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Universidade de Brasília (UnB) Curso de Geofísica Geologia Geral-Turma E Prof. Natalia Hauser e Luciano Soares Cunha II-2013 Unidade IX: o ciclo hidrológico Unidade IX: Águas correntes superficiais 1- Processos geológicos externos. Importância. 2- O ciclo hidrológico. 3- Dinâmica de uma corrente. 4- Nível de base e perfil longitudinal de uma corrente. 5- Redes de drenagem. 6- Atividade geológica de uma corrente: erosão, transporte e sedimentação. 7- Morfologia dos canais: retilíneo, meandroso, anastomosado e entrelaçado 8- Sistema fluvial 9- Depositos fluviais 10- Lagos 2-O ciclo hidrológico Principais reservatórios de água na Terra Cada lugar onde a água é armazenada constitui um reservatório.... Águas subterrâneas Lagos Oceanos Rios Geleiras Reservatórios de água na Terra Embora a quantidade de água nos rios e lagos seja pequena, essa quantidade de água é importante paras as populações humanas porque contem água DOCE. Ciclo hidrológico Se define como o conjunto global de movimentos, intercâmbio e armazenamento da água na Terra desde um reservatório até outro. Incessante circulação da água e das quantidades movimentadas desde um reservatório ate outro. Balanço do fluxo total entre os reservatórios no ciclo hidrológico. Como ganha água a superfície continental? -pela precipitação (107) Como perde água a superfície continental? -pela evaporação (71) -pelo escoamento superficial (36) Como ganha água o oceano? -pelo escoamento superficial (36) -pela precipitação (398) Como perde água o oceano? -pela evaporação (434) Aguas superficiais Aguas superficiais 1-Definição 2-Elementos principais 3-Condições de formação 1-Conceitos Águas superficiais É uma corrente natural de água que flui na superfície da Terra com continuidade e em função da gravidade. Possui um caudal considerável e desemboca no mar, num lago ou noutro rio. Rede de drenagem Sistema natural capaz de drenar água superficial, em geral proveniente das chuvas, composto por rios e lagos conectados entre si. Corrente: qualquer corpo de água que flui. Curso de água: canais de uma rede de drenagem, que podem ser grandes (rios) ou pequenos (arroios). Terras Altas Rios tributários Vale - Canais - Planície de Inundação Elementos principais Vale Fluvial Planície de Inundação Canal Condições necessárias para que se forme um rio 1-Abastecomento de agua adequado (agua das precipitações, agua de desgelo, aguas subterrâneas que emergem na superfície, etc.). 2-Encosta no terreno para que a agua consiga fluir (originada por forças internas da Terra, que deformam, dobram e fraturam as rochas da crosta). Qual é a importância das agua correntes??? Ponto de vista geológico: -Principal agente erosivo que atua continuamente modelando o releve da superfície terrestre. -Principal meio de transporte e deposição dos materiais meteorizados. -Forma parte do ciclo hidrológico Qual é a importância das agua correntes??? Ponto de vista econômico (+) e (-): -Abastecimento de agua para a população, industrias, agricultura, etc. -Fonte de energia hidráulica. -Serve como vias de comunicação e comercio. -Produz danos materiais e humanos durante as inundações nas épocas de crescida. -Produz a erosão laminar do solo nos campos de cultivo. Rio Nilo (Egito): usado como meio de comunicação Rio Li (China): o vale do rio Li, é usado para plantar arroz. (+) Inundações pelas intensas chuvas, os rios alagam as margens, onde existe população. Erosão severa do solo em uma plantação de trigo. (-) Aguas superficiais 1-Definição 2-Elementos principais 3-Condições de formação 1-Conceitos Aguas superficiais 1-Definição 2-Elementos principais 3-Condições de formação 1-Conceitos 2-Dinâmica de uma corrente 1- Fluxo da agua 2-Vazão 3- Velocidade 4- Declividade 5- Geometria e rug. do canal 6- Material transportado 3-Dinâmica de uma corrente No movimento da água superficial, vários fatores regulam a dinâmica de fluvial: -Fluxo de água -Vazão -Velocidade -Declividade -Geometria e rugosidade do canal -Material transportado Como a agua dos rios escoa????? Tendo em conta a dinâmica de fluidos e usando linhas de movimento chamadas de linhas de corrente, temos dos tipos: Dependem de três fatores: -sua velocidade -sua geometria (gradiente) -sua viscosidade -Fluxo de água Geleiras Águas subterrâneas Correntes superficiais -Vazão ou descarga (m3/s) Volume de água que passa num dado ponto por uma determinada largura e profundidade do canal por unidade de tempo. Para obter a vazão, relacionamos a área transversal com a velocidade meia da corrente: Vazão = secção transversal (m2) X velocidade (m/s)=m3/s -Velocidade (m/s) Distância que recorre uma massa de água entre dois pontos da longitude do canal por unidade de tempo. Para obter a velocidade da corrente relacionamos a vazão com a área transversal. Velocidade (m/s)= vazão (m3/s) / secção transversal (m2) Na vertical: a máxima velocidade se encontra a 1/3 da parte superior desde a superfície Na horizontal: a máxima velocidade se encontra na parte media, onde a fricção com as bordas é mínima -Declividade (%) Relação entre a altura de dois pontos e a distância horizontal entre eles. Declividade (%)= (Diferencia de altura / distância horizontal )* 100 3500 m 100 m 300 Km - Geometria e rugosidade do canal Relacionado com a configuração do canal. Quanto mais regular seja o canal do rio, menor velocidade terá a corrente (Lei física da continuidade) - Material transportado Peso total do material sólido que passa pela secção transversal do canal em um ponto dado e num determinado tempo. Evidentemente o fator fundamental que influi, e a velocidade da corrente. Capacidade de uma corrente: Máximo tamanho de seixo que uma corrente pode deslocar. Mudanças nas propriedades do canal ao longo de um rio. Descarga aumenta quando novos tributários juntam-se ao rio principal. Em resumo: Um rio erode, quando a sua capacidade de transportar material é maior que o material transportado. Em resumo: Um rio erode, quando a sua capacidade de transportar material é maior que o material transportado. Um rio deposita, quando sua capacidade de transportar material é menor que o material que leva. Em resumo: Um rio erode, quando a sua capacidade de transportar material é maior que o material transportado. Um rio deposita, quando sua capacidade de transportar material é menor que o material que leva. Um rio transporta quando sua capacidade de transportar material é igual ao material transportado. Aguas superficiais Aguas superficiais 3-Perfil longitudinal -Definição -Fatores: a- relevo b- clima c- fluxo da corrente d- resistência das rochas Perfil longitudinal de uma corrente e nível de base (NB) Um rio esta em equilíbrio dinâmico entre a erosão de seu leito e a sedimentação no canal e na planície de inundação em toda a sua extensão. Esse equilíbrio é controlado por vários fatores: -Relevo (declividade) -Clima -Fluxo da corrente -Resistência da rocha ao intemperismo e erosão Declividade dos rios Platte e South Platte desde as cabeceiras na região central de Colorado até a foz do primeiro, em Nebraska. Essa curva suave e ligeiramente côncava para acima, que representa uma vista lateral do rio é seu perfil longitudinal. Todos os rios tem esse perfil Aguas superficiais 3-Perfil longitudinal -Definição -Fatores: a- relevo b- clima c- fluxo da corrente d- resistência das rochas Aguas superficiais 3-Perfil longitudinal 4-Nível de base (NB) de uma corrente a-Tipos: 1-temporario (Lagos) 2-permanente (oceanos) b-Evolução do NB c-Modificação do NB: -Tectônica -Atividade antrôpica -Definição -Fatores: a- relevo b- clima c- fluxo da corrente d- resistência das rochas Nível de base de um rio Ponto mais baixo de uma corrente embaixo da qual a corrente não consegue erodir. Quando uma corrente atinge seu nível de base, a energia cinética é praticamente nula. O que é o nível de base? O nível de base de uma corrente pode estar representado por: -Lago (N.B temporário) -Oceano (N.B permanente) Evolução do nível de base de uma corrente Perfil longitudinal de uma corrente jovem, é uma linha ligeiramente côncava para acima e que representa uma serie de irregularidades no fundo do canal. Neste caso décimos que o perfil da corrente não esta em equilíbrio e que pelo tanto a corrente esta constantemente erodindo. Perfil longitudinal de uma corrente velha, é uma linha curva e suave ligeiramente côncava para acima na parte media, voltando-se mais horizontal perto da sua desembocadura e verticalizandose perto da nascente . Quando o perfil esta em equilíbrio, não existe praticamente erosão. 1 2 3 Pode o perfil longitudinal ser modificado??? quando ??????? O perfil modifica-se quando muda o nível de base!!! Novo perfil de equílibrio sedimentação Nível mar Novo perfil de equilibrio para a parte mais alta erosão Novo perfil de equilíbrio Nível mar Novo perfil de equilibrio para a parte mais baixa Aguas superficiais Aguas superficiais 5-Morfologia dos canais -Retilíneo -Meandrante -Entrelaçado -Anastomosado 5- Morfologia dos canais fluviais Desde o ponto de vista geológico a morfologia dos canais é o principal atributo considerado na classificação dos rios, por permitir a interpretação de processos e estilos de sedimentação tanto em depósitos atuais quanto antigos. Uma serie de fatores controlam a morfologia fluvial, eles podem-se classificar como autocíclicos (fatores próprios da bacia de drenagem como volume, velocidade de fluxo, carga do sedimento transportado, largura, profundidade, declividade, rugosidade do leito, cobertura vegetal) ou alocíclicos (fatores que afetam toda a região, como variáveis climáticas e geológicas) Existem quatro tipos básicos de canais: 1-rectilíneos (straight) 2-meandrante (meandering) 3-entrelaçado (braided) 4-anastomosado (anastomosed) Grau de sinuosidade 1.5 Baixo Alto N° de canais 1 Multiplos Meandrante Anastomosado Rectilíneo Entrelaçado 1-Sinuosidade: relação entre o comprimento do tavalge (linha que une os pontos mais baixos do canal fluvial) e o comprimento do seu vale . 2-Grau de entrelaçamento: mede o numero de barras ou ilhas no canal por comprimento de onda desse canal medido ao longo do tavalge, o que permite medir a sua multiplicidade. Numero arbitrário Rio Paraíba do Sul 1 2 Canais entrelaçados 3 Rios Entrelaçados-CARACTERÍSTICAS Áreas com: alto predomínio da carga de fundo alta descarga de água pouca vegetação. relação largura/profundidade > 40 A formação de canais é favorecida por declividades altas a meias. 4 Características: Complexo de canais de baixa energia, interconectados, desenvolvidos e regiões húmidas e alagadas. Formam varias ilhas alongadas recobertas por vegetação. A baixa declividade dos canais e a sua sinuosidade provocam o extravasamento do canal e a deposição do silte e argilas. Rios Anastomosados-CARATER´SITICAS A MORFOLOGIA DO CANAL PODE VARIAR NO TRANSCURSO Aguas superficiais 5-Morfologia dos canais -Retilíneo -Meandrante -Entrelaçado -Anastomosado Aguas superficiais 5-Morfologia dos canais -Retilíneo -Meandrante -Entrelaçado -Anastomosado 6- Redes de drenagem ELEMENTOS 1-Divisor de aguas 2- Bacias de drenagem 3-Redes de drenagem 6-Redes de drenagem Toda elevação entre dois rios, forma um divisor de aguas. Divisor de aguas: é uma crista ou terreno alto de onde toda a agua da chuva escoa, para um ou outro lado. Bacia hidrográfica: é um área do terreno limitada por divisoras de agua que vertem toda a sua agua para a rede de rios que a drenam. Um continente tem varias bacias hidrográficas importantes separadas pelos divisores de agua principais. Redes de drenagem: DIVISOR DE AGUAS Divisor de Drenagem marca o limite de duas bacias de drenagem adjacentes Área de captação de água de precipitação, demarcada por divisores topográficos Bacia de Drenagem Rede de drenagem Redes de drenagem: padrões A Drenagem de uma área é fortemente influenciada por dois fatores: climático e geológico, originando padrões de drenagem distintos na forma e na densidade. Por exemplo, em climas áridos, mas com uma estação curta de fortes chuvas, são comuns os rios anastomosados. padrão da drenagem visto em fotos áereas e mapas permite em muitos casos inferir, também o tipo de rocha e estruturas geológicas. Nas regiões com rochas e solos associados impermeáveis, como às de folhelhos, ardósias..., apresentam drenagem densa com muitos riachos e córregos (águas pluviais escoam por inúmeros pequenos vales) Areas com rochas e solos associados permeáveis, como os arenitos, calcários..., apresentam drenagem rala com poucos talvegues; Vales retilíneos isolados podem retratar estruturas de fraturas e de falhas onde as rochas são fraturadas e muitas vezes moídas facilitando a penetração e percolação da água da chuva que altera mais rapidamente as rochas que são aí erodidas formando o vale reto. Aguas superficiais 5-Morfologia dos canais -Retilíneo -Meandrante -Entrelaçado -Anastomosado 6- Redes de drenagem ELEMENTOS 1-Divisor de aguas 2- Bacias de drenagem 3-Redes de drenagem 1-Anastomosada 2-Dendritica 3-Rectangular 4-Radial 5-Treliça Padrões de drenagem 1-Drenagem anastomosada Padrão de drenagem em que o rio corre por vários canais que se abrem em dois ou mais e confluem mais adiante com os mesmos ou com outros canais em complexo e variável sistema fluvial com várias ilhas. Comum nas zonas deltáicas e em cones aluviais, onde a quebra de relevo propicia maior deposição do que erosão. 2-Drenagem dendrítica Padrão de drenagem em que as confluências lembram galhos (dendron) de uma planta quando vista em mapa, comum em terrenos graníticos maciços, areníticos, derrames basálticos, sem estruturas importantes que condicionem a erosão dos vales. Rochas homogêneas ou com camadas horizontais 3-Drenagem retangular Padrão de drenagem em que os vales fazem ângulos retos entre si e que se forma, como a drenagem paralela, pelo condicionamento a estruturas geológicas como fraturas ortogonais ou combinação de direções de camadas com fraturas perpendiculares a essas direções. Rochas com juntas e fraturas (planos de fraqueza) ortogonais 4-Drenagem radial Padrão de drenagem que escoa radialmente a partir de um ponto topograficamente elevado. A drenagem radial desenvolve-se em regiões com vulcões, chaminés, diatremas ou outros corpos intrusivos que desenvolvem fraturas radiais ao deformar as encaixantes elevando-as em estruturas dômicas. rochas com estruturas paralelas à declividade do terreno Ex. Rochas dobradas 5-Drenagem em treliça Exercício: -Reconhecimento de padrões de drenagem Aguas superficiais 7-Atividade geológica de uma corrente 97 Aguas superficiais 1-EROSÃO 7-Atividade geológica de uma corrente 2-TRANSPORTE 3-SEDIMENTAÇÃO 98 7- Atividade geológica de uma corrente: Conjunto de processos físicos e químicos através dos quais uma corrente erode, transporta e deposita materiais. O trabalho geológico realizado por uma corrente depende da sua energia cinética, que ao mesmo tempo depende da vazão e da velocidade da mesma. Erosão Transporte Sedimentação Aguas superficiais 1-EROSÃO a- Mec. Físicos: -Ação hidraulica -Abrasão -Atricção b- Mec. Químicos: -Corrasão 7-Atividade geológica de uma corrente Panelas Cataratas Terraços 100 Erosão Definição: destruição física e química das rochas que afloram na superfície terrestre pelos agentes dinâmicos externos. Os materiais resultantes são transportados e depositados longe do lugar de origem. Os rios variam, de acordo com sua capacidade de erodir e carregar grãos de areia. Assim, fluxos laminares só podem levantar e carregar somente partículas menores (argila). Entanto, os fluxos turbulentos, dependendo da velocidade podem mover partículas de tamanho que varia entre argila até seixo e calhau. Mecanismo de erosão fluvial: 1-Físicos -Ação hidráulica -Abrasão -Atrição 2-Químicos -Corrosão Feições erosivos fluviais Os processos físicos e químicos da erosão fluvial originam uma serie de rasgos tanto no canal como no vale do rio. Eles são: 1-Panelas 2-Cachoeiras 3-Terraços fluviais 1-Panelas Panelas formadas por cascalho e areia que formam redemoinhos e erodem e desgastam as paredes 2-Cataratas Salto de agua que descende através de uma serie de passos. Para a formação de uma catarata são requeridos grandes espessuras de rochas de diferentes competências e que a sua disposição seja horizontal a subhorizontal, mergulhando no sentido do escorregamento da agua 3- Terraços Feição topografica com uma superfície relativamente plana com uma inclinação suave em direção ao canal do rio, com forma de escada. São originados pela erosão dos depósitos da planície de inundação quando existe um processo que altera o perfil de equilíbrio do rio (descenso do nível de base ou ascenso da crosta) Formação de terraços fluvias terraço fluvial Terraço constituído por material aluvional mais antigo e em nível mais alto do que o atual da planície aluvional e que ficou como testemunho de um período da evolução desta planície. A origem desses terraços pode estar ligada a várias causas: evolução geomorfológica, mudanças climáticas e/ou processos tectônicos que se refletem em mudança de poder erosivo da corrente fluvial por aumento de competência, do gradiente topográfico e/ou de mudança de nível base, levando a erosão da própria planície que deixa como testemunhos esses terraços. 1 1 2 2 Terraços fluvias Aguas superficiais 1-EROSÃO a- Mec. Físicos: -Ação hidraulica -Abrasão -Atricção b- Mec. Químicos: -Corrasão 7-Atividade geológica de uma corrente 2-TRANSPORTE Panelas Cataratas Terraços a- Físico: -Deslizamento -Rolamento -Saltação -Suspensão b- Químicos: -Dissolução 112 Transporte fluvial 1-Químico Dissolução 2-Físico ou mecânico -Carga em suspensão -Como carga de fundo (carga de fundo que o rio carrega sobre o leito) -Saltação -Rolamento -Deslizamento Transporte fluvial -Deslizamento: por este mecanismo são transportados aqueles blocos com tamanhos maiores a 25 cm. Os blocos se deslizam pela gravidade sem perder contato com o fundo do cause. -Rolamento: por este mecanismo são transportados aqueles seixos com tamanhos entre 0.2 e 25 cm e areia muito grossa a grossa. Eles são transportados descrevendo movimentos circulares, sem perder contato com o fundo do cause. -Saltação: por este mecanismo são transportados os grãos de areia meia a grossa, descrevendo trajetórias parabólicas. Temporalmente eles permanecem em suspensão ara cair no fundo do cause depois. -Suspensão: por este mecanismo são transportados os grãos de areia fina e partículas de silte e argila. Eles viajam o tempo todo em suspensão. -Dissolução: são transportadas por este meio, aquelas sustâncias minerais solúveis. Granulometria: tamanho de sedimentos 2) Rolamento: areia muito grossa a grossa (2-0.5 mm), seixos e rolados. 4) Suspensão: silte e argila (< 0.062 mm) 1) Deslizamento: matacão (> 25 cm) 5) Dissolução: ions Em suspenção Como material de fondo 3) Saltação: areia media a fina (0.5-0.062 mm) Como material de fundo: 30 milhões de toneladas métricas Em suspenção: 300 milhões de toneladas métricas Em suspenção: 120 milhões de toneladas métricas ENCONTRO RIO SOLIMOES E RIO NEGRO (AMAZONIAS) Rio Negro: muita materia orgánica Rio Solimões: muito sedimento Aguas superficiais 1-EROSÃO a- Mec. Físicos: -Ação hidraulica -Abrasão -Atricção b- Mec. Químicos: -Corrasão 7-Atividade geológica de uma corrente 2-TRANSPORTE 3-SEDIMENTAÇÃO Panelas Cataratas Terraços a- Físico: -Deslizamento -Rolamento -Saltação -Suspensão b- Químicos: -Dissolução a- Dep. fluviais 120 8-Depósitos fluviais Quando a velocidade da corrente diminui, a carga transportada é depositada de maneira selecionada. A diminuição da velocidade é devida a: -Cambio na encosta do canal do rio -A corrente de agua desemboca num corpo de agua estável. Assim a carga depositada se distribui no fundo do canal, nos vales, nos lagos e nos oceanos. 1-Depósitos fluviais: Sistema de rio meandrante Sistema fluvial entrelaçado Sistema fluvial Anastomosado 2-Leques aluviais -Depósitos de pê de monte 3-Deltas Rios Retilíneos Rio Paraíba do Sul Depósitos de rios meandrantes 124 Deposição Erosão Rios Meandrantes Migração lateral do canal meandrante… Erosão na parte côncava Deposição na parte convexa formando barra em pontal O processo principal que faz um canal migrar é a acréscimo lateral …eventualmente resulta na formação de meandros abandonados. Meandro Abandonado Barra em Pontal Causas do abandono do canal: 1-Atalho em corredeira 2-Atalho em colo 3-Avulsão Lago de meandro abandonado (depósitos predominantemente peliticos) Barra em Pontal Canal Meandrante 1-Depósitos de canal: engloba os sedimentos mais grossos (cascalhos, areia grossa a media), situado na parte profunda do leito. Estratificação cruzada. 2-Depósitos de barras de pontal (point bar): composição arenosa a cascalhante, formados pela erosão dos sedimentos das margens côncavas. Esses sedimentos são depositados pelos processos de acreção lateral, que também é o responsável pela migração do canal. MISSISSIPPI RIVER, YAZOO, MISSISSIPPI: Multiple Single-Channel Meandering Channelbelts 3- Depósitos de atalho e meandros abandonados: no lago de meandro, se deposita material fino, de tipo pelitico. 129 Dique marginal natural ao longo do Mississippi River 4- Depósitos de diques marginais: formados em periodos de inundação. Frecuentemente coberto por vegetação. Dique marginal (levees) Leque de crevassa 5- Depositos de rompimento de diques marginais (crevasse splay): formados durante as enchentes de grande porte pelo rompimento do dique marginal, formam canis efimeros que se espalham pela planicie de inundação. Dique marginal baixo 6-Formando a planície de inundação Antes da cheia Planície de inundação Canal do rio A água sai do canal e inunda a planície de inundação Diminuição da velocidade do fluxo resulta na deposição de sedimentos em suspensão Formando a planície de inundação Durante a cheia Formando a planície de inundação Após diversas cheias Dique marginal (levees) mais altos Formando a planície de inundação Após diversas cheias Depósitos de Rios Entrelaçados Depósitos proximais Depósitos intermediários Depósitos distais Depósitos de rios entrelaçados Barras de canal de rios entrelaçados: Compostas por sedimentos incoesos (areia ou cascalho) Desvegetadas Modificações rápidas em episódios de alta descarga do fluxo Sistema fluvial entrelaçado ISORTOUQ RIVER, WEST GREENLAND: Multi-Channel Braided Stream (Glacial Outwash) 144 Brahmaputra River WAIMAKIRIRI RIVER, NEW ZEALAND: Multi-Channel Braided Stream Planicie de inundação Barras de canal 146 Depósitos de Rios Anastomosados Barras de canal: compostas por material fino (silte e argila) Não migram lateralmente Vegetadas Canal e barra são fixos Alta descarga de água Rios Anastomosados Depósitos de rios anastomosados 1- Depósitos relacionados com o canal fluvial: constituídos por cascalho e areias grossas. 2- Depósitos de transbordamento do canal fluvial Depósitos de rios anastomosados 150 Meandrante ou entrelaçado? DEPÓSITOS FLUVIAIS EM MARTE? 152 DEPÓSITOS FLUVIAIS EM MARTE? 153 Ocupação de planície de inundação! Ocupação de planície de inundação! Aguas superficiais 1-EROSÃO a- Mec. Físicos: -Ação hidraulica -Abrasão -Atricção b- Mec. Químicos: -Corrasão 7-Atividade geológica de uma corrente 2-TRANSPORTE 3-SEDIMENTAÇÃO Panelas Cataratas Terraços a- Físico: -Deslizamento -Rolamento -Saltação -Suspensão b- Químicos: -Dissolução a- Dep. fluviais b- Leques aluviais 158 Leques aluviais Áreas de alto gradiente topográfico: base de escarpas e montanhas Aporte sedimentar abundante Chuvas pouco frequentes porém torrenciais 159 Descrever as regiões o leque – Proxima, médio e distal Leques Aluviais Leques Aluviais : Acumulações de sedimentos formados onde canais repentinamente se dispersam e reduzem a velocidade, na base de uma montanha Exemplo de um leque completo, parte proximal, media e distal 163 Campos de dunas Coalescência lateral de leques “depósitos de pê de monte 164 Processos sedimentares comuns: Fluxo de corrente de rios Fluxo de detritos Fluxo de lama Transporte curto e rápido sedimentos mal selecionados Fluxos Gravitacionais 166 Dizer q os dois ultimos sao fluxos gavitacionais 167 Conglemerados matriz suportados, e clasto suportados Aguas superficiais 1-EROSÃO a- Mec. Físicos: -Ação hidraulica -Abrasão -Atricção b- Mec. Químicos: -Corrasão 7-Atividade geológica de uma corrente 2-TRANSPORTE 3-SEDIMENTAÇÃO Panelas Cataratas Terraços a- Físico: -Deslizamento -Rolamento -Saltação -Suspensão b- Químicos: -Dissolução a- Dep. fluviais b- Leques aluviais c- Deltas 169 Deltas Eles são casos particulares de leques aluviais que progradam diretamente para o interior de um corpo de água, seja lago ou mar. Constituídos por sedimentos transportados pelos rios que os alimentam. 170 Descrever as regiões o leque – Proxima, médio e distal Delta fluvial Região terrestre, plana, constituída por depósito sedimentar complexo, maiormente aluvional, cortada por muitos canais distributários junto à desembocadura de um rio principal no mar o num lago, e que tem a forma triangular (letra delta do grego) Depósitos fluviais Cone aluvial Depósitos fluviais Delta Leques Aluviais Leque aluvial, cone aluvial ou cone de dejeção é um depósito de material detrítico, mal selecionado e pouco trabalhado, que se forma no sopé das montanhas onde os talvegues dos vales encontram uma área plana, quase sempre coincidente com uma planície aluvionar ou uma área lacustre. FIM Lagos Eles são formados em um grande numero de situações em que se desenvolva uma depressão topográfica sem conexão com o oceano ou ocorra barramento de uma ou mais drenagens da bacia hidrográfica. Existe uma grande variedade de processos formadores de lagos que resulta em diferentes morfologias, tamanhos, composição (lagos doces e lagos salinos) ate diferencias nas profundidades. Classificação de Lagos Existem variadas classificações de lagos: 1- baseada na origem e historia geológica do lago Lago tectônico: produzido pela deformação da crosta Lago vulcânico: em crateras ou represas causadas por derrames Lago de deslizamento: por fluxos gravitacionais Lago glacial: por erosão glacial Lago de dissolução: por dissolução de calcarios Lago fluvial: erosão fluvial, meandros abandonados Lago eólico: erosão eolica com exposição do lençol freatico Lago costeiro: represamento por sedimentos transportados por correntes litorais. Lago orgânico: represamento de origem vegetal ou animal (lagos de coral) Lago antropogênico: represas e escavações humanas Lago de astroblema: formado em crateras de impacto de corpos celestes. Classificação de Lagos 2-baseada na distribuição e na modificação de temperaturas no lago Essa classificação é muito importante para estudos sedimentológicos, pois a distribuição de temperaturas controla a dispersão dos sedimentos dentro do lago que chegam pelo aporte fluvial. A densidade da agua varia com a temperatura, dando em consequência lagos estratificados com uma camada de agua mais fria no fundo (hipolimnio), uma camada de transição ( metalímnio) e uma camada mais quente (epilímnio). A variação da temperatura estacional, pode promover a circulação e oxigenação das aguas do fundo!!!! Lago amictico: nunca ocorre circulação (lagos cobertos pelo gelo) Lago monomíctico frio: com temperaturas nunca superiores a 4 C, com circulação apenas no verão. Lago dimíctico: circulação duas vezes no ano (climas temperados) Lago monomíctico quente: circulação uma vez no ano e a temperautura nuna é abaixo de 4 C. Lago polimictico: com circulação em diversas vezes no ano (regiões com grandes oscilações diarias). Lago oligomíctico: circulação rara ou irregular e temperaturas acima de +4C (regiões tropicais) Os depósitos lacustres no registro geológico Depósitos de tamanho grosso são típicos das margens de lagos (depósitos de deltas) Depósitos de tamanho silte, argila e com laminação plano-paralela são típicos da parte mais profunda do lago. Esses níveis podem ter uma variação granulométrica entre o inverno e o verão. Sistemas deposicionais lacustres Abundancia de facies de decantação -Lagos tectônicos -Lagos de climas áridos -Lagos relacionados a geleiras Lagos tectônicos Gêneses: -os lagos tectônicos são formados por sistemas e falhas pré-existentes ativados. As margens do algo são íngremes e coincide com as partes altas dos planos de falha e o fundo do lago coincide com fortes inclinações. Características: -as escarpas íngremes promovem o aporte de material grosso nas margens do lago, na forma de leques deltaicos ou deltas de rios cascalhosos. -As grandes declividades do fundo do lago, possibilita a formação de correntes de turbidez, que levam sedimentos ate as porções mais profundas do lago. Lago Baikal (Siberia) É um lago tectônico e apresenta grandes leques subacuaticos em aguas profundas Lago Baikal -É o lago mais profundo do mundo; -Localizado ao sul da Sibéria, na Rússia; -É o maior lago de água doce e também reserva do mundo; -Também é o mais antigo lago do planeta, com 25 milhões de anos; -Visto do espaço tem cerca de 636 Km de comprimento; -Sua largura é de 48 Km, podendo chegar a 80 Km no ponto mais largo; -Contem 1/5 ou 20% de toda a água doce do planeta, tendo 261.539 bilhões de litros de águas; -Com 1.620 metros de profundidade; -Com 31.500 Km² de superfície; -Sua área é de 31.500 Km²; -Nele desaguam 336 rios com um único emissário, o Angara; -É um habitat rico em biodiversidade, com cerca de 1.085 espécies de plantas e 1.550 de animais, sendo mais de 1.200 endêmicas; -É conhecido como o Galápagos da Rússia; -É Patrimônio Mundial da UNESCO; -Ele permanece congelado 6 meses no ano, durante o inverno; -Ocupa uma fossa tectônica; -Significa em russo: “Lago Rico”, também referido como “O Olho Azul da Sibéria”; -Foi formado a 250 milhões de anos, sendo também o lago mais antigo do mundo. Lagos de climas áridos Gêneses: -os lagos são formados a partir de depressão tectônica, limitadas por falhas profundas, sempre que exista um aporte significativo de aguas, seja por chuvas ou rios. Características: 1-em climas áridos devido as altas taxas de evaporação e infiltração, os lago são rasos, muitas vezes efémeros (secam completamente por meses ou anos) 2-esses lagos são parte de sistemas de drenagem efémeros fechados o que em conjunto com as altas taxas de evaporação, resulta na deposição de evaporitos, causada pelo aumento na deposição de íons nas aguas do lago. Deposito de evaporitos continental ou sabkha continental no altiplano boliviano Lagos relacionados a geleiras Gêneses: -por barragem de aguas de degelo -escavação de depressões pela erosão glacial e posterior recuo da geleira -formação de depressões pelo derretimento de blocos de gelo isolados que ficaram parcialmente enterrados em sedimentos de degelo. Características: -aportes de sedimento derivado da geleira diretamente ou indiretamente. Lagos monomicticos frios Exemplo: Parque do Varvito, em Itu, São Paulo (glaciação permocarbonifera da bacia do Parana) -Na porção mais profunda apresentam depósitos de varves -Também na porção profunda é comum a presença de seixos, blocos ou até matacões isolados em médio a depósitos de decantação largados por icebergs desprendidos da frente da geleira. Parque do Varvito-São Paulo Rio mais longo do mundo: Amazonas Comprimento: 6.992 km Países que banha: Peru, Colômbia e Brasil O rio Amazonas herdou do Nilo o título de maior rio do mundo em 2008, após uma série de pesquisas que vinham sendo feitas desde fins da década de 1980. O INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) concluiu que o rio Amazonas é exatamente 140 km mais extenso do que o rio africano em questão. Antes dos fins das pesquisas, o rio Nilo era tido como o maior rio em extensão e o Amazonas em volume de água. Hoje já se sabe que o Amazonas é maior em ambos os aspectos. FIM
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