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Tintas na Construção Civil

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DO NORTE
Laureate International Universities
CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO
ELISAMA MONTEIRO DE MENDONÇA
HENRIQUE DE LIMA AZEVEDO
PAULO CEZAR DE OLIVEIRA BANDEIRA 
VIVIANE KARINE NOGUEIRA DA COSTA
WELLINGTON NESTOR MACEDO DA MOTA
WEMBYSTAYNE BARRETO DE ALMEIDA
TINTAS NA CONSTRUÇÃO CIVIL
MANAUS
2016
ELISAMA MONTEIRO DE MENDONÇA
HENRIQUE DE LIMA AZEVEDO
PAULO CEZAR DE OLIVEIRA BANDEIRA 
VIVIANE KARINE NOGUEIRA DA COSTA
WELLINGTON NESTOR MACEDO DA MOTA
WEMBYSTAYNE BARRETO DE ALMEIDA
TINTAS NA CONSTRUÇÃO CIVIL
 	Trabalho de Graduação apresentado para compor nota da 3ª Avaliação de rendimento Escolar (ARE); disciplina: Tecnologia da construção: Esquadrias e acabamentos, curso de Arquitetura e Urbanismo do Centro Universitário do Norte - Uninorte. Professor(a) MSC: Anna Isabell Esteves Oliveira.
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MANAUS
2016
INTRODUÇÃO
Tinta é só um pigmento? Tecnicamente falando, tinta nada mais é que um pigmento sintetizado em laboratório com finalidades especificas e características com as quais trabalhamos a superfície dos substratos, conferindo-lhes acabamento. Assim, este trabalho tem por objetivo demonstrar tecnicamente a versatilidade deste produto, bem como seu conceito, sua aplicação, formas de preparo e constituição. 
	Antes de tudo a título de conhecimento, registra-se que a primeira fábrica de tintas no Brasil foi fundada na cidade de Blumenau em 1889 e teve seus maiores avanços no Sec. XX mais precisamente na década de 50, quando a indústria nacional foi impulsionada e desenvolvida, surgindo então as resinas sintéticas que contribuíram sensivelmente para a maior diversificação do produto. Hoje fabricam-se no Brasil, tintas destinadas a todas as aplicações com a utilização de tecnologia de ponta e altíssimo grau de competência técnica, comparada a dos maiores centros mundiais. Esses avanços colocam o mercado brasileiro de tintas, como um dos cinco maiores mercado do mundo. Ou seja, o Brasil produz tinta com excelência, tem um parque industrial moderno e competitivo. Por isso, não é difícil perceber que num mercado globalizado, existem dezenas de fabricantes de grande, médio e pequeno porte atendendo todos os públicos de forma segmentados. Só para se ter uma ideia deste mercado, no ano de 2015 a indústria de tintas produziu cerca de 1,318 bilhão de litros distribuídos entre os segmentos de: Indústria Geral 166 milhões, Repintura 60 milhões, Indústria automotiva 33 milhões e o maior consumidor, o Setor imobiliário 1.059 bilhões de litros e um Faturamento líquido anual de US$ 3,054 bilhões de dólares, ou R$ 10,174 bilhões de reais, ainda, segundo a ABRAFATI, o setor vem sofrendo uma forte retração tanto no volume produzido quanto no faturamento e no volume de exportações se comparada com 2014, apresentado nos últimos três anos resultados negativos com uma queda em torno de 5,6%. Mesmo assim, Este mercado é tão intenso e competitivo, que os grandes fabricantes, agregam valor ao seu produto, com a melhoria dos processos produtivos, com políticas de sustentabilidade, boas práticas de governança corporativa, canais de comunicação com todos os setores da sociedade e estão perfeitamente alinhados com as tendências mundiais. No site da ABRAFATI-Associação Brasileira dos Fabricantes de Tintas, é possível encontrar cartilhas informativas, boletins técnicos, manuais, fornecedores, lista de pintores, dicas de pinturas e muitas outras coisas, para que o consumidor tenha amplo conhecimento sobre o produto que está adquirindo bem como as recomendações técnicas para o produto.
	Voltando ao trabalho, conceituamos tinta como um material de acabamento com função decorativa e protetora ao garantir acabamento estético e impedir a penetração de agentes deletérios ao substrato como; água, umidade, poluição atmosférica, partículas do meio, etc. composta basicamente por quatro elementos: pigmentos, solvente, resina e aditivos, que combinados, adquirem as propriedades deste produto altamente versátil, disponível no mercado. 
É imperioso saber da importância e, considerar a natureza de cada tinta/textura, sua finalidade, a aparência, as limitações de aplicação (toxidez, inflamabilidade, odor, tempo de secagem), o modo de aplicação (por pincel, rolo, aspersão, etc.) e, também o custo, para selecionar um dos sistemas de pintura adequado. Outros fatores relevantes são: a aplicação em ambiente externo ou interno, a vida útil desejável, as propriedades físico-químicas (resistência química a ácidos, bases, detergentes, resistência ao calor, frio, radiação solar, entre outros). Portanto, para que a pintura tenha uma vida útil prolongada e com maior grau de satisfação e resultados devem ser conhecidos os aspectos gerais de uma edificação e as suas características bem como das propriedades das tintas para que seja realizada uma seleção adequada ao uso.
Diante desse exposto, o presente trabalho oferece uma visão global e detalhada das tintas, seu processo produtivo, aplicações e características do produto como forma de fornecer uma análise dos produtos disponíveis no mercado brasileiro. Assim, disponibilizamos uma fonte de conhecimento com adequado embasamento. 
TINTAS NA CONSTRUÇÃO CIVIL
CONCEITO
A tinta é uma dispersão, ou seja, mistura de várias substâncias, veículo, pigmentos, aditivos, água e/ou solventes, em que as partículas sólidas, com dimensões entre 1µm e 1nm, encontram-se distribuídas em um componente volátil (água ou solventes orgânicos). Quando aplicada sobre um substrato apropriado, converte-se em película sólida, dada a evaporação do componente volátil e/ou reação química, com a finalidade de decoração, acabamento, proteção e outras. Em outras palavras, a tinta é uma composição, normalmente líquida que, depois de aplicada sobre a superfície, passa por um processo de secagem transformando-se em filme sólido.
COMPOSIÇÃO DAS TINTAS
A composição básica das tintas é formada pela solvente, pigmentos, resina e aditivos, que funcionam da seguinte maneira:
2.1 SOLVENTES
Liquido volátil, geralmente de baixo ponto de ebulição, utilizado nas tintas e correlatos para dissolver a resina. São classificados em: solventes aditivos ou verdadeiros, latentes e inativos.
2.2 PIGMENTOS
É o material sólido finamente dividido, insolúvel no meio. Utilizados para conferir cor, opacidade, certas características de consistência e outros efeitos. 
São divididos em pigmentos coloridos (conferem cor), não-coloridos e anticorrosivos (conferem proteção aos metais). 
Há três categorias básicas de pigmentos:
2.2.1 Pigmentos Básicos
Os pigmentos básicos são aqueles que proporcionam a brancura e as cores das tintas. Estes componentes são também a principal fonte do poder de cobertura.
Dióxido de titânio (TiO2): O dióxido de titânio é o principal pigmento branco e possui as seguintes características:
Este pigmento proporciona uma melhor brancura ao dispersar a luz.
É um componente que proporciona brancura e poder de cobertura em tintas foscas e brilhantes, tanto úmidas como secas ou reumedecidas.
O uso de um extensor (ou carga) correto garante o espaçamento adequado das partículas de TiO2, e isto serve para evitar o acúmulo e a perda do poder de cobertura, especialmente em tintas foscas ou acetinadas.
As tintas para ambientes externos com TiO2 têm maior tendência à calcinação do que a maioria dos pigmentos coloridos.
Pigmento polímero esférico opaco: O pigmento polímero esférico opaco é o segundo pigmento branco mais usado. Este pigmento é usado em conjunto com o TiO2 para proporcionar dispersão e espaçamento adicionais.
 Este pigmento pode ajudar a reduzir o custo de formulação da tinta e aprimorar certos aspectos referentes à qualidade. 
2.2.2 Pigmentos Coloridos
Os pigmentos coloridos proporcionam cor pela absorção seletiva da luz.
Os principais tipos de pigmentos coloridos são:
Orgânicos: Incluem os de cores mais brilhantes, alguns dos quais são bastante duráveis nouso em ambientes externos. Temos como exemplos de pigmentos orgânicos o azul e o amarelo. 
Inorgânicos: Geralmente não são tão brilhantes quanto as cores orgânicas (muitos são descritos como cores terrosas), são os pigmentos para ambientes externos mais duráveis. Os exemplos de pigmentos inorgânicos são o óxido de ferro vermelho, o óxido de ferro marrom e o óxido de ferro amarelo.
Os pigmentos coloridos são combinados em dispersões líquidas chamadas corantes, que são adicionadas às bases de pigmentação em mixing machine (máquinas comandadas por computadores, usadas para se obter uma determinada cor) nos pontos de venda. Na fábrica, os pigmentos de cor são usados nas formas de pó seco ou líquido no preparo de tintas pré-embaladas.
2.2.3 Pigmentos Extendedores (Ou "Carga”)
Este tipo de pigmento proporciona volume a um custo relativamente pequeno, além de oferecerem um poder de cobertura muito menor do que TiO2 e interferirem em diversas características, incluindo brilho, resistência à abrasão e retenção exterior de cor, entre outras.
Algumas das cargas usadas mais frequentemente são: 
Argila: Silicatos de alumínio (também chamados de caulim ou argila da China) são usados principalmente em pinturas de ambientes internos, mas também em algumas pinturas em ambientes externos.
Calcinada (aquecida para remover a água e criar ligação entre as partículas e o ar), a argila proporciona maior poder de cobertura que a maioria das cargas em tintas porosas; quando a argila é delaminada é aumentada a resistência à manchas no caso das tintas.
Sílica e silicatos: Proporcionam excelente resistência à escovação e à abrasão. Muitos deles têm grande durabilidade em pinturas de ambientes externos. 
Sílica diatomácea: É uma forma de sílica hídrica que consiste em antigos organismos unicelulares fossilizados. É usada para controlar o brilho em tintas e vernizes. 
Carbonato de cálcio: Também chamado de giz, é um pigmento de uso geral, tem baixo custo e reduzido poder de cobertura, usado tanto em tintas para ambientes externos como para as tintas caracterizadas para ambientes internos. 
Talco: Conhecido como silicato de magnésio, é uma carga de uso geral relativamente macio usado em tintas para ambientes externos e internos. 
Óxido de zinco: É um pigmento reativo muito útil por sua resistência a mofo (bolor), como inibidor de corrosão e bloqueador de manchas. É usado principalmente em fundos e em pinturas de ambientes externos.
2.3 RESINA
É a parte não-volátil da tinta, que serve para aglomerar as partículas de pigmentos. A resina também denomina o tipo de tinta ou revestimento empregado. Assim, por exemplo, temos as tintas acrílicas, alquídicas, epoxídicas, etc. Todas levam o nome da resina básica que as compõem.
Antigamente as resinas eram à base de compostos naturais, vegetais ou animais. Hoje em dia são obtidas através da indústria química ou petroquímica por meio de reações complexas, originando polímeros que conferem às tintas propriedades de resistência e durabilidade muito superiores às antigas.
A formação do filme de tinta está relacionada com o mecanismo de reações químicas do sistema polimérico, embora outros componentes, como solventes, pigmentos e aditivos tenham influência no sentido de retardar, acelerar e até inibir essas reações.
2.4 ADITIVO
Ingrediente que adicionado às tintas, proporciona características especiais às mesmas ou melhorias nas suas propriedades. Utilizado para auxiliar nas diversas fases de fabricação e conferir características necessárias à aplicação.
Existe uma variedade enorme de aditivos usados na indústria de tintas e vernizes, a saber: secantes, anti-sedimentantes, niveladores, antipele, antiespumante, dispersantes, espessantes, etc.
Os aditivos são responsáveis pela correção e melhoria das tintas proporcionando características especiais à tinta. Os aditivos atuam na condição de produção, armazenamento, aplicação e vários outros.
Abaixo é apresentado uma lista de alguns aditivos usados na manufatura de tintas à base de água, e uma descrição de como cada aditivo afeta as propriedades das tintas:
PRINCIPAIS TIPOS DE TINTAS
Ao ter como referência o solvente, as tintas classificam-se em:
Base de água;
Base de solvente – Aromático ou alifático.
Quanto à resina, tem-se:
Base de básica: cal, cimentícios;
Base de ácidos graxos: acetato de polivinila – PVA;
Base de acrilatos: acrílicos puros ou associados;
Base de ácidos: epoxídeos, poliuretanos, alquídeos;
Quanto à nomenclatura comercial, as tintas podem ser assim classificadas:
Látex: PVA, acrílicos puros ou acrílicos associados;
Alquídeos: óleos ou esmaltes;
Vernizes: poliuretanos, copal;
Epóxi: tintas epóxi;
Especiais: borracha clorada ou lacas;
Fundos: antioxidantes, nivelantes, fixadores de absorção ou corretivos químicos e físicos.
Ao ter como objetivo as edificações, se pode considerar as seguintes superfícies:
Argamassa de cimento e ou cal e alvenaria de tijolos cerâmicos:
Principais propriedades químicas: variação volumétrica, porosidade, permeabilidade de meio propício à formação de fungos.
Madeira:
Principais propriedades: Presença de resinas higroscópicas (capacidade rápida de absorção de líquidos) porosidade, variação volumétrica, permeabilidade, meio sujeito a ataque de microrganismos e insetos.
Metais ferrosos e não ferrosos:
Ferrosos: principais propriedades: variação volumétrica, corrosão;
Não ferrosos: principais propriedades: variação volumétrica, corrosão e dificuldade de aderência de revestimentos a base de tinta.
É importante conhecer bem os produtos para se fazer uma especificação adequada. A seguir estão listados, os principais e suas aplicações:
3.1 LÁTEX PVA - (ACETATO DE POLIVINILA)
A Tinta Látex possui grande rendimento e durabilidade, proporcionando um acabamento fosco aveludado e garantindo ótimo desempenho nas repinturas. Indicada para pinturas externas e internas sobre superfícies de reboco, massa corrida, massa acrílica, texturas, gesso, madeiras, etc. Sendo as cores desenvolvidas com alta tecnologia, ficando assim, firmes e sólidas.
Figura 1: Parede com pintura Látex PVA
3.2 ACRÍLICA
A Tinta Acrílica é indicada para superfícies de alvenaria interna e externa. Possui acabamentos como semibrilho e fosco.
Com este tipo de tinta pode-se produzir texturas que são obtidas através de instrumentos específicos como rolos, vassouras, espátulas e outros, para cada tipo de acabamento especificado pelo profissional especializado, que são a ranhura, o vassourado, etc.
Figura 2: Parede com tinta acrílica semibrilho Figura 3: Parede com tinta acrílica fosca
3.3 ESMALTES / ÓLEOS
Os Esmaltes e óleos são indicados para uso externo e interno. Com acabamentos que variam do brilhante, acetinado ao fosco. 
A tinta a óleo apresenta boa elasticidade quando aplicada em ambientes externos, sujeitos à ação de raios solares, mas, está sujeita a modificações em sua aparência. Já a tinta esmalte, por apresentar boa resistência à ação de raios solares, pode ser usada tanto em ambientes internos quanto externos, sem alteração da aparência. 
Figura 4: Parede com tinta a óleo fosca Figura 5: Parede executada em MDF e 
 pintada com tinta esmalte branca
3.4 VERNIZES
O Verniz é Substância líquida constituída por resinas, solventes e aditivos, que, após aplicação, sofre um processo de cura e se converte em uma película transparente, aderente e flexível.
Os Vernizes são aplicados em ambientes externos e internos de madeira. Disponível nos acabamentos brilhante e fosco e nos padrões Mogno, Imbuia, Cedro e Cerejeira e muitas vezes podem possuir filtro solar. 
Os Vernizes com solventes alifáticos apresentam desempenho superior aos vernizes com solvente aromáticos, devido à sua maior durabilidade e resistência a agentes externos, que são os raios solares, chuvas e etc.
3.4.1 Tipos de Verniz
Verniz poliuretânico:
Produto à base de solvente, que proporciona acabamentodurável e resistente a calor e álcool. Leva de 4 a 6 horas para secar e é preciso esperar de um dia para o outro para aplicar nova demão. É encontrado em acabamento fosco e alto brilho.
Verniz acrílico:
À base de água, seca em 1 hora. Não amarela com o tempo como os vernizes à base de solvente, mas não é tão resistente, sendo necessárias várias demãos. Encontrado em acabamento acetinado, fosco, semifosco e alto brilho, todas elas nas versões transparentes ou com pigmentos.
Verniz para efeito de craquelê:
É um produto especial usado para dar acabamento de craquelê. O nome é aplicado imprecisamente a dois diferentes tipos: um é usado entre duas camadas de tinta para deixar rachada a camada superior, enquanto o outro é um sistema de verniz de duas camadas em que a camada de secagem mais rápida é aplicada sobre uma base que seca mais devagar.
Verniz em spray:
À base de solvente, é encontrado em acabamento fosco ou com brilho e nas versões adequadas para mobiliário ou retoque e proteção da pintura. É útil para decorar itens pequenos de formato complicado, mas, dispendioso para áreas grandes.
Verniz à óleo:
É o tradicional acabamento transparente para madeira, feito com óleos e resinas naturais diluídas em aguarrás.
Verniz à álcool:
É feito diluindo-se goma laca ou outra resina em álcool metilado. Seca de 15 a 30 minutos, formando uma película dura mas quebradiça, que não é a prova de água ou álcool. É difícil passá-lo com pincel, portanto é aplicado com uma boneca ou sobre a camada de base antes do esmalte, para certos efeitos de pintura. Compre apenas a quantidade necessária, porque é um produto que não se conserva bem.
Verniz alquídico:
Á base de solvente, porém mais forte do que os vernizes tradicionais à óleo. Leva de 4 a 6 horas para secar, e a segunda demão só pode ser dada depois de cerca de 12 horas. O acabamento pode ser fosco ou alto brilho, nos tipos colorido e transparente. Tipos modificados (verniz para barcos) são muito duráveis e utilizados com seladores para pisos.
Laca ou verniz de celulose:
Produto especial usado em móveis para dar um acabamento durável. É desagradável trabalhar com ele e não se encontra facilmente no mercado.
Figura 6: Aplicação de verniz em porta de madeira
3.5 FUNDOS
Os fundos uniformizam a absorção e aumentam a coesão das superfícies porosas externas e internas, como:
Reboco fraco, concreto novo, pinturas descascadas, paredes caiadas, gesso e cimento-amianto.
Fundos especiais:
Fundos aderentes:
 São indicados para promover a aderência entre o substrato e o filme de tinta a ser aplicado sobre ele. As superfícies metálicas não ferrosas são as mais indicadas para a utilização destes fundos. Cada superfície deverá ter seu fundo aderente especificado, em função da composição e tratamento da liga. Os principais fundos aderentes são: fundos para galvanizados (alquídico), metal primer (alquídico modificado), shop primer e wash primer (vinílicos).
Fundos anticorrosivos:
São utilizados para inibir a ocorrência de oxidação em superfícies metálicas. Os principais anticorrosivos são: zarcão (uretânico), primer cromato de zinco (fenólico), metal primer (alquídico modificado).
Fundos para tintas alquídicas e óleos / fundo branco:
 São utilizados para promover o isolamento e aderência do filme alquídico sobre o substrato.
Fundo para correção química:
É aplicado para equilibrar quimicamente os substratos com as tintas. Evita problemas de alcalinidade.
Fundo preservativo:
É aplicado em madeiras em geral, sendo indicado para conservação contra ataques de bactérias, fungos, cupins e traças.
3.6 TINTAS ESPECIAIS E OU DIFERENCIADAS
No uso de tintas especiais e ou diferenciadas deverão ser atendidas com veemência as especificações do fabricante. Estas tintas são indicadas para superfícies porosas conferindo-lhe uma completa repelência à água.
Pintura impermeabilizante;
Tinta de silicone;
Pintura de piso;
Tinta acrílica lisa: Indicada para uso interno ou externo como acabamento de piso em concreto ou cimentado com textura lisa.
Tinta acrílica rugosa: Indicada para uso interno ou externo como acabamento de piso em concreto ou cimentado com textura rugosa.
Tinta epóxi dispersa em água: Indicada para uso interno ou externo em áreas sujeitas a solicitações médias (cozinhas, laboratórios).
Tinta epóxi dispersa em solvente: Indicada para áreas de solicitações fortes, possuindo boa resistência à abrasão e ao ataque químico (oficinas, almoxarifados, garagens, laboratórios).
Tinta epóxi com adição de sílica: Indicada para demarcação de faixas de segurança, em ambientes internos.
Tinta poliuretano alifático alto desempenho: Indicada para uso interno ou externo, onde é requerida elevada resistência à abrasão e ao ataque químico.
Tinta para demarcação de tráfego a base de borracha clorada: Indicada para uso interno ou externo, especialmente para pintura de faixas de demarcação viária em todos os tipos de pavimentos (concreto, asfalto) possuindo alta resistência.
Tinta para demarcação de tráfego de base alquídica: Indicada para uso interno ou externo para pinturas de faixas de demarcação viária, em todos os tipos de pavimentos (concreto, asfalto) possuindo média resistência.
Pintura para metais e madeira
Algumas tintas permitem seu uso como fundo e acabamento, simultaneamente, tais como:
Tinta grafite / alquídico – Indicada para uso interno e externo em estruturas metálicas sendo aplicada diretamente sobre o metal;
Tinta betuminosa – Indicada para proteção de superfícies metálicas e madeiras contra a corrosão, possuindo grande flexibilidade;
Tinta alquídica com pigmentos anticorrosivos – Possuindo ação anticorrosiva, indicada para superfícies de aço e de ferro.
Tinta alumínica a base de óleo resinoso fenólico – Indicada para uso em estruturas metálicas proporcionando acabamento aluminizado.
Pintura para alvenarias e argamassas
Tinta epóxi base solvente: Indicada para uso interno ou externo, com alta resistência a solicitação. Apresenta calcinação baixa, ao ser exposta à raios solares.
Tinta epóxi base d’água: Indicada para uso interno ou externo com alta resistência a solicitação.
Pintura antipichação: Tinta de alto desempenho para proteção de superfícies contra pichações. É aplicada como acabamento de superfícies externas, sendo resistente às pichações.
Verniz de alto desempenho para proteção de superfícies contra pichações: É aplicado em superfícies de concreto e pedras para proteção contra pichações.
 Figura 7: Tinta epóxi aplicada em piso de Figura 8: Tinta epóxi aplicada em piso de 
 quadra Poliesportiva empresa
SISTEMAS DE PINTURAS
Considerando-se as diversas superfícies geralmente encontradas na Construção Civil, indicamos alguns esquemas de pintura já consagrados para interiores e exteriores, levando em conta aspectos como qualidade, durabilidade e economia. Aqui, quando indicarmos um sistema de pintura, estamos supondo que a superfície esteja devidamente preparada e pronta para receber pintura, livre de qualquer defeito.
4.1 PREPARAÇÃO DO SUBSTRATO
O correto preparo da superfície é de fundamental importância para se obter uma pintura de qualidade e durável. Portanto alguns cuidados devem ser rigorosamente observados. A superfície deve estar firme, coesa, limpa, seca, sem poeira, gordura, graxa, sabão ou mofo (Norma ABNT NBR 13245 de 02/95). Todas as partes soltas ou mal aderidas devem ser eliminadas através de raspagem ou escovação da superfície. As imperfeições profundas das paredes deverão ser corrigidas com reboco. As pequenas imperfeições das paredes devem ser corrigidas com massa acrílica em superfícies externas ou internas ou com massa corrida PVA em superfícies internas. Manchas de gordura ou graxa devem ser eliminadas com água e detergentes. Paredes mofadas devem ser raspadas e lavadas com uma solução de água e água sanitária (1:1) e a seguir lavada e enxaguada com água potável. No caso de repintura sobre superfícies brilhantes,o brilho deve ser eliminado com lixa fina.
Além desses cuidados, algumas outras considerações devem ser levadas em conta em relação ao substrato que será pintado.
4.1.1 Concreto E Reboco
Deve-se aguardar pelo menos 30 (trinta) dias para cura total. Pintura sobre superfícies mal curadas apresentarão problemas num curto espaço de tempo como saponificação, calcinação, eflorescência, embolhamento e descascamento.
Sobre rebocos fracos deve-se aplicar o Fundo Preparador de Paredes para aumentar a coesão das partículas da superfície, evitando problemas de mal aderência e descascamentos. Superfícies de concreto e reboco bem curados e coesos não precisam de tintas de fundo, a não ser para selagem da alcalinidade, podendo receber a tinta de acabamento. Quando estas superfícies tiverem absorções diferenciadas deverá ser aplicado o selador para uniformizar a absorção. O concreto deve estar seco, limpo, isento de pó, sujeira, óleo e agentes desmoldantes.
4.2 SELADOR OU FUNDO PREPARADOR
As paredes novas tendem a deixar resíduos na superfície, possuem alta absorção e também possuem absorção muito irregular. Com isto, além de consumir muita tinta, tendem a deixar o acabamento manchado e diminuir a fixação da tinta.
Uma demão de selador regulariza essas imperfeições, bem como a absorção da parede. Assim você deixa a parede em melhores condições para receber a tinta e consegue mais economia.
O selador gera economia de tinta no acabamento final.
 
4.2.1 Selador Pigmentado E Selador Transparente
Ambos os seladores possuem a mesma função, mas o selador pigmentado facilita o trabalho na medida em que ele já cobre parte do substrato, já que possui cargas e pigmentos.
Em caso de paredes que possuam manchas ou pintura com cores irregulares, o selador pigmentado já forma uma barreira de cor única facilitando a aplicação da tinta no final.
Já o selador transparente apenas corrige a absorção e/ou fixa pequenos resíduos soltos na parede, mas não altera a aparência do substrato.
4.2.2 Aplicação
O selador deve ser diluído até o limite recomendado na embalagem. Misture bem o material e aplique na parede com rolo de lã de carneiro em uma única demão.
Deixe secar normalmente por 1 a 4 horas, dependendo do estado da parede e posteriormente aplique a tinta na cor de sua preferência.
4.2.3 Diferença Entre O Selador E O Fundo Preparador
Na verdade, o selador tem apenas uma função: dar preenchimento a superfícies muito porosas porque ele penetra e se expande proporcionando uniformidade. Ele é indicado para reboco novo, concreto aparente, blocos de concreto e fibrocimento. A vantagem da utilização do selador é que, além de melhorar o acabamento, ele faz os produtos aplicados posteriormente como a massa, textura ou tinta renderem mais. Por exemplo, sem selador um galão de tinta Premium (3,6 litros) cobre uma área média de 35m2 por demão. Utilizando o selador, é possível pintar em média 50m² por demão. 
O fundo preparador é indicado para repintura, para paredes em gesso, paredes descascadas, paredes pintadas com cal que estão esfarelando ou ainda para dar mais firmeza ao reboco fraco. O que este produto faz é fixar bem essas partículas para que a superfície fique pronta para receber a pintura. O fundo preparador aglutina as partículas soltas, proporcionando melhor aderência da tinta. O produto pode ser indicado até mesmo antes da pintura com tinta emborrachada.
 Figura 9: Principais constituintes do sistema de pinturas
4.3 SISTEMAS DE PINTURA EM ALVENARIA 
Acabamento interno liso fosco (Superfície Reboco curado).
Procedimento: Aplicar primeiramente Massa Corrida e então aplicar duas demãos de tinta Látex ou tinta Látex Acrílico Fosco, com diluição de 20 a 30% de água.
 Figura 10: Aplicação de Figura 11: Aplicação de Figura 12: Pintura interna
 massa Corrida tinta fosca
Acabamento interno liso Acetinado ou Semi-Brilho (Superfície Reboco curado). 
Procedimento: Aplicar primeiramente Massa Corrida e uma demão de Liqui-Base ou similar, com diluição de 50 a 100% de água. Após isso aplicar duas demãos de tinta Látex Acrílico Semi-Brilho, com diluição de 20 a 30% de água.
 Figura 13: Aplicação de Figura 14: Liqui- Base Figura 15: Acabamento 
 massa Corrida Semi-brilho.
Acabamento externo liso fosco, acetinado ou semi-brilho. (Superfície Reboco curado). 
Procedimento: Aplicar primeiramente Massa Acrílica e então aplicar duas demãos de tinta Látex, tinta Látex Acrílico Fosco ou látex Acrílico Semi-Brilho, com diluição de 20 a 30% de água.
 Figura 16: Aplicação de massa acrílica Figura 17: Acabamento externo: fosco, 
 acetinado, Semi-brilho.
Acabamento interno convencional (Superfície Reboco curado) – Massa Fina.
Procedimento: Aplicar primeiramente uma demão de Liqui-Base, com diluição de 50 a 100% de água. Aplicar duas demãos de tinta Látex ou tinta Látex Acrílico, com diluição de 20 a 30% de água. 
 Figura 18: Demão de Liqui-Base. Figura 19: tinta Látex.
Acabamento externo convencional (Superfície Reboco curado) – Massa Fina.
Procedimento: Aplicar primeiramente uma demão de produto Selador Acrílico ou similar, com diluição de 10% de água e então aplicar duas demãos de tinta Látex ou tinta Látex Acrílico, com diluição de 20 a 30% de água.
 Figura 20: Selador Acrílico. Figura 21: tinta Látex. 
Acabamento externo e interno acrílico de alto padrão (Superfície Reboco).
Procedimento: Aplicar Massa Acrílica e então duas a três demãos de tinta de alto padrão com base acrílica, diluído de 20 a 30% em água. Esperar secagem total entre as respectivas demãos.
 Figura 22: Massa Acrílica. Figura 23: Tinta acrílica.
Acabamento texturizado interno e externo (Superfície Reboco e blocos de concreto). 
Procedimento: Primeiramente aplicar uma demão de produto Selador Acrílico ou similar com 10% de água, utilizando rolo de lã. Aplicar uma demão de Selacril Textura Acrílica ou similar com até 10% de água, utilizando rolo específico para texturização com posterior aplicação de duas demãos de tinta Látex ou tinta Látex Acrílico, com diluição de 20 a 30% de água.
Figura 24: Selador Acrílico Figura 25: Textura Acrílica Figura 26: Tinta Látex
Acabamento texturizado hidrorrepelente externo e interno (Superfície Reboco e blocos de concreto).
Procedimento: Aplicar produto Texturado Acrílico ou similar com 30 a 50% de água como selador, utilizando rolo de lã e posterior aplicação de uma demão de produto Texturado Acrílico ou similar com até 10% de água, utilizando rolo específico para texturização.
 Figura 27: Selador Acrílico Figura 28: Texturado Acrílico
Acabamento em telha de fibrocimento externo e interno (Superfície Fibrocimento).
Procedimento: Aplicar uma demão de Fundo Preparador para Paredes, diluído com Aguarrás, na proporção 1:1. Aplicar posteriormente duas demãos de tinta Látex Acrílico, com diluição de 20 a 30% de água.
 Figura 29: Acabamento em telha de fibrocimento
Acabamento em barra lisa de cimento, externa e interna.
Procedimento: Aplicar produto Texturado Acrílico ou similar como selador com 30 a 50% de água, utilizando rolo de lã. Aplicar duas demãos de produto Acrílico Semi- Brilho ou similar com diluição de 10 a 20% com água.
 Figura 30: Selador acrílico Figura 31: Acrílico Semi- Brilho
Acabamento em superfície cimentado (Superfície Cimentada).
Procedimento: Aplicar uma demão de Fundo Preparador para Paredes, diluído com Aguarrás na proporção1:1. Aplicar posteriormente duas demãos de produto para piso, com diluição de 10 a 25% com água.
 Figura 32: Fundo Preparador Figura 33: Tinta para piso
Acabamento brilhante para alvenarias aparentes (Superfície de Concreto e tijolo).
Procedimento: Aplicar uma demão de Verniz Acrílico, diluído com 30 a 50% de água e posterior aplicação de duas demãos de Resina Acrílica, sem diluição.
Figura 34: Resina Acrílica.
Acabamento natural para alvenarias aparentes (Superfície de Concreto e tijolo).
Procedimento: Aplicar uma demão carregada de produto a base de Silicone, até saturar a superfície.
 
 
 Figura 35: Produto a base de Silicone
5. PATOLOGIAS DECORRENTES DO USO DAS TINTAS
5.1 ADESÃO DE DUAS SUPERFÍCIES
Adesão de duas superfícies quando pressionadas umas sobre as outras. Exemplo: a porta gruda no batente.
Possíveis Causas:
• Não aguardar portas e janelas secarem totalmente antes de fechá-las.
• Uso de tintas alto ou semibrilho de baixa qualidade.
Soluções:
• Usar tintas alto ou semibrilho acrílicas de alta qualidade. As tintas de qualidade inferior possuem pouca resistência ao problema, principalmente sob condições de calor e vapor. As tintas acrílicas são mais resistentes à esse problema que as tintas vinílica, base óleo ou alquídica. Esta última, desenvolve sua resistência à adesão com o passar do tempo.
• Siga sempre o tempo de secagem recomendado pelo fabricante.
• A aplicação de talco pode atenuar o problema
Figura 36: Patologia decorrente da adesão de duas superfícies
5.2 BAIXA RESISTÊNCIA À ALCALINIDADE
Perda de cor e deterioração do filme se aplicado sobre alvenaria recém-construída.
Possíveis Causas:
• Tinta base óleo ou vinil acrílico aplicada sobre alvenaria recém-construída, que não tenha sido curada por um ano. Construções novas, geralmente contém cal que é muito alcalino.
• A alcalinidade da construção permanece tão alta a ponto de afetar a integridade do filme formado sobre a superfície.
Soluções:
• O ideal é deixar a superfície sem pintura por até um ano, para que o concreto seque bem. Se não for possível, espere pelo menos 30 dias. Antes iniciar a pintura, aplique sobre o substrato um selador resistente à alcalinidade.
• Prefira tintas 100% acrílicas, porque são mais resistentes a esse problema.
Figura 37: Parede 1 com a correta aplicação da tinta, 
e parede 2 com a presença da patologia
5.3 BAIXA RESISTÊNCIA ÀS MANCHAS
A tinta não apresenta resistência contra ao acúmulo de sujeiras e manchas.
Possíveis Causas:
• Uso de tinta de baixa qualidade que seja muito porosa.
• Aplicação de tinta em uma superfície que não tenha sido selada.
Soluções:
• Tintas base água de alta qualidade contêm mais emulsão, ingrediente que ajuda a evitar com que as manchas penetrem na superfície pintada. Com isso, a sujeira pode ser removida com facilidade.
• Superfícies novas, que tenham sido seladas, proporcionam formação do filme em uma espessura correta, oferecendo fácil remoção de manchas.
 Figura 38: Parede com a presença de manchas
5.4 BOLHAS
Esse problema, geralmente é resultante de perda localizada de adesão e levantamento do filme da superfície.
Possíveis Causas:
• Aplicação de tinta base óleo ou alquídica sobre uma superfície úmida ou molhada.
• Umidade infiltrando através de paredes externas (menos provável com tintas base água).
• Superfície pintada exposta à umidade, logo após a secagem, principalmente se houve inadequada preparação da superfície.
Soluções:
• Se nem todas as bolhas baixaram remova-as, raspando e lixando as regiões comprometidas e repinte com tinta acrílica, indicada para interiores.
• Se todas as bolhas baixaram elimine a fonte de umidade, raspe e lixe o local e aplique um selador antes de aplicar a tinta.
• Considere a possibilidade de instalar, um exaustor no ambiente.
Figura 39: Bolhas por presença de Figura 40: Bolhas causadas por resíduo
 umidade na parede de massa de regularização
 
5.4 BOLOR
Esse problema é caracterizado pela existência de manchas ou pontos pretos, acinzentados ou amarronzados sobre a superfície.
Possíveis Causas:
• Aparece, geralmente, em áreas úmidas ou que recebem pouca ou nenhuma luz do sol, como banheiros, cozinhas ou lavanderias.
• Uso de uma tinta alquídica ou base óleo, ou de uma tinta base água de baixa qualidade.
• Inadequada selagem de uma superfície de madeira, antes da aplicação da tinta.
• Pintura sobre substrato ou camada de tinta na qual o bolor não tenha sido removido.
Soluções:
• Certifique-se de que o problema seja mesmo bolor, fazendo o seguinte teste: Pingue algumas gotas de alvejante doméstico sobre as manchas, se elas clarearem certamente trata- se de bolor. Em seguida, remova todo o bolor do local com a seguinte solução: 1 parte de alvejante para 3 de água, protegendo mãos e olhos.
• Pinte a superfície com uma tinta base água de alta qualidade e quando houver necessidade de limpeza, faça-a com alvejante /detergente.
• A instalação de um exaustor em locais de intensa umidade é uma boa opção.
Figura 41: Parede com presença de bolor
5.6 CALCINAÇÃO
Formação de finas partículas, semelhantes a um pó esbranquiçado, sobre a superfície pintada exposta ao tempo, causando o desbotamento da cor. Ainda que algum desbotamento seja normal, devido ao desgaste natural, em excesso pode causar extrema calcinação.
Possíveis Causas:
• Uso de uma tinta de baixa qualidade, que contenha alta concentração de pigmentação.
• Uso externo de uma tinta indicada para superfícies internas.
Soluções:
• Remova a tinta, usando uma escova de aço, todo e qualquer vestígio de calcinação, enxaguando bem com uma mangueira ou com jatos d’água. Verifique se ainda há presença de vestígios, passando a mão sobre a superficie já seca.
• Caso o problema persista, aplique um selador base óleo ou látex acrílico e repinte com uma tinta de alta qualidade, indicada para superfícies externas.
• Se a superfície estiver isenta ou apresentar mínimo sinal de calcinação e a tinta antiga estiver em boas condições não é necessário utilizar um selador.
5.7 CRATERAS/ESPUMAÇÃO
Crateras surgem do rompimento de bolhas causadas pela espumação.
Possíveis Causas:
• Agitação da lata de tinta parcialmente cheia.
• Uso de uma tinta de baixa qualidade, ou, muito velha.
• Aplicação muito rápida da tinta, especialmente com rolo.
• Uso de rolo com comprimento de pelo não adequado.
• Passar muitas vezes o rolo ou o pincel sobre o mesmo lugar.
• Aplicação de tinta alto ou semibrilho sobre uma superfície porosa.
Soluções:
• Todas as tintas espumam durante a aplicação, entretanto, tintas de alta qualidade são formuladas para que as bolhas se rompam enquanto a tinta ainda esteja úmida, proporcionando perfeito fluxo e aparência.
• Evite passar o rolo ou o pincel várias vezes sobre um mesmo local.
• Evite usar uma tinta que tenha sido fabricada há mais de um ano.
• Ao pintar uma superfície com tintas alto ou semibrilho, use sempre um rolo de pelo curto.
• Antes de pintar uma superfície porosa, aplique um selador. 
 • Prepare adequadamente a superfície antes de aplicar a tinta.
 Figura 42: Parede com a presença de crateras
5.8 DESCAMAMENTO
Ruptura na pintura causada pelo desgaste natural do tempo, levando ao total comprometimento da superfície. No estado inicial o problema se apresenta como uma fina fissura e em seguida, num estágio mais avançado, começam a ocorrer as descamações da tinta.
Possíveis Causas:
• Uso de tinta de baixa qualidade, que oferece pouca adesão e flexibilidade.
• Diluição exagerada da tinta.
• Inadequada preparação da superfície, ou aplicação de tinta sobre madeira bruta sem selador.
• Excessiva fragilização de tinta alquídica envelhecida.
Soluções:
• Remova todos os fragmentos de tinta com uma raspadeira ou escova de aço e lixe a superfície. Se as rupturas ocorreremtambém nas camadas mais profundas, o uso de uma massa corrida pode ser necessário. Em superfícies de madeira bruta use selador antes da repintura.
Figura 43: Descamamento da superfície
5.9 EFLORESCÊNCIA/MANCHAS
Aspereza e depósito de sais brancos que provocam manchas na superfície.
Possíveis Causas:
• Falta de uma adequada preparação da superfície, como total remoção de sinais de eflorescência anteriores.
• Excesso de umidade passando para a superfície.
• Eflorescências também pode ser decorrente do vapor, principalmente em cozinhas, banheiros e áreas de serviço.
Soluções:
• Se a causa do problema for umidade, elimine- a totalmente. Vede quaisquer fissuras na superfície com um selante acrílico base d´água ou um acrílico siliconizado.
• Seja a causa umidade ou vapor, remova as manchas com uma escova de aço ou com auxílio de uma lavadora de alta pressão e enxágue bem. Aplique um selador para alvenaria base d´água ou solvente de alta qualidade e, só então aplique a tinta.
• Uma boa opção para evitar que o problema ocorra em áreas suscetíveis a vapor é a instalação de ventiladores ou exaustores.
Figura 44: Parede com a presença eflorescência/manchas
5.10 ENRUGAMENTO
Formação de rugas e ondulações sobre a superfície ocorrem quando a tinta ainda está úmida.
Possíveis Causas:
• A tinta é aplicada em uma camada muito espessa (mais provável com uso de tintas alquídicas ou base óleo).
• Pintura realizada sob condições extremas de calor ou frio. Isso faz com que a camada mais externa do filme seque mais rápido, enquanto que a camada de baixo ainda permaneça úmida.
• Expor uma superfície, que não esteja totalmente seca, à muita umidade.
• Aplicação de uma camada de tinta, sem que, o selador esteja totalmente seco.
• Pintura sobre superfície suja ou engordurada.
Soluções:
• Raspe ou lixe a superfície para remover a camada enrugada. Antes de aplicar um selador, certifique-se de que a superfície esteja totalmente seca. Repinte o local, evitando fazê-lo sob condições extremas de temperatura e umidade.
• Utilize uma tinta para Interior de alta qualidade.
Figura 45: Parede com enrugamento Figura 46: Parede com enrugamento
5.11 PELE DE JACARÉ
A superfície da tinta apresenta uma série de pequenas rachaduras, semelhantes à pele de um jacaré.
Possíveis Causas:
• Aplicação de uma demão de tinta que apresenta formação de filme extremamente duro ou rígido, como esmalte alquídico, sobre uma camada mais flexível, como a de um selador base água.
• Aplicação de outra camada de tinta, sem que a inferior esteja totalmente seca.
• Influência de agentes externos, como oscilação de temperatura e constantes movimentos de expansão e retração sofridos pelo substrato comprometem a elasticidade do filme, principalmente se a tinta existente for base óleo.
Soluções:
• Remova toda tinta velha existente na superfície rapando-a e lixando-a.
• Antes de aplicar a tinta, prepare a superfície com um selador base óleo ou água de alta qualidade.
Figura 47: Parede com a patologia pele de jacaré
SUSTENTABILIDADE
QUALIDADE E SUSTENTABILIDADE: ESSENCIAIS PARA AS TINTAS DO FUTURO
A indústria de tintas no Brasil vem evoluindo constantemente, preparando-se para atender às necessidades do mercado. Os permanentes investimentos em pesquisa e desenvolvimento permitem que o setor acompanhe as principais tendências globais e apresente constantemente novidades, oferecendo produtos de qualidade superior e ambientalmente corretos.
São fabricadas hoje no país tintas destinadas às mais variadas aplicações, com tecnologia de ponta e grau de competência técnica comparável à dos mais avançados centros mundiais de produção. Merece destaque o crescente empenho dos fabricantes na criação de tintas com características ou atributos diferenciados, entre as quais aquelas para ambientes e utilizações específicas (para pisos, telhas, azulejos, gesso, tetos, decks de piscinas e outras). 
Devem ser mencionadas também as chamadas tintas inteligentes, que reagem a diferentes situações e estímulos. A tinta é feita de nanotubos de carbono alinhados, de forma que eles sejam capazes de carregar corrente elétrica, enquanto outro produto é misturado para dar características de tinta ao composto. O monitoramento então é bastante simplificado, bastando checar a condutividade do material. Caso haja alguma alteração, isso indicaria falhas na estrutura.
Figura 48: Pesquisadores da Universidade de Strathclyde, na
 Escócia, trabalhando em uma tinta inteligente.
Essa situação permite que o setor atenda às crescentes exigências em relação à qualidade e confiabilidade dos produtos, fruto do amadurecimento gradual da sociedade e do consumidor brasileiro. Como acontece com empresas de diferentes setores, os fabricantes brasileiros de tintas vêm incorporando métodos modernos e padrões científicos de avaliação aos seus produtos e processos. Esse movimento se acentuou a partir da criação, há 10 anos, do Programa Setorial da Qualidade – Tintas Imobiliárias, no âmbito do PBQP-H (Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade do Habitat), do Ministério das Cidades. 
No ano passado, foi dado mais um importante passo nessa direção, com a criação do Comitê Brasileiro de Tintas na ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). Sob a liderança da ABRAFATI, farão parte desse comitê, conhecido como CB-164, os principais especialistas da cadeia de tintas, das instituições de pesquisa e dos órgãos técnicos. Ali estará concentrada toda a atividade de normalização de tintas, vernizes e produtos correlatos, exceto tintas gráficas.
Como resultado, o mercado alcançará um patamar ainda mais elevado de qualidade, trazendo benefícios a todos os segmentos usuários, como as empresas que se dedicam à instalação, manutenção e tratamento de pisos e revestimentos, que podem ter segurança em relação aos produtos que adquirem.
Mais recentemente, a sustentabilidade entrou no radar da sociedade, somando se às exigências em relação à qualidade e à confiabilidade. Com a conscientização em relação ao aquecimento global, a busca de soluções sustentáveis passou a fazer parte da agenda de todos os setores. No caso da indústria de tintas, além de oferecer produtos com o mínimo de impacto ambiental, estão sendo adotadas práticas como a utilização racional de água e energia, o desenvolvimento de novas matérias-primas oriundas de fontes renováveis, a eliminação de desperdícios, o gerenciamento adequado de resíduos e embalagens. 
As transformações que vivenciaremos no rumo da sustentabilidade representam desafios, ao mesmo tempo em que abrem imensas oportunidades, da mesma forma que já ocorre com o atendimento das demandas relacionadas à qualidade, confiabilidade e inovação tecnológica. 
Somam-se a essas oportunidades, as perspectivas muito favoráveis para o crescimento brasileiro. Basta pensar nos eventos de grandes dimensões que o País sediará nos próximos anos, na continuidade dos programas de construção habitacional e nos imensos investimentos em infraestrutura – cujas necessidades foram estimadas em mais de R$ 2 trilhões até 2022.
Para que se concretizem, a cadeia produtiva de tintas e a de pisos e revestimentos de alto desempenho precisam estar atentas ao que ocorre à nossa volta e aos sinais emitidos pela sociedade. Só assim conseguiremos nos antecipar às futuras demandas, por parte de consumidores, de usuários industriais e comerciais, e às exigências da legislação e regulação, com ambos os setores se beneficiando do crescimento econômico sustentável.
SUSTENTABILIDADE – “TINTA SUSTENTÁVEL’’
A indústria de tintas e vernizes imobiliários está associada a produtos tóxicos, porém com a preocupação de alguns pesquisadores em desenvolver produtos sustentáveis para a construção civil, este conceito tem sido substituído por produtos ecologicamente corretos. A tinta látex à base de água é mais sustentável por exemplo.
Figura 49: Tinta látex a base de água aplicada sobre a superfície
Hoje, uma das grandes preocupações em relação às tintas fabricadasno mercado brasileiro é a presença dos Compostos Orgânicos Voláteis nas suas fórmulas. Mais conhecido como COV´s, esses componentes poluem a atmosfera e também o ar dos ambientes internos.
Para a saúde, os COV´s podem trazer irritação aos olhos, à garganta e dores de cabeça. Mas há quem afirme que até danos nos rins, fígado e no sistema nervoso central podem ser gerados pelos compostos, presentes principalmente em tintas diluídas em solventes.
Tintas óleos à base de solvente chegam à quantia de COVs maior do que 400 g/L em sua fórmula, enquanto uma tinta látex diluída em água tem, em torno, de 1,80 g/L. Porém, o objetivo dos integrantes da Associação Brasileira dos Fabricantes de Tintas (Abrafati) é diminuir os níveis desses compostos em todos os baldes de tintas.
Apesar de não haver no Brasil regras e certificações que garantam critérios de sustentabilidade nos produtos, a escolha do consumidor por tintas menos agressivas ao meio ambiente e à saúde podem pressionar as empresas a retirarem componentes, como os COVs, dos produtos.
O chumbo serve de exemplo. Após a restrição aprovada na lei federal nº 11.762, para reduzir o uso do componente a menos de 0,06% no peso do produto, todas as grandes marcas do segmento no país retiraram o ingrediente de suas tintas.
Além de menos nocivas, as tintas látex são removidas facilmente com água. Também são ideais para acabamentos internos, uma vez que só um pano úmido é necessário para manter a parede limpa. A secagem rápida e o odor quase inexistente são outras características atrativas desse produto.
O mais importante componente das tintas convencionais é o aglomerante, que pode ser resina (nas lascas), óleo secativo (tinta e óleo) e polímeros (tinta a emulsão). O envelhecimento das tintas é impedido pela presença dos aglomerantes e do pigmento que é um material pulverizado com a função de dar com as tintas. As tintas possuem certas características que as classificam como tintas de qualidade, tais como: viscosidade, poder de cobertura, brilho, cor, fineza, peso específico e teor de não voláteis. O teor de não voláteis é a concentração de resinas e pigmentos após a evaporação dos solventes.
O grande interesse dos pesquisadores em produzir uma tinta ecológica era justamente manter todas estas qualidades, porém substituindo as matérias-primas obtidas de fontes não renováveis por solventes orgânicos compostos a base de água, a fim de não agredirem o meio ambiente.
Atualmente, no mercado mundial da construção civil existem algumas indústrias que produzem tintas, vernizes e argamassas sem nenhuma substância de síntese química derivada do petróleo. Essas indústrias reformularam as composições dessas tintas substituindo as matérias-primas convencionais pelas provenientes da agricultura, como o leite, ovos, laranjas, cera de abelhas, própolis, óleos vegetais, amido, resinas ou terras vegetais naturais.
A opção saudável e sustentável para o revestimento de paredes texturizadas, é a utilização de tinta mineral natural a base de terra e emulsão aquosa. A principal característica da tinta mineral natural é que são a base de água e não impermeabilizam a parede, o que permite as paredes respirarem e manterem o controle de umidade nas construções.
Os pontos favoráveis na utilização desse tipo de tinta mineral é que proporcionam um ambiente mais saudável, livre de eliminação de gases organoclorados, elimina fungos e mofo. É um material com alta resistência ao fogo, fácil lavagem, não desbota, a pigmentação é natural e a repintura é feita a cada 6 ou 10 anos.
Economicamente o custo de produção da tinta ecológica é superior as das tintas convencionais, porém o impacto destes produtos na natureza é substancialmente menor.
PROJETO INOVADOR
Reutilizar resíduos e desenvolver produtos comercialmente viáveis. Foram estes princípios que nortearam a fundação da GED Inovação Engenharia e Tecnologia pelo engenheiro Gabriel Estevam Domingos. Pesquisador premiado na área de sustentabilidade, o jovem de apenas 26 anos criou a empresa em 2011, com a missão de colocar em prática os projetos que lhe geraram reconhecimento nacional e internacional. 
 Figura 50: Engenheiro Gabriel Estevam Domingos, criador da EcoTinta,
 pela Fundação da GED Inovação Engenharia e Tecnologia.
Entre os produtos desenvolvidos pela companhia está a ecotinta, uma tinta acrílica feita a partir de um resíduo gerado pelas indústrias de fertilizantes, o fosfogesso. O Brasil produz cerca de 4,5 milhões de toneladas do composto por ano, sendo que grande parte dele é depositado no meio ambiente sem qualquer tratamento, o que pode ocasionar contaminações no ar, no solo e nas águas subterrâneas. O problema do descarte não é apenas brasileiro. “A produção de fosfogesso é um problema mundial. O Japão, por exemplo, despeja o resíduo no mar. Na Holanda, o governo até suspendeu a produção de fertilizantes, porque não existem mais áreas para estocagem de fosfogesso”, explica Domingos.
Dessa forma, com a abundância do resíduo, o pesquisador resolveu investir na produção das tintas utilizando o fosfogesso como matéria-prima. A inspiração para a criação do produto veio da própria cidade onde mora, Cubatão, município do Estado de São Paulo, onde estão localizadas as principais fábricas que geram o material. Na 4ª edição do Prêmio Fecomercio de Sustentabilidade, o projeto é finalista na categoria Microempresa.
Além do benefício ecológico, a ecotinta possui um caráter econômico. Estudos da GED Inovação mostram que a matéria-prima necessária para a produção de 18 litros da tinta sustentável custa R$ 31,34, já considerando uma margem de lucro de 40%, enquanto que a mesma quantidade de uma tinta convencional chega a ser comercializada por R$ 184. Apesar destas características positivas, a produção da tinta enfrenta algumas dificuldades para entrar no mercado, já que precisa de certificação. O maior empecilho para comercializar são os processos demorados e burocráticos que estamos passando junto a órgãos regulamentadores que certificam a qualidade e a segurança do produto.
CITAÇÃO A TRECHOS DA PALESTRA
PALESTRA DE TINTAS CORAL
Apresentada por Gustavo Azevedo a palestra teve como intuito apresentar o portfólio da empresa Coral - uma das marcas do grupo Akzonobel, o maior fabricante de tintas, além de líder em sustentabilidade – bem como as novidades bem como as novas tecnologias da empresa.
Foi apresentado a turma algumas linhas de tintas, tais como:
Linha de tintas Acrílico Total Premium + - Uma tinta com desempenho até 30% as exigências da ABNT para que uma tinta seja considerada premium.
Linha Decora – Um produto com alta cobertura, acabamento perfeito e sem cheiro; com sete estilos de decoração, através de uma coleção de 140 cores exclusivas e diversas opções de combinações. A linha conta com estilos: Romântico, Moderno, Minimalista, Clássico, Retrô, Rústico e Étnico.
Linha Rende muito – Uma linha indicada para ambientes e externos internos, com alta consistência, excelente cobertura, rendendo até 30% mais que as tintas econômicas. 
Também foi apresentado o aplicativo Coral Visualizer, um aplicativo onde é possível simular a pintura dos ambientes, fazer o reconhecimento das cores e conhecer toda a linha de produtos da Coral, além de localizar a loja mais próxima. O aplicativo possibilita uma “brincadeira” com o acervo de cores disponibilizadas pela coral, e o cliente pode testar e escolher as cores que mais agradam.
7.2 PALESTRA DE TINTAS SUVINIL
Apresentada por Fábio Madruga a palestra teve como intuito apresentar o portfólio da empresa Suvinil, tipos de tintas e vernizes, suas aplicações e tipos de patologias que podem surgir nas superfícies.
Tintas - Foram apresentados os principais tipos de tintas no mercado feitas pela Suvinil, tais como acrílica, látex (PVA), epóxi, esmaltes sintéticos e de origem vegetal, laváveis (acetinado). Também, tintas que possuem aguarrás (o mesmo feito pela Suvinil) como solvente que dispensam o uso de tiner ou outros solventes odoros. 
Quantoaos esmaltes sintéticos também foram apresentados os que usam água como solvente.
Foram feitas ressalvas quanto ao uso de tintas oleaginosas, as quais podem ter certa dificuldade para sua remoção, principalmente as que possuem solventes como base, pois estes podem danificar a superfície.
Quanto a indicação do uso de tintas e suas respectivas áreas foram frisados alguns tipos de tintas mais comuns como:
 Laváveis, que podem ser usadas para áreas internas e externas (acetinado, por exemplo);
 Acrílicas, que devem ser utilizadas para áreas internas e com pouca exposição à umidade; 
Epóxi, que são tintas destinadas às áreas internas e externas, principalmente para pisos; 
Vernizes, que são destinadas à acabamentos de superfícies e servem para proteger as mesmas de fatores externos; 
Seladores, que servem para dar o acabamento “boneca” em determinadas superfícies, as quais não podem ficar expostas à umidade;
Patologias problemas básicos que podem ocorrer com as tintas, tais como: eflorescência, saponificação, descascamento em alvenaria, bolhas, enrugamento, extração de solúvel (manchas de escorrimento de pingos), desagregamento, etc.
CONCLUSÃO 
	Então, respondendo ao questionamento formulado na introdução do trabalho: Tinta é só um pigmento? Como o objetivo do trabalho era fazer uma pesquisa com embasamento técnico, nada foi abordado sobre a subjetividade deste produto, para o qual faremos uma breve análise sobre o que está por trás da escolha da tinta mais adequada. Como vimos, para uma correta escolha da tinta ou textura, precisamos avaliar o tipo de superfície que desejamos trabalhar, o substrato, a aparência, etc. para só assim definirmos o produto mais adequado. No entanto, muitas outras variáveis devem ser levadas em consideração, como por exemplo, a harmonia das cores, os contrastes e intensidades, as sensações que queremos transmitir, o conforto, o equilíbrio dos tons e de que forma este ambiente se comunica com o meio externo. Segundo Thais Pacievitch, Professora do Curso de Pedagogia da PUCPR, “os psicólogos demonstram que todas as pessoas possuem uma escala de cores própria e que neles é possível expressar seu humor, seu temperamento, sua imaginação e seus sentimentos. Também está demonstrado que por sua vez o homem é influenciado pelas cores. É interessante ressaltar que por muito importante que sejam as relações entre as cores e as sensações, resultam totalmente personais e subjetivas.” Percebam, que não se trata apenas da tinta como pigmento, estamos falando agora de cores e de que forma elas nos afetam, dos efeitos que conseguimos dar, das nuances, das variações de tonalidade, de sensações e sentimentos. Vocês conseguem, por exemplo, imaginar o quarto de um hospital pintado totalmente de vermelho? Que tipo de sensação esta cor poderia despertar num paciente? De acordo com estudos, vermelho é a cor da energia, violência e paixão, é a cor da guerra, do sangue, da conquista. Significa parada, proibição, não poder tocar. O vermelho é, ao mesmo tempo, a cor da realeza, do comunismo, do amor e do inferno, é uma cor quente, que não transmite a tranquilidade necessária ao nosso hipotético quarto de hospital, que deveria ter uma cor em tons pastéis, mais voltado para os verdes que representa a cor da vida e da saúde, assim como verdes são as hortaliças e verduras. É a cor da primavera, do desabrochar das flores, a estação da fertilidade. Verde: umidade, frescor, bosque, planície e natureza. Verde: adolescência, bem-estar, paz, abundância, juventude, equilíbrio.
 
O verde é, também, jogo, em que se defrontam destino, esperança e fortuna. É a cor da permissão, da liberdade, da autorização, em oposição ao vermelho da proibição.
Vejam que também os aspectos subjetivos devem ser levados em consideração na hora de definirmos qual a melhor cobertura devemos dar ao nosso partido arquitetônico, para que tudo fique em equilíbrio e harmonia com o contexto no qual ele será inserido. Não é simplesmente a cor pela cor, agora ela também é uma forma de comunicação, da mesma forma que nossos ancestrais se valiam de processos rudimentares para expressar seus conhecimentos acerca do mundo com suas pinturas rupestres, também os grandes pintores renascentistas, não pigmentavam telas, eles representavam seus sentimentos com pinceladas de tintas carregadas de emoção e representatividade de cor, movimento e jogos de luz e sombra. Os processos evoluíram, passando por todas as civilizações antigas, até os dias atuais. Por isso a tinta não é tão somente um pigmento, ela tem a capacidade de realizar aquilo para a qual foi produzida, com todos os aspectos técnicos, mas principalmente, tem a finalidade de trazer cor a tudo que os rodeia, conferindo sensações e sentimentos. 
Assim, concluímos o nosso trabalho, chamando a atenção para este assunto, que deve fazer parte do dia-a-dia do arquiteto, seja levado em consideração na hora da elaboração dos projetos, equilibrando as cores entre si de forma harmoniosa, pois só assim poderemos potencializar os resultados dos projetos em consonância com o que se deseja representar.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 MANUAL BÁSICO SOBRE TINTAS - Elaborado por Paulo Antônio Donadio em colaboração com a associação brasileira dos fabricantes de tintas (ABRAFATI)
MONOGRAFIA – Universidade Federal de Minas Gerais - Escola de Engenharia - Departamento de Engenharia de Materiais e Construção - Curso de Especialização em Construção Civil: “O USO DAS TINTAS NA CONSTRUÇÃO CIVIL” - Autor: Adriana de Andrade Freire.
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IZABEL CRISTINA BARBOSA ANGHINETTI; TINTAS, SUAS PROPRIEDADES E APLICAÇÕES IMOBILIÁRIAS, Ênfase: Diversidade de Tintas e adequação de seu uso na Construção Civil. Curso de Especialização em Construção Civil da Universidade de Engenharia (UFMG), 2012 (MONOGRAFIA).
<http://pos.demc.ufmg.br> Acessado em 7 de junho de 2016
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