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DISCIPLINA: GENÉTICA Profa. Me. Akemi Suzuki Cruzio O QUE É CÂNCER? Doenças genéticas das células somáticas células específicas Câncer: - Doença cuja malignização resulta de mutações em genes que controlam a multiplicação celular. Todo o câncer humano resulta de mutações no DNA doença genética comum Células normais precisão na regulação de seu crescimento Desenvolvimento aumentam e depois param de crescer GENÉTICA DO CÂNCER Alguns epitélios mantêm-se em equilíbrio dinâmico (pele) substituição das células mortas divisão celular da membrana basal Algumas células escape do processo regulatório crescimento e divisão descontrolados neoplasia “neoplasia é a massa anormal de tecidos, cujo crescimento excede aquele dos tecidos normais e não está coordenado com ele, persistindo da mesma maneira excessiva após o término do estímulo que induziu a alteração” GENÉTICA DO CÂNCER Conjunto de células fora do padrão normal de divisão celular neoplasma ou tumor Classificação: benignos (autolimitantes) - não se propagam entre os tecidos - não formam metástases - podem causar problemas por pressão mecânica malignos (crescimento ilimitado) - podem se propagar para tecidos vizinhos - metástases corrente sanguínea/linfática novo foco tumoral GENÉTICA DO CÂNCER Capacidade de metástase e de drenagem de nutrientes - caquexia; - perda de funções vitais dos tecidos invadidos; - morte dos indivíduos. Transformação Célula normal <-> tumoral/maligna - lento, gradual e cumulativo - podem sofrer a influência de fatores ambientais - associados a fatores herdados GENÉTICA DO CÂNCER Regulação do crescimento celular: - fatores de crescimento transmitem sinais de uma célula para outra; - receptores específicos para fatores de crescimento; - moléculas de transdução de sinal ativam uma cascata de reações de fosforilação dentro da célula; - fatores de transcrição nuclear. Célula sinais do ambiente - continua crescendo e se multiplicando ou - para de crescer e se diferencia GENÉTICA DO CÂNCER Mutações - podem ocorrer em qualquer uma das etapas de crescimento e diferenciação celular; - o acúmulo pode resultar na desregulação do crescimento célula tumoral. Genes do câncer Classificação: 1) genes supressores tumorais - suprimem a formação de tumores controle do crescimento celular - mutações de perda de função inativação do supressor proliferação descontrolada GENÉTICA DO CÂNCER 1) genes supressores tumorais - possibilita o desenvolvimento de terapias para a prevenção e o tratamento de tumores identificação de proteínas que atuam como repressoras da divisão celular 2) proto-oncogenes - codificam proteínas essenciais para a proliferação celular normal - controlam o crescimento e a diferenciação celular - mutação oncogenes GENÉTICA DO CÂNCER 3) oncogenes - genes dominantes a nível celular - codificam proteínas estimuladoras do crescimento Ativação dos oncogenes processo de Inativação de genes supressores de tumor malignização Proteínas de proliferação celular proto-oncogenes - genes expressos apenas em certos momentos do desenvolvimento - mutação ativos oncogenes GENÉTICA DO CÂNCER Ex.: Superexpressão de um gene Gene c-src - expresso em pequenas quantidades em células normais - maior quantidade em células tumorais - se transformam por: * mutação na sequência do DNA; * transferência (translocação) do gene para outro local; * amplificação do gene. Maioria dos oncogenes atua em mutação de ganho de função - somáticas e levam a cânceres esporádicos GENÉTICA DO CÂNCER Denominação dos tumores deriva dos tecidos de origem Principais tipos: carcinomas tecido epitelial; sarcomas tecido conjuntivo; linfomas tecido linfático; gliomas células gliais do sistema nervoso central; leucemias hematopoiéticos. GENÉTICA DO CÂNCER Mecanismos de ativação dos proto-oncogenes a) Mutação pontual: ex.: proto-oncogene ras - transforma-se em um oncogene por 1 substituição de base: GGC → GTC troca do 12º aminoácido (glicina) por valina carcinoma de bexiga - a substituição da glicina ativa a capacidade oncogênica de ras - podem ser induzidas por agentes carcinogênicos físicos ou químicos MUTAÇÃO DE PONTO: ONCOGENE H-RAS Mutação do aminoácido 12: glicina valina (câncer bexiga, mama, cólon) Causa mudança na conformação da proteína ras que não pode converter GTP GDP, que permanece ativado induzindo a proliferação celular progressão para o câncer GDP Ras inativa GTP Ras ativa x Oncoproteína bloqueada: sinal permanece ligado – ativa continuamente a quinase seguinte GENÉTICA DO CÂNCER b) Amplificação gênica: - aumento do número de cópias dos proto-oncogenes superexpressão - a amplificação de oncogenes específicos frequência na família gênica myc Ex.: oncogene N-myc - amplificado em aproximadamente 30% dos neuroblastomas - estágios mais avançados em 50% - associados ao mau prognóstico GENÉTICA DO CÂNCER b) Amplificação gênica: Ex2.: proto-oncogenes C-neu ou erb-B2 - amplificado em 20% dos carcinomas de mama - associados a estado de nodo linfático, receptores para estrógeno e progestógeno, tamanho e estágio histórico do tumor c) Translocação cromossômica: - superexpressão de um proto-oncogene ou um gene quimérico - essas alterações cromossômicas resulta em rearranjos que envolvem o proto-oncogene ou lhe são adjacentes - translocações cromossômicas podem acarretar novos genes quiméricos GENÉTICA DO CÂNCER c) Translocação cromossômica: Ex.: cromossomo Philadelphia (Ph1) - essa translocação resulta na criação de um gene quimérico patogênese da leucemia mielóide crônica - fusão do proto-oncogene abl (cromossomo 9q34) com o gene bcr (22q11) proteína quimérica BCR-ABL - atividade de proteíno-quinase do gene abl - padrão de expressão alterado - expressão aberrante leucemia mielóide crônica A leucemia mielóide crônica (CML) foi a primeira doença neoplásica a ser associada com uma anormalidade cromossômica, o cromossomo Philadelphia (Ph1). GENÉTICA DO CÂNCER d) Ativação retroviral: - os retrovírus são capazes de transcrever o RNA em DNA transcriptase reversa podem inserir seus genes no DNA de uma célula hospedeira levam versões alteradas de genes promotores do crescimento celular - no ciclo de infecção adquirem um oncogene na infecção da célula animal - capta uma sequência do genoma hospedeiro integra ao seu genoma - nova invasão transferência do oncogene para a nova cél hospedeira
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