Buscar

QUESTIONÁRIO - CONCILIAÇAO, MEDIACAO E ARBITRAGEM

Prévia do material em texto

QUESTIONÁRIO- V1 CONCILIAÇÃO, MEDIAÇÃO E ARBITRAGEM 
 
01-ARBITRAGEM 
Origina-se nos costumes, surgiu em meados de 3.000 a.C.; É um processo alternativo 
consensual de resolução de disputa/controvérsias, onde 1 ou mais terceiros imparciais, 
escolhidos voluntariamente e de comum acordo pelas partes envolvidas em um conflito de 
interesse, põem fim a disputa, por meio de um acordo ou de uma sentença, com valor de título 
executivo judicial e que não cabe recurso; É voluntária; Há consentimento mútuo; Objetivo é 
resolver conflitos; Os Árbitros são escolhidos voluntariamente pelas partes, sempre em 
número ímpar (1, 3, 5, 7); 
Lei da arbitragem- 9.307/96(Lei de Marco Maciel)- antes da lei de Marco Maciel predominava 
a Teoria Contratualista, pois era necessário que o laudo arbitral fosse homologado pelo 
judiciário. 
Natureza jurídica- Natureza Privatista- tem caráter privado ou contratual-Significa dizer que a 
decisão proferida pelo arbitro único ou tribunal arbitral, seria apenas pautada na autonomia 
da vontade das partes. 
É também de natureza convencional (no caso da convenção de arbitragem)- Pois a pessoa é 
capaz de contratar fundamentando-se na autonomia da vontade, por meio de uma convenção 
de arbitragem. 
Natureza Jurisdicionalista/Publicista- atribui a arbitragem uma natureza processual 
jurisdicional estatal, pelo fato da sentença arbitral não necessitar de homologação pelo 
judiciário e por haver autonomia e eficácia da cláusula compromissória que submete as partes 
contratantes ao juízo arbitral. 
Benefícios- visa oferecer a população um meio alternativo de solução de disputa, contribuindo 
com o poder judiciário para diminuir a quantidade de demanda que vai para ele, bem como 
agilizar e desburocratizar a justiça comum; É mais rápida; Tem custos mais baixos. 
Arbitragem e a CF/88- O STF julgou Constitucional a Lei de Arbitragem, pois essa trata apenas 
de direitos disponíveis e as partes podem renunciar do seu direito de recorrer ao judiciário. 
Classificação- As disputas são resolvidas de 3 formas: 1)Autônoma- quando as pessoas 
decidem por si sós resolver os seus conflitos, sem interferência de outrem; 2)Heterônoma-
quando se confia a alguém (um terceiro) a resolução do conflito- de forma: voluntária ou 
obrigatória e 3)Autotutela- quando se usa métodos próprios para resolução do conflito- ex: 
força. QUANTO A FORMA: Facultativa/Voluntária- quando NÃO existe lei obrigando as partes a 
resolverem suas disputas por meio da arbitragem ou Obrigatória/Compulsória- obriga as 
pessoas, por meio de uma lei a resolverem suas disputas por meio da arbitragem; QUANTO AO 
TIPO: Formal- segue a lei; De Direito- fundamenta-se no que está na lei; Informal: não é presa 
às regras, não necessita de formalismos; Equidade- fundamenta-se no que o árbitro considera 
mais justo e bom e não toma com base a lei pura e fria. 
Princípios-Da autonomia da vontade- cada pessoa é livre para aceitar que o seu contrato seja 
regido pela arbitragem; Princípio da boa fé- significa manter palavras e acordos- esse princípio 
é fundado na lealdade, honestidade e probidade com a qual a pessoa mantém em seu 
comportamento; Princípio da relatividade dos efeitos do contrato- por conta desse princípio, 
os contratos envolvem apenas as partes que o concluíram, não afetando terceiros, nem seus 
respectivos bens, em caso de expropriação de bens; Princípio do Consensualismo- vigora a 
vontade das partes; Princípio da ética- por não haver um órgão que fiscalize as câmaras de 
Arbitragem no BRASIL, é importante que os respectivos árbitros sejam éticos em tudo. 
 
02-CONVENÇÃO ARBITRAL 
É inserida no contrato pelos contratantes que se comprometem a submeter qualquer 
divergência que venha a surgir, proveniente daquela relação contratual, ao juízo arbitral; Deve 
ser por escrito, inserida no próprio contrato ou em um documento à parte; Partes devem ser 
capazes; Os direitos patrimoniais DEVEM SER disponíveis- suscetíveis de avaliação pecuniária, 
e que as partes têm liberdade para dar, usar, gozar, dispor, comercializar, etc.- ex; contratos. 
 
03- CONSUMIDOR E ARBITRAGEM 
Qualquer consumidor capaz pode valer-se da arbitragem para resolver seus conflitos relativos 
a direitos patrimoniais disponíveis. 
 
04- ESPÉCIES DE CLÁUSULAS 
Cláusula Compromissória- Requer muita atenção por parte das pessoas que estão prevendo o 
juízo arbitral em sua relação contratual, pois é na elaboração da cláusula compromissória que 
reside a possibilidade de se buscar a nulidade da sentença arbitral também. 
Espécies- 1) Cláusula cheia ou completa- Contém TODAS as informações necessárias e devidas, 
em conformidade com o que estabelece a lei de arbitragem, devendo constar: número de 
árbitros, sede da arbitragem, lei aplicável, idioma da arbitragem, as regras, as bases, a 
responsabilidade pelo pagamento dos honorários e despesas com a arbitragem. 
2)Cláusula vazia ou em branco- Apenas manifesta o desejo de resolver o conflito, caso surja, 
por meio do juízo arbitral e caracteriza-se por não conter requisitos. 
3)Cláusula Patológica ou doente- Pode não ter eficácia por ter redação ambígua, confusa, que 
não explica a vontade das partes. 
4)Cláusula expedita ou sumária- Procedimento MAIS SIMPLES e MENOS DEMORADO, (se 
comparado a arbitragem ordinária), é recomendada para controvérsias de natureza simples, 
com decisão de apenas um árbitro. 
 
05- COMPROMISSO ARBITRAL OU CLÁUSULA COMPROMISSÓRIA 
Cláusula Compromissória- É a convenção através da qual as partes em um contrato, 
comprometem-se a submeter à arbitragem os CONFLITOS FUTUROS/QUE POSSAM VIR A 
SURGIR, relativos ao contrato- Características: Caráter Genérico/aleatório-estipula a opção de 
solução pela arbitragem; Formal- inserida no contrato de forma escrita; Bilateral- ambas as 
partes assumem direitos e deveres; Típica. 
Compromisso arbitral- Firmada quando JÁ EXISTE UM CONFLITO em andamento e as partes 
apenas expressam o desejo de iniciar a arbitragem, confirmando o que foi acordado na 
convenção arbitral- Judicial- 1ª opção- quando a cláusula compromissória JÁ EXISTE e uma das 
partes opta por ingressar com uma ação judicial | 2ª opção- quando as partes estão em litígio 
no judiciário e optam pela arbitragem, mesmo sem ter combinado anteriormente. 
Extrajudicial- lavrado quando não foi instituída a cláusula compromissória e não existe ação 
judicial e as partes decidem que o conflito será decido pelo árbitro. 
 
06- ÁRBITRO 
Um dos mais famosos árbitros foi Quintiliano; É o juiz de fato e de direito; Árbitro e juiz são a 
mesma pessoa; A sentença que proferir NÃO FICA SUJEITA ao judiciário; A função requer 
equilíbrio e perseverança para cumprir a missão incumbida; Ninguém é árbitro, qualquer um 
pode estar árbitro, julgado o conflito ele deixa de ser; Qualquer pessoa capaz e que tenha 
confiança das partes pode ser; Não existe nenhum órgão regulador das Câmaras de 
Arbitragem no Brasil; Só quem pode nomear árbitro são as partes, a quantidade de árbitros 
que atuará é de responsabilidade das partes, podendo ser 1 ou mais; A nomeação deverá ser 
sempre em número ímpar, caso seja em número par, haverá um árbitro para desempatar; Se 
nada especificar a controvérsia será 1 árbitro, se especificar, 3; O presidente do tribunal 
arbitral, será escolhido pelos próprios árbitros, pelas partes ou pela instituição, não havendo 
consenso será o mais idoso; Os Impedimentos dos árbitros serão os mesmos do judiciário- 
impedimento e suspeição- 144 e 145, CPC; É dever do árbitro comunicar seu impedimento em 
relação à causa; A substituição do árbitro pode acontecer de 5 formas: se recusa antes de 
nomeado, se recusa depois de nomeado, se falece, se se torna impossibilitado ou se é 
recusadopelas partes. 
Espécies: Árbitro- Juiz (indicado pelas partes para julgar a controvérsia); Árbitro compositor 
(poderes dilatados, podendo julgar com base na equidade); Árbitro desempatador (só atua se 
houver empate na decisão, quando indicado em número par; Árbitro assessor ou co-árbitro (se 
une com árbitros para formar uma nova instância); Superárbitro (é uma espécie de árbitro 
desempatador). 
 
 
 
07-ARBITRAGEM NACIONAL/INTERNACIONAL 
Pode-se dizer que não há diferença entre ambos. Na arbitragem NACIONAL, as partes têm 
residência no mesmo país; A arbitragem INTERNACIONAL, envolve partes de duas 
nacionalidades, quando o procedimento ocorre em território distinto do país de origem das 
partes ou quando se aplica as normas de outro sistema legal; A grande maioria dos contratos 
internacionais de comércio são resolvidos por meio da arbitragem, considerando como 
elemento para esse crescimento a arbitragem marítima e imobiliária; A sentença arbitral 
estrangeira será homologada pelo poder judiciário- STJ, para que seja reconhecida a 
relação/situação jurídica entre as partes e essa tenha seus efeitos válidos no Brasil, sendo 
requerida pela parte interessada. 
 
08-CORTE INTERNACIONAL DE ARBITRAGEM 
Fundada em 1923; Formada por membros de mais de 80 países, é apoiada por um secretário, 
residente na França; A câmera de comércio internacional é a mais antiga e principal instituição 
internacional especializada na solução de controvérsias comerciais de caráter internacional; 
Expandiu suas ideias de trazer prestígio a arbitragem, como sendo o sistema mais eficaz para 
solucionar conflitos no comércio internacional; São os árbitros que decidem sobre os seus 
temas. 
 
09-CARTA ARBITRAL OU AÇÃO JUDICIAL 
Carta arbitral- Juiz arbitral poderá expedir Carta Arbitral para que o Judiciário pratique o ato de 
intimar a parte para assinar o compromisso arbitral; Essa carta é um instrumento de 
cooperação entre o árbitro e o juiz estatal, que facilitará a operacionalização das medidas 
cautelares/de urgência, no âmbito de juízo arbitral.

Continue navegando