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Sociedades não personificadas e Sociedade Simples

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Síntese Direito Comercial P3
Das Sociedades em Comum.
	Serão sociedades em comum aquelas carentes de personalidade jurídica, que só será adquirida por meio do registro no órgão competente (JUCESP OU RTDPJ), aqui neste Estado de São Paulo. (art. 986 CC) 	
	Foi previsto pelo Novo Código de Direito Processual Civil a situação das sociedades em comum, que mesmo não possuidoras de personalidade jurídica, poderão figurar no polo PASSIVO de uma demanda judicial; e nunca poderão opor perante terceiros, a condição que se encontram para esquivar-se de cumprir as obrigações. (art. 75 § 2° NCPC)
	Os sócios que constituem sociedade em comum, apenas comprovarão sua existência por escrito (documentos), enquanto que qualquer terceiro com interesse jurídico em provar tal existência, poderá fazer por qualquer meio probatório. (art. 987 CC)
	Os bens inerentes a atividade empresarial desenvolvida pelos sócios constituirão patrimônio especial, que será de titularidade comum dos sócios. (art. 988 CC)
	Estes bens do patrimônio especial ficarão obrigados pelos atos de gestão dos sócios, salvo se houver limitação expressa ou que o terceiro com quem negociam deveria saber de tal limitação de poderes do sócio; sem prejuízo para as obrigações pessoais que buscarem adimplemento no patrimônio de um dos sócios. (art. 989 CC)
	A responsabilidade dos sócios será solidária e ilimitada pelas obrigações sociais. Não existirá entre os sócios o benefício de ordem, respondendo todo patrimônio de todos os sócios pelas obrigações sociais.
Das Sociedades em Conta de Participação
	Nada mais é este ente jurídico despersonalizado do que um contrato, pelo qual existirão o sócio ostensivo e o sócio participante. A atividade do objeto social constituída nesse contrato será exercida apenas pelo sócio ostensivo, sob pena de responsabilidade do sócio participante para com terceiros. Será exercido objeto social por pessoa física ou jurídica, em nome do sócio ostensivo, sem qualquer participação e responsabilidade do sócio participante neste contexto. (991 caput e 993 parágrafo único, CC)
	A constituição desta modalidade de sociedade não necessita ingresso em nenhum dos registros supramencionados, podendo ser provada sua existência por todos os meios de direito; mesmo que tal contrato seja inscrito para guarda e conservação no Registro de Títulos e Documentos, nos termos do artigo 127, I da Lei 6.015/73, não adquirirá personalidade jurídica (art. 992 e 993 CC)
	Não poderá o sócio ostensivo admitir outros sócios, nem ostensivos nem participantes sem prévia anuência do(s) sócio(s) participante(s). (art. 995 CC)
	Toda contribuição do sócio participante ao ostensivo, constituirá patrimônio especial; no caso de falência do sócio ostensivo, o patrimônio especial responderá pelas obrigações concernentes a atividade; se falir o sócio participante, nada obsta na continuidade da atividade, podendo constituir credito as rendas provenientes desta Sociedade em Conta de Participação. (art. 994 § 1°, 2°, 3°)
	Aplicar-se-á à sociedade em conta de participação todos os institutos compatíveis ao da Sociedade Simples, e sua liquidação reger-se-á pelas normas relativas à prestação de contas, na forma da lei processual. (art. 996 CC) 
Sociedade Simples
	A Sociedade Simples remete a consecução de atividades apartadas do conceito do caput do 966, que considera-se empresário todo aquele que exerce atividade econômica organizada para a produção ou circulação de bens ou serviços, ou seja, quem não é considerado empresário de acordo com o parágrafo único do 966 CC (profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística) será quem poderá constituir Sociedade Simples desde que tal atividade constitua elemento de empresa.
	De forma resumida então, pode-se dizer que os sócios que constituem Sociedade Simples, exercem suas profissões em caráter pessoal. Sem a caracterização de empresa.
	Em consonância com o predisposto pela legislação ora citada em seus artigos 981, 982 e 983, celebram contrato de sociedade as pessoas que reciprocamente se obrigam a contribuir, com bens ou serviços, para o exercício de atividade econômica e a partilha, entre si, dos resultados.
	Como supramencionado, apenas se considerará empresária a sociedade que preencher os requisitos do 966 CC. 
	A sociedade simples poderá ser formada sob o regime de outro tipo de sociedade, e se não for estipulado nenhum regime, subordinar-se-á às normas que lhe são próprias. 
	A constituição da Sociedade Simples será dada por instrumento particular (contrato escrito), que mencionará todos os requisitos do art. 997 CC. Se inscrita no RTDPJ (Registro de Título e Documentos e Civil de Pessoa Jurídica) após 30 (trinta) dias de firmado o contrato, a personalidade adquirida pelo registro retroagirá a data de formação da PJ.
	Para se modificar qualquer das matérias referidas pelo artigo 997 CC, se faz necessário o consentimento de todos os sócios, as demais poderão ser decididas por maioria absoluta de votos, se o contrato não determinar deliberação unânime. Deverá ser averbada no RTDPJ qualquer modificação do contrato social, cumprindo-se as formalidades previstas pela Lei. Poderá a Sociedade Simples instituir sucursal, filial ou agência desde que proceda a inscrição dos atos constitutivos na RTDPJ competente (circunscrição). 
Dos Direitos e Obrigações dos Sócios
	Começam as obrigações dos sócios a partir da data do contrato e se extinguem da dissolução da sociedade; o sócio não pode ser substituído no exercício de suas funções sem o consentimento dos demais sócios, devendo tal modificação ser averbada no Cartório.
	A cessão total ou parcial da cota de sociedade só vigorará perante os demais sócios e poderá ser oposta perante terceiros apenas depois de formalizada averbação no Cartório. A partir da data da averbação de cessão de cotas de sócios, responderão o cedente e o cessionário solidariamente perante a sociedade e perante terceiros, pelas obrigações que tinha como sócio.
	Os sócios são obrigados às contribuições previstas no contrato, na sua devida forma e prazo e deixando de cumprir sua obrigação pelos 30 dias seguintes, responderá perante a sociedade simples (a que pertence) pelo dano emergente da mora.
	Responderá pela evicção o sócio que a título de quota social, transmitir o domínio, posse ou uso também respondendo pela solvência do devedor aquele que transmitir crédito. Não é necessária escritura pública para transferência de bens imóveis a título de quota social, podendo ser realizada por instrumento particular, sendo isento o proprietário do recolhimento do ITBI – Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis Inter-Vivos, já que não há efetiva transmissão da propriedade.
	Salvo estipulação em contrário do contrato, o sócio participa nos lucros e nas perdas; portanto será nula qualquer estipulação que exclua o sócio da participação dos lucros e das perdas.
Da administração.
	Todas as deliberações serão tomadas por maioria absoluta de votos, contadas segundo o valor das cotas sociais de cada sócio. O administrador da sociedade deverá ter, no exercício de suas funções, o cuidado e a diligência que todo homem ativo e probo costuma empregar na administração de seus próprios negócios. O administrador que for constituído por documento separado do contrato social deverá averbá-lo a margem da inscrição do contrato social, respondendo solidariamente pelos atos que praticar antes de requerer a averbação com a sociedade. Quando o contrato social não dispuser dos meios da administração, a administração compete separadamente a cada um dos sócios. No silencio do contrato, poderão os administradores praticar TODOS os atos pertinentes a gestão da sociedade. Se o objeto social não for a venda de bens imóveis, para tal alienação será necessária decisão por maioria de sócios. Por culpa no desempenho das funções responderão os administradores perante a sociedade e perante terceiros.
	O administrador não poderá fazer-se substituir no exercício de suas funções, sendo lhe facultadonos limites de seus poderes, constituir mandatários da sociedade, especificando no instrumento de mandato os atos e operações que possam praticar. 
	Os poderes concedidos por cláusula expressa do contrato social ao administrador são irrevogáveis, salvo justa causa reconhecida judicialmente, a pedido de pelo menos um dos sócios. São revogáveis a qualquer tempo os poderes conferidos a sócio ou administrador por ato separado.
	A sociedade adquire direitos e assume obrigações por meio de administradores com poderes especiais, não existindo estes, por qualquer dos sócios. Se os bens da sociedade não forem suficientes para cobrir as dívidas, responderão os sócios pelo saldo remanescente, na proporção de suas contribuições; salvo se existir cláusula de solidariedade. 
	Os bens dos sócios só poderão ser executados depois de executados pelas dívidas da sociedade todos os bens desta. (Incidente de Desconsideração da PJ)
	O sócio constituído após assunção das obrigações não se exime das dívidas sociais anteriormente existentes. O credor particular do sócio, poderá na insuficiência deste, fazer recair a execução sobre o que couber ao devedor nos lucros da sociedade.
Morte de um dos Sócios.
	No caso de morte de um dos sócios, liquidar-se-á sua quota salvo se o contrato dispuser de maneira diferente; se os sócios remanescentes optarem pela dissolução da sociedade; se por acordo com os herdeiros, fazer a substituição do sócio falecido.
	Além dos casos previstos pela Lei e pelo contrato, qualquer sócio pode retirar-se da sociedade mediante notificação dos demais sócios com antecedência mínima de 60 dias (sociedade de prazo indeterminado); se sociedade de prazo determinado, poderá retirar-se provando judicialmente sua causa.
Da Dissolução da Sociedade Simples.
	Dissolver-se-á a sociedade simples com vencimento do prazo de duração; por consenso dos sócios; por deliberação de maioria absoluta dos votos por dissolução da sociedade com prazo indeterminado; por falta de pluralidade de sócios e por falta de autorização para funcionar nos termos da Lei. No caso de falta de pluralidade de sócios, poderá o sócio remanescente transformar a Sociedade Simples em EIRELI.

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