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SIM 12 DIREITOS POLÍTICOS Dirieto Constitucional

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DIREITOS POLÍTICOS
	Falar sobre direito políticos é falar de democracia.
Art. 1º, parágrafo único, CF todo poder emana do povo: toda soberania popular pertence ao povo => então, vivemos em democracia (= dominação do povo).	Comment by Particular: Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.
Vivemos em democracia representativa ou semi-direta: aquela em que o povo o exerce, em regra, por meio de representantes eleitos; somente, excepcionalmente, o povo o faz diretamente.
Exceções:
Tribunal do Júri (art. 5º, XXXVIII, CF)	Comment by Particular: XXXVIII - é reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe der a lei, assegurados:a) a plenitude de defesa;b) o sigilo das votações;c) a soberania dos veredictos;d) a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida;
Consulta popular (art. 14, CF) => pode ser:	Comment by Particular: Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:I - plebiscito;II - referendo;III - iniciativa popular.
Referendo
Plebiscito 
Ação popular (art. 5º, LXXIII, CF)	Comment by Particular: LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência;
Iniciativa popular (art. 61, §2º, CF) 1% eleitorado nacional, mín. 5 Estados, com 3/10 % do eleitorado em cada.	Comment by Particular: § 2º - A iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação à Câmara dos Deputados de projeto de lei subscrito por, no mínimo, um por cento do eleitorado nacional, distribuído pelo menos por cinco Estados, com não menos de três décimos por cento dos eleitores de cada um deles.
PLEBISCITO:
Forma de consulta popular - prévio
Ex: 
Escolha de regime: monárquico, parlamento ou presidencialista, art 2° ADCT, 
art. 18, §3°, §4°, constituição de outro ESTADO (população interessada – só área desmembrada), 
constituição de outro MUNICÍPIO (populações envolvidas).
Convocado pelo CN por meio de decreto legislativo.
REFERENDO:
Forma de consulta popular - posterior
Ex: Estatuto do Desarmamento.
Pode ser uma condição suspensiva (aguarda o povo se manifestar primeiro) ou resolutiva (ato já produz efeito posterior consulta)
Convocado pelo CN por meio de decreto legislativo.
Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional:
XV - autorizar referendo e convocar plebiscito;
OBS: Proposta de Referendo ou Pebliscito:
no mínimo, 1/3 dos membros que compõem qualquer das Casas do Congresso Nacional.
Se vivemos em democracia semi-direta, há necessidade de escolher os representantes. Para isso, precisa-se de regras que regulamentem a escolha dos representantes. Estas regras são denominadas de direitos políticos previstos a partir do art. 14, CF, que é uma conseqüência do parágrafo único do art. 1º.
Quando se fala em direito políticos Como são eleitos os representantes? R- A partir das regras do art. 14, CF.
Direitos políticos fazem parte dos direitos fundamentais – Título II da CF, que se repartem em 5 capítulos:
1º - Art. 5º - Dos direitos e deveres individuais e coletivos
2º - Art. 6º - Dos direitos sociais
3º - Art. 12 – Da nacionalidade 
4º - Art. 14 – Dos direitos políticos 
5º - Art. 17 – Dos partidos políticos
Plebiscito
Consiste em uma consulta popular e visa decidir previamente um assunto institucional ou político antes dos trâmites legislativos (art. 14, I, da CF/88).
O plebiscito é indicado em casos específicos, como a formação de novos Estados e de novos Municípios (art. 18, §§ 3.º e 4.º). Compete ao Congresso Nacional convocar o plebiscito (art. 49, XV, da CF/1988).
Referendo popular
É uma consulta popular onde existe a ratificação do povo sobre projetos de lei, já aprovados pelo Legislativo, de modo que o projeto só será aprovado se receber votação favorável do corpo eleitoral – do contrário, reputar-se-á rejeitado (art. 14, II, da CF/88). É atribuição exclusiva do Congresso Nacional autorizá-lo (art. 49, XV, da CF/88).
Assim, o plebiscito pode autorizar o início de um processo legislativo, enquanto o referendo ratifica ou rejeita projeto já elaborado.
Iniciativa popular
O povo (conjunto de eleitores) pode apresentar projetos de lei, desde que subscritos por no mínimo 1% do eleitorado nacional, distribuídos em pelo menos cinco Estados, com não menos de 0,3% dos eleitores de cada um deles. Devem ser apresentados à Câmara dos Deputados (art. 14, III, e art. 61, § 2.º, da CF/88).
Cumpre destacar que os três institutos jurídico-constitucionais mencionados foram regulamentados pela Lei 9.709/1998.
CONCEITO DE DIREITOS POLÍTICOS = conjunto de regras previstas na CF que regulamentam a participação do cidadão na organização do Estado.
	Há duas grandes espécies => existem 
direitos políticos positivos – permitem a participação
- direito de sufrágio (iniciativa popular, eleições, etc)
- direito de alistabilidade (votar)
- direito de elegibilidade (ser votado)
direitos políticos negativos – vão privar o cidadão de participar da vida política.
+ inelegibilidade: absolutos são os inalistáveis e analfabetos 
 relativa se dá em razão do cargo, parentesco e por motivo legal
+ perda dos direitos políticos
+ suspensão dos direitos políticos
DIREITOS POLÍTICOS POSITIVOS
	Os direitos políticos positivos são aqueles que permitem a participação do indivíduo na vida política do Estado. Há basicamente três espécies:
Direito de sufrágio: é a essência do direito político; é o direito de participação de eleições, participar de iniciativa popular.
Pode ser um direito de sufrágio universal ou restrito. Brasil, na CF/88, apesar de fazer algumas exigências, adota o sufrágio universal.
Antes, adotava-se o sufrágio restrito, em que determinadas pessoas eram excluídas em razão do sexo, da capacidade econômica (voto censitário) ou intelectual (voto capacitário).
OBS: analfabeto restringe um pouco essa existência de voto universal.
No sufrágio universal, na medida do possível, busca-se uma equiparação entre os nacionais e os cidadãos em sentido restrito.
Pela CF de 1891, o mendigo e a mulher não votavam. Mulher passou a votar a partir do Código Eleitoral de 1932, tendo sua 1ª previsão constitucional na CF de 1934.
Alistabilidade: é uma capacidade eleitoral ativa, é o direito de votar.
O voto no Brasil tem algumas características específicas:
Voto livre: escrutínio secreto é uma forma de assegurar a liberdade do voto.
Voto direto: escolhem-se diretamente os representantes. 
Exceção: art. 81, §1º, CF => no caso do Presidente e do Vice, eles têm o mandato de 4 anos; se cargo do Presidente ficar vago, o Vice assume (nesse caso não tem eleição). Se ambos os casos tiverem vagos, deve haver nova eleição para Presidente e Vice. Se esta vacância ocorrer nos dois primeiros anos, deve-se realizar nova eleição direta; nova eleição em 90 dias da última vaga.	Comment by Particular: § 1º - Ocorrendo a vacância nos últimos dois anos do período presidencial, a eleição para ambos os cargos será feita trinta dias depois da última vaga, pelo Congresso Nacional, na forma da lei.
Mas, se a vacância ocorrer nos dois últimos anos, haverá uma eleição indireta, e quem escolherá o Presidente e o Vice será o Congresso Nacional no prazo de 30 dias.
Voto igual para todos (“One person, one vote”)
Voto periódico: periodicidade das eleições é uma característica da República.
Voto personalíssimo: não se pode atribuir a alguém o exercício desse direito, nem por meio de procuração.
Além dessas características, CF diz que voto:
Obrigatório => para aqueles que têm entre 18 e 70 anos
Facultativo => entre 16 e 18 anos; maior de 70 anos; analfabeto*.*STF entende que o voto seria facultativo no caso de pessoa que sofre de uma deficiência e esta torna excessivamente oneroso esse exercício (pensamento do possível: não se pode exigir desse cidadão mais do que ele pode; a ele se aplica por analogia a facultatividade de votar do maior de 70 anos).
Proibido => são inalistáveis (Art. 14, §2º):
Estrangeiros. 
Exceção: portugueses equiparados – art. 12, §1º - que é a hipótese chamada “quase nacionalidade” => portugueses têm os mesmos direitos que os brasileiros têm, desde que haja os mesmos direitos ao brasileiro em Portugal (princípio da reciprocidade).	Comment by Particular: § 1º   Aos portugueses com residência permanente no País, se houver reciprocidade em favor de brasileiros, serão atribuídos os direitos inerentes ao brasileiro, salvo os casos previstos nesta Constituição.
Conscritos (aquelas que servem o serviço militar obrigatório) durante o período do serviço militar obrigatório.
Elegibilidade: é a capacidade eleitoral passiva, é o direito de ser votado.
As condições para que uma pessoa seja elegível serão regulamentadas por uma lei ordinária, e estão previstas no §3º do art. 14.
Domicílio eleitoral não se confunde com o domicílio civil.
Filiação partidária: no Brasil não se admite a chamada “candidatura avulsa ou autônoma”. 
A lei 9504/97, no art. 11, §2º: essa idade mínima prevista na Constituição é exigida no momento da POSSE. 	Comment by Particular: § 2º A idade mínima constitucionalmente estabelecida como condição de elegibilidade é verificada tendo por referência a data da posse.
*Todas as outras condições de elegibilidade, bem como as inelegibilidades, são analisadas na data do registro da candidatura.
Art. 14, § 3º - São condições de elegibilidade, na forma da lei:
I - a nacionalidade brasileira;
II - o pleno exercício dos direitos políticos;
III - o alistamento eleitoral;
IV - o domicílio eleitoral na circunscrição;
V - a filiação partidária;
VI - a idade mínima de:
a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da República e Senador;
b) trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal;
c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e juiz de paz;
d) dezoito anos para Vereador.
Nacionalidade brasileira: portanto só pode ser votado brasileiro nato ou naturalizado.
Plenitude do exercício dos direitos políticos: não incorrer em nenhuma das causas de perda ou suspensão de direito políticos (art. 15, CF será direito político negativo).
Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos casos de:
I - cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado;
II - incapacidade civil absoluta;
III - condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos;
IV - recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, nos termos do art. 5º, VIII;
V - improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º.
Alistamento eleitoral: para que o cidadão possa ser votado, ele precisa votar, e só vota quem se alistar eleitoralmente.
Domicílio eleitoral na circunscrição: em matéria eleitoral, há três circunscrições eleitorais:
Nacional: aqui, há a chamada eleição nacional => Presidente e Vice-Presidente. Quem regula é o TSE.
Estadual: circunscrição é o território do Estado => Governador, Vice-Governador, Senador, Deputado Federal e Deputado Estadual. Quem regula é o TRE.
Municipal: circunscrição é o território do Município => Prefeito, Vice-Prefeito e Vereador. Quem controla é o juiz eleitoral (juiz de direito que exerce função eleitoral).
Nestas três circunscrições, a Polícia Federal é a polícia judiciária federal.
Domicílio eleitoral na circunscrição até 01 ano antes das eleições.
	
No Brasil, é obrigatória a coincidência de domicílios (civil, tributário, eleitoral)? NÃO.
Filiação partidária
CF/88 valoriza o partido político porque ela afirma que ninguém pode ser candidato sem que esteja vinculado a um partido político; não existe no Brasil candidatura avulsa.
*E o militar?
*Militar pode ser filiada a partido político?
*respostas posteriormente.
Prazo de filiação partidária: até 01 ano antes das eleições. 
Exceção: membros do MP e Magistrados até 06 meses antes das eleições.
Idade mínima:
Vereador 18 anos
Prefeito, vice-prefeito, deputado estadual e federal, juiz de paz 21 anos
Governador e vice-governador 30 anos
Presidente, vice-presidente e senador 35 anos.
Aos 35 anos, o cidadão atinge a capacidade política absoluta: porque nesta idade o cidadão pode exercer qualquer cargo público.
Esta idade do inciso VI deve ser atingida na data da posse (art. 11, §2º, lei 9504/07).
Presidente da CD com 23 anos pode substituir o Presidente da República? Majoritariamente entende-se é possível a substituição, mesmo sem atingir idade mínima.
DIREITOS POLÍTICOS NEGATIVOS
São aqueles que vão privar o indivíduo da participação na vida política do Estado.
A Constituição prevê três tipos:
Inelegibilidades – absoluta ou relativa
Perda
Suspensão
Inelegibilidades
Doutrina divide em: absolutas e negativas
Absoluta = está relacionada a alguma condição pessoal; ou seja, não tem ligação com o cargo que a pessoa está ocupando. Estas só podem ser previstas pela Constituição.
O único caso está previsto no art. 14, §4º, CF => a Constituição prevê duas situações de absolutamente inelegíveis:	Comment by Particular: § 4º - São inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos.
Inalistáveis:
Estrangeiros (com exceção dos portugueses equiparados).
Conscritos
Analfabetos: estes têm alistabilidade/capacidade eleitoral ativa (voto é facultativo), mas não podem ser votados.
Relativa = geralmente está relacionada a determinados cargos. CF prevê que lei complementar estabeleça outras hipóteses de inelegibilidade. LC que atualmente regulamenta estas hipóteses é a LC 64/90 (art. 14, §9º, CF).	Comment by Particular: § 9º Lei complementar estabelecerá outros casos de inelegibilidade e os prazos de sua cessação, a fim de proteger a probidade administrativa, a moralidade para exercício de mandato considerada vida pregressa do candidato, e a normalidade e legitimidade das eleições contra a influência do poder econômico ou o abuso do exercício de função, cargo ou emprego na administração direta ou indireta.
O que a LC 64/90 deve tratar são hipóteses de inelegibilidade (não confundir com as condições de elegibilidade, que devem ser regulamentadas por lei ordinária).
As inelegibilidades relativas podem ser divididas:
Em razão do cargo:
Não eletivo => CF prevê três tipos:
Militares (art. 14, §8º): não são apenas os militares das FFAA, mas também os policiais e bombeiros militares em razão do art. 42, §1º da CF. Ainda, o militar não pode se alistar em partido político; a interpretação que o TSE fez é de que ele não precisa daquele período de filiação partidária (o partido registra a candidatura, mas o militar não precisa ser filiado).	Comment by Particular: § 1º Aplicam-se aos militares dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios, além do que vier a ser fixado em lei, as disposições do art. 14, § 8º; do art. 40, § 9º; e do art. 142, §§ 2º e 3º, cabendo a lei estadual específica dispor sobre as matérias do art. 142, § 3º, inciso X, sendo as patentes dos oficiais conferidas pelos respectivos governadores.
Mais de 10 anos – com o registro da candidatura, ele ficará agregado ao comando. Se ele perder a eleição ele volta, se ele ganhar a eleição ele vai para a inatividade recebendo proporcional ao tempo de serviço.
Menos de 10 anos – a partir do registro da candidatura, ele cai fora das Forças Armadas ou da Polícia Militar, não podendo mais voltar.
§ 8º - O militar alistável é elegível, atendidas as seguintes condições:
I - se contar menos de dez anos de serviço, deverá afastar-se da atividade;
II - se contar mais de dez anos de serviço, será agregado pela autoridade superior e, se eleito, passará automaticamente,no ato da diplomação, para a inatividade.
Magistrados (art. 95, parágrafo único, III, CF)
Art. 95. Os juízes gozam das seguintes garantias:
Parágrafo único. Aos juízes é vedado:
III - dedicar-se à atividade político-partidária.
Membros do MP (art. 128, §5º, II, e, CF)
§ 5º - Leis complementares da União e dos Estados, cuja iniciativa é facultada aos respectivos Procuradores-Gerais, estabelecerão a organização, as atribuições e o estatuto de cada Ministério Público, observadas, relativamente a seus membros:
II - as seguintes vedações:
e) exercer atividade político-partidária;
OBS: antes da EC 45/03, “exercer atividade político-partidária, na forma de lei.” art. 29, §3º, ADCT: membro do MP que ingressou na instituição até 05OUT88 pode candidatar-se se fizer opção pelo regime anterior da CF/88.	Comment by Particular: § 3º - Poderá optar pelo regime anterior, no que respeita às garantias e vantagens, o membro do Ministério Público admitido antes da promulgação da Constituição, observando-se, quanto às vedações, a situação jurídica na data desta.
Mas a norma constitucional, com a EC45, não mais admitiu essa hipótese (e não há direito adquirido em face de norma constitucional). Então, a partir da EC45, todos os membros do MP são inelegíveis.
E o Capez??? 
A norma tem aplicabilidade imediata, salvo aqueles que têm mandato eletivo, que podem candidatar-se à 	reeleição. Então, Capez é elegível (ingressou no MP em SET88), pois, quando surgiu a EC 45, ele já estava eleito, tendo, com isso, direito à reeleição.
Eletivo => são todas relacionadas ao Poder Executivo Federal, Estadual ou Municipal. 
Há duas hipóteses:
Reeleição: o Chefe do Executivo, a partir de EC criado em 97, pode ser reeleito por uma única vez para o mesmo cargo. Art. 14, §5º
	§ 5º O Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal, os Prefeitos e quem os houver sucedido, ou substituído no curso dos mandatos poderão ser reeleitos para um único período subseqüente. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 16, de 1997)
	Ex1: Lula foi reeleito. Nas próximas eleições, ele pode se candidatar a Vice-Presidente? Se ele pudesse, haveria uma hipótese em que ele poderia exercer um terceiro mandato consecutivo caso o Presidente renuncie ou seja afastado, por exemplo; para evitar isto, NÃO se admite esta hipótese.
	Ex2: José Alencar pode-se candidatar à Presidência? SIM. STF: a simples substituição não impede a reeleição; o fato de ter substituído eventualmente o Presidente não é óbice para a reeleição. 
OBS: isso aconteceu em SP com Geraldo Alckmin, que foi Vice de Mário Covas e sucedeu-o somente no 2º mandato. Então, como no 1º mandato somente houve a substituição, ele pôde se candidatar 	à reeleição.
OBS: Os Senadores, Deputados Federais, Deputados Estaduais e os Vereadores podem se reeleger, sem limitação de número de mandatos subsequentes.
A renúncia do mandatário durante o 2º mandato impede a nova reeleição, pois assumiu definitivamente o segundo mandato.
Outros cargos (art. 14, §6º)
Art. 14, § 6º - Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos até seis meses antes do pleito.
Só se aplica aos CHEFES DO PODER EXECUTIVO. Legislativo não precisa.
Ex: Governador ao final do seu mandato quer se eleger deputado, então ele deverá renunciar 06 meses antes do pleito.
Mas se alguém do Legislativo quer se candidatar este não precisará renunciar.
Inelegibilidade reflexa (ou em razão do parentesco) art. 14, §7º, CF. (até 2º grau)
Art. 14, § 7º - São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes consangüíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do Presidente da República, de Governador de Estado ou Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição.
SUMULA VINCULANTE 13: “A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica, investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou de confiança, ou, ainda, de função gratificada na Administração Pública direta e indireta, em qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos municípios, compreendido o ajuste mediante designações recíprocas, viola a Constituição Federal.”
Obs: STF a Súmula Vinculante 13 não se aplica às nomeações para cargos de natureza política.
Ex: secretário municipal.
OBS: cônjuge ou companheira do Lula, parente consaguíneo ou por afinidade até 2º grau não pode ser candidato a nada em território nacional, nesse caso, a causa de inelegibilidade é absoluta. Existe decisão do tribunal que veda também relação homoafetiva como cônjuge. 
Obs: O divórcio não afasta causa de inelegibilidade da primeira dama, durante o mandato. 
Só se aplica aos CHEFES DO PODER EXECUTIVO. Legislativo não precisa
Exceções: 
Se houver desincompatibilização do cargo até 6 meses antes das eleições, os parentes podem-se candidatar. 
Se os parentes já forem titulares de cargos eletivos e candidatos à reeleição.
*Cônjuge: qualquer um que mantenha uma união estável, inclusive pessoas do mesmo sexo (TSE).
Se o parente já for titular de mandato eletivo, não há óbice.
Ex: Garotinho era Governador do RJ e Benedita da Silva era Vice. Nas eleições seguintes, aquele resolveu se candidatar à Presidência (com isso, teve que se desincompatibilizar 6 meses antes – art. 14, §6º, CF). Ao renunciar 6 meses antes, abriu a possibilidade para que seus parentes pudessem se candidatar ao cargo do Governador do Rio, pois, podendo concorrer à reeleição, essa possibilidade também valeu para seus parentes. TSE: no caso do cônjuge ou parente, conta-se como se fosse o próprio titular. Então, renunciando 6 meses antes, o parente pode-se candidatar sendo que, caso ganhe, esta candidatura será contada como o 2º mandato.
*Súmula Vinculante nº 18: veio para evitar que um cônjuge se separe do outro para se candidatar ao cargo ocupado por este.
Súmula Vinculante 18 => A dissolução da sociedade ou do vínculo conjugal, no curso do mandato, não afasta a inelegibilidade prevista no § 7º do artigo 14 da Constituição Federal.
OBS: o TSE reconheceu as uniões homoafetivas como entidade familiar para fins de inelegibilidade eleitoral (art. 14, §7º, CF), observando se tratar de um “dado da vida real”, em que, “assim como a união estável, no casamento ou no concubinato, presume-se que haja fortes laços afetivos”.
Legal (LC 64/90)
Ex: suspensão dos direitos políticos em caso de cassação do mandato é causa legal (art. 1º, I, b, LC 64/90).
Art. 1º São inelegíveis:
        	I - para qualquer cargo:
b) os membros do Congresso Nacional, das Assembléias Legislativas, da Câmara Legislativa e das Câmaras Municipais, que hajam perdido os respectivos mandatos por infringência do disposto nos incisos I e II do art. 55 da Constituição Federal, dos dispositivos equivalentes sobre perda de mandato das Constituições Estaduais e Leis Orgânicas dos Municípios e do Distrito Federal, para as eleições que se realizarem durante o período remanescente do mandato para o qual foram eleitos e nos oito anos subseqüentes ao término da legislatura	Comment by Particular: Art. 55. Perderá o mandato o Deputado ou Senador:I - que infringir qualquer das proibições estabelecidas no artigo anterior;II - cujo procedimento for declarado incompatível com o decoro parlamentar;
- declarado incompatível com o decoro parlamentar.
Perda e suspensão
Art. 15, CF.
Cassação de direitos políticos é uma retirada arbitrária de direitos políticos, o que é vedado. OBS: CF não diferencia quais são casos de perda e quais são os casos de suspensão. Quem fará esta distinção é a doutrina: perda é a privação definitiva dos direitospolíticos (art. 15, I, IV, CF). *professor não considera o inciso IV como perda; a suspensão é uma privação temporária dos direitos políticos.
III: suspensão dos direitos políticos até a extinção da punibilidade. 
Preso preventivamente teoricamente deveria votar.
	PERDA
	SUSPENSÃO
	Sem prazo estabelecido
	Com prazo estabelecido
	Aquele que perdeu os seus direitos políticos, para readquiri-los precisa de uma decisão judicial ou de um ato administrativo.
	Aquele que teve suspenso os seus direitos políticos, basta o simples transcurso do prazo
	Art. 15, I, CF
	Art. 15, II, CF
	Art. 15, IV, CF
	Art. 15, III, CF
	
	Art. 15, V, CF
Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos casos de:
I - cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado;
II - incapacidade civil absoluta;
III - condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos;
IV - recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, nos termos do art. 5º, VIII;
V - improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º.	Comment by Particular: § 4º - Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível.
Regras:
1ª Regra: Só pode ser votado quem vota (só pode ser passivo, quem é ativo)
2ª Regra: Nem todos que votam podem ser votados
3ª Regra: Para ser votado é necessário o preenchimento das condições de elegibilidade
4ª Regra: Além de preencher as condições de elegibilidade, o cidadão não pode incorrer nas causas de inelegibilidade
Não existe cassação de direitos políticos.
Cassação de direitos políticos ≠ de cassação de mandato.
Causa de perda de direitos políticos (é o caso da PERDA PUNIÇÃO)
Estrangeiro no Brasil não vota porque ele não pode alistar-se eleitoralmente. Então, não pode ser votado, pois incorre em uma causa de inelegibilidade absoluta (é inalistável).
Requerendo a naturalização, Ministro da Justiça expede certificado de naturalização, que é entregue por um juiz federal. A partir da naturalização, tem o dever de votar e pode ser votado.
Brasileiro naturalizado pratica atividade nociva ao interesse nacional. MPF ajuíza uma ação para perda da condição de naturalizado. Esta ação transita em julgado, deixa de ser brasileiro naturalizado e passa à condição de estrangeiro. Então, teve cancelada a sua naturalização perda, porque não existe prazo estabelecido.
Perdendo os direitos políticos, pode readquiri-los somente por meio de ação rescisória – pois houve sentença transitada em julgado (art. 485, CPC).
É perda porque:
Não tem prazo
Trata-se de decisão judicial 
Causa de suspensão de direitos políticos
Aqui, dá a ideia de que o cidadão exercia os direitos políticos e, em razão da perda da capacidade civil, teve seus direitos políticos suspensos.
Índio vota? Na condição de aculturado é incapaz. Somente tem direito político por emancipação da FUNAI.
Causa de suspensão de direitos políticos
Preso vota? Pode ser votado? DEPENDE.
Prisão = restrição da liberdade de locomoção. Há várias espécies de prisões:
Prisão sanção ou prisão pena => aquela que decorre de uma sentença penal condenatória com trânsito em julgado.
Prisão sem sanção ou sem pena => pode ser:
De natureza cível prisão por falta de pagamento voluntário de pensão alimentícia.
De natureza criminal 
Prisão em flagrante; 
Prisão temporária; 
Prisão preventiva; 
Prisão resultante de decisão de pronúncia; 
Prisão resultante de sentença penal sem trânsito em julgado.
Único preso que não vota e não pode ser votado é aquele que tem contra si uma sentença penal condenatório com trânsito em julgado – não interessa o tipo de pena.
Se cidadão recebe medida de segurança, ele pode ser votado? NÃO. A sentença que aplica medida de segurança tem natureza de ser absolutória imprópria; porém, o TSE possui decisão que ele não vota e nem pode ser votado porque tem suspensos seus direitos políticos.
Durante o prazo de suspensão condicional da pena (sursis), ele pode ser votado? NÃO; o sursis suspende os efeitos primários da pena privativa de liberdade, permanece os efeitos secundários. 
Durante o gozo do benefício do livramento condicional, ele vota ou pode ser votado? NÃO, pois permanece os efeitos secundários.
Suspensão condicional do processo VOTA.
Admoestação verbal do art. 28, lei 11343/06 VOTA, pois esta punição é instantânea.
Imposição de medida sócio-educativa (que pode ter efeito dos 12 aos 21 anos) não é condenação penal; então, aquele que está em execução de medida sócio-educativa VOTA.
Cidadão condenado a 10 anos de reclusão. Ao término dos 10 anos, ele readquire os direitos políticos suspensos. 
Ele passa a votar somente, mas não pode ser votado!
LC 64/90, art. 1º, I, “e” => + 3 8 anos sem poder ser votado: após o término da pena, ocorre a extinção da pena. 
Durante os 3 08 anos seguintes, ele incorre em uma causa de inelegibilidade relativa legal isto ocorre somente em relação a alguns crimes:
SOFREU RECENTE ALTERAÇÃO LC 135/2010:
OBS: Não se aplica esta dilação de 08 anos para:
- crimes culposos;
- menor potencial ofensivo;
- ação penal privada;
Art. 1º São inelegíveis:
        	I - para qualquer cargo:
e) os que forem condenados criminalmente, com sentença transitada em julgado, pela prática de crime contra a economia popular, a fé pública, a administração pública, o patrimônio público, o mercado financeiro, pelo tráfico de entorpecentes e por crimes eleitorais, pelo prazo de 3 (três) anos, após o cumprimento da pena;
e) os que forem condenados, em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão judicial colegiado, desde a condenação até o transcurso do prazo de 8 (oito) anos após o cumprimento da pena, pelos crimes:  (Redação dada pela Lei Complementar nº 135, de 2010)
1. contra a economia popular, a fé pública, a administração pública e o patrimônio público;  
2. contra o patrimônio privado, o sistema financeiro, o mercado de capitais e os previstos na lei que regula a falência;  
3. contra o meio ambiente e a saúde pública;  
4. eleitorais, para os quais a lei comine pena privativa de liberdade;  
5. de abuso de autoridade, nos casos em que houver condenação à perda do cargo ou à inabilitação para o exercício de função pública;  
6. de lavagem ou ocultação de bens, direitos e valores;  
7. de tráfico de entorpecentes e drogas afins, racismo, tortura, terrorismo e hediondos;  
8. de redução à condição análoga à de escravo;  
9. contra a vida e a dignidade sexual; e  
10. praticados por organização criminosa, quadrilha ou bando;  
§ 4o  A inelegibilidade prevista na alínea e do inciso I deste artigo não se aplica aos crimes culposos e àqueles definidos em lei como de menor potencial ofensivo, nem aos crimes de ação penal privada.
Causa de perda dos direitos políticos
É perda dos direitos políticos porque não tem prazo. OBS: de acordo com art. 438 do CPP, trata-se de hipótese de suspensão dos direitos políticos.	Comment by Particular: Art. 438.  A recusa ao serviço do júri fundada em convicção religiosa, filosófica ou política importará no dever de prestar serviço alternativo, sob pena de suspensão dos direitos políticos, enquanto não prestar o serviço imposto.
Trata-se de escusa/objeção de consciência.
No Brasil, escusa de consciência está no art. 5º, VIII, CF:	Comment by Particular: VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei;
Quem alega escusa de consciência, a ele será ofertada uma prestação alternativa (art. 143,§1º, CF).
Art. 143, CF:
§ 1º - às Forças Armadas compete, na forma da lei, atribuir serviço alternativo aos que, em tempo de paz, após alistados,alegarem imperativo de consciência, entendendo-se como tal o decorrente de crença religiosa e de convicção filosófica ou política, para se eximirem de atividades de caráter essencialmente militar.
§ 2º - As mulheres e os eclesiásticos ficam isentos do serviço militar obrigatório em tempo de paz, sujeitos, porém, a outros encargos que a lei lhes atribuir (em guerra).
Só perderá os direitos políticos se se recusar à prestação civil alternativa.
O serviço alternativo só existe em tempo de paz; em tempo de guerra não existe. Em tempo de guerra, indivíduo vai à guerra, mas não vai pegar em armas Princípio de exposição de todos perante o perigo comum.
Causa de suspensão dos direitos políticos
§4º do art. 37, CF foi regulamentado pela lei 8429/92 (lei de improbidade administrativa): terá suspenso os direitos políticos de 3 a 10 anos, conforme o caso.
Art. 37, § 4º - Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível.
	
Conseqüências comuns aos atos de improbidade administrativa:
Ressarcimento integral do dano, quando houver;
Perda da função pública;
Suspensão dos direitos políticos;
Multa civil;
Proibição de contratar e de receber benefícios e incentivos fiscais.
Outras conseqüências:
	
	Enriquecimento ilícito
	Prejuízo ao erário
	Ofensa aos Princípios da Administração Pública
	Suspensão dos direitos políticos
	8 a 10 anos
	5 a 8 anos
	3 a 5 anos
	Pagamento de multa civil
	Até 3 vezes o valor do acréscimo patrimonial
	Até 2 vezes o valor do dano
	Até cem vezes o valor da remuneração
	Proibição de contratar com o Poder Público
	10 anos
	5 anos
	3 anos
ARTIGO 16, CF => revela o PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE ELEITORAL: lei eleitoral passará a produzir efeitos um ano após a sua vigência.
	Este princípio visa impedir modificações casuísticas na legislação eleitoral, que ofendem a democracia.
Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação, não se aplicando à eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência. 
ATENÇÃO para o Informativo 620 do STF (MAR11): Plenário (relator Min. Gilmar Mendes) decidiu que não se aplica a LC 135/10 às eleições de 2010, em respeito ao princípio da anterioridade eleitoral (RE 633703)
...
O relator acrescentou que a escolha de candidatos para as eleições seria resultado de um longo e complexo processo em que mescladas diversas forças políticas. Rejeitou, assim, o argumento de que a lei impugnada seria aplicável às eleições de 2010 porque publicada antes das convenções partidárias, data em que se iniciaria o processo eleitoral. Nesse sentido, ressaltou que o princípio da anterioridade eleitoral funcionaria como garantia constitucional do devido processo legal eleitoral. Registrou, ainda, que esse mesmo princípio também teria um viés de proteção das minorias, uma vez que a inclusão de novas causas de inelegibilidades diversas das originalmente previstas na legislação, além de afetar a segurança jurídica e a isonomia inerentes ao devido processo eleitoral, influenciaria a possibilidade de que as minorias partidárias exercessem suas estratégias de articulação política em conformidade com as balizas inicialmente instituídas. No ponto, assinalou que o art. 16 da CF seria uma barreira objetiva contra abusos e desvios da maioria e, nesse contexto, destacou o papel da jurisdição constitucional que, em situações como a presente, estaria em estado de tensão com a democracia, haja vista a expectativa da “opinião pública” quanto ao pronunciamento do Supremo sobre a incidência imediata da “Lei da Ficha Limpa”, como solução para todas as mazelas da vida política. Ponderou que a missão desta Corte seria aplicar a Constituição, mesmo que contra a opinião majoritária.
...
Realçou que o art. 16 da CF teria como escopo evitar surpresas no ano eleitoral, mas não disporia sobre o termo a quo específico para o início da contagem desse prazo ânuo. No ponto, afirmou que a expressão “processo eleitoral”, contida em tal preceito, referir-se-ia à dinâmica das eleições, à escolha dos candidatos e às fases eleitorais (pré-eleitoral, eleitoral e pós-eleitoral). Dessa forma, considerou que o acórdão recorrido teria afrontado a cláusula da anterioridade eleitoral e a garantia da segurança jurídica inerente à necessidade de estabilidade do regime democrático, não sendo admissível a criação, no meio do jogo democrático, de novas causas de inelegibilidade que, para além de desigualar os concorrentes, surpreendera a todos.
Relator:
O presente recurso extraordinário traz novamente a esta Corte as questões constitucionais atinentes à aplicabilidade da Lei Complementar 135/2010, a denominada “Lei da Ficha Limpa”, à luz dos princípios constitucionais da anterioridade eleitoral (art. 16 da Constituição), da irretroatividade da lei e da presunção de não culpabilidade.
A análise efetuada já permite extrair da jurisprudência do STF as regras-parâmetro para a interpretação do art. 16 da Constituição, que são as seguintes:
1) O vocábulo “lei” contido no texto do art. 16 da Constituição deve ser interpretado de forma ampla, para abranger a lei ordinária, a lei complementar, a emenda constitucional e qualquer espécie normativa de caráter autônomo, geral e abstrato, emanada do Congresso Nacional no exercício da competência privativa da União para legislar sobre direito eleitoral, prevista no art. 22, I, do texto constitucional;
2) A interpretação do art. 16 da Constituição deve levar em conta o significado da expressão “processo eleitoral” e a teleologia da norma constitucional.
2.1) O processo eleitoral consiste num complexo de atos que visa a receber e a transmitir a vontade do povo e que pode ser subdividido em três fases: a) a fase pré-eleitoral, que vai desde a escolha e apresentação das candidaturas até a realização da propaganda eleitoral; b) a fase eleitoral propriamente dita, que compreende o início, a realização e o encerramento da votação; c) a fase pós-eleitoral, que se inicia com a apuração e a contagem de votos e finaliza com a diplomação dos candidatos;
2.2) A teleologia da norma constitucional do art. 16 é a de impedir a deformação do processo eleitoral mediante alterações nele inseridas de forma casuística e que interfiram na igualdade de participação dos partidos políticos e de seus candidatos.
3) O princípio da anterioridade eleitoral, positivado no art. 16 da Constituição, constitui uma garantia fundamental do cidadão-eleitor, do cidadão-candidato e dos partidos políticos, que – qualificada como cláusula pétrea – compõe o plexo de garantias do devido processo legal eleitoral e, dessa forma, é oponível ao exercício do poder constituinte derivado.
....
A Jurisdição Constitucional cumpre a sua função quando aplica rigorosamente, sem subterfúgios calcados em considerações subjetivas de moralidade, o princípio da anterioridade eleitoral previsto no art. 16 da Constituição, pois essa norma constitui uma garantia da minoria, portanto, uma barreira contra a atuação sempre ameaçadora da maioria.
4. Conclusão
Com essas considerações, conheço do recurso extraordinário para:
a) reconhecer a repercussão geral da questão constitucional atinente à aplicabilidade da LC 135/2010 às eleições de 2010, em face do princípio da anterioridade eleitoral (art. 16 da Constituição), de modo a permitir aos Tribunais e Turmas Recursais do país a adoção dos procedimentos relacionados ao exercício de retratação ou declaração de inadmissibilidade dos recursos repetitivos, sempre que as decisões recorridas contrariarem ou se pautarem pela orientação ora firmada.
b) dar provimento ao presente recurso, fixando a não aplicabilidade da Lei Complementar n° 135/2010 às eleições gerais de 2010.
ATENÇÃO para o Informativo 625 do STF (MAI11)
Voto do Min. Luiz Fux:
...
5. A expressão processo eleitoral, utilizada no dispositivo, abarcanormas de conteúdo procedimental e material, dada a finalidade de preservar o devido processo legal eleitoral, interditando a eficácia imediata de inovações legislativas abruptas, porquanto são justamente as regras de direito material no domínio eleitoral que mais podem influenciar a isonomia e a igualdade de chances nas eleições.
6. A restrição do âmbito de legitimados a concorrem no pleito, veiculada por normas de inelegibilidade, como fez a LC nº 135/10, configura inequívoca alteração no processo eleitoral, entendido como a série concatenada de atos dirigidos à definição dos mandatários políticos através do jogo democrático. Entendimento diverso conduziria ao paradoxo de consentir fosse dado aos titulares do poder a edição, em conflito com o princípio do pluralismo político (CF, art. 1º, V), de regras de exceção restritivas do ponto de vista subjetivo, interferindo na igualdade de chances de acesso aos cargos públicos.
...
10. O art. 16 da Constituição Federal, como decorre da moderna teoria geral do direito e, mais particularmente, da novel teoria da interpretação constitucional, consubstancia uma regra jurídica, e não um princípio jurídico; constatação que impõe não seja possível simplesmente desconsiderar seu enunciado lingüístico para buscar desde logo as razões que lhe são subjacentes.
...
16. O art. 16 da Carta de 88 materializou o que a doutrina alemã denomina de disposições de transição; vale dizer: dispositivo constitucional que, ao deslocar, para um momento futuro, os efeitos de uma nova lei capaz de interferir no processo eleitoral, amortece os efeitos da nova norma, viabilizando a coesão social e a tutela da confiança que os indivíduos depositaram no Estado brasileiro.
17. A aplicação imediata da novel lei agride o princípio da proteção da confiança, dimensão subjetiva do princípio da segurança jurídica, tornando incerto o que certo, instável o que o texto constitucional buscou preservar. Como corolário do dispositivo, todo e qualquer candidato ou eleitor não esperavam ser afetados pelas mudanças encartadas na LC nº135/10 em relação às eleições de 2010.
18. A Lei da Ficha Limpa é a lei do futuro, é a aspiração legítima da nação brasileira, mas não pode ser um desejo saciado no presente, em homenagem à Constituição Brasileira, que garante a liberdade para respirarmos o ar que respiramos, que protege a nossa família desde o berço dos nosso filhos até o túmulo dos nossos antepassados.
19. Recurso extraordinário provido.
	ARTIGO 17, CF => partidos políticos: é um veículo para o proselitismo de idéias políticas por meio do qual se chega ao poder e para se manter no poder.
	No Brasil, o partido político ostenta a natureza jurídica de direito privado; ele adquire personalidade jurídica de acordo com a lei civil. Então, partido político é uma pessoa jurídica de direito privado.
Art. 17. É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos, resguardados a soberania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo, os direitos fundamentais da pessoa humana e observados os seguintes preceitos:
I - caráter nacional;
II - proibição de recebimento de recursos financeiros de entidade ou governo estrangeiros ou de subordinação a estes;
III - prestação de contas à Justiça Eleitoral;
IV - funcionamento parlamentar de acordo com a lei.
	ATENÇÃO para o Informativo 648 do STF (NOV11): decisão do Ministro Luiz Fux sobre a lei da Ficha Limpa.
...
Primeiramente, é bem de ver que a aplicação da Lei Complementar nº 135/10 com a consideração de fatos anteriores não viola o princípio constitucional da irretroatividade das leis. De modo a permitir a compreensão do que ora se afirma, confira-se a lição de J. J. GOMES CANOTILHO (Direito Constitucional e Teoria da Constituição, 5. edição. Coimbra: Almedina, 2001, p. 261-262), em textual...
O mestre de Coimbra, sob a influência do direito alemão, faz a distinção entre:
(i) a retroatividade autêntica: a norma possui eficácia ex tunc, gerando efeito sobre situações pretéritas, ou, apesar de pretensamente possuir eficácia meramente ex nunc, atinge, na verdade, situações, direitos ou relações jurídicas estabelecidas no passado; e
(ii) a retroatividade inautêntica (ou retrospectividade): a norma jurídica atribui efeitos futuros a situações ou relações jurídicas já existentes, tendo-se, como exemplos clássicos, as modificações dos estatutos funcionais ou de regras de previdência dos servidores públicos (v. ADI 3105 e 3128, Rel. para o acórdão Min. CEZAR PELUSO)....
A aplicabilidade da Lei Complementar n.º 135/10 a processo eleitoral posterior à respectiva data de publicação é, à luz da distinção supra, uma hipótese clara e inequívoca de retroatividade inautêntica, ao estabelecer limitação prospectiva ao ius honorum (o direito de concorrer a cargos eletivos) com base em fatos já ocorridos.
...
Questiona-se, então: é razoável a expectativa de candidatura de um indivíduo já condenado por decisão colegiada? A resposta há de ser negativa.
...
A rigor, há de se inverter a avaliação: é razoável entender que um indivíduo que se enquadre em tais hipóteses qualificadas não esteja, a priori, apto a exercer mandato eletivo.
...
O salutar amadurecimento institucional do país recomenda uma revisão da jurisprudência desta Corte acerca da presunção de inocência no âmbito eleitoral.
Propõe-se, de fato, um overruling dos precedentes relativos à matéria da presunção de inocência vis-à-vis inelegibilidades, para que se reconheça a legitimidade da previsão legal de hipóteses de inelegibilidades decorrentes de condenações não definitivas.
...
A este tempo em que ora vivemos deve corresponder a leitura da Constituição e, em particular, a exegese da presunção de inocência, ao menos no âmbito eleitoral, seguindo-se o sempre valioso escólio de KONRAD HESSE (A Força Normativa da Constituição. Trad. Gilmar Ferreira Mendes. Porto Alegre: Sergio Antonio Fabris, 1991, p.20), em textual:
“[...] Quanto mais o conteúdo de uma Constituição lograr corresponder à natureza singular do presente, tanto mais seguro há de ser o desenvolvimento de sua força normativa.
Tal como acentuado, constitui requisito essencial da força normativa da Constituição que ela leve em conta não só os elementos sociais, políticos, e econômicos dominantes, mas também que, principalmente, incorpore o estado espiritual (geistige Situation) de seu tempo. Isso lhe há de assegurar, enquanto ordem adequada e justa, o apoio e a defesa da consciência geral.” (Os grifos são do original)
Em outras palavras, ou bem se realinha a interpretação da presunção de inocência, ao menos em termos de Direito Eleitoral, com o estado espiritual do povo brasileiro, ou se desacredita a Constituição. Não atualizar a compreensão do indigitado princípio, data maxima venia, é desrespeitar a sua própria construção histórica, expondo-o ao vilipêndio dos críticos de pouca memória.
Por oportuno, ressalte-se que não pode haver dúvida sobre a percepção social do tema. Foi grande a reação social ao julgamento da ADPF 144, oportunidade em que se debateu a própria movimentação da sociedade civil organizada em contrariedade ao entendimento jurisprudencial até então consolidado no Tribunal Superior Eleitoral e nesta Corte, segundo o qual apenas a condenação definitiva poderia ensejar inelegibilidade.
...
Assim, não cabe a este Tribunal desconsiderar a existência de um descompasso entre a sua jurisprudência e a hoje fortíssima opinião popular a respeito do tema “ficha limpa”, sobretudo porque o debate se instaurou em interpretações plenamente razoáveis da Constituição e da Lei Complementar nº 135/10 – interpretações essas que ora se adotam. Não se cuida de uma desobediência ou oposição irracional, mas de um movimento intelectualmente embasado, que expõe a concretização do que PABLO LUCAS VERDÚ chamara de sentimento constitucional, fortalecendo a legitimidade democrática do constitucionalismo. A sociedade civil identifica-se na Constituição, mesmo que para reagir negativamente ao pronunciamento do SupremoTribunal Federal sobre a matéria.
...
É de se imaginar que, diante da perspectiva de restrição, pela Lei Complementar nº 135/10, do alcance da presunção de inocência à matéria criminal, seja eventualmente invocado o princípio da vedação do retrocesso, segundo o qual seria inconstitucional a redução arbitrária do grau de concretização legislativa de um direito fundamental – in casu, o direito político de índole passiva (direito de ser votado). No entanto, não há violação ao mencionado princípio, como se passa a explicar, por duas razões.
A primeira delas é a inexistência do pressuposto indispensável à incidência do princípio da vedação de retrocesso.... é condição para a ocorrência do retrocesso que, anteriormente, a exegese da própria norma constitucional se tenha expandido, de modo a que essa compreensão mais ampla tenha alcançado consenso básico profundo e, dessa forma, tenha radicado na consciência jurídica geral....
Ora, como antes observado, não há como sustentar, com as devidas vênias, que a extensão da presunção de inocência para além da esfera criminal tenha atingido o grau de consenso básico a demonstrar sua radicação na consciência jurídica geral. Antes o contrário: a aplicação da presunção constitucional de inocência no âmbito eleitoral não obteve suficiente sedimentação no sentimento jurídico coletivo – daí a reação social antes referida – a ponto de permitir a afirmação de que a sua restrição legal em sede eleitoral (e frise-se novamente, é apenas desta seara que ora se cuida) atentaria contra a vedação de retrocesso.
A segunda razão, por seu turno, é a inexistência de arbitrariedade na restrição legislativa. Como é cediço, as restrições legais aos direitos fundamentais sujeitam-se aos princípios da razoabilidade e da proporcionalidade e, em especial, àquilo que, em sede doutrinária, o Min. GILMAR MENDES (MENDES, Gilmar Ferreira; BRANCO, Paulo Gustavo Gonet. Curso de Direito Constitucional. 6. edição. São Paulo: Saraiva, 2011, p. 239 e seguintes), denomina de limites dos limites (Schranken-Schranken), que dizem com a preservação do núcleo essencial do direito.
...
Diante de todo o acima exposto, conheço integralmente dos pedidos formulados na ADI 4578 e na ADC 29 e conheço em parte do pedido deduzido na ADC 30, para votar no sentido da improcedência do pedido na ADI 4578 e da procedência parcial do pedido na ADC 29 e na ADC 30, de modo a:
a) declarar a constitucionalidade das hipóteses de inelegibilidade instituídas pelas alíneas “c”, “d”, “f”, “g”, “h”, “j”, “m”, “n”, “o”, “p” e “q” do art. 1º, inciso I, da Lei Complementar nº 64/90, introduzidas pela Lei Complementar nº 135/10;
b) declarar inconstitucional a expressão “o oferecimento de representação ou petição capaz de autorizar” contida no art. 1º, I, “k”, da Lei Complementar nº 64/90, introduzido pela Lei Complementar nº 135/10, de modo a que sejam inelegíveis o Presidente da República, o Governador de Estado e do Distrito Federal, o Prefeito, os membros do Congresso Nacional, das Assembleias Legislativas, da Câmara Legislativa, das Câmaras Municipais, que renunciarem a seus mandatos desde a abertura de processo por infringência a dispositivo da Constituição Federal, da Constituição Estadual, da Lei Orgânica do Distrito Federal ou da Lei Orgânica do Município, para as eleições que se realizarem durante o período remanescente do mandato para o qual foram eleitos e nos 8 (oito) anos subsequentes ao término da legislatura; e
c) declarar parcialmente inconstitucional, sem redução de texto, o art. 1º, I, alíneas “e” e “l”, da Lei Complementar nº 64/90, com redação conferida pela Lei Complementar nº 135/10, para, em interpretação conforme a Constituição, admitir a dedução, do prazo de 8 (oito) anos de inelegibilidade posteriores ao cumprimento da pena, do prazo de inelegibilidade decorrido entre a condenação e o seu trânsito em julgado.
Sobre elegibilidade e inelegibilidade e ações judiciais eleitorais, assinale a alternativa correta: 
 a) a Lei Complementar 135/10 (Lei da Ficha Limpa) - não aplicável às eleições de 2010, conforme precedentes do STF - estabeleceu que são inelegíveis para qualquer cargo os que forem condenados, em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão judicial colegiado, por prática, dentre outros, de crimes contra a economia popular, a fé pública, a administração pública e o patrimônio público, não se aplicando tal regra, entretanto, aos crimes ambientais;
 b) as ações de impugnação de registro de candidatura aos cargos de Prefeito Municipal e Vereador deverão ser dirigidas ao Tribunal Regional Eleitoral e, ao cargo de Senador, por exemplo, deverão ser dirigidas ao Superior Tribunal Eleitoral;
 c) qualquer eleitor possui legitimidade ativa para ingressar em juízo com ação de impugnação de registro de candidatura, desde que esteja em situação regular perante a justiça eleitoral;
 d) a ação de impugnação de mandato eletivo possui previsão na Lei Complementar 064/90, e deve ser ajuizada no prazo de até 3 (três) meses, contados da diplomação, com fundamento em provas de abuso do poder econômico, corrupção ou fraude;
 e) o recurso contra a diplomação possui previsão no Código Eleitoral, e também pode ter por fundamento, dentre outras hipóteses, inelegibilidade ou incompatibilidade de candidato.
GABARITO:
a) ERRADA: O crime ambiental está dentre os previstos na lei da Ficha Limpa, nos termos da alínea "e", 3º figura:
e) os que forem condenados, em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão judicial colegiado, desde a condenação até o transcurso do prazo de 8 (oito) anos após o cumprimento da pena, pelos crimes: (Redação dada pela Lei Complementar nº 135, de 2010)
3. contra o meio ambiente e a saúde pública; (Incluído pela Lei Complementar nº 135, de 2010)
b) ERRADA: AIRC contra Senador deve ser direcionada no TRE já que é aí que o candidato é registrado.
c) ERRADA: O eleitor não possui legitimidade para interpor a AIRC, mas apenas o MP, Partidos (ou Coligação) e Candidato;
d) ERRADA: A previsão da AIME está na própria CF e esta prevê prazo de 15 dias para o ajuizamento, nos termos do art. 14, §§10 e 11.
§ 10 - mandato eletivo poderá ser impugnado ante a Justiça Eleitoral no prazo de quinze dias contados da diplomação, instruída a ação com provas de abuso do poder econômico, corrupção ou fraude. 
§ 11 - A ação de impugnação de mandato tramitará em segredo de justiça, respondendo o autor, na forma da lei, se temerária ou de manifesta má-fé.
Perguntas:
O Brasil vive em uma democracia representativa. Certo ou errado? Explique.
Cite as exceções à democracia representativa.
Os direitos políticos são conseqüência da democracia representativa. Certo ou errado?
Quais os 5 capítulos dos direitos fundamentais?
Conceito de direitos políticos.
O que são direitos políticos positivos? Cite-os.
O que é direto de sufrágio?
Explique sufrágio universal e restrito.
Alistabilidade é o direito de votar e elegibilidade é o direito de ser votado. Certo ou errado?
Cite 5 características do voto.
Exceção ao voto direto.
Explique quando voto é obrigatório, facultativo e proibido.
STF entende que o voto seria facultativo no caso de pessoa que sofre de uma deficiência e esta torna excessivamente oneroso esse exercício. Certo ou errado?
De todas as condições de elegibilidade, bem como as inelegibilidades, qual é exigida no momento da posse?
Quais as condições de elegibilidade?
O que é e quais são os três tipos de direitos políticos negativos?
Cite as espécies de inelegibilidade.
A inelegibilidade absoluta só pode ser prevista pela Constituição. Certo ou errado?
Todos os estrangeiros têm inelegibilidade absoluta. Certo ou errado?
Quais as hipóteses de inelegibilidade relativa em razão do cargo não eletivo previstas na Constituição?
Membro do MP é totalmente inelegível?
As hipóteses de inelegibilidade relativa em razão do cargo eletivo e de inelegibilidade reflexa são todas relacionadas ao Poder Executivo Federal, Estadual ou Municipal. Certo ou errado?
OPoder Legislativo não é abrangido pela inelegibilidade relativa. Certo ou errado?
Lula foi reeleito. Nas próximas eleições, ele pode se candidatar a Vice-Presidente?
José Alencar pode-se candidatar à Presidência?
A renúncia do mandatário durante o 2º mandato impede a nova reeleição. Certo ou errado?
Explique hipóteses de inelegibilidade relativa em razão do cargo eletivo.
Explique sobre a inelegibilidade reflexa. Abrange a relação homossexual? Explique.
A dissolução da sociedade ou do vínculo conjugal, no curso do mandato, não afasta a inelegibilidade reflexa. Certo ou errado?
Diferença entre perda a suspensão dos direitos políticos. Quais as hipóteses de cada uma?
A partir da naturalização, o estrangeiro tem o dever de votar e pode ser votado. Certo ou errado?
Como o estrangeiro pode readquirir os direitos políticos?
Índio vota?
Único preso que não vota e não pode ser votado é aquele que tem contra si uma sentença penal condenatório com trânsito em julgado, não interessando o tipo de pena. Certo ou errado?
Se cidadão recebe medida de segurança, ele pode ser votado? E durante o prazo de suspensão condicional da pena? E durante o gozo do benefício do livramento condicional? Por quê?
Havendo suspensão condicional do processo ou pena de advertência do art. 28 da lei 11343, pode votar. Certo ou errado?
Cidadão condenado a 10 anos de reclusão. Ao término dos 10 anos, ele readquire os direitos políticos suspensos, podendo votar e ser votado, em qualquer hipótese. Certo ou errado? Explique.
O que é escusa de consciência?
O serviço alternativo só existe em tempo de paz. Certo ou errado? Explique.
As mulheres e os eclesiásticos ficam isentos do serviço militar obrigatório em tempo de paz, sujeitos, porém, a outros encargos que a lei lhes atribuir. Certo ou errado?
Explique o Princípio de exposição de todos perante o perigo comum.
Havendo improbidade administrativa, por quanto tempo ficam suspensos os direitos políticos?
Explique o princípio da anterioridade eleitoral.
Aplica-se a LC 135/10 às eleições de 2010?
No Brasil, o partido político ostenta a natureza jurídica de direito privado. Certo ou errado?

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