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Resumo - Criptosporidiose

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CRISPTOSPORIDIOSE
Agente etiológico:
Protozoários do gênero Cryptosporidium.
Período de incubação de cerca de 6 a 9 dias.
Transmissão:
A transmissão ocorre principalmente pela ingestão de oocistos, que são as formas evolutivas infectantes, esporulados (via fecal-oral). As principais fontes são animais ou humanos que estejam eliminando oocistos. Os oocistos podem ser veiculados pelos alimentos, pela água, pelo ar, por insetos, no vestuário e também pelo contato íntimo entre pessoas. Criação de gados e ovelhas tem sido relacionada à infecção humana. A autoinfecção pode ocorrer se os oocistos libertarem seus quatro esporozoítos no intestino delgado do hospedeiro.
Ciclo evolutivo:
No estômago há a dissolução de sua membrana e a liberação de quatro esporozoítos. O protozoário é capaz de excistar também fora do trato gastrointestinal, como no trato respiratório, na conjuntiva do olho e no sistema reprodutor. O Cryptosporidium se aloja nas células epiteliais através de um vacúolo parasitóforo extracitoplasmático. Após o estabelecimento dos esporozoítos nas células epiteliais, ocorre a diferenciação em trofozoítos unicelulares.
Patogenia:
O protozoário altera as funções de absorção e secreção do epitélio intestinal. A infecção dos enterócitos causa transtornos no epitélio intestinal, que acaba por desencadear diarréia. A diarréia pode ser causada, também, indiretamente pelo acúmulo de células inflamatórias que produzem fator de necrose tumoral (TNF) e prostaciclinas. Estas substâncias são responsáveis por alterações bioquímicas, morfológicas e funcionais que resultam na diarréia. O parasito pode alterar o metabolismo hídrico e da lactose, isto causa intolerância à lactose nestes pacientes, assim como desidratação. Há, ainda, redução da absorção de glicose, sódio e vitamina A.
Em pacientes normais estes sintomas são pouco perceptíveis, porém em crianças desnutridas e em indivíduos com o sistema imunológico comprometido, como os HIV-positivos, o parasito se prolifera intensamente e pode causar diarréia aquosa, cólicas, flatulência, dor epigástrica, náuseas e vômitos, anorexia e mal estar.
A defesa do hospedeiro é baseada nas respostas celulares e humorais. O mau funcionamento das células T, como ocorre na AIDS predispõe a consequências graves da doença, como citado acima. Há indícios de que algumas citocinas apresentem papel importante, como o IFN-γ (interferon gama), IL-4, IL-8 e IL-15.
Sinais e sintomas:
Diarreia aquosa, fezes mucosas, desidratação, perda de peso, anorexia, dor abdominal, febre, náuseas e vômitos. Não é incomum acontecer também dores nas articulações, mialgias, vertigens e até a síndrome de Reiter (conhecida como artrite reativa) em crianças.
Em pacientes imunodeprimidos, os parasitos podem ser encontrados fora do trato gastrointestinal, como fígado, pâncreas e vesícula biliar. Isto pode acarretar em cirrose, pancreatite, colangiopatia, colangite esclerosante e colangiocarcinoma. Quando há parasitos no trato respiratório, podemos notar tosse, rouquidão, falta de ar e até pneumonia.
Diagnóstico clínico:
A criptococose pode se manifestar como doença do TGI e dessa forma apresentar diarreia aquosa, dor abdominal epigástrica em cólica, perda de peso, anorexia, flatulência, e indisposição geral. Podem estar presentes náuseas, vômito e mialgia. A diarreia e a dor abdominal são exacerbadas pela alimentação.
As manifestações extra intestinais são principalmente a colestase devido ao acometimento da arvore biliar e manifestações pulmonares como tosse crônica, febre e dispneia pelo acometimento pulmonar. Não há achados radiológicos característicos.
Diagnóstico laboratorial:
O exame das fezes é a melhor opção, realiza-se a coleta de múltiplas amostras. Pode-se usar a fucsina carbólica, a coloração de ziehl-Neelsen e azul de metileno.
 Pela técnica de Imunofluorescência indireta podem-se pesquisar anticorpos específicos contra o parasita.
A endoscopia digestiva com biópsia: o método tem grande acurácia, mas é reservado para as situações em que não se consegue resultado esclarecedor com o exame de fezes.
Tratamento:
O tratamento visa basicamente minimizar a sintomatologia da doença. Pacientes imunocompetentes acabam se curando sozinhos, todavia os imunodeficientes acabam apresentando problemas graves no tratamento.
Profilaxia:
Os investimentos em saneamento básico são muito importantes, livrando a água, utilizada para ingestão, do contato com fezes. Tal medida é decorrente da necessidade de bloqueio da principal via de contágio.
 Além de evitar o contato com fezes humanas deve-se evitar também o contato com fezes de animais, pois podem também estar contaminadas.

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