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Psicologia do Desenvolvimento III
Resumo Adulto Maduro e 3ª Idade
GENERATIVIDADE VERSUS ESTAGNAÇÃO (ERIK ERIKSON)
GENERATIVIDADE: é a preocupação de adultos maduros em estabelecer e orientar a próxima geração, perpetuando a si próprio e influenciando os que o sucedem. A Generatividade surge dos desejos internos da imortalidade simbólica ou de uma necessidade de ser útil e produzir interesse na próxima geração. É uma forma de fazer-se sobreviver, de fazer valer todo o esforço de sua vida, de saber que tem um pouco de si nos outros. A generatividade pode ser a chave para o bem-estar na meia-idade.
ESTAGNAÇÃO: o indivíduo se dá conta de que de que tudo o que fez e tudo o que construiu não valei a pena, não teve um porquê, já que não existe como dar prosseguimento, seja em forma de um filho, um sócio, uma empresa ou uma pesquisa. Marasmo da lamentação/estagnação.
KOTRE (1984) distinguiu 4 formas de generatividade: **1) Biológica (concebendo e educando crianças). 2) Parental (sustentando e criando crianças). 3) Técnica (preparando aprendizes) 4) Cultural (transmitindo valores e instruções culturais).
DESENVOLVIMENTO PSICOSSOCIAL DO ADULTO MADURO OU DA MEIA IDADE
Crise da meia idade (Elliot Jacques; 1967): a crise da meia-idade refere-se á mudança de personalidade e estilo de vida durante o início e meados dos 40 anos, período supostamente estressante desencadeado pelo exame e pela reavaliação de nossa vida e a consciência da mortalidade. A crise da meia idade foi caracterizada como uma crise de identidade chamada de segunda adolescência.
O que a suscita crise da meia-idade? Segundo Jacques, é a consciência da mortalidade. Mas, para outros autores, constitui apenas uma das transições da vida e, por isso, poderá provocar um exame introspectivo e uma reavaliação de valores e prioridades: Os sonhos da juventude foram realizados? Aqueles sonhos que foram concretizados trouxeram satisfação?; Termo usado para descrever uma forma de insegurança sofrida por alguns indivíduos quando percebem que o período de sua juventude está acabando e a idade avançada se aproxima.
ATUALMENTE: A existência de uma crise da meia-idade como experiência normativa de desenvolvimento foi posta em xeque, isto significa que não pode ser considerada universal. Assim, pessoas com ego resiliente que apresentam capacidade de se adaptar de maneira mais flexível e engenhosa a possíveis fontes de estresse têm mais chances de serem bem-sucedidas na travessia da meia idade. 
MUDANÇAS NA MEIA IDADE
- FREUD: Em termos psicossociais, a meia idade já foi considerada um período relativamente estável. O autor não viu razão para a psicoterapia para pessoas acima de 50 anos, porque ele acreditava que a personalidade estava permanentemente formada nessa idade.
- MASLOW e ROGERS (teóricos humanistas): vida adulta intermediária oportunidade para uma mudança positiva. Cabe lembrar que “a autorrealização (realização plena do potencial humano) pode vir apenas com a maturidade” (MASLOW, 1968).
- JUNG: Individuação e transcendência o desenvolvimento saudável da meia idade busca a individuação, a emergência do eu verdadeiro por meio do equilíbrio ou integração das partes conflitantes da personalidade, incluindo as que foram anteriormente negligenciadas. 
- Na meia-idade, as pessoas voltam suas preocupações para o próprio interior. 
- Duas tarefas difíceis, porém necessárias na meia-idade, são: (1) Abrir mão da imagem jovem. (2) Reconhecer a mortalidade.
- Aqueles que evitam essa transição perdem a chance de crescer psicologicamente.
Em síntese: Jung afirmava que homens e mulheres na meia-idade sofrem um processo de individuação, no qual expressam aspectos da personalidade anteriormente negligenciados. Duas tarefas necessárias são abrir mão da imagem de juventude e reconhecer a mortalidade, o que instiga a introspecção e o questionamento - ou o que Neugarten chamou de interioridade.
VAILLANT: Ampliação da teoria de Erikson: Êxito na resolução da crise de generatividade versus estagnação. Constatou que a generatividade é fundamental para um ajustamento psicossocial bem-sucedido na meia-idade. PESQUISAS: através de pesquisas concluiu-se que pessoas generativas eram quatro vezes mais propensas a utilizar formas maduras de enfrentamento, como altruísmo e humor, do que utilizar formas imaturas, como beber ou desenvolver hipocondria (VAILLANT, 1989).
2.1. Como os teóricos e os pesquisadores abordaram esse conceito de bem-estar psicológico?
 VAILLANT: Êxito na resolução da crise de geratividade versus estagnação 
 CAROL RYFF e as múltiplas dimensões do bem-estar: utilizando-se de uma gama de teorias, desde a de Erikson até a de Maslow para desenvolveram um modelo multifacetado que inclui seis dimensões, de bem-estar: auto aceitação, relações positivas com outras pessoas, autonomia, domínio do ambiente, propósito na vida e crescimento pessoal.
Identidade: "um esquema de organização através do qual as experiências do indivíduo são interpretadas" 
A identidade é formada de percepções acumuladas do self, tanto conscientes como inconscientes, dos Traços de personalidade percebidos, ("Sou sensível" ou "Sou teimoso") e das características físicas e capacidades cognitivas são incorporadas ao esquema de identidade. Isto significa que: 
Identidade = percepções acumuladas + traços de personalidade percebidos + características físicas e capacidades cognitivas. 
Identidade de Gênero
Na sociedade, identidade de gênero se refere ao gênero em que a pessoa se identifica (se ela se identifica como sendo um homem, uma mulher ou se ela vê a si como fora do convencional), mas pode também ser usado para referir-se ao gênero que certa pessoa atribui ao indivíduo tendo como base o que tal pessoa reconhece como indicações de papel social de gênero (roupas, corte de cabelo, etc.) Miriam Pillar Grossi destaca que a identidade de gênero "remete à constituição do sentimento individual de identidade".
A identidade de gênero está profundamente ligada aos papéis e compromissos sociais. A mudança de papéis e relacionamentos na meia-idade pode afetar a identidade de gênero, embora as revisões mais profundas da meia-idade sejam internas, levando uma pessoa a entender a si mesmo. Pesquisas indicam que homens de meia-idade tornam-se mais abertos em relação aos sentimentos, mais interessados em manter relacionamentos íntimos e mais generosos, características rotuladas como femininas. As mulheres, tornam-se mais assertivas, autoconfiantes, orientadas por objetivos, características rotuladas como masculinas.
3. Considerações Acerca das Singularidades da Meia Idade
MEIA IDADE: é o apogeu da mulher? Condizente com a teoria de Jung, o maior bem-estar das mulheres pode ser o resultado de um balanço na meia-idade que conduz à busca de aspirações anteriormente negligenciadas. 
 Em um estudo longitudinal com a classe de 1964 da Radclifffe College, as consequências de um balanço na meia-idade pareciam mais substanciais para as mulheres que gostariam de ter explorado opções profissionais ou educacionais mais plenamente antes de assumir os papéis familiares tradicionais. Aproximadamente dois terços das mulheres dessa classe empreenderam importantes mudanças de vida entre 37 e 43 anos. As mulheres que tinham insatisfações e que mudaram suas vidas por isso desfrutavam maior bem-estar e melhor adaptação psicológica ao final de seus 40 anos do que aquelas que tinham insatisfações, mas não fizeram as mudanças desejadas. .
3.2. Mudanças nos Relacionamentos na Idade Adulta: Que papel as relações sociais desempenham na vida de pessoas de meia-idade?
3.2.1 Duas teorias sobre a mudança de importância dos relacionamentos são a teoria do comboio social, de Kahn e Antonucci, e a teoria de seletividade socioemocional, de Laura Carstensen. 
- Teoria do comboio social/contato social: as pessoas passam pela vida cercadas por comboios sociais: círculos de amigos próximos e de familiares com os quais elas podem contar para auxílio, para bem-estar e para apoio social e as quais elas,por sua vez, também oferecem assistência, interesse e ajuda. Embora os comboios geralmente apresentem grande estabilidade, sua composição pode mudar. Em certa época, os laços com os irmãos podem ser mais significativos; em outra, os laços com os amigos (Paul, 1997).
- Os entrevistados de meia-idade tinham os comboios mais amplos, em média cerca de 10 a 11 pessoas e diminuindo ligeiramente após os 50 (tendência que continua durante a vida do idoso). Os comboios das mulheres, particularmente o círculo interno, eram maiores do que os dos homens 
- Teoria de seletividade socioemocional 
 A interação social tem três principais objetivos: (1) ela é uma fonte de informações; (2) ela ajuda as pessoas a desenvolver e a manter seu senso de identidade; e (3) ela é uma fonte de prazer e de conforto ou de bem-estar emocional. No primeiro ano de vida, a necessidade de apoio emocional é suprema. Da infância ao início da idade adulta, a busca de informações fica em primeiro plano. À medida que os jovens se esforçam para compreender sobre sua sociedade e seu lugar nela, estranhos podem bem ser as melhores fontes de conhecimento. Na meia-idade, outros métodos de coleta de informações (tais como a leitura) tornam-se mais eficientes, e a função de regulação das emoções dos contatos sociais torna-se de novo central. As pessoas tornam-se mais seletivas em relação a esses contatos, preferindo a companhia de seus “comboios sociais" (pessoas com as quais podem contar em época de necessidade). 
3.2.2. Relacionamentos e Qualidade de Vida: Embora considerem que relacionamentos sexuais satisfatórios sejam importantes para a qualidade de vida, os relacionamentos sociais são ainda mais importantes: um bom relacionamento com um cônjuge ou com um parceiro é importante para sua qualidade de vida, assim como laços íntimos com amigos e com a família. 
- Demandas estressantes e restritivas: especialmente nas mulheres: O senso de responsabilidade e de preocupação com os outros pode prejudicar o bem-estar de uma mulher quando problemas ou infortúnios atingem seu parceiro, seus filhos, seus pais, seus amigos e seus colegas de trabalho. Esse estresse pode ajudar a explicar por que mulheres de meia-idade são especialmente suscetíveis à depressão e a outros problemas de saúde mental e por que elas tendem a ser mais infelizes com seus casamentos do que os homens. 
3.2.3 Relações consensuais: 
Os casamentos tornam-se mais felizes ou infelizes durante os anos intermediários? A pesquisa sobre qualidade do casamento sugere uma queda na satisfação conjugao durante os anos de criação dos filhos, seguida por uma melhora no relacionamento depois que os filhos saem de casa.
Divórcio: O divórcio na meia idade é relativamente incomum, talvez devido em parte ao acúmulo de capital conjugal. Entretanto, o divórcio na meia-idade está aumentando. 
Como as relações homossexuais comparam-se com as heterossexuais? Por demorarem mais para assumir a homossexualidade, muitos homossexuais na meia-idade somente nesse período assumem relacionamentos íntimos. • Casais homossexuais de ambos os sexos tendem a ser mais igualitários do que casais heterossexuais, mas apresentam problemas semelhantes para equilibrar os compromissos familiares e profissionais.
3.2.4. Relacionamento com os filhos.
- Quando os filhos são adolescentes: Geralmente os pais de adolescentes são adultos de meia-idade. Enquanto lidam com suas próprias preocupações especiais, os pais precisam lidar diariamente com jovens que estão passando por grandes mudanças físicas, emocionais e sociais.
DADOS DE PESQUISA: Mais vulneráveis: mães que não tinham um vínculo forte com algum trabalho remunerado. Ao que parece, o trabalho pode apoiar a autoestima dos pais a despeito dos desafios de ter um filho adolescente. Para outros pais, especialmente funcionários de escritório e com curso superior com filhos homens, a adolescência de seus filhos trouxe maior satisfação, bem-estar e até orgulho. Para a maioria dos pais, as mudanças normativas da adolescência provocaram uma mistura de emoções positivas e negativas. Isso se aplicava particularmente às mães com filhas adolescentes jovens, cujos relacionamentos geralmente tendiam a ser tanto próximos quanto repletos de conflitos. 
- Quando os filhos partem O NINHO VAZIO: possível vivência dos pais (afetando geralmente a mãe) a partir do momento em que os filhos se tornam independentes, partindo para outra moradia. Pode acarretar em um quadro depressivo. 
- O ninho vazio é uma transição para uma nova etapa: o relacionamento entre pais e filhos adultos. Para muitas mulheres, essa transição traz alívio, elas agora podem perseguir seus próprios interesses enquanto usufruem das realizações dos filhos crescidos. O ninho vazio parece de fato ser difícil para mulheres que não se prepararam para isso reorganizando sua vida. Essa fase também pode ser difícil para pais que se arrependem por não terem passado mais tempo com os filhos. Com a saída dos filhos: situações possíveis: ruptura do casamento ou 2ª lua de mel. 
- Quando os filhos retornam A SÍNDROME DA PORTA GIRATÓRIA: Tendência entre jovens adultos de retornar ao lar dos pais enquanto estabelecem-se ou em épocas de dificuldades financeira, conjugai ou de outro tipo.
3.2.5 Outros laços de parentesco: Relacionamento com os pais idosos
- Muitas pessoas de meia-idade têm uma visão mais objetiva dos pais do que antes, vendo-os como indivíduos com qualidades e com defeitos. Outra coisa acontece nesse período: um dia um filho ou uma filha olha para o pai ou para a mãe e vê um idoso, e essa percepção pode ser perturbadora. 
 - A maioria dos adultos de meia-idade e seus pais têm relacionamentos próximos baseados em contato frequente e mútuo auxílio. Adultos idosos retomam o papel mais ativo de pais quando um filho precisa de auxílio e quando eles mesmos precisam de auxílio, seus filhos são as primeiras pessoas às quais eles recorrem e as que mais tendem a ajudar.
Maturidade filial: Etapa de vida, proposta por Marcoen e por outros pesquisadores, em que os filhos de meia-idade, em consequência de uma crise filial, aprendem a aceitar e a satisfazer a necessidade dos pais de depender deles. Saída saudável da crise filial. Os adultos aprendem a equilibrar amor e dever com os pais e autonomia em um relacionamento bidirecional. Neste contexto, a necessidade de cuidar dos pais idosos não se torna fonte de sofrimento. 
- Caso o cuidador não tenha apoio social e financeiro esgotamento. Condição de exaustão física, mental e emocional que acomete adultos que cuidam de pessoas idosas.
3.2.6. Geração sanduíche: Adultos de meia-idade pressionados pelas necessidades concorrentes de criar ou de encaminhar os filhos e de cuidar de pais idosos. O casal vive pressionado entre essas necessidades concorrentes e seus limitados recursos de tempo, de dinheiro e de energia. São também perturbadores os conflitos entre obrigações de assistência e interesse pessoais, atividades sociais ou planos de viagem. Tal dinâmica (prestação de assistência e interesses/necessidades pessoais) pode trazer tensão a um casamento e até levar ao divorcio e/ou esgotamento do cuidador. 
2.2.7 Relacionamentos com os Irmãos: Em algumas pesquisas transversais, os relacionamentos entre irmãos durante o ciclo de vida parecem assumir a forma de uma ampulheta, com mais contato nos dois extremos: - infância e idade adulta intermediária e tardia - e menos contato durante os anos de criação dos filhos. Depois de estabelecerem carreiras e famílias, os irmãos podem renovar os laços. Outros pesquisadores apontam para um declínio no relacionamento entre irmãos durante a idade adulta. Entretanto, a maioria das pessoas de meia idade permanece em contato com os irmãos, e os relacionamentos com os irmãos são importantes para o bem-estar.
2.2.7. A meia idade e a condição de avó/avô: 
No que diferem os avós de hoje dos de antigamente e que papéis eles desempenham? Embora a maioria dos avós da atualidade tenham menor envolvimentoíntimo com a vida de seus netos do que no passado, eles, muitas vezes, desempenham um papel importante. • O divórcio e o segundo casamento de um filho adulto pode afetar os relacionamentos entre avós e netos e criar novos papéis para os avós "emprestados". • Um número crescente de crianças recebe assistência dos avós/avôs. Para os avós, criar os netos pode trazer tensões físicas, emocionais e financeiras.

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