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Magnetometria: Estudo do Magnetismo Terrestre

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Magnetometria Malagutti Filho, W. 
Universidade Estadual Paulista - UNESP/Campus de Rio Claro 
Instituto de Geociências e Ciências Exatas – IGCE / Departamento de Geologia Aplicada - DGA 
1
M A G N E T O M E T R I A 
 
 
 
 
A TERRA FUNCIONA COMO UM GRANDE IMÃ 
 
 
 
·· Hipótese mais aceita: correntes elétricas originadas no núcleo da 
Terra produzem o magnetismo 
 
 
 
·· Anomalias magnéticas: produzidas por corpos ou estruturas na 
crosta terrestre, que são objeto de medição pela magnetometria 
 
 
 
·· Equipamentos: magnetômetros, medem a intensidade do campo 
magnético em locais de interesse 
 
 
O magnetismo terrestre deve ser separado em duas partes: 
 
 
1. campo magnético principal: produzido no núcleo; 
 
 
2. campo magnético anomâlo: produzido na crosta. 
 
Magnetometria Malagutti Filho, W. 
Universidade Estadual Paulista - UNESP/Campus de Rio Claro 
Instituto de Geociências e Ciências Exatas – IGCE / Departamento de Geologia Aplicada - DGA 
2
NATUREZA DO MAGNETISMO 
 
 
 A força ( f ) atuando entre dois polos P1 e P2, separados por uma distância r é 
expressa, segundo a Lei de Coulomb: 
 
 
 
f
P P
r
=
1 1 2
2mm 
 
 onde: m é a permeabilidade magnética do meio 
 
 
 
CAMPO MAGNÉTICO ( H ) 
 
 
 
Definido como a força que experimenta um polo magnético ( P1 )devido à presença no 
espaço de outro polo magnético considerado: 
 
 
 
H
f
P
P
r
= =
1
2
2
1
mm 
 
 
onde: P1 é um polo magnético ficitício no espaço onde o sensor está localizado 
 
Magnetometria Malagutti Filho, W. 
Universidade Estadual Paulista - UNESP/Campus de Rio Claro 
Instituto de Geociências e Ciências Exatas – IGCE / Departamento de Geologia Aplicada - DGA 
3
 
 
 
 
 
Campo magnético entre dois dipolos 
 
Magnetometria Malagutti Filho, W. 4
 
 
 
In
Universidade Estadual Paulista - UNESP/Campus de Rio Claro 
stituto de Geociências e Ciências Exatas – IGCE / Departamento de Geologia Aplicada - DGA 
 
 
Representação vetorial do campo magnético gerado por um dipolo. 
 A direção dos vetores é aquela do campo e a intensidade é representada pelo comprimento. 
 
Braga 
http://www.mines.edu/fs_home/tboyd/GP311/introgp.shtml
Braga 
 
Magnetometria Malagutti Filho, W. 
Universidade Estadual Paulista - UNESP/Campus de Rio Claro 
Instituto de Geociências e Ciências Exatas – IGCE / Departamento de Geologia Aplicada - DGA 
5
 
 
 
 
 
 
Representação do campo magnético entre dois dipolos por linhas de força. 
A direção do campo em qualquer ponto é indicado pela direção das linhas e a 
intensidade é representada pelo espaçamento entre as linhas. 
 
Braga 
http://www.mines.edu/fs_home/tboyd/GP311/introgp.shtml
Magnetometria Malagutti Filho, W. 
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6
 
INDUÇÃO MAGNÉTICA 
 
 
Quando um material é submetido ao efeito do campo H, ele adquire uma 
intensidade de magnetização ou imantação M, proporcional ao campo: 
 
 
 
M H= kk. 
 
 
 
onde: K é a susceptibilidade magnética do material 
 
A susceptibilidade magnética é um dos parâmetros fundamentais no Método Magnético. Para um mesmo 
valor do campo, os materiais com maior susceptibilidade estão aptos a a se magnetizarem mais fortemente. 
Em alguns materiais ela pode ser positiva e em outros negativa refletindo o sentido da intensidade de 
magnetização, em relação ao campo. 
 
 
 
A magnetização de um material por um campo externo, se faz através do alinhamento 
dos momentos dos dipolos internos provocando o aparecimento de um campo adicional 
que somado ao campo externo H gera um campo conhecido por indução magnética. O 
“campo indução magnética” B é relacionado ao campo externo H da seguinte forma: 
 
 
B = mm .H 
 
Magnetometria Malagutti Filho, W. 
Universidade Estadual Paulista - UNESP/Campus de Rio Claro 
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7
 
 
 
 
 
 
Representação do fenomeno da indução magnética 
 
Braga 
http://www.mines.edu/fs_home/tboyd/GP311/introgp.shtml
Magnetometria Malagutti Filho, W. 
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8
MOMENTO MAGNÉTICO 
 
Unidade Magnética Fundamental 
 
 
 
Considerando que a origem dos campos magnéticos relacionam-se à correntes 
elétricas que fluem através de condutores, define-se m como: 
 
 
n
c
I
m a
rr
=
 
 
 
 
 
Ia = corrente que flui numa espira de área a; 
C = velocidade da luz 
n
r
 = vetor unitário normal à área limitada pela espira 
 
 
 
 
 
 
 
 
I 
 
espira 
 m
r
 
 
 
a n
r
 
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9
 
UNIDADES DE B 
 
 
 
No Sistema Internacional ÞÞ Tesla ( T ) 
 
 
 
No Sistema C.G.S. ÞÞ Gaus ( G ) 
 
 
 
1 G = 10-4 T 
 
 
 
 
 
Para propósitos geofísicos usa –se o gamma ( gg ) 
 
 
 
1 gg = 10-5 G 
 
 
1 gg = 10-9 T 
 
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10
CAMPO MAGNÉTICO DA TERRA 
 
· O campo magnético da Terra pode ser aproximado pelo campo produzido por 
um momento de dipolo localizado no seu centro. Este momento aponta para 
o polo sul geográfico e se localiza sobre um eixo que forma um ângulo de 
11.50 com o eixo de rotação da Terra. 
· O eixo do dipolo terrestre intercepta a superfície da Terra nas coordenadas 
aproximadas de 78.5oN - 69oW e 78.5oS - 111oE, determinando o que se 
chama de polos geomagnéticos. 
· Os polos magnéticos verdadeiros, definidos nas posições onde uma agulha 
magnetizada inclina-se com ângulo de 90o com a superfície da Terra, 
localiza-se nas coordenadas: 75oN - 101oW (NE do Canadá) e 67oS - 143oE 
(Antartida), o que indica que não são diametralmente opostos. 
·· O campo magnético terrestre, num determinado ponto de observação, pode 
ser representado na forma de um vetor, a partir da combinação de 7 
quantidades, denominadas de elementos geomagnéticos: 
 
 - declinação magnética ( m ); 
 - inclinação ( i ); 
 - intensidade total do campo ( F ); 
 - componente vertical ( Z ) 
 - componente horizontal ( H ); 
 - componente de intensidade ( X ); 
 - componente de intensidade ( Y ). 
 
 Combinando-se estes 7 elementos obtem-se: 
 
 
 F2 = H2+ Z2 = X2 + Y2 +Z2 
 
 F = H/cos i = Z/sen i 
Magnetometria Malagutti Filho, W. 
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11
 
 
 
 
 
Magnetometria Malagutti Filho, W. 
Universidade Estadual Paulista - UNESP/Campus de Rio Claro 
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12
Campo geomagnético 
 
Magnetometria Malagutti Filho, W. 
Universidade Estadual Paulista - UNESP/Campus de Rio Claro 
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13
 
 
 
 
 
 
Propriedades do campo geomagnético 
Braga 
Luiz, J.G. & Silva, L.M.C. 1995
Magnetometria Malagutti Filho, W. 
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14
 
Elementos geomagnéticos 
 
Braga 
 
Braga 
 
Braga 
 
Braga 
Robinson, E.S. & Çoruh, C. 1988
Magnetometria Malagutti Filho, W. 
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15
 
 
 
Campo magnético principal da Terra (em contornos inteiros) e variação secular anual (em contornos interrompidos) (em 
gammas) 
 
Magnetometria Malagutti Filho, W. 
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17
 
 
 
 
Inclinação do campo magnético da Terra (em graus) 
 
Magnetometria Malagutti Filho, W. 
Universidade Estadual Paulista - UNESP/Campus de Rio Claro 
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18
ORIGEM DO CAMPO MAGNÉTICO TERRESTRE 
 
 
· A teoria mais moderna para explicar a parte principal do campo 
baseia-se no funcionamento de um dínamo. O campo seria 
produzido por correntes elétricas que circulam no núcleo líquido da 
Terra, o qual acredita-se ser constituido principalmente por ferro. As 
correntes elétricas são mantidas pelo movimento de partículas no 
núcleo líquido, explicando tanto a variação secular com inversões 
de polaridade do campo. 
 
 
· Os valores normais do campo recebem adição, localmente das 
concentrações de minerais magnéticos que ocorrem nos primeiros 5 
km da crosta as quais constituem-se nas anomalias do campo 
magnético objeto de prospecção pelo Método Magnetométrico. 
 
 
· A esses dois efeitos superpõem-se campos produzidos por fontes 
externas à Terra, cuja característica básica é a rápida variação com 
o tempo. A causa desses campos são as correntes elétricas que 
fluem na ionosfera1; (colocadas em movimento pela “tidal force”) e 
resultantes da interação entre o campo magnético principal com a 
ionosfera a magnosfera2 e o vento solar3. 
 
 
 
 
 
1Camada gasosa parcialmente ionizada situada entre 60 e 1000 km acima da superfície da Terra. 
2Camada de gás completamente ionizada portadora de campo magnético, que situa-se entre 1.000 e 64.000 km acima da superfície da 
Terra. 
3Plasma contendo principalmente hidrogênio ionizado (prótons e elétrons), pouco magnético, que é emitido pelo Sol. 
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19
VARIAÇÕES DO CAMPO MAGNÉTICO DA TERRA 
 
· Variações seculares: são as variações que sofrem o campo magnético da 
Terra, e seus elementos, ao longo de um tempo grande. Estas variações foram 
constatadas no século XV através de medidas da declinação magnética na 
cidade de Londres. Além disso foram também constatadas inversões de 
polaridade do campo, isto é, mudanças de 180o no sentido do momento do 
dipolo. Nos dias atuais estas variações são acompanhadas a partir de redes de 
informações de vários observatórios, produzindo mapas de contorno que 
representam as mudanças. 
 
· Variações diurnas: são pequenas variações que o campo magnético da Terra 
sofre ao longo do dia. A quantidade destas mudanças é da ordem de poucas 
dezenas de gammas sendo mais pronunciada nas regiões equatoriais e 
diminuindo nas altas latitudes. Observa-se também uma variação sazonal 
uma vez que a variação diurna é maior no verão do que no inverno. 
 
 Levando em consideração a variação sazonal, o efeito da latitude e 
também o fato dos fenômenos serem maiores durante o dia do que a noite, 
conclue-se que o Sol é o responsável por este ciclo diário de 2 formas: 
 
· as radiações eletromagnéticas que emanam do Sol (raios ultravioleta e raios 
X) ionizam partículas neutras da atmosfera, na ionosfera; 
 
· a força de atração do Sol produz correntes de massa de ar cíclicas, na 
ionosfera, tornando-a carregada de partícula elétricas em movimento, 
produzindo correntes elétricas 
 
Este ciclo excita correntes elétricas no interior da Terra por indução 
eletromagnética, gerando um campo magnético secundário. 
 
 
Magnetometria Malagutti Filho, W. 
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20
Braga 
Robinson, E.S. & Çoruh, C. 1988
Magnetometria Malagutti Filho, W. 
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21
 
 
 
 
Braga 
Hinze, W.J. 1990
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22
PROPRIEDADES MAGNÉTICAS DOS MATERIAIS 
GEOLÓGICOS 
 
 
 
 D i a m a g n e t i s m oD i a m a g n e t i s m o : propriedade de alguns minerais de adquirirem magnetização 
de intensidade fraca e cujos momentos magnéticos tendem a se opor à polaridade de um 
campo indutor aplicado. A fraca intensidade da magnetização provém do pequeno valor 
da susceptibilidade magnética destes materiais, enquanto que o sentido contrário do 
campo resulta em valores negativos de susceptibilidade. Exemplos: quartzo, calcita, 
halita. 
 
 
 
 P a r a m a g n e t i s m oP a r a m a g n e t i s m o : propriedade de alguns minerais cujos momentos atômicos 
tendem a se alinhar com a polarização do campo indutor, embora a magnetização ainda 
seja fraca em função de sua baixa susceptibilidade, que no entanto é positiva. Exemplos: 
silicatos, olivinas, piroxênios, anfibólios.F e r r o m a g n e t i s m oF e r r o m a g n e t i s m o :as substâncias ferromagnéticas tem susceptibilidade 
magnética muito elevada e positiva, o que lhes permite uma magnetização com 
intensidade muito forte, no mesmo sentido do campo. O valor da susceptibilidade nestas 
substâncias dependem da intensidade do campo externo. Suportam 3 classificações: 
 
 
Magnetometria Malagutti Filho, W. 
Universidade Estadual Paulista - UNESP/Campus de Rio Claro 
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23
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ferromagnetismo 
verdadeiro: apresentam 
momento magnético com a 
mesma orientação (ferro, 
cobalto, níquel); 
antiferromagnetismo: os 
momentos magnéticos não são 
igualmente orientados e possuem 
uma resultante nula (hematita, 
troilita, ilmenita); 
ferrimagnetismo: os momentos não 
são igualmente orientados mas existe 
uma resultante em alguma direção 
(magnetita, titanomagnetita, maghemita 
e pirrotita). Para a prospecção 
magnética este é o grupo mais 
importante 
Braga 
 
Braga 
http://www.mines.edu/fs_home/tboyd/GP311/introgp.shtml
Braga 
 
Magnetometria Malagutti Filho, W. 
Universidade Estadual Paulista - UNESP/Campus de Rio Claro 
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24
 
MAGNETIZAÇÃO DAS ROCHAS 
 
� A magnetização observada nas rochas, como resultado da presença de 
minerais magnéticos na sua composição, pode ser classificada em dois tipos 
 
 
Magnetização induzida e Magnetização remanente 
 
 
Magnetização induzida: provocada pelo campo atual da Terra 
 
Magnetização remanente: adquirida ao longo da história geológica 
da rocha 
 
Vários processos podem produzir magnetização remanente: 
 
 
� Magnetização termo-remanente: desenvolve-se a partir do resfriamento 
da rocha abaixo da temperatura de Curie, na presença do campo 
magnético terrestre da época. 
 
� Magnetização isotérmica: campo magnético aplicado ao material e 
depois retirado aparecendo uma magnetização residual; localmente queda 
de raios por exemplo. 
 
� Magnetização química: transfomações químicas ou crescimento de grãos 
ferromagnéticos (ainda que abaixo da temp. de Curie), durante a formação 
de rochas metamórficas e sedimentares. 
 
� Magnetização deposicional: ocorre durante a deposição de sedimentos 
finos 
 
� Magnetização piezo-remanente: ocorre como resultado da aplicação 
conjunta de pressão e de um campo magnético (fenômeno de 
magnetostrição); rochas submetidas a esforços tectonicos 
Magnetometria Malagutti Filho, W. 
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25
SUSCEPTIBILIDADE MAGNÉTICA DE ROCHAS E MINERAIS 
 
 
� Nas rochas depende principalmente da quantidade, tamanho dos 
grãos e modo de distribuição dos minerais ferromagnéticos nelas 
contidos, os quais ocorrem na forma de grãos finos dispersos em 
uma matriz de minerais paramagnéticos e diamagnéticos, 
representada pelos silicatos. 
 
 
 Rochas sedimentares Þ menores valores Þ inf. a 50x10-6 (cgs) 
 Rochas vulcânicas Þ varia entre 100 x 10-6 e 10.000 x 10-6 
 Rochas plutônicas Þ varia entre 100 x 10-6 e 5.000 x 10-6 
 Rochas metamórficas Þ valores entre 10 x 10-6 a 500 x 10-6 
� As rochas máficas, por conterem maior quantidade de ferro 
apresentam maiores valores de susceptibilidade Þ valor típico: 
5.000 x 10-6 
� Dentre os minerais ferromagnéticos, a magnetita, a pirrotita, a 
ilmenita, a franklinita e a maghemita (hematita-gg ) têm 
susceptibilidade suficientemente elevada para produzirem 
anomalias detectáveis nos trabalhos de prospecção magnética. Pela 
sua abundância os 3 primeiros são os que mais contribuem para a 
magnetização das rochas 
Magnetometria Malagutti Filho, W. 
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26
 
 
 
 
 
 
 
 
Susceptibilidade magnética de alguns minerais 
Braga 
Luiz, J.G. & Silva, L.M.C. 1995
Magnetometria Malagutti Filho, W. 
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Instituto de Geociências e Ciências Exatas – IGCE / Departamento de Geologia Aplicada - DGA 
27
 
 
 
 
Susceptibilidade magnética de algumas rochas 
Braga 
Luiz, J.G. & Silva, L.M.C. 1995
Magnetometria Malagutti Filho, W. 
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28
 
INSTRUMENTOS - MAGNETÔMETROS 
 
·· Desenvolvidos após a 2a Guerra Mundial, os magnetômetros permitem que se registre 
a intensidade do campo magnético (campo total) ou de suas componentes. De 
acordo com o seu princípio de funcionamento, os magnetômetros podem ser dos 
seguintes tipos: saturação (flux-gate), bombeamento ótico, supercondutividade e 
precessão nuclear ou precessão de prótons. 
 
Magnetômetro “flux-gate” 
 
1. Possui dois núcleos de material ferromagnético de elevada permeabilidade. 
2. Os núcleos são posicionados paralelamente e envolvidos por duas bobinas iguais 
(primária e secundária) e enroladas no sentido oposto. 
3. As bobinas secundárias são ligadas em um voltímetro. 
4. As bobinas primárias, ligadas em série, recebem uma corrente elétrica alternada que 
magnetizam `a saturação os núcleos ferromagnéticos. 
5. Na ausência do campo externo o valor lido no voltímetro será zero pois as bobinas 
são opostas. 
6. Na presença de um campo o mesmo será somado vetorialmente ao campo que existe 
em um dos núcleos saturando-o mais cedo. 
7. Neste caso haverá uma voltagem induzida nas bobinas secundárias, proporcional ao 
campo. 
8. Pode-se medir a intensidade do campo ou qualquer de suas componentes utilizando-
se uma orientação conveniente dos núcleos. 
9. Nos levantamentos aéreos são geralmente orientados com o campo total e nos 
levantamentos terrestres com a componente vertical. 
10. Precisão: 1 nT Intervalo de medidas: @ 100.000 nT 
Magnetometria Malagutti Filho, W. 
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29
MAGNETOMETRO FLUX-GATE 
 
 
 
 
 
 
 
· Núcleos paralelos, envolvidos por 2 bobinas (primária e secundária) 
· Bobinas secundárias ligadas a um voltímetro 
· Bobinas primárias recebem AC que magnetizam os núcleos 
· Ausência do campo externo – valor zero – bobinas opostas 
· Presença do campo externo – voltagem induzida nas bobinas 
secundárias, proporcional ao campo. 
Braga 
http://www.mines.edu/fs_home/tboyd/GP311/introgp.shtml
Magnetometria Malagutti Filho, W. 
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30
 
MAGNETÔMETRODE PRECESSÃO NUCLEAR 
 
� Consiste basicamente de um sensor, contendo uma fonte de prótons 
(metanol, álcool etílico, querozene) e um contador eletrônico; 
� Baseia-se no movimento de precessão, que é característicos de partículas 
de próton. 
� O sensor é submetido a um campo artificial muito mais forte do que o 
campo magnético terrestre e perpendicular a este; 
� Os prótons são polarizados segundo a resultante dos 2 campos a qual é 
virtualmente paralela ao campo artificial; 
� A remoção repentina do campo artificial faz com que os prótons voltem a se 
orientar com o campo terrestre,girando em torno deste campo; 
� O número de ciclos do eixo do spin, em volta do cone, por unidade de 
tempo é denominado de frequência de precessão (f) 
� Ela depende do momento magnético (M), do momento angular (L) do 
próton e da intensidade (F) do campo magnético da Terra 
 
 
� Conhecendo-se este fator pode-se rearranjar a equação anterior: 
 
 
 f
M
L
GF
= =
2 2pp pp onde: G = raio giromagnético 
 G = 0.2675 
 
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31
 
F
f
G
=
2 pp
 F = 23,4874*f 
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32
MAGNETOMETRO DE PRÓTONS 
 
 
 
 
· Sensor contendo fonte de prótons 
· Baseia-se no movimento de precessão 
· Sensor é submetido a um campo artificial muito mais forte que o terrestre e 
perpendicular 
· Protons são polarizados segundo a resultante dos campos – virtualmente paralela 
ao artificial 
· Remoção do campo artificial – protons voltam a se orientar pelo campo terrestre 
· Número de ciclos do spin por tempo = frequencia de precessão (f) 
 
pp 22
GF
L
M
f == onde G(raio giromagnético) = 0.2675 
 
 
G
f
F
p2
= F = 23,4874 x f 
Braga 
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33
TÉCNICAS DE LEVANTAMENTO MAGNETOMÉTRICO 
 
 
� As medidas magnéticas são normalmente realizadas na superfície 
do terreno ou com o auxílio de aeronaves. Com menor frequência 
são efetuadas medidas em poços ou na superfície marinha. 
 
 
� Os levantamentos terrestres aplicam-se a trabalhos de maior 
detalhe, auxiliando o mapeamento geológico e trabalhos de 
prospecção mineral. 
 
 
LEVANTAMENTOS TERRESTRES 
 
� Nos trabalhos de reconhecimento, as medidas são tomadas 
normalmente ao longo de estradas, ou leitos de rios. O 
espaçamento entre as estações pode variar entre 1 a 10 km; 
 
� Os levantamentos aéreos são empregados nos trabalhos de 
reconhecimento regional em auxílio por exemplo à prospecção de 
petróleo ou a trabalhos que visem a delineação de grandes 
estruturas uma vez que as fontes destas anomalias são de grandes 
dimensões. 
Magnetometria Malagutti Filho, W. 
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34
 
� Nestes levantamentos medem-se valores absolutos do campo 
magnético total, ou de sua componente vertical, empregando-se 
magnetômetros; 
 
 
 
� As medidas fornecidadas pelos magnetômetros são digitais 
devendo ser tomadas de 3 a 5 leituras por ponto a fim de se obter 
a necessária confiabilidade, obtida pela repetibilidade. 
 
 
� Nos trabalhos de detalhe, as medidas são realizadas ao longo de 
picadas, normalmente transversais à direção de um corpo a ser 
prospectado. O espaçamento pode variar entre 10 a 100 metros. 
� Empregam-se normalmente 2 magnetômetros: um permanece fixo 
em um ponto escolhido como estação base, e o outro efetua o 
levantamento propriamente dito; 
� O magnetômetro que permanece na estação base registra as 
variações temporais do campo as quais servirão para corrijir as 
leituras de campo. 
� Valores muito discrepantes podem ser causados por mau 
funcionamento do equipamento, gradientes magnéticos muito 
fortes (devidos a afloramentos ou linhas elétricas ou ainda a 
tempestades magnéticas ou metereológicas). 
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35
� As medidas na magnetometria terrestre são, em geral bastante 
rápidas. Um operador treinado pode cerca de 150 estações, 
espaçadas de 50m ou 600 estações, espaçadas de 10m por dia, em 
áreas de bom acesso. 
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36
 
 
 
 
 
 
Levantamento terrestre 
Braga 
http://www.mines.edu/fs_home/tboyd/GP311/introgp.shtml
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LEVANTAMENTOS AÉREOS 
 
 
São efetuados por aviões ou helicópteros, sendo que este último 
permite que os levantamentos sejam feitos em altitudes menores 
e seja mantida uma altura constante em relação ao terreno; essas 
condições de vôo, são importantes quando o alvo de interesse é 
relativamente pequeno, como nos casos de prospecção de 
minérios. 
 
Quando o objetivo é a determinação de feições gelológicas de 
grandes dimensões, como são os casos de mapeamentos 
regionais e na prospecção petrolífera, não é necessária uma 
altura de vôo pequena, nem que a mesma fique rigorosamente 
constante, sendo mais adequado o emprego de aviões. 
 
A altura de vôo pode variar desde 50 metros, se o alvo é de 
pequenas dimensões (corpos de minério) até 450 metros para 
alvos regionais. 
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Representação esquematica do levantamento aeromagnetométrico 
 
Braga 
Robinson, E.S. & Çoruh, C. 1988
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TRATAMENTO DOS DADOS 
 
 
1. correções para eliminar as variações devidas a causas não geológicas 
(variação diurna e o desnível dos pontos) 
 
2. filtragem para eliminaçãode efeitos geológicos indesejáveis (heterogeneidades 
próximas da superfície ou interferência de fontes rasas ou profundas) 
 
 
·· correção da variação diurna 
 
 com 2 magnetômetros Þ um registra numa estação base e o outro nas 
 estações de interesse 
-com um magnetômetro ÞÞ estação base deve ser reocupada periodicamente 
 
·· correção topográfica: correção dos efeitos das encostas e dos vales; é maior com o 
aumento da intensidade da magnetização; raramente aplicada 
 
· correção de latitude: o campo magnético varia @ 10 nT/Km. Em trabalhos que 
cubram variações de vários graus de latitude, dependendo da precisão deve ser 
efetuada esta correção. 
 
· remoção do IGRF: o IGRF (International Geomagnetic Reference Field) é a 
representação teórica do campo magnético normal da Terra. Para se definir uma 
anomalia é necessário subtrair-se o valor do campo normal de cada medida tomada 
no levantamento. Em áreas pequenas toma-se apenas um valor e em áreas extensas 
vários valores. 
 
· redução ao polo: em função do caráter dipolar do campo terrestre, sua direção e 
inclinação variam ao longo da superfície, influenciando no padrão da anomalia gerada 
a diferentes latitudes. Para contornar este problema transforma-se os dados coletados 
em qualquer latitude, para a latitude onde a inclinação do campo é 90o (polo 
magnético). 
 
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41
 
 
 
 
 
Representação vetorial da soma do campo magnético da Terra com um campo anômalo 
 
Braga 
http://www.mines.edu/fs_home/tboyd/GP311/introgp.shtml
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42
 
 
 
 
 
 
 
Representação esquematica da soma vetorial do campo magnético principal da 
Terra com um campo anômalo e a respectiva anomalia 
Braga 
Hinze, W.J. 1990
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ANOMALIA MAGNÉTICA DE UMA ESFERA NO EQUADOR 
 
 
 
 
 
Braga 
http://www.mines.edu/fs_home/tboyd/GP311/introgp.shtml
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ANOMALIA MAGNÉTICA DE UMA ESFERA NO POLO NORTE 
 
 
 
 
 
Braga 
http://www.mines.edu/fs_home/tboyd/GP311/introgp.shtml
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ANOMALIA MAGNÉTICA DE UMA ESFERA – LATITUDE INTERMEDIÁRIA 
 
 
 
 
Braga 
http://www.mines.edu/fs_home/tboyd/GP311/introgp.shtml
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INTERPRETAÇÃO DE DADOS GRAVIMÉTRICOS E MAGNETOMÉTRICOS 
 
 
 
 A interpretação pode variar desde a simples identificação de 
locais anômalos em termos de contrates entre propriedades físicas, 
em subsuperfície, até a completa caracterização da fonte da anomalia, 
em termos de modêlos tri-dimensionais. A chave para uma boa 
interpretação, envolve o melhor conhecimento possível das 
características de subsuperfície, obtido, eventualmente por outra 
modalidade de informação ( direta ou indireta ) 
 
 A interpretação de dados destes dois métodos que pode ser 
qualitativa e/ou quantitativa, via de regra é ambigua porque a anomalia 
observada pode ser o produto de um número infinito de fontes. Este 
fato reforça a necessidade de um bom conhecimento geológico do 
local. O processo interpretativo é comumente executado de uma 
maneira iterativa, utilizando modêlos prévios, para serem testados, 
frente aos dados obtidos e continuamente modificados até que o 
produto final de compatibilize da melhor maneira com os dados. 
 
 De forma resumida, a despeito das diferenças em termos da 
relação entre os dados computados para a fonte, entre as duas 
técnicas, pode-se proceder a uma aproximação genérica quanto à 
sequência de análise: 
 
 - 1. utilização de técnicas para localizar as anomalias residuais, de eventual 
interesse. A interpretação qualitativa iria se esgotar aqui; 
 
 - 2. uso de técnicas para destacar e isolar uma eventual anomalia residual; 
 
 - 3. proceder a uma aproximação preliminar, para uma primeira 
caracterização das fontes; 
 
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47
 - 4. emprego de ambos os modelamentos direto e inverso, com iterações 
sucessivas, para a determinação das características físicas da fonte da anomalia; 
 
 - 5. tradução, em termos geológicos, das características computadas. 
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Universidade Estadual Paulista - UNESP/Campus de Rio Claro 
Instituto de Geociências e Ciências Exatas – IGCE / Departamento de Geologia Aplicada - DGA 
48
 
 
 
Representação esquematica da forma das anomalias do campo magnético total 
de diferentes corpos em diferentes latitudes 
 
 
 
 
Braga 
Hinze, W.J. 1990
Braga 
 
Magnetometria Malagutti Filho, W. 
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Mapa aeromagnetométrico – Bacia do Paraná 
Braga 
Ferreira, F.J.F. 1982
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50
 
 
Mapa aeromagnetométrico interpretado – Bacia do Paraná 
Braga 
Ferreira, F.J.F. 1982
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51
 
 
Exemplo de modelamento de dados magnetométricos e gravimétricos - Geosoft 
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52
 
 
Exemplode modelamento de dados magnetométricos e gravimétricos - Geosoft 
 
Magnetometria Malagutti Filho, W. 
Universidade Estadual Paulista - UNESP/Campus de Rio Claro 
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Exemplo de modelamento de dados magnetométricos - Geosoft 
 
Magnetometria Malagutti Filho, W. 
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54
 
 
 
Exemplo de modelamento de dados magnetométricos - Magix 
 
	Considerações Gerais
	Natureza do Magnetismo e Campo Magnético
	Indução Magnética
	Momento Magnético
	Campo Magnético da Terra
	Origem
	Variações
	Propriedades Magnéticas dos Materiais Geológicos
	Magnetização
	Susceptibilidade Magnética
	Instrumentos
	Técnicas de Campo
	Tratamento dos Dados
	Interpretação de Dados Gravimétricos e Magnetométricos

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