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DEPARTAMENTO DE FÍSICA – INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS E CIÊNCIAS EXATAS UNESP – Universidade Estadual Paulista “Julio de Mesquita Filho” LABORATÓRIO DE ESTRUTURA DA MATÉRIA – ano 2021 Relatório 3 – Laboratório de Estrutura da Matéria I (2021) Relação carga e massa do elétron Paulo Victor da Silva Soares Rio Claro 20/06/2021 DEPARTAMENTO DE FÍSICA – INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS E CIÊNCIAS EXATAS UNESP – Universidade Estadual Paulista “Julio de Mesquita Filho” LABORATÓRIO DE ESTRUTURA DA MATÉRIA – ano 2021 1 SUMÁRIO 1 – OBJETIVO ................................................................................................... 2 2 – INTRODUÇÃO ............................................................................................. 2 3 – FUNDAMENTOS TEÓRICOS ..................................................................... 3 4 – MATERIAIS UTILIZADOS ........................................................................... 5 5 – METODOLOGIA .......................................................................................... 6 6 – RESULTADOS E DISCUSSÕES ................................................................ 8 7 – CONCLUSÃO ............................................................................................ 14 8 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................... 15 DEPARTAMENTO DE FÍSICA – INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS E CIÊNCIAS EXATAS UNESP – Universidade Estadual Paulista “Julio de Mesquita Filho” LABORATÓRIO DE ESTRUTURA DA MATÉRIA – ano 2021 2 1. OBJETIVO Analisar a homogeneidade do campo magnético (sem e com variação da corrente elétrica), observar o comportamento do feixe de elétrons sem e com a presença de d.d.p e estudar como esse feixe varia, alinhando-os em diferentes valores de raio no interior do tubo de raios catódicos, a relação carga/massa será obtida de duas formas diferentes. 2. INTRODUÇÃO Joseph John Thomson foi um físico e vencedor do prêmio nobel de Física por seus trabalhos feitos utilizando tubos de raios catódicos (e que será reproduzido no experimento deste relatório) e com isso foi possível descobrir que a carga do elétron é negativa determinar também a relação de carga e massa do elétron, obtendo esse valor indiretamente (pois é impossível obter este valor diretamente). Para a realização desta experiência de J. J. Thomson foi utilizado um aparato criado por Hermann von Helmholtz, as famosas “Bobinas de Helmholtz”, consiste em um par de bobinhas com a finalidade de produzir um campo magnético homogêneo. É importante ressaltar também que a realização deste experimento possibilitou, mais tarde, que Robert Andrews Millikan determinasse o valor da carga elétrica do elétron e também o valor da massa do elétron (pois Thomson já havia encontrado a relação entre as duas grandezas). Esse experimento será dividido em duas partes, ou melhor, duas formas alternativas de se encontrar o valor da relação carga e massa do elétron, ambas utilizando um princípio base da teoria eletromagnética chamada Relação de Lorentz (que está abordada em Fundamentos Teóricos). DEPARTAMENTO DE FÍSICA – INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS E CIÊNCIAS EXATAS UNESP – Universidade Estadual Paulista “Julio de Mesquita Filho” LABORATÓRIO DE ESTRUTURA DA MATÉRIA – ano 2021 3 3. FUNDAMENTOS TEÓRICOS No final do século XIX e no início do século XX dois experimentos muito importantes para a área da física foram realizados, o primeiro foi o Experimento de J. J. Thomson para a determinação da relação carga e massa do elétron e posteriormente, o de Millikan e descobriu a carga fundamental do elétron; ambos experimentos utilizam uma relação básica na teoria eletromagnética, a chamada relação de Lorentz: F⃗ = eE⃗⃗ + e(v ⃗⃗ x B⃗⃗ ⃗) (Equação 3.1) Há duas formas a qual a medida da relação carga-massa pode ser obtida, a primeira é utilizando o campo magnético e a segunda utilizando campos elétricos e magnéticos. Para ambos métodos, o canhão de elétrons emite um feixe cilíndrico de diâmetro aproximado de 1mm que, com a presença de um gás ilumina tal feixe de elétrons, nos concedendo uma boa visão da direção e do sentido da trajetória desses elétrons. Pelo primeiro método não há presença de campo elétrico, ou seja, �⃗⃗� = �⃗⃗� , isso implica que, de acordo com a posição das bobinas em dado sistema em relação ao canhão de elétrons, o campo magnético aplicado será perpendicular ao feixe de elétrons, ou seja, está submetido a uma força perpendicular à velocidade; como �⃗⃗� ⊥ �⃗⃗� e �⃗⃗� = �⃗⃗� , obtemos a equação 3.1 da seguinte forma: mv² r = evB (Equação 3.2) Onde o m é a massa do elétron, v é a velocidade, r é o raio da trajetória, e é a carga fundamental do elétron e B é a intensidade de campo magnético aplicado. Levando em conta a conservação de energia é possível obter a velocidade dos elétrons: eVA = mv² 2 (Equação 3.3) DEPARTAMENTO DE FÍSICA – INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS E CIÊNCIAS EXATAS UNESP – Universidade Estadual Paulista “Julio de Mesquita Filho” LABORATÓRIO DE ESTRUTURA DA MATÉRIA – ano 2021 4 Evidenciando melhor o valor de v: v = ( 2eVA m ) 1 2 (Equação 3.4) Substituindo a equação 3.4 na equação 3.2, separando a relação e/m do lado esquerdo e elevando ambos lados ao quadrado temos: ( e m )( e m ) = 2eV m(rB)2 (Equação 3.5) Cancelando os devidos termos, obtemos a relação carga massa proporcional ao potencial e inversamente proporcional ao raio e também ao campo magnético: e m = 2V (rB)² (Equação 3.6) Os valores de V, r e B podem ser variados e facilmente medidos, V por um multímetro ou um voltímetro, B por um Gauss-meter ou um Teslametro e os valores de r são bem definidos, pois os pontos iluminam para os valores 2 cm, 3.1 cm, 4.3 cm e 5.3 cm. Já pelo segundo método, onde haverá também uma presença de campo elétrico, usaremos a relação de Lorentz em sua forma completa, e aplicando esse campo elétrico sobre o elétron, é produzida uma força elétrica no sentido oposto à força magnética, possibilitando a seguinte condição de equilíbrio: eE⃗⃗ = e(v⃗ xB⃗⃗ ) (Equação 3.7) Sendo 𝑉𝑃 uma tensão aplicada entre duas placas paralelas cuja distância é D, produz um campo elétrico: DEPARTAMENTO DE FÍSICA – INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS E CIÊNCIAS EXATAS UNESP – Universidade Estadual Paulista “Julio de Mesquita Filho” LABORATÓRIO DE ESTRUTURA DA MATÉRIA – ano 2021 5 E = VP D (Equação 3.8) Substituindo a equação 3.8 na equação 3.7 e elevando ambos lados ao quadrado, temos a seguinte expressão: v2B2 = VP² D² (Equação 3.9) Substituindo a equação 3.4 na equação 3.9 e isolando a relação carga fundamental pela massa do lado esquerdo da equação, temos: 𝑒 𝑚 = 𝑉𝑃² 2𝑒𝑉𝐴𝐷²𝐵² (Equação 3.10) Onde 𝑉𝐴 é a tensão de aceleração dos elétrons e 𝑉𝑃 é a tensão entre as placas paralelas do capacitor responsável por produzir campo elétrico. 4. MATERIAIS UTILIZADOS • Um par de bobinas (bobinas de Helmholtz) • Tubo de raios catódicos • Canhão de elétrons para produção de um feixe • Grades com raios definidos para alinhamento • Fonte de Tensão • Voltímetro • Amperímetro • Teslâmetro DEPARTAMENTO DE FÍSICA – INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS E CIÊNCIAS EXATAS UNESP – Universidade Estadual Paulista “Julio de Mesquita Filho” LABORATÓRIO DE ESTRUTURA DA MATÉRIA – ano 2021 6 5. METODOLOGIA O primeiro passo para a realização do experimento éestudar a homogeneidade do campo magnético no interior das bobinas, e para isso, foram postos os equipamentos da seguinte forma. Aplicando corrente elétrica sobre as bobinas, será coletado o valor do campo magnético (em mT) para cada valor de corrente, e o teslâmetro pode se movimentar horizontalmente para fazer um mapeamento da homogeneidade do campo magnético no centro das bobinas e nas suas respectivas bordas. Será repetido esse procedimento 7 vezes (cada vez para um valor de corrente diferente) para que sejam feitos os mapas de campo magnético pelo raio (posição) para todos os valores de corrente e depois, montar apenas um gráfico de Campo Magnético por Corrente Elétrica para os valores medidos no centro das bobinas (em 0 cm). Com artifícios da teoria, será calculado o valor do campo magnético no centro das bobinas com a seguinte equação: B = ( 4 5 ) 3 2 ( μ0ni R ) (Equação 5.1) Onde μ0 = 4π. 10 −7 N/A é a constante que representa a permeabilidade magnética, R= 30 cm e n é o número de espiras da bobina, no caso, 154. Figura 1 – Par de bobinas paralelas, Teslâmetro posicionado no centro das bobinas e um voltímetro, montagem experimental para verificar a homogeneidade de campo elétrico. (Imagem retirada da aula síncrona apresentada e gravada pelo Prof Fábio Simões). DEPARTAMENTO DE FÍSICA – INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS E CIÊNCIAS EXATAS UNESP – Universidade Estadual Paulista “Julio de Mesquita Filho” LABORATÓRIO DE ESTRUTURA DA MATÉRIA – ano 2021 7 Construindo um gráfico com os valores de Campo Magnético obtidos pela fórmula para as respectivas correntes, é possível comparar os dados experimentais com as previsões teóricas (o que será feito em resultados e discussões). Nessa segunda parte do experimento, serão determinadas a relação e/m de duas maneiras, para isso, a montagem dos equipamentos agora conta com um tubo de raios catódicos, com um canhão de elétrons e um filamento, com raios bem definidos para os cálculos que serão feitos nessa próxima etapa, o esquema está representado como na figura 2: Importante explicitar que essa segunda parte do experimento deve ser feita no escuro para que possamos enxergar os feixes luminescentes de elétrons. Nesse primeiro método de obtenção da relação carga e massa são medidos valores de corrente para trajetórias circulares de elétrons para 4 valores pré-definidos, com um valor de tensão de aceleração 𝑉𝐴 fixo para cada um dos 6 conjuntos de medidas. Os valores de tensão vão variar de VA = 150V a VA = 350V. Figura 2 – Montagem do tubo de raios catódicos (Imagem superior) com um filamento e um canhão de elétrons (Imagem inferior esquerda) e o circuito elétrico de funcionamento. (Imagem retirada da aula síncrona apresentada e gravada pelo Prof Fábio Simões). DEPARTAMENTO DE FÍSICA – INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS E CIÊNCIAS EXATAS UNESP – Universidade Estadual Paulista “Julio de Mesquita Filho” LABORATÓRIO DE ESTRUTURA DA MATÉRIA – ano 2021 8 No segundo método teremos os resultados com base nos valores encontrados substituindo na equação 3.6 os valores encontrados para B, fazendo um gráfico de Campo Magnético por Corrente é possível comparar os resultados advindos das previsões teóricas (presentes na literatura) com os resultados medidos neste experimento. 6. RESULTADOS E DISCUSSÕES Iniciando o desenvolvimento do experimento, foi pego os dados de Campo Magnético medidos em diferentes distâncias do centro das bobinas para uma análise mais detalhada da homogeneidade do campo magnético. Abaixo as tabelas com informações necessárias para a construção dos gráficos: Figura 3 – São 4 tabelas acopladas em uma só, B representa o campo magnético medido (em mT), I a corrente elétrica medida (em A), o número em frente a letra representa qual conjunto a respectiva coluna pertence. PS: Ignorar a coluna B3 repetida. DEPARTAMENTO DE FÍSICA – INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS E CIÊNCIAS EXATAS UNESP – Universidade Estadual Paulista “Julio de Mesquita Filho” LABORATÓRIO DE ESTRUTURA DA MATÉRIA – ano 2021 9 Abaixo os gráficos plotados com base nos dados oferecidos pelo Prof Fábio Simões e acima tabelados: Figura 4 - São 4 tabelas acopladas em uma só, B representa o campo magnético medido (em mT), I a corrente elétrica medida (em A), o número em frente a letra representa qual conjunto a respectiva coluna pertence. DEPARTAMENTO DE FÍSICA – INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS E CIÊNCIAS EXATAS UNESP – Universidade Estadual Paulista “Julio de Mesquita Filho” LABORATÓRIO DE ESTRUTURA DA MATÉRIA – ano 2021 10 DEPARTAMENTO DE FÍSICA – INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS E CIÊNCIAS EXATAS UNESP – Universidade Estadual Paulista “Julio de Mesquita Filho” LABORATÓRIO DE ESTRUTURA DA MATÉRIA – ano 2021 11 Não foi colocado o gráfico referente aos dados da tabela 1 (cujo a corrente I=0,25 A) pois o mesmo demonstra uma homogeneidade do centro às bordas, aparentemente a corrente elétrica é muito pequena para se perceber a baixa de campo magnético nas bordas (provável que seria perceptível caso houvesse uma precisão ainda maior). A medida que a corrente elétrica é aumentada, fica mais nítido a diferença de valores encontrados para o campo elétrico nas bordas em detrimento aos valores de campo encontrados no centro das bobinas. Figuras 5, 6, 7, 8, 9 e 10 – Se tratam da medida de campo magnético em posições próximas da borda e na região central da bobina para valores fixos de corrente. Na figura 3 temos duas curvas, uma para I=0,75 A e outra para I=1,01 A, na figura 4 a relação para I=1,25 A, na figura 5 a relação para I=2,00 A, na figura 6 a relação para I=2,50 A, na figura 7 a relação para I=3,00 A e na figura 8 a relação para I=3,50 A. IMPORTANTE LEMBRAR QUE O ERRO DA MEDIDA DO CAMPO MAGNÉTICO É DE ±0,01 mT E QUE O ERRO DA MEDIDA DE CORRENTE É DE ±0,01 A. DEPARTAMENTO DE FÍSICA – INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS E CIÊNCIAS EXATAS UNESP – Universidade Estadual Paulista “Julio de Mesquita Filho” LABORATÓRIO DE ESTRUTURA DA MATÉRIA – ano 2021 12 Agora serão analisados valores de campo magnético para diferentes correntes elétricas, porém, no centro das bobinas (ou seja, posição de 0 cm) utilizando os mesmos dados da análise anterior. Esperamos aproximadamente uma equação linear, os pontos serão discretos, por conta disso será feito um ajuste linear através do programa utilizado para tratar esses dados, no programa essa função de ajuste de reta é chamada de “Fit Linear”. Feito isso, foi obtido o seguinte gráfico: O ajuste linear da forma 𝐴𝑥 + 𝐵 foi feito pelo comando “fit linear” do programa SciDavis, onde o B foi calculado como sendo 𝐵 = −0,07 ± 0,01 e 𝐴 = 0,71 ± 0,01. Com essa função podemos calcular o campo magnético para qualquer valor de corrente elétrica, o que será muito útil para a segunda etapa do experimento. Abaixo o gráfico com os valores de Campo Magnético calculados para os respectivos valores de corrente elétrica: Figura 11 – Gráfico representando o Campo Magnético que foi medido na posição P=0 cm para diferentes valores de corrente, com um ajuste linear (linha em vermelho). DEPARTAMENTO DE FÍSICA – INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS E CIÊNCIAS EXATAS UNESP – Universidade Estadual Paulista “Julio de Mesquita Filho” LABORATÓRIO DE ESTRUTURA DA MATÉRIA – ano 2021 13 Neste caso, o ajuste linear da forma 𝐴𝑥 + 𝐵 foi calculado com valores ligeiramente diferentes, com 𝐵 = 0,001 ± 0,002 e 𝐴 = 0,69 ± 0,001 , sendo valores relativamente próximos em relaçãoaos que foram obtidos das medidas. Abaixo uma figura de uma tabela onde foram calculados os campos elétricos das respectivas tabelas de 8 a 13 do arquivo dos dados do Experimento da relação Carga/Massa: Enfim, obtivemos os respectivos valores para cada conjunto, representados na figura abaixo: Figura 12 – Gráfico representando o Campo Magnético que foi calculado para os diferentes valores de corrente medidos, com ajuste linear. Figura 13 – Tabela retirada do SciDavis explicitando o valor do campo magnético calculado para cada um dos 6 conjuntos (referentes às tabelas de 8 a 13) dado em Tesla. A letra c seguida do número representa o conjunto. DEPARTAMENTO DE FÍSICA – INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS E CIÊNCIAS EXATAS UNESP – Universidade Estadual Paulista “Julio de Mesquita Filho” LABORATÓRIO DE ESTRUTURA DA MATÉRIA – ano 2021 14 Conjunto 1: 2𝑉𝐴 = 300 V Conjunto 2: 2𝑉𝐴 = 380 V Conjunto 3: 2𝑉𝐴 = 460 V B (10−3T) (R.B)² (10−9) e/m (1011C/kg) B (10−3T) (R.B)² (10−9) e/m (1011C/kg) B (10−3T) (R.B)² (10−9) e/m (1011C/kg) 1,94 1,50 2,00 2,32 2,15 1,77 2,50 2,59 1,77 1,26 1,52 1,97 1,54 2,29 1,66 1,70 2,83 1,63 0,91 1,51 1,99 1,07 2,11 1,80 1,20 2,54 1,81 0,80 1,78 1,69 0,89 2,20 1,72 1,00 2,64 1,74 Conjunto 4: 2𝑉𝐴 = 540 V Conjunto 5: 2𝑉𝐴 = 600 V Conjunto 6: 2𝑉𝐴 = 680 V B (10−3T) (R.B)² (10−9) e/m (1011C/kg) B (10−3T) (R.B)² (10−9) e/m (1011C/kg) B (10−3T) (R.B)² (10−9) e/m (1011C/kg) 2,80 3,22 1,68 3,00 3,51 1,71 3,10 3,90 1,75 1,80 3,06 1,76 1,90 3,48 1,72 2,00 4,00 1,70 1,30 3,07 1,76 1,40 3,44 1,74 1,50 4,13 1,65 1,00 2,95 1,83 1,10 3,32 1,81 1,20 4,03 1,69 O valor encontrado na literatura referente a essa relação é de aproximadamente 𝑒 𝑚 ≅ 1,7588. 1011 𝐶/𝐾𝑔 e, a fim de fazer a comparação com esse resultado, foi feita uma média de todas as 24 relações Carga / Massa encontradas nesse experimento, o que resultou em 𝑒 𝑚 ≅ 1,7646. 1011 𝐶/𝐾𝑔 e com erro de aproximadamente 𝐸 = 3,3%. 7. CONCLUSÃO O experimento realizado por J.J. Thomson foi um importante passo para a física moderna, uma vez que, encontrada a relação de carga e massa, foi possível posteriormente determinar o valor desta carga (especificamente por Millikan). Tabela 1 – Para cada raio (R1, R2, R3 e R4) foram medidos o Campo Magnético B, sua relação (R.B)² e consequentemente a relação e/m, em 6 conjuntos com diferentes valores de 𝑉𝐴 DEPARTAMENTO DE FÍSICA – INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS E CIÊNCIAS EXATAS UNESP – Universidade Estadual Paulista “Julio de Mesquita Filho” LABORATÓRIO DE ESTRUTURA DA MATÉRIA – ano 2021 15 Através de tubos de raios catódicos, a presença de um campo magnético induzido por duas bobinas configuradas como nesse experimento, foi possível defletir feixes de elétrons emitidos por um canhão de elétrons e até visualizá-los no escuro para analisar a sua trajetória na presença de campo magnético. No respectivo experimento, seguindo os passos de J. J. Thomsom, foi medido uma relação de carga/massa no valor de 𝑒 𝑚 ≅ 1,7646. 1011 𝐶/𝐾𝑔 com um erro de 3,3% que é relativamente baixo, essa comparação só foi possível também pois hodiernamente já sabemos o valor da massa do elétron e da sua respectiva carga também. Isso fortaleceu o que já estava vivo de teoria na época, a relação de Lorentz se mostrou correta e muito útil para essas descobertas e observações experimentais, ajudou de certa forma outros cientistas a interpretarem melhor esse universo microscópio que está diante de nós. 8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS - Fábio Simões de Vicente, Dario Antonio Donatti, Laboratório de Estrutura da Matéria I - Roteiros de Experimentos e Teoria, Departamento de Física, IGCE, Unesp, Campus de Rio claro 2021. - D.A. Donatti, Tratamento de Dados Experimentais, Departamento de Física, Campus Rio Claro, Unesp 2016. - J. J. Thomson. http://hyperphysics.phy- astr.gsu.edu/hbase/Nuclear/thomson.html. Acessado 13 de junho de 2021. - ZoteroBib: Fast, free bibliography generator - MLA, APA, Chicago, Harvard citations. https://zbib.org/. Acessado 26 de maio de 2021. - EISBERG; RESNICK, Robert. Física Quântica. Rio de Janeiro, 1979. - A principal referência utilizada para realização deste trabalho foram os materiais enviados pelo professor Fábio e as aulas síncronas e assíncronas enviadas através da plataforma Google Classroom. DEPARTAMENTO DE FÍSICA – INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS E CIÊNCIAS EXATAS UNESP – Universidade Estadual Paulista “Julio de Mesquita Filho” LABORATÓRIO DE ESTRUTURA DA MATÉRIA – ano 2021 16
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