta não alérgica, congênita e anormal ao resfriamento caracterizado por dor severa, espasmo muscular, suor, porém sem urticária Alterações vasoespásticas Alterações vasoespásticas Alterações vasoespásticas Alterações vasoespásticas (fenômeno de Raynauld)(fenômeno de Raynauld)(fenômeno de Raynauld)(fenômeno de Raynauld) O fenômeno de Raynauld é o nome dado as alterações funcionais da circulação periférica de caráter local. É caracterizado por episódios em pequenas artérias e arteríolas (nas extremidades), resultando em palidez, ou cianose na pele, seguido de hiperemia, também podendo ocorrer formigamento e queimação. A obstrução completa dos vasos ocorre quando a constricção for muito grande. A Doença de Raynauld é também denominada de fenômeno primário de Raynauld e predominante no sexo feminino jovem. As pessoas acometidas são aquelas que se expõem de forma leve ao frio, como colocar as mãos em locais frios. Na terapêutica clínica, devemos considerar proibitivo o uso da crioterapia em pessoas que apresentam desordens vasoespásticas, pois o espasmo arterial extremo pode induzir a uma necrose. Devemos tomar muito cuidado na administração da crioterapia em nossos pacientes e saber interpretar sintomas das doenças vasoespásticas. Hipotermoterapia AGENTES DA CRIOTERAPIA 1) COLD PACK - PACOTE FRIO – BOLSA DE TERMOGEL O pacote de gel (hidrocollator) consiste em uma bolsa de vinil ou material plástico resistente contendo uma substância gelatinosa capaz de absorver e manter a baixa temperatura. O pacote de gel é mantido a uma temperatura abaixo de zero grau, e quando utilizado na terapia mantém esta mesma temperatura, por um período de tempo de aproximadamente 30 a 60 minutos. Está indicado para tratamento de lesões superficiais e profundas. O seu aquecimento, devido a retirada de calor do corpo, é lento e consegue manter seu valor terapêutico pelo período de tempo que durar a terapia. A fim de prevenirmos possíveis danos que este nível de temperatura pode causar a pele, a duração da terapia deve ser no máximo de 20 minutos. Há no mercado também oferta de produtos que não mantém por mais de 5 minutos a temperatura de zero grau centígrado. Neste caso, apenas as lesões superficiais serão tratadas por este pacote de gel e o fisioterapeuta terá o trabalho de trocar a cada 10 minutos de tratamento por um outro pacote previamente congelado, caso contrário os efeitos fisiológicos não poderão ser alcançados. Este pacote de gel comum oferece pouco risco a pele do paciente, pois a sua temperatura eleva-se progressivamente. 2) PACOTE QUÍMICO O pacote químico caracteriza-se por ser descartável e por possuir no interior do seu envoltório (bolsa de vinil) duas divisões: uma pequena e outra maior, adicionando em seus interiores duas substâncias químicas que uma vez entrando em contato entre si, promoverão o resfriamento. Para iniciar a operação de resfriamento pelo pacote químico, devemos apertar a bolsa menor até que ela se rompa e libere o seu fluido para a bolsa maior. A reação química dos componentes das duas bolsas reduz a temperatura da mistura. A temperatura permanece abaixo de zero grau e a duração da terapia deve ser de até 20 minutos no máximo. É indicado para tratamentos superficiais e profundos. Cuidados devem ser tomados para possíveis vazamentos do fluido que podem provocar queimaduras químicas. 3) BOLSA DE BORRACHA A bolsa de borracha consiste na mistura de gelo e água, numa temperatura mais ou menos de 4 0C., que para maior conforto do paciente, deve acompanhar o contorno da parte do corpo que está sendo aplicada a Hipotermoterapia técnica. Nesta técnica a temperatura da bolsa também tende a subir pela troca calórica com os tecidos aquecidos do corpo. Uma maneira de retardarmos esta elevação de temperatura e nos beneficiarmos ao máximo da técnica, consiste na utilização de gelo moído + álcool etílico, numa razão de 2 partes de gelo para 1 de álcool, colocada dentro da bolsa. O tipo de resfriamento deste método é superficial, e a vantagem e que a proteção de borracha evita desconforto para pacientes sensíveis ao frio. O tempo de aplicação está em torno de 20 minutos. 4) COMPRESSA FRIA OU PANQUECA FRIA OU PANQUECA DE GELO É a técnica mais utilizada na crioterapia, pela facilidade na obtenção e aplicação do resfriamento até mesmo pelos pacientes em seus domicílios. Na compressa fria molhamos uma toalha em água fria (com pedras de gelo) e dobramos em forma de uma compressa, e aplicamos diretamente no local. Na panqueca fria ou panqueca de gelo, executamos o mesmo procedimento da compressa fria, só que adicionamos dentro da toalha, gelo moído. Dobra-se a toalha em forma de panqueca e aplica-se diretamente na região a ser tratada. A duração das duas técnicas estão em torno de 25 minutos. 5) SACO COM GELO Esta técnica é bastante eficaz para tratamentos superficiais e profundos. E colocado gelo dentro de um saco plástico de textura fina. O gelo deve ser moído ou triturado. Devemos evitar o gelo em cubo, pois dificulta a moldagem em extremidades. Retiramos o ar do saco plástico, fechando-o em seguida para a sua aplicação. A duração do tratamento está em torno de 30 minutos. 6) SPRAY O Spray é uma técnica de resfriamento que promove a redução da dor, congelando momentaneamente os receptores cutâneos que levam os estímulos dolorosos para o córtex sensitivo cerebral. Destina-se a aplicação tópica no controle da dor miofascial, movimento limitado, espasmo muscular e controle de dor associado a aplicação deinjeções. Outras condições clínicas podem se tratadas com Spray como a dor lombar, torcicolo, espasmo muscular associado a osteoartrite, entorse de tornozelo, rigidez dos isquiotibiais no pré alongamento, espasmo do músculo masseter, alguns tipos de dores de cabeça e dor reflexa devido a pontos desencadeantes (pontos gatilhos). O alívio da dor facilita uma mobilização precoce e o restabelecimento da função muscular e articular. Hipotermoterapia Deve-se tomar cuidado quanto a inalação de vapores, especialmente em aplicações na cabeça ou pescoço. Evite o contato com os olhos e o Spray não deve ser aplicado ao ponto de formação de congelamento. Como reações adversas podem ocorrer hipersensibilidade cutânea ao toque, mas parecem ser extremamente raras. A baixa temperatura pode ocasionalmente alterar a pigmentação. As contra-indicações são poucas e na maioria das vezes tem relação com a hipersensibilidade da substância ativa presente no Spray. Os fabricantes alertam que o Spray é para uso externo em pele integra. O produto deve ser mantido em ambiente frio numa temperatura abaixo de 500C. Na aplicação, mantenha uma distância aproximadamente de 30 cm do local da aplicação e realize movimentos suaves na área a ser tratada. 7) UNIDADE CRIOMÁTICA A unidade criomática é um aparelho de refrigeração, onde circula o gás Freon, que é conduzido através de molas e serpentina dispostas como em uma almofada. A almofada é colocada ao redor do membro ou em outros segmentos como dorso e abdome. Seleciona-se a temperatura entre 60C e 270C. Um termostato mantém a temperatura próxima da selecionada. O seu uso é praticado em hospitais em pré e pós-cirúrgicos e por atletas. 8) CRIOCINÉTICA (frio e exercício sem dor) A técnica criocinética foi introduzida em 1950, por Knot e Mead, ficando esquecida até por volta de 1960, quando foi novamente reativada em hospitais do exército. A sua aplicabilidade dava-lhe muita credibilidade, pois permitia uma recuperação funcional rápida e de forma eficaz. Apesar do uso inicial em soldados, sua maior evolução aconteceu na área esportiva. Hoje a criocinética constitui uma das formas mais eficientes de tratamento nas lesões esportivas agudas. A técnica consiste do uso do frio para promover o resfriamento local a ser tratado e permitir o exercício ativo progressivo, sem dor. A seguir há uma mostra do protocolo realizado pelo CEFESPAR -SP. Este protocolo foi baseado em outro estudo feito por Knight. Indicação:Indicação:Indicação:Indicação: Na lesão aguda de tornozelo, grau I e grau II. Devemos tomar mais cuidados com a lesão de grau II. Para outros tipos de lesões devemos adaptar a técnica. Cuidados:Cuidados:Cuidados:Cuidados: Se durante a imersão ou o pacote frio, o paciente referir "muita dor", faça o processo de adaptação ao frio. A dor "muito" intensa e progressiva pode ser devido a um espasmo vascular intenso. Desenvolvimento:Desenvolvimento:Desenvolvimento:Desenvolvimento: Pacote de gelo moído, faixas elásticas (para compressão) e termômetros para o controle das temperaturas da pele e do ambiente. Hipotermoterapia Técnicas de escolha: Técnicas de escolha: Técnicas de escolha: Técnicas de escolha: Pode-se utilizar duas técnicas: Imersão Imersão Imersão Imersão + + + + Exercícios ou Exercícios ou Exercícios ou Exercícios ou PaPaPaPacote cote cote cote FFFFrio rio rio rio ++++ Exercícios. Exercícios. Exercícios. Exercícios. PROTOCOLO DA TÉCNICA CRIOCINÉTICAPROTOCOLO DA TÉCNICA CRIOCINÉTICAPROTOCOLO DA TÉCNICA CRIOCINÉTICAPROTOCOLO DA TÉCNICA CRIOCINÉTICA (Modificado pelo CEFESPAR)(Modificado pelo CEFESPAR)(Modificado pelo CEFESPAR)(Modificado pelo CEFESPAR) PATOLOGIA DE ESTUDOPATOLOGIA DE ESTUDOPATOLOGIA DE ESTUDOPATOLOGIA DE ESTUDO: Entorse do tornozelo grau I TÉCNICA: TÉCNICA: TÉCNICA: TÉCNICA: Pacote frio + exercícios (criocinética) INÍCIO DA CRIOCINÉTICA: INÍCIO DA CRIOCINÉTICA: INÍCIO DA CRIOCINÉTICA: INÍCIO DA CRIOCINÉTICA: 24 horas após a lesão Desenvolvimento da técniDesenvolvimento da técniDesenvolvimento da técniDesenvolvimento da técnica:ca:ca:ca: TempoTempoTempoTempo 1- Pacote frio + compressão + elevação 15 min 2- Exercícios no limite da dor. Exercícios passivos de ADM máxima, manter a compressão 5 min 3- Pacote frio (idem ao passo 1) 7 min 4- Repetir (2). Exercícios ativos de ADM máxima 5 min 5- Repetir (3) 7 min 6- Repetir (2). Exercícios ativos de ADM máxima com sustentação do peso corporal, apoio bipodal no plano estável. 5 min 7- Repetir (3) 7 min 8- Repetir (2). Exercícios ativos de ADM máxima com sustentação do peso corporal, apoio monopodal e plano estável. 5 min 9- Repetir (3) 7 min 10 – Repetir (2). Exercícios ativos de ADM máxima com sustentação do peso corporal, apoio monopodal e bipodal nos planos estável e instável. 5 min 11- Pacote frio no final (redução do metabolismo) com compressão e elevação. 30 min OBS.: Estes procedimentos devem ser repetidos com intervalos de 2 horas e, por um período seqüencial de 24 horas; Manter durante os exercícios e os intervalos entre cada sessão a compressão e a elevação; *ADM – amplitude de movimento. Hipotermoterapia 9) APLICAÇÃO COM AR FRIO Recentemente na fisioterapia surgiu um equipamento capaz de gerar ar frio em torno de -30 0C. Este equipamento possui um console e uma mangueira aplicadora e deve ser direcionado para a área a ser aplicada mantendo uma distância de 10 cm. Para uma melhor aplicação, fisioterapeuta deverá realizar movimentos circulares em torno da área sempre mantendo o aplicador a 90 graus da área a ser tratada. O tempo de terapia para o joelho por exemplo está em torno de 5 minutos. Cuidados adicionais, como não aproximar demais o aplicador da pele e o tempo de exposição devem ser tomados para se evitar congelamentos e ulcerações da pele. INDICAÇÕES GERAIS PARA O USO DA CRIOTERAPIA • Espasticidade • Entorses • Contusões • Traumatismos agudos, sub-agudos e crônicos • Síndrome ombro-mão • Coto de amputados • Processos inflamatórios (bursites, tendinites, capsulites, sinovites, tenossinovites, etc.) • Artrose •••• Artrite reumatóide • Prevenção de lesões degenerativas • Pós-cirurgias • Pré-cinético CONTRA-INDICAÇÕES • Hipersensibilidade ao frio • Urticária ao frio • Acrocianoses • Alterações cardiovasculares graves • Hipertensão arterial severa não controlada • Síndrome de Raynauld Hipotermoterapia CUIDADOS GERAIS • Avaliar o paciente para possíveis contra-indicações da crioterapia • Elevar, posicionar e enfaixar a área a ser tratada • Não devemos ultrapassar 60 minutos de terapia continua, para evitarmos possíveis ulcerações na pele. • Fixar o pacote de gelo por bandagens elásticas ou ataduras de crepe. • Nas primeiras sessões pode-se utilizar um isolante entre a pele e o pacote de gelo, a fim de minimizar o desconforto causado pelo frio direto sobre a pele. Este isolante pode ser um saco plástico vazio. • Cuidado na utilização do pacote de gelo em áreas pouco vascularizadas, como por exemplo na região anterior da tíbia, patela e extremidades ósseas. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS KIM, Y.H; BAEK, S.S; CHOI,K.S; LEE, S.G; et al. The effect of cold air application on intra-articular and skin temperatures in the knee. Yonsei MYonsei MYonsei MYonsei Medical Journal.edical Journal.edical Journal.edical Journal. V.43, n.5, 661-626, 2002. Sonidoterapia SONIDOTERAPIA O ultra-som vem sendo usado
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