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Relatório Coliformes

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA – UESB
 DISCIPLINA: POLUIÇÃO II
COLIFORMES TOTAIS E TERMOTOLERANTES
Relatório apresentado à Prof. XXXXX, como parte dos requisitos à obtenção de créditos na disciplina Poluição II.
Discente: Bianca 
xxxxxxxx
06 de Abril de 2017
INTRODUÇÃO
Segundo Braga (2014), a água é essencial para a existência e o bem-estar humano, devendo estar disponível em quantidade e qualidade suficientes para a população. O artigo 225 da Constituição Federal (1988) afirma que “todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida (...)”. Desta forma, o artigo salienta a classificação da água enquanto bem público e de uso comum do povo.
Contudo, a qualidade da água tem estado comprometida devido às alterações ocasionadas pela interferência humana. Neste contexto, o aprimoramento das técnicas de monitoramento da qualidade da água torna-se capaz de detectar a presença microrganismos patogênicos, por exemplo, utilizando organismos indicadores de contaminação fecal para avaliar a qualidade bacteriológica da água. Os principais indicadores são os de coliformes totais, coliformes fecais, Escherichia coli e os Estreptococos fecais (AMORIM, PORTO, 2003). 
A Portaria nº 2914/2011 (BRASIL, 2011), define coliformes totais (CT) como grupo de bactérias gram-negativas, que não formam esporos e são associadas à decomposição da matéria orgânica em geral. Os coliformes termotolerantes (CTerm.) estão associados às fezes de animais de sangue quente, e a Escherichia Coli (E. Coli), refere-se a uma bactéria na forma de bastonete cujo habitat primário é o trato gastrintestinal humano e de outros animais de sangue quente (PIMENTEL et al., 2012). A Portaria, ainda, determina que água potável para consumo humano seja aquela sem coliformes totais e Escherichia coli, recomendando-se sua ausência em 100 ml. 
A utilização de indicadores microbiológicos permite, também, a avaliação de balneabilidade do corpo hídrico, sendo regulamentada pela Resolução CONAMA nº 274/2000. Esta Resolução propõe a avaliação da condição de balneabilidade pela medição das concentrações de um ou mais organismos indicadores presentes nos dejetos humanos, ou de animais de sangue quente, e estes números são empregados na classificação do meio como próprio ou impróprio para Balneabilidade (SILVA, 2008). Altas concentrações de microrganismos são consideradas sinal de alerta para a patogenicidade do meio. 
Para determinação de coliformes totais e E. Coli, uma das técnicas utilizadas é a determinação em cartelas empregando-se o método enzimático Colilert®, por meio do sistema Quanti-tray®, composto por flaconetes com meio de cultura e cartelas estéreis com 50 concavidades. O sistema Quanti-tray® permite determinar NMP de 1 a 200 coliformes por 100 mL. Esta técnica, quando comparada à técnica convencional de Fermentação em Tubos Múltiplos, amplia o número de combinações positivas possíveis, fornecendo resultados mais precisos (COELHO et al., 1998). Objetivou-se, com a prática em questão, determinar a quantidade de coliformes totais e Escherichia coli presentes em uma amostra de água coletada próxima ao restaurante da Lagoa Poliesportiva de XXXX, XX, utilizando a técnica de determinação em cartelas, empregando-se o método enzimático Colilert®.
MATERIAIS E MÉTODOS
O experimento foi conduzido com a utilização de uma amostra referente à Lagoa Poliesportiva de Itapetinga, sendo uma coletada próxima ao restaurante. Inicialmente, definiu-se o método para determinar a presença de Coliformes totais e termotolerantes sendo, assim, aplicado o método enzimático Colilert®, quantificando a presença destes por meio de cartelas. No laboratório de Solos da Universidade, a análise deu início com a diluição da amostra em 100 mL de água destilada para melhor representar a amostra. Para isso, adicionou-se 0,5 ml da amostra da água da Lagoa em um béquer e, com água destilada, completou-se o volume de 100 ml indicado no frasco. Posteriormente, acrescentou-se o reagente (meio de cultura) na amostra analisada, agitando-se levemente a mistura, a fim de promover a dissolução do material. Em seguida, adicionou-se toda a amostra com colilert dentro da Cartela Quanti-tray®. A mesma foi vedada na seladora Quanti-tray®, de forma a não promover a interferência de fatores externos na análise. Feito isso, a cartela foi incubada por um período de 24 h à 35º C na B.O.D, condições ideais para a reprodução dos microrganismos. Decorrido o período determinado, os resultados foram lidos e interpretados com o auxílio de uma tabela apropriada, contando-se quantas concavidades grandes e pequenas apresentaram a coloração amarelada para a determinação dos coliformes totais. A presença da E. Coli foi determinada pela submissão da cartela à uma lâmpada ultra-violeta. As concavidades fluorescentes indicam a presença da mesma. 
RESULTADOS E DISCUSSÕES
A amostra analisada obteve, por meio da incubação da cartela do método Colilert® na BOD por um período de 24h à 35ºC, a quantificação dos coliforme totais e termotolerantes, como pode ser observado na tabela abaixo (Tabela 1).
Tabela 1. Valores de Coliformes totais e Coliformes termotolerantes (E. Coli) na amostra. 
	AMOSTRA
	COLIFORMES TOTAIS
(NMP/100mL)
	ESCHERICHIA COLI
 (NMP/100mL)
	Água da Lagoa (próx. ao restaurante)
	1834
	60
Fonte: próprio autor.
O resultado de Coliformes Totais da amostra foi de 27 concavidades pequenas positivas e 30 concavidades grandes positivas. Para Escherichia Coli foram identificadas 1 concavidade pequena e 2 concavidades grandes. Desta forma, a leitura procedeu-se cruzando os dados na tabela do eixo horizontal e vertical. No eixo horizontal consta o número de concavidades pequenas positivas, enquanto 	que no eixo vertical consta o número de concavidades grandes positivas. O valor encontrado foi multiplicado pelo fator de diluição (100 mL), realizada na proporção de 1:20, obtendo os valores disponíveis na tabela acima. 
Segundo a Resolução CONAMA 375/2006, um corpo hídrico é considerado de boa qualidade quando apresenta menos de mil coliformes fecais, e menos de dez microrganismos patogênicos por litro. Portanto, para a água se manter nessas condições, deve-se evitar sua contaminação por resíduos agropecuários, esgotos domésticos, resíduos industriais, lixo ou sedimentos vindos da erosão (BRANCO, 1986). Levando-se em conta tal consideração, a amostra em questão não estaria dentro dos padrões de qualidade por apresentar coliformes totais e termotolerantes superiores ao estabelecido. 
Entretanto, a Resolução CONAMA 274/2000 classifica como excelente quando em 80% ou mais de um conjunto de amostras obtidas, houver, no máximo, 200 Escherichia coli. Porém, independentemente, devem passar por um tratamento simplificado para ser consumida (BRASIL 2005). A Resolução CONAMA 375/2006 não dispõe sobre padrões relacionados à quantidade de coliformes totais e coliformes termotolerantes (E. Coli) presentes no meio. 
Tendo em vista que os coliformes totais não indicam necessariamente poluição de origem fecal, os resultados encontrados podem estar relacionados à contaminação por sedimentos provenientes das plantas aquáticas presentes no local de coleta, folhas das árvores, entre outros.
Peixoto et al. (2014) também encontraram concentrações de coliformes totais superiores à 1000 NMP/100mL, como estabelecido pela Resolução CONAMA 375/2006, atribuindo, assim, à pequena vazão e, consequentemente, à menor diluição do lançamento de esgoto bruto ou dejetos animais, os elevados valores encontrados. 
A Portaria nº 2914/2011 determina que no controle de qualidade da água, quando forem detectadas resultado positivo para coliformes totais, uma nova coleta deve ser feita em dias imediatos até obter resultados satisfatório (BRASIL, 2011).
CONCLUSÃO
A partir dos resultados obtidos, pode-se concluir que, uma vez detectada a presença de coliformes totais e termotolerantesno controle de qualidade da água, ações corretivas devem ser adotadas. A amostra analisada não apresentou resultados que se enquadrassem nos padrões estabelecidos pelas Resolução CONAMA 274/2000 e 375/2006, apresentando valores de 1834 NMP/100mL para coliformes totais e 60 NMP/100mL para a presença do indicador de patogenicidade E. Coli. Concluiu-se, portanto, que é de suma importância analisar a presença deste grupo de microrganismos em águas, por estarem relacionados à sua condição higiênica e sanitária, além de fornecer informações seguras com relação à presença de outros patógenos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
______. Resolução CONAMA nº 274. Define os critérios de balneabilidade em águas brasileiras. Ministério do Meio Ambiente. Conselho Nacional do Meio Ambiente, 2000.
______. Resolução CONAMA nº 375. Define critérios e procedimentos, para o uso agrícola de lodos de esgoto gerados em estações de tratamento de esgoto sanitário e seus produtos derivados, e dá outras providências. Conselho Nacional do Meio Ambiente, 2006.
__________, (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Diário Oficial.
AMORIM, M. C. C.; PORTO, E. R. Considerações sobre controle e vigilância da qualidade de água de cisternas e seus tratamentos. in: simpósio brasileiro de captação e manejo de água de chuva, 2003, Juazeiro. Petrolina: Embrapa SemiÁrido. Petrolina: Abcmac, 2003. 
BRAGA, Fernando P. Avaliação de desempenho de uma estação de tratamento de água do município de Juiz de Fora–MG. UFJF, 2014, 70f. Tese de Doutorado. Dissertação (Graduação em Engenharia Sanitária e Ambiental).
BRANCO, S. M. Hidrobiologia aplicada à engenharia sanitária. 3. ed. São Paulo: CETESB, 1986. 616p.
BRASIL. Portaria Nº 2914. Dispõe sobre os procedimentos de controle e de vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade. Ministério da Saúde, 2011.
COELHO, D. L.; PIMENTEL, I. C.; BREUX, M. R. Uso do método do substrato cromogênico para quantificação do número mais provável de bactérias do grupo coliforme em águas minerais envasadas. Bol. CEPPA, Curitiba, v. 16, p.45-54, 1998.
PEIXOTO, K. L. G., NOGUCHI, H. S., PEREIRA, A. R., MARCHETTO, M., & DE ALMEIDA SANTOS, A. Avaliação das Características Quali-Quantitativa das Águas do Rio Beem, Município de Humaitá-Amazonas. E&S Engineering and Science, v. 2, n. 1, p. 53-65, 2014.
PIMENTEL, F., MILHOMEM, L., BARROS, M. V. A. Investigação da atividade metabólica das bactérias. Relatório de estágio. Curso de Química Ambiental. Universidade Federal de Tocantins, 2012.
SILVA, V.C.; NASCIMENTO, A.R., MOURÃO, A.P.C.; NETO, S.V.C.; COSTA, F.N. Contaminação por Enterococcus da água das praias do município de São Luís, Estado do Maranhão. Acta Scientiarium Tecnology. Maringá, v.30, n.2, p.187-192, 2008.

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