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Resumo introdução a importância do internacional. Fred Halliday

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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA FACULDADE DE CIENCIAS HUMANAS E 
SOCIAIS 
DISCENTES: Laryssa de Azevedo (vespertino) 
DOCENTE: Prof. Dr. Marcelo P. Mariano 
DISCIPLINA: Metodologia das Relações Internacionais 
ASSUNTO: Introdução a importância do internacional 
BIBLIOGRAFIA: Halliday, introdução a importância do internacional, 1999 
O capitulo analisado tem como objetivo dar significado ao usado termo "internacional", de 
forma que apresente um significado ao objeto de estudo das Relações Internacionais, 
explicitando englobar as relações entre Estados, relações não-estatais, e as do sistema em uma 
junção com os Estados e as sociedades. 
O internacional em perspectiva. 
O paragrafo expõe como algo positivo a diversidade teórica das relações internacionais, ainda 
a caracterizando em suas bases metodológicas e históricas. As RI, são tratada como 
suplemento em outras disciplinas consideradas mais estabelecidas como Politica nacional, 
economia e sociologia, sendo o "internacional" um elemento a mais como opção de estudo. 
Nas ultimas décadas o internacional tem sido difundido de forma simplista, com a difusão da 
"globalização", o âmbito virou propriedade de todos, ainda ganhando graus de distorção e 
exagero, mudanças ocorridas entre 1945 e 1960. Um reducionismo histórico que toma varias 
formas, como afirmações injustificadas, as continuas adaptações do global e particular dentro 
da politica, na cultura e economia são subestimados, assim como processos históricos 
internacionais que dão origem a sistemas no século XVI. 
A internacionalização não teve sua origem com mercado financeiro ou conexões de mídia 
globais, sua evolução é de caráter nacional, aparentemente individual, um produto de 
mudanças intelectual, social e econômica compartilhada pelas sociedade e estimulada por 
suas interações. 
Como exemplo utiliza-se o caso da Grã-Bretanha e EUA, que durante os seus 20 ou 30 anos 
formaram controles políticos e soberania baseados em processos transnacionais. Não 
existindo uma historia puramente nacional, de conflitos vizinhos até guerras mundiais, o 
nacional sempre interagiu com o internacional. O sistema politico econômico dos EUA por 
exemplo, foi moldado por conflitos internacionais, desde aquisição e compra de territórios de 
outros povos, até o fluxo em massa de outras populações. 
 
 
 
 
 
 
 
Em ambos países, foram garantidos legitimidade pela disseminação gradual da democracia, 
sendo criados e mantidos pela força em mais de uma oportunidade, indicando facilmente que 
a disseminação de forma democráticas e a vinda do sufrágio universal foram processos 
internacionais, resultando em mudanças e impactos em diferentes sociedades, em um lado a 
industrialização e a ascensão das sociedades em massas e em outro as pressões politicas 
nascidas nas duas grandes guerras. O mesmo sendo aplicado a historia das economias 
nacionais e suas necessidades por competição interestatal, que moldaram o comercio e a 
intervenção estatal. Processos preservados como étnicos, em exemplo a abolição da 
escravatura, também refletem mudanças no comercio internacional e na produção. 
O que se diz vivido em algo interno, revela-se parte de processos internacionais amplos. 
Taxações militares, arrecadações de taxas no comercio, atributos do Estado moderno como 
departamento de alfandega e a receita britânica existem a mais tempo que os ministérios 
governamentais, logo, não podendo haver história puramente nacional de qualquer Estado. 
Analisado os exemplos em suas características de comprovação histórica, conclui-se que 
dentro da constituição da disciplina das RI a sua preocupação é a interação do nacional e 
internacional, interno e externo. 
 As influencias formativas. 
Como em todas disciplinas acadêmicas, o assunto das relações internacionais tem localização 
em uma dimensão, mesmo que tendo origem a outro acontecimento, cada objeto tem sua 
própria agenda como área de estudo. Nas relações internacionais as preocupações evidenciam 
dois âmbitos, um amplamente analítico, referindo-se ao papel do Estado nas relações 
internacionais, ao problema da ordem na ausência de uma autoridade suprema, a interação 
entre a economia com a força militar, causa de conflitos e bases de cooperação. O outro 
normativo, diz respeito a questão de como ou quando é legitimo usar a força, obrigações do 
Estado, moralidade e erros e acertos de intervenções. 
Entretanto são localizadas em uma outra dimensão do mundo "real" ou precisamente "não-
reflexivo". No internacional, o mítico e o imaginário entram em discurso cotidiano. 
Recordando-se das forças de identificação e ódio nacional, a respeito de "estrangeiros", as 
paixões publicas são provocadas pela representação enganosa do estrangeiro, do estranho do 
"outro". 
 
 
 
 
 
 
 
 
De todas a ciências sociais, os estudantes de Relações Internacionais, são os que irão se 
envolver em maiores depurações conceituais, éticas, factuais. A relação do estudo acadêmico 
das RI com o externo, certamente é moldada e estimulada por outras preocupações. Algumas 
se evidenciam mais, como no campo militar, onde se encontra ameaças, possíveis perdas 
econômicas. O estudo acadêmico se iniciou nessa área, com tentativas de pesquisar intrusões, 
e meios para reduzir a incidência de guerras. A partir de então começou a englobar uma 
agenda ampla e atividade econômica. A própria pressão das questões internacionais são 
reguladores e estimulantes em relação ao internacional, também como um desvio, o resultado 
é que não só em relação ao mundo, mas aos próprios trabalhos acadêmicos, que são moldados 
pelo que os financiadores e policy makers leem no jornal. 
Devido a sua invisibilidade teórica, ensinar e estudar o assunto em uma universidade pode ser 
um desafio, além dos comentários sobre a recentes noticias e a breve aparição da historia 
internacionais comparada a contemporânea, o assunto não prevê uma definição. O próprio 
termo tido a principio para indicar a relação entre os Estados, pode ser considerado incorreto, 
visto que a menor de suas preocupações era a relação entre as nações no sentido atual. O 
significado entre nação e Estado podem ou não coincidir, nas relações denominadas 
"internacionais", mas que dizem respeito a relação entre governos não entre populações. Além 
disso o termo "assuntos internacionais", abrange a politica domestica e assuntos 
internacionais, e as relações do Estado e as sociedades. 
Acrescentando um problema final, no cenário das ciências sociais, os autores e leitores de 
outros campos se encontram bem posicionados entre seus debates nos veículos de 
comunicação, nas relações internacionais a combinação de assuntos, e a falta de encontro e 
equilíbrio entre o acadêmico e politico é algo que se torna difícil, assim poucos conhecem 
envolvidos em trabalhos teóricos e suas questões. 
A emergência da teoria. 
A partir do restante do capitulo se visa fornecer um esboço do andamento da teorização das 
relações internacionais. Dentro da mudança e do debate da própria disciplina, seu impacto e 
desenvolvimento nas ciências sociais. Os principais eventos da historia, como as duas grandes 
guerras a Guerra fria e seu encerramento, moldam o foco das RI, entretanto tal conexão é 
mascarada pelo receio de perda de prestigio intelectual. Dessa maneira o alinhamento do 
"realismo" pela Guerra Fria ou o papel da Guerra do Vietnã, no fomento da consciência da 
interdependência são negligenciados, assim diferenças nacionais, em historia e sociedade tem 
determinadas analises de pesquisa variando do seu local, em seus contextos particulares, 
possuem relevância em períodos específicos. 
 
 
 
 
 
 
 
Como uma disciplinaacadêmica com menos de um século, o estudo começou no fim da 
Primeira Guerra Mundial, com foco em fatores que precipitaram a guerra. Os elementos 
constitutivos abrangem o interestatal, o transnacional e o sistêmico, e diversas abordagens 
teóricas, contendo subcampos de estudo, que podem não envolver diferentes perspectivas 
teóricas, variando consideravelmente em suas questões. 
O estudo se distinguiu da ciência politica ao fazer junção com o econômico e o militar, e em 
tomar como objeto de analise não o politico interno mas sistema internacional, em sua 
ausência de uma autoridade soberana. Incorporando também aspectos da sociologia e 
preocupações da geopolítica, mesmo não tendo um impacto relativamente importante. 
Apenas recentemente as RI deixou sua fase "protecionista", aprendendo a contribuir para 
outras áreas das ciências. 
A área possui uma maior afinidade com o direito internacional, após a Primeira Guerra 
Mundial, buscou-se a prevenção de novas guerras, através de tratados internacionais, 
negociações e organizações internacionais, em especial a Liga das Nações. Com nomes como 
Woodrow Wilson, discorrendo sobre passos a garantia da paz, criticado frequentemente 
referindo como "utopismo" 
O Realismo e o Behaviorismo. 
O "idealismo", da lugar ao "realismo", com a crise dos anos 30. Surgindo vários nomes de 
importância como E.H Carr, Hans Morgenthau, Henry Kissinger e Kenneth Waltz. Que 
tomam como conta de partida em suas teorias a centralidade militar, mesmo não negando o 
papel do direito e da diplomacia, acreditam a força militar como instrumento da paz, e como 
regulador de conflitos o equilíbrio de poder entre os Estados. 
Após a Segunda Guerra, com estudo acadêmico das relações internacionais, o realismo 
tornou-se a abordagem predominante na área, que possuía uma abrangente e poderosa 
explicação das relações internacionais e do conflito. 
Nos anos de 1960, o realismo pôs por ser desafiado, surgindo o behavorismo como alternativa 
as RI ortodoxas, nos níveis metodológicos e conceitual. Dessa maneiras a nova escola 
"cientifica", quase exclusivamente americana, afastou-se dos usos tradicionais da história e de 
termos políticos ortodoxos, a partir de um estudo quantificado e que podia ser observado, 
como no caso dos processos e relacionamentos internacionais. O surgimento resultou no 
fomento de variados debates entre "tradicionalistas" e "behavioristas", espelhados em temas 
levantados em discussões dentro da ciência politica. 
O próprio desafio teórico posto pelo behaviorismo para exceder o estudo pré-científico e 
outros conceitos, não foi longe, porque falhou em oferecer uma teorização alternativa do 
próprio Estado, e sua promessa em chegar a conclusões na base de coleta de dados nunca foi 
cumprida. Tornando no fim o behaviorismo um acessório ao invés de abordagem. 
 
 
 
 
 
Entretendo a abordagem abriu possibilidade para o estudo comparado da politica externa e em 
como as diferentes características constitucionais, históricas e sócias afetam suas formulações, 
algo excluso pela negação realista. A então suposição de que os Estados poderiam ser tratados 
como maximizadores racionais e calculadores de interesse nacional, provou-se inadequado 
para analise de politica externa. 
A analise da politica externa mostrou demonstrar que não somente a abordagem, mas fatores 
domésticos, forneciam fatores consideráveis na politica externa. As sociedade interagiam de 
forma transnacional, e as conexões, ao invés de interestatais, estavam tendo impacto na 
politica externa, assim por influencias externas, os Estados agiam de modo para acomoda-las 
ou evitá-las. 
Uma nova teoria entrava em uso, a da "interdependência", em seu uso original vindo com um 
conceito na economia, de acordo com o qual duas economias são interdependentes, existindo 
uma relativa igualdade de poder, em que sua interação mutua torna cada um significantemente 
vulnerável as ações da outra. Em percepção dos fatos o aumento do comercio fortaleceria a 
paz. Suas formulações tiveram em especial nomes como Robert Keohane e Joseph Nye. 
A ideia também perdeu importância com deterioração das relações internacionais, nos anos 70 
e inicio dos 80, as relações internacionais concentravam-se, nos grandes poderes em 
particular. Os "atores não-estatais", assim como movimentos sociais, não eram todos 
benignos, incluindo facções religiosas e movimentos racistas, em ultima categoria Máfia e o 
Cartel de Medellin. 
As Relações Internacionais desde 1970 
Os desafios das outras abordagens, da economia politica internacional ao realismo, 
produziram diversas competitividades, dando espaço pra diferentes abordagens, defendendo 
ou rejeitando o realismo. 
O "neo-realismo" como reafirmação ao realismo, respondeu preocupações dos Estados e 
questões politico militares, dentro de sua analise global. Stephen Krasner, atribui o fracasso 
do Terceiro Mundo em atribuir apoio para sua Nova Ordem Econômica Internacional, não a 
fraqueza econômica mas no choque de adesão em seus princípios com Estados dominantes no 
sistema internacional. 
Os pilares do neo-realismo foram expostos com mais clareza em dois trabalho, um de Hedley 
Bull e outro de Kenneth Waltz. Destacando os Estados no sistema internacional, o poder e 
papel subordinado dos atores não-estatais. Ao tempo que debateram sobre processos 
econômicos, que requeriam que os Estados providenciassem segurança e a regulação para a 
sua continuidade, destacando a continua importância dos poderes na administração das 
relações internacionais. 
 
 
 
 
 
 
A porta de entrada do Marxismo nas RI se deu com as questões de subdesenvolvimento, 
assim como seu conceitos relevantes para preocupações na rea, que se referem as causas das 
guerras, ao papel de classes e ao caráter da ideologia não foram utilizados na analise 
internacional, constituindo uma separação de influencia maior nas RI do que nas outras 
ciências sociais. 
Nos anos 80, a vertente Marxista ganha visibilidade, na economia politica internacional, com 
a aplicação de conceitos para analisar causas e consequências do mercado cada vez mais 
internacionalizado, em uma maneira de como eram moldados pelos fatores históricos e sociais 
amplos. 
O crescimento de produções literárias de sociologia histórica sobre competição internacional e 
formação de Estado, engajado ao marxismo, gerou frutíferos trabalhos sobre relações 
exogenas-endogenas, em como os Estados interagem no sistema mundial. O debate entre 
realismo e marxismo, em suma, gira em torno do Estado, em duas concepções distintas, uma 
vinda do direito e ciência politica, e outra do marxismo á sociologia weberiana, segundo a 
qual o Estado é percebido como entidade administrativa coercitiva, como algo interno aos 
países e sociedades, incluindo questões de como o internacional interage com o doméstico, e 
como as relações entre Estados e pessoas são afetadas por fatores internacionais. 
Em crítica diferenciação com as demais correntes, o surgimento da corrente feminista nos 
anos 80, trouxe questões que até então indiferentes para as RI. Trazendo debates sobre 
questões de gênero, incluindo as mulheres nos processos de desenvolvimento, em uma área 
diferente, os escritos feministas começaram a discutir conceitos centrais das RI, incluindo 
interesses nacional, segurança, poder e direitos humanos, apresentado na literatura dominante 
como neutros. Contudo o feminismo como outras teorias, enfatizam os direitos individuais e 
sociais, questiona o núcleo de pratica convencional das relações internacionais o valor 
supremo da soberania. 
O capítulo conclui que o internacional faz parte de elementos constitutivos, debatendo o lugar 
das RI em seu contextointelectual e histórico amplo, a parceria entre as RI e outras ciências 
sociais pode definir-se em uma abordagem conjunta que podem oferecer temas domésticos e 
internacionais. 
As relações internacionais por outro lado estão olhando pra outras duas dimensões de um 
mesmo processo, sem instruções ou negação da especificidade do outro, sugerindo uma 
produção estável e produtiva. Contudo as relações so podem concretizar-se se disciplina se 
tornar mais consciente, em particular em fatores externos que os afetam, aceitando sua propria 
sociologia de conhecimento.

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