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trabalho eletroterapia

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20
ELETROTERMOFOTOTERAPIA
SUMÁRIO
	
1 INTRODUÇÃO	4
2 ULTRA-SOM	5
2.1 Propriedade Acústica do tecido	5
2.2 Tipos de ondas terapêuticas	5
2.3 Efeitos	5
2.4 Passo a passo da terapia com o ultra-som	6
2.5 Contra indicações do ultra-som	6
2.6 Dosimetria	6
3	TENS	7
3.1 Eletrodos	7
3.1.1.	Posicionamento dos eletrodos	7
3.2 Contra- Indicações	10
3.3 Dosimetria	10
3.3.1 Tens convencional	10
3.3.2 Tens com pulsos modulados	11
3.3.3 Tens para Acupuntura	11
3.3.4 Tens Breve e Intensa	11
4 ONDAS CURTAS	11
4.1 Indicações	12
4.2 Contra-Indicações	13
4.3 Cuidados	13
5 LASER	13
5.1 Indicações	14
5.2 Contra-Indicações	14
5.3 Cuidados	14
5.4 Dosimetria	14
6	INFRAVERMELHO	15
6.1 Efeitos	16
6.2 Indicações	16
6.3 Dosagem	16
6.4 Riscos	17
6.5 Contra-indicações	17
7 MICROONDAS	18
7.1 Dosagem	18
7.2 Riscos	18
8 FORNO DE BIER	19
9 CORRENTE GALVÂNICA	20
10 FES	20
10.1 Parâmetros da FES	20
10.2 Dosimetria na FES	21
10.2.1 Fortalecimento muscular:	21
10.2.2 Facilitação neuromuscular:	21
10.2.3 Controle da espasticidade:	21
10.2.4 Amplitude de movimentos e contraturas	22
REFERÊNCIAS	23
1 INTRODUÇÃO
A eletroterapia atualmente abrange vários recursos utilizados na Fisioterapia. Pode ser dividida em: eletroterapia, termoterapia e fototerapia. A primeira é aquela em que funcionam os equipamentos que aplicam corrente elétrica no tecido através de eletrodos (Tens, Corrente Russa, C. Galvânica etc.); na segunda funcionam os recursos que geram calor (Microondas, Ondas curtas etc.) e na terceira os tipos de radiações eletromagnéticas visíveis ou não, como: Laser, Infra-vermelho, Ultra-violeta etc.
Os aparelhos de eletroterapia utilizam uma intensidade de corrente muito baixa, são miliamperes e microamperes. Os eletrodos são aplicados diretamente sobre a pele e o organismo será o condutor. Na eletroterapia temos que considerar parâmetros como: resistência, intensidade, voltagem potência e condutividade. 
Os equipamentos atuais empregam diferentes tipos de correntes, onde o aparelho emite a energia eletromagnética que é então conduzida através de cabos condutores até os eletrodos que ficam aderidos à pele do paciente. Outras formas incluem a utilização de agulhas ao invés de eletrodos, sendo este emprego mais reservado ao uso para terapia estética ou para métodos diagnósticos. 
Existe uma diversidade de correntes que podem ser utilizadas na eletroterapia, cada qual com particularidades próprias quanto às indicações e contraindicações. Mas todas elas tem um objetivo comum: produzir algum efeito no tecido a ser tratado, que é obtido através das reações físicas, biológicas e fisiológicas que o tecido desenvolve ao ser submetido à terapia. 
	A termoterapia é uma modalidade terapêutica, onde são utilizados agentes térmicos com objetivos fisioterapêuticos de prevenção e cura, pela diminuição ou aumento da temperatura tecidual.
	Por isso, o objetivo deste trabalho, na disciplina de Estágio II, é apresentar um breve conceito e indicações de uso, bem como dosagens e formas de aplicação da eletrotermofototerapia utilizados na fisioterapia. 
2 ULTRA-SOM
É um recurso da eletroterapia utilizado na fisioterapia por produzir um movimento ondulatório na forma de vibração mecânica, tais tipos de vibrações requerem um meio para sua propagação, não se propagam no vácuo. Essas vibrações produzem ondas no sentido longitudinal. Classificado como sonidoterapia (terapia através de ondas sonoras).
O número de ondas são produzidas pelas vibrações do cristal de PZT cerâmico (tetânio de piomozirconato), localizado dentro do cabeço do aparelho. O número de ondas que determinam a frequência do aparelho. Existem aparelhos que oferecem frequências de 3MHz e 1MHz. Os de 3MHz também podem ser utilizados na estética.
1 
2 
2.1 Propriedade Acústica do tecido
 As ondas podem penetrar com mais facilidade em alguns tecidos, conforme sua constituição e densidade. Assim, regiões com muitos pêlos, muita queratina, como a planta dos pés dificultam a absorção. 
O tipo de cabeçote também pode influenciar a absorção do tecido. Cabeçotes de 1MHz são absorvidos de até 5 cm de profundidade, enquanto os de 3MHz são absorvidos de 1,5 á 3 cm.
2.2 Tipos de ondas terapêuticas
Contínuo: Não possui interrupções no fluxo longitudinal das ondas. Normalmente são indicadas para as lesões crônicas. 
Pulsátil: Possui interrupções no fluxo contínuo de ondas ultrassônicas. As vibrações são interrompidas por pausas. São indicadas para lesões agudas. 
2.3 Efeitos
As vibrações mecânicas produzem um aumento do metabolismo local, gerando aumento do fluxo sanguíneo local, melhorando a nutrição tecidual, a retirada de catabólitos, favorecendo a regeneração tecidual. O aumento do metabolismo local e a consequente retirada dos catabólitos levam a uma descompressão das terminações nervosas. A ação mecânica entre os tecidos produz a liberação de aderências, devido a separação das fibras de colágenos, remodelagem das camadas intracelular, absorção de excesso de íons de Ca++. 
2.4 Passo a passo da terapia com o ultra-som
1)-Limpar a região a ser tratada;
2)-Usar gel condutor ou medicamento à base de gel. O ultra-som é bloqueado
na presença de vaselina e, óleos;
3)-Ligar o aparelho;
4)-Escolher a intensidade adequada para a lesão.
5)-Manter o contato perfeito em ângulo de 90º.
6)-Deslizar o cabeçote em movimentos circulares.
2.5 Contra indicações do ultra-som
1)-Ouvidos
2)-Olhos
3)-Ovários e Testículos
4)-Zonas de crescimento
5)-Útero grávido
6)-Neoplasias
7)-Processos infecciosos
8)-Cicatrizes em pós-operatórios imediatos/ mediatos
9)-Tromboses, Flebites
10)-Áreas tratadas com radioterapia.
2.6 Dosimetria
 Dependerá da lesão e do quadro da lesão se aguda ou crônica. O tempo pode variar de 1 a 8 minutos.
Para uma área pequena – 5cm² com um tempo de 2 minutos.
Para uma área média – 10cm² com tempo de 4 minutos.
Para uma área grande – 25cm² com tempo de 6 a 8 minutos.
O cálculo da intensidade é: Dose = área a ser tratada (cm²) x 0,1W / área do cabeçote (cm²).
3 TENS
Definida como estimulação elétrica transcutânea, é um recurso da eletroterapia utilizado pela fisioterapia para alívio da dor em processos agudos ou crônicos. Entretanto, devemos considerar que a dor é a consequência de um processo inflamatório, portanto a terapia com o tens deve ser associado a outros recursos anti-inflamatórios, ou ainda desajustes articulares, onde a mobilização articular (cinesioterapia) é imprescindível.
O TENS é uma corrente despolarizada. Os geradores da TENS recebem e modificam correntes alternadas para criação de sua energia primária e produção de formas típicas de ondas da TENS.
3.1 Eletrodos 
Existem dois tipos de eletrodos no mercado: 
1) Os siliconizado carbonados que tem uma duração média de seis meses e podem ser limpos com álcool a 70%.
2) E os descartáveis, que devem ser utilizados e descartados, uma vez que não podem ser limpos. 
O tamanho do eletrodo deve ser compatível com a área a ser tratada. Assim, áreas maiores devem receber eletrodos maiores, áreas menores, eletrodos menores.
 Para facilitar a passagem da Tens a área a ser tratada de vê estar limpa (sem pêlos, e oleosidade).Os eletrodos devem ser fixados de forma a ficarem bem aderidos a pele.
1. 
2. 
3. 
3.1. 
3.1.1. Posicionamento dos eletrodos
1)-Unilateral: Consiste na colocação de um eletrodo em um dos lados de uma articulação.
2)-Bilateral: Consiste na colocação de dois eletrodos de um mesmo canal em um único lado das costa, do abdome, do braço, etc.
3)-Cruzada: Consiste na utilização de 2 canais, dispondo os eletrodos de modo cruzado, obtendo uma elevada densidade de corrente na região da dor.
4)- Proximal: Consiste na colocação dos eletrodos na parte superior da lesão. Esta forma de aplicação é bastante eficaz no tratamento de lesões medulares e nervos periféricos.
5)- Distal: Consiste na colocação de pelo menos um eletrodo na região da dor para garantir que seja percebida a parestesia em toda área afetada pela dor. 
3.2 Contra- Indicações	
As regiões das carótidas; portadores de marcapasso; na regiãoabdominal de mulheres grávidas; pálpebras; e em casos de dores não diagnosticadas; A utilização da TENS em crianças, epiléticos e idosos deve ser acompanhada por um Fisioterapeuta.
3.3 Dosimetria
3.2. 
3.3. 
3.4. 
3.3.1 Tens convencional 
É obtido através do ajuste de: - Largura do pulso (Width) entre 50 e 80 segundos; -Frequência de repetição do pulso (Rate) dentro da faixa que vai de 50 e 100 Hz; - Intensidade de corrente suficiente para gerar uma sensação agradável, sem contração muscular. - O tempo de aplicação pode variar de 5 minutos a 1 hora, sendo considerado suficiente o tempo de 20 minutos. 
3.3.2 Tens com pulsos modulados
É obtido através do ajuste de:
- Largura do pulso (Width) entre 100 e 180 segundos;
- Modulação dos pulsos (V. BURST) em 0,5Hz;
- Frequência de repetição do pulso (Rate) em 70 a 100 Hz;
- Intensidade de corrente dentro do limite considerado tolerável, gerando contrações musculares na frequência da corrente de modulação. 
- A aplicação deve ser de no mínimo 20 minutos, podendo chegar a 1hora. 
3.3.3 Tens para Acupuntura
É obtido através do ajuste de:
-Largura do pulso (Width) entre 150 e 300 segundos;
- Frequência de repetição do pulso (Rate) em 14 Hz;
- Intensidade de corrente dentro do limite considerado tolerável,
gerando contrações musculares intensa.
- A aplicação deve ser de no mínimo 30 minutos e no máximo 1 hora.
3.3.4 Tens Breve e Intensa
É obtido através do ajuste de:
- Largura do pulso (Width) entre 150 e 300 segundos;
- Frequência de repetição do pulso (Rate) entre 100 e 150Hz;
- Intensidade de corrente dentro do limite considerado tolerável; gerando, dependendo da região de aplicação, contrações musculares intensas.
- O tempo de analgesia é em torno de 15 minutos e o tempo de aplicação de 20 minutos.
O tens não é um tratamento curativo, é um paliativo para a dor.
4 ONDAS CURTAS
São ondas elétricas de alta frequência que geram calor (diatermia). Normalmente deve ser associado a outro recurso fisioterapêutico como, por exemplo, a cinesioterapia (terapia através do movimento). 
Se utilizado dentro da dosagem terapêutica, o calor profundo gerado pelo Ondas curtas, produz o aquecimento dos tecidos. Em resposta a esse aquecimento, ocorre o aumento do fluxo sanguíneo, propiciando a diminuição de processos inflamatórios e alívio da dor.
 O aquecimento moderado é normalmente usado em processos de doenças crônicas, já um aquecimento mais brando pode ser usado em processos mais agudos.
 Não é correto pensar que quanto maior o calor, melhor o efeito terapêutico, pois por gerar um calor profundo, tem risco de piorar a dor, e em casos extremos, pode gerar lesões teciduais e queimaduras profundas.
4.1 Indicações	
1)-Contusões, contraturas, entorses: O efeito espasmolítico, analgésico e hiperemia bem como a estimulação de todo o processo metabólico intracelular e as reações fisiológicas se potencializam conseguindo rápidos resultados, uma grande vantagem no uso das ondas curtas é o efeito analgésico.
2)- Anquilose fibrosa, rigidez pós-gesso e hipotrofia muscular: como nestas afecções entra o fator espasmódico provocado pela dor e diminuição da irrigação sanguínea, o uso do calor profundo é bem indicado aproveitando de suas ações fisiológicas já ditas anteriormente, proporcionando um maior ganho de mobilidade articular.
3)- Artropatias inflamatórias degenerativas, que abrange a artrite, bursite, periartrite escápulo-umeral, espondilite, epicondilite e espondilo-artrose: responde bem quando utilizados em fase não aguda, certo que não se utiliza calor em processos inflamatórios agudos, pois, a função celular fica aumentada e como consequência o seu metabolismo também aumenta.	
4)- Mialgias, miogelose, lombalgias (de origem estática, reumática, focal e traumática), fibrose e torcicolo: por se trata de afecções ocasionadas por alterações da musculatura, caracterizada por rigidez local. Com o uso do ondas curtas a sintomatologia diminui em algumas as sessões. 
4.2 Contra-Indicações	
1)-Pacientes com Marcapasso
2)-Pacientes com prótese metálica
3)-Alteração da sensibilidade térmica
4)-Mulheres grávidas
5)-Períodos menstruais
6)-Tecidos isquêmicos
7)-Câncer
8)-Trombose Venosa.
9)-Feridas abertas
4.3 Cuidados
	Os aparelhos, cabos e placas das ondas curtas devem passar por manutenção técnica periódica. Os cabos e as placas devem ser checados e conectados no aparelho adequadamente. Os cabos não devem cruzar entre si, e as placas não devem ser colocadas sobre espículas ósseas como, por exemplo, a patela. O aparelho deve ser utilizado em maca de madeira para evitar curto circuito. E se próximo de materiais metálicos esses devem ser isolados. 
A área a ser tratada deve estar livre de cremes, óleos e, pomadas, devendo ser protegida com uma toalha limpa e de boa espessura. 
O paciente não deve utilizar o celular, nem dormir durante a aplicação. 
O paciente deve ser informado da sensação térmica desejada.
5 LASER
O termo Laser significa amplificação da luz por emissão estimulada de radiação. É um recurso da fototerapia que vem sendo utilizado pela fisioterapia, por produzir um efeito antiinflamatório, analgésico, estimulante celular e modulador do tecido do conjuntivo na regeneração e na cicatrização de diferentes tecidos. Existem dois tipos de LASER utilizados pela fisioterapia o Hélio-Neônio e Arseneto de Gálio.
5.1 Indicações
1)-Processos degenerativos e inflamatórios das lesões dos tecidos moles como ligamentos, tendões, e músculos.
 2)-Edemas periarticulares 
3)-Cicatrização de feridas abertas 
4)-Lesões nervosas periféricas
5.2 Contra-Indicações
O laser não deve ser aplicado sobre a retina, sobre neoplasias, processos bacterianos, sobre tecidos especializados como ovários e testículos.
5.3 Cuidados
- O ângulo de incidência deve sempre estar localizado sobre à área de aplicação
- Fisioterapeuta e paciente devem estar usando proteção ocular específica 
- Pele do paciente deve sempre estar limpa, sem cremes, óleos, ou mesmo secreções sebáceas. 
- Antes do uso é importante testar a caneta do LASER.
5.4 Dosimetria
A dose do laser é indicada pelo fisioterapeuta conforme o efeito desejado, podendo variar de 1 a 6 J/ cm2.
Anti-inflamatório 1 a 2 J/cm2;
Analgésico 2 a 3 J/cm2;
Anti edema 3 a 4 J/cm2; 
Cicatrizante 4 a 6 J/ cm;
O tempo da aplicação depende da área a ser tratada:
Área pequena 5cm2 = 2 minutos;
Área média 10cm2 = 4 minutos;
Área grande 25cm2 = 6 a 8 minutos;
Em áreas pequenas a aplicação é pontual no local da dor. Em áreas grandes a aplicação é em varredura, para atingir uma margem maior.
	
6 INFRAVERMELHO
A radiação infravermelha é um agente térmico superficial usado para alívio da dor e rigidez, para aumentar a mobilidade articular e favorecer a regeneração de lesões de tecidos moles e problemas da pele.
As radiações infravermelhas (IV) se acham dentro daquela parte do espectro eletromagnético cujas ondas produzem aquecimento ao serem absorvidas pela matéria. As radiações são caracterizadas por comprimentos de onda de 0,78-1000 µm, que se acham entre as microondas e a luz visível. Muitas fontes que emitem luz visível ou radiação ultravioleta (UV) também emitem IV.
Os geradores luminosos (ou aquecedores por radiação) consistem em um filamento de tungstênio dentro de um bulbo de vidro que contém um gás inerte a baixa pressão, eles emitem tanto radiações infravermelhas quanto visíveis com um pico de comprimento de onda em torno de 1 µm . Podem ser usados filtros para limitar a saída a bandas de onda particulares, tais como quando um filtro vermelho é usado para excluir as ondas de luz azuis e verdes.
Geradores não luminosos mais comumente consistem em um fio de resistência em espiral que é enrolado em torno de um material isolante de cerâmica ou embebido nele. A radiação infravermelha portanto será emitida tanto pelo fio como pelos materiais aquecidos que o cercam, resultando na emissão de radiações de várias frequências diferentes. Os geradores não luminosos produzem radiações com o pico a um comprimento de onda em torno de 4 µm.
As lâmpadas não-luminosas demoram maisdo que as lâmpadas luminosas para atingir um nível estável de pico de emissão de calor à medida que a oscilação molecular que causa o aquecimento se dissemina através do corpo do aquecedor.
As radiações infravermelhas produzem alterações térmicas devido à absorção da radiação, que leva a vibração molecular e esse movimento, por sua vez, leva a alterações térmicas. Algum aquecimento pode ocorrer mais profundamente devido à transferência de calor dos tecidos superficiais, tanto por condução direta como por convecção, em grande parte através do aumento da circulação local. O infravermelho deve, portanto, ser considerado uma modalidade de aquecimento superficial.
6.1 Efeitos
Geralmente, a maioria dos especialistas assume que os fótons de IV não dão origem a efeitos fotoquímicos. Os principais efeitos fisiológicos atribuídos ao IV são, portanto, resultado do aquecimento local do tecido. Esses efeitos incluem alterações no comportamento metabólico e circulatório, na função neural e na atividade celular.
6.2 Indicações
- Dor;
- Rigidez articular;
- Edema;
- Lesões de pele;
6.3 Dosagem
Apesar de o nível de aquecimento produzido no tecido poder ser calculado matematicamente, ou poder ser registrado por sensores de calor, é prática clínica normal estimar o nível de aquecimento desenvolvido nos tecidos da superfície através do relato sensitivo do paciente. A quantidade de energia recebida pelo paciente será governada por: 
• a potência da lâmpada (em watts)
• a distância entre a lâmpada e o paciente
 • a duração do tratamento.
Para que os efeitos terapêuticos ocorram tem-se sugerido que é necessário manter uma temperatura entre 40 e 45 °C por pelo menos 5 minutos.
No final de um tratamento, uma dose leve deve gerar na pele temperaturas na região de 36-38°C e uma dose moderada deve produzir temperaturas entre 38-40°C. O tratamento infravermelho é, normalmente, continuado por um período entre 10 e 20 minutos, dependendo do tamanho e vascularidade da parte do corpo, da cronicidade da lesão e da natureza da lesão. Partes avasculares pequenas, condições agudas e lesões de pele tendem a ser tratadas por períodos de tempo mais curtos.
6.4 Riscos
• Pele: Podem ocorrer lesões agudas após uma única exposição excessiva de IV a temperaturas de 46-47°C e acima. A dor, contudo, ocorre a 44,5+1,3°C e deve, portanto, servir de proteção provocando uma resposta de retirada. Pode ocorrer dano crônico após exposição prolongada a temperaturas toleráveis; 
• Tecidos subdermais: Os tecidos expostos ao IV durante procedimentos cirúrgicos mostram um aumento na tendência de desenvolver adesões.
• Testículos: Há uma diminuição temporária da contagem de espermas.
 • Sistema respiratório: Bebês expostos a aquecedores radiantes podem ser sujeitos a períodos de apnéia.
 • Pessoas susceptíveis: Por exemplo, pessoas idosas podem sofrer desidratação e redução temporária da pressão arterial ou sintomas como tontura e cefaleia após a aplicação de IV, especialmente em áreas amplas como a coluna ou pescoço/ombros. 
• Dano óptico: Podem ocorrer queimaduras de córnea, lesões da retina e do cristalino. 
6.5 Contra-indicações
Apesar de nem todos os fatores relacionados terem sido completamente confirmados por pesquisas, os fatores abaixo têm resultado em relatos mínimos de dano em pacientes: 
• áreas com sensibilidade térmica cutânea ruim ou deficiente; 
• pessoas com doença cardiovascular avançada; 
• áreas com a circulação periférica local comprometida; 
• tecido cicatricial ou tecido desvitalizado por radioterapia profunda ou outras radiações ionizantes (que pode estar mais sujeito a queimaduras);
• tecido maligno na pele (embora tal tecido possa ocasionalmente ser tratado com o uso de irradiação infravermelha); 
• pessoas com redução no nível de consciência ou da capacidade de compreensão dos riscos do tratamento pessoas com enfermidade febril aguda algumas doenças agudas de pele como dermatite ou eczema.
• os testículos.
7 MICROONDAS
O miolo do aparelho de microondas, uma válvula de magnetron com múltiplas cavidades, transmite energia de microondas para uma, entre uma variedade de antenas (refletores) circulares ou retangulares de diferentes tamanhos através de um cabo coaxial blindado. Por sua vez, a antena irradia microondas para a superfície da região a ser tratada da mesma maneira que uma antena de transmissão comum.
7.1 Dosagem
O tratamento seguro com microondas requer primeiro que o paciente tenha sensibilidade normal à dor e temperatura na pele. Como a sensação térmica do paciente é o indicador mais importante da dosagem, essa precisa ser testada na área a ser tratada antes de começar a primeira aplicação. A dosagem escolhida, que deve ser baseada na gravidade, tipo e progresso do distúrbio, é determinada do mesmo modo que na diatermia por ondas curtas.
7.2 Riscos
O aparelho de microondas deve ser testado regularmente quanto ao rendimento e segurança. Os riscos potenciais dos tratamentos com microondas na fisioterapia são:
1. queimaduras devido a:
a. técnica precária
b. inabilidade dos tecidos de dissipar calor
c. inabilidade do paciente de detectar o calor (sensação térmica diminuída)
d. tratamento sobre áreas com metal na superfície ou implantado
e. tratamento de feridas abertas úmidas ou sobre curativos úmidos - a
água concentra microondas
f. tratamento perto dos olhos, incluindo os sinus e articulação
temporomandibular (tanto 1e quanto 1f constituem um risco devido ao alto
volume de fluido; a alta constante dielétrica e condutividade dos fluidos
aumenta a temperatura no local)
2. exacerbação de sintomas após tratamento de:
a. condições inflamatórias
b. distúrbios infecciosos
c. áreas de aumento da tensão dos fluidos como bursite, edema, efusão
sinovial
d. condições hemorrágicas - a menstruação é pouco provável de ser
afetada por microondas devido à sua penetração limitada
e. doença cardíaca grave
3. insuficiência cardíaca devida a choque elétrico ou interferência em 
marcapassos cardíacos
4. alastramento de patologias existentes incluindo tumores, tuberculose
ativa e infecções agudas
5. início de gestação (primeiros 3 meses) -o calor pode ser teratogênico.
8 FORNO DE BIER
Um dos dispositivos mais antigos da termoterapia utilizados pela fisioterapia. Consiste em uma peça confeccionada com flandre e madeira, em forma de “U” ou hemicilindro, aberto nas duas extremidades, forrado internamente com uma camada de asbesto e contendo em ambos os lados de sua face interna resistores de níquel-cromo, protegidos por uma placa de ardósia, a qual tem a finalidade de evitar o contato direto do paciente com os resistores, evitando sua eletrocussão. 
Quando o paciente é introduzido no seu interior, cobre-se o equipamento com um cobertor de flanela, para que haja um mínimo de perda de calor do forno para o meio externo, através das aberturas existentes em suas extremidades.
Nos fornos de Bier desprovidos de termostato, a temperatura interna, após 20 ou 30 minutos de uso, pode ultrapassar com facilidade a casa dos 150 °C, mais que suficiente para provocar sérias queimaduras no paciente.
A temperatura de tratamento dependerá de alguns fatores como: normoestesia térmica, sensibilidade do paciente ao calor e área a ser tratada. Uma faixa de aplicação confiável fica em torno de 45 a 60 °C, isto produzirá nos tecidos a elevação da temperatura em torno de 40 a 45 °C. 
Outro fato importante é o tempo de aplicação. Para que o efeito terapêutico seja atingido nos tecidos, é importante que o tempo de aplicação fique em torno de 20 a 30 minutos. Tempos inferiores podem não serem suficientes para se conseguir os objetivos de tratamento.
9 CORRENTE GALVÂNICA
É o emprego de uma corrente galvânica, direta, constante ou contínua com fins terapêuticos. O termo “contínua” significa que a intensidade de corrente é constante em valor e em direção.
Indicada para diminuição de edemas, afecções da estética, eletrólise depilatória, algias e iontoforese.
10 FES
A FES (FUNCTIONAL ELECTRICAL STIMULATION), faz parte das correntes elétricas de baixa frequência, afim de promovercontração muscular induzida. O nome FES é basicamente comercial, na verdade o termo mais correto é a Estimulação Elétrica Neuromuscular e Muscular (EENM).
Nos pacientes imobilizados a FES pode ajudar a retardar e tratar as hipotrofias por desuso, a manter ou ganhar a amplitude de movimento articular e combater as contraturas, reduzindo assim o tempo de recuperação funcional do indivíduo. Nos hemiplégicos e lesados medulares, um programa de estimulação elétrica neuromuscular diário, pode ajudar a minimizar a degeneração neuronal e muscular, contribuindo com a facilitação neuromuscular ou auxiliando no controle da espasticidade.
10.1 Parâmetros da FES
• Intensidade: será ajustada de acordo com os objetivos.
• Freqüência: variável de 5 Hz a 200 Hz
• Duração do pulso ou largura do pulso: variável de 50 useg a 400 useg.
• Tempo de subida (RISE): é o tempo de subida do pulso, variável de 1 a 10 segundos. Regula a velocidade de contração, ou seja, o tempo desde o começo até a máxima contração muscular. Tempos altos produzem uma lenta mas gradual contração, enquanto tempos pequenos produzem uma contração repentina (súbita).
• Tempo de descida (DECAY): é o tempo de descida do pulso, também de 1 a 10 segundos. Regula a velocidade com que a contração diminui, ou seja, o tempo desde a máxima contração até o relaxamento muscular. Tempos altos produzem relaxamento lento e tempos baixos produzem relaxamentos repentinos (súbito).
10.2 Dosimetria na FES
10.2.1 Fortalecimento muscular: 
	- Intensidade: varia conforme tratamentos, mas qualquer situação deverá gerar uma contração capaz de gerar movimento controlado.
	- Frequencia de repetição do pulso Rate – dentro da faixa que vai de 20 a 50Hz, permitindo contração;
	 - Ciclo On: Na faixa de 4 a 6seg e Ciclo OFF de 12 a 18 seg, mantendo relação de 1 para 3 entre o ciclo On e Off.
	- Tempo: 30min a 1h.
	- Posicionamento: próximo dos musculos a serem estimulados, usando técnica bipolar ou ponto maior. 
10.2.2 Facilitação neuromuscular: 
	- Intensidade: suficiente para iniciar e terminar movimento desejado.
	- - Frequencia de repetição do pulso Rate: de 20 a 50 Hz permitindo contração.
	- Ciclo ON/OFF: capaz de realizar movimento desejado.
	- Tempo: suficiente para que haja execução dos movimentos. Sem fadiga muscular.
	- Posicionamento: nos músculos periféricos agonistas do movimento a ser facilitado.
10.2.3 Controle da espasticidade: 
	- intensidade da corrente baixa para evitar fadiga muscular.
	- utilizar modo reciproco para que haja contração alternada entre o musculo agonista e antagonista do movimento.
	- frequência de repetição do Pulso Rate dentro de 20 a 50Hz.
	- Com o modo recíproco, o tempo On deve ser maior que tempo Off, pois o tempo On do agonista corresponde ao tempo de descanso OFF do antagonista e vice e versa.
	- tempo de aplicação não deve passar de 20min com o modo reciproco.
	- posicionamento dos eletrodos deve provocar o movimento das articulações.
10.2.4 Amplitude de movimentos e contraturas
	- Intensidade suficiente para gerar contração ampla e uniforme do musculo, movimentando a articulação em toda a extensão.
	- frequência do pulso Rate faixa de 20 a 50Hz.
	- Ciclo On 6 seg. Ciclo de Off de 12 seg, mantendo relação de 1 para 2.		- Tempo varia: para manter amplitude deve ser de 30 a 60 min, para aumentar, de 1 a 2 horas.
	- Posicionamento dos eletrodos deve ser nos agonistas ao movimento limitado. 
REFERÊNCIAS
DESCRIÇÃO DA ELETROTERAPIA. Fisiocorpus. Disponível em: http://www.fisiocorpusfisioterapia.com.br/textos/eletro.pdf. Acesso em 15 nov. de 2019
KITCHEN, Sheila. Eletroterapia: Prática baseada em evidências. 11. ed. Barueri: Manole, 2003.
RICCI, Natalia A.; DIAS, Carolina NK; DRIUSSO, Patrícia. A utilização dos recursos eletrotermofototerapêuticos no tratamento da síndrome da fibromialgia: uma revisão sistemática. Revista Brasileira de Fisioterapia, v. 14, n. 1, p. 1-9, 2010.
SÁ, Vagner Wilian Batista. Prescrevendo recursos da eletrotermofototerapia em fisioterapia. Rio de Janeiro: Universidade Castelo Branco, 2007.
PEIXOTO, Alberto Monteiro. Eletrotermofototerapia I. Apostila do curso. 2007. Disponível em: < 	 https://fisiofalformandos2013.files.wordpress.com/2010/02/eletroterapia1_completa.pdf>. Acesso em: 19 nov. de 2019.

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