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Tema de Estudo - Histoplasmose

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Nome: Thais Capello
Moléstias Infecciosas - MI
Estudo de caso:
 Histoplasmose
 Londrina, 2014
AGENTE ETIOLÓGICO
A Histoplamose é uma micose sistêmica, ou 
seja, causada por fungo.
O agente etiológico da histoplasmose 
clássica é o Histoplasma capsulatum.
A histoplasmose foi descrita em mais de 50 
países localizados em zonas temperadas ou 
tropicais e úmidas de todo o mundo.
AGENTE ETIOLÓGICO
Essa doença é comum nos Estados Unidos e 
foram descritos alguns casos no Paraguai.
O H. capsulatum pode produzir infecções com 
os seguintes animais: gato, cão, rato, 
camundongo, morcego, raposa, e em número 
reduzido, em bovinos e equinos.
AGENTE ETIOLÓGICO
Epidemias de histoplasmose aguda têm 
ocorrido em áreas endêmicas e não endêmicas 
após a exposição a ambientes contaminados 
com o fungo, particularmente cavernas onde 
habitam morcegos, galinheiros, telhados de 
casas abandonadas etc. 
TRASMISSÃO
	Essa doença não é transmitida de homem 
para homem, nem de animais para o homem, 
em condições normais.
	O H. capsulatum vive saprofiticamente em 
solo em sua fase filamentosa, e seus esporos 
são inalados ou, mais raramente, ingeridos pelo 
homem e pelos animais.
FISIOPATOLOGIA
Inalação dos fungos Alvéolos pulmonares
 Multiplicação do H. capsulatum
	Disseminação para os linfonodos para-hilares e mediastinais e depois a circulação sistêmica, produzindo focos inflamatórios
 
FISIOPATOLOGIA
	Os fungos inalados chegam aos alvéolos pulmonares estimulando uma resposta inflamatória do hospedeiro (células mononucleares e macrófagos), que são inaptos para destruir o microrganismo. O Histoplasma capsulatum multiplica-se no interior das células do sistema macrofágico-linfóide e a partir dos pulmões ganham os linfonodos para-hilares e mediastinais e depois a circulação sistêmica, produzindo focos inflamatórios em outros órgãos como baço e medula óssea. 
FISIOPATOLOGIA
2 – 3 semanas depois...
Produção de citocinas Ativação de macrófagos 
 Lise das leveduras do H. capsulatum
 Formação de granulomas epitelióides
 Fibrose e calcificação
Após a segunda ou terceira semana do início da infecção, desenvolve-se uma resposta celular do tipo Th1, que irá produzir intérferon-gama e outras citocinas, que ativam os macrófagos, os quais adquirem a capacidade de lisar as leveduras intracelulares do H. capsulatum, promovendo a formação de granulomas epitelióides, que posteriormente fibrosam e calcificam. 
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FISIOPATOLOGIA
	Esse tipo de resposta imune leva à cura da infecção primária e, nesse estado, as pessoas se tornam muito resistentes às novas reinfecções, que excepcionalmente acontecem. Fungos viáveis podem permanecer nas áreas cicatrizadas por vários anos. 
	A imunodepressão parece ser um fator preponderante em desencadear a reativação de uma infecção prévia. 
QUADRO CLÍNICO
Infecção pulmonar aguda: A maioria das infecções causadas pelo H. capsulatum é assintomática ou subclínica; os casos sintomáticos manifestam-se comumente como infecções autolimitadas do trato respiratório. Simula um resfriado com secreção catarral, febre moderada, astenia, anorexia, cefaléia, rouquidão e tosse. Sua duração é de três a quatro dias.
QUADRO CLÍNICO
Histoplasmose pulmonar crônica: Ocorre habitualmente em indivíduos com mais de 40 anos e caracteriza-se por: febre baixa vespertina, perda de peso, sudorese noturna, dor torácica e tosse com expectoração hemoptóica. 
QUADRO CLÍNICO
Infecções disseminadas: A doença pode evoluir com disseminação do fungo para todo o organismo, particularmente para órgãos ricos em macrófagos.
	As lesões mucosas e submucosas inicialmente apresentam aspecto papuloso e depois necrosam, as bordas são nítidas de fundo vermelho vivo. Na sua localização nasal, as úlceras produzem perfuração do septo.
	 As lesões cutâneas são do tipo papulopustuloso, papuloso ou ulcerado. As úlceras são redondas ou ovaladas, bordas nítidas, fundo granulomatoso, cobertas por secreções esbranquiçadas, ligeiramente dolorosas.
DIAGNÓSTICO
Radiografia de tórax,
Tomografia computadorizada de tórax,
Biópsia,
Cultura de escarro,
ELISA.
TRATAMENTO
Histoplasmose Pulmonar Aguda e Crônica
	 A droga de escolha é o itraconazol, por via oral, na dose de 200mg, três vezes ao dia, por 3 dias e depois 200 a 400mg/dia por 6 a 12 semanas.
Formas disseminadas: Na terapia primária da histoplasmose disseminada, particularmente nos pacientes com AIDS, a anfotericina B é a droga de escolha e deve ser administrada numa dose total de 35mg/kg (entre 2,0 e 2,5g dose total para adultos). Na terapia de manuntenção pode ser usada a anfotericina B ou itraniconazol.
CUIDADOS DE ENFERMAGEM
Avaliar padrão respiratório e lesões;
Cuidados na administração da anfotericina B;
Controlar azotemia, creatinemia, urina e hemograma;
Oferecer dieta heperproteica e hipercalórica no período ativo da doença, conforme o perfil do paciente;
Orientar o paciente e sua família sobre o perigo da exposição à poeiras de certos lugares que podem constituir fontes de infecção, como galinheiros, sótãos...no caso inevitável dessa exposição ser inevitável, é possível reduzir a possibilidade de infecção pulverizando o solo com formol a 3% e usando máscaras protetoras.
REFERÊNCIAS
FERREIRA, M.S e BORGES, A.S. Histoplasmose. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical. Uberlândia – MG, 42(2):192-198, 2009.
VERONESI, Ricardo. Doenças infecciosas e parasitarias. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1991, p. 651 – 660.

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