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O novo CPC e os recursos

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jusbrasil.com.br
23 de Abril de 2017
O novo CPC e os recursos
A maioria dos cidadãos percebe que o judiciário é muito moroso, o que leva este
órgão ao desprestígio e a insatisfação de toda a nação. Todas as pessoas clamam
por uma justiça que seja mais célere e eficaz, uma vez que com a demora na
prestação jurisdicional nem sempre a justiça é feita, pois chega tarde demais.
O resgate ao prestígio do judiciário, bem como a modernização e atendimento as
demandas com mais eficiência são os principais objetivos do novo Código de
Processo Civil.
Para aqueles que defendem a produção de um novo Código o seu principal
argumento é realmente a morosidade da justiça brasileira, acreditam que o atual
diploma legislativo não é capaz de atender as necessidades da comunidade com
eficiência, pois não atendem ou resolvem os conflitos em um tempo adequado.
Outro ponto é que o atual sistema é recheado de formalismos e recursos,
necessitando de uma grande reforma para o atendimento a promessa
constitucional de uma justiça célere e eficaz.
Para o presente trabalho, a análise dos recursos e suas principais mudanças, é de
se destacar que o atual sistema recursal é visto pela grande maioria dos juristas
como sendo extremamente complexo, o que causa ao processo como um todo uma
grande morosidade até o seu fim.
O maior objetivo do novo Código de Processo Civil, senão o maior desafio é de
conferir maior celeridade e efetividade a prestação jurisdicional. Assim, o novo
Código pretende enxugar o excesso de formalidade e casuísmo conferido ao atual
código. Neste sentido, abrirá espaço para a conciliação e um número menor de
recursos ou meios impugnativos.
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O novo Código de Processo Civil deve buscar a maior celeridade no processo,
porém não poderá buscar isso a todo o custo, sob pena de se suprimir princípios e
garantias constitucionais. Pois se de um lado há o clamor por uma maior
celeridade processual, por outro há o aspecto da segurança jurídica e da prestação
jurisdicional com eficiência.
O presente trabalho tem como principal objetivo fazer uma análise acerca dos
recursos existentes no atual sistema processual em comparação com o possível
novo Código de Processo Civil, uma vez que ainda é possível alguma mudança, pelo
fato de que apenas a primeira parte tenha sido aprovada.
Os recursos cabíveis no atual código estão disciplinados no artigo 496 sendo:
Apelação, Agravo, Embargos Infringentes, Embargos de Declaração, Recurso
Ordinário, Recurso Especial, Recurso Extraordinário e Embargos de Divergência
em Recurso Especial e Extraordinário.
Passa­se a análise das mudanças:
a) Apelação
Apelação do atual Código é cabível contra sentença, encontra cabimento no art.
513, prazo de 15 dias – art. 508, há exigência de preparo, motivação é encontrada
no art. 514, I a III, ausência de fator modificativo, impeditivo ou extintivo, seu
efeito é devolutivo e suspensivo, sendo devolutivo art. 520, devolutivo art. 520, I a
VII, há contraditório, sua apresentação se dá por petição escrita.
Apelação no novo Código é cabível contra sentença, encontra cabimento no art.
923, prazo de 15 dias – art. 907, parágrafo único, há exigência de preparo,
motivação encontrada no art. 924, I a III, previsão de juízo de admissibilidade art.
926, seu efeito é devolutivo e suspensivo ou apenas devolutivo art. 928, há
presença de contraditório, sua apresentação se dá por petição escrita.
A apelação é um recurso interposto contra qualquer tipo de sentença art. 513 do
Código de Processo Civil e art. 923 do projeto do novo Código de Processo Civil;
Sua apresentação é feita ao juízo ad quo para admissibilidade ou não;
Nos casos previstos no art. 520, I e VII seu recebimento é apenas com efeito
devolutivo.
Ante uma breve análise não parece ter sofrido modificações relevantes porque o
caput do art. 963 retoma o mesmo enfoque do código atual quando estabelece que
da sentença cabe apelação. A diferença ocorrerá nas questões incidentes não
resolvidas no processo, pois não preclusivas ante a supressão do agravo retido,
assim as questões não arguidas poderão ser feitas nas razões da apelação.
b) Agravo Retido
Agravo Retido: é cabível contra decisão interlocutória, encontra cabimento no
art. 522, 1ª parte do atual CPC, prazo é de 10 dias – art. 522, exceto em audiência
de Instrução e Julgamento, devendo ser interposto no ato art. 523, § 3º do atual
CPC, há exigência de preparo, sua motivação se dá como uma espécie de
preliminar de recurso de apelação, ausência de fator modificativo, impeditivo ou
extintivo, seus efeitos são os mesmos da apelação, há presença do contraditório,
sua apresentação se dá por petição escrita, exceto quando em audiência de
instrução e julgamento quando deverá ser na forma oral (art. 523, § 3º).
Agravo Retido: No novo CPC o agravo retido foi extinto, devendo eventuais
questões decididas na fase cognitiva serem suscitadas como preliminar de
apelação, já que não se opera a preclusão (art. 923, parágrafo único).
Está previsto no art. 522 do atual código e foi extinto do anteprojeto do novo CPC.
Forma de recurso interposto contra decisão interlocutória de primeira instância.
Embora haja o prazo de 10 dias, o Agravo Retido só será apreciado em caso de
recurso de apelação.
Em caso de decisão interlocutória proferida em audiência, o agravo deverá ser
interposto imediatamente.
c) Agravo de Instrumento
Agravo de instrumento é previsto no atual código contra decisão interlocutória,
encontra cabimento no art. 522, 2ª parte, o prazo é de 10 dias art. 522, há
necessidade de preparo, sua motivação é encontrada no artigo 524, I a III, ausência
de fator modificativo, impeditivo ou extintivo, seu efeito é Devolutivo, podendo ser
atribuído efeito suspensivo no caso do art. 558, há presença de contraditório, sua
apresentação se dá por petição escrita.
Agravo de instrumento no novo CPC é cabível contra decisão interlocutória art.
929, seu prazo é de 15 dias art. 907, parágrafo único, há exigência de preparo, sua
motivação é prevista no artigo 930, I a III, ausência de fator modificativo,
impeditivo ou extintivo art. 935, seu efeito é Devolutivo, podendo ser atribuído
efeito suspensivo – art. 933, inciso I, há presença de contraditório, sua
apresentação se dá por petição escrita.
O agravo de instrumento é um recurso dirigido às decisões interlocutórias, sendo
previsto na segunda parte do art. 522, no atual CPC, e no anteprojeto do novo CPC,
no art. 929.
No atual CPC é aceito apenas nas seguintes situações conforme Rios 2012 contra
decisões suscetíveis de causar à parte lesão grave ou de difícil reparação, as que
não admitirem recurso de apelação, ou as referentes aos efeitos que o juiz atribui a
esse recurso; contra a decisão que julga a liquidação e contra aquele que, em
cumprimento de sentença, julga a impugnação do executado; contra as decisões
contra as quais não seja possível apresentar o agravo retido. Rios
O anteprojeto do novo CPC apresenta um rol taxativo das possibilidades do Agravo
de Instrumento:
Art. 929. Cabe agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias:
I ­ que versarem sobre tutelas de urgência ou da evidência;
II ­ que versarem sobre o mérito da causa;
III ­ proferidas na fase de cumprimento de sentença ou no processo de
execução;
IV ­ em outros casos expressamente referidos neste Código ou na lei.
d) Agravo Interno
Agravo interno: encontra amparo legal nos arts. 557, § 1º; art. 545; art. 120, §
único e art. 532 do atual CPC, prazo é de 5 dias, não há necessidade de preparo,
motivação Art. 557, § 1º; art. 545; art. 120, § único e art. 532, ausência de fator
modificativo, impeditivo ou extintivo a depender de cada modalidade, efeito
apenas devolutivo, não há presença de contraditório, sua apresentação se dá por
petição escrita.
Agravo interno: no novo CPC seu processamento se daráconforme o regimento
interno de cada tribunal ­ Art. 936.
Previsto nos arts. 557, § 1º; 545; 120, § único e 532 do atual CPC e no art. 936 do
projeto do novo CPC.
Recurso cabível contra as decisões unilaterais do relator.
Deve ser interposto no prazo de 5 dias;
No anteprojeto do novo CPC será processado conforme o regimento interno de
cada tribunal.
e) Embargos Infringentes
Embargos infringentes: Cabimento na forma do artigo 530 do atual CPC, prazo
de 5 dias art. 536, a exigência de preparo é conforme lei local, motivação
estabelecida no art. 530 do atual CPC, Ausência de fator modificativo, impeditivo
ou extintivo, juízo de admissibilidade conforme art. 531, seu efeito é Devolutivo,
suspensivo se a apelação tiver sido recebida em tal efeito, há presença de
contraditório, sua apresentação se dá por petição escrita.
Embargos infringentes: No novo CPC esta modalidade foi extinta.
Previsto no art. 530 do atual CPC, “Cabem embargos infringentes quando o
acórdão não unânime houver reformado, em grau de apelação, a sentença de
mérito, ou houver julgado procedente ação rescisória. Se o desacordo for parcial,
os embargos serão restritos à matéria objeto da divergência”.
Tem cabimento apenas em acórdãos não unânimes de julgamento de apelação ou
de ação rescisória.
Foi extinto no novo CPC.
f) Embargos de Declaração
Embargos de declaração: é cabível contra qualquer decisão art. 535, I e II do
atual CPC, prazo de 5 dias art. 536, não há necessidade de preparo, motivação art.
535, I e I do CPC, ausência de fator modificativo, impeditivo ou extintivo art. 538,
parágrafo único, efeito apenas devolutivo, não há presença de contraditório, sua
apresentação se dá por petição escrita.
Embargos de declaração: é cabível contra qualquer decisão art. 937, I e II,
prazo de 5 dias art. 938, não há necessidade de preparo, motivação art. 937, I e II
do novo CPC, ausência de fator modificativo, impeditivo ou extintivo art. 941, §§ 1º
a 3º do novo CPC, não há presença de contraditório, sua apresentação se dá por
petição escrita.
Tem como pressuposto específico de admissibilidade a existência de contradição,
omissão ou obscuridade na sentença ou acórdão embargado. (SANTOS, 2009, p.
155);
destaque­se ainda que podem se caracterizar como meramente protelatórios, caso
em que o embargante será condenado a pagar uma multa;
Neste sentido a previsão da multa no atual CPC é de, no máximo, 1% sobre o valor
da causa, o que se pretende alterar no novo CPC para até 5% sobre o valor da
causa.
g) Recurso Ordinário
Recurso Ordinário: cabimento previsto nos Arts. 539, incisos I e II e arts. 102,
inciso II, alíneas a e b e 105, inciso II, alíneas a, b e c da CF. prazo de 15 dias art.
536, exigência de preparo, motivação art. 536, ausência de fator modificativo,
impeditivo ou extintivo – juízo de admissibilidade art. 518, § 2º, efeitos suspensivo
(art. 520); devolutivo (art. 520, incisos I a VII), presença de contraditório, sua
apresentação se dá por petição escrita.
Recurso Ordinário: cabimento no novo CPC art. 942, I e II, prazo de 15 dias art.
907, parágrafo único, exigência de preparo, motivação art. 942, I e II, Ausência de
fator modificativo, impeditivo ou extintivo – Juízo de admissibilidade art. 926,
efeitos devolutivo e suspensivo ou apenas devolutivo art. 928, presença de
contraditório, sua apresentação se dá por petição escrita.
Trata­se, na essência, de recurso constitucional (arts. 102, inciso II, alíneas a e b e
105, inciso II, alíneas a, b e c da CF);
Tem natureza de apelação em causas de competência originária dos Tribunais,
quando denegatórias as decisões, e causas de competência originária dos juízes
federais (SANTOS, 2009, p. 203);
Não há alteração relevante no anteprojeto do novo CPC;
Este recurso é utilizado em causas internacionais, ou seja, aquelas previstas no art.
539, inciso II, alínea b do CPC e art. 105, inciso II, alínea c da CF.
h) Recurso Especial
Recurso Especial: cabimento previsto nos Arts. 102, inciso III da Constituição
Federal e 541 do CPC, prazo é de 15 dias art. 508 do atual CPC, motivação art. 541,
I e III CPC, exigência de preparo, ausência de fator modificativo, impeditivo ou
extintivo – juízo de admissibilidade art. 542, § 1º. Efeito somente devolutivo, há
presença de contraditório, apresentação por meio de petição escrita.
Recurso Especial: no novo CPC é previsto no art. 944, prazo é de 15 dias art.
907, parágrafo único, exigência de preparo, motivação art. 944, I e III, ausência de
fator modificativo, impeditivo ou extintivo – juízo de admissibilidade art. 945,
parágrafo único, efeito somente devolutivo, presença de contraditório,
apresentação por meio de petição escrita.
O recurso especial, assim como o extraordinário que será analisado
posteriormente, possui pressupostos específicos de admissibilidade, a seguir
elencados:
O primeiro deles diz respeito ao esgotamento das vias ordinárias, conforme súmula
207 do STJ, que trata da hipótese de inadmissão do recurso especial quando
cabíveis embargos infringentes contra o acórdão de origem;
O segundo pressuposto trata da existência de prequestionamento de matéria
infraconstitucional, já que não se aplica nesse tipo de recurso o efeito translativo,
cabendo ao STJ apenas a análise do que for prequestionado;
Competência do STJ para julgamento;
Tem­se ainda que cabível, em tal recurso, apenas análise de matéria de Direito, não
cabendo nova análise da situação fática;
A única exceção à regra é a revaloração das provas, a qual tem sido admitida pelo
STJ em sede de recurso especial;
Outro pressuposto importante é a existência de repercussão geral da matéria
questionada, necessária à admissão do recurso.
i) Recurso Extraordinário
Recurso Extraordinário: cabimento na hipótese do art. 539, I e II do atual
CPC, prazo de 15 dias art. 536, motivação é encontrada no art. 541, I e II, ausência
de fator modificativo, impeditivo ou extintivo – juízo de admissibilidade previsto
no art. 542, § 1º do atual CPC, efeito apenas devolutivo, presença do contraditório,
apresentação por meio de petição escrita.
Recurso Extraordinário: cabimento art. 942, I e II do novo CPC, prazo de 15
dias previsto no art. 907, parágrafo único, necessidade de preparo, motivação art.
944, I a III, ausência de fator modificativo, impeditivo ou extintivo – juízo de
admissibilidade art. 945, parágrafo único, efeito apenas devolutivo, presença de
contraditório, apresentação por meio de petição escrita.
Tal como no recurso especial, para admissibilidade do recurso extraordinário é
imprescindível o esgotamento das vias ordinárias, conforme inteligência da súmula
281 do STF;
Também é necessária a existência de prequestionamento de matéria constitucional
para admissão do recurso;
Aqui reside uma das principais diferenças entre o recurso extraordinário e o
especial, já que o primeiro destina­se às causas em que se discute matéria
constitucional e o segundo matéria infraconstitucional, o que também serve para
diferenciar a competência para julgamento de ambos os recursos, uma vez que o
primeiro é de competência do STF e o segundo do STJ;
Igualmente cabível neste recurso apenas a análise de matéria de Direito, não
cabendo nova análise dos fatos;
Necessária, ainda, a repercussão geral da matéria constitucional questionada, para
possibilitar a admissão do recurso;
Importante destacar que são cabíveis, simultaneamente, ambos os recursos;
Em tal caso, os autos serão remetidos ao STJ e processados nos termos do art. 543
e §§ do CPC atual e art. 946 a 949 do anteprojeto do novo CPC.
j) Embargos de divergência em Resp e Re
Embargos de divergência em Resp e Re: cabimento previsto no art. 546, I e
II do atual CPC, prazo previsto no regimento interno art. 546, parágrafo único,
necessidade ou não de preparotambém é previsto no regimento interno art. 456,
parágrafo único, ausência de fator modificativo, impeditivo ou extintivo conforme
cabimento ou adequação, efeitos e presença de contraditório varia de acordo com o
regimento interno art. 546, parágrafo único, apresentação por meio de petição
escrita.
Embargos de divergência em Resp e Re: cabimento previsto no art. 959, I a
IV do novo CPC, prazo de acordo com o regimento interno art. 960, motivação art.
959, I a IV, ausência de fator modificativo, impeditivo ou extintivo conforme
cabimento ou adequação, necessidade de preparo, efeitos, presença de
contraditório ambos de acordo com o regimento interno art. 960, apresentação por
meio de petição escrita.
Previsão no atual CPC no art. 546, incisos I e II, os quais trazem as hipóteses de
cabimento de referido recurso;
Não há maiores considerações na atual legislação processual, já que o parágrafo
único do referido dispositivo legal rege que o procedimento judicial será fixado
pelo regimento interno do tribunal;
No anteprojeto do novo CPC esta disposição foi mantida, entretanto cabem
algumas considerações relevantes;
O art. 960, parágrafo único, cria a hipótese de interrupção do prazo para
interposição de eventual recurso extraordinário, quando pendente embargos de
divergência de decisão proferida em sede de recurso especial;
Destaque­se ainda a ampliação de hipóteses de cabimento de embargos de
divergência, conforme disposições do art. 959, incisos I a IV;
Houve ainda, conforme a disposição do art. 959, § 1º, a abertura de possibilidade
de confronto de teses jurídicas contidas em julgamentos de recursos e de ações de
competência originária do tribunal.
l) Recurso Adesivo
Recurso adesivo: cabimento previsto no art. 500, I a III do atual CPC, prazo de
15 dias art. 500, parágrafo único, necessidade de preparo, motivação art. 500, I a
III, ausência de fator modificativo, impeditivo ou extintivo – juízo de
admissibilidade previsto no art. 500, parágrafo único, efeitos devolutivo e
suspensivo, ou apenas devolutivo (conforme apelação interposta), presença de
contraditório, apresentação por meio de petição escrita.
Recurso adesivo: no novo CPC é previsto no art. 910, parágrafo único, I a III,
prazo de 15 dias conforme art. 910, parágrafo único, necessidade de preparo,
motivação presente no art. 910, parágrafo único, I a III, ausência de fator
modificativo, impeditivo ou extintivo juízo de admissibilidade previsto no artigo
910, parágrafo único, os efeitos devolutivo e suspensivo ou apenas devolutivo a
depender da apelação interposta, presença de contraditório e apresentação por
meio de petição escrita.
Esta modalidade recursal destina­se às hipóteses de sucumbência parcial de ambas
as partes;
Há crítica doutrinária em relação à denominação do recurso, já que adesivo é
aquilo que “se une” ou que “se junta”, enquanto o mais correto seria
“condicionado” ou “subordinado”, dada a função do recurso (SANTOS, 2009, p.
216);
O principal pressuposto de admissibilidade deste tipo de recurso é a existência de
recurso principal interposto pela parte contrária;
É cabível no prazo legal de resposta do recurso principal, em regra os 15 dias
previstos no art. 508 do CPC atual e art. 907, parágrafo único do anteprojeto do
novo CPC;
A principal alteração que se pretende introduzir no novo CPC é a extinção da
hipótese de cabimento deste recurso no caso de embargos infringentes, conforme
art. 910, parágrafo único, inciso II, do anteprojeto.
Outros pontos importantes:
*Recurso: unifica os prazos recursais, sendo 15 dias, exceção para os embargos de
declaração;
*Regra: Efeito devolutivo;
*Apelação: Juízo de admissibilidade no Tribunal de Justiça, evitando recurso
contra decisão de 1º grau inadmitindo a apelação;
*Fim do agravo retido e dos embargos infringentes;
*Sucumbência recursal: não admissão ou rejeição unanime;
*Desistência: Exceção nos repetitivos.
*Demandas repetitivas tem a possibilidade de reduzir os recursos, pois
possibilitará que o juiz, quando identifique demanda idênticas, provoque os
tribunais superiores para a decisão, aplicando­se o resultado a todas aquelas
pendentes de julgamento. Neste caso, a segurança jurídica será maior, pois os
processos de massa terão seus resultados mais previsíveis.
Por fim, a intenção do novo Código é reestabelecer a crença no judiciário, em
queda devido a morosidade, e tornar assim o processo mais célere e lógico.
Referências
BRASIL, Projeto de Lei n. 166/2010 que dispõe sobre a reforma do código de
processo civil. Disponível em: Acesso em: 26 out. 2013. 
BRASIL, Lei n. 5.869/73 Código de Processo Civil. Disponível em: Acesso em: 26
out. 2013. 
GONÇALVES, Gláucio Ferreira Maciel; VALADARES, André Garcia Leão Reis. O
SISTEMA RECURSAL À LUZ DO PROJETO DO NOVO CÓDIGO DE PROCESSO
CIVIL.
ROVER, Tadeu. A racionalidade do CPC dará mais celeridade.
Santos, Moacyr Amaral. Primeiras linhas de direito processual civil. Vol. 3. 23 ed.
rev. e atual., por Maria Beatriz Amaral Santos Köhnen. São Paulo: Saraiva, 2009.
Rios Gonçalves, Marcus Vinicius. Direito Processual Civil Esquematizado. 2 ed. São Paulo: Saraiva, 2012.
LAMY, Eduardo; ABREU, Pedro Manoel; OLIVEIRA, Pedro Miranda de. Processo
civil em movimento – Diretrizes para o novo CPC. São Paulo: Saraiva, 2013.
Disponível em: http://diorgenes.jusbrasil.com.br/artigos/112156873/o‐novo‐cpc‐e‐os‐recursos

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