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Administração científica nas organizações modernas Gefferson da Graça Lima Líria Pâmela Barbosa da Silva Oliveira Renato costa de Vasconcelos Professor-Jonison dos Passos Vilhena Administração (FLX0221) – Prática do Módulo IV 13/06/2019 RESUMO Administração científica é um modelo de administração que foi desenvolvido por Frederick Taylor. Taylor é considerado o pai da administração, por isso essa teoria da administração também é conhecido como Taylorismo. Essa nova visão da administração resultou em impactantes mudanças da maneira pela qual os indivíduos se relacionava com o trabalho. Portanto, com base em analises bibliográficas, esse trabalho tem por objetivo geral analisar as influencias e contribuições da administração científica para as organizações modernas. Mostrando como surgiu essa teoria quais seus principais autores, o impacto causado nas organizações da época, bem como descrever suas características positivas e negativas e por fim mostrar por meio de analises e exemplos qual a sua relevância nas organizações nos tempos atuais. Palavras-chave: administração cientifica. Taylorismo. Organização Racional do Trabalho 1INTRODUÇÃO Em meados do século XIX o racionalismo chegou ao auge, pois, passou a ser aplicado nas ciências sociais e naturais, contudo o racionalismo ainda não havia atingido o campo do trabalho. Para Oliveira (2010) a racionalização no âmbito do trabalho teve contribuição direta para a estruturação da administração. Contribuição direta para maior eficiência nos processos produtivo, incluindo redução de custos. Não implicou, na maior parte das vezes, em maior carga horária e, muito menos, em piores condições de trabalho. Em contexto mais amplo, contribui para a evolução das comunidades onde as fabricas se localizam. Contribuição direta para a estruturação e a aplicação dos princípios da administração.(OLIVEIRA,2010,P.74) É nesse momento da historia que nasce a administração científica. A administração cientifica visava a racionalização. E teve como principal autor Frederick Wislow Taylor. Sua maior contribuição foi de perceber a grande necessidade que as empresa da época tinham em melhorar seus processos de produção. Para tanto Taylor buscou analisar minunciosamente a execução dos processos de cada tarefa dos operários dentro da fabrica, visando com isso melhor eficácia e eficiência. De acordo com o wikipedia O taylorismo caracteriza-se pela ênfase nas tarefas, objetivando o aumento da eficiência ao nível operacional. A administração cientifica que foi iniciada por Taylor e seus seguidores, acarretou na primeira teoria administrativa, e que acabou contribuindo de forma relevante na concepção e formação das próximas escolas da administração. 2. ORIGEM DA ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA A administração científica surgiu no fim do século IXX inicio do século XX com a revolução industrial. A revolução industrial introduziu uma nova maneira de produção, foi onde surgiu a adoção das primeiras maquinas nos processos de produção, isso tornou o trabalho mais eficiente, contudo ainda não tinha causado racionalização da organização e da realização do trabalho. A revolução industrial introduz um novo modo de produzir que inclui, dentre outras características, o trabalho coletivo, a perda do controle do processo de produção pelos trabalhadores e a compra e venda da força de trabalho. Neste contexto, no final do século XIX e início do século XX apareceram os primeiros trabalhos tratando da administração com o objetivo de racionalização do trabalho. (MATOS, PIRES,2006,P.2). A administração cientifica foi um modelo de administração criado por Frederick Winslow Taylor, na busca de garantir o melhor custo-benefício pro sistema produtivo. É um modelo de administração criado pelo americano Frederick Winslow Taylor no fim do século XIX e início do século XX e que se baseia na aplicação do método científico na administração com o intuito de garantir o melhor custo/benefício aos sistemas produtivos. Taylor procurava uma forma de elevar o nível de produtividade conseguindo que o trabalhador produzisse mais em menos tempo sem elevar os custos de produção. Assim, ele observou que os sistemas administrativos da época eram falhos. A falta de padronização dos métodos de trabalho, o desconhecimento por parte dos administradores do trabalho dos operários e a forma de remuneração utilizada foram as principais falhas estudadas por Taylor (ARRUDA, 2013,P,8). Sendo assim, a administração científica tem ênfase nas tarefas, na estrutura formal e nos processos organizacionais. O nome deve-se a tentativa de se aplicar os métodos de observação e mensuração nos problemas administrativos, com foco em aumentar a eficiência industrial. 2.1PRINCIPAIS AUTORES DA ADMINISTRAÇAO CIENTÍFICA Frederick Winslow Taylor (1856-1915) foi o grande precursor da administração científica. Mas Taylor também teve seus seguidores os, como; Henry l. Gantt (1868-1919), Frank e Lilian Gilbreth (1868-1924) e (1878-1972), Hugo Musterbeg e Henry Ford a quem é atribuído o Fordismo, ambos tiveram grande relevância para o avanço da administração científica. Taylor plicou a administração científica aos padrões de produção, padronização de maquinas e ferramentas, métodos e rotinas para execução de tarefas e prêmios de produção para incentivar a produtividade. Embora se preocupasse mais com a filosofia - com a essência da ideia que exige uma revolução mental tanto da parte direção como da parte dos operários -,seus seguidores, por outro lado ativeram-se mais as técnicas e à parte administração cientifica. (CHIAVENATO, 2006, CAP3). Foi com o intuito de garantir o máximo de prosperidade para os patrões e ao mesmo tempo aos empregados que Taylor e seus seguidores aplicaram a administração científica nas organizações da época(CHIAVENATO,2006). 2.2 FREDERICK TAYLOR Frederick Taylor nasceu na Filadélfia nos Estados Unidos. Veio de uma família religiosa protestante. Deu inicio a sua carreira na Midvale Steel Co., começou como capataz até torna-se engenheiro. “Na época, vigorava o sistema de pagamento por peça ou por tarefa” Chiavenato (2006). Dessa forma os patrões tentavam ganhar o máximo na hora de fixa preço e tarefa enquanto que os operários reduziam o ritmo de trabalho devido o baixo pagamento. Isso levou Taylor a estudar o problema da produção, na tentativa de encontrar uma solução justa para empregados e patrões (CHIAVENATO, 2006, CP.3). Taylor teve sua historia na administração cientifica dividida em duas partes. A primeira foi quando publicou o seu livro Shop Management ( administração de oficinas) em 1903 que falava da racionalização do trabalho operário, através do estudo de tempos e movimentos. “Nos estudos realizados por Taylor destacou-se que ele Verificou que o operário médio, com o equipamento disponível, produzia muito menos do que era potencialmente capaz” (CHIAVENATO,2014,P.56). Nesse estudo Taylor concluiu que se o operário que produzia muito percebesse que seu colega que tinha a mesma função produzir-se menos, E ganha-se a mesma remuneração, isso desmotivaria o operário, que agora passaria a produzir igual ou ate menos que o colega. Taylor então propôs o pagamento conforme o volume de produção, conseguindo assim aumento significativo na produção. O segundo período foi quando Taylor publicou seu livro Princípios da Administração Científica em 1911. Aqui Taylor concluiu que a racionalização do trabalho operário deveria ter uma estrutura geral, para assim sua aplicação ser coerente na empresa como um todo.(CHIAVENATO 2006). De acordo com Chiavenato (2014) para Taylor as industrias de sua época sofriam de três males; vadiagem dos operários, que ao perceberem que se trabalhassem num ritmo lento ganhariam o mesmo do que trabalhava mais rápido, o fator dos gerentes desconhecerem as rotinas e temponecessário para executar as tarefas e a falta de padronização na execução das tarefas e ausência de técnicas adequadas. A administração cientifica foi aplicada aos padrões de produção, padrão de maquinas e ferramentas, buscando incentivar a produtividade. Taylor e seus seguidores se preocupavam em construir uma administração com base na racionalização e no controle da atividade humana. Taylor e seus seguidores se preocuparam em construir um modelo de administração com base na racionalização e no controle da atividade humana; uma espécie de engenharia aplicada à administração cientifica concentrou-se na tecnologia de produção em massa, cujos princípios se apoiam em conceitos ligados ao estudo de tempo e movimento. (CHIAVENATO, 2007,P.8). Em suma o Taylorismo tinha por objetivo o aprimoramento do trabalho operacional, enfatizando as tarefas de modo a fazer com que uma empresa atinja eficiência através da racionalização de operário. 2.3 SEGUIDORES DE TAYLOR Taylor teve seguidores que desenvolveram a linha de seus estudos, dentre os quais temos: Frank e Lilian Gilbreth, Henry Gantt, Hugo Munsterberger e Henry Ford. Seguidores estes que se dedicaram para estudar administração científica, completar e discutir o trabalho de Taylor. Henry L. Gantt: focou em estudar exclusivamente como o trabalhador executava as tarefas, dando muita ênfase em relação à busca na redução dos tempos e movimentos de execução de cada tarefa. Nesse período surgiu a “racionalização do trabalho” que oferta o primeiro sistema de incentivo salarial, baseado na produção diária do empregado, partindo de salário-mínimo fixo, mais um bônus por cada peça produzida a mais. Uma das mais relevantes contribuições de Gantt, conforme destaca Kwasnicka (2006, p. 33): “[...] foi o conceito de delimitação de tarefas. Ele defendeu esse conceito como uma ajuda para maior eficiência, surgiu que é responsabilidade da administração verificar que a tarefa seja delimitada corretamente e que os meios estejam disponíveis para que ela seja executada”. A procura pela eficiência da produção, estudada por Gantt, foi essencial na aplicação dos processos e tarefas individuais, e teve seus reflexos sobre a economia nacional e sobre o bem-estar social de modo geral. Frank e Lilian Gilbreth buscaram se aprofundar em um estudo com relação ao nível de trabalho do individuo, acreditando que o resultado do trabalho individual depende muito do ambiente físico, das oportunidades, e das atitudes com relação as tarefas executadas na fabrica. Criaram estudos a respeito dos micromovimentos de cada trabalhador e sua posição física no local de trabalho, o posicionamento de suas ferramentas, o uso adequado delas e da matéria- prima em processamento. Segundo Kwasnicka (2006, p.4) “Fizeram vários experimentos, utilizando diversas formas de executar uma mesma tarefa, ora por um só individuo, hora dividindo a tarefa em partes, até definir um método mais racional e econômico de executa-la”. Com o desenvolver dos estudos e vivenciando o dia a dia dos colaboradores, Frank e Lilian Gilbreth passaram a se preocupar com as características físicas, mas precisamente a fadiga, e determinaram intervalos de parada para descanso; Deixando claro a melhor alocação das maquinas e equipamentos, bem como a melhor posição física dos operários, com o intuito de reduzir o cansaço e o tempo de parada. A maior objetividade observada no estudo foi mostrar e conseguir a melhor adaptação do operário à maquina e da maquina ao operário, tornando-se um equipamento só no sistema produtivo. Hugo Musterberberg: é conhecido como o criador da psicologia industrial. “Propõe a psicologia da indústria porque ele ajuda a encontrar os homens mais capacitados para o trabalho; define as condições psicológicas mais favoráveis ao aumento da produção; produz as influências desejadas pela administração na mente humana” (ANDRADE; AMBONI, 2007, p. 56). Construiu e pós em pratica os primeiros testes de seleção de pessoal. Foi pioneiro em consultoria de organizações nos assuntos de comportamento humano. Henry Ford, teve grande relevância e forte impulso na Administração Cientifica, com sua obsessão em fabricar e lançar um carro popular no mercado dos Estados Unidos. Entre 1905 e 1910, Ford promoveu a grande inovação do século XX: a produção em massa. Embora não tenha inventado o automóvel, nem mesmo a linha de montagem, Ford inovou na organização do trabalho - a produção de maior número de produtos acabados com a maior garantia de qualidade e pelo menor custo possível (CHIAVENATO, 2014, P. 66-67). Este inovador método proposto por Ford é considerado um dos mais relevantes, pois estabeleceria uma nova maneira da sociedade viver e consumir produtos e serviços. Este grande entusiasta da administração cientifica, fez fortuna na sua época em decorrência da busca constante do aperfeiçoamento de métodos e processos de trabalho. Ford teve uma incrível intuição de marketing e concluiu que o mundo estava preparado para um carro financeiramente acessível. Em seguida, buscou as técnicas de produção em massa como a única forma de viabilizá-lo. Então, definiu um preço de venda e desafiou a organização a fazer com que os custos fossem suficientemente baixos para garantir aquele preço. Assim deu ao mercado o que ele queria: modelos simples e acessíveis. O problema pipocou três décadas depois, quando os outros fabricantes, principalmente a GM, começaram a acrescentar opcionais aos carros, enquanto Ford continuava fabricando os mesmos modelos simples, básicos e apenas na cor preta. O gênio do marketing perdeu a percepção e a noção daquilo que os clientes passavam a aspirar (CHIAVENATO 2014, P.57). QUADRO1-OS PRINCIPIOS DE FORD FONTE: Adaptado de Chiavento(2014) e Andrade e Amboni(2007,p.57). Assim Ford ficou conhecido como o gênio do marketing e com seu intenso empenho Ford conseguiu baixar os custos de consumo, o que resultou em muitas inovações técnicas e de negócios (ARRUDA,2013). Os três princípios básicos de Ford Por Andrade e Amboni 1- Aintensificação: objetivava minimizar o tempo de duração da produção por meio da utilização de meios adequados, para a colocação rápida no mercado. 2- A economicidade: visa fazer com que as empresas reduzissem ao mínimo possível o nível de estoques. Ford tratou, desta forma, dois conceitos básicos, ou seja, o da integração vertical e horizontal. A integração vertical consiste na verificação de quantas etapas deve passar um produto desde que é fabricado até chegar às mãos do consumidor. A integração horizontal mostra o numero de centros de distribuição dispersos geograficamente para facilitar a distribuição dos produtos em menos tempo. 3- A produtividade: pode ser intermediada por meio da especialização do trabalhador. 4.IMPACTO NAS ORGANIZAÇOES DA ÉPOCA A administração científica causou grande impacto na sua época, tanto para as organizações que agora passaram a aplicar métodos racionais nas suas linhas operacionais, quanto aos trabalhadores que agora teriam que se enquadrar nessas novas regras. A administração cientifica também causou uma revolução no custo dos bens manufaturados. E a consequência imediata da administração cientifica foi uma redução revolucionaria no custo dos bens manufaturados. Aquilo que era luxo acessível apenas aos ricos, como automóveis ou aparelhos domésticos, tornou-se disponível para as massas. A administração cientifica tornou possível o aumento dos salários ao mesmo tempo em que se reduzia o custo total dos produtos. Ate então, o baixo custo de um produto significa também salários mais baixos. Além disso, o operário não especializado, que recebeu um salario suficiente apenas substancial e que constituía o maior contigente da força de trabalho do século XIX, tornou-se rapidamente obsoleto. Em seu lugar surgiu umnovo grupo de trabalhadores os operadores de maquinas como os operários das linhas de montagem do automóvel. Entre 1910 e 1940 os operadores de maquinas tornaram-se o maior grupo ocupacional nos paizes industrializados, ultrapassando em quantidade, trabalhadores do campo e operarios(CHIAVENATO,2006, CP3). A administração cientifica também causou resistência por parte de algumas organizações da época. Devido a pretensão de empresas manterem uma flexibilidade operacional alguns empregadores evitavam aplicar o Taylorismo nas organizações (CLEGG;KANBERGER;PITSIS,2011,P466). A separação entre direção e execução, autoridade monocrática, acentuação do formalismo na organização, a visão da administração, como possuidora de idênticos interesses ao operário foi também um dos marcos da administração cientifica (TRAGTENBERG,1971). 5.CARACTERISTICAS DA ADMINISTRAÇÃO CIENTIFICA Com a aplicação da administração cientifica Taylor pretendia racionalizar os movimentos, bem como eliminar aqueles que causavam fadigas e que não estavam diretamente ligados a tarefa ocupacional. Em suas observações Taylor percebeu que cada operário trabalhava a sua maneira e com as ferramentas que julgasse melhor, percebeu também que os trabalhadores aprendiam ao observar seus colegas de trabalho, o que os levava a adotarem a forma que melhor lhes parecesse para realizar suas funções. Ele então resolveu o modo mais rápido, eficiente e mais adequado para a execução dessas tarefas. Foi com esse objetivo que ele criou a ORT- Organização Racional do Trabalho, que esta dividida em oito aspectos. 1. Analise do trabalho e dos estudos do tempo e movimento: estudava o tempo e movimento dos operários visando a determinação do tempo médio que o operário levaria para executar suas funções. Dessa forma eliminava-se os movimentos desnecessários e se padronizava um método de trabalho. Elimina o desperdício de esforço humano e de movimentos inúteis; Racionaliza a seleção dos operários e sua adaptação ao trabalho; Facilita o treinamento dos operários e melhora a eficiência e o redimento da produção pela especialização das atividades; Distribui uniformemente o trabalho e evita períodos de falta ou excesso de trabalho ;Define métodos e estabelece normas para a execução do trabalho; Estabelece uma base uniforme para salários quantitativos e prêmios de produção.(CHIAVENATO,2014,P,57-58) FIGURA 1- IMAGEM DO FILME TEMPOS MODERNOS FONTE: Disponivel em:http://mariliaglobal.com.br/wp-content/uploads/2016/05/Tempos- modernos-foto-03.jpg. Acesso em 17 de junho de 2019. Acima vemos uma imagem do filme tempos modernos (1936) de Charles Chaplin que apresenta essa escola, no filme podemos vê que cada operário tem sua função, equipamentos específicos e movimento certos, de forma a realizar o trabalho com maior eficiência. No filme também é feito uma analise critica á produção fordista, por tornar o trabalho repetitivo, monótono e alienante. 2. Estudo da fadiga humana: esse estudo dos movimentos humano tem tripla finalidade, conforme Chiavenato (2014,p.58): “1- Evitar movimentos inúteis na execução de uma tarefa; 2- Execução econômica dos movimentos úteis do ponto de vista fisiológico; e 3- Seriação apropriada aos movimentos”. O estudo dos movimentos é baseado na anatomia e na fisiologia humana. Nesse contexto Gilbert (2007) realizou estudos sobre os efeitos da fadiga na produtividade do operário. Ele também propôs três princípios da economia de movimentos para reduzir a fadiga; relativos ao uso do corpo humano, ao arranjo material do local de trabalho e ao desempenho das ferramentas e equipamento. Esse estudo tinha por objetivo racionalizar os movimentos e eliminar aqueles que causavam fadiga. 3. Divisão do trabalho e especialização do operário: o estudo dos tempos e movimentos desencadeou a reestruturação das operações industrias nos Estados Unidos. Como uma decorrência desse estudo ocorreu a divisão do trabalho e especialização do operário, com objetivo de aumentar a produtividade. Dessa forma o operário passou a ser especialista na execução de uma única tarefa, ajustando-se assim aos padrões e normas definidas pelo método. (RICHTER,VICENZI,2016,P26). 4. Desenho de cargos e tarefas: a administração cientifica foi a primeira a estabelecer racionalmente cargos e tarefas. Para Chiavenato( 2014) a simplificação no desenho de cargos e movimentos tem as seguintes vantagens: 1-Admissão de empregados com qualificações mínimas e salários menores, reduzindo os custos de produção;2- Minimização dos custos de treinamento; 3- Redução de erros na execução diminuindoos refugos e as rejeições; 4-Facilidade de supervisão, permitindo que cada supervisor controle um número maior de subordinados; 5-Aumento da eficiência do trabalhador, permitindo maior produtividade.(CHIAVENATO, 2014, P.60) 5. Incentivos salariais e prêmios de produção: depois de analisar o trabalho, racionalizar as tarefas, padronizar o tempo de execução, selecionar o operário e treina-lo conforme o método estabelecido restara fazer com que o trabalhador colabore com a empresa, trabalhando conforme os padrões de tempos previstos.(RICHTER,VICENZI,2016,P.27). A ideia básica era de que a remuneração baseada no tempo (salario, diário ou por hora) não estimula ninguém a trabalhar mais e deve ser substituida por remuneração baseada na produção de cada operário (ex.: salario por peça), operário que produz pouco ganha na produção de sua produção. O estimulo salarial adicional para que os operários ultrapassem o tempo padrão é o prêmio da produção. (RICHTER, VICENZI,2016,P.27). 6. Conceito do homo economicus: a administração cientifica teve como base o conceito homo economicus, ou seja, do homem econômico. Segundo esse conceito toda pessoa é influenciada unicamente por recompensas salariais, econômicas e materiais. Conforme Richter e Vivenzi (2016,p27) “O homem é motivado a trabalhar pelo medo da fome e pela necessidade de dinheiro para viver”. 7. Condições ambientais de trabalho: a adequação de instrumentos e ferramentas de trabalho faziam parte do conjunto de fatores que garantiriam o bem-estar físico do trabalhador. Pois, verificou-se que a eficiência não dependia somente de método de trabalho e do incentivo salarial. 1- adequação de instrumentos e ferramentas de trabalho e de equipamentos de produção para minimixar o esforço do operador e perda de tempo na execução da tarefa; 2-arranjo físico da maquinas e dos equipamentos para racionalizar o fluxo da produção; 3- melhoria do ambiente físico de trabalho de maneira que o ruído, a ventilação , a iluminação e o conforto no trabalho não reduzam a eficiência do trabalhador; 4- projeto de instrumentos e equipamentos especiais, como transportadores, seguidores, contadores e utensílios para reduzir movimentos inúteis (CHIAVENATO,2014,P.61). 8. Padronização: a organização do trabalho não se atentou apenas a analise do trabalho, estudo de tempos e movimentos, fadiga e especialização operacional, divisão de trabalho planos de incentivos salarias. Foi além e passou a se preocupar também com a padronização de métodos e processos de trabalho, máquinas e equipamentos, ferramentas e instrumentos, matérias-primas e componentes no intuito de reduzir a variabilidade e a diversidade no processo produtivo, e daí eliminar o desperdício e aumentar a eficiência. Com esses aspectos Taylor criou uma revolução mental entre a administração e os trabalhadores, definindo aspectos claros para otimizar a eficiência da produção. 6. VISÃO CRITICA DA ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA A administração cientifica pode ser chamada também de Estudo cientifico do trabalho, pois, ela foi a precursora da organização moderna do trabalho(CHIAVENATO,2011). O Taylorismo é sofreu varias critica o que não diminui seu mérito. Muitos foram os fatores da época que contribuíram para essas criticas, como por exemplo,o preconceito tanto dos empresários como dos trabalhadores, a mentalidade predominante da época, a falta de conhecimentos administrativos, e a pouca experiência industrial, esses fatores não deram condições propiciais para formulação de hipótese e elaboração de conceitos mais rigorosos. A administração cientifica restringiu-se as tarefas e aos fatores relacionados ao cargo e a função do operário. Embora toda organização seja constituída de pessoas, deu pouca atenção ao elemento humano. A organização era concebida como uma maquina dotada de peças e engrenagens, “um arranjo rígido e estático de peças”. Dai a denominação “teoria da maquina” dada a administração cientifica (CHIAVENATO2006, CAP,3) De acordo com Chiavenato (2011) as principais críticas à administração cientifica são as seguintes: 1. Mecanismo da administração cientifica: mesmo a organização sendo constituída por pessoas pouca atenção foi dada ao elemento humano, assima organização acbou sendo concebida como um “arranjo rígido e estático de peças”. Os mesmos princípios adotados por Taylor para ajudar os interesses de patrões e empregados foram alvos de criticas mais tarde. O fato de supor que o homem é motivado exclusivamente pelo interesse material e financeiro, para produzir o máximo possível (conceito do homo economicus), sem levar em conto outros fatores motivacionais, foi outro aspecto mecanicista dessa teoria. 2. Superespecialização do operário: para se alcançar a eficiência, a administração cientifica preconizava a especialização do trabalho, através da divisão e subdivisão de toda operação nos seus elementos construtivos. Taylor mostrou que a maneira que o trabalhador executava suas tarefas era mais fatigante, menos segura e menos econômica. Contudo esse aspecto de que “a eficiencia administrativa aumenta com a especialização do trabalho” não teve amparo em pesquisas posteriores, pois qualquer aumento na especialização não resultara necessariamente num aumento de eficiência. 3. Visão microscópica do homem: Visualiza cada operário individualmente ignorando o fato de que o trabalhador é um ser social. Devido a sua visão negativa do homem, na qual as pessoas são preguiçosas e ineficiente Taylor enfatiza o papel monocrático do administrador. Dessa forma o seu esquema implica no aumento do trabalho desqualificado que está ligado uma estrutura monocrática e alienante onde a principal virtude é a obediência. 4. Ausência de comprovação científica: limitada apenas a aspectos formais da organização, omite a parte informal e os aspectos humanos. Ignorando completamente a vida social dos trabalhadores. Por isso a administração cientifica é uma ciência, parcial, inacabada e incompleta. 5. Limitação do campo de aplicação: ficou restrita aos problemas de produção da fabrica, não considerando os demais aspectos organizacionais. 6. Abordagem prescritiva e normativa: é uma abordagem com métodos antecipados respostas enlatadas e conceitos normativos que dizem comandam o como fazer a coisa, focando como a organização deve funcionar ao invés de explicar como ela funciona. 7. Abordagem de sistema fechado: administração cientifica não enxerga organização como um todo, como se ela fosse fechada a influencias externas. Caracterizada por visualizar apenas aquilo que acontece dentro da organização. 8. Pioneirismo na administração. 7. IINFLUENCIAS E CONTRIBUIÇÕES DA ADMINISTRAÇÃO CIENTIFICA NAS MODERNAS ORGANIZAÇÕES O modelo de administração criado por Taylor entre o final do século XIX e início do século XX, buscou garantir o melhor custo-benefício para setor produtivo ficando conhecido como administração científica, esse modelo de administração não morreu com o passar do tempo e ainda hoje esta presente nas organizações, sendo submetida cada dia a frequentes inovações. A administração cientifica de Taylor ainda não morreu, ela esta sendo submetida a constantes inovações. Seus conceitos básicos, como, desperdício, eficiência e produtividade, ainda estão na crista da onda. É o caso do toyotismo. A Toyota não inventou a concorrência baseada no tempo e na velocidade, mas conseguiu transforma-la em uma espécie de marca registrada.[...] usando o copiadíssimo Sistema Toyota de Produção (TPS). O TPS baseia-se no fato de que quanto menor uma operação, mais rapidamente ela será executada. Isso já fora percebido por Henry Ford [...] Essa abordagem revolucionária da Toyota ficu conhecida como sistema de manufatura just-in-time (JIT). (CHIAVENATO,2006,CAP.3) As organizações industrializadas atuais assim como as do século passado também buscam a redução dos custos de produção e o aumento da produtividade. Uma das propostas de Taylor foi a de selecionar as pessoas adequadas para cada função da organização, e ainda hoje, percebe-se organizações que põem em pratica esse aspecto através da seleção e recrutamento. As grandes empresas que trabalham com a linha de montagem exemplificam bem a administração cientifica, porém atualmente de uma forma menos mecanicista. Contudo, essas organizações continuam buscando métodos que visão eficiência para conseguirem, aumento dos lucros com o mínimo de custo possível. Para Chiavenato (2007,p.105) a maior contribuição da administração cientifica, foi sem duvidas a de propor a seletiva das pessoas adequadas para o processo de trabalho, escolha de equipamentos e maquinas adequadas para o processo de produção, bem como, o treinamento adequado das pessoas selecionadas para que elas conseguissem através da repetição eliminar imperfeições na tecnologia, aumentando assim a eficiência, reduzindo assim erros e perdas de energia executar suas funções aumentando dessa forma a produtividade. O Taylorismo também verificou que para o trabalhador produzir mais e com máxima qualidade ele precisaria também de um ambiente físico de trabalho adequado. Atualmente vemos essa característica presente nas organizações através da segurança no trabalho que visa proporcionar um ambiente saudável para o trabalhador. Assim como na época de Taylor as organizações atuais também se preocupam com a melhoria das condições de trabalho como por exemplo; iluminação, ruído, climatização, equipamentos e segurança no trabalho. Sendo assim, fica claro que a administração cientifica continua presente nas organizações modernas, entretanto, não é mais valida a ideia da desumanização do colaborador, que atualmente não é mais visto como uma “máquina”. Hoje em dia as organizações não se preocupam só com o ambiente de trabalho, elas também visão o colaborador como parte fundamental da empresa, elas não olham mais para o funcionário como se ele fosse apenas um instrumento de trabalho. Atualmente o trabalhador é considerado um ser social que não depende apenas de dinheiro para motivação. Além disso, Taylor tinha as organizações como um ambiente fechado que não sofria influencias externas. Para as organizações modernas essa ideia é ultrapassada, nos tempos atuais as empresas são tidas como um sistema aberto que podem sofrer constantes mutações internas e externas. E para conseguirem se manter no mercado devem estar sempre atualizadas e preparadas as constantes e inevitáveis mudaças do mercada. (KNUTH,2012,P.13). Sem duvidas o Taylorismo foi fundamental no avanço das organizações indústrias do século passado e continua sendo relevante para as organizações modernas. E não há como superar o Taylorismo por completo, até porque essa metodologia proporcionou inúmeros avanços, como; melhoria na qualidade dos produtos, redução de custos, organização do ambiente de trabalho, melhor aproveitamento do trabalhador, redução da carga horaria de trabalho e o aumento salarial. A grande diferença nos dias atuais é que o emprego e o seu bem estar é visto como essencial para o êxito da organização, a visão de que o empregado é apenas uma peça do processo de produção previsível e mecânicajá esta obsoleta 8. CONSIDERAÇÕES FINAIS Podemos concluir que administração cientifica causou grande impacto nas organizações e na vida dos operários da sua época. Ele revolucionou o modo de trabalho como as indústrias gerenciavam suas organizações, fez com que o trabalhador que antes fazia suas funções como bem lhe parecesse, passasse a se enquadrar num padrão e ritmo de trabalho. Mesmo já sendo uma ciência centenária, a administração cientifica que também ficou conhecida como Taylorismo ainda nos dias de hoje é indispensável na busca de eficiência e produtividade. REFERENCIAS Arruda, L. administração rural e economia rural. Instituto formação,2013- infocursos.com.br CHIAVENATO, Idalberto. Administração: teoria, processo e pratica. Rio de janeiro: Elsevier,2007. CHIAVENATO, Idalberto. Principios da administração: o essencial em teoria geral da administração.2ed. Barueri; São Paulo: Manole.2006. CHIAVENATO, Idalberto. Teoria geral da administração. Rio de janeiro: Elsevier.2002. Clegg, S; konberger, M; Pitsis, T. administração e organuzações: uma introdução á teoria e a pratica,2ed. São Paulo: Atmed,2011. Matos, Eliane; Pires, d. Teorias administrativas do trabalho: de Taylor aos dias atuais, influencias no setor saúde e na enfermagem. Florianopolis, SC.2006. Richter, R; Vicenzi, T,K. Fundamentos e teoria organizacional. Indaial: Uniasselvi,2016. Tragtenberg, M. A teoria geral da administração é uma ideologia. São Paulo: Scielo,1971.
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