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Sistema digestório Jade Oriques Pacheco Sistema digestório Geralmente composto de 4 túnicas: mucosa, submucosa, muscular e serosa, é em sua maior parte, de forma tubular com padrões histológicos básicos repetidos. É constituído pelo trato gastrointestinal e órgãos associados tais como pâncreas e fígado. Composto por: Cavidade Oral – Língua – Glândulas Salivares – Esôfago – Estomago – Intestino Delgado – Intestino Grosso A cavidade abdominal é revestida por peritônio, membrana serosa que é divido em dois folhetos: parietal (reveste a parede das cavidades) e visceral (reveste as vísceras). Entre os dois folhetos, existe a cavidade peritonial, virtual em situação normal, e real em certas circunstâncias. Boca: dividida em vestíbulo bucal (espaço entre bochechas e arcada dentária) e cavidade bucal propriamente dita, é constituída por lábios, dentes, língua, glândulas salivares, bochechas e palato duro. Tem a função de mastigação e insalivação. - Lábios: superior e inferior. Tem a função de preensão do alimento, comportamento reprodutivo, expressão da característica do animal, sucção. O ângulo de encontro dos lábios forma a comissura labial. Estratigrafia: Túnica muscular glândulas labiais Túnica mucosa frênulo labial Em algumas espécies tem uma estrutura chamada espelho nasal. - Bochechas: têm a função de auxiliar na propulsão do alimento para o esôfago, e auxiliar na mastigação. É formado pelo músc. Bucinador. Estratigrafia: Pele Túnica muscular: glândulas bucais Túnica mucosa: papila parotídea (onde desemboca o ducto parotídeo da glândula partídeia); papilas cônicas (ruminantes). - Palato duro: formado por 3 estruturas ósseas: osso palatino, processo palatino do osso incisivo, processo palatino do osso maxiliar. Estratigrafia: -Túnica mucosa: rugas palatinas (auxiliam na propulsão do bolo alimentar); -Base óssea. - Língua: um órgão normalmente entremeado de músculo esquelético, disposto em três planos ou direções. Coberto por epitélio estratificado escamoso com sensores voltados para a gustação e sensibilidade. Função de preensão do alimento em algumas espécies, gustação, auxilia na mastigação, propulsiona o bolo alimentar. Estratigrafia: -Túnica mucosa: papilas linguais (gustativas ou mecânicas), frênulo lingual (ventralmente); -Túnica muscular: músculos extrínsecos, músculos intrínsecos. Particularidades entre espécies: → Ruminantes: tórus lingual; → Caninos: sulco mediano; lissa (posição tipo concha). Língua canina - Glândulas salivares: podem ser divididas em 2 categorias, as maiores (glândulas parótidas, mandibular, sublinguais e zigomáticas) e as menores (labiais, bucais, linguais e palatinas). Têm a função de saliva constante. A saliva tem função de umedecer o bolo alimentar, higienizar a cavidade bucal e digestão (ptialina ou amilase salivar). As secreções das glândulas são em sua maioria serosas, contendo várias enzimas que iniciam o processo digestivo, ou mucosa contendo mais glicoproteínas. Glândula parótida É a maior glândula no equino e suíno. De cor amarelada, como todas outras glândulas salivares, esta se localiza abaixo do pavilhão auricular. O ducto dessa glândula (ducto pareotídeo) se abre na bochecha (papila parotídea). Glândula mandibular É a maior em ruminantes e carnívoros. Localizada no ângulo da mandíbula. Seu ducto (ducto mandibular) se abre na carúcula sublingual. Glândula sublingual Localizada embaixo da língua. Ductos sublinguais abrem-se na presa sublingual ou ao lado do frênulo lingual. Glândula zigomática: Exclusivo de carnívoros. Localizada na região dos processos zigomáticos, abaixo da crista fácil, na região dos músculos masseter e o temporal. Também pode ser chamada de “glândula orbitária” ou “glândula bucal dorsal”. Faringe: Estrutura virtual, comum aos sistemas digestório e respiratório, caudal as cavidades oral e nasal, sendo revestida por mucosa e circundada por músculos. Função de propulsionar o bolo alimentar no esôfago e o ar à traqueia. Esta dupla função da faringe só possível graças a presença da epiglote. A faringe pode ser dividida de forma arbitrária em nasal da faringe (nasofaringe), parte oral da faringe (orofaringe), assim denominadas por sua associação a essas regiões. A divisão entre essas duas partes é efetuada pelo palato mole. Aberturas da faringe: Coanas; Ádito da faringe; Ádito da laringe; Óstio esofágico; Óstio faringeo das tubas auditivas. A faringe tem a presença de tonsilas (tecido linfoide): - tonsilas palatinas (amígdalas); - tonsila faríngea (adenoide). Esôfago: canal muscular que liga a cavidade oral ao estomago, o comprimento pode variar entre as espécies. Função de condução do bolo alimentar da faringe ao estômago, através de movimentos peristálticos. Estratigrafia: - Túnica adventícia (tecido conjuntivo frouxo); - Túnica muscular (musculatura estriada e lisa, porém só estriada em ruminantes); - Túnica mucosa (é pregueada). Estômago: nos animais monogástricos (cavalos, porcos, cães e gatos), o alimento, após deglutição, desce pelo esôfago até chegar ao estômago. O bolo alimentar entra no estômago através de uma abertura chamada cárdia ou ósteo cárdico. Uma vez processado, o bolo alimentar sai do estômago através de uma abertura chamada de piloro ou ósteo pilórico. Alguns consideram o cárdia como a área entorno do orifício por onde entra a o alimento e piloro a área entorno do orifício por onde sai o conteúdo gástrico e apenas o ósteo cárdico e pilórico como os orifícios especificamente por onde entra e sai conteúdo, respectivamente. Tem a função de armazenamento de alimento, realizar a digestão química, propulsionar o boloalimentar ao intestino. Localizado dorsocranialmente e à esquerda do plano mediano; entre a 9ª e 15ª costela; pode variar de acordo com o grau de repleção. Capacidade em litros: Equino: 15-18 L (pequeno); Suíno: 5-8 L; Carnívoros: até 9 L; Poligástricos têm mais de 100 L. Tem duas faces: parietal e visceral. - Face parietal: convexa, voltada dorsocranialmente e à esquerda. Entra em contato com o fígado e diafragma. - Face visceral: côncava, voltada ventrocaudalmente e à direita. Em contato com o pâncreas e intestino. Vista caudal Vista dorsal de um cavalo O estômago apresenta duas curvaturas: a curvatura menor e a curvatura maior. Na curvatura menor há um ângulo bem fechado em direção à região pilórica do estômago chamada de incisura angular. Esta incisura é bem pronunciada nos carnívoros, principalmente os gatos, chegando alguns autores a chamar a curvatura menor destes de incisura angular. Os cavalos por apresentarem um cárdia com musculatura bem desenvolvida e um ângulo que dificulta a saída do conteúdo gástrico, assim como por apresentarem um estômago posicionado de forma afastada dos músculos abdominais, eles não conseguem vomitar. A curvatura maior é convexa, posicionada ventralmente e à esquerda. A curvatura menor é côncava, posicionada mais dorsalmente, à direita. Tem a proeminência dos esfíncteres de entrada e saída: cárdia (muito desenvolvido em equinos) e piloro. – Esfíncter cárdico: controla a entrada do bolo alimentar – Esfíncter pilórico: controla a saída do conteúdo gástrico. Nos porcos, este esfíncter tem uma protuberância em direção ao lúmen do piloro chamado de tórus pilórico. O estômago é dividido em quatro regiões: Fundo ou Extremidade Esquerda Corpo Região Pilórica ou Extremidade Direita – esta ainda se subdivide em : - Antro pilórico: parte mais expandida da região pilórica. - Canal pilórico: parte mais estreita da região pilórica. Nos equinos, o fundo é bem desenvolvido, sendo, às vezes, chamado de saco cego. Nos suínos há uma estrutura chamada de divertículo gástrico que se forma a partir do fundo. Estratigrafia: Túnica serosa; Túnica muscular (3 camadas); Túnica mucosa. Parede Interna do Estômago (túnica mucosa) tem duas subdivisões em algumas espécies (agranular e granular): Internamente, o estômago é todo rugoso e revestido por diversas glândulas com diferentes funções tais como: secreção de ácido gástrico, a secreção de muco, dentre outros. Os cães e gatos têm um estômago simples, ou seja, sua parede interna é todo recoberta por glândulas. Já os cavalos e porcos têm estômagos compostos, ou seja, apresentam uma porção desprovida de glândulas chamada de porção ou região aglandular. Essa porção é revestida por tecido epitelial pavimentoso (squamous epithelium), por isso, em inglês, é chamado de ‘squamous region’. A linha divisória entre a região aglandular e a região glandular é chamada de margo plicatus ou margem pregueada. No suíno a parte aglandular é apenas uma pequena área próxima ao cárdia (quadrilátero esofágico).
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