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CADERNO DIREITO ELEITORAL MPF

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DIREITO ELEITORAL
	Edital esquematizado: 70% jurisprudência TSE (Informativos a partir de janeiro de 2017). Letra de lei com crimes eleitorais, novidades de legislação e súmulas do TSE.
	Temas mais importantes:
· Regramento Constitucional (LENZA – Direitos políticos, capacidade eleitoral ativa e passiva, perda e suspensão dos direitos políticos. Princípio da anualidade).
· Justiça Eleitoral – composição e competência. Magistratura temporária. Regramento especial do TST (Sempre julga em plenário e situações em que é necessário todos os membros). Competência consultiva e administrativa da Corte. Juízes e junta.
· MPE – entender como funciona e qual membro atua em cada eleição.
· Alistamento e domicílio eleitoral. Revisão do eleitorado. Pluralidade e duplicidade de títulos.
· Elegibilidade e inelegibilidade (LC 64). Incompatibilidades e desincompatibilização. Inelegibilidades constitucionais e legais. Ficha Limpa e julgado do STF quanto ao tema.
· Sistemas eleitorais - Majoritário e proporcional. Entender o sistema proporcional. Quociente eleitoral e coligações (mandato pertence a quem). Sistema de sobras. Convenções e coligações. Candidatura nata e registro de candidatura. Substituição de candidatos. Com as alterações da reforma eleitoral de 2017 e Emenda constitucional que extinguiu as coligações para eleições proporcionais além de criar várias barreiras para novos partidos (clausula de desempenho)
· Campanha eleitoral - arrecadação e gastos, doações, gastos com campanhas e prestação de contas.
· Propaganda política - propaganda eleitoral e partidária. Acesso ao rádio e a TV (distribuição das formas de acesso). Inserções e disponibilização em cadeia. Propaganda irregular e antecipada. Consequências. Proibições. Atenção especial para rádio e televisão mesmo.
· Partidos políticos - criação e apoiamento mínimo. Filiação partidária e fidelidade partidária (perda do mandato). Acesso ao fundo partidário e à proporção. Alterações promovidas no art. 17, da CRFB/1988 pela EC 97/2017. 
· Ações eleitorais - tema mais importante. Saber procedimento, e qual lei é aplicada. Cuidado especial para as hipóteses de cabimento, bem como as consequências da procedência de cada uma das ações.
· Recursos eleitorais - atenção para as diferenças do procedimento comum. Características e prazos. Efeitos e hipóteses restritas de cabimento.
· Muita atenção com os julgados paradigmas do STF (Ex: candidatura nata, infidelidade partidária, proibição de doações de pessoas jurídicas, divisão do tempo no rádio e na televisão, se o mandato pertence a coligação ou ao partido, prefeito itinerante, ADI do Humor que trata da liberdade de expressão e sátiras a candidatos etc).
· Cuidado agora com a jurisprudência do TSE (janeiro/2017 até agora). 
	Leis indispensáveis:
1. Lei das Eleições
2. Lei dos Partidos Políticos
3. Lei das inelegibilidades
	CF e súmulas do TSE
	Novidades:
Alterações promovidas pela Lei 13.165/2015 - Minirreforma
Alterações do NCPC – Resolução 23.478/2016
Lei 13.488/2017 – alterações LE, LPP e CE e revogou algumas da Minirreforma
Lei 13.487/2017 – Fundo Especial de Financiamento de Campanha e extinguiu propaganda partidária na rádio e televisão. (ANTES E DPS – DIZER O DIREITO “Análise da reforma de 2017”)
	João Heliofar. Vídeos no youtube. Jurisprudência.
Blog acachaçaeleitoral
Livro: José Jairo Gomes.
	2.A DIREITOS POLÍTICOS. DIREITO AO SUFRÁGIO. VOTO DIRETO, SECRETO, UNIVERSAL E PERÍODICO. PERDA E SUSPENSÃO DOS DIREITOS POLÍTICOS.
DIREITOS POLÍTICOS
Política: plurissignificativa. Habilidade de relacionar-se; desenvolvimento de atividades. Técnico-científica: poder. Grego: vida pública, definição de ações e influência no comportamento individual. 
· Aristóteles (Ética a Nicômaco): estabelecimento do que devemos fazer e abster de fazer visando o bem comum, por isso identifica-se com ética e moral e conduz a ação e a virtude. 
· Aristóteles (Política): animal social (fala) que depende e vive melhor coletivamente. Política é o estudo do Estado, governo, instituições sociais e Constituições, a organização social.
Poder é justamente influenciar em outrem. É uma relação arraigada e pulverizada na sociedade. Destaca-se: econômico (propriedade de bens economicamente apreciáveis empregados para influir no comportamento de outros), político (imperativo de governo e organização), econômico e ideológico (informações, doutrinas utilizados para influir no comportamento de outros).
· Bobbio: o poder político se caracteriza pelo uso (efetivo ou potencial) da força, coerção, com exclusividade em relação aos outros grupos (econômicos e ideológicos), pois “apenas o emprego da força física consegue impedir a insubordinação e domar a desobediência”. A guerra é o conflito entre dois poderes políticos pelo uso da força.
Política associa-se a governo (influencia na administração da res pública). 
O Estado é totalidade da “sociedade politicamente organizada” visando ordem e bem comum.
· Estado: 1) Poder político, 2) povo e 3) território
· Governo: face dinâmica do Estado, conjunto de pessoas, instituições e órgãos que direcionam a vontade política do Estado.
Direito político: princípios e normas que regulam a organização e o funcionamento do Estado e do governo, disciplinando o exercício e o acesso ao poder estatal. (Dentro do D. Constitucional que está dentro da Ciência Política).
Direitos políticos ou cívicos: prerrogativas e deveres inerentes à cidadania (participação) à luz da soberania popular, a qual se concretiza pelo sufrágio universal, voto direto e secreto (igual valor), plebiscito, referendo e iniciativa popular (art. 14 CF), concedidas ao povo (nacionais com requisitos). 
· Povo: termo vago (manipulações ideológicas). Integração ideológico-liberal não evita divisão de classes e exclusão social, pois a ordem capitalista mantém a esfera político-social separada da econômico-financeira.
· Povo (técnico-constitucional): conjunto de indivíduos a que se reconhece o direito de participar na vontade estatal (discordo, está mais ligado à nacionalidade)
· Cidadão: pessoa detentora de direito políticos, votar (jus suffragii) e ser votado (jus honorum)
· Cidadania: atributo do cidadão ou, em sentido amplo, conjunto de direitos e deveres
DHs e direitos políticos: jusnaturalismo = liberdade, inclusive de opressão. Alexy diz que os direitos do homem são: universais, morais (independe de positivação); preferenciais; fundamentais; abstratos (colisão gera ponderação). 1ª Geração (liberdade): direitos políticos nas primeiras declarações:
· Declaração de Direitos do Bom Povo de Virgínia, 1776: votar e ser votado, e decisões políticas sujeitas ao crivo dos representantes
· Declaração de Independência dos EUA, 1776: princípios democráticos (1ª)
· Declaração Francesa dos Direitos do Homem e do Cidadão, 1789: lei é vontade geral e todos cidadãos concorrem, pessoalmente ou por mandatários, para sua formação
· DUDH, 1948: vontade do povo, acesso, liberdade, sufrágio universal, eleições periódicas, voto secreto, processo equivalente
· PIDCP, 1966: participação; votar e eleito; sufrágio universal e igualitário; voto secreto; acesso às funções públicas
DFs (Canotilho: jurídico-intitucionalmente garantidos e limitados espaço-temporalmente) e direitos políticos: CF – direitos individuais e coletivos; direitos sociais; nacionalidade; direitos políticos.
NACIONALIDADE E CIDADANIA
Cargos privativos de brasileiro nato
Estrangeiros não podem se candidatar a nada (art. 14, §3º - inelegibilidade). EXCEÇÃO: Portugueses quase-nacionais. Poderão concorrer, salvo cargos privativos de nato.
Privativos de nato:
1. Presidente e Vice
2. Presidente da Câmara e do Senado
3. Ministro do STF
4. Carreira diplomaria
5. Oficial das forças Armadas
6. Ministro de Estado da Defesa
	TSE – Sentença homologatória da opção pela nacionalidade brasileira tem efeitos ex tunc, logo, mesmo que após o pedido de registro de candidatura, há de ser tida como desde o seu nascimento (Precedente 1 – EDRESP 29.200). No precedente 2, STF exigiu ter feito opção até o momento do pedidode registro, pois as condições de elegibilidade devem ser verificadas no momento do pedido de registro (EDRESP 29.266).
TSE – português deve comprovar no momento do alistamento eleitoral, com a juntada da portaria expedida pelo MJ.
DIREITO AO SUFRÁGIO
É o direito de manifestação de vontade. Ou seja, é um direito público subjetivo democrático de participação do povo, de votar e ser votado.
a. Sufrágio Universal: atribuído ao maior número possível de nacionais. Restrições são excepcionais e fundam-se em circunstâncias que naturalmente impedem os indivíduos de participar.
b. Restrito: minoria participa
i. Censitário – Europa no séc. XIX e Brasil – CF Imperial de 1824 e moderadamente pelas CF de 1891 e 1934
ii. Cultural ou capacitário – CF88 acolheu em parte (analfabetos são inelegíveis, mas podem votar)
iii. Masculino
c. Igual: isonomia (one man, one vote)
i. Tem exceções na cidadania passiva: limites etários (Presidente e Vice e Senador: 35; Governador e Vice: 30; Deputado, Prefeito e Vice: 21; Vereador: 18)
d. Desigual: elitistas, oligárquicos, aristocráticos, com prevalência de classes ou grupos sociais (voto familiar, voto plúrimo de um mesmo eleitor na mesma circunscrição; voto múltiplo, em várias circunscrições)
VOTO DIRETO, SECRETO, UNIVERSAL E PERIÓDICO
CLÁUSULA PÉTREA.
Voto é um instrumento de exercício da soberania e sufrágio. 
· TRF – Cabe dano moral ao cidadão impedido de votar por falha de Adm.
Características do voto no Brasil: personalidade (não pode por representante); obrigatoriedade; liberdade, secreto, direto, periódico e universal. 
VOTO OBRIGATÓRIO NÃO É CLÁUSULA PÉTREA.
O PcD pode requerer certidão de quitação eleitoral com prazo indeterminado.
A) DIRETO: sem intermediação.
· EXCEÇÃO: votação indireta no caso de VACÂNCIA de PR e Vice nos últimos 2 anos do período presidencial. Vacância ≠ Substituição. Na vaga o titular deixou o cargo (morte, renúncia, impeachment) e o vice não pode assumir; na substituição é precária e temporária (substituto fica até a volta).
	ADI 5525: O LEGISLADOR ORDINÁRIO FEDERAL pode prever hipóteses de vacância de cargos eletivos fora das situações expressamente contempladas na Constituição, com vistas a assegurar a higidez do processo eleitoral e a preservar o princípio majoritário. 2. Não pode, todavia, disciplinar o modo de eleição para o cargo vago diferentemente do que estabelece a Constituição Federal. Inconstitucionalidade do §4º do art. 224 do Código Eleitoral, na redação dada pela Lei nº 13.165/2015, na parte em que incide sobre a eleição para Presidente, Vice-Presidente e Senador da República, em caso de vacância, por estar em contraste com os arts. 81, §1º e 56, §2º do texto constitucional, respectivamente. 3. É constitucional, por outro lado, o tratamento dado pela lei impugnada à hipótese de dupla vacância dos cargos de Governador e Prefeito. É que, para esses casos, a Constituição não prevê solução única. Assim, tratando-se de causas eleitorais de extinção do mandato, a competência para legislar a respeito pertence à União, por força do disposto no art. 22, I, da Constituição Federal, e não aos entes da Federação, aos quais compete dispor sobre a solução de vacância por causas não eleitorais de extinção de mandato, na linha da jurisprudência do STF.
· CF: Nos últimos 2 anos, eleição indireta para Presidente, Vice e Senador
· Lei Federal: Entre os últimos 2 anos até 6 meses do final, eleição indireta para Governador e Prefeito (nos últimos 6 meses, presidente da AL) – causa eleitoral
· Lei Estadual: causas não eleitorais de extinção de mandato
ADI 5525: novas eleições podem ser realizadas quando a matéria for apreciada pelo TSE, sendo inconstitucional aguardar-se o trânsito em julgado para tanto. Há julgamento no TSE falando que basta encerramento das instâncias ordinárias, salvo medida cautelar do TSE.
	São duas etapas do processo de cassação do Chefe do Executivo quando mais da metade dos votos são anulados por fraude – 224 CE: 
1) Afastamento do Governador (TSE: colegiado 2ª instância) e posse do próximo na linha sucessória
2) Realização de novas eleições e posse do vencedor.
- Até 2015 – se o cassado tivesse tido +50% dos votos, havia nova eleição para alcançar de novo ou o 2º era eleito
- Após 2015 (Minirreforma) – sempre novas eleições, mas após o trânsito em julgado do TSE
- ADI 5525: inconstitucionalidade do Trânsito em julgado, pois esvaziaria a eficácia da busca de legitimidade por eleições
A dúvida que ficou: após o TSE ou após o TRE já basta?
- STF: decisão final da Justiça Eleitoral (TSE) Melhor solução. Realmente, é inconstitucional aguarda trânsito em julgado (parlamentarismo à brasileira). Mas aguardar a decisão final da Justiça Eleitoral é aguardar o próprio tempo da jurisdição (não é parlamentarismo, até porque o TSE muitas vezes reverte e o bastar do TRE traria muita instabilidade).
- TSE: basta colegiado no TRE, antes mesmos do julgamento dos embargos declaratórios (eleições municipais)
B) SECRETO: não prevalece para PcD, que podem obter auxílio.
C) VALOR IGUAL
D) PERIÓDICO: sem isto, não há República.
*Escrutínio: processo de votação ou processo de apuração. Ex.: escrutínio secreto ou público; escrutínio de lista.
PERDA E SUSPENSÃO DOS DIREITOS POLÍTICOS
cassação foi expediente largamente utilizado no regime militar, atualmente é vedada. Não há suspensão de quem ainda não tem direitos políticos, mas impedimento.
	Art. 15, CF. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos
casos de:
Perda
I – cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado;
Na CF 1967 era perda, mas José Jairo defende ser suspensão
IV – recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, nos termos do
art. 5º, VIII;
Suspensão
II – incapacidade civil absoluta; (CUIDADO COM IMPEDIMENTO)
III – condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos;
V – improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º.
Consequências da perda/suspensão: cancelamento do alistamento; exclusão do corpo de eleitores (não é automática – procedimento art. 77 CE); cancelamento ou suspensão da filiação partidária; perda do cargo ou função pública (mandato – deputados federais e senadores, precedida por ato da Mesa da Casa (com discricionariedade ou depende do tempo - STF), de ofício ou provocação, com ampla defesa); impossibilidade de ajuizar ação popular, votar ou ser votado, e exercer iniciativa popular.
A) CANCELAMENTO DA NATURALIZAÇÃO: quem concede é o Poder Executivo (MJ). O ART. 12, § 4º, I, da CF, determina a perda da nacionalidade do NATURALIZADO em virtude de atividade nociva ao interesse nacional, que somente se dá por decisão judicial, na Justiça Federal. Há legitimidade do MP para “promover ação visando ao cancelamento de naturalização, em virtude de atividade nociva ao interesse nacional” (LC 75/90, art. 6º, IX). 
Também perderá a nacionalidade o brasileiro NATO que adquirir outra nacionalidade (salvo nacionalidade originária e imposição como condição para permanência ou para o exercício de direitos civis). Perda da nacionalidade acarreta ipso facto a perda dos direitos políticos.
a. Outorga a brasileiro de igualdade em Portugal acarreta a suspensão no Brasil (Decreto 3927/2007 e Res. TSE 21.538/2003)
B) INCAPACIDADE CIVIL ABSOLUTA: menores de 16 anos (Lei 13.146/2015 – Inclusão de PcD – baseada na Convenção Internacional sobre PCD – 1º A RECEBER FORÇA DE EC). Por isso é impróprio falar em perda ou suspensão. Usa-se impedimento.
a. PCDs: Plenamente capazes, independentemente de a deficiência ser grave ou não, temporária ou permanente. Se não puder exprimir sua vontade será relativamente incapaz. É plenamente capaz a pessoa que tiver autonomia e independência (conceito relativo) para conduzir-se na vida social e política, tomando decisões e assumindo responsabilidades. Política de INCLUSÃO da CIDPD.
i. Interdição ou curatela (sentença produz efeitos desde logo) não implicam automática e necessariamente na suspensão. Tais institutos têm caráter excepcional eprotetivo, especialmente pro âmbito negocial.
ii. Somente a completa inaptidão para manifestação da vontade pode ensejar a perda de direitos políticos. O juiz, quando da interdição, verificando ser o caso, deverá comunicar à Justiça Eleitoral para suspensão.
iii. Se nasceu inapta, não é suspensão, é impedimento.
C) CONDENAÇÃO CRIMINAL TRANSITADA EM JULGADO ou período de prova do sursis (STF): norma autoaplicável (STF). Todavia, há parlamentares com coisa julgada condenatória que continuam exercendo (Celso Jacob e Natan Donadan).
a. Perda automática de mandato eletivo?
i. DEPUTADO FEDERAL E SENADOR (ESTADUAL também). Existem três correntes acerca da perda automática:
1. SIM: AP 470: Depende de ato declaratório – STF ( art. 15, III: é norma de eficácia plena e art. 55, § 3º será declarada pela Mesa – aduzindo que a decisão é da jurisdição e a perda é consequência da coisa julgada) – da Mesa da Casa respectiva (afastada a incidência do art. 55, VI, § 2º - “decisão da Casa”) por votação aberta (EC 76/2013). Casa irá decidir quando a decisão condenatória não tenha decretado ou se proferida anteriormente à expedição do diploma, com trânsito em julgado posterior. É efeito da decisão. ENTENDIMENTO REVOGADO.
2. (2º) NÃO: STF na AP nº 565/RO e AP 996: Cabe a Casa Legislativa decidir (“intepretação tendencial”). Haveria incidência da norma específica sobre a regra geral, já que o § 2º do art. 55 da CF remete-se ao inciso VI (Condenação) e fala sobre decisão por maioria absoluta da Casa (Separação de Poderes). Posição da 2ª Turma
3. (1º) DEPENDE: + 120 DIAS EM REGIME FECHADO, perda do cargo é consequência lógica (automática) do art. 55, III (deixar de comparecer a terça parte das sessões) e § 3º. Mesa apenas declara (§ 3º). Se for regime aberto ou semiaberto Plenário da Casa irá deliberar. Posição da 1ª Turma.
Há ADPF em trâmite.
ii. VEREADORES E EXECUTIVO: há silêncio eloquente da CF, interpretado restritivamente por ser exceção, LOGO ACARRETA A PERDA DO MANDATO AUTOMATICAMENTE, a partir da DECLARAÇÃO.
	Pode votar: flagrante, temporária e preventiva. Res. 23554/2017 TSE: DEPENDE DE HAVER INSTALADAS seções eleitorais em presídios e casas de internação de adolescentes.
	Abrange qualquer condenação:
Abrange contravenção penal!
Não importa natureza da pena aplicada: pode ser restritiva de direitos, somente pecuniária, pode ser sursis e também no livramento condicional; pode ser regime aberto. Também cabe na sentença penal absolutória imprópria (medida de segurança ostenta natureza condenatória).
Não abrange: Transação penal e SURSIS extinto.
	Súmula nº 9 do TSE: “A suspensão de direitos políticos decorrente de condenação criminal transitada em julgado cessa com o cumprimento ou a extinção da pena, independendo de reabilitação ou prova de reparação de danos.”
	Após a CF/88 art. 92, I, do CP não mais se aplica, cabendo suspensão somente com o trânsito em julgado. Mas há atualização quanto a necessidade de trânsito em julgado: 
Execução provisória de pena criminal (ADC 43 e 44) após condenação em segundo grau, não havendo ofensa a presunção de inocência.
Execução provisória restringe-se ao efeito principal da condenação penal. A depender do crime cometido pelo réu, poderá haver restrição da cidadania pela LC 64/90 “proferida por órgão judicial colegiado”.
D) RECUSA DE CUMPRIR OBRIGAÇÃO A TODOS IMPOSTA: 
a. função de jurado: se for com motivo religioso, filosófico ou político, deverá cumprir obrigação alternativa, sem multa, que consiste em atividades de caráter administrativo, assistencial filantrópico ou produtivo no Judiciário, DP ou MP ou outro, fixados com razoabilidade e proporcionalidade. 
b. prestação de serviço militar.
E) IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA (Justiça Federal ou Estadual, não Eleitoral)
	7.C ALISTAMENTO: CONCEITO, ESPÉCIES E PROCEDIMENTOS. DOMICÍLIO ELEITORAL. IMPOSSIBILIDADE E CANCELAMENTO DO ALISTAMENTO ELEITORAL E REVISÃO DO ELEITORADO.
ALISTAMENTO ELEITORAL
Conceito: procedimento administrativo-eleitoral pelo qual se qualificam e se inscrevem os eleitores (organização do eleitorado). Adquire-se somente capacidade eleitoral ativa (jus suffragii).
Domicílio eleitoral: onde pode alistar-se e candidatar-se (prazo de 6 meses p/ candidatar-se).
Diferente do domicílio civil (animo definitivo), no Direito Eleitoral, o conceito é ELÁSTICO: “o domicílio eleitoral é o lugar de residência ou moradia (temporária) do requerente, e, verificado ter o alistando mais de uma, considerar-se-á domicílio qualquer delas” NÃO É NECESSÁRIO ANIMUS.
E) TSE: tem de haver vínculo específico (familiar, econômico, social ou político).
F) Não pode pluralidade de inscrição.
Alistamento obrigatório:
Alistamento originário não exige tempo mínimo de residência no local. 
Direito à falta abonada (2 dias) para alistamento.
Pessoas obrigadas: +18-70. Brasileiro nato tem de se alistar até 19 anos e naturalizado até um ano após a aquisição da nacionalidade, sob pena de multa imposta pelo juiz eleitoral e cobrada no ato da inscrição e privação de direitos políticos.
A) Analfabeto: alistamento facultativo. Após, alfabetização, 1 ano, sob pena de multa.
B) Absolutamente incapazes (-16): impedidos
C) Relativamente incapazes (+16-18; ébrios; por causa transitória ou permanente não puderem exprimir sua vontade; pródigos): devem alistar-se, salvo -18 (facultativo). 
D) PcD: devem alistar-se, salvo impedimento de manifestação de vontade.
E) Brasileiro residente no exterior: devem alistar-se. 
	F) Indígena: integrado na sociedade, deve alistar-se, MAS não estão sujeitos à multa por alistamento extemporâneo.
a. Alistamento deve ser facilitado. Fala-se em faculdade dos indígenas em se alistar
TSE: “os indígenas têm assegurado o direito de se alistar como eleitores e de votar, independentemente de categorização prevista em legislação especial infraconstitucional”
“Assegurou-os, em caráter facultativo, a todos os indígenas, independentemente da categorização, observadas as exigências de natureza constitucional e eleitoral. Os índios que venham a se alfabetizar, devem se inscrever como eleitores, não estando sujeitos ao pagamento de multa pelo alistamento extemporâneo”.
RECURSOS: Decisão de defere o alistamento (10 DIAS, por delegado de Partido ou membro do MP) ou indefere (5 DIAS) alistamento: recurso ao TRE (Res. TSE 21538/2003). Nesse caso, o procedimento administrativo transforma-se em judicial. Cabe MS.
Sigilo do cadastro eleitoral: RES. TSE 21.528/2003 – permite às instituições públicas e privadas e às pessoas físicas o acesso às informações nele contidas, mas não se fornecerão informações de caráter pessoal (filiação, data de nascimento, profissão, estado civil, escolaridade, telefone e endereço), salvo se a pedido: 
a) do próprio eleitor; 
b) por autoridade judicial; 
c) por autoridade policial; 
d) por MP (Lei de Organização Criminosa e Lei de Lavagem de Dinheiro – independentemente de autorização judicial); 
e) pelo órgão de direção nacional de partido político relativamente aos seus próprios filiados; 
f)bentidades autorizadas pelo TSE, desde que exista reciprocidade de interesses.
h) TSE – Res. 22.059/2005: Já se atendeu a pedido do Ministério da Previdência Social para informação sobre óbito.
ALISTAMENTO ELEITORAL FACULTATIVO:
Constituição:
a) Analfabetos
b) Maiores de 70 anos
c) 16-18 (completar 16 até a data do pleito)
Código Eleitoral: recepcionado?
a) Inválidos recepção somente para absolutamente incapazes
b) Maiores de 70 anos recepção pois igual CF
c) Os que se encontrem fora do país NÃO RECEPCIONADO. VOTO OBRIGATÓRIO.
Inalistabilidade: não pode votar nem ser votado.
a) Estrangeiros
b) Conscritos, durante o serviço militar obrigatório. 
a. TSE: Se já inscrito, a inscrição fica mantida, porém, impedido de votar.
b. Só alcança os conscritos. Demais militares (integrantes das Forças Armadas) podem votar. Policiais militares e bombeiros também podem.
Transferência do domicílio eleitoral: CE+RES. TSE 21.538/2003.
Nomenclatura: Alteração no mesmo município: revisão ≠ Alteração de domicílio eleitoral:transferência.
a) Recebimento do pedido no cartório eleitoral do novo domicílio no prazo estabelecido pela legislação vigente (até 151/150 dias antes da eleição)
b) Transcurso de, pelo menos, um ano do alistamento ou da última transferência
c) Residência mínima de três meses no novo domicílio, declarada pelo próprio eleitor (sob pena de falsidade ideológica e de inscrever-se fraudulentamente eleitor)
d) Prova de quitação com a Justiça Eleitoral (Só prevista na Resolução)
Recurso: = deferimento/indeferimento do alistamento.
Cancelamento = exclusão: art. 71 CE (atualmente nem todas são cancelamento, mas, com o advento do sistema eletrônico, são apenas suspensão da eficácia).
a) Infração às regras relativas ao domicílio eleitoral
b) Suspensão ou perda de direitos políticos
c) Pluralidade de inscrição: 1º cancela-se a mais recente; 2º cancela-se a que não corresponda ao domicílio eleitoral; 3º naquela cujo título não foi entregue; 4º não votou na última eleição; a mais antiga.
d) Falecimento do eleitor
e) Deixar o eleitor de votar, injustificadamente, em três eleições consecutivas (conta qualquer eleição, 1º e 2º turno. Só não conta eleição anulada). Salvo justificativa no prazo de 60 dias ou 30 dias do retorno ao país.
b. Não se aplica à PcD ou doença que impossibilite voto
Processo de cancelamento pode iniciar-se ex officio pelo juiz eleitoral (Exceção ao princípio da inércia de jurisdição). Pode pleitear: delegado de partido político, eleitor ou MP. É matéria de ordem pública (inexiste preclusão). 
Cabe recurso ao TRE. Durante o curso do processo, eleitor pode votar. Se houve decisão de deferimento, e o TR ou TSE revisar, serão nulos os votos se o nº for suficiente para alterar eleição.
FRAUDE NO ALISTAMENTO
Inscrição pode ser negada ou cancelada. Crime do Código Eleitoral (também se aplica para a transferência fraudenta, usada para a formação de currais eleitorais). Induzir à inscrição fraudulenta também é crime (eleitor é partícipe).
REVISÃO DO ELEITORADO
Verificação do domicílio. São chamados pessoalmente a comprovar domicílio e razões do domicílio.
	DENÚNCIA DE FRAUDE NO ALISTAMENTO TRE
CE – Art. 71 § 4º Quando houver denúncia fundamentada de fraude no alistamento de uma zona ou município, o Tribunal Regional poderá determinar a realização de correição e, provada a fraude em proporção comprometedora, ordenará a revisão do eleitorado obedecidas as Instruções do Tribunal Superior e as recomendações que, subsidiariamente, baixar, com o cancelamento de ofício das inscrições correspondentes aos títulos que não forem apresentados à revisão.
	EX OFFCIO QDO HOUVER REQUISITOS TSE
Lei das Eleições. Art. 92. O Tribunal Superior Eleitoral, ao conduzir o processamento dos títulos eleitorais, determinará de ofício a revisão ou correição das Zonas Eleitorais sempre que:
TSE - CUMULATIVOS 
I - o total de transferências de eleitores ocorridas no ano em curso seja dez por cento superior ao do ano anterior;
· TSE: Em se tratando de abuso de poder, examina-se a gravidade da conduta (vendeu imóveis a preço de banana para pessoas se mudarem) e não sua potencialidade para interferir no resultado da eleição
II - o eleitorado for superior ao dobro da população entre dez e quinze anos, somada à de idade superior a setenta anos do território daquele Município;
III - o eleitorado for superior a sessenta e cinco por cento da população projetada para aquele ano pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE.
Res. 21490/2003 TSE: fala em eleitorado superior a 80% da população e condicionada a dotação orçamentária. Se o percentual de eleitores estiver entre 65% e 80% correição anual ordinária.
Res. 21.538 TSE: Não pode em ano eleitoral, salvo autorização do TSE.
	Res. 22.616 – Revisão de eleitorado. NÃO COMPETE AO TSE determinar a revisão de eleitorado, sob o fundamento de irregularidades no alistamento eleitoral.
· Compete ao TRE!!
Juiz manda cancelar inscrições irregulares/não comparecido. Somente é efetivado após homologação do TRE, ouvido o MP.
BIOMETRIA
150 dias antes do pleito, data final para o fechamento dos dados que constarão das urnas eletrônicas. Corregedoria Geral Eleitoral decide os municípios que adotarão. Quem não se cadastrou teve título cancelado. HÁ UMA ESPÉCIE DE REVISÃO DO ELEITORADO EM DECORRÊNCIA DA EXIGÊNCIA DA IDENTIFICAÇÃO BIOMÉTRICA.
ADPF 541 – STF reputou constitucional -“O fato de alguém não comparecer à biometria não resulta automaticamente na perda do título. O funcionamento da revisão e a possibilidade de se cancelar o título baseiam-se em lei. Eventuais cancelamentos são objetos de sentença eleitoral, comportam recurso e permitem regularização”. Por isso é proporcional.
	2.C VOTAÇÃO. VOTO ELETRÔNICO E MECANISMOS DE SEGURANÇA. MESAS RECEPTORAS. FISCALIZAÇÃO. APURAÇÃO E TOTALIZAÇÃO. PROCLAMAÇÃO DOS RESULTADOS.
VOTO ELETRÔNICO
1996 começou, 2002 implantou geral. Embora haja situações de mal funcionamento, elas se submetem a testes públicos de segurança e não são conectadas à internet, sendo um instrumento confiável e avançado para a colheita de votos.
	ADI 5889 – Inconstitucionalidade do voto híbrido (impresso), pois permite a identificação de quem votou (viola o voto secreto). PGR autor da ADI: “contramão da proteção da garantia do anonimato do voto e significa verdadeiro retrocesso”. Traz risco a confiabilidade do sistema eleitoral. PcD (cegos) não conseguirão aferir sem auxílio de terceiros.
Mas já tem lei de 2017. TSE não aplicou em 2018 (STF suspendeu)
· Voto impresso criptografado (Scantegrity)
MESAS RECEPTORAS
Cada seção 1 mesa.
1 Presidente. 2 mesários. 2 secretários. 1 suplente. Nomeados pelo juiz eleitoral 60 dias antes da eleição, em audiência pública (partidos podem impugnar em 2 dias desta ou da publicação dos nomes dos candidatos - da decisão do juiz eleitoral cabe recurso ao TRE em 3 dias), anunciada com 5 dias de antecedência. Preferencialmente, eleitores da própria sessão, professores, diploma e serventuários da Justiça. Pode pedir dispensa por motivos justos em 5 dias. Se não comparecer, leva multa e se for servidor, suspensão de até 15 dias (dobro se a mesa deixar de funcionar/se abandonar no dia).
Impedimento deve ser declarado: a) parente em até 2º grau de candidato; b) candidato; c) função diretiva em diretório de partido político; d) cargo de confiança no poder executivo; policial ou autoridade ou pertencer ao serviço eleitoral (não podem ser funcionários da Justiça Eleitoral ou do Ministério Público Eleitoral). 
Se todas mesas sumirem, TRE determinará outro dia (entre 15 e 30 dias) e instaurará inquérito.
	Ac.-TSE, de 17.12.2019, no AgR-AI nº 4184, de 28.4.2009, no HC nº 638 e, de 10.11.1998, no RHC nº 21: o não comparecimento de mesário no dia da votação não configura o crime estabelecido no art. 344 do CE.
FISCALIZAÇÃO
Partidos e Ministério Público Eleitoral: 
A) podem nomear dois delegados para cada zona eleitoral e dois fiscais para cada seção eleitoral. Não podem pertencer às mesas nem serem menores de 18.
B) Podem constituir sistema próprio de fiscalização, apuração e totalização dos resultados, inclusive com empresas de auditoria de sistemas, credenciadas junto à Justiça Eleitoral, que receberão os programas e dados alimentadores do sistema oficial.
Impugnação: colocada na Ata. Presidente que não a colocar responde por crime.
APURAÇÃO
Juntas: sua jurisdição (Vereador e prefeito). 10 dias. Partido: 3 fiscais que se revezem, permitida a atuação de 1. Durante a apuração, fiscais, delegados e candidatos podem impugnar para a Junta (cabe recurso imediato, verbal ou por escrito, fundamentado no prazo de 48h). Recontagem só será deferida pelo TRE se houver impugnação imediata da urna. Junta manda em 24h para o TRE: ata do que fez + infos da competência do TRE.
TRE: Governador, vice, senador, deputado federal e estadual. 30 dias.
TSE: Presidente e vice. 5 dias.
	2.C ORGANIZAÇÃO DO ELEITORADO, SEÇÕES, ZONAS E CIRCUNSCRIÇÕES ELEITORAIS.
CIRCUSCRIÇÕES, ZONAS E SEÇÕES ELEITORAIS
Circunscrições: nacional (Presidente e Vice TSE),estadual (Geral - Dep, Sen, Gov, DF TRE) e municipal (pref. E vereador juiz eleitoral*).*Pedido de registro e ações cíveis.
A) Domicílio na circunscrição: prazo de 6 meses antes das eleições.
B) Também identificam as funções de MPEeleitoral: PGEeleitoral nas eleições nacionais; PReleitoral nas eleições gerais e Promotores de Justiça Eleitoral nas eleições municipais.
Zona: jurisdição do juiz eleitoral (comarca). TRE divide, TSE aprova (Res. 23422/2014 – critério demográfico, conforme a densidade demográfica. Capitais e municípios com +200 mil, uma zona a cada 100mil; no NORTE, se a densidade for igual ou inferior a 2hab/km² zona/12.000 eleitores; no Nordeste, Centro-Oeste e Sul, se o município tiver até 15 hab/km² zona/17.000). (Incidem outros critérios, como meios de comunicação, necessidades etc). A zona não contemplará, a princípio, mais de 5 municípios.
Seções: distribuição dos eleitores para fins de votação. Justiça Eleitoral. “TSE estabelecerá o nº de eleitores das seções eleitorais em função do nº de cabinas nelas existentes. Cada seção terá, no mínimo, duas cabinas”. (Res. 14250/1988 – 250 eleitor/cabina nas capitais e 200 no interior). Presos provisórios e adolescentes submetidos à medida sócio-educativa de internação: mínimo de 20 aptos.
	1A. DIREITO À DEMOCRACIA. CONCEITO FORMAL E MATERIAL DE
DEMOCRACIA. ELEMENTOS ESSENCIAIS DA DEMOCRACIA.
DEMOCRACIA E DIREITOS HUMANOS.
DEMOCRACIA
a. Direta
b. Indireta
i. Partidos políticos (Inglaterra, impulsionados pelos socialistas, são capazes de captar, assimilar, catalisar e organizar a opinião pública). Mandato pertence à agremiação política, e não ao eleito (salvo majoritário). 
ii. Modelo em crise: exponencializada pela internet. Desobrigação de manter propostas e alinhamento com partido e campanha. Uma efetiva democracia representativa permite o recall (risco de perda de mandato).
c. Semidireta: CF – plebiscito, referendo e iniciativa popular.
b) Estado democrático de direito
a. Kelsen: ordem jurídica coercitiva
b. De Direito: paute-se por critérios jurídicos, não pela força, prepotência ou arbítrio
c. Democrático: participam da elaboração e são os destinatários das normas
Fontes do Direito Eleitoral: 
a) Materiais: fatores que influenciam o legislador na criação de normas jurídicas (da vontade popular ao lobby)
b) Formais: “processos ou meios em virtude dos quais as regras jurídicas se positivam com legítima força obrigatória, isto é, com vigência e eficácia no contexto de uma estrutura normativa” (REALE).
a. Estatais: CF, Tratados, Código Eleitoral, Lei de Inelegibilidades, Lei dos Partidos Políticos, Lei das Eleições; Resolução do TSE (ato normativo, com natureza de ato-regra, tem força de lei, embora não possa contrariá-la, segundo limites do art. 105 da LE, não podendo restringir direitos ou criar obrigações distintas; devem ser publicadas até 5/março do ano do pleito); Consulta ao tribunal (ato normativo em tese, sem efeitos concretos, pois é geral); Precedentes da Justiça Eleitoral, especialmente STF e TSE (sem generalidade).
i. São normas jus cogens sobre interesses indisponíveis: não pode abrir mão, sendo inaplicáveis contratos, estatutos e até mesmo TACs para limitar direitos e prerrogativas de lei eleitoral, mesmo que firmado com MP e Juiz.
ii. Tipos:
1. Perfeitas: Preceito-sanção
2. Mais-que-perfeita: preceito, sanção e invalidação do ato
3. Imperfeitas: sem sanção
b. Não estatais: princípios não positivados e negócios jurídicos (estatuto de partido)
.
PRINCÍPIOS DE DIREITO ELEITORAL
O positivismo (completude e coerência) reconhece a existência de princípios e até positiva-os, mas não confere normatividade, sendo somente instrumentos de integração de lacunas.
O que é princípio? De modo geral, esse termo refere-se à razão, à essência ou ao motivo substancial de um fenômeno. Significa, ainda, os preceitos inspiradores ou reitores que presidem e alicerçam um dado conhecimento ou determinada decisão. Para Alexy, são mandados de otimização, com força normativa e grau de discricionariedade.
Quanto às fontes, os princípios encontram-se radicados nos horizontes da experiência histórico-cultural da comunidade, presentes explícita ou implicitamente no ordenamento. Conflito de regras: critério hierárquico, cronológico e especialidade. Conflito de princípios: proporcionalidade. Não é divisão estanque. 
Princípios tem função delimitativa do campo jurídico e de hermenêutica.
Não se confunde com valor, não normativo, com dimensão puramente ético-moral.
Princípios eleitorais constitucionais:
c) Soberania popular
d) Republicano
a. Forma de governo: estruturação do Estado com vistas ao exercício do poder político. Pode ser monarquia (hereditariedade e vitaliciedade) ou república (eletividade, temporalidade e alternância de pessoas). Nesta, o Legislativo e o Executivo emanam do povo. 
b. Também é um modo de governar: preponderância da impessoalidade, publicidade e regularidade eleitoral.
e) Sufrágio universal – Sufrágio é o direito, voto é o exercício
f) Legitimidade das eleições (art. 14, § 9º) 
a. Legitimidade é legalidade acrescida de sua valoração (Bonavides)
g) Moralidade (art. 14, § 9º)
a. conduta pode ser moral, por se encontrar de acordo com as tradições e os costumes em voga (pluralismo), e não ser ética (ciência), por não se afinar com os princípios e os valores reconhecidos. Com a positivação da moralidade, transfere-se para a esfera jurídica juízos e normas que antes pertenciam exclusivamente ao domínio ético-moral. Só a transgressão relevante pode ensejar inegibilidade.
h) Probidade administrativa
a. Honestidade. Ex.: contas rejeitadas por irregularidade insanável que configure ato doloso de improbidade administrativa e por decisão irrecorrível.
i) Igualdade e isonomia
a. Mesmo valor do voto ao eleitor e paridade de armas aos elegíveis. 
b. Partidos maiores tem maior horário de propaganda eleitoral (igualdade formal), a fim de fortalece-los e conferir maior estabilidade ao sistema, em detrimento da igualdade material. 
j) Pluralismo político
a. CF: Fundamento da RFB e EDD; pluripartidarismo; pluralismo econômico (ordem econômica fundada na livre iniciativa e concorrência); pluralismo de ideias e concepções pedagógicas; pluralismo cultural (incentiva a difusão das manifestações culturais, valoriza a diversidade étnica e regional e incentiva a produção e o conhecimento de bens e valores culturais); pluralismo de comunicação e expressão. 
b. Democracia pluralista: respeito à diversidade; direito de participação; alteridade e inclusão política, vedação à intolerância. Canotilho: inadmissibilidade da marginalização de quaisquer forças partidárias. Reconhecimento do papel da oposição.
k) Liberdade de expressão e informação
l) Anualidade ou anterioridade: “A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação, não se aplicando à eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência”.
Observações finais retiradas de questões de cursos preparatórios
1) Há três princípios que são correlacionados à cítrica doutrinária à concepção de democracia: São eles: I) princípio da ruptura ou separação, II) princípio da redução e III) princípios da abstração e idealização. Dentro do princípio da redução encontram-se casos significativos quando se pensa que a política e a democracia se circunscrevem à ação de determinados indivíduos carismáticos e excepcionais; ou quando se reduz o político, a política e a democracia a algumas instituições privilegiadas, como podem ser os partidos políticos ou a figura das eleições. O exemplo mais grotesco de simplificação é aquele em que só representam a democracia o voto e as eleições.
2) Os principais desafios que se põem à democracia, aos Direitos humanos e ao Estado de Direito, segundo a AGONU e a antiga Comissão de Direitos Humanos, nomeadamente: (i) Uma pobreza crescente; (ii) Ameaças à segurança humana; (iii) Desrespeito dos direitos individuais e entraves ao exercício das liberdades fundamentais; (iv) Erosão do Estado de direito no contexto da luta contra o terrorismo;(v) Ocupação ilegal acompanhada do uso da força; (vi) Escalada dos conflitos armados; (vii) Acesso desigual à justiça por parte dos grupos desfavorecidos e, (viii) Impunidade. O erro da alternativa está em afirmar que o acesso igual à justiça por parte dos grupos desfavorecidos foi elencado como desafio à democracia, aos direitos humanos e ao Estado de Direito pela ONU. 
3) São elementos principais da democracia moderna: a igualdade, participação, governo da maioria e direitos da minoria, primado do direito e do julgamento justo, compromisso com os direitos humanos, pluralismo político, eleições livres e justas e divisão de poderes.
4) São garantias institucionais da democracia, dentre outras, as seguintes: I) Legislação eleitoral ativa e passiva (universal, livre, igual e secreta); II) Liberdade de organização; III) Liberdade de comunicação; IV) Governo efetivo; V) Respeito à legalidade; VI) Mecanismos (políticos) de accountability.
	8.A SISTEMAS ELEITORAIS. DEMOCRACIA INDIRETA E DIRETA. PLEBISCITO E REFERENDO. INICIATIVA POPULAR.
SISTEMAS ELEITORAIS
São os critérios utilizados para a eleição dos representantes, variando em relação à circunscrição eleitoral, aos métodos para formação das maiorias e para a proteção das minorias políticas e, também, em relação ao papel dos partidos políticos.
a) SISTEMA MAJORITÁRIO: mera vantagem numérica (Executivo e Senado Federal)
a. Majoritário absoluto: depende da obtenção de mais da metade dos votos – Presidente e Vice; Governadores e Prefeitos+200.
	Art. 77 § 2º Será considerado eleitor Presidente o candidato que, registrado por partido político, obtiver a maioria absoluta de votos (válidos), não computados os em branco e nulos.
§ 3º Se nenhum candidato alcançar maioria absoluta na primeira votação, far-se-á nova eleição em até 20 dias após a proclamação do resultado, concorrendo os dois candidatos mais votados e considerando-se eleito aquele que obtiver a maioria dos votos válidos.
 
b. Majoritário relativo (simples): basta vantagem numérica – Prefeitos-200 e Senado Federal.
b) SISTEMA PROPORCIONAL: visa dar espaço às minorias políticas, o que evita uma casa exclusivamente alinhada a uma ideologia, permite fiscalização e evita lutas políticas não institucionais, o que pode romper com a Democracia. As vagas são divididas de acordo com a força que cada segmento político obteve. Centralidade dos partidos políticos (votos na legenda + nominais), pelo quociente eleitoral (votos/vagas) e o quociente partidário (quociente eleitoral/votos para legenda).
Sistema de Lista Aberta
	Art. 106. Determina-se o quociente eleitoral dividindo-se o nº de votos válidos apurados pelo de lugares a preencher em cada circunstância eleitoral, desprezada a fração se igual ou inferior a meio, equivalente a um, se superior.
QE= Votos Válidos/Vagas
	Art. 107. Determina-se para cada partido ou coligação o quociente partidário, dividindo-se pelo quociente eleitoral o nº de votos válidos dados sob a mesma legenda ou coligação de legendas, desprezada a fração.
QP = Votos Válidos para a legenda ou coligação/ QE
	Art. 108. Estarão eleitos, entre os candidatos registrados por um partido ou coligação os que tenham obtido votos em número igual ou superior a 10% do quociente eleitoral (DIMINUI ESTRAGO DO CANDIDATO CHAMARIZ), tantos quantos o respectivo quociente partidário indicar, na ordem da votação nominal que cada um tenha recebido.
§ Os lugares não preenchidos em razão da exigência de votação nominal mínima a que se refere o caput serão distribuídos de acordo com as regras do 109.
	Art. 109: MAIOR MÉDIA (Nº DE VOTOS DO PARTIDO / VAGAS QUE CONSEGUIU +1 ) – NÃO PODE ESQUECER DA EXIGÊNCIA DOS 10% NOMINAL. SE ESTA VAGA RECAIR EM CANDIDATO -10%, A VAGA VAI PARA O MENOR MÉDIA. REPETE-SE A OPERAÇÃO, AGORA INCLUINDO ESSA VAGA JÁ DISTRIBUÍDA NO CÁLCULO DE NOVAS MÉDIAS.
I - dividir-se-á o número de votos válidos atribuídos a cada partido ou coligação pelo número de lugares definido para o partido pelo cálculo do quociente partidário do art. 107, mais um, cabendo ao partido ou coligação que apresentar a maior média um dos lugares a preencher, desde que tenha candidato que atenda à exigência de votação nominal mínima;
II - repetir-se-á a operação para cada um dos lugares a preencher;
III - quando não houver mais partidos ou coligações com candidatos que atendam às duas exigências do inciso I, as cadeiras serão distribuídas aos partidos que apresentem as maiores médias. ÚNICO CASO EM QUE CANDIDATO-10%QE ENTRA
§ 1o O preenchimento dos lugares com que cada partido ou coligação for contemplado far-se-á segundo a ordem de votação recebida por seus candidatos.
§ 2o Poderão concorrer à distribuição dos lugares todos os partidos e coligações que participaram do pleito (NÃO PRECISA TER ALCANÇADO O QUOCIENTE ELEITORAL, COMO ERA ANTES DA REFORMA).
· Se nenhum partido atingir o quociente eleitoral, ganham os mais votados (sist. majoritário)
· Infidelidade partidária: se no sistema proporcional, o voto é pro partido, não pode abandonar. Essa era regra absoluta na CF69. Na CF88, o art. 17 exige que os partidos tenham, em suas normas internas, previsão sobre infidelidade partidária, mas ela era interpretada no sentido de que se houvesse fechamento de questão/voto uniforme, o dissidente poderia ser excluído. Mas veio a Res. 22.610/2007 e falou que se o parlamentar se filiar a outro partido, perde o cargo, que vai para o suplente mais votado (do partido). Não é sanção, é só recomposição da bancada (o voto é do partido), de modo que não tem interesse de agir partido que não possui suplente.
No sistema de Lista Fechada, o próprio partido indica a ordem. Os candidatos do mesmo partido não concorrem entre si por votos (mais barato). O financiamento seria para os Partidos, e não para candidatos. Problema: amigos, familiares e quem comprasse estaria no topo.
c) SISTEMA DISTRITAL: divide-se a circunscrição em regiões (círculos ou distritos) determinando que cada uma delas eleja um (distrito uninominal) ou mais de um (distrito plurinominal) e dentro dos distritos o critério é majoritário. Vantagens: aproxima o eleitor e diminui custos de campanha. Desvantagem: desperdício de votos do sistema majoritário. Se o governo fosse eleito, não haveria controle; se a oposição, tudo seria paralisado + risco de manipulação na divisão dos distritos (Gerrymandering).
d) DISTRITÃO: aproveitar a circunscrição eleitoral e fazer sistema majoritário para deputados. Dificulta oposição ou governabilidade. Deixa sem função partidos políticos.
e) SISTEMA DISTRITAL MISTO: metade pelo sistema distrital e metade pelo proporcional. É um sistema interessante, especialmente se conjugado com a lista fechada para o sistema proporcional. No sistema alemão, adota-se, mas o sistema proporcional é subsidiário, no caso de não preenchimento das vagas obtidas pelo partido; e o nº de deputados é volátil.
	ADI 4947: O Nº de deputados federais deve ser fixado por meio de lei complementar, não podendo ser feito pelo TSE. A CF/88 previu que o nº total de deputados, bem como a representação por Estado e pelo DF, deve ser estabelecido por LC, proporcionalmente à população. 
	TSE: Os parlamentares licenciados devem ser substituídos por suplentes das coligações partidárias, e não dos partidos políticos.
Brasil-problema: i) não há partidos ideológicos; ii) custo das campanhas eleitorais. O voto distrital reduz custo (proximidade). Mas ao longo de todo Império e Rep. Velha, nosso voto foi distrital: eleição só de oposição; prevalência do critério geográfico sobre o ideológico; gerrymandering (manipulação eleitoral na formação dos distritos).
· LCSG defende sistema proporcional de lista fechada (aprimoramento da representação popular e fortalecimento dos partidos, reduz custos). Mas deve haver regras internas democráticas para os partidos, privilegiando filiados em detrimento de lideranças autocráticas, assegurando diversidade de gênero; cor; minorias. Também propõe um sistema proporcional de dois turnos: 1º lista fechada para quociente eleitoral,com alternância de gênero; 2º partido lança o dobro de candidatos das vagas que obteve, para eleitor escolher, entram os que receberem o QE, depois, pelos votos do partido, entram os de maior votação nominal, em alternância de gênero.
	Macaco Tião (RJ, 1988) e Rinoceronte Cacareco (SP, 1959). Voto escrito. Mais votados. Protesto. Voto nulo em massa. Utilidade?
NÚMERO DE REPRESENTANTES
1. Deputados Federais: LC, proporcionalmente à população, não menos que 8 nem mais que 70. É norma constituinte originária, não cabe controle. LC previu que TSE manipularia vagas de deputados federais conforme dados do IBGE. STF julgou inconstitucional, pois deveria ser pré-fixado por LC e não variável (Medo de Estados de perderem cargos).
2. Deputados Estaduais: triplo da representação na CD, atingido o nº 36, será acrescido de tantos quantos forem os Deputados Federais acima de 12. Se tiver 13 deputados federais, vai ter 37 deputados estaduais; 14, 38.
3. Vereadores: (ANTES) proporcionais à população. STF - Caso Mira Estrela (ACP do MP, uma vez que havia grande desproporção na interpretação da CF). A partir desse caso, foram formulados critérios matemáticos para assegurar proporção por meio de Resolução do TSE (Considerada constitucional pelo STF). Grande controvérsia sobre a possibilidade do TSE fazer isso. Em 2009, houve EC fixando 24 faixas, ampliando o que havia sido limitado pelo TSE (gastos para os Municípios). A EC 58/2009 teve eficácia retroativa, que STF julgou inconstitucional. A CF não fala mais em proporcionalidade à população, que escolhe segundo limites das faixas, segundo sua Lei Orgânica Municipal (que não se sujeita ao princípio da anualidade, devendo ocorrer até o termo final do período das convenções partidárias - TSE).
· LCSG discorda, é evidente que deveria se sujeitar à anualidade.
4. Candidatos lançáveis: Partidos podem lançar 150% candidatos X vaga em disputa.
DEMOCRACIA DIRETA E INDIRETA
O modelo “clássico” é a democracia direta. Brasil adota a semidireta/mista.
PLEBISCITO E REFERENDO
CF e Lei 9.709/98
São consultas formuladas ao povo para que delibere sobre matéria de acentuada relevância, de natureza constitucional, legislativa ou administrativa.
Plebiscito: é convocado com anterioridade a ato legislativo ou administrativo, aprovação ou denegação. Incorporação, subdivisão, desmembramento de Estados e Municípios.
A) Pode também ser para uma opção (entre Parlamentarismo e Presidencialismo)
Referendo: posterioridade, ratificação ou denegação. Prazo de 30 dias da promulgação.
AMBOS:
B) São convocados por DECRETO LEGISLATIVO, por proposta de, no mínimo 1/3 de qualquer Casa. SUSTA a tramitação de projetos de lei e medidas administrativas
C) São decididos por MAIORIA SIMPLES do CN
D) Luiz Carlos são vinculativos.
INICIATIVA POPULAR
Só um assunto pode ser emendada por Parlamentar, desde que no assunto. Não poderá ser rejeitado por vício de forma – cabendo a Câmara dos Deputados corrigir eventual impropriedade técnica. Exemplos: homicídio qualificado crime hediondo; tipo cível da compra de votos, Lei da Ficha Limpa.
E) FEDERAL: projeto de lei à Câmara dos Deputados, subscrito por, no mínimo, 1% do eleitorado nacional, distribuído pelo menos por 5 Estados, com não menos de 0,3% dos eleitores de cada um deles (busca incentivar medidas que interessem a todo o país)
F) ESTADUAL: CF falou que “lei disporá”. Mas não há lei. Cabe as Constituições Estaduais então.
G) MUNICIPAL: CF falou que “lei orgânica municipal” cuidará da iniciativa popular de projetos de lei de interesse específico do Município, da cidade ou de bairros, por meio de manifestação, de, no mínimo, 5% do eleitorado.
AÇÃO POPULAR
	Art. 5º, LXXIII – qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe (U, DF, E, autarquias, SEM, sociedades mútuas de seguro nas quais a União represente os segurados ausentes, EP, Serviços sociais autônomos, instituições ou fundações para cuja criação ou custeio o tesouro público haja concorrido ou concorra com mais de 50% do patrimônio ou da receita ânua, de empresas incorporadas ao patrimônio da U,DF,E,M,e de quaisquer pessoas jurídicas ou entidades subvencionadas pelos cofres públicos), à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência.
	Lei 4.717/1965
H) Patrimônio público: bens e direitos de valor econômico, artístico, estético, histórico ou turístico
I) Menos de 50%: as consequências patrimoniais da invalidez dos atos lesivos terão por limite a repercussão deles sobre a contribuição dos cofres públicos.
J) Cidadania: título eleitoral
K) Pode pedir docs. Prazo de 15 dias para apresentarem. Só pode ser negada no caso de sigilo e a ação poderá ser proposta desacompanhada.
	5.A* CONDIÇÕES DE ELEGIBILIDADE
	“Para a Teoria do fato jurídico, do registro nasce a elegibilidade; para a Teoria Clássica, com o registro nasce o candidato".
CONDIÇÕES CONSTITUCIONAIS E LEGAIS DE ELEGIBILIDADE
(caráter positivo): posto pela CF ou LEI ORDINÁRIA (condições de registrabilidade):
	Art. 14. São condições de elegibilidade, na forma da lei:
I – a nacionalidade brasileira (originária, derivada e portugueses – salvo cargos p/ natos)
II – o pleno exercício dos direitos políticos
III – o alistamento eleitoral 
IV – domicílio eleitoral na circunscrição (moradia, trabalho ou vínculos afetivos – Domicílio sentimental) (Lei – prazo de 6 meses; fusão, da filiação ao partido de origem)
V – a filiação partidária (Vedado candidaturas avulsas - § 14 e não ofende o Pacto de San Jose, mas PGR impugnou dizendo que ofende) (Lei – prazo de 6 meses)
VI – idade mínima DATA DA POSSE (Executivo – 1º de Janeiro; Legislativo – 1º de Fev.)
a) 35 para Presidente, Vice e Senador 
b) 30 para Governador e Vice
c) 21 para Deputado Federal, Estadual, Prefeito, vice e juiz de paz
d) 18 para vereador DATA DO REGISTRO (Lei 13.165/2015) (posse na data prevista na LOM)
Diferença que realmente importa:
· CF: Não será sanado se não alegado por ocasião do registro da candidatura
· Domicílio e filiação exigência constitucional, logo, se não alegado no registro, pode ser alegado por meio de RECURSO CONTRA A EXPEDIÇÃO DO DIPLOMA
· Lei Ordinária: preclui se não alegado na ocasião do registro
· Prazo de 6 meses de domicílio e filiação exigência legal, devendo ser alegada no registro sob pena de preclusão AÇÃO DE IMPUGNAÇÃO DE PEDIDO DE REGISTRO DE CANDIDATURA 
· TSE: Pode haver complementação de documentos faltantes na defesa nesta ação, ex.: declaração de bens –
· TSE: basta valor histórico não atualizado/omissão não é crime de falsidade ideológica.
· TSE: Quitação eleitoral basta a prestação de contas, se esta for reprovada, tudo bem (processo de registro de candidatura não é meio para afastar vícios de prestação de contas de campanha ou partidárias) (pagamento da multa eleitoral ou comprovação do seu parcelamento após o pedido de registro, mas antes do julgamento respectivo, afasta a ausência de quitação eleitoral).
· SUM 52: "Em registro de candidatura, não cabe examinar o acerto ou desacerto da decisão que examinou, em processo específico, a filiação partidária do eleitor". 
· SUM 58: "Não compete à JE, em processo de registro de candidatura, verificar a prescrição da pretensão punitiva ou executória do candidato e declarar a extinção da pena imposta pela Justiça Comum".
PROCEDIMENTO:
Ausente condição: Juiz, TRE ou TSE pode negar registro de ofício.
A Ação de Impugnação do Pedido de Registro pode ser ajuizada por partidos, coligações, candidatos e MPE, no prazo de 5 dias da publicação do Rol de candidatos pela JE - PRAZO COMUM a todos legitimados, inclusive MP (Exceção à regra da intimação pessoal e não se interrompe em FDS/feriado).
Indeferido o registro, cabe recurso com efeito suspensivo: candidato pode fazer tudo, ficando a validade dos votos a ele atribuídos condicionada ao deferimento de seu registropor instância superior (votos serão considerados nulos, implicando no recálculo do quociente eleitoral, divisão dos votos válidos pelas vagas em disputa, e no quociente partidário). Problemas de instabilidade. Proporcionais que subiram com o voto do registro indeferido perdem cargo; maioria absoluta (PR, GOV, PREF+200) exige nova eleição.
Superveniência de condição de elegibilidade: as condições são aferidas no REGISTRO, salvo superveniente que afaste inelegibilidade (lei) ou apresente condição de elegibilidade (SUM 43), até a DIPLOMAÇÃO (termo final para aproveitamento jurídico do fato novo). 
· INELEGIBILIDADES SUPERVENIENTES usa-se o Recurso Contra a Expedição do Diploma 
FILIAÇÃO:
Prazo: L – 6 meses do pleito, SALVO:
A) Militares, PM e Bombeiros: NÃO É EXIGÍVEL. só escolha como candidato nas convenções partidárias (20 de julho até 5 de agosto do ano eleitoral); 
B) MP – antes de 1988: momento da desincompatibilização (6 meses antes do pleito) sem exoneração; 
C) Juízes e MP após 5/10/1988: no momento da desincompatibilização e demanda exoneração.
Prazo de filiação no estatuto do partido pode ser maior. Só não pode ser majorado em ano de eleição (diminuir pode, mas LCSG discorda). A Lei exige que os partidos enviem rol de filiados 2x por ano; na omissão, prevalece envio anterior E prevalecerá a filiação mais recente, havendo coexistência.
	Súmula 2 TSE: Assinada e recebida a ficha de filiação partidária até o termo final do prazo fixado em lei, considera-se satisfeita a correspondente condição de elegibilidade, ainda que não tenha fluído, até a mesma data, o tríduo legal de impugnação.  
Prejudicados poderão recorrer ao juiz - intimação do partido para que cumpra ou provar por documentos a filiação:
	Súmula 20 TSE: se não constou na lista de filiados, cabe prova de filiação por outros meios, salvo quando se tratar de documentos produzidos unilateralmente, destituídos de fé pública.
ELEGIBILIDADE DOS MILITARES:
	§ 8º O militar alistável é elegível, atendidas as seguintes condições:
I – se contar menos de 10 anos de serviço, deverá afastar-se da atividade.
II – se contar mais de 10 anos de serviço, será agregado (licença, pode retornar) pela autoridade superior e, se eleito, passará automaticamente, no ato de diplomação, para a inatividade.
	Art. 142, § 3º, V – o militar, enquanto em serviço ativo, não pode estar filiado a partidos políticos.
	Res. 21787 TSE: A filiação partidária condita no art. 14, § 3º, V da CF não é exigível ao militar da ativa que pretenda concorrer a cargo eletivo, bastando o pedido de registro de candidatura após prévia escolha em convenção partidária.
	5.B* INELEGIBILIDADES CONSTITUCIONAIS E SUAS ESPÉCIES
INELEGIBILIDADES CONSTITUCIONAIS
INELEGIBILIDADES (caráter negativo – impeditivo): "obstáculo posto pela CF ou LC ao exercício da cidadania passiva, por certas pessoas, em razão de sua condição ou em face de certas circunstâncias. É a negação do direito de ser representante do povo no Poder"
· Antes eram incompatibilidades: hoje, isso é a ocupação de certos cargos, que não permite, sem afastamento, a candidatura a outros (por isso "desincompatibilização").
· Não é perda/suspensão (+ amplo): só obsta direito político passivo.
· Não é inabilitação para exercício de cargos públicos (Condenação por crime de responsabilidade) (+amplo): veda acesso à qualquer cago, para TSE é apenas perda de condição de elegibilidade
· STF: Não é sanção.
Espécies de inelegibilidade:
a) Absolutas (qualquer cargo): inalistáveis e analfabetos. 
b) Relativas: funcional (Executivo) e reflexa.
a) CF: inalistáveis, analfabetos, funcional, reflexa e militares - não precluem (alegadas em qlqr fase do processo eleitoral e por meio de duas ações: i) impugnação ao pedido de registro; ii) recurso contra a expedição do diploma)
b) LC: arguidas até o registro, sob pena de preclusão, salvo se supervenientes
a. TSE: O prazo de 8 anos de inelegibilidade por condenação aplica-se retroativamente
b. TSE: O início do prazo de 8 anos é a data da eleição do ano da condenação por abuso de poder, expirando no dia de igual número de início do oitavo ano subsequente 
	Art. 14. 
ABSOLUTAS
§ 4º São inelegíveis os inalistáveis (estrangeiros e conscritos) e os analfabetos
· Analfabetos: ler e escrever minimamente (analfabetismo funcional não é óbice). Comprovação de conclusão do Ensino Fundamental é suficiente. CNH gera presunção de escolaridade(sum 55) Titularidade de cargo eletivo anterior NÃO É SUFICIENTE (sum 15). Prova no juiz eleitoral: discreta e não constrangedora. LUIZ CARLOS: não aplicável aos indígenas nem aos surdos (libras), pois há autorização constitucional (art. 210, § 2º)
	Súmula-TSE nº 15
O exercício de mandato eletivo não é circunstância capaz, por si só, de comprovar a condição de alfabetizado do candidato.
RELATIVAS
Inelegibilidade Funcional (REELEIÇÃO):
§ 5º O Presidente da República, os Governadores e os Prefeitos e quem os houver sucedido, ou substituído no curso dos mandatos poderão ser reeleitos para um único período subsequente.
· 1 PR + 2 PR = Não pode 3 Vice
· 1 Vice + 2 Vice = Não pode 3 vice (ainda que com titulares diferentes)
· Não gera inelegibilidade a ocupação a título precário (substituição), salvo se 6 meses antes do pleito (incidirá inelegibilidade por ausência de desincompatibilização, caso em que SÓ PODERÁ CONCORRER à REELEIÇÃO PARA O CARGO QUE SUBSTITUIU! (Se o Presidente da Câmara substituir o Presidente, só poderá se reeleger para Presidente)
· TSE: se ocupou em sucessão por só três dias pode
DESINCOMPATIBILIZAÇÃO (OUTROS CARGOS)
§ 6º Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da República, os Governadores de Estado e do DF e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos até 6 meses antes do pleito.
· Não é licença, é renúncia (STF: se a disputa for para o mesmo cargo – GOV GOV – NÃO se exige desincompatibilização)
· AQUI NÃO TEM VICE!
· PREFEITO precisa se desincompatibilizar para concorrer para GOVERNADOR (para qualquer coisa!)
INELEGIBILIDADE REFLEXA
§ 7º São inelegíveis, no território da jurisdição circunscrição do titular, o cônjuge e os parentes consanguíneos ou afins, até o 2º grau ou por adoção, do Presidente da República, Governador e Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos 6 meses anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição.
· Vice não gera inelegibilidade reflexa
· Dissolução do vínculo conjugal não afasta inelegibilidade (SUM VIN 18 STF)
· Alcança parentes do cônjuge
· Morte e renúncia (afastamento) afastam inelegibilidade (TSE), mas no caso da renúncia, o parente não poderá concorrer à reeleição.
	Súmula-TSE nº 6
São inelegíveis para o cargo de Chefe do Executivo o cônjuge e os parentes, indicados no § 7º do art. 14 da Constituição Federal, do titular do mandato, SALVO SE ESTE, REELEGÍVEL, tenha FALECIDO, RENUNCIADO ou SE AFASTADO DEFINITIVAMENTE do cargo ATÉ SEIS MESES ANTES DO PLEITO.
	Súmula-TSE nº 12
São inelegíveis, no município desmembrado, e ainda não instalado, o cônjuge e os parentes consangüíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do prefeito do município-mãe, ou de quem o tenha substituído, dentro dos seis meses anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo.
 
	As condições de elegibilidade e causas de inelegibilidade são aferidas a cada pleito, não fazendo coisa julgada a que defere ou indefere.
	O cônjuge e os parentes de prefeito em 2º mandato são elegíveis em outra circunscrição eleitoral, ainda que em município vizinho, desde que este não resulte de desmembramento, incorporação ou fusão realizada na legislatura imediatamente anterior ao pleito.
	Simular desconstituir vínculo conjugal gera inelegibilidade por oito anos. A mera negativa de fato (inexistência de união estável), em defesa apresentada em processo eleitoral, não implica presumir-se ilícito para fim de inelegibilidade. Sendo incontroverso que não houve fraude, tá liberado.
	3.C* INELEGIBILIDADES INFRACONSTITUCIONAIS. LEI COMPLEMENTAR Nº 64/1990. LEI COMPLEMENTAR Nº135/2010. DESINCOMPATIBILIZAÇÃO.
INELEGIBILIDADES INFRACONSTITUCIONAIS
LEI COMPLEMENTAR 135/2010 (LEI DA FICHA LIMPA – ALTEROU LC 64/90)
Art. 14, § 9º, da CF, autoriza LC no caso de: a) probidade administrativa; b) moralidade, considerada a vida pregressa; c) normalidade e legitimidade das eleições contra a influência do poder econômico ou o abuso do exercício de função, cargo ou emprego na adm púb direta e indireta. Mas não é autoaplicável (S13 TSE).
	Constitucionalidade da Lei da Ficha Limpa (STF):
Inelegibilidade não é sanção, é adequação do indivíduo ao regime jurídico oferecendo efeitos futuros a situações jurídicas já existentes (retrospectividade ou retroatividade mínima), isto é, aferição das condições de elegibilidade e inelegibilidades no momento do registro (sem revisar a qualificação jurídica de fatos já ocorridos), por isso não se aplica anterioridade e irretroatividade penal, mas da forma geral da CF:
· Ato jurídico perfeito: não revê fatos pretéritos ou sua qualificação jurídica
· Coisa julgada: não se julgou, no passado, o registro de candidatura
· Direito adquirido: é aplicável a cada eleição a lei vigente, observada anterioridade eleitoral
Por fim, não ofende o princípio da confiança, pois é norma prevista na CF desde 1994.
	LCSG discorda: inelegibilidade pode (efeito de condenação por ilícito) ou não ter caráter sancionatório. Melhor seria reservar a condenações colegiadas ocorridas após a vigência, ante o grau de controvérsia gerado.
	Convencionalidade da Lei da Ficha Limpa (CADH)
Importância material: a Lei da Ficha Limpa se preocupa com eleições autênticas e acesso igualitário, sendo favorável a democracia. Sanções de improbidade são quase-penais e sanções administrativas são sempre revistas pelo Judiciário. É norma interpretativa da CF, que está acima da CADH. Oito anos é essencial para evitar próxima eleição. Necessidade de celeridade do processo eleitoral (impossibilidade de condução coercitiva de testemunhas e peritos para ampla defesa).
· ONU utiliza o “vetting” como instrumento contra condutas antidemocráticas
· Caso Lopez Mendoza vs. Venezuela (CORTE IDH): Interpretação sistemática e evolutiva da CADH, no sentido de que o termo “exclusivamente” não acarrete a fixação de uma lista taxativa das causas de inelegibilidade, assim como a expressão “processo penal” não pode excluir processos cíveis
Há somente alguns excessos nos casos que deveriam ser controlados pelo voto não pelo Estado e em alguns prazos de desincompatibilização que deveriam ser contados da escolha na convenção partidária (5/ago).
Principais inovações:
· MAJORAÇÃO DO PRAZO COMUM de inelegibilidade: de 3 para 8 anos subsequentes à eleição em que se verificou.
	Início do prazo
· S 19 TSE: “O prazo de inelegibilidade decorrente de condenação por abuso de poder econômico ou político tem início no dia da eleição em que este se verificou e finda no dia de igual número do 8º ano seguinte”
· S 69 TSE: “Os prazos de inelegibilidade previstos nas alíneas j e h do I do art. 1º da LC 64/90 têm termo inicial no dia do primeiro turno da eleição e termo final no dia de igual número do 8º ano seguinte”
· S 70 TSE: O encerramento do prazo de inelegibilidade antes do dia da eleição constitui fato superveniente que afasta a inelegibilidade.
· S 60 TSE: O prazo da causa de inelegibilidade prevista no art. 1º, I, e, da LC 64/90 deve ser contado a partir da data em que ocorrida a prescrição da pretensão executória e não do momento da sua declaração judicial
· AMPLIAÇÃO DAS HIPÓTESES geradoras da restrição (Ênfase na condenação por crimes da LIA);
· Possibilidade de que a inelegibilidade começasse a correr com a condenação por órgão COLEGIADO, mesmo antes do trânsito em julgado
· STF: Garantia da presunção de inocência até o TJ não se aplica à restrição ao direito de candidatura, pois inelegibilidade não é sanção, mas condição negativa de registro. Não é juízo de culpabilidade, independente da sorte que, noutras searas, esses fatos possam assumir.
· O art. 22, XIV, fala em sanção, mas para Fux foi uma atecnia do legislador
· Turma Recursal: NÃO (só decide crimes culposos e de menor potencial ofensivo)
· Júri: SIM!
· EMBARGOS DE DECLARAÇÃO: Não suspende no cível (art. 1026 CPC), eleitoral (art. 257 CE) e penal com fins eleitorais (pois inelegibilidade não é sanção).
SUSPENSÃO DA INELEGIBILIDADE: Pode ser ad quo (em decisões modificativas, como agravo interno, mas não em decisões aclaratórias como ED e Embargos Infringentes ou de Nulidade que verse somente sobre o quantum da pena) e ad quem (Lei Colegiado; TSE Relator)
	Art. 26-C. O ÓRGÃO COLEGIADO DO TRIBUNAL AO QUAL COUBER A APRECIAÇÃO DO RECURSO CONTRA AS DECISÕES COLEGIADAS a que se referem as alíneas de, e, h, j e n do incido I do art. 1º poderá, em caráter cautelar, suspender a inelegibilidade sempre que existir plausibilidade da pretensão recursal e desde que a providência tenha sido expressamente requerida sob pena de preclusão, por ocasião da interposição do recurso.
	TSE: Relator do tribunal ad quem pode suspender inelegibilidade – “não afasta o poder geral de cautela concedido ao magistrado pelo CPC” 
· LCSG Discorda, apontando interpretação restritiva e como cláusula de reserva de plenário - Art. 26-C da LC 64/90 (FICHA LIMPA)
Mantida a decisão, serão desconstituídos o registro/diploma eventualmente concedidos; atos protelatórios revogam o efeito suspensivo (art. 26-C LC 64/90)
RETROSPECTIVIDADE OU RETROATIVIDADE INAUTÊNTICA:
STF: Lei da Ficha Limpa pode abranger fatos pretéritos, aplicando-se a todos os processos de registro de candidatura em trâmite, sem ofensa a irretroatividade, pois não é sanção. Canotilho diferencia retroatividade autêntica (ex tunc, efeito sobre situções) e inautêntica ou retrospectividade (“a norma jurídica atribui efeitos futuros a situações ou relações jurídicas já existentes”), isto é, não há retroatividade máxima, mas retroatividade mínima:
	MÁXIMA
	MÉDIA
	MÍNIMA
	RETROSPECTIVIDADE
Ou 
RETROATIVIDADE INAUTÊNTICA:
	Lei atinge fatos passados, inclusive já consumados (direitos adquiridos, ato jurídico perfeito e coisa julgada)
	Lei atinge efeitos pendentes de fatos passados.
	Lei atinge efeitos futuros de fatos passados. Lei altera consequências jurídicas de fatos passados.
	Lei atribui novos efeitos jurídicos, a partir de sua edição, a fatos ocorridos anteriormente. Isto é, limita o direito de concorrer com base em fatos já ocorridos.
Não há violação à coisa julgada, pois o prazo de inelegibilidade é relação jurídica continuativa, para qual a coisa julgada opera sob a cláusula rebus sic stantibus.
As inelegibilidades da LC 64/90 são absolutas (qualquer cargo).
Podem ser reconhecidas de ofício, MP, partidos políticos, coligações e candidatos, por ocasião do exame do pedido de registro, sob pena de PRECLUSÃO. 
· O RCED – Recurso Contra a Expedição do Diploma é só para inelegibilidades constitucionais ou supervenientes.
Classificação pelo fato que as gera:
1) a) Os inalistáveis e os analfabetos (constitucional e absoluta)
2) PERDA DE MANDATO LEGISLATIVO
	Art. 1º São inelegíveis:
I – para qualquer cargo:
PARLAMENTARES: a) Os membros do CN, ALs, Câmara Legislativa e Câmaras Municipais, que hajam perdido os respectivos mandatos por infringência do disposto nos I e II do art. 55 da CF, dos dispositivos equivalentes sobre perda de mandato das CE e LO dos M/DF, para as eleições que se realizarem durante o período remanescente do mandato para o qual foram eleitos e nos oito anos subsequentes ao término da legislatura.
	RES. 22.610 TSE e Ll 9096/95: A perda por infidelidade partidária não gera inelegibilidade.
· Incidência: publicação da decisão de perda do mandato.
· Início da inelegibilidade: José Jairo defende que para Senadores e Deputados só inicia o prazo de oito anos após o fim do mandato.
· Federal: maioria absoluta dos membros da Casa (votação aberta com ampla defesa) por provocação da Mesa ou Partido com representação no CN. Não surtirá efeito eventual renúncia.
· Casos (Art. 55, I e II):
· Quebra de decoro:abuso das prerrogativas; vantagens indevidas e Regimento Interno
· Firmar ou manter contrato com PJ DPúb, EP,SEM, Concessionária, salvo se o contrato obedecer cláusulas uniformes.
· Aceitar cargo remunerado inclusive demissível ad nutum, nestas entidades.
· Proprietário ou no controle de empresa com contrato com PJDPU ou nela exercer função remunerada.
· Patrocinar causa em que seja interessada PJDPU.
· Mais de um cargo ou mandato público-eletivo
3) PERDA DE MANDATO EXECUTIVO
	b) GOV, VICE E PREFEITO, VICE que perderem seus cargos por infringência a dispositivo da CE, LODF ou LOM, para as eleições que se realizarem durante o período remanescente de e nos 8 anos subsequentes ao término do mandato para o qual tenham sido eleitos.
Essa redação exclui de sua abrangência a perda de mandato por crime de responsabilidade, pois, de acordo com a Súmula 722 do STF só podem ser previstos em Legislação da União Federal:
	S 722 STF: São da competência legislativa da União a definição dos crimes de responsabilidade e o estabelecimento das respectivas normas de processo e julgamento.
O Presidente não é mencionado. Se perder o cargo por crime de responsabilidade, ficará (se o SF assim decidir) inabilitado para qualquer cargo público (eletivo ou não) por 8 anos (é mais abrangente), mas no caso de Dilma, não houve inabilitação. Se perder por outro motivo, não haverá inelegibilidade (tipo se ausentar por período superior a 15 dias)
O impeachment de GOV/PREF não implica em inelegibilidade, mas inabilitação para qualquer cargo (5 anos, no caso de Governador) e no caso de Prefeito, somente a perda do cargo (lei não prevê inabilitação).
4) ABUSO DO PODER ECONÔMICO E POLÍTICO
Regulamenta art. 14, § 9, da CF: “influência do poder” (pode ser lícito) – mais amplo de abuso de poder (sempre ilícito).
	d) os que tenham contra sua pessoa representação julgada procedente pela JE, TJ/COLEGIADO, em processo de apuração de abuso do poder econômico ou político, para a eleição na qual concorrem ou tenham sido diplomados, bem como para as que se realizarem nos 8 anos seguintes.
Abuso de poder: ilícito eleitoral consubstanciado pelo mau uso ou o uso de má-fé ou com desvio de finalidade de direito, situação ou posição jurídicas, que pode ter dimensão econômica ou dimensão política (Estatal), ou ambas. Para configuração, deve haver abuso com finalidade eleitoral.
Abrangência subjetiva: tanto ao candidato beneficiado quanto terceiros que contribuíram (a “representação” é a prevista no art. 22 da LC 64/90, em face de ambos). 
	Art. 22. LC 64/90.
XIV – julgada procedente a representação, ainda que após a proclamação dos eleitos, o Tribunal declarará a inelegibilidade do representado e de quantos hajam contribuído para a prática do ato, cominando-lhes sanção de inelegibilidade para as eleições a se realizarem nos 8 (oito) anos subsequentes à eleição em que se verificou, além da cassação do registro ou diploma do candidato diretamente beneficiado
Ações que geram inelegibilidade por abuso do poder econômico e político
“Representação” julgada procedente pela JUSTIÇA ELEITORAL: 
Art. 19 – AIJE: Ação de Investigação Judicial Eleitoral – para apuração de abuso de poder, cujo procedimento de representação é previsto no art. 22, segundo o qual haverá sanção de inelegibilidade (AUTOMÁTICA). Nesta ação, há litisconsórcio passivo necessário entre candidatos e contribuintes
Abrange “Ação Eleitoral” em geral? SIM. O abuso do poder (econômico) também é causa de pedir para a AIME – Ação de Impugnação de Mandato Eletivo (art. 14, § 10 da CF, ainda não regulamentada). Neste caso, somente haverá inelegibilidade por abuso do poder econômico, demandando AIPRC – Ação de Impugnação de Pedido de Registro da Candidatura para inelegibilidade.
· Inelegibilidade não é sanção. Então, se na ação (AIME ou AIJE) não foi declarada inelegibilidade, haverá inelegibilidade.
· TSE: Abuso do poder político também pode relevar dimensão econômica
· Basta a publicação da decisão do colegiado, sendo que os embargos declaratórios não afastam a inelegibilidade.
Termo inicial:
	S 19 TSE: Início do dia da eleição em que este se verificou e finda no dia de igual número do Oitavo ano seguinte
	S 69 TSE Sempre do 1º turno
· Jurisprudência minoritária: inicia-se no 1º dia seguinte do ano eleitoral do abuso.
Observações:
· Não mencionou abuso no uso dos meios de comunicação social 
· Não incidirá se o candidato foi cassado somente em razão da unicidade/individualidade da chapa (TSE)
· Diferença para alínea h: esta só abrange agente público e condenação pode vir de qualquer justiça, enquanto a “d” – agora estudada – abrange candidatos e beneficiários; e condenação deve vir da Justiça Eleitoral.
5) CONDENAÇÃO CRIMINAL, VIDA PREGRESSA E PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA
Art. 15, III, CF: condenação criminal TJ suspende direitos políticos (condição de elegibilidade), que só cessa com o cumprimento ou extinção da pena aplicada (S 9 TSE). Mas o legislador foi mais severo para alguns delitos, criando a inelegibilidade:
	e) os que forem condenados, em decisão TJ/COLEGIADO, desde a condenação até o transcurso de 8 anos após o cumprimento da pena, PELOS CRIMES:
1. contra a economia popular, a fé pública, a administração pública e o patrimônio público
2. contra o patrimônio privado, o sistema financeiro, o mercado de capitais e os previstos na lei que regula a falência
3. contra o meio ambiente e saúde pública
4.eleitorais, para os quais a lei comine PPL
	Não prevê PPL e não gera inelegibilidade:
· Dupla filiação
· Divulgação de fatos sabidamente inverídicos 
· Difamação
· Injúria
· Desobediência
Lei Eleitoral prevê crimes que não gerarão inelegibilidade, como divulgação de pesquisa fraudulenta e boca de urna,
5. de abuso de autoridade, nos casos em que houver condenação à perda do cargo ou à inabilitação para o exercício de função pública
6. de lavagem ou ocultação de bens, direitos e valores
7. de tráfico de entorpecentes e drogas afins, racismo, tortura, terrorismo e hediondos
8. contra a vida e a dignidade sexual
10. praticados por organização criminosa, quadrilha ou bando somente neste o legislador escolheu o modo e não o bem jurídico.
LCGS: Defende a detração do período entre a condenação colegiada e o trânsito em julgado. TESE RECHAÇADA PELO STF na ADI 4578 e por José Jairo Gomes: não há prazo definido entre a condenação colegiada e o trânsito em julgado e a demora no julgamento do recurso acarretaria ineficácia da inelegibilidade.
Mas, após o TJ, opera concomitantemente à suspensão dos direitos políticos no curso do cumprimento da pena.
· Desde a publicação do Tribunal há inelegibilidade (embargos declaratórios não afetam a imediata incidência, porém, a depender dos fundamentos, podem ser infringentes).
· Embargos infringentes e de nulidade contra decisão não unânime da turma e desfavorável ao réu afastam inelegibilidade (efeito suspensivo, pois a Lei é omissa e a Regra Geral é o efeito suspensivo)
· Não importa a modalidade da pena fixada: 
	S 61 TSE – O prazo concernente à hipótese de inelegibilidade prevista projeta-se por oito anos após o cumprimento da pena, seja ela privativa de liberdade, restritiva de direito ou multa.
· Cumprimento da pena: abrange prescrição punitiva e descriminalização, mas não abrange prescrição da pretensão executória:
	S 59 TSE: O reconhecimento da prescrição da pretensão executória pela Justiça Comum NÃO AFASTA INELEGIBILIDADE, porquanto NÃO extingue os efeitos secundários da condenação. 
≠ De prescrição da pretensão punitiva, que extingue efeitos secundários e extrapenais!
· E a partir daí será contada a inelegibilidade, independentemente de declaração judicial da extinção da pretensão executória:
	S 60 TSE: O prazo da causa de inelegibilidade deve ser contado a partir da data em que ocorrida a prescrição da pretensão executória e não do momento da sua declaração judicial.
· Não cabe à JE declarar nenhuma prescrição penal (S 58 TSE)
	Anistia, Graça e Indulto
Anistia: Lei do CN; político; fatos pretéritos; total ou parcial; antes ou depois

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