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Taylorismo, Fordismo e Crise no Fordismo Professor Victor T. Bartolazzi vbartolazzi@hotmail.com 1 Aula 03 Frederic W. Taylor foi o primeiro a estudar a racionalização e a eficiência no trabalho, evidenciando o aumento da produtividade. 2 Dos estudos de Taylor surgiu um novo modelo de produção chamado Taylorismo e também conhecido como Administração Científica no final do século XIX, que se constituiu basicamente do sistema capitalista de produção. 3 Racionalizar definitivamente não é diminuir, pelo contrário é fazer o uso correto, ou necessário do insumo necessário ao processo produtivo, como, por exemplo, fazer a divisão de tarefas dentro de uma empresa com o objetivo de obter o máximo de rendimento e eficiência com o mínimo de tempo e esforço. 4 STONER e FREEMAN (1999) definem a racionalização como o redesenho de processos de trabalho visando aumentar a produtividade, sendo esta a mais bem sucedida forma de se trabalhar até os dias atuais; Taylor em seus estudos analisou cientificamente os métodos mais ágeis e os instrumentos mais adequados para se chegar à eficiência máxima nas organizações, assim, ele desenvolveu a Organização Racional do Trabalho (ORT), com o intuito de substituir os métodos empíricos e rudimentares pelos métodos científicos. ORT (ORGANIZAÇÃO RACIONAL DO TRABALHO) 1. Análise do trabalho e estudo dos tempos e movimentos: este aspecto consistia em determinar o tempo médio padrão para o desenvolvimento das tarefas da área produtiva. O principal motivo do estudo dos tempos e movimentos é a reestruturação da tarefa e movimentos mais simples e mais rápidos; 2. Divisão do trabalho e especialização do operário: a ideia básica de Taylor era de que a eficiência aumenta com a especialização, ou seja, quanto mais especializado for o operário, tanto maior a sua eficiência 5 3. Desenho de cargos e Salários: do ponto de vista de uma análise científica, considerou ser preciso desenvolver métodos, analisando cada tarefa detalhadamente, na busca da melhor maneira de executá-las. O método deve conter a descrição das tarefas, os passos, os meios e os prazos para execução; 4. Incentivos salariais e Prêmios de Produção: o objetivo da boa administração é pagar salários com baixos custos de produção. Assim, torna- se necessário desenvolver incentivos salariais de prêmios de produção. Ultrapassado o tempo padrão de execução, o trabalhador passa a receber salário adicional que promove nele um desejo de ser cada vez mais eficiente e, em consequência, a empresa se tornaria também mais eficiente; 5. Condições ambientais: quanto melhor o ambiente de trabalho maior é a produtividade do trabalhador; 6.Padronização dos métodos: conduz a simplificação na medida em que a uniformidade reduz a variabilidade e as exceções que complicam as coisas, ou seja, a padronização é o caminho para se ter um maior controle da qualidade e da produtividade nas organizações. 6 A eficiência é um dos fundamentos básicos da máxima produtividade, com o uso da eficiência em seus processos as organizações racionalizam seus recursos, ou seja, fazem o uso correto dos mesmos evitando o desperdício ou retrabalho, o que lhes garante a sobrevivência no mercado. 7 Você com certeza já sabe que devido as pressões geradas pela competitividade neste mundo globalizado a eficiência passou a ser vista como questão de sobrevivência nas organizações; A DIVISÃO E ESPECIALIZAÇÃO DO TRABALHO • Apesar da evolução das técnicas de gestão das organizações, a divisão de tarefas e cronometragem dos tempos de trabalho, em busca do tempo padrão em uma determinada atividade, é um método muito utilizado para se alcançar a eficiência. • De acordo PEINADO & GRAEMI (2007), a metodologia para determinar as melhores práticas para os movimentos de montagem, exclusivo das indústrias, estendeu-se para as demais organizações. 8 Hoje em dia, é comum observar que a análise do tempo é aplicada até em um corte de cabelo em um salão de beleza, assim como num preparo de um sanduíche em uma cadeia de restaurantes do tipo fast food, entre outros; 9 ANÁLISE DO ESTUDO DE TEMPOS E MOVIMENTOS O estudo de tempos, movimentos e métodos segundo PEINADO & GRAEMI (2007), aborda técnicas que submetem a uma detalhada análise de cada operação de uma dada tarefa, com o objetivo de eliminar qualquer elemento desnecessário à operação e determinar o melhor e mais eficiente método para executá-la; O objetivo da medida dos tempos de trabalho é determinar a melhor e mais eficiente forma de desenvolver uma tarefa; 10 Ressalta PEINADO & GRAEMI, (2007), que o estudo de tempos não tem apenas a finalidade de estabelecer a melhor forma de trabalho, como também procura encontrar um padrão de referência que servirá para: 11 • Determinar a capacidade produtiva da empresa; • Elaborar os programas de produção; • Determinar o valor da mão-de-obra direta no cálculo do custo do produto vendido (CPV); • Estimar o custo de um novo produto durante seu projeto e criação; • Balancear as linhas de produção e montagem. FORDISMO/ CRISE DO FORDISMO 12 A linha de montagem ou produção em série proposta por Taylor intensificou o ritmo de trabalho e com isto houve a especialização da mão-de-obra e a individualização as tarefas. Com este modelo, os custos de produção diminuíram e os lucros aumentaram; De acordo com PERES (2012) a indústria automobilística caracterizou-se por ser pioneira na organização da produção industrial e, a partir dela, foi originado o modelo fordista de produção, assim como os métodos flexíveis de produção, que inseriram o uso de robôs industriais e a produção informatizada. 13 O objetivo do Fordismo era reduzir ao máximo os custos de produção, para atender o maior número de consumidores, o que caracterizou a produção em massa como a primeira característica do fordismo. A produção de automóveis, que no início era meramente artesanal e individualizada, ganharia a massificação através da aplicação dos métodos do taylorismo por Henry Ford, para atender o potencial consumo de massas; 14 A genialidade de Ford está centrada na concepção do clássico (modelo T), que foi um único modelo de carro com única cor preta, atingindo a redução de custos e padronização da produção. O fordismo representou um estágio mais avançado do taylorismo, haja visto que Ford aperfeiçoou o sistema produtivo desenvolvido por Taylor; Ford, porém, foi além, inovando na gestão de pessoas; em 1914, adotou a jornada de trabalho de oito horas e duplicou o valor do salário dos trabalhadores.
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