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Administração científica nas organizações 
modernas 
 
 
Gefferson da Graça Lima 
 Líria Pâmela Barbosa da Silva Oliveira 
Renato costa de Vasconcelos 
Professor-Jonison dos Passos Vilhena 
Administração (FLX0221) – Prática do Módulo IV 13/06/2019 
 
 
 
RESUMO 
 
Administração científica é um modelo de administração que foi desenvolvido por Frederick 
Taylor. Taylor é considerado o pai da administração, por isso essa teoria da administração 
também é conhecido como Taylorismo. Essa nova visão da administração resultou em 
impactantes mudanças da maneira pela qual os indivíduos se relacionava com o trabalho. 
Portanto, com base em analises bibliográficas, esse trabalho tem por objetivo geral 
analisar as influencias e contribuições da administração científica para as organizações 
modernas. Mostrando como surgiu essa teoria quais seus principais autores, o impacto 
causado nas organizações da época, bem como descrever suas características positivas 
e negativas e por fim mostrar por meio de analises e exemplos qual a sua relevância nas 
organizações nos tempos atuais. 
 
 
Palavras-chave: administração cientifica. Taylorismo. Organização Racional do Trabalho 
 
1INTRODUÇÃO 
 
Em meados do século XIX o racionalismo chegou ao auge, pois, passou a ser 
aplicado nas ciências sociais e naturais, contudo o racionalismo ainda não havia atingido 
o campo do trabalho. Para Oliveira (2010) a racionalização no âmbito do trabalho teve 
contribuição direta para a estruturação da administração. 
Contribuição direta para maior eficiência nos processos produtivo, incluindo 
redução de custos. Não implicou, na maior parte das vezes, em maior carga 
horária e, muito menos, em piores condições de trabalho. Em contexto mais 
amplo, contribui para a evolução das comunidades onde as fabricas se localizam. 
Contribuição direta para a estruturação e a aplicação dos princípios da 
administração.(OLIVEIRA,2010,P.74) 
 
É nesse momento da historia que nasce a administração científica. A 
administração cientifica visava a racionalização. E teve como principal autor Frederick 
Wislow Taylor. Sua maior contribuição foi de perceber a grande necessidade que as 
empresa da época tinham em melhorar seus processos de produção. Para tanto Taylor 
buscou analisar minunciosamente a execução dos processos de cada tarefa dos 
operários dentro da fabrica, visando com isso melhor eficácia e eficiência. 
De acordo com o wikipedia O taylorismo caracteriza-se pela ênfase nas tarefas, 
objetivando o aumento da eficiência ao nível operacional. A administração cientifica que 
foi iniciada por Taylor e seus seguidores, acarretou na primeira teoria administrativa, e 
que acabou contribuindo de forma relevante na concepção e formação das próximas 
escolas da administração. 
 
2. ORIGEM DA ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA 
A administração científica surgiu no fim do século IXX inicio do século XX com a 
revolução industrial. A revolução industrial introduziu uma nova maneira de produção, foi 
onde surgiu a adoção das primeiras maquinas nos processos de produção, isso tornou o 
trabalho mais eficiente, contudo ainda não tinha causado racionalização da organização e 
da realização do trabalho. 
A revolução industrial introduz um novo modo de produzir que inclui, dentre outras 
características, o trabalho coletivo, a perda do controle do processo de produção 
pelos trabalhadores e a compra e venda da força de trabalho. Neste contexto, no 
final do século XIX e início do século XX apareceram os primeiros trabalhos 
tratando da administração com o objetivo de racionalização do trabalho. (MATOS, 
PIRES,2006,P.2). 
 
A administração cientifica foi um modelo de administração criado por Frederick 
Winslow Taylor, na busca de garantir o melhor custo-benefício pro sistema produtivo. 
É um modelo de administração criado pelo americano Frederick Winslow Taylor no 
fim do século XIX e início do século XX e que se baseia na aplicação do método 
científico na administração com o intuito de garantir o melhor custo/benefício aos 
sistemas produtivos. Taylor procurava uma forma de elevar o nível de 
produtividade conseguindo que o trabalhador produzisse mais em menos tempo 
sem elevar os custos de produção. Assim, ele observou que os sistemas 
administrativos da época eram falhos. A falta de padronização dos métodos de 
trabalho, o desconhecimento por parte dos administradores do trabalho dos 
operários e a forma de remuneração utilizada foram as principais falhas estudadas 
por Taylor (ARRUDA, 2013,P,8). 
 
Sendo assim, a administração científica tem ênfase nas tarefas, na estrutura formal 
e nos processos organizacionais. O nome deve-se a tentativa de se aplicar os métodos de 
observação e mensuração nos problemas administrativos, com foco em aumentar a 
eficiência industrial. 
2.1PRINCIPAIS AUTORES DA ADMINISTRAÇAO CIENTÍFICA 
Frederick Winslow Taylor (1856-1915) foi o grande precursor da administração 
científica. Mas Taylor também teve seus seguidores os, como; Henry l. Gantt (1868-1919), 
Frank e Lilian Gilbreth (1868-1924) e (1878-1972), Hugo Musterbeg e Henry Ford a quem 
é atribuído o Fordismo, ambos tiveram grande relevância para o avanço da administração 
científica. 
Taylor plicou a administração científica aos padrões de produção, padronização de 
maquinas e ferramentas, métodos e rotinas para execução de tarefas e prêmios 
de produção para incentivar a produtividade. Embora se preocupasse mais com a 
filosofia - com a essência da ideia que exige uma revolução mental tanto da parte 
direção como da parte dos operários -,seus seguidores, por outro lado ativeram-se 
mais as técnicas e à parte administração cientifica. (CHIAVENATO, 2006, CAP3). 
 
Foi com o intuito de garantir o máximo de prosperidade para os patrões e ao mesmo 
tempo aos empregados que Taylor e seus seguidores aplicaram a administração científica 
nas organizações da época(CHIAVENATO,2006). 
 
2.2 FREDERICK TAYLOR 
 
Frederick Taylor nasceu na Filadélfia nos Estados Unidos. Veio de uma família 
religiosa protestante. Deu inicio a sua carreira na Midvale Steel Co., começou como 
capataz até torna-se engenheiro. “Na época, vigorava o sistema de pagamento por peça 
ou por tarefa” Chiavenato (2006). Dessa forma os patrões tentavam ganhar o máximo na 
hora de fixa preço e tarefa enquanto que os operários reduziam o ritmo de trabalho devido 
o baixo pagamento. Isso levou Taylor a estudar o problema da produção, na tentativa de 
encontrar uma solução justa para empregados e patrões (CHIAVENATO, 2006, CP.3). 
Taylor teve sua historia na administração cientifica dividida em duas partes. A 
primeira foi quando publicou o seu livro Shop Management ( administração de oficinas) 
em 1903 que falava da racionalização do trabalho operário, através do estudo de tempos 
e movimentos. “Nos estudos realizados por Taylor destacou-se que ele Verificou que o 
operário médio, com o equipamento disponível, produzia muito menos do que era 
potencialmente capaz” (CHIAVENATO,2014,P.56). 
Nesse estudo Taylor concluiu que se o operário que produzia muito percebesse que 
seu colega que tinha a mesma função produzir-se menos, E ganha-se a mesma 
remuneração, isso desmotivaria o operário, que agora passaria a produzir igual ou ate 
menos que o colega. Taylor então propôs o pagamento conforme o volume de produção, 
conseguindo assim aumento significativo na produção. 
O segundo período foi quando Taylor publicou seu livro Princípios da Administração 
Científica em 1911. Aqui Taylor concluiu que a racionalização do trabalho operário deveria 
ter uma estrutura geral, para assim sua aplicação ser coerente na empresa como um 
todo.(CHIAVENATO 2006). 
De acordo com Chiavenato (2014) para Taylor as industrias de sua época sofriam de 
três males; vadiagem dos operários, que ao perceberem que se trabalhassem num ritmo 
lento ganhariam o mesmo do que trabalhava mais rápido, o fator dos gerentes 
desconhecerem as rotinas e temponecessário para executar as tarefas e a falta de 
padronização na execução das tarefas e ausência de técnicas adequadas. 
A administração cientifica foi aplicada aos padrões de produção, padrão de 
maquinas e ferramentas, buscando incentivar a produtividade. Taylor e seus seguidores 
se preocupavam em construir uma administração com base na racionalização e no 
controle da atividade humana. 
Taylor e seus seguidores se preocuparam em construir um modelo de 
administração com base na racionalização e no controle da atividade humana; 
uma espécie de engenharia aplicada à administração cientifica concentrou-se na 
tecnologia de produção em massa, cujos princípios se apoiam em conceitos 
ligados ao estudo de tempo e movimento. (CHIAVENATO, 2007,P.8). 
Em suma o Taylorismo tinha por objetivo o aprimoramento do trabalho operacional, 
enfatizando as tarefas de modo a fazer com que uma empresa atinja eficiência através da 
racionalização de operário. 
 
2.3 SEGUIDORES DE TAYLOR 
 
Taylor teve seguidores que desenvolveram a linha de seus estudos, dentre os quais 
temos: Frank e Lilian Gilbreth, Henry Gantt, Hugo Munsterberger e Henry Ford. 
Seguidores estes que se dedicaram para estudar administração científica, completar e 
discutir o trabalho de Taylor. 
Henry L. Gantt: focou em estudar exclusivamente como o trabalhador executava as 
tarefas, dando muita ênfase em relação à busca na redução dos tempos e movimentos de 
execução de cada tarefa. Nesse período surgiu a “racionalização do trabalho” que oferta o 
primeiro sistema de incentivo salarial, baseado na produção diária do empregado, 
partindo de salário-mínimo fixo, mais um bônus por cada peça produzida a mais. 
Uma das mais relevantes contribuições de Gantt, conforme destaca Kwasnicka 
(2006, p. 33): “[...] foi o conceito de delimitação de tarefas. Ele defendeu esse conceito 
como uma ajuda para maior eficiência, surgiu que é responsabilidade da administração 
verificar que a tarefa seja delimitada corretamente e que os meios estejam disponíveis 
para que ela seja executada”. 
A procura pela eficiência da produção, estudada por Gantt, foi essencial na 
aplicação dos processos e tarefas individuais, e teve seus reflexos sobre a economia 
nacional e sobre o bem-estar social de modo geral. 
Frank e Lilian Gilbreth buscaram se aprofundar em um estudo com relação ao nível 
de trabalho do individuo, acreditando que o resultado do trabalho individual depende 
muito do ambiente físico, das oportunidades, e das atitudes com relação as tarefas 
executadas na fabrica. 
Criaram estudos a respeito dos micromovimentos de cada trabalhador e sua posição 
física no local de trabalho, o posicionamento de suas ferramentas, o uso adequado delas 
e da matéria- prima em processamento. Segundo Kwasnicka (2006, p.4) “Fizeram vários 
experimentos, utilizando diversas formas de executar uma mesma tarefa, ora por um só 
individuo, hora dividindo a tarefa em partes, até definir um método mais racional e 
econômico de executa-la”. 
Com o desenvolver dos estudos e vivenciando o dia a dia dos colaboradores, Frank 
e Lilian Gilbreth passaram a se preocupar com as características físicas, mas 
precisamente a fadiga, e determinaram intervalos de parada para descanso; Deixando 
claro a melhor alocação das maquinas e equipamentos, bem como a melhor posição 
física dos operários, com o intuito de reduzir o cansaço e o tempo de parada. A maior 
objetividade observada no estudo foi mostrar e conseguir a melhor adaptação do operário 
à maquina e da maquina ao operário, tornando-se um equipamento só no sistema 
produtivo. 
Hugo Musterberberg: é conhecido como o criador da psicologia industrial. “Propõe a 
psicologia da indústria porque ele ajuda a encontrar os homens mais capacitados para o 
trabalho; define as condições psicológicas mais favoráveis ao aumento da produção; 
produz as influências desejadas pela administração na mente humana” (ANDRADE; 
AMBONI, 2007, p. 56). Construiu e pós em pratica os primeiros testes de seleção de 
pessoal. Foi pioneiro em consultoria de organizações nos assuntos de comportamento 
humano. 
Henry Ford, teve grande relevância e forte impulso na Administração Cientifica, com 
sua obsessão em fabricar e lançar um carro popular no mercado dos Estados Unidos. 
Entre 1905 e 1910, Ford promoveu a grande inovação do século XX: a produção em 
massa. Embora não tenha inventado o automóvel, nem mesmo a linha de montagem, 
Ford inovou na organização do trabalho - a produção de maior número de produtos 
acabados com a maior garantia de qualidade e pelo menor custo possível (CHIAVENATO, 
2014, P. 66-67). Este inovador método proposto por Ford é considerado um dos mais 
relevantes, pois estabeleceria uma nova maneira da sociedade viver e consumir produtos 
e serviços. 
Este grande entusiasta da administração cientifica, fez fortuna na sua época em 
decorrência da busca constante do aperfeiçoamento de métodos e processos de trabalho. 
Ford teve uma incrível intuição de marketing e concluiu que o mundo estava 
preparado para um carro financeiramente acessível. Em seguida, buscou as 
técnicas de produção em massa como a única forma de viabilizá-lo. Então, definiu 
um preço de venda e desafiou a organização a fazer com que os custos fossem 
suficientemente baixos para garantir aquele preço. Assim deu ao mercado o que 
ele queria: modelos simples e acessíveis. O problema pipocou três décadas 
depois, quando os outros fabricantes, principalmente a GM, começaram a 
acrescentar opcionais aos carros, enquanto Ford continuava fabricando os 
mesmos modelos simples, básicos e apenas na cor preta. O gênio do marketing 
perdeu a percepção e a noção daquilo que os clientes passavam a aspirar 
(CHIAVENATO 2014, P.57). 
QUADRO1-OS PRINCIPIOS DE FORD 
 
FONTE: Adaptado de Chiavento(2014) e Andrade e Amboni(2007,p.57). 
 Assim Ford ficou conhecido como o gênio do marketing e com seu intenso empenho 
Ford conseguiu baixar os custos de consumo, o que resultou em muitas inovações 
técnicas e de negócios (ARRUDA,2013). 
Os três princípios básicos de Ford 
Por Andrade e Amboni 
 
 
 
1- Aintensificação: 
objetivava 
minimizar o tempo 
de duração da 
produção por meio 
da utilização de 
meios adequados, 
para a colocação 
rápida no mercado. 
 
2- A economicidade: visa fazer com 
que as empresas reduzissem ao 
mínimo possível o nível de 
estoques. Ford tratou, desta forma, 
dois conceitos básicos, ou seja, o 
da integração vertical e horizontal. 
A integração vertical consiste na 
verificação de quantas etapas deve 
passar um produto desde que é 
fabricado até chegar às mãos do 
consumidor. A integração 
horizontal mostra o numero de 
centros de distribuição dispersos 
geograficamente para facilitar a 
distribuição dos produtos em 
menos tempo. 
 
 
 
 
3- A produtividade: 
pode ser intermediada 
por meio da 
especialização do 
trabalhador. 
 
4.IMPACTO NAS ORGANIZAÇOES DA ÉPOCA 
 
A administração científica causou grande impacto na sua época, tanto para as 
organizações que agora passaram a aplicar métodos racionais nas suas linhas 
operacionais, quanto aos trabalhadores que agora teriam que se enquadrar nessas novas 
regras. A administração cientifica também causou uma revolução no custo dos bens 
manufaturados. 
E a consequência imediata da administração cientifica foi uma redução 
revolucionaria no custo dos bens manufaturados. Aquilo que era luxo acessível 
apenas aos ricos, como automóveis ou aparelhos domésticos, tornou-se 
disponível para as massas. A administração cientifica tornou possível o aumento 
dos salários ao mesmo tempo em que se reduzia o custo total dos produtos. Ate 
então, o baixo custo de um produto significa também salários mais baixos. Além 
disso, o operário não especializado, que recebeu um salario suficiente apenas 
substancial e que constituía o maior contigente da força de trabalho do século XIX, 
tornou-se rapidamente obsoleto. Em seu lugar surgiu umnovo grupo de 
trabalhadores os operadores de maquinas como os operários das linhas de 
montagem do automóvel. Entre 1910 e 1940 os operadores de maquinas 
tornaram-se o maior grupo ocupacional nos paizes industrializados, ultrapassando 
em quantidade, trabalhadores do campo e operarios(CHIAVENATO,2006, CP3). 
 
A administração cientifica também causou resistência por parte de algumas 
organizações da época. Devido a pretensão de empresas manterem uma flexibilidade 
operacional alguns empregadores evitavam aplicar o Taylorismo nas organizações 
(CLEGG;KANBERGER;PITSIS,2011,P466). 
A separação entre direção e execução, autoridade monocrática, acentuação do 
formalismo na organização, a visão da administração, como possuidora de idênticos 
interesses ao operário foi também um dos marcos da administração cientifica 
(TRAGTENBERG,1971). 
 
5.CARACTERISTICAS DA ADMINISTRAÇÃO CIENTIFICA 
 
Com a aplicação da administração cientifica Taylor pretendia racionalizar os 
movimentos, bem como eliminar aqueles que causavam fadigas e que não estavam 
diretamente ligados a tarefa ocupacional. Em suas observações Taylor percebeu que 
cada operário trabalhava a sua maneira e com as ferramentas que julgasse melhor, 
percebeu também que os trabalhadores aprendiam ao observar seus colegas de trabalho, 
o que os levava a adotarem a forma que melhor lhes parecesse para realizar suas 
funções. Ele então resolveu o modo mais rápido, eficiente e mais adequado para a 
execução dessas tarefas. Foi com esse objetivo que ele criou a ORT- Organização 
Racional do Trabalho, que esta dividida em oito aspectos. 
1. Analise do trabalho e dos estudos do tempo e movimento: estudava o tempo e 
movimento dos operários visando a determinação do tempo médio que o operário levaria 
para executar suas funções. Dessa forma eliminava-se os movimentos desnecessários e 
se padronizava um método de trabalho. 
Elimina o desperdício de esforço humano e de movimentos inúteis; Racionaliza a 
seleção dos operários e sua adaptação ao trabalho; Facilita o treinamento dos 
operários e melhora a eficiência e o redimento da produção pela especialização 
das atividades; Distribui uniformemente o trabalho e evita períodos de falta ou 
excesso de trabalho ;Define métodos e estabelece normas para a execução do 
trabalho; Estabelece uma base uniforme para salários quantitativos e prêmios de 
produção.(CHIAVENATO,2014,P,57-58) 
 
FIGURA 1- IMAGEM DO FILME TEMPOS MODERNOS 
 
FONTE: Disponivel em:http://mariliaglobal.com.br/wp-content/uploads/2016/05/Tempos-
modernos-foto-03.jpg. Acesso em 17 de junho de 2019. 
Acima vemos uma imagem do filme tempos modernos (1936) de Charles Chaplin 
que apresenta essa escola, no filme podemos vê que cada operário tem sua função, 
equipamentos específicos e movimento certos, de forma a realizar o trabalho com maior 
eficiência. No filme também é feito uma analise critica á produção fordista, por tornar o 
trabalho repetitivo, monótono e alienante. 
2. Estudo da fadiga humana: esse estudo dos movimentos humano tem tripla 
finalidade, conforme Chiavenato (2014,p.58): “1- Evitar movimentos inúteis na execução 
de uma tarefa; 2- Execução econômica dos movimentos úteis do ponto de vista 
fisiológico; e 3- Seriação apropriada aos movimentos”. 
O estudo dos movimentos é baseado na anatomia e na fisiologia humana. Nesse 
contexto Gilbert (2007) realizou estudos sobre os efeitos da fadiga na produtividade do 
operário. Ele também propôs três princípios da economia de movimentos para reduzir a 
fadiga; relativos ao uso do corpo humano, ao arranjo material do local de trabalho e ao 
desempenho das ferramentas e equipamento. 
Esse estudo tinha por objetivo racionalizar os movimentos e eliminar aqueles que 
causavam fadiga. 
3. Divisão do trabalho e especialização do operário: o estudo dos tempos e 
movimentos desencadeou a reestruturação das operações industrias nos Estados Unidos. 
Como uma decorrência desse estudo ocorreu a divisão do trabalho e especialização do 
operário, com objetivo de aumentar a produtividade. Dessa forma o operário passou a ser 
especialista na execução de uma única tarefa, ajustando-se assim aos padrões e normas 
definidas pelo método. (RICHTER,VICENZI,2016,P26). 
4. Desenho de cargos e tarefas: a administração cientifica foi a primeira a 
estabelecer racionalmente cargos e tarefas. Para Chiavenato( 2014) a simplificação no 
desenho de cargos e movimentos tem as seguintes vantagens: 
1-Admissão de empregados com qualificações mínimas e salários menores, 
reduzindo os custos de produção;2- Minimização dos custos de treinamento; 3- 
Redução de erros na execução diminuindoos refugos e as rejeições; 4-Facilidade 
de supervisão, permitindo que cada supervisor controle um número maior de 
subordinados; 5-Aumento da eficiência do trabalhador, permitindo maior 
produtividade.(CHIAVENATO, 2014, P.60) 
5. Incentivos salariais e prêmios de produção: depois de analisar o trabalho, 
racionalizar as tarefas, padronizar o tempo de execução, selecionar o operário e treina-lo 
conforme o método estabelecido restara fazer com que o trabalhador colabore com a 
empresa, trabalhando conforme os padrões de tempos 
previstos.(RICHTER,VICENZI,2016,P.27). 
A ideia básica era de que a remuneração baseada no tempo (salario, diário ou por 
hora) não estimula ninguém a trabalhar mais e deve ser substituida por 
remuneração baseada na produção de cada operário (ex.: salario por peça), 
operário que produz pouco ganha na produção de sua produção. O estimulo 
salarial adicional para que os operários ultrapassem o tempo padrão é o prêmio da 
produção. (RICHTER, VICENZI,2016,P.27). 
6. Conceito do homo economicus: a administração cientifica teve como base o 
conceito homo economicus, ou seja, do homem econômico. Segundo esse conceito toda 
pessoa é influenciada unicamente por recompensas salariais, econômicas e materiais. 
Conforme Richter e Vivenzi (2016,p27) “O homem é motivado a trabalhar pelo medo da 
fome e pela necessidade de dinheiro para viver”. 
7. Condições ambientais de trabalho: a adequação de instrumentos e ferramentas 
de trabalho faziam parte do conjunto de fatores que garantiriam o bem-estar físico do 
trabalhador. Pois, verificou-se que a eficiência não dependia somente de método de 
trabalho e do incentivo salarial. 
 1- adequação de instrumentos e ferramentas de trabalho e de equipamentos de 
produção para minimixar o esforço do operador e perda de tempo na execução da 
tarefa; 2-arranjo físico da maquinas e dos equipamentos para racionalizar o fluxo 
da produção; 3- melhoria do ambiente físico de trabalho de maneira que o ruído, a 
ventilação , a iluminação e o conforto no trabalho não reduzam a eficiência do 
trabalhador; 4- projeto de instrumentos e equipamentos especiais, como 
transportadores, seguidores, contadores e utensílios para reduzir movimentos 
inúteis (CHIAVENATO,2014,P.61). 
8. Padronização: a organização do trabalho não se atentou apenas a analise do 
trabalho, estudo de tempos e movimentos, fadiga e especialização operacional, divisão de 
trabalho planos de incentivos salarias. 
Foi além e passou a se preocupar também com a padronização de métodos e 
processos de trabalho, máquinas e equipamentos, ferramentas e instrumentos, 
matérias-primas e componentes no intuito de reduzir a variabilidade e a 
diversidade no processo produtivo, e daí eliminar o desperdício e aumentar a 
eficiência. 
Com esses aspectos Taylor criou uma revolução mental entre a administração e os 
trabalhadores, definindo aspectos claros para otimizar a eficiência da produção. 
6. VISÃO CRITICA DA ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA 
A administração cientifica pode ser chamada também de Estudo cientifico do 
trabalho, pois, ela foi a precursora da organização moderna do 
trabalho(CHIAVENATO,2011). O Taylorismo é sofreu varias critica o que não diminui seu 
mérito. Muitos foram os fatores da época que contribuíram para essas criticas, como por 
exemplo,o preconceito tanto dos empresários como dos trabalhadores, a mentalidade 
predominante da época, a falta de conhecimentos administrativos, e a pouca experiência 
industrial, esses fatores não deram condições propiciais para formulação de hipótese e 
elaboração de conceitos mais rigorosos. 
A administração cientifica restringiu-se as tarefas e aos fatores relacionados ao 
cargo e a função do operário. Embora toda organização seja constituída de 
pessoas, deu pouca atenção ao elemento humano. A organização era concebida 
como uma maquina dotada de peças e engrenagens, “um arranjo rígido e estático 
de peças”. Dai a denominação “teoria da maquina” dada a administração cientifica 
(CHIAVENATO2006, CAP,3) 
 
De acordo com Chiavenato (2011) as principais críticas à administração cientifica 
são as seguintes: 
1. Mecanismo da administração cientifica: mesmo a organização sendo constituída 
por pessoas pouca atenção foi dada ao elemento humano, assima organização acbou 
sendo concebida como um “arranjo rígido e estático de peças”. 
Os mesmos princípios adotados por Taylor para ajudar os interesses de patrões e 
empregados foram alvos de criticas mais tarde. O fato de supor que o homem é motivado 
exclusivamente pelo interesse material e financeiro, para produzir o máximo possível 
(conceito do homo economicus), sem levar em conto outros fatores motivacionais, foi 
outro aspecto mecanicista dessa teoria. 
2. Superespecialização do operário: para se alcançar a eficiência, a administração 
cientifica preconizava a especialização do trabalho, através da divisão e subdivisão de 
toda operação nos seus elementos construtivos. Taylor mostrou que a maneira que o 
trabalhador executava suas tarefas era mais fatigante, menos segura e menos 
econômica. Contudo esse aspecto de que “a eficiencia administrativa aumenta com a 
especialização do trabalho” não teve amparo em pesquisas posteriores, pois qualquer 
aumento na especialização não resultara necessariamente num aumento de eficiência. 
3. Visão microscópica do homem: Visualiza cada operário individualmente ignorando 
o fato de que o trabalhador é um ser social. Devido a sua visão negativa do homem, na 
qual as pessoas são preguiçosas e ineficiente Taylor enfatiza o papel monocrático do 
administrador. Dessa forma o seu esquema implica no aumento do trabalho 
desqualificado que está ligado uma estrutura monocrática e alienante onde a principal 
virtude é a obediência. 
4. Ausência de comprovação científica: limitada apenas a aspectos formais da 
organização, omite a parte informal e os aspectos humanos. Ignorando completamente a 
vida social dos trabalhadores. Por isso a administração cientifica é uma ciência, parcial, 
inacabada e incompleta. 
5. Limitação do campo de aplicação: ficou restrita aos problemas de produção da 
fabrica, não considerando os demais aspectos organizacionais. 
6. Abordagem prescritiva e normativa: é uma abordagem com métodos antecipados 
respostas enlatadas e conceitos normativos que dizem comandam o como fazer a coisa, 
focando como a organização deve funcionar ao invés de explicar como ela funciona. 
7. Abordagem de sistema fechado: administração cientifica não enxerga organização 
como um todo, como se ela fosse fechada a influencias externas. Caracterizada por 
visualizar apenas aquilo que acontece dentro da organização. 
8. Pioneirismo na administração. 
 
7. IINFLUENCIAS E CONTRIBUIÇÕES DA ADMINISTRAÇÃO CIENTIFICA NAS 
MODERNAS ORGANIZAÇÕES 
 
O modelo de administração criado por Taylor entre o final do século XIX e início do 
século XX, buscou garantir o melhor custo-benefício para setor produtivo ficando 
conhecido como administração científica, esse modelo de administração não morreu com 
o passar do tempo e ainda hoje esta presente nas organizações, sendo submetida cada 
dia a frequentes inovações. 
A administração cientifica de Taylor ainda não morreu, ela esta sendo submetida a 
constantes inovações. Seus conceitos básicos, como, desperdício, eficiência e 
produtividade, ainda estão na crista da onda. É o caso do toyotismo. A Toyota não 
inventou a concorrência baseada no tempo e na velocidade, mas conseguiu 
transforma-la em uma espécie de marca registrada.[...] usando o copiadíssimo 
Sistema Toyota de Produção (TPS). O TPS baseia-se no fato de que quanto 
menor uma operação, mais rapidamente ela será executada. Isso já fora 
percebido por Henry Ford [...] Essa abordagem revolucionária da Toyota ficu 
conhecida como sistema de manufatura just-in-time (JIT). 
(CHIAVENATO,2006,CAP.3) 
As organizações industrializadas atuais assim como as do século passado 
também buscam a redução dos custos de produção e o aumento da produtividade. 
Uma das propostas de Taylor foi a de selecionar as pessoas adequadas para cada 
função da organização, e ainda hoje, percebe-se organizações que põem em pratica 
esse aspecto através da seleção e recrutamento. As grandes empresas que trabalham 
com a linha de montagem exemplificam bem a administração cientifica, porém 
atualmente de uma forma menos mecanicista. Contudo, essas organizações 
continuam buscando métodos que visão eficiência para conseguirem, aumento dos 
lucros com o mínimo de custo possível. 
Para Chiavenato (2007,p.105) a maior contribuição da administração cientifica, 
foi sem duvidas a de propor a seletiva das pessoas adequadas para o processo de 
trabalho, escolha de equipamentos e maquinas adequadas para o processo de 
produção, bem como, o treinamento adequado das pessoas selecionadas para que 
elas conseguissem através da repetição eliminar imperfeições na tecnologia, 
aumentando assim a eficiência, reduzindo assim erros e perdas de energia executar 
suas funções aumentando dessa forma a produtividade. 
O Taylorismo também verificou que para o trabalhador produzir mais e com 
máxima qualidade ele precisaria também de um ambiente físico de trabalho 
adequado. Atualmente vemos essa característica presente nas organizações através 
da segurança no trabalho que visa proporcionar um ambiente saudável para o 
trabalhador. Assim como na época de Taylor as organizações atuais também se 
preocupam com a melhoria das condições de trabalho como por exemplo; iluminação, 
ruído, climatização, equipamentos e segurança no trabalho. 
Sendo assim, fica claro que a administração cientifica continua presente nas 
organizações modernas, entretanto, não é mais valida a ideia da desumanização do 
colaborador, que atualmente não é mais visto como uma “máquina”. Hoje em dia as 
organizações não se preocupam só com o ambiente de trabalho, elas também visão o 
colaborador como parte fundamental da empresa, elas não olham mais para o 
funcionário como se ele fosse apenas um instrumento de trabalho. Atualmente o 
trabalhador é considerado um ser social que não depende apenas de dinheiro para 
motivação. 
Além disso, Taylor tinha as organizações como um ambiente fechado que não 
sofria influencias externas. Para as organizações modernas essa ideia é ultrapassada, 
nos tempos atuais as empresas são tidas como um sistema aberto que podem sofrer 
constantes mutações internas e externas. E para conseguirem se manter no mercado 
devem estar sempre atualizadas e preparadas as constantes e inevitáveis mudaças 
do mercada. (KNUTH,2012,P.13). 
Sem duvidas o Taylorismo foi fundamental no avanço das organizações 
indústrias do século passado e continua sendo relevante para as organizações 
modernas. E não há como superar o Taylorismo por completo, até porque essa 
metodologia proporcionou inúmeros avanços, como; melhoria na qualidade dos 
produtos, redução de custos, organização do ambiente de trabalho, melhor 
aproveitamento do trabalhador, redução da carga horaria de trabalho e o aumento 
salarial. A grande diferença nos dias atuais é que o emprego e o seu bem estar é visto 
como essencial para o êxito da organização, a visão de que o empregado é apenas 
uma peça do processo de produção previsível e mecânicajá esta obsoleta 
 
8. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Podemos concluir que administração cientifica causou grande impacto nas 
organizações e na vida dos operários da sua época. Ele revolucionou o modo de trabalho 
como as indústrias gerenciavam suas organizações, fez com que o trabalhador que antes 
fazia suas funções como bem lhe parecesse, passasse a se enquadrar num padrão e 
ritmo de trabalho. 
Mesmo já sendo uma ciência centenária, a administração cientifica que também 
ficou conhecida como Taylorismo ainda nos dias de hoje é indispensável na busca de 
eficiência e produtividade. 
 
REFERENCIAS 
Arruda, L. administração rural e economia rural. Instituto formação,2013-
infocursos.com.br 
CHIAVENATO, Idalberto. Administração: teoria, processo e pratica. Rio de janeiro: 
Elsevier,2007. 
CHIAVENATO, Idalberto. Principios da administração: o essencial em teoria geral 
da administração.2ed. Barueri; São Paulo: Manole.2006. 
CHIAVENATO, Idalberto. Teoria geral da administração. Rio de janeiro: 
Elsevier.2002. 
Clegg, S; konberger, M; Pitsis, T. administração e organuzações: uma introdução 
á teoria e a pratica,2ed. São Paulo: Atmed,2011. 
 Matos, Eliane; Pires, d. Teorias administrativas do trabalho: de Taylor aos dias 
atuais, influencias no setor saúde e na enfermagem. Florianopolis, SC.2006. 
Richter, R; Vicenzi, T,K. Fundamentos e teoria organizacional. Indaial: 
Uniasselvi,2016. 
Tragtenberg, M. A teoria geral da administração é uma ideologia. São Paulo: 
Scielo,1971.

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